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Aragonê Fernandes
Sumário
APRESENTAÇÃO................................................................................................................4
3. Vedação ao Anonimato................................................................................................8
5. Escusa de Consciência................................................................................................8
6. Inviolabilidade de Domicílio..........................................................................................8
7. Inviolabilidade de Sigilos..............................................................................................9
9. Direito de Reunião.....................................................................................................10
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5. Ação Popular..............................................................................................................24
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Juiz de Direito do TJDFT; ex-Promotor de Justiça do MPDF; ex-Assessor de Ministros do STJ; ex-Analista
do STF; aprovado em vários concursos públicos. Professor de Direito Constitucional do Gran Cursos Online.
APRESENTAÇÃO
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São muitas características. Vou dar mais atenção àquelas que sempre aparecem nas
provas, ok?
Característica Definição
Nenhum direito é absoluto. Todos podem sofrer restrição. Exemplo: sigilo de
Relatividade
dados bancários pode ser quebrado por CPI.
Novos direitos fundamentais vão sendo incorporados ao longo do tempo. Exem-
Historicidade
plo: proteção a dados de Internet.
Em regra, não se fala em perda do direito fundamental pela falta de uso. Cuidado
Imprescritibilidade
com o direito de propriedade, porque a pessoa pode perder um bem pela usucapião.
Eles podem se acumular no mesmo contexto. Ex: numa manifestação, temos o
Concorrência
exercício do direito de reunião e da liberdade de manifestação de pensamento.
Em regra, não é possível renunciar a um direito fundamental de modo defini-
Irrenunciabilidade tivo. A exceção fica novamente relacionada ao direito de propriedade. Podemos
abandonar um bem.
Um indivíduo não pode transferir ou alienar seu direito fundamental. Contudo,
Inalienabilidade/
são disponíveis direitos fundamentais como o uso da imagem de um atleta por deter-
Indispensabilidade
minada campanha publicitária.
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1. PRINCÍPIO DA IGUALDADE
2. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
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3. VEDAÇÃO AO ANONIMATO
O mesmo evento pode gerar danos diversos, ensejando a necessidade de indenizar por dife-
rentes aspectos. Assim, é possível pedir indenização por danos morais, materiais e estéticos.
Para o STF, não é preciso autorização do biografado para se fazer a biografia de alguém.
5. ESCUSA DE CONSCIÊNCIA
Ninguém será privado de direitos por motivos de crença, convicção filosófica ou política,
salvo se as invocar para se eximir de obrigação a todos imposta e se recusar a cumprir pres-
tação alternativa, na forma da lei.
Ou seja, se a pessoa não cumprir a prestação principal nem a alternativa, pode ser
punido. Em relação aos direitos políticos, prevalece a ideia de que se teria a perda (e não
a suspensão).
É válida lei estadual que permita o sacrifício ritual de animais em cultos religiosos.
6. INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO
A casa é asilo inviolável do indivíduo, nela ninguém podendo penetrar sem o consenti-
mento do morador, salvo nas seguintes hipóteses:
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7. INVIOLABILIDADE DE SIGILOS
Segundo o inciso XII do art. 5º, “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunica-
ções telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação cri-
minal ou instrução processual penal”.
O sigilo mais difícil de quebrar é o das comunicações telefônicas (interceptações,
grampos, escutas). Isso porque ele só pode ser afastado por decisão judicial (cláusula de
reserva de jurisdição).
Vamos ver uma tabelinha com quem pode ou não quebrar sigilo:
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9. DIREITO DE REUNIÃO
O direito de reunião é assegurado na CF, não sendo necessário pedir autorização dos
órgãos estatais para exercê-lo. É preciso fazer o prévio aviso ou comunicação. A reunião
não pode ser com armas e deve ocorrer em locais abertos ao público.
As Marchas da Maconha podem ocorrer, por serem legítima manifestação da liber-
dade de expressão e do direito de reunião.
Por outro lado, não é válida a formação de dossiês pelo Ministério da Justiça contra
servidores públicos que seriam supostamente integrantes de movimento antifascista.
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Intervenção
do Estado na Hipóteses cabíveis Indenização
propriedade
Necessidade e utilidade pública ou interesse social. Sim. Prévia e justa em dinheiro.
Desapropriação Desapropriação-sanção: em caso de desrespeito à Sim. Feita por meio de títulos da
função social da propriedade. dívida pública ou da dívida agrária.
Cultivo de substâncias psicotrópicas (drogas). Não.
Expropriação
Terras que utilizem mão de obra escrava. Não.
Requisição Uso de propriedade particular em casos de iminente
Sim, somente se houver dano.
temporária perigo público.
