Você está na página 1de 72

CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

CAUÃ RUDÁ FERNANDES GOMES


LUCAS SOUZA REIS LIMA

MUROS DE FLEXÃO: DIMENSIONAMENTO E SEUS


ASPECTOS CONSTRUTIVOS

MACEIÓ - AL
2018/2
CAUÃ RUDÁ FERNANDES GOMES
LUCAS SOUZA REIS LIMA

MUROS DE FLEXÃO: DIMENSIONAMENTO E SEUS


ASPECTOS CONSTRUTIVOS
Trabalho de conclusão apresentado como
requisito final, para conclusão do curso de
Engenharia Civil, Centro Universitário
CESMAC, Faculdade de Ciências Exatas e
Tecnológicas, sob a orientação do Professor
Msc Ricardo Sampaio Romão Filho.

MACEIÓ - AL
2018/2
CAUÃ RUDÁ FERNANDES GOMES
LUCAS SOUZA REIS LIMA

MUROS DE FLEXÃO: DIMENSIONAMENTO E SEUS


ASPECTOS CONSTRUTIVOS
Trabalho de conclusão apresentado como
requisito parcial, para conclusão do curso de
Engenharia Civil, Centro Universitário
CESMAC, Faculdade de Ciências Exatas e
Tecnológicas, sob a orientação do Professor
Msc Ricardo Sampaio Romão Filho.

APROVADO EM:

_________________________________________________
Msc Ricardo Sampaio Romão Filho
Orientador

_________________________________________________
Msc Daniel Almeida Tenório
Avaliador Interno

_________________________________________________
Msc Nichollas Emanuel de Melo Nunes
Avaliador Externo
CAUÁ RUDÁ FERNANDES GOMES LUCAS SOUZA REIS LIMA
MUROS DE FLEXÃO: DIMENSIONAMENTO E SEUS ASPECTOS
CONSTRUTIVOS
Trabalho de conclusão apresentado como requisito final, para conclusão do
curso de Engenharia Civil, Centro Universitário CESMAC, Faculdade de
Ciências Exatas e Tecnológicas, sob a orientação do Professor Msc Ricardo
Sampaio Romão Filho.
APROVADO EM: /2 | /4 12013
Msc Ricardo Sampaio Romão Filho Orientador
mo) DD TENIS Sino RSA pr
E Msc Daniel Almeida Tenório Avaliador Interno
—Nidhablo, Emonmadh da lo Num Msc Nichollas nuel de Melo Nunes
Avaliador Externo
AGRADECIMENTOS

Esta fase em nossas vidas é algo muito especial e não podemos deixar
de agradecer a Deus por toda força, ânimo e coragem que nos ofereceu para
ter alcançado esta meta.
Nós agradecemos a nossa família e amigos, porque foram eles que nos
incentivaram e inspiraram através de gestos e palavras a superar todas as
dificuldades.
À Universidade Cesmac queremos deixar uma palavra de gratidão por
nos ter recebido de braços abertos e com todas as condições de nos
proporcionar dias de aprendizagem que iremos levar para o resto de nossas
vidas.
Aos professores reconhecemos um esforço gigante com muita paciência
e sabedoria, com enfoque nos professores que nos ajudaram, professor
orientador mestre Ricardo Sampaio Romão Filho e professora mestre Anne
Dayse Soares da Silva, todos os professores d nossa caminhada nos deram
recursos e ferramentas para evoluir um pouco mais todos os dias.
A todas as pessoas que de uma alguma forma nos ajudaram a acreditar
em nós, assim, queremos deixar um agradecimento eterno, porque sem elas
não teria sido possível ter chegado até aqui, um fim onde se apresenta um
começo de uma grande história.
MUROS DE FLEXÃO: DIMENSIONAMENTO E SEUS ASPECTOS
CONSTRUTIVOS
FLEXING WALLS: DIMENSIONING AND ITS CONSTRUCTIVE ASPECTS

Cauã Rudá Fernandes Gomes


Graduando do curso de Engenharia Civil
cauafernan25@hotmail.com
Lucas Souza Reis Lima
Graduando do curso de Engenharia Civil
lucas.reislima@hotmail.com
Ricardo Sampaio Romão Filho
Mestre de Engenharia Civil
r.s.romaofilho@gmail.com

RESUMO
Atualmente as obras de contenção, consideradas ações construtivas, que têm em vista
solucionar os problemas que são apresentados nas encostas, apresentando assim a
finalidade de obter a estabilização dessas vertentes, com isso, a existência de movimentos a
partir dessas contenções são denominadas como flexões. Essas são ações que geram e
tendem a modificar as estruturas que poderão ser ocasionadas por intempéries e ações
humanas, constituindo uma seriação de tensões, que podem atuar em uma determinada área
da estrutura. O objetivo deste trabalho é proporcionar o estudo e o dimensionamento de
muros de flexão compreendendo todas as definições de flexões e suas características
juntamente aos aspectos construtivos desse tipo de estrutura mostrando que é possível o
dimensionamento de cada muro estrutural com cada tipo de concreto estrutural.

PALAVRAS-CHAVE: Muros. Flexões. Aspectos construtivos. Estrutura.


Estabilização.

ABSTRACT
Currently the constructions of containment, considered constructive actions, that they have in
view solve the problems which are presented on the slopes, this presenting the purpose of get
the stabilization of these strands, thereby, the existence of movements from these containments
are referred to as flexions. These are actions that generate and tend to modify the structures
which may be caused by inclement weather and human actions, constituting various tensions,
that can act in a certain area of the structure. The objective of this work is to provide the study
and dimensioning of flexural walls comprising all the definitions of flexions and their
characteristics together with the constructive aspects of this type of structure showing that it is
possible to dimension each structural wall with each type of structural concrete.

KEY WORDS: Walls. Flexion. Constructive aspects. Structure. Stabilization.


ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 -Tabela de inclinação da face em contato com a terra.......................31
Tabela 2 – Coeficientes de minoração..............................................................45
Tabela 3 – Dimensionamento dos esforços......................................................57
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Muros de arrimo por gravidade ....................................................... 17


Figura 2 - Muros de alvenaria de pedra sem argamassa ................................ 18
Figura 3 - Muros de alvenaria de pedra com argamassa. ............................... 18
Figura 4 - Muros de concreto........................................................................... 19
Figura 5 - Tipo de muro de arrimo em gabião. ................................................ 19
Figura 6 - Tipo de muro de arrimo em gabião já executado. ........................... 20
Figura 7 - Muro de arrimo de pneus. ............................................................... 20
Figura 8 - Tipo de muro de arrimo com pneus................................................. 21
Figura 9 - Flexão composta normal em y e em z. ............................................ 21
Figura 10 - Momentos causados pelas cargas fora do centroide em y e em z.22
Figura 11 - Flexão Obliqua. ............................................................................. 22
Figura 12 - Tipo de muro de arrimo. ................................................................ 23
Figura 13 - Muro de bloco armado. ................................................................. 23
Figura 14 - Muro de concreto armado. ............................................................ 24
Figura 15 - Muro de vigas e pilares. ................................................................ 25
Figura 16 - Tipo de muro de contraforte. ......................................................... 25
Figura 17 - Especificação de uma berma. ....................................................... 27
Figura 18 – Escoramento de vala .................................................................... 29
Figura 19 – Muro de pedra rachão .................................................................. 29
Figura 20 – Carga pontual do empuxo ativo.. .................................................. 30
Figura 21 – Empuxo ativo sobre uma cortina de contenção.. .......................... 30
Figura 22 – Rugosidade com relação ao empuxo ativo. .................................. 31
Figura 23 – Empuxo em solo não coesivo. ...................................................... 33
Figura 24 – Aplicação de carga concentrada de empuxo no muro. ................. 34
Figura 25 – Cálculo do coeficiente no caso 1. ................................................. 35
Figura 26 – Cálculo do coeficiente no caso 2. ................................................. 36
Figura 27 – Cálculo do coeficiente no caso 3. ................................................. 36
Figura 28 – Cálculo do coeficiente no caso 4. ................................................. 36
Figura 29 – Cálculo do coeficiente no caso 5. ................................................. 37
Figura 30 – Perfil Retângular. .......................................................................... 37
Figura 31 – Perfil Trapezoidal.......................................................................... 38
Figura 32 – Perfil trapezoidal. .......................................................................... 38
Figura 33 – Perfil escalonado. ......................................................................... 39
Figura 34 – Perfil L de concreto armado. ........................................................ 40
Figura 35 – Perfil clássico................................................................................ 40
Figura 36 – Deslizamento da base. ................................................................. 41
Figura 37 – Tombamento da estrutura. ........................................................... 41
Figura 38 – Ruptura do plano de fundação. .................................................... 42
Figura 39 – Ruptura global da estrutura. ......................................................... 42
Figura 40 – Aplicação das forças estáticas aos muros. ................................... 42
Figura 41 - Reaterro. ....................................................................................... 45
Figura 42 - Retração do concreto. ................................................................... 46
Figura 43 - Perfil em L para dimensionamento. ............................................... 47
Figura 44 - Corte do terreno. ........................................................................... 48
Figura 45 - Definições de largura e altura........................................................ 51
Figura 46 - Demonstração de cargas verticais, horizontais, braços de alavanca
e dimensões do muro. ...................................................................................... 51
Figura 47 - Atuação dos esforços. ................................................................... 55
Figura 48 - Diagrama de esforço cortante do muro principal. .......................... 56
Figura 49 - Diagrama do momento fletor do muro principal. ........................... 57
Figura 50 - Corte da sapata com definição dos pontos. .................................. 60
Figura 51 - Diagrama de Forças. ..................................................................... 61
Figura 52 - Diagrama de esforço cortante da sapata. ..................................... 63
Figura 53 - Diagrama de momento fletor da sapata. ....................................... 63
Figura 54 - Armação do perfil completo. .......................................................... 66
Figura 55 - Tabela das dimensões .................................................................. 66
SIMBOLOGIA

