Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Campinas
2021
EDSON SILVA SANTOS
Campinas
2021
EDSON SILVA SANTOS
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
ABSTRACT
Pressure vessels are equipment widely used in all industrial segments, storing and
processing fluids under pressure. As they are equipment with a high degree of risk,
their dimensioning must be based on specific standards, the failure of equipment of
this nature can result in an incalculable result, based on the project and operation
data collected, the purpose of this course conclusion work is in the analytical
dimensioning of a pressure vessel for the chemical industry, with the aid of the
building code of the American Association of Mechanical Engineers (ASME). In this
work, the characteristics of the materials and their technical specifications were
addressed, calculation of the thickness of the tops, hull and nozzles, verification of
the need for reinforcement in nozzles, mechanical conformation, calculation of the
maximum allowable working pressures, mechanical detail of the top and hull welds
and nozzles and determination of hydrostatic test pressure.
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................13
2. VASOS DE PRESSÃO.......................................................................................15
2.1 TAMPOS............................................................................................................18
2.2 BOCAIS..............................................................................................................19
2.3 SUPORTES........................................................................................................20
2.4 TENSÕES..........................................................................................................21
3. PRESSÃO E TEMPERATURA............................................................................23
3.1 ESPESSURADE CORROSÃO...........................................................................24
3.2 EFICIENCIA DE JUNTA SOLDADA...................................................................25
3.3 SOLDAS EM VASOS DE PRESSÃO.................................................................25
3.4 CÁLCULO DO VASO DE PRESSÃO.................................................................25
3.5 TESTE HIDROSTÁTICO....................................................................................26
4.NORMAS REGULAMENTADORAS PARA FABRICAÇÃO DE VASOS DE
PRESSÃO................................................................................................................28
4.1 NR13 .................................................................................................................28
4.2 INSTALAÇÃO DE VASO DE PRESSÃO...........................................................29
4.3 DOCUMENTAÇÃO............................................................................................30
4.4 ASME.................................................................................................................31
4.5 ASME SEÇÃO VIII DIVISÃO 1..........................................................................31
4.6 ASME SEÇÃO VIII DIVISÃO 2..........................................................................32
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................34
REFERÊNCIAS.......................................................................................................35
13
1.INTRODUÇÃO
2. VASOS DE PRESSÃO
Telles (1996) ainda afirma que praticamente todos os vasos de pressão são
fabricados a partir de chapas de aço conformadas e posteriormente unidas por um
processo de soldagem. O corpo cilíndrico também conhecido como costado é
formado pela união de múltiplas chapas soldadas, consistindo geralmente em vários
anéis
sucessivos de chapas que são calandradas de preferência no sentido do
comprimento de sua laminação.
Segundo Urenha, L. C; Nunhez, J. R; Cekisnki (2007) vasos de pressão são
submetidos a uma pressão em seu interior, superior a pressão externa, a qual, na
maioria dos casos, é a pressão atmosférica. Compostos por tampos, corpo cilíndrico,
bocais e sistemas de fixação, construídos em aço carbono, aço inoxidável e ligas
especiais como o alumínio e titânio. Existem vasos cuja pressão interna é reduzida
(vácuo parcial) e são submetidos à pressão externa elevada, com sistemas
16
2.1 TAMPOS
ao tamanho do raio (r), quanto menor o raio de concordância, mais fácil será sua
fabricação. Todavia quanto menor for o raio de bordo pior é a resistência do
equipamento, logo quanto maior o raio de concordância mais resistente o tampo
será.
2.2 BOCAIS
O Código Asme (2019) informa que qualquer bocal que seja aberto no
equipamento resulta no enfraquecimento local na parede do vaso, surgindo a
necessidade de reforçar esta área, esse enfraquecimento é maior para as aberturas
não perpendiculares a parede do vaso, por isso devem ser evitadas sempre que
possível. Em seu parágrafo UG-37 disponibiliza métodos para o cálculo destes
reforços, sejam para bocais, bocas de visita ou inspeção. O reforço dos bocais é
realizado através de um método conhecido como compensação de áreas.
Fonte:ASME (2019)
20
2.3 SUPORTES
Para Nava (2005) todos os vasos de pressão devem conter suportes que
realizam o apoio ou a fixação do equipamento. Os vasos podem ser suportados
pelos métodos de sapatas, saias ou pernas, permitindo sua alocação dentro da
planta produtiva, estes dispositivos de suportarão produzem tensões adicionais ao
corpo do vaso, devendo ser consideradas durante o dimensionamento do
equipamento.
Esses suportes devem ser dimensionados de forma a resistir os
carregamentos de carga do próprio equipamento e aos seus acessórios externos,
além dos momentos gerados devido as forças do vento em algumas instalações.