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Se houver a negativa injustificada na expedição de certidão, mesmo que nela exista infor-
mação de caráter pessoal, o remédio cabível será o MS, e não o habeas data.
A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
Não se pode invocar direito adquirido quando uma nova CF é promulgada. Isso
porque o Poder Constituinte Originário é juridicamente ilimitado.
Além disso, não se fala em direito adquirido a regime jurídico. Ou seja, se uma pessoa
entrou no serviço público federal quando ainda havia licença-prêmio, não pode falar que tem
direito adquirido para continuar a gozar do benefício.
Fique atento ainda à Súmula 654/STF: “a garantia da irretroatividade da lei, prevista no
art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável pela entidade estatal que a
tenha editado”.
Não haverá juízo ou tribunal de exceção, dentro do chamado princípio do juiz natural. Ele
remonta à Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Na atualidade, existem os princípios do juiz natural, do defensor natural e do pro-
motor natural.
O Tribunal do Júri julga os crimes dolosos contra a vida (homicídio, infanticídio, aborto
e instigação, auxílio ou induzimento ao suicídio). Feminicídio é um homicídio qualificado,
indo para o júri também.
O júri também pode julgar crimes que não sejam dolosos contra a vida, desde que
haja conexão. Exemplificando, caso uma pessoa mate a outra (homicídio doloso) e depois
esconda o corpo (ocultação de cadáver), ela será levada a júri, que julgará ambos os crimes.
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No entanto, extorsão com resultado morte e latrocínio (roubo seguido de morte) não são
dolosos contra a vida, mas, sim, contra o patrimônio. De igual modo, o delito de lesão corporal
seguido de morte ofende a integridade física. Assim, essas infrações penais não vão a júri.
Para autoridades com foro especial, a regra do júri pode ser relativizada se o crime tiver
sido praticado durante o mandato e for relacionada ao cargo. Do contrário, o processo fica no
júri. É o caso do homicídio envolvendo o marido da então Deputada Federal FlordeLis.
Se o foro especial for dado exclusivamente por Constituição Estadual, o júri sempre
prevalecerá.
Por conta da soberania dos vereditos, uma das novidades trazidas pelo Pacote Anticrime
excepciona a regra de prisão somente após o trânsito em julgado da decisão condenatória.
Segundo o artigo 492 do CPP, se a condenação for superior a 15 anos de reclusão, o
acusado ficará preso desde a data do julgamento até o trânsito em julgado.
A CF dispõe que a lei penal não pode retroagir, salvo para beneficiar o réu. Mesmo que
a condenação já tenha transitado em julgado, caberá ao juízo das execuções penais reduzir
a pena imposta ao réu.
Leis temporárias e excepcionais quebram a regra e não podem retroagir, nem
mesmo para beneficiar.
Cuidado com a Súmula 711 do STF: “a lei penal mais grave aplica-se ao crime con-
tinuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade
ou da permanência”.
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Veja a tabela para lembrar as penas que podem ou não ser impostas a um condenado:
O STF concedeu habeas corpus coletivo para que as presas provisórias (não se aplica
a condenações transitadas em julgado) do país que sejam gestantes ou mães de crianças
e de pessoas com deficiência sob sua guarda pudessem ter sua prisão preventiva conver-
tida em domiciliar. Há exceções, como o caso de crimes praticados por elas mediante
violência ou grave ameaça contra seus descendentes.
Foi também reconhecido o Estado de Coisas Inconstitucional (ECI) no sistema carce-
rário. O Tribunal apontou graves, generalizadas e sistemáticas violações de direitos funda-
mentais da população carcerária que deveriam ser solucionadas pela ação de todos os entes
estatais. Foi determinada a criação das audiências de custódia e a proibição de contingencia-
mento de verbas do Fundo Penitenciário Nacional.
Atualmente, o prazo máximo de prisão é de 40 anos. Esse limite não é considerado
para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais
favorável de execução. O cálculo deve ser feito sobre a pena total imposta.
E os inimputáveis? A duração da medida de segurança não é indeterminada e esbarra
no limite máximo de tempo que a pessoa imputável ficaria presa por aquele crime
(Súmula 527/STJ).
A pena de multa (pena pecuniária) não perde o seu caráter penal. Ainda que cumprida
toda a pena privativa de liberdade, estando pendente o pagamento da pena de multa,
não deveria ser declarada a extinção da punibilidade do sentenciado.
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A extradição acontece quando o indivíduo tiver praticado crime em outro país e aquela
nação pedir o envio dessa pessoa para que lá responda pela infração. Já quando o estran-
geiro pratica o crime aqui no Brasil, teremos a expulsão.
Brasileiros (natos ou naturalizados) não podem ser expulsos, pois o banimento é uma
das penas proibidas.