Ø: ângulo de talude natural;

yt: massa específica aparente da terra;

σs: tensão admissível do solo;

q: sobrecarga atuante no muro;

у: peso específico, coeficiente;

h0: altura de terra equivalente;

K: coeficiente de empuxo;

H: altura total;

E: empuxo de terra;

Y: ponto de aplicação do empuxo;

M: momento fletor da base do muro;

d: altura útil;

bs: base da sapata;

r: comprimento da ponta da sapata;

t: comprimento do talão da sapata;

G0: carga vertical do topo;

Gm: peso do muro;

Gs: peso da sapata;

GT: peso da terra sobre o talão da sapata;

g0: braço de alavanca do parapeito;

gm: braço de alavanca do muro;

gs: braço de alavanca da sapata;

gT: braço de alavanca entre o talão e a spata;


N: normal atuante;

T: força tangencial atuante;

Ƞ: ponto de aplicação da resultante;

e: excentricidade;

Ɛ: equilíbrio elástico;

σm: tensão média;

σ2: tensão mínima;

Q: esforço cortante;

Δd: variação de espessura do muro;

bw: largura do elemento estrutural;

Kc: coeficiente de área de aço;

Ks: coeficiente de área de aço;

As: área da seção transversal da armadura longitudinal de tração;

Asmin: área de armadura mínima;

Mp: momento fletor na ponta;

Mt: momento fletor no talão;

C: cobrimento;

fck: resistência característica do concreto;

fyk: resistência característica do escoamento do aço;

Asec: armadura de distribuição.


SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 13
1.1 Considerações iniciais............................................................................. 14
1.2 Objetivos ................................................................................................... 15
1.2.1 Objetivos gerais ....................................................................................... 15
1.2.2 Objetivos específicos............................................................................... 15
2 METODOLOGIA ........................................................................................... 16
2.1 Tipo de estudo .......................................................................................... 16
2.2 Local da pesquisa .................................................................................... 16
2.3 Procedimentos ......................................................................................... 16
3 REFERENCIAL TEÓRICO/ REVISÃO DA LITERATURA.......................... 17
3.1 Revisão Bibliográfica ............................................................................... 17
3.1.1 Muros ...................................................................................................... 17
3.1.2 Muros de gravidade ................................................................................. 17
3.1.2.1 Muros de alvenaria de pedra sem argamassa ..................................... 17
3.1.2.2 Muros de alvenaria de pedra com argamassa ..................................... 18
3.1.2.3 Muros de concreto ................................................................................ 19
3.1.2.4 Muros de gabião ................................................................................... 19
3.1.2.5 Muros de pneus .................................................................................... 20
3.1.3 Tipos de flexão ........................................................................................ 21
3.1.3.1 Flexão simples ..................................................................................... 21
3.1.3.3 Flexão Oblíqua ..................................................................................... 22
3.1.4 Muros de Flexão ...................................................................................... 22
3.1.4.1 Muro de bloco Armado ......................................................................... 23
3.1.4.2 Muros de concreto armado ................................................................... 24
3.1.4.4 Muro com vigas e pilares...................................................................... 24
3.1.4.3 Muro de contraforte .............................................................................. 25
3.2 Utilização dos Muros de Arrimo .............................................................. 26
3.3 Estabilização das Encostas..................................................................... 26
3.3.1.1 Drenagem............................................................................................. 26
3.3.1.2 Diminuição da inclinação das encostas ................................................ 27
3.3.1.3 Bermas ................................................................................................. 27
3.3.1.4 Estaqueamento no pé do talude ........................................................... 28
3.3.1.5 Chumbamento ...................................................................................... 28
3.3.1.6 Revestimento da encosta ..................................................................... 28
3.3.1.7 Obstrução de fissuras........................................................................... 28
3.4 Forças Atuantes e Generalidades ........................................................... 28
3.4.1 Empuxos de terra .................................................................................... 28
3.4.2 Empuxo passivo ...................................................................................... 29
3.4.3 Empuxo ativo ........................................................................................... 30
3.4.4 Altura do muro ......................................................................................... 30
3.4.5 Inclinação da face em contato com a terra (tardoz) ................................ 30
3.4.6 Rugosidade do muro ............................................................................... 31
3.4.7 Peso próprio ............................................................................................ 31
4 METODOLOGIA CIENTÍFICA .................................................................... 32
4.1 Cálculo do Empuxo .................................................................................. 32
4.1.1 Teoria de Coulomb .................................................................................. 32
4.1.1.1 Empuxo em solos não coesivos ........................................................... 32
4.1.1.2 Empuxo em solos coesivos .................................................................. 33
4.1.1.3 Parâmetros e simplificações do coeficiente de empuxo ....................... 33
4.1.1.4 Simplificações para o valor de K .......................................................... 35
4.2 Perfis de Muros de Arrimo ....................................................................... 37
4.2.1 Perfil Retangular ...................................................................................... 37
4.2.2 Perfil Trapezoidal .................................................................................... 38
4.2.3 Perfil escalonado ..................................................................................... 39
4.3 Muros de Concreto Armado .................................................................... 39
4.3.1 Perfil em L ............................................................................................... 39
4.3.2 Perfil Clássico.......................................................................................... 40
4.4 Estabilidade dos Muros Estruturais ....................................................... 41
4.4.1 Equilíbrio estático .................................................................................... 42
4.4.2 Equilíbrio elástico .................................................................................... 43
4.5 Concreto a utilizar .................................................................................... 43
4.5.1 Resistência da dosagem ......................................................................... 43
4.5.2 Coeficientes de minoração e segurança ................................................. 44
4.6 Controle tecnológico dos materiais........................................................ 44
4.7 Metodologia de execução ........................................................................ 45
4.7.1 Reaterro .................................................................................................. 45
4.7.2 Efeitos de retração do concreto ............................................................... 45
4.7.3 Controle de umidade ............................................................................... 46
4.7.4 Execução de drenagem........................................................................... 46
5 Considerações preliminares ...................................................................... 47
6 Segmento dos Cálculos .............................................................................. 48
6.1 Dados e Especificações do muro ........................................................... 48
6.1.1 Perfil do terreno ....................................................................................... 48
6.1.2 Cálculo do empuxo de terra .................................................................... 49
6.1.3 Cálculo do momento fletor na base do muro ........................................... 50
6.1.4 Pré-dimensionamento ............................................................................. 50
6.1.5 Verificação do conjunto do projeto .......................................................... 51
6.1.5.1 Cargas verticais .................................................................................... 51
6.1.5.2 Cargas horizontais ............................................................................... 52
6.1.5.3 Componentes ....................................................................................... 53
6.1.5.4 Posição no centro de pressão .............................................................. 54
6.1.5.5 Equilíbrio estático ................................................................................. 54
6.1.5.6 Equilíbrio elástico ................................................................................. 54
6.2 Cálculo dos esforços ............................................................................... 55
6.2.1 Diagramas do muro principal................................................................... 56
6.3 Armação do muro principal ..................................................................... 57
6.3.1 Detalhamento do muro principal .............................................................. 57
6.3.2 Detalhamento da armadura de distribuição ............................................. 60
6.4 Cálculo dos Esforços na Sapata ............................................................. 60
6.4.1 Esforços Solicitantes ............................................................................... 62
6.4.2 Diagramas da sapata .............................................................................. 63
6.5 Detalhamento da Sapata .......................................................................... 64
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 69
APÊNDICE.........................................................................................................71
13

1 INTRODUÇÃO

Atualmente as obras de contenção tem um único objetivo, garantir a


segurança e bem-estar das pessoas em regiões inclinadas e vertentes que
apresentem movimentos de terra. Contudo ao resistir a movimentos de terra
essas estruturas de contenção sofrem alguns impactos, chamados de flexões
onde vamos analisar mais adiante.
As flexões são ações que geram e tendem a modificar as estruturas que
poderão ser ocasionadas por intempéries e ações humanas, constituindo uma
seriação de tensões, que podem atuar em uma determinada área da estrutura.
Existem alguns tipos de flexões, são elas: flexão simples, flexão composta e
flexão oblíqua.
Flexão simples é a flexão na qual é definida devido a não aparição da
força normal e apresenta normalmente um resultado da ação de
carregamentos que tendem a encurvar um corpo gerando uma distribuição de
tensões no interior desse corpo, já a flexão composta é definida com a aparição
da força normal fora de um dos eixos do plano cartesiano, seja ele em “x” ou
em “y”, esse tipo de flexão ocorre geralmente em pilares de canto, ganchos,
sapatas com cargas excêntricas, vigas protendidas e muros de arrimo, e a
flexão oblíqua é quando a força normal está aplicada fora dos eixos de simetria
da estrutura, sendo assim, fora dos eixos “x” e “y”.
A visão desse trabalho é explicar os tipos de flexão o seu
dimensionamento e levando um enfoque para muros de flexão, onde são
considerados sustentação ou divisória de espaços apresentando terrenos
íngremes com objetivo de proteger região que poderá sofrer algum tipo de
deslocamento de terra, vindo assim a preservar o local e a civis.
Muros são formas geométricas demonstrando uma forma corrida que
buscam delimitar ou conter os espaços e suas áreas com situação vertical
apresentando fundações rasas ou profundas, podendo ser formado por
diversos materiais, são eles: tijolos, que compõem a alvenaria convencional,
pedras, blocos de concreto ou concreto armado e elementos especiais
construtivos. Onde especificando apresenta-se os muros de arrimo que se
encontram nos tipos: gravidade (construídos de alvenaria, concreto, gabiões ou
pneus), de flexão (com ou sem contraforte) e com ou sem tirantes.
14

Muros de arrimo de flexão são estruturas mais esbeltas com seção


transversal em forma de “L” que resistem aos empuxos por flexão,
utilizando parte do peso próprio do maciço, que se apoia sobre a
base do “L”, para manter-se em equilíbrio. Em geral, são construídos
em concreto armado, tornando-se pouco econômicos para alturas
acima de 5 a 7m. A laje de base em geral apresenta largura entre 50
e 70% da altura do muro. A face trabalha à flexão e se necessário
pode empregar vigas de enrijecimento, no caso alturas maiores. Para
muros com alturas superiores a cerca de 5 m, é conveniente a
utilização de contrafortes (ou nervuras), para aumentar a estabilidade
contra o tombamento. (SOUZA, 2015).