Fonte:NAVA (2005)
21
2.4 TENSÕES
Na figura 10, as forças que atuam sobre o corpo livre consistem nas forças
internas (σ2 dA), na parede onde as forças de pressão elementares (p.dA) exercidas
na porção de fluido inclusa no corpo livre.
3. PRESSÃO E TEMPERATURA
NAVA (2005) nos mostra que em referência aos vasos de pressão, os termos
“pressão” e “temperatura” estão associados a vários conceitos que são
imprescindíveis suas distinções. A pressão pode ter os seguintes conceitos: pressão
de operação e pressão máxima de operação, pressão de projeto, pressão máxima
de trabalho admissível e pressão de teste hidrostático. Quanto a temperatura existe
os termos: temperatura de operação, temperatura máxima de operação e
temperatura de projeto. A pressão e a temperatura de operação são as condições
na qual o equipamento foi dimensionado para operar normalmente.
A pressão é verificada sempre no tampo superior, acrescentando a pressão
correspondente à coluna hidrostática de líquido. Dificilmente um equipamento opera
sob condições controladas de pressão e temperatura, ocorrendo em geral flutuações
de maior ou menor amplitude que podem ser atingidas em quaisquer situações
anormais de operação como sobre cargas, para das de emergência e falhas no
sistema de controle.
Eventualmente, um vaso pode ter mais de uma condição de regime, isto é,
pode estar sujeito em operação normal, a condições diferentes de trabalho. Pressão
e temperatura de projeto são as condições consideradas para efeito de cálculo e de
dimensionamento do vaso.
De acordo com o código ASME (2019), a pressão de projeto corresponde às
condições mais severas que possam ser previstas em uma operação normal. Para
equipamentos que operam com pressão nula ou com valores pouco expressivos é
adotado um valor mínimo de 1,0 Kgf/cm².
FERREIRA (2015) e PAULINO JÚNIOR (2015) relatam que a pressão
máxima de trabalho admissível (PMTA) pode se referir a cada uma das partes de um
vaso de pressão, ou considera-lo como um todo. A PMTA para cada parte de um
equipamento é a pressão que causa na parte em questão uma tensão máxima igual
à tensão admissível do material na temperatura de operação correspondente à parte
considerada, o valor da PMTA deve ser calculado para cada componente do
equipamento, sendo o menor destes adotado como pressão máxima de trabalho
admissível para todo o equipamento.
A pressão do teste hidrostático deve ser de no mínimo 1,3 vezes a pressão
24
máxima de trabalho admissível (PMTA), simulando uma condição mais severa com o
objetivo de garantir que durante a operação do equipamento o mesmo não sofrerá
falha.
4.1 NR13
A inspeção deverá ser feita anual, mas podendo ser frequente dependendo
do tipo de equipamento. Os itens que mais contribuem para a falta de segurança na
empresa, principalmente para seus colaboradores, são:
Não uso de equipamentos imprescindíveis para o bom funcionamento do vaso
de pressão, como iluminação, identificação, inspeção de rotina e ventilação;
Ausência de válvula de segurança;
Ausência de pessoa responsável por medir a pressão no equipamento;
Não disponibilizar instruções detalhadas sobre as medidas obrigatórias em
caso de urgência, como acidentes.
Devendo constar mais de uma saída de emergência, sinalizadas e amplas,
facilitando a evacuação. Previne desastres nas indústrias, como vazamentos e
explosões, evitando acidentes, danos ao meio ambiente, por lidar com substâncias
tóxicas durante todo esse processo.
Exige que os colaboradores que trabalham com vasos de pressão sejam
devidamente treinados e participem de cursos de atualização da norma, que existem
desde 1995. Assim todos os cuidados devem ser seguidos, primeiro para evitar
prejuízos para a indústria, e extremamente para garantir a integridade de todas as
pessoas envolvidas nesse processo.
ALBERICHI (2013) observa que, dentre os vários pontos importantes
desta norma, a qual é centrada nas inspeções de segurança de caldeiras a vapor,
vasos de pressão e tubulações, podem-se pontuar algumas informações
importantes. A norma denomina profissional Habilitado (PH) aquele que tem
responsabilidade e competência para exercício da profissão de engenheiro referente
a projeto de construção, acompanhamento de operações e manutenções, inspeção
e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão.
para a manutenção, inspeção e não pode ter vão que ocasione em quedas de
pessoas. Ter ventilação e iluminação adequadas e possuir sistema de iluminação de
emergência. Ainda segundo a NR-13 (2014), quando o estabelecimento não puder
atender as exigências, deve ser elaborado um projeto alternativo de instalação com
medidas de segurança que permitam a diminuir os prováveis riscos.