O brasileiro nato nunca pode ser extraditado pelo Brasil (extradição passiva). Ele
pode ser extraditado para o Brasil (extradição ativa)!
Se deixar de ser brasileiro (por opção voluntária ou por cancelamento da naturalização),
a extradição será possível.
Já o brasileiro naturalizado pode ser extraditado em duas hipóteses, quais sejam:
crime comum praticado antes da naturalização; e envolvimento com o tráfico ilícito de entor-
pecentes, antes ou depois da naturalização.
Por fim, o estrangeiro, em regra, pode ser extraditado, salvo crime político ou
de opinião.
O fato de possuir cônjuge ou filho brasileiro não impede a extradição.
Por outro lado, se o estrangeiro tiver cônjuge ou filho brasileiro, não poderá ser
expulso, pouco importando se a constituição da família brasileira foi antes ou depois do fato
que gerou a expulsão.
O devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa são princípios que dão segu-
rança às relações entre o Estado e os particulares, bem como entre estes.
Por força das eficácias horizontal e transversal dos direitos fundamentais, o devido pro-
cesso legal se aplica igualmente às relações privadas.
Atente-se para os seguintes entendimentos:
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• Súmula Vinculante 14: o defensor (público ou particular) tem direito amplo de aces-
sar os elementos de prova já documentados em procedimento investigatório (inqué-
rito policial). Os procedimentos ainda em tramitação (ex.: interceptações telefônicas,
mandados de busca e apreensão) podem seguir sigilosos, garantindo-se à defesa o
contraditório posteriormente, na forma diferida.
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De acordo com o texto constitucional, ninguém será considerado culpado até o trânsito
em julgado de sentença penal condenatória.
Na atualidade, prevalece a orientação de que não é possível a prisão automática antes
do trânsito em julgado da sentença condenatória.
Havendo fundamentação/motivação, é possível a prisão cautelar, ou seja, aquela
que acontece antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.
No final das contas, confirmou-se a constitucionalidade do artigo 283 do CPP, segundo
o qual só é possível a prisão nas seguintes situações: a) flagrante delito; b) prisão cautelar
(temporária e preventiva); e c) sentença condenatória transitada em julgado.
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A norma constitucional dispõe que não haverá prisão civil por dívida, salvo em casos de
(I) inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e (II) depositário infiel.
Na prática, hoje em dia só está sendo aplicada a prisão em caso de não pagamento
voluntário de pensão alimentícia. Isso porque, por meio da Súmula Vinculante 25, o STF
afirmou ser ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que fosse a modalidade
do depósito.
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c) status legal: todos os tratados internacionais que NÃO versem sobre direitos humanos.
Vou colocar de modo diferente agora:
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Vou colocar os pontos principais da jurisprudência para você ficar atento, mas antes vou
fazer uma apresentação no quadro abaixo:
Ainda posso citar mais dois remédios que estão no artigo 5º: o direito de petição e o
direito de certidão. O mais importante é que eles são administrativos, diferentes dos demais
citados na tabela acima, que são remédios judiciais.
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Às vezes, a violação ao direito de locomoção não é tão evidente, mas ainda assim
caberá HC.
Vou fazer um paralelo sobre quando cabe e quando não cabe HC, ok?
Para buscar a restituição de passaporte, temos uma divergência. No STJ, aceita-se o HC; no STF, o
entendimento é no sentido de que a violação ao direito de locomoção seria indireta, reflexa, o que afastaria
o cabimento.
Apareceu pela primeira vez na CF atual. É cabível para ter acesso e, se necessário,
retificar (corrigir) informações de caráter pessoal, constantes de registros ou bancos de
dados de entidades governamentais ou de caráter público.
Pode ser impetrado contra autoridades públicas ou particulares detentores de banco de
dados de caráter público (ex: SPC e SERASA).
É gratuito, mas precisa de advogado. Só existe na modalidade repressiva, uma vez que
a impetração exige o prévio indeferimento na via administrativa da autoridade detentora
da informação.
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A recusa na expedição de certidão, ainda que nela haja informação de caráter pessoal,
é combatida por meio de MS, e não por meio de HD. Isso porque direito de certidão (ainda
que de interesse pessoal) não se confundiria com direito de informação.
É possível a desistência do mandado de segurança a qualquer tempo, independen-
temente do consentimento do impetrado, inclusive se já tiver sido proferida sentença
favorável ao impetrante.
Não é necessário autorização expressa dos associados para o mandado de segu-
rança coletivo. Isso porque estamos diante de substituição processual.
De uns anos para cá, o STF passou a adotar a teoria concretista, com a decisão pro-
ferida podendo dar solução ao caso concreto. Antes, a decisão apenas declarava a mora
legislativa.
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5. AÇÃO POPULAR
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