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M.A.P.A.

CIRCUITOS ELÉTRICOS
Seja bem-vindo(a), engenheiro(a)!

Este M.A.P.A. estará dividido em 3 fases, contextualizadas em diferentes segmentos da


área elétrica, onde você será estimulado a responder as perguntas feitas baseando-se na
observação e prática, sempre contando com o embasamento teórico feito durante as aulas.

ATENÇÃO! Este M.A.P.A. é INDIVIDUAL! Contudo, você pode discutir resultados com
seus colegas de classe e trocar informações sobre as simulações e processos. A informação
quando não compartilhada não gera conhecimento. Discutir a observação de fenômenos físicos
e buscar compreender os motivos que levam ao acontecimento daqueles fenômenos é um
exercício quase que diário na vida do profissional de engenharia.

As suas tarefas neste M.A.P.A. serão:

 Calcular o valor da deformação mecânica de um eixo baseado na medição da resistência


elétrica de um extensômetro utilizando uma ponte de Wheatstone;
 Análise do sistema de ignição de um automóvel;
 Analisar e corrigir o fator de potência de uma instalação industrial.

IMPORTANTE!

As instruções detalhadas de entrega se encontram ao final deste documento. É essencial que


você leia cuidadosamente pois algumas regras mudaram em relação aos anos anteriores.

Bons estudos!
PRIMEIRA TAREFA: EXTENSÔMETRO E PONTE DE
WHEATSTONE
Os extensômetros, também conhecidos como strain gauges, são usados para medir
deformações em diferentes tipos de corpos e estruturas. Estes dispositivos variam a sua
resistência elétrica à medida em que sofrem deformações mecânicas e por meio de um circuito
elétrico é possível mensurar esta (variação de) resistência e associá-la à variação de deformação.

Sistemas de medição à strain gauge são aplicados em diversas áreas da instrumentação e


controle como medidores de força e torque de uma máquina, transdutores de aceleração
(acelerômetros), de vibração, de pressão, células de carga, de deformação em estruturas de
concretos, práticas médias e cirúrgicas.

Figura 1 – Extensômetro.

Fonte: OMEGA, 2020.

O extensômetro é composto de uma finíssima camada de material condutor depositado sobre um


composto isolante, que por sua vez é colado sobre a estrutura em teste a partir de adesivos epóxi.
Os formatos do strain gauge podem variar de acordo com a aplicação, assim como a quantidade de
sensores e posição na peça.

As deformações que ocorrem na estrutura alteram os valores dimensionais do strain gauge e a sua
resistência altera conforme a equação (1) da Unidade 2:

𝜌𝑙
𝑅=
𝐴
onde 𝜌 representa a resistividade do material, 𝑙 é o comprimento, 𝐴 é a área da seção do condutor.

Para que seja possível mensurar a variação da resistência é utilizado um circuito chamado Ponte de
Wheatstone, mostrado na Figura 2. O circuito idealizado por Charles Wheatstone em 1843 mostrou-
se capaz de medir, com precisão, as resistências elétricas, sendo utilizado para determinar o valor
absoluto da resistência por comparação com outras resistências conhecidas e para calcular a
variação relativa da resistência elétrica.
Figura 2 – Ponte de Wheatstone e Strain Gauge.

Analisando a ponte:

O circuito é formado por 4 resistências e alimentado por uma fonte de tensão cc entre os nós a e b.
O valor de tensão medido entre os pontos c e d será utilizado para calcular o valor da resistência do
extensômetro.

Atividade 1.1) Considerando que

𝑅 = 4 𝑘Ω
𝑅 = 7,5 𝑘Ω
𝑅 = 6 𝑘Ω
𝑅 = 5 𝑘Ω

Onde 𝑅 é a resistência do strain gauge e 𝑉 = 12 𝑉, calcule a tensão entre os pontos c e d


aplicando:

1.1.a) Divisores de tensão e de corrente;

1.1.b) Análise Nodal, considerando como GND o nó b.

Atividade 1.2) Considere uma segunda situação onde iremos aplicar o strain gauge para medir a força
aplicada a uma célula de carga de uma balança. Neste caso, a resistência do Strain Gauge é
desconhecida e a partir do cálculo de seu valor, será possível determinar a força aplicada. Para
encontrar a resistência, um amperímetro foi inserido entre os pontos c e d, como é mostrado na
Figura 4.

A variação da força aplicada é proporcional à variação da resistência elétrica do strain gauge.

Figura 3 - Célula de carga com Strain Gauge Figura 4 – Ponte de Wheatstone com Amperímetro.
Aplique o teorema de Thévenin para obter um circuito equivalente com 𝑅 e 𝑉
considerando como carga o amperímetro ideal, determinando:

1.2.a) A expressão que define 𝑅 em função de 𝑅 ;

1.2.b) A expressão que define 𝑉 em função de 𝑅 ;

Figura 5 – Circuito Equivalente de Thévenin para a Atividade 2.

