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EDSON SILVA SANTOS

DIMENSIONAMENTO DE VASO DE PRESSÃO PARA A


INDÚSTRIA QUÍMICA

Campinas
2021
EDSON SILVA SANTOS

DIMENSIONAMENTO DE VASO DE PRESSÃO PARA A


INDÚSTRIA QUÍMICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Anhanguera de Campinas unidade
3, como requisito parcial para a obtenção do
título de graduado em Engenharia Mecânica.

Orientador: Eduardo Akamatsu

Campinas
2021
EDSON SILVA SANTOS

DIMENSIONAMENTO DE VASO DE PRESSÃO PARA A


INDÚSTRIA QUÍMICA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Anhanguera de Campinas unidade 3, como
requisito parcial para a obtenção do título de graduado em
Engenharia Mecânica.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Ralph Mathias Thoma

Prof. Igor Mesquiari

Campinas, 29 de novembro de 2021


Dedico este trabalho a Deus por me fazer
merecedor de estar aqui, a minha esposa
e a minha filha que sempre me apoiaram
e não mediram esforços para que eu
chegasse até esta etapa em minha vida.
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço а Deus, que tornou meus objetivos possíveis, me


fortalecendo durante todos esses anos de estudos, me mostrando que não era hora
de parar, assim chegando ao final desse trabalho, pelo dom da vida, e por permitir
ultrapassar as barreiras encontradas ao longo dessa jornada.
Agradeço minha esposa e a minha filha pela compreensão às muitas
ausências durante a realização desse projeto, e em outras ocasiões em que estive
ausente devido outros compromissos do curso. Agradeço aos meus pais, pelo amor
incondicional em minha vida, esse trabalho mostra que os esforços deles pela minha
educação valeram a pena. Agradeço ao meu irmão que sempre esteve ao meu lado,
me apoiando e me ajudando a concretizar meu projeto.
Agradeço os meus colegas de curso, pelo companheirismo e pela troca de
experiências pelo crescimento como pessoa, como profissional, pelo ambiente
amistoso no qual convivemos, pela solidificação dos conhecimentos, tornando
crucial a realização desse trabalho.
Por fim, não menos importante, agradeço aos professores, pelos
ensinamentos que possibilitou a realização desse projeto e contribuiu
fundamentalmente no meu processo de formação profissional, pelos conselhos,
ajuda e paciência que guiaram o meu aprendizado.
A sabedoria de um homem não está em não
errar e não passar por sofrimentos, mas no
destino que ele dá aos seus erros e
sofrimentos.
Augusto Cury
SANTOS, Edson Silva. Dimensionamento de vaso de pressão para a indústria
química:2021. 36 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em
Engenharia Mecânica - Faculdade Anhanguera - Unidade Taquaral, Campinas,
2021.

RESUMO

Vasos de pressão são equipamentos amplamente utilizados em todos os segmentos


industriais, armazenando e processando fluidos sobre pressão. Por serem
equipamentos com elevado grau de risco seu dimensionamento deve ser embasado
em cima de normas especificas, a falha de um equipamento desta natureza pode
resultar em uma incalculável, mediante aos dados de projeto e operação coletados,
o objetivo deste trabalho de conclusão de curso consiste no dimensionamento
analítico de um vaso de pressão para a indústria química, com o auxílio do código de
construção da Associação Americana dos Engenheiros Mecânicos (ASME). Neste
trabalho foram abordadas as características dos materiais e suas especificações
técnicas, cálculo da espessura dos tampos, casco e bocais, verificação da
necessidade de reforço em bocais, conformação mecânica, cálculo das pressões
máximas admissíveis de trabalho, detalhe mecânico das soldas dos tampos, cascos
e bocais e determinação da pressão de teste hidrostático.

Palavras-chave: Vaso de pressão. Dimensionamento. Projeto. Calculo. Mecânica.


SANTOS, Edson Silva. Pressure vessel sizing for the chemical industry:2021. 36
sheets. Course Final Paper Graduation in Mechanical Engineering – Anhanguera
College Taquaral Unit, Campinas, 2021.