Com isso abranger de forma explicativa as maneiras do uso dos muros


de contenção, e fornecer uma tabela completa com todo o pré-
dimensionamento do muro para diversos tipos de resistência característica
(Fck). Mais a utilização dos muros de flexão no âmbito de funcionalidade e
execução numa obra de contenção.

1.1 Considerações iniciais

Antecedeu esta etapa de análise para a preparação do relatório


preliminar da pesquisa em relação aos muros de flexão com seus
dimensionamentos e seus aspectos construtivos encontrados nas construções
de muros de arrimo, aprimorando assim o conteúdo desse trabalho com a visão
de levar mais a orientação e as demonstrações de como são relacionados às
devidas formas dos muros de arrimo, contento assim, os solos que estão
próximos de iminência chegando ao ponto, no qual, poderá ser feito a
execução da estabilidade pela qual o terreno se encontra.
Dentro da realidade construtiva de contenções reais, lembrando que
para haver a construção dos devidos muros de arrimo, é preciso identificar com
a natureza geológica da região, onde irá ser iniciada a obra.
15

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivos gerais


O objetivo é proporcionar o estudo e o dimensionamento de muros de
flexão compreendendo todas as definições de flexões e suas características
juntamente aos aspectos construtivos desse tipo de estrutura.

1.2.2 Objetivos específicos


Para o principal objetivo, são necessários estabelecer algumas etapas,
nas quais são:
• Análise do local onde será construída ou realizada a construção
do modelo, levando em consideração o perfil de solo do local, a
presença de água no solo e qual a sua finalidade;
• Os passos para desenvolver um projeto de muros de flexão;
• Quais as principais diferenças entre os muros de flexão e os
muros de gravidade;
• Criação de uma tabela com todo o pré-dimensionamento do muro
de arrimo realizado.
16

2 METODOLOGIA

2.1 Tipo de estudo

Consistirá em uma pesquisa bibliográfica, fundamentado em livros,


artigos já publicados e em dissertações. Será também avaliado o
comportamento dos muros em programas 2D.

.
2.2 Local da pesquisa

A Pesquisa será realizada em laboratório para coleta de dados e em


programas como o GeoStudio para montagem dos perfis e mathCad para
obtenção do dimensionamento.

2.3 Procedimentos

• Para dimensionar e aplicar o muro ao local desejado deve-se


escolher primeiro todos os seus detalhes como o aço utilizado, fck
do concreto, presença de cargas adicionais a estrutura, ângulo do
talude, massa específica da terra e tensão admissível do solo;
• Após a adoção do material e condições será feito o pré-
dimensionamento do muro, encontrando sua altura total,
espessura do muro, espessura da sapata;
• Verificação da estrutura, se está obedecendo os padrões de
segurança quanto a escorregamento e tombamento;
• Por último o dimensionamento e detalhamento completo do muro
para qualquer tipo de resistência característica de concreto.
17

3 REFERENCIAL TEÓRICO/ REVISÃO DA LITERATURA

3.1 Revisão Bibliográfica

3.1.1 Muros
Os muros são formas geométricas que podem adquirir formas retilíneas,
circulares e planas que possuem na sua grande maioria fundações rasas ou
até mesmo profundas.
A função básica de um muro é realizar a divisão dos ambientes
delimitando os espaços em um recinto.

3.1.2 Muros de gravidade


Muros de gravidade são estruturas que agregam a estabilidade do solo,
nos quais podem ser formadas de pedra, concreto simples, concreto armado,
gabiões e até mesmo feito de pneus. Esses muros são utilizados na sua
grande maioria em pequenos desníveis ou em irregularidades que o solo
apresente, sua altura máxima varia em torno de 5 a 6 metros de altura.

Figura 1 - Muros de arrimo por gravidade


Fonte: Souza, 2016.

3.1.2.1 Muros de alvenaria de pedra sem argamassa


Esses muros eles apresentam uma boa estrutura de contenção em
taludes de até 2 metros de altura. A sua base deve ter em torno de 0,5 a 1
metro de largura e deve ser totalmente apoiado em uma cota de terreno inferior
a da superfície do terreno onde será construído o muro.
18

Figura 2- Muros de alvenaria de pedra sem argamassa


Fonte: Souza, 2016.

3.1.2.2 Muros de alvenaria de pedra com argamassa


São muros que seus espaços vazios entre uma pedra e outra da sua
estrutura são preenchidas com argamassa. Eles podem ter uma altura de até 3
metros do talude.
Esse tipo de muro consegue prever alguns dispositivos de drenagem
como o DHP (Dreno horizontal profundo), barbacã (orifício de escoamento de
água) e também a drenagem superficial.

Figura 3 - Muros de alvenaria de pedra com argamassa.


Fonte: http://www.growing-image.com/_img/portfolio/masonry/rock-wall-Tan-Cobble-
Chip.jpg
Acesso em: 14 jan. 2015.
19

3.1.2.3 Muros de concreto


Os muros de concreto maciço são bem difundidos e apresentam uma
construção simples já que a mão de obra é muito abundante no mercado.
Utiliza-se de formas para sua execução e assim como o muro de alvenaria de
pedra com argamassa prever o uso de dispositivos de drenagem.
Os muros de concreto são economicamente viáveis para alturas de
taludes de até 4 metros.

Figura 4 - Muros de concreto.


Fonte: Reis, 2010.

3.1.2.4 Muros de gabião


Os muros de gabião são empregados quando se necessita de alturas
ainda maiores podendo chegar até os 6 metros.
Consistem em gaiolas de aço galvanizado preenchidas com pedras de
dimensões padronizadas.

Figura 5 - Tipo de muro de arrimo em gabião.


Fonte: Adaptado de Gersovich, 2010.
20

Figura 6 - Tipo de muro de arrimo em gabião já executado.


Fonte: Repositório digital da AWA comercial, 2018.

3.1.2.5 Muros de pneus


É um muro que tem como finalidade reduzir o impacto ambiental já que no
caso sua estrutura é formada por pneus, baseia-se em uma estrutura simples,
leve e barata favorecendo assim o prazo de execução desse muro. Sua altura
pode variar em torno de 4 metros.

Figura 7 - Muro de arrimo de pneus.


Fonte: Nogueira, 2015.
21

Figura 8 - Tipo de muro de arrimo com pneus.


Fonte: Adaptado de Gercovich, 2010.

3.1.3 Tipos de flexão

3.1.3.1 Flexão simples

A flexão simples é definida como a flexão sem força normal. Quando


a flexão ocorre com a atuação de força normal tem-se a flexão
composta. Solicitações normais são aquelas cujos esforços
solicitantes produzem tensões normais (perpendiculares) às seções
transversais dos elementos estruturais. Os esforços que provocam
tensões normais são o momento fletor (M) e a força normal (N).
(BASTOS, 2015).

3.1.3.2 Flexão composta


A flexão composta é o esforço que acontece resultando as tensões
normais, podendo assim, serem decompostas em uma força normal e em
momentos fletores. Quando o plano do momento fletor intercepta a seção
segundo um dos eixos que estão presentes, no caso, os eixos principais de
inércia, o esforço é determinado de flexão composta normal.

Figura 9 - Flexão composta normal em y e em z.


Fonte: Arndt, 2015.
22

Figura 10 - Momentos causados pelas cargas fora do centroide em y e em z.


Fonte: Arndt, 2015.

3.1.3.3 Flexão Oblíqua


A flexão composta oblíqua é definida por apresentar as suas resultantes
de momento na seção transversal em torno do eixo y, quanto em torno do eixo
z. Como também acontece na flexão composta normal, os momentos fletores
podem decorrer da excentricidade, com relação ao eixo do elemento, de força
atuando na direção longitudinal.

Figura 11 - Flexão Obliqua.


Fonte: Arndt, 2015.

3.1.4 Muros de Flexão


Muros de flexão na sua grande maioria são compostos de concreto
armado, pois estão sobre influências de cargas verticais, cargas horizontais e
momentos. Na figura 11 logo abaixo, estão representadas algumas dimensões
por norma, como espessura da sapata, altura do muro, diâmetro do muro ao
decorrer da altura e a altura de terra, para caracterizar o empuxo passivo.
23

Figura 12 - Tipo de muro de arrimo, flexão 1.


Fonte: SOUZA, 2015.

3.1.4.1 Muro de bloco Armado


O muro de bloco armado prever uma estrutura com uma fundação
pequena, que não necessita de nenhum tipo de revestimento como o emboço
ou o reboco, garante a segurança estrutural e o seu uso pode ocasionar
economia no tempo de execução do muro.

Figura 13 - Muro de bloco armado.


Fonte: Guerra, 2013.
24

3.1.4.2 Muros de concreto armado


Os muros de arrimo de concreto armado apresentam uma diferença dos
muros de gravidade, pois mostram uma adição de esforços resistentes de
flexão. É essencial determinar o cálculo da armadura da sapata do muro, tendo
o cuidado na ligação que será feita entre as duas estruturas.
Os muros de arrimo de concreto armado podem portar os perfis em L
(para alturas até 2 metros), clássicos ou especiais (para alturas entre 2 e 4
metros) e podem ser atirantados.

Figura 14 - Muro de concreto armado.


Fonte: Souza, 2015.