1.2.c) Preencha a tabela com os valores de Resistência do Strain Gauge referente a cada
valor de corrente medida pelo amperímetro.

Dica 1: Lembre-se que a resistência de um amperímetro ideal é nula. Logo, no circuito


equivalente de Thévenin, a tensão 𝑉 = 0!

Dica 2: Se a resistência calculada for negativa, não se preocupe! Isso significa que a
polaridade da tensão adotada nos cálculos ou o sentido da corrente estavam invertidos.

Medição 𝑰𝒎 (mA) 𝑽𝒕𝒉 𝑹𝒕𝒉 𝑹𝑺𝑮 (𝜴)


1 1,750 mA
2 0,025 mA
3 0,298 mA
4 0,362 mA
SEGUNDA TAREFA: SISTEMA DE IGNIÇÃO DE UM
AUTOMÓVEL CARBURADO

Dentre as aplicações em corrente contínua para circuitos RLC temos o sistema de ignição de
veículos carburados. Nestes sistemas, um componente conhecido como vela de ignição é
responsável por criar uma centelha que provoca a explosão da mistura ar/combustível, uma vez que
sua extremidade está posicionada na câmara de combustão, provocando o deslocamento do pistão.
Por fim, o deslocamento do pistão culmina no movimento do automóvel.

Figura 6 - Sistema de ignição de um veículo carburado.

A vela de ignição recebe uma tensão elevada na ordem de quilovolts a partir da bobina de ignição.
Esta bobina é alimentada pelo sistema de distribuição do veículo, que alterna os circuitos
alimentados. Um modelo deste sistema pode ser criado utilizando os elementos RLC, conforme a
Figura 7.

Figura 7 – Modelo do sistema de ignição do veículo.

Atividade 2) Considere que a bateria do sistema é de 12 Volts e os condutores de positivo e negativo


da bateria possuem uma resistência R.

Supondo que no tempo 𝑡 = 0 o sistema de distribuição, simbolizado pela chave 𝑆, abre o circuito
que está em paralelo com o capacitor, formando um circuito RLC em série, cujos valores são:

𝑅 =1Ω

𝐶 = 47 𝑛𝐹

𝐿 = 2 𝑚𝐻

2.a) Considerando que o sistema distribuidor mantém a chave 𝑆 fechada, determine o valor da
corrente que flui através do resistor até chegar no indutor.

2.b) No instante imediatamente após a mudança de estado da chave 𝑆, qual o valor da corrente no
indutor? Justifique sua resposta.

2.c) Uma vez que o capacitor estava completamente descarregado no instante anterior à mudança
de estado da chave 𝑆, qual será a tensão no instante após a transição? Justifique sua resposta.

2.d) Considerando o comportamento do Capacitor em CC, qual será a corrente no indutor em 𝑡 = ∞


se a chave 𝑆 permanecesse aberta?

2.e) Analise o circuito e defina, dentre os modelos de resposta para circuitos de segunda ordem, qual
é aplicado ao circuito desta atividade.

2.f) Uma vez conhecido o modelo de resposta da tensão no indutor, determine a expressão
matemática que define o comportamento de 𝑣 (𝑡) após a transição da chave.

2.g) Em que momento o sinal de 𝑣 atinge o primeiro pico? Utilizando um software gráfico, plote a
expressão matemática em função do tempo (Considere o tempo final igual a 1 ms).

2.h) Agora que você já determinou o comportamento da tensão na vela de ignição, calcule o valor
da tensão máxima entregue pela bobina para criar a centelha na vela.
TERCEIRA TAREFA: FATOR DE POTÊNCIA DE UMA
INSTALAÇÃO ELÉTRICA INDUSTRIAL

A energia necessária para o funcionamento de equipamentos como motores, transformadores,


fornos é formado por das componentes: Componente Ativa (kWh) e Componente reativa (kVArh). A
energia ativa é aquela que realmente executa o trabalho, responsável pelo movimento,
aquecimento, iluminação. A energia reativa é a componente que não realiza trabalho, porém é
consumida pelos equipamentos com a finalidade de formar os campos eletromagnéticos que
também são necessários para o funcionamento.

Alguns equipamentos como motores, transformadores, reatores de iluminação são as principais


cargas de uma instalação elétrica responsáveis por consumir energia reativa.

A relação entre a potência ativa, que é convertida em trabalho, e a potência total absorvida (potência
aparente, em kVA) é chamado de Fator de Potência (FP). Este fator indica o quão eficiente o
consumo de energia por parte da instalação ou de um equipamento em específico, sendo 1 o seu
valor máximo.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) regulamenta que o Fator de Potência de uma
instalação elétrica deve ser mantido o mais próximo possível do valor unitário, mas permite que o
valor mínimo seja de 0,92. Se o FP estiver abaixo do valor mínimo, a conta de energia sofrerá um
ajuste em reais!