4.3 DOCUMENTAÇÃO
• Ano de fabricação;
• Categoria do vaso, atualizada pelo empregador sempre que alterada a original.
4.4 ASME
Norma Americana “American Society of Mechanical Engineers” – ASME, é
uma norma para fabricação de vasos de pressão que estabelece os tipos de
matérias e seus limites, soldas, inspeção, execução dos vasos de pressão.
(TELLES, 1996). Depois de uma explosão em Brockton, Massachusetts (EUA), em
1905, que deixou 58 mortos e 117 feridos, surgiu a primeira norma americana, de
uso geral e obrigatório, sua exigência foi: projeto, materiais, fabricação e inspeção
de caldeiras estacionárias. Esse foi o início da ASME (American Society of
Mechanical Engineers), criada em 1914 e publicada na Seção VIII do Código ASME,
referindose aos vasos de pressão não sujeitos a chama. (TELLES, 1996)
SOUZA (2015) relata que o código ASME (2019) Seção VIII, Divisão 2 foi
elaborado como regra alternativa de projeto da Divisão 1. Dispõe de uma tecnologia
mais avançada possui um critério mais inovador de projeto, também empregado pela
Seção III (vasos nucleares). Possuindo um diferencial criterioso e detalhado no
quesito, fabricação, exames e testes se fazendo mais rigoroso e tensões admissíveis
superiores, além de não limitar a pressão de projeto.
Estão inclusos também os vasos instalados em embarcações e os vasos
sujeitos a chama, desde que não sejam abrangidos nas Seções I (seção exclusiva
de caldeiras), Seção III (seção exclusiva de vasos nucleares) e Seção IV (seção
exclusiva para caldeiras de aquecimento). Qualquer que seja o caso, é exigido que o
vaso seja destinado a um serviço específico pré-estabelecido e com isso deve ser
preparado um documento formal denominado
Especificação de Projeto do Usuário, onde seja informado as condições de
operação do vaso (fluido, pressão e temperatura), como também as situações
transitórias ou anormais, necessidade ou não de análise de fadiga para serviços
cíclicos detalhando assim os dados necessários para essa análise e gradientes
térmicos e projeto alternativo baseado em análise de tensões em descontinuidades
geométricas. Também é verificado se tem ou não a necessidade de margem para
corrosão e erosão, ou de tratamentos térmicos.
A norma exige que seja feita um acompanhamento do comportamento do
vaso em operação e em manutenção durante toda a sua vida útil. Essa divisão,
diferentemente da Divisão 1, permite tensões mais elevadas resultando assim em
menores espessuras e menor peso para o vaso. Porém os vasos da Divisão 2 são
mais caros que os da Divisão 1 pois, para compensar e garantir um grau de
segurança equivalente, ou até mesmo maior, é necessário que seja feito uma série
de exigências 25 adicionais de projeto, cálculo, materiais, fabricação e inspeção,
33
resultando assim em um maior custo. Ela é usada de uma forma mais econômica
para as espessuras acima de 50 mm, serviços cíclicos sujeitos à análise da fadiga,
vasos de construção especial (multifoliados) ou em camadas e para serviços muito
severos (fluidos altamente tóxicos).
No entanto, essa divisão não é indicada para fabricantes que não tem muita
experiência com ela e também quando o vaso pode sofrer modificações quando
sujeitos a condições sensíveis de operação. Para essa teoria é adotado a máxima
tensão de cisalhamento (ruptura de cisalhamento máximo), conhecida como critério
de Tresca, pela facilidade de aplicação e por ser adequada para a análise de fadiga.
Quando o cálculo matemático das tensões for inviável a Divisão 2 permite que as
tensões sejam avaliadas por extensômetros ou por foto elasticidade.
Esta tensão é igual a metade da maior diferença algébrica entre duas das
tenções principais de um corpo submetido à tração. Nos sólidos de revolução estas
tensões principais ocorrem nas direções longitudinal, tangencial e radial às paredes
do vaso.
Os Vasos de pressão são fabricados em conformidade as normas
internacionais chamada NR-13 (norma regulamentadora brasileira) e ASME VIII
(norma da sociedade americana de engenharia mecânica).A SIE Engenharia presta
o serviço de Inspeção de vaso de pressão, exames e engenharia necessários para
garantir a segurança e confiabilidade operacional de vasos de pressão e atender as
exigências das normas aplicáveis. Utilizamos procedimentos específicos para cada
tipo de equipamento, equipes de técnicos e engenharia especializada e
equipamentos atualizados tecnologicamente. SIENGENHARIA (2021)
34
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
TELLES, Pedro Carlos da Silva; Vasos de Pressão, 2ª ed. Rio de Janeiro, LTC,
1996.