3.1.4.4 Muro com vigas e pilares


O muro de vigas e pilares é considerado bem difundido e de simples
execução, pois a sua estrutura precisa apenas de um bloco de fundação
seguro para os pilares que compõem o muro, numa profundidade em torno de
2 a 3 metros e o muro é preenchido na sua totalidade com blocos.
25

Figura 15 - Muros de vigas e pilares.


Fonte: Ferreira, 2014.
3.1.4.3 Muro de contraforte
O fator determinante para este tipo de estrutura, condiciona-se
principalmente ao caso em que o solo de apoio da fundação exigir o
emprego de estacas ou tubulões, embora nada impeça que, para
alturas entre 4 a 7 metros, possa ser obtida uma solução
economicamente vantajosa em fundação direta, quando o solo assim
permitir. (MOLITERNO, 1980).

Figura 16 - Tipo de muro de contraforte.


Fonte: Moliterno, 1980.
26

3.2 Utilização dos Muros de Arrimo

Os muros de arrimo podem ser empregados em vários tipos de


edificações que apresentam regiões de encostas, montanhas, alto-relevo,
estradas ou em regiões íngremes.
Os muros de arrimo são elementos construtivos que vão além da sua
beleza arquitetônica, pois se apresentam como uma necessidade a estrutura
elevando assim o custo total da sua edificação.
Muros de arrimo mais usuais são aqueles que podem garantir a
segurança, com o menor. Os muros mais usuais são os atirantados e
ancorados (chumbamento).

3.3 Estabilização das Encostas

Para a construção de um muro de contenção deve-se haver antes um


estudo da encosta onde será utilizado o muro, saber se é viável a construção
do mesmo ou não.
Há vários critérios a serem analisados durante o estudo das encostas
como a presença de fissuras na superfície do terreno, a inclinação do terreno,
a muita intensidade pluviométrica, a resistência do solo, as camadas de solo
que compõem a encosta, sejam elas camadas de areia, argila ou até mesmo
de rochas, se ocorre a presença do nível da água e averiguar alguma
passagem de tubulação de esgoto na encosta.
Apesar de todo o estudo das encostas, os parâmetros são de uma
característica empírica, podendo assim correr sérios riscos como o
desmoronamento da encosta, ruína do muro caso não seja dimensionado para
o mesmo, pode também ocorrer o rompimento do equilíbrio da encosta após
houver interferência humana na camada superficial que está protegendo
aquele terreno íngreme.

3.3.1 Artifícios para aumento da estabilidade das encostas e taludes

3.3.1.1 Drenagem
As drenagens são implantadas com um único objetivo, que é a proteção a
edificação que está sendo construída.
27

Existem dois tipos usuais de drenagem, são elas a drenagem superficial e


a drenagem profunda.
A drenagem superficial é originada da água vinda das chuvas e escoa na
superfície do terreno, principalmente de encostas que são terrenos mais
íngremes e com profundidade em torno de 1,5 metro.
A drenagem profunda é originada pela infiltração de água no solo da
encosta a mais de 1,5 metro de profundidade. O recomendado para este tipo
de drenagem seria o uso de drenos durante toda a extensão completa da
encosta.

3.3.1.2 Diminuição da inclinação das encostas


A diminuição da inclinação das encostas é uma solução que aumenta e
melhora a estabilidade das encostas. No entanto a superfície do solo é
preenchida por vegetação que protege o solo das chuvas e erosão de águas
pluviais, quando ocorre a diminuição da inclinação parte dessa vegetação vai
ser retirada deixando o solo exposto.

3.3.1.3 Bermas
As bermas funcionam como degraus nas encostas, buscando a
diminuição da inclinação do talude, também se relacionam como um dissipador
de energia em virtude das chuvas que podem interferir na estrutura dessa
encosta.

Figura 17 – Especificação de uma berma


Fonte: <http://www.uepg.br/denge/aulas/fundacao/bermas.jpg>.
Acesso em: 20 ago. 2015.
28

3.3.1.4 Estaqueamento no pé do talude


O estaqueamento no pé do talude tem uma função de garantir a
estabilidade do muro de contenção na sua base e poder assegurar maiores
cargas do solo na sua totalidade. Geralmente são utilizados em áreas de alto
risco com chances de desmoronamento.

3.3.1.5 Chumbamento
Funciona como muro reforçado de vigas e pilares, garantindo que sejam
ancorados e atirantados, com a função de assegurar as cargas aplicadas.

3.3.1.6 Revestimento da encosta


O revestimento do talude funciona como uma capa protetora a fim de
evitar a erosão da encosta.
Podem ser utilizados como revestimento a vegetação para retenção de
água vinda das chuvas, concreto projetado, solo-cimento para aumentar a
resistência da chamada “capa” do solo e a imprimação asfáltica que é uma
camada viscosa capaz de tornar a superfície da encosta impermeável e
fornecer uma certa aderência.
3.3.1.7 Obstrução de fissuras
A obstrução das fissuras de uma encosta funciona como um
recapeamento para os taludes a fim de retardar a erosão. O material utilizado
para o reparo das fissuras é o cimento ou o betume.

3.4 Forças Atuantes e Generalidades

Qualquer tipo de matéria, algo que tenha peso e lugar no espaço pode
sofrer forças, essas forças podem ser tanto aplicadas quando o corpo está em
repouso, ou em movimento. No caso de muros de arrimo e contenção, as
forças irão depender na sua grande maioria dos materiais e condições nas
quais os muros serão solicitados.

3.4.1 Empuxos de terra


Chamamos de empuxo de terra ao esforço exercido pela terra contra
o muro. O empuxo de terra pode ser ativo e passivo. (MOLITERNO,
1980).
29

Ocorre o empuxo passivo quando a força resultante da terra atue se


retraindo ao muro. Desta forma o empuxo ativo se caracteriza como a força
resultante que atua diretamente contra o muro de contenção.

3.4.2 Empuxo passivo


O empuxo passivo pode ser caracterizado como coesivo e não coesivo,
isso dependerá do tipo de solo que estiver no local onde o muro será instalado.
No caso em que o solo seja predominantemente formado por partículas de
argila, a coesão será considerada. No caso do solo ser formado por partículas
de areia, a coesão será considerada nula.
A força do empuxo passivo geralmente é originada de obras como
escoramentos de valas e galerias.

Figura 18 – Escoramento de vala.


Fonte: Moliterno,1980.

Figura 19 – Muro de pedra rachão.


Fonte: Moliterno, 1980.
30

3.4.3 Empuxo ativo


Assim como o empuxo passivo, o empuxo caracterizado como ativo pode
ser coesivo ou não coesivo, dependendo unicamente se o solo será arenoso ou
argiloso.
A força originada do empuxo ativo geralmente é a carga de terra aplicada
ao muro em obras de contenção.

Figura 20 – Carga pontual do empuxo ativo.


Fonte: Moliterno, 1980.

Figura 21 – Empuxo ativo sobre uma cortina de contenção.


Fonte: Moliterno, 1980.

3.4.4 Altura do muro


A altura do muro é um fator dependente do muro, onde a altura vai variar
diversos esforços aplicados ao muro, como o coeficiente de empuxo, as
tensões verticais, tensões horizontais, verificações ao escorregamento do
muro, verificação ao tombamento e ao equilíbrio estático.

3.4.5 Inclinação da face em contato com a terra (tardoz)


segundo Résal, como o empuxo aumenta com o α, sendo esse
aumento tanto maior quanto mais inclinado for o terrapleno, e quanto
menor for o ângulo α. Para ϕ = 35º e i = 30º, o aumento é de:
31

35 % α = 10°
57% 20°
96% 30°
145% 40°
165% 45°
Tabela 1 – Tabela de inclinação da face em contato com a terra.
Fonte: Guerrin, 2003.
3.4.6 Rugosidade do muro
A rugosidade do muro é um dos parâmetros para determinação do ângulo
que atua o empuxo ativo, podemos utilizar α = ϕ/2 ou α = ϕ, assim podemos
encontrar o ângulo de inclinação adjacente.

Figura 22 – Rugosidade com relação ao empuxo ativo.


Fonte: Guerrin, 2003.

3.4.7 Peso próprio


O peso próprio é o peso específico de um determinado material vezes o
volume desse mesmo material.

P.P. = p x V (kg/m^3)

Equação 1 – Fórmula do peso próprio.


Fonte: Autor, 2018.

O peso próprio do muro depende de fatores essenciais como: o fck do


concreto, os tipos de agregados graúdos e miúdos, da altura do muro.
32

4 METODOLOGIA CIENTÍFICA

4.1 Cálculo do Empuxo

O empuxo é a principal carga que será utilizada em um dimensionamento


de muros de flexão.
Existem diversas formas e teorias que para a obtenção do cálculo do
empuxo, são na sua grande maioria antigas, mas até hoje apresentam
resultados satisfatórios e convincentes para um bom dimensionamento. Dentre
elas estão o método de Rankine 1857, Poncelet 1840 e o método de Coulomb
1773. Esses métodos são os mais usuais para cálculo de empuxo em muros de
pedra com argamassa, pedra sem argamassa e muros de concreto ciclópico.
Será adotado o método de Coulomb, pois esse método adota o maior
rigor e os resultados mais desejados dessa pesquisa.

4.1.1 Teoria de Coulomb


A teoria de Coulomb, baseia-se na hipótese de que o esforço
exercido no paramento do muro é proveniente da pressão do peso
parcial de uma cunha de terra, que desliza pela perda de resistência
ao cisalhamento ou atrito.
O deslizamento ocorre frequentemente ao longo de uma superfície de
curvatura, em forma de espiral logarítmica. Nos casos práticos, é
valido substituir esta curvatura por uma superfície plana, que
chamamos de plano de ruptura ou plano de deslizamento.
(MOLITERNO, 1980).

4.1.1.1 Empuxo em solos não coesivos


Na teoria apresentada por Coulomb o terrapleno é considerado como
um maciço indeformável, mas que se rompe segundo superfícies
curvas, as quais se admitem planas por conveniência.
(MARANGON, 2009).
33

Figura 23 – Empuxo em solo não coesivo.


Fonte: Marangon, 2018.

De acordo com a figura 23 a força P é a resultante da carga do solo; a


força R é a resultante da reação a um ângulo ϕ a linha de ruptura do terreno e
a força Ea é a força de empuxo resistida pelo muro de contenção.

4.1.1.2 Empuxo em solos coesivos


Como sabemos os solos coesivos são considerados argilosos e os não
coesivos são considerados arenosos, no entanto a diferença entre empuxo
passivo e ativo vai além do que o perfil de solo. No caso de cálculo de empuxo
em solos não coesivos, nos consideramos a coesão como nula, já em solos
coesivos além das forças já existentes devemos nos preocupar com a coesão
ao longo da superfície de deslizamento e de aderência entre o terreno e o muro
de contenção.

4.1.1.3 Parâmetros e simplificações do coeficiente de empuxo


Para um projeto nos interessa achar a força de empuxo que chamaremos
de E, o empuxo é uma grandeza atua como carga distribuída no muro e nos
resta saber qual a intensidade dessa força e onde está maior concentrada sua
aplicação no muro.
34

Figura 24 – Aplicação de carga concentrada de empuxo no muro.


Fonte: Moliterno, 1980.

Podemos perceber que na figura 24, o empuxo, força resultante da terra


sobre o muro está concentrada um pouco abaixo do centro de gravidade do
muro.
Quando estamos calculando o empuxo atuante no muro sem a presença
de líquidos no terreno a equação se difere com relação a presença de líquidos.

1
𝐸= 𝛾𝑡. 𝑘
2
Equação 2 – Cálculo de empuxo sem a presença de líquido.
Fonte: Moliterno, 1980.

Já com a presença de líquidos na terra em contato com o muro, nos devemos


levar em consideração alguns detalhes, como a rugosidade do muro, o atrito entre o
muro e as partículas de solo, e a inclinação do terreno com relação ao eixo.

1
𝐸 = 2 𝛾𝑡. 𝐾. ℎ^2
Equação 3 – Cálculo do empuxo com a presença de líquido.
Fonte: Moliterno, 1980.

Neste caso entra o coeficiente de empuxo k, é definido pela equação de


Rebhann (equação 4).
35

𝑠𝑒𝑛2 . ( 𝛽 + 𝜑 )
𝑘=
𝑠𝑒𝑛 ( 𝜑 − 𝛼 ) . 𝑠𝑒𝑛 (𝜑 + 𝜑1 )
𝑠𝑒𝑛2 𝛽 . 𝑠𝑒𝑛 ( 𝛽 − 𝜑1 ) [ 1 + √ ]2
𝑠𝑒𝑛 (𝛽 − 𝜑1) . 𝑠𝑒𝑛 (𝛽 + 𝛼 )

Equação 4 – Coeficiente de empuxo.


Fonte: Moliterno, 1980.

Onde o α é o ângulo de inclinação adjacente, θ é o ângulo de inclinação


do parâmetro interno do muro com a vertical, β é o ângulo da posição vertical
do muro, φ é o ângulo de repouso da terra, ângulo de talude natural ou ângulo
de atrito interno, φ1 é o ângulo de atrito entre a terra e o muro.
Vale levar em consideração que essa fórmula do coeficiente de empuxo
será aplicada somente a solos não coesivos, tema abordado nesta pesquisa.

4.1.1.4 Simplificações para o valor de K


Para o melhor entendimento do exemplo vamos separar as formas de
cálculo do coeficiente de empuxo K em alguns casos particulares.
O primeiro caso será quando o muro obter uma forma lisa, vertical e
retilínea, formando um ângulo de 90° diretamente com o chão.

Figura 25 – Cálculo do coeficiente no caso 1.


Fonte: Moliterno, 1980.

O segundo caso será quando o muro for de característica lisa, inclinado


em relação ao terreno e estiver com uma base horizontal com relação ao
terreno do local.
36

Figura 26 – Cálculo do coeficiente no caso 2.


Fonte: Moliterno, 1980.

Percebe-se que o caso 2 apresenta uma inclinação do muro, aumentando


uma incógnita, o θ na equação.
O terceiro caso será quando o muro for liso, inclinado em relação ao
terreno e quando o terreno também estiver apresentando uma inclinação α = φ.

Figura 27 – Cálculo do coeficiente no caso 3.


Fonte: Moliterno, 1980.

No quarto caso o muro deverá ser liso, apresentar uma base horizontal e
uniforme e o terreno deverá ter uma inclinação α = φ.

Figura 28– Cálculo do coeficiente no caso 4.


Fonte: Moliterno, 1980.

O quinto caso será um muro de característica lisa, com sua altura


formando um ângulo de 90° com o terreno e o terreno adjacente esteja
aplicado em forma horizontal ao muro.
37

Figura 29 – Cálculo do coeficiente no caso 5.


Fonte: Moliterno, 1980.

4.2 Perfis de Muros de Arrimo

O perfil a ser escolhido pra um muro é de vital importância em um


dimensionamento, pois é na sua escolha que será obtido e definido o peso
próprio do muro, a altura do muro, o material do muro, a base do muro, se será
feito de concreto ciclópico, de pedra com argamassa, de pedra sem
argamassa, estrutura maciça de concreto, de gabião, ou de concreto armado.
Lembrando que cada perfil a ser adotado para a construção já tem um
pré-dimensionamento com recomendações a serem seguidas.

4.2.1 Perfil Retangular


Esse tipo de perfil geralmente é recomendado para alturas pequenas, ou
seja, para contenções de pequeno porte.
• Os muros de alvenaria de tijolos com ou sem argamassa devem
possuir uma base com 40% da altura correspondente do muro;
• Já muros de alvenaria de pedra ou concreto ciclópico devem
possuir uma base com 30% da altura correspondente do muro.

Figura 30 – Perfil Retângular.


Fonte: Moliterno, 1980.

Onde b é a base do muro e h a altura do muro.


38

4.2.2 Perfil Trapezoidal


Geralmente são constituídos por concreto ciclópico e com alvenaria de
pedra com argamassa. Podem alcançar alturas maiores que a do perfil
retangular.

Figura 31 – Perfil Trapezoidal.


Fonte: Moliterno, 1980.

Onde h é a altura do muro sem considerar a altura da base, o b é base do


muro e b0 é a largura da crista do muro.
Quando forem constituídos do material de concreto ciclópico sua largura
da crista deve equivaler a 14% da altura h, lembrando que deve-se
desconsiderar a altura da base. Já a base b desse perfil trapezoidal deve ser
formada pela largura da crista o b0 mais a terça parte da sua altura h;
• Quando for constituído de outros materiais como alvenaria de
pedra com ou sem argamassa, a base b desse perfil trapezoidal
deve ser formada pela largura da crista o b0 mais a terça parte da
sua altura h. Já o t ser composta pela sexta parte da altura h.

Figura 32 – Perfil trapezoidal.


Fonte: Moliterno, 1980.
39

4.2.3 Perfil escalonado


O perfil escalonado é dimensionado em função da massa específica do
material utilizado na estrutura e do empuxo sofrido pelo muro.

Figura 33 – Perfil escalonado.


Fonte: Moliterno, 1980.

Os perfis escalonados podem ser mais complexos e utilizados em


estruturas de pontes, elevações e em contrafortes.

4.3 Muros de Concreto Armado

O muro de concreto armado como o nome já diz deve possuir barras de


aço a fim de resistir aos esforços de tração e compressão, existem vários tipos
de perfis para os muros sejam eles comuns ou até mesmo específicos para
uma função.

4.3.1 Perfil em L
Uma figura dita como irregular, por possuir uma peculiaridade onde o seu
centro de gravidade está localizado fora da figura.
O perfil em L pode ser adotado para altura de até 2 metros de altura.
40

Figura 34 – Perfil L de concreto armado.


Fonte: Moliterno, 1980.

De acordo com moliterno, sua base bs deve ser 50% da sua altura h. E a
altura hs deve corresponder a 8% da altura h.

4.3.2 Perfil Clássico


Assim como o perfil em L, é considerada uma figura irregular e tem o seu
centro de gravidade fora da figura, o perfil clássico consegue atingir alturas
maiores que as de 2 metros, podendo chegar até 4 metros de altura.

Figura 35 – Perfil clássico.


Fonte: Moliterno, 1980.

De acordo com moliterno, a largura da crista d0 deve possuir 10 cm se o


concreto utilizado for com brita de n° 2 e deve possuir 15 cm se o concreto
utilizado for com brita n° 3. A altura da sua base trapezoidal f deve ser de 15cm
ou de 20 cm. A largura da base bs deve corresponder entre 50% a 60% de sua
41

altura h. A altura hs deve corresponder entre 7% e 8% da altura h. E r deve


corresponder entre a sexta e a oitava parte da altura h.
Existem mais alguns perfis, com o atirantado, o de contrafortes sobre
estacas, perfis especiais, contrafortes do lado externo e entre outros, mas por
não influenciar o estudo serão menos enfatizados.

4.4 Estabilidade dos Muros Estruturais

Em um dimensionamento de muros de arrimo o projetista deve


dimensionar os seus esforços e momentos. Primeiro caracterizar o equilíbrio
estático que nada mais é que o equilíbrio de translação do muro, onde
podemos obter sua segurança enquanto ao escorregamento e o equilíbrio
elástico que nada mais é que o equilíbrio de rotação do muro, onde poderemos
obter sua segurança com relação ao escorregamento.
Os muros de contenção apresentam causa claras para suas ruinas e com
isso, o projetista deve se atentar a algumas condições de estabilidade,
independente de qualquer seção que tenha adotado para a construção, são
elas as verificações de tombamento, deslizamento, ruptura do plano de
fundação e a ruptura global da estrutura.

Figura 36 – Deslizamento da base.


Fonte: Gerscovich, 2010.

Figura 37 – Tombamento da estrutura.


Fonte: Gerscovich, 2010.
42

Figura 38 – Ruptura do plano de fundação.


Fonte: Gerscovich, 2010.

Figura 39 – Ruptura global da estrutura.


Fonte: Gerscovich, 2010.

4.4.1 Equilíbrio estático


O equilíbrio estático é alcançado quando todas as forças que atuam no
corpo sejam nulas, ou seja, no nosso caso para que o muro de contenção
alcance o seu equilíbrio estático é necessário que todas as forças externas,
sejam elas tensões horizontais, verticais, neutras, cisalhantes aplicadas ao
muro sejam nulas.
Como vimos os muros sofrem ações de força a uma certa distância do
seu eixo, caracterizados como momentos assim como as forças externas, o
somatório dos momentos aplicados ao muro deve ser nulo.

Figura 40 – Aplicação das forças estáticas aos muros.


Fonte: Moliterno, 1980.

As condições de equilíbrio são como leis aos engenheiros e devem ser


seguidas com alto rigor. Neste caso seriam:
43

• ΣFH = 0, somatório de forças horizontais do muro igual a zero;


• ΣFV = 0, somatório de forças verticais aplicadas ao muro igual a
zero;
• ΣM = 0, somatório de momentos aplicados ao muro iguais a zero.

4.4.2 Equilíbrio elástico


O equilíbrio elástico nos fornecerá informações e detalhes mais profundos
da estrutura, nele poderemos identificar as maiores solicitações da estrutura,
onde o muro será tracionado, comprimido, onde a atuação do momento será
maior, se o muro está sofrendo apenas uma flexão simples, excêntrica ou
composta. Podendo assim obter toda a verificação do conjunto.

4.5 Concreto a utilizar

O concreto utilizado deve ser calculado de forma estrutural com seu fck
(resistência do concreto), apresentando assim, um fck=30Mpa, levando em
consideração a estrutura formada de acordo com a necessidade do local.

4.5.1 Resistência da dosagem


• Fcj
fcj=(1,65-Sd)+fck

• J (Dias)

• S (Desvio Padrão)

∑ (𝑥𝑖 − 𝑥𝑚é𝑑𝑖𝑜 ) 2
𝑆= √
𝑛−1

Equação 5 – Fórmula de desvio padrão.


44

• Fc28 (Dosagem para garantir que 95% da resistência atinja o fck).

4.5.2 Coeficientes de minoração e segurança

yc= 1,4
ys= 1,15
yf= 1,4

Tabela 2 – Coeficientes de minoração.

4.6 Controle tecnológico dos materiais

A norma NBR 12654 informa toda forma de controle tecnológico dos


materiais componentes do concreto, ou seja, essa norma fixa toda condição
exigível para se obter controle dos materiais.
Esse programa de controle deve ser elaborado com uma função de grau
de responsabilidade da estrutura devido as condições que os materiais vão
sofrer ao decorrer do tempo, logo, é de forma responsável ter qualificação e
experiência na forma da execução no decorrer da obra.
45

4.7 Metodologia de execução

4.7.1 Reaterro
É a referência usada para designar uma subida de nível de um terreno
sem recorrer a um empréstimo de material.

Figura 41 - Reaterro.
Fonte: http://tecnicasdeconstrucoes.blogspot.com/2014/12/o-brasil-e-um-pais-rico-em-
recursos.html.
Acesso: 30 dez, 2014.

4.7.2 Efeitos de retração do concreto

A retração do concreto é a diminuição do seu volume,


geralmente motivada pela eliminação da água contida em seu
interior (exsudação). Outros motivos também podem provocar
essa retração, como fatores químicos, climáticos, relativos ao
volume do concreto ou mesmo pela maneira como foi traçado.
(GOOGLE/TECNOSIL, 2017).
46

Figura 42 - Retração do concreto.


Fonte: Tecnosil, 2018.

4.7.3 Controle de umidade


O controle da umidade é fundamental para estabilizar e deixar o ambiente
agradável a ponto de equilibrar não só o ambiente mas também dar uma
estabilizada na construção, esse controle se dá através de como é o
comportamento dos materiais e do ar, assim levando em conta outros aspectos
encontrados no local, e com isso o controle dessa umidade leva a uma forma
mais concreta de organização e planejamento no decorrer da construção.

4.7.4 Execução de drenagem


É fundamental ter a drenagem bem executada para a fácil locomoção
das águas em casos naturais, onde a execução da drenagem apresentada pela
norma NBR 15645/2008, que estabelece os requisitos para se ter uma
drenagem com qualidade, lembrando que de acordo com o projeto do muro, é
necessário apresentar a drenagem do local para que infiltrações não venham a
danificar ao muro e ao solo, fazendo assim, diminuir o tempo de manutenção
do projeto.
47

5 Considerações preliminares

Esse tipo de estrutura, apresenta uma maior facilidade de execução e é


recomendado para alturas de até 4,00 metros, do ponto de vista econômico,
mesmo assim ele pode superar essas alturas, neste trabalho dimensionar um
muro com 4,00 metros de altura.

Figura 43 - Perfil em L para dimensionamento.


Fonte: Moliterno, 1980.
48

6 Segmento dos Cálculos


Os cálculos foram elaborados para uma extensão bw = 100 cm de muro. A
única dimensão conhecida é a altura h do muro.

1° Segmento - Elaboração de todo o projeto, com todos os detalhes (aço


utilizado, resistência caracterizada do concreto, cargas adicionais, ângulo do
talude, massa específica aparente da terra, tensão admissível do solo,
coeficientes de minoração, peso específico do concreto).

2° Segmento - Verificação de toda a estabilidade do conjunto


(Escorregamento, Rotação ou tombamento e cálculo das tensões).

3° Segmento - Cálculo dos esforços internos e dimensionamento e


detalhamento das armaduras do muro principal.

4° Segmento - Cálculo dos esforços internos e dimensionamento e


detalhamento das armaduras na sapata do muro.

6.1 Dados e Especificações do muro


6.1.1 Perfil do terreno

Figura 44 - Corte do terreno.


Fonte: Moliterno, 1980.
O solo adotado em questão foi uma argila silto – arenosa, em virtude de
obter um solo heterogênio e com presença de coesão e atrito, tentando se
aproximar o máximo da realidade encontrada nas obras.

Foram adotados:
49

O ângulo de talude natural Ø = 30°

Massa específica aparente da terra γt = 16 kn/m³

Tensão admissível do solo σs = 15 kn/cm²

Sobrecarga q =3,2 kn/m² com espessura de ½ tijolo com altura de 1,5 m

Aço CA – 50 B (Aço encruado sem patamar de escoamento)

Concreto C20

Coeficientes de Minoração:

γc = 1,4

γs = 1,15

γf = 1,4

6.1.2 Cálculo do empuxo de terra


• Altura de terra equivalente a sobrecarga do terreno:

q = 3,2 kn/m²

q 3,2
h0 = γ = = 0,20 m
16

• Coeficiente de empuxo (Coeficiente de Coulomb):

Ø
K=tg2 (45°- 2 )

30°
K= tg2 (45°- )
2

K=0,333

• Altura total:

H= h+h0

H = 4,00+0,20 = 4,20 m

• Empuxo de terra:

1
E= . K.γt.(H2 - h2o )
2

E=0,5 . 0,33 . 16 . (4,202 - 0,202 )


50

kn
E= 47 m

• Ponto de aplicação do empuxo:

h 2h0 +H
y= .
3 h0 +H

4,00 2 . 0,20+4,20
y= . =1,39 m
3 0,20+4,20

6.1.3 Cálculo do momento fletor na base do muro


O momento fletor será calculado na base do muro, engastada na sapata.

M = E.y

M = 47 . 1,39 = 65,33 kn.m

6.1.4 Pré-dimensionamento
• Base do muro:

d = 10 . √M

d = 10 . √65,33 = 25,6 cm ≈ 27cm

Iremos adotar 𝑑 = 27 𝑐𝑚 como altura útil da seção e um cobrimento


c=3 cm.

di = d+c

di = 27+3 = 30 cm

• Topo do muro:

Admitindo o diâmetro máximo do agregado graúdo de 25 mm (pedra n°


2).

do = 4 . 25 mm = 100 mm = 10 cm

• Sapata:
51

Figura 45 - Definições de largura e altura.


Fonte: Moliterno, 1980.

bs = 0,6 . h = 0,6 . 4,00 m = 2,4 m


1 1
r= .h= . 4,00 ≅ 0,70 m
6 6

t = bs -(r+ di ) = 2,4-(0,7+0,30) = 1,40 m

As espessuras nas extremidades podem variar de 10 a 30 cm, como o


nosso dimensionamento foi para a pior situação adotamos 30 cm de espessura
nas extremidades.

6.1.5 Verificação do conjunto do projeto

Figura 46 - Demonstração de cargas verticais, horizontais, braços de alavanca e


dimensões do muro.
Fonte: Moliterno, 1980.