Além do ajuste na conta de energia, o baixo fator de potência cria outras situações indesejadas:

 Queda na capacidade dos alimentadores do sistema elétrica;


 Desgaste prematuro dos dispositivos da instalação elétrica;
 Aumento das perdas elétricas nas linhas de transmissão;
 Quedas de tensão nos circuitos de distribuição
 Necessidade de superdimensionamento dos condutores;
 Mal funcionamento dos dispositivos de proteção.
 Aumento do consumo de energia.

As causas do baixo fator de potência também podem ser apontadas como:

 Motores trabalhando em vazio (sem carga);


 Motores superdimensionados;
 Fornos de indução;
 Reatores de baixo FP na instalação;
 Máquinas de solda;
 Transformadores operando à vazio.

Atividade 3)

O proprietário de uma pequena indústria metalmecânica da região contratou você para analisar as
instalações elétricas da sua empresa pois estava descontente com as multas pagas devido às
condições de carga da sua fábrica.

A tabela a seguir representa as principais cargas percebidas na análise da instalação trifásica. As


cargas trifásicas são todas equilibradas e, logo, sua potência é distribuída igualmente entre cada uma
das fases.

Equipamento Fases Potência Potência Equival. Fator de


conectadas Total (kW) Monofásica (kW) Potência
1 Máquina de solda A, B, C 8,6 2,87 0,72
2 Prensa hidráulica A, B, C 4,5 1,5 0,85
3 Torno mecânico A, B, C 7,5 2,5 0,8
4 Furadeira de bancada A, B 0,55 0,55 0,82
5 Compressor A, B, C 11 11 0,82
6 Iluminação 1 B, C 4,4 4,4 0,85
7 Iluminação 2 A, B 0,5 0,5 0,7

Considere que a fonte de tensão trifásica é de 220 Volts Eficazes em 60 Hz entre fases (Tensão de
linha).

3.a): Considerando o fator de potência de cada equipamento e a potência equivalente monofásica,


determine a impedância na forma retangular (resistência e indutância) de cada equipamento

3.b): A partir das impedâncias do item a) construa o circuito equivalente para cada uma das fases.

3.c): Assumindo que todos os equipamentos estão ligados, qual é a potência ativa (kW) de cada fase?
Destaque a de maior valor.

3.d): Ainda considerando todas as máquinas energizadas, qual é a corrente de cada fase?

3.e): Considerando a fase com o maior valor de potência ativa, determine qual o fator de potência
desta fase.

3.f): Qual o valor da Potência Reativa da fase destacada no item d)?

3.g): A partir da potência encontrada no item f), qual seria a potência reativa (𝑄 ) do banco de
capacitores para que o Fator de Potência atinja 0,95?

3.h): Calcule a capacitância necessária para corrigir o fator de potência.


Este é um trabalho INDIVIDUAL.

Ao final do seu trabalho, é necessário que você tenha UM ARQUIVO em mãos, que é o modelo de
resposta preenchido. Este relatório obrigatoriamente tem que ser um documento de texto, com
extensão em PDF ou DOC / DOCX. Caso você tenha fotos de resoluções à mão ou outras imagens
geradas por outros programas, coloque as imagens diretamente no seu relatório, e não em arquivos
separados.

A qualidade do relatório será considerada na hora da avaliação, então preencha tudo com cuidado,
explique o que está fazendo, responda as perguntas e mostre sempre o passo a passo das resoluções
e deduções. Quanto mais completo seu trabalho, melhor.

O modelo de resposta, que deve ser usado como template para o seu relatório, está disponível no
material da disciplina.

Problemas frequentes a evitar:

 Coloque um nome simples no seu arquivo para não se confundir no momento de envio.

 Se você usa OPEN OFFICE ou MAC, transforme o arquivo em PDF para evitar
incompatibilidades.

 Verifique se você está enviando o arquivo correto! É o MAPA da disciplina certa? Ele está
preenchido adequadamente?

Como enviar o arquivo:

 Acesse no Studeo o ambiente da disciplina e clique no botão M.A.P.A.

 Antes de clicar em FINALIZAR, certifique-se de que está tudo certo, pois uma vez finalizado
você não poderá mais modificar o arquivo. Sugerimos que você clique no link gerado da sua
atividade e faça o download para conferir.

Sobre plágio e outras regras:

 Trabalhos copiados da internet ou de outros alunos serão zerados.

 Trabalhos copiados dos anos anteriores também serão zerados, mesmo que você tenha sido
o autor.

Caso enfrente outras dificuldades, notifique nossa equipe através do FALE COM O MEDIADOR o
quanto antes!

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