ABSTRACT

Pressure vessels are equipment widely used in all industrial segments, storing and
processing fluids under pressure. As they are equipment with a high degree of risk,
their dimensioning must be based on specific standards, the failure of equipment of
this nature can result in an incalculable result, based on the project and operation
data collected, the purpose of this course conclusion work is in the analytical
dimensioning of a pressure vessel for the chemical industry, with the aid of the
building code of the American Association of Mechanical Engineers (ASME). In this
work, the characteristics of the materials and their technical specifications were
addressed, calculation of the thickness of the tops, hull and nozzles, verification of
the need for reinforcement in nozzles, mechanical conformation, calculation of the
maximum allowable working pressures, mechanical detail of the top and hull welds
and nozzles and determination of hydrostatic test pressure.

Keywords: Pressure vessel, Project, calculation. Specification, mechanical.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Vaso de pressão ..................................................................................15


Figura 2 – Exemplo de Aplicação do Vaso de Pressão ........................................16
Figura 3 – TampoTorisférico6%. ................................................................. ........17
Figura 4 – TampoSemiesférico..............................................................................18
Figura 5 – Corpo cilíndrico ....................................................................................19
Figura 6-- BocaiseBocadeInspeção.......................................................................19
Figura 7 -- Reforçodebocais...................................................................................20
Figura8 --VasoSustentadoporPernas.....................................................................21
Figura9 –Tensão circunferencial............................................................................22
Figura10--Tensão Longitudinal..............................................................................22
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


ASME Associação Americana dos Engenheiros Mecânicos
NR13 Norma Regulamentadora
NBR Norma Brasileira
PMTA Pressão Máxima de Trabalho Permitida
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................13
2. VASOS DE PRESSÃO.......................................................................................15
2.1 TAMPOS............................................................................................................18
2.2 BOCAIS..............................................................................................................19
2.3 SUPORTES........................................................................................................20
2.4 TENSÕES..........................................................................................................21
3. PRESSÃO E TEMPERATURA............................................................................23
3.1 ESPESSURADE CORROSÃO...........................................................................24
3.2 EFICIENCIA DE JUNTA SOLDADA...................................................................25
3.3 SOLDAS EM VASOS DE PRESSÃO.................................................................25
3.4 CÁLCULO DO VASO DE PRESSÃO.................................................................25
3.5 TESTE HIDROSTÁTICO....................................................................................26
4.NORMAS REGULAMENTADORAS PARA FABRICAÇÃO DE VASOS DE
PRESSÃO................................................................................................................28
4.1 NR13 .................................................................................................................28
4.2 INSTALAÇÃO DE VASO DE PRESSÃO...........................................................29
4.3 DOCUMENTAÇÃO............................................................................................30
4.4 ASME.................................................................................................................31
4.5 ASME SEÇÃO VIII DIVISÃO 1..........................................................................31
4.6 ASME SEÇÃO VIII DIVISÃO 2..........................................................................32
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................34
REFERÊNCIAS.......................................................................................................35
13

1.INTRODUÇÃO

Vasos de pressão são equipamentos metálicos que não possuem imitação


quanto a sua geometria, utilizados para armazenar e processar produtos explosivos,
inflamáveis, tóxicos, corrosivos, radioativos, letais, nocivos e com riscos biológicos,
eles detêm das mais variadas formas de construção para atender ao requisito de
cada um dos produtos que nele serão processados.
Os vasos de formatos cilíndricos são utilizados nas indústrias em geral,
dispostas nas posições verticais e horizontais, e isso não se dá apenas por
facilidade de alocação ou qualquer outra razão voluntária, eles precisam estar
nessas posições para desempenharem melhor suas funções.
O problema é que vasos de pressão necessitam de projetos específicos na
sua fabricação e devem seguir algumas normas obrigatoriamente. É importante
enfatizar que o projeto e a construção de vasos depressão são atividades de
engenharia e, por isso, como qualquer outra atividade desta natureza, destinam-se a
satisfazer, uma necessidade social. Sendo é indispensável que seja considerado
todos os fatores éticos e sociais que possam estar envolvidos. Além do aspecto de
segurança do equipamento cuja operação apresente risco potencial de acidentes.
Deve ser considerada a segurança contra acidentes na fabricação e montagem do
equipamento. Para que um equipamento dessa natureza seja