6.1.5.1 Cargas verticais


• No topo (𝐺0 , Alvenaria):
52

G0 = Lm . h .yt

G0 =0,11 . 1,5 . 16 = 2,64 kn/m

• Peso do muro (𝐺𝑚 ):

1
Gm = . h . yc . (d0 + di )
2

1
Gm = . 4,00 . 25 . (0,10+0,30) = 20,0 kn/m
2

• Peso da Sapata (𝐺𝑠 ):

Gs = ds . yc . bs

Gs = 0,3 . 25 . 2,4 = 18 kn/m

• Peso da terra sobre o talão da sapata (𝐺𝑇 ):

a = (t+ di ) - d0

a = (1,4 + 0,3) - 0,1 = 1,6 m

h
GT = . yt . (t+a)
2

4,00
GT = . 16 . (1,4+1,6) = 96,0 kn/m
2

6.1.5.2 Cargas horizontais


• Parapeito (g0):

d0
g0 = r+ 2

0,10
g0 = 0,70+ = 0,75 m
2

• Muro (gm):

d20 + d0 . di + d2i
XM = 3 . (di +d0 )

0,102 +0,10 . 0,30+0,302


XM = = 0,108 m
3 . (0,10+0,30)

gm = r + XM

gm = 0,70 + 0,108 ≅ 0,81 m


53

• Sapata (gs):

bs
Gs = 2

2,4
gs = = 1,2 m
2

• Terra sobre o talão da sapata (gT):

a2 + a . t +t²
XT = 3 . (a+t)

1,62 +1,6 . 1,4 + 1,4²


XT = = 0,75 m
3 . (1,6+1,4)

gT = bs - XT

gT = 2,4 - 0,75 = 1,65 m

• Empuxo (y’):

Y' =y+ds

Y' =1,39+ 0,30 = 1,69 m

• Momentos (M):
G0 . g0 = 2,64 . 0,75 = 1,98 kn.m
GM . gM =20 . 0,81 = 16,20 kn.m
Gs . gs = 18 . 1,2 = 21,6 kn.m
GT . gT =96 . 1,65=158,4 kn.m
∑MI = 198,18 kn.m
Me = - E . y’
Me = - 47 . 1,69 = -79,43 kn.m
M = MI - Me
M = 198,18 – 79,43 = 118,75 kn.m

6.1.5.3 Componentes
• Normal (N):
N = G 0 + GM + G s + G T
N = 2,64 + 20 + 18 + 96 = 136,64 kn.m
54

• Tangencial (T):
T = E = 47 kn/m

6.1.5.4 Posição no centro de pressão


• Ponto de aplicação da resultante
M
ƞ= N
118,75
ƞ = 136,64 = 0,86 𝑚

• Excentricidade (e):
bs
e= -µ
2
2,4
e= -0,86 = 0,34 m
2

6.1.5.5 Equilíbrio estático


• Escorregamento (Ɛ1):
N
Ɛ1 = µ . T
136,64
Ɛ1 = 0,55 . = 1,60 ≥ 1,5 satisfaz (tensão do solo)
47

• Tombamento (Ɛ2):
M
Ɛ2 = M I
e

198,18
Ɛ2 = = 2,49 ≥ 1,5 satisfaz (tensão do solo)
79,43

6.1.5.6 Equilíbrio elástico


• Cálculos auxiliares
N
σm = b
s

136,64
σm = = 56,93 kn/m
2,4
6. e 6 . 0,34
= =0,85 m
bs 2,4
55

• Tensão máxima
6.e
σi = σm . ( 1+ )
bs

σi = 56,93 . (1 + 0,85) = 105,32 kn/m² ≤ 150 kn/m² satisfaz

• Tensão mínima
6.e
σ2 = σm . ( 1- )
bs

σ2 = 56,93 . (1 – 0,85 ) = 8,53 kn/m² (+) está sobre compressão


Com isso confirmamos toda a estabilidade do conjunto, com as
dimensões estabelecidas no pré-dimensionamento, já podendo estimar o custo
do muro de arrimo.

6.2 Cálculo dos esforços

Nosso cálculo de esforços será feito como vigas em balanço.


Mmáx = 47 . 1,39 = 65,4 kn.m/m
Qmáx = 47 kn/m

Figura 47 - Atuação dos esforços.


Fonte: Moliterno, 1980.
Ps = K . yt . h0
Pi = K . yt . H
ʋ
Qv = 2 . (Ps + PV )
ʋ2
Mv = . (2 . Ps + Pv)
6
56

P = Ps - Pi
ʋ
Pv = P s + h . P

Para cálculo das seções e obtenção dos diagramas optamos por medir os
esforços em metro a metro do muro.
Ps = 0,33 . 16 . 0,20 = 1,05 kn/m² ≈ 1,10 kn/m²
Pi = 0,33 . 16 . 4,20 = 22,18 kn/m²
P = 22,18 – 1,05 = 21,13 kn/m²
21,13
Pv = 1,05 + . ʋ = 1,05 + 5,28ʋ
4,00

Seção Cálculos Auxiliares Esforços


F.Cort. Qv M. Fletor My
N ʋ P/h * ʋ Pv ʋ² ʋ²/6 Ps + Pv 2Ps + Pv (Kn) (Kn.m)
0 - 0 1,05 0 0 2,1 3,15 0 0
1 1,00 5,28 6,33 1 0,167 7,38 8,43 3,69 1,4
2 2,00 10,56 11,61 4 0,667 12,66 13,71 12,66 9,14
3 3,00 15,84 16,89 9 1,5 17,94 18,99 26,91 28,49
4 4,00 21,13 22,17 16 2,667 23,22 24,27 47 65,4

Tabela 3 – Dimensionamento dos esforços.

6.2.1 Diagramas do muro principal

Figura 48 - Diagrama de esforço cortante do muro principal.


Fonte: Autor, 2018.
57

Figura 49 - Diagrama do momento fletor do muro principal.


Fonte: Autor, 2018.

6.3 Armação do muro principal

As espessuras da seção do muro que variam de 10 cm a 30 cm serão


calculadas de acordo com o seu crescimento metro a metro.
di -do
Δd = n
30 - 10
Δd = = 5 cm
4

O número de seções adotado foram 4, e o cobrimento teórico adotado foi


de 4,5 cm.
d=h–c
d = 30 – 4,5 = 26,5 cm

6.3.1 Detalhamento do muro principal


• 0m
bw = 100 cm
d = 10 – 4,5 = 5,5 cm
Md = yc . M
Md = 1,4 . 0 = 0 kn. cm
b . d²
Kc = Md

Kc = 0
As . d
Ks = Md

Ks = 0
Pela seção não possuir momento iremos adotar a área de aço mínima.
58

0,15
Asmin = . bw . h
100
0,15
Asmin = . 100 . 10 = 1,5 cm²
100

Adotamos 5 ϕ 6,3 c/ 20 cm.

• 1m
bw = 100 cm
d = 15 – 4,5 = 10,5 cm
Md = yc . M
Md = 1,4 . 140 kn.cm = 196 kn. cm
b . d²
Kc = Md
100 . 10,5²
Kc = = 56,25
196
As . d
Ks = Md
0,023 . 196
Ks = = 0,42 cm²
10,5

Pela seção possui um momento menor que o mínimo iremos adotar a


área de aço mínima.
0,15
Asmin = . bw . h
100
0,15
Asmin = . 100 . 15 = 2,25 cm²
100

Adotamos 7 ϕ 6,3 c/ 14 cm.

• 2m
bw = 100 cm
d = 20 – 4,5 = 15,5 cm
Md = yc . M
Md = 1,4 . 914 kn.cm = 1279,60 kn. cm
b . d²
Kc = Md
100 . 15,5²
Kc = = 18,77
1279,60
As . d
Ks = Md
0,024 . 1279,60
Ks = = 1,98 cm²
15,5

Pela seção possui um momento menor que o mínimo iremos adotar a


área de aço mínima.
59

0,15
Asmin = . bw . h
100
0,15
Asmin = . 100 . 20 = 3 cm²
100

Adotamos 10 ϕ 6,3 c/ 10 cm.

• 3m
bw = 100 cm
d = 25 – 4,5 = 20,5 cm
Md = yc . M
Md = 1,4 . 2849 kn.cm = 3988,60 kn. cm
b . d²
Kc = Md
100 . 20,5²
Kc = = 10,53
3988,60
As . d
Ks = Md
0,024 . 3988,60
Ks = = 4,67 cm²
20,5
0,15
Asmin = . bw . h
100
0,15
Asmin = . 100 . 25 = 3,75 cm²
100

A área de aço foi maior que a mínima, adotamos 15 ϕ 6,3 c/ 6,5 cm.

• 4m
bw = 100 cm
d = 30 – 4,5 = 25,5 cm
Md = yc . M
Md = 1,4 . 6540 kn.cm = 9156 kn. cm
b . d²
Kc = Md
100 . 25,5²
Kc = = 7,10
9156
As . d
Ks = Md
0,025 . 9156
As = = 9,0 cm²
25,5
0,15
Asmin = . bw . h
100
0,15
Asmin = 100
. 100 . 30 = 4,5 cm²

A área de aço foi maior que a mínima, adotamos 18 ϕ 8,0 c/ 5,5 cm.
60

6.3.2 Detalhamento da armadura de distribuição


A = 1/5 . As
A = 1/5 . 9,0 = 2,0 cm² Adotar 4 ϕ 8,0 c/ 25 cm.

Nós iremos desconsiderar a armadura de cisalhamento e armadura


suplementar por não ser necessário nessa construção.

6.4 Cálculo dos Esforços na Sapata

Figura 50 - Corte da sapata com definição dos pontos.


Fonte: Autor, 2018.
• Reações do solo
σ1 = σmax = 105,32 kn/m²
σ2 = σmin = 8,53 kn/m²
1,7
σ3 = 105,32 . 2,4 = 74,60 kn/m²
1,4
σ4 = 105,32 . 2,4 = 61,43 kn/m²

• Cargas verticais
Primeiro vamos calcular a reação vertical na ponta (σ p) da sapata e
depois no talão (σt) da sapata. Onde yc será o peso específico do concreto.
σp = ds . yc
61

σp = 0,30 . 25 = 7,5 kn/m²


σt = ds . yc + H . yt
σt = 0,3 . 25 + 4,20 . 16 = 74,7 kn/m²

• Cargas na sapata
Após o cálculo das cargas verticais e reações do solo iremos realizar o
cálculo das cargas para obtenção do diagrama das tensões da sapata.
σI = σ 1 - σp
σI = 105,32 – 7,5 = 97,82 kn/m²

σIII = σ3 – σp
σIII = 74,6 – 7,5 = 67,1 kn/m²

σIV = σ4 – σt
σIV = 61,43 – 74,7 = -13,27 kn/m²

σII = σ2 – σt
σII = 8,53 – 74,7 = -66,17 kn/m²

• Diagrama das Tensões

Figura 51 - Diagrama de Tensões.


Fonte: Autor, 2018.
62

Desprezamos o cálculo do trecho 3-4, pois é onde deveria ser descontado


a reação do solo do peso próprio do muro.

6.4.1 Esforços Solicitantes


• Força cortante máxima
A força cortante máxima será calculada, na ponta (Qp) e no talão (Qt).
r
Qp = (QI + QIII) . 2

Qp = (97,82 + 67,1) . 0,35 = 57,72 kn/m

t
Qt = (QII + QIV) . 2

Qt = (-66,17 – 13,27) . 0,7 = -55,60 kn/m

• Momento fletor máximo


Os momentos fletores máximos são necessários para montagem dos
diagramas de esforços cortantes e momentos fletores, para o detalhamento
das armaduras da sapata. Onde Zt será o braço de alavanca no talão e Zp será
o braço de alavanca na ponta.
r 2 . σI+ σIII
Zp = 3 . σI+ σIII
2 . 97,82 + 67,1
Zp = 0,35 . = 0,372 m
97,82+67,1

t 2 . σII+ σIV
Zt = 3 . σII + σIV
2 . (-66,17) + (-13,27)
Zt = 0,7 . (−66,17)+(−13,27)
= 1,283 m

Mp = Qp . Zp
Mp = 57,72 . 0,372 = 21,47 kn.m (+)

Mt = Qt . Zt
Mt = -55,60 . 1,283 = -71,33 kn.m (-)
63

6.4.2 Diagramas da sapata

Figura 52 - Diagrama de esforço cortante da sapata.


Fonte: Autor, 2018.

Figura 53 - Diagrama de momento fletor da sapata.


Fonte: Autor, 2018.
64

6.5 Detalhamento da Sapata

Para o detalhamento da sapata adotamos um cobrimento teórico de c = 4


cm. E para efeito de cálculos iremos achar as armaduras da ponta e
posteriormente as armaduras do talão.
• Na Ponta
bw = 100 cm
d = 30 – 4,0 = 26 cm
Mp = 21,47 kn.m x 1,4 = 3005,8 kn.cm
b . d²
Kc = Md
100 . 26²
Kc = = 22,49
3005,8

Ks = 0,024
As . d
Ks = Md
0,024 . 3005,8
As = = 2,77 cm²
26

Pela seção possui um momento menor que o mínimo iremos adotar a


área de aço mínima.
0,15
Asmin = . bw . h
100
0,15
Asmin = . 100 . 30 = 4,5 cm²
100

Adotamos 5 ϕ 12,5 c/ 25 cm.

A armadura de distribuição ficou da seguinte forma:


Asec = 1/5 . As
Asec = 1/5 . 4,5 = 0,9 cm² ≈ 1,0 cm²
Adotamos 3 ϕ 6,3 c/ 30 cm.
Dobramento das barras da ponta:
d=8.Ø
d = 8 . 1,25 = 10 cm
π. d
S= 4
π . 10
S= = 8 cm
4
65

• No talão
bw = 100 cm
d = 30 – 4,0 = 26 cm
Mp = 71,33 kn.m x 1,4 = 9986,2 kn.cm
b . d²
Kc = Md
100 . 26²
Kc = = 6,77
9986,2

Ks = 0,025
As . d
Ks = Md
0,025 . 9986,20
As = = 9,60 cm²
26

Adotamos 8 ϕ 12,5 c/ 12,5 cm.

A armadura de distribuição ficou da seguinte forma:


Asec = 1/5 . As
Asec = 1/5 . 9,6 = 1,92 ≈ 2,0 cm²
Adotamos 6 ϕ 6,3 c/ 15 cm.

Dobramento das barras da ponta:


d=8.Ø
d = 8 . 1,25 = 10 cm
π. d
S= 4
π . 10
S= = 8 cm
4

A seguir, a título do exemplo, apresenta-se os resultados obtidos de todo


o dimensionamento e detalhamento do muro de arrimo.
66

Figura 54 – Perfil Completo.


Fonte: Autor, 2018.

Figura 55 – Tabela das Dimensões.


Fonte: Autor, 2018.
67

DISCUSSÃO
É visto que através dos resultados obtidos em pesquisa o nosso
dimensionamento e levantamento realizado, podemos perceber que é
economicamente viável sua construção até 4metros, pois, caso ultrapasse essa
estatura o momento aplicado à base do muro aumente muito tendo assim que
utilizar maiores quantidades de aço.

Independente do muro de arrimo construído, ele deve prever boas


condições de drenagem, para evitar aumento de carga que atue no muro e
possa causar um colapso.

Sendo assim o muro foi dimensionamento para diferentes resistências


características de concreto, variando do C20 ao C50, podendo seguir com o
tipo de concreto que sua empresa tenha a preferência de executar e construir.

Com isso um dos objetivos principais da construção do muro é a


prevenção de acidentes ocasionados por movimentos de terra que venham a
causar dano a um população que se encontra em uma zona de alto risco de
deslizamento.
68

CONCLUSÃO

Segundo as informações coletadas, as partes previstas dependerão do


local a ser construído o muro de flexão, devido a situação que se encontra a
encosta, visando a segurança como um todo, acreditando na valorização da
sociedade caso se concretize o empreendimento. Acredita que essa
valorização terá consequências positivas de forma protetora, lembrando a
questão econômica e os seus aspectos construtivos com os determinados tipos
de concreto determinados para o empreendimento.

Tendo em vista os diversos tipos de concreto apresentados, a resolução


foi dada através de tabelas, cujo todo o dimensionamento exposto passo a
passo, demonstrando uma forma explicativa de como será realizado cada
cálculo do muro de flexão e cada função de aplicação com cargas diversas,
fazendo assim, um planejamento exequível que deve necessariamente ser
considerado de acordo com o empreendimento e a situação estabelecida do
local, ou seja, irá depender de como está a situação do local para entrar em um
aval do tipo de execução e de concreto a ser utilizado.

Sempre que um empreendedor se propõe a desenvolver um projeto que


envolva o meio ambiente, constata-se que o direito ambiental está cada vez
mais agregado ao desenvolvimento econômico, razão pela qual devem servir
de referência e limite um para o outro.

A conclusão objetiva resultante dos estudos da proposta ora


apresentada em cotejo com a legislação aplicável é de que o empreendimento,
uma vez respeitadas as normas mencionadas e a segurança no modo de
execução, e de um futuro movimento de terra, cumpre a função social de
proteção a sociedade e até mesmo ao ambiente atingindo assim os objetivos
do desenvolvimento, podendo habilitar-se ao consenso pleiteado.
69

REFERÊNCIAS

APOSTILA UFPR. Flexão Composta. Paraná, 2015.

BASTOS, Paulo Sérgio dos Santos. Flexão normal simples - vigas. UNESP-
BAURU/SP, 2015.
GERSCOVICH, Denise M. S. Estruturas de Contenção Muros de Arrimo.
Rio de Janeiro: Faculdade de Engenharia Departamento de Estruturas e
fundações, 2010.
GOOGLE. Fórmula do peso próprio, Figura 25, 1999.
GOOGLE. Especificação de uma Berma, Figura 18, 2014.

SOUZA. Muro de concreto armado, Figura 15, 2015.

DISPONÍVEL EM: http://tecnicasdeconstrucoes.blogspot.com/2014/12/o-brasil-


e-um-pais-rico-em-recursos.html, Figura 48, 2014.

TECNOSIL. Retração do concreto, Figura 49, 2018.

GUERRA. Muro de bloco armado, Figura 14, 2013.

FERREIRA. Muros de vigas e pilares, Figura 16, 2014.

GOOGLE. Fórmula Desvio Padrão, Figura 47, 2016.

SOUZA. Imagem de muros de arrimo por gravidade, Figura 1, 2016.

DISPONÍVEL EM: http://awacomercial.com.br/blog/muro-de-gabiao-o-que-


e/muro-de-gabiao-2/, Figura 6, 2018.

NOGUEIRA. Muro de Arrimo de pneus, Figura 7, 2015.

DISPONÍVEL EM: 4.bp.blogspot.com/xMV1vaHvM6k/TxBj44UP6yI


/AAAAAAAACwI/HDC7BjsqeAg/s1600/1.jpgmagodafloresta.blogspot.com.br/p/
obra-do-gamarra.html, Figura 3, 2016.

SOUZA. Muros de Alvenaria de pedra sem argamassa, Figura 2, 2016.

REIS. Muros de concreto, Figura 4, 2010.

GOOGLE. Tipo de Muro de arrimo em gabião, Figura 5, 2016.

GOOGLE. Retração do concreto, Figura 49, 2017.


70

GUERRIN, A. Tratado de Concreto Armado. Editora Hemus, pág 80 e 81,


2003.

MOLITERNO, Antônio. Caderno de Muros de Arrimo. São Paulo; Editora


Edgard Blücher Ltda, pág 3, pág 8, pág 97, 1980.

NBR 12654. Controle tecnológico de materiais componentes do concreto.


Rio de Janeiro,1992.

NBR 15645. Execução de obras de esgoto sanitário e drenagem de águas


pluviais utilizando-se tubos e aduelas de concreto. Rio de Janeiro,2008.

Prof. M. Marangon. APOSTILA UFJF. Empuxos de terra. Juiz de Fora;


Faculdade de Engenharia – NuGeo/Núcleo de Geotecnia, pag 160, 2018.

SOUZA, Damiane Marques de Souza. Muros de arrimo. Cuiabá: Revista on-


line IPOG Especialize, 2015.

Você também pode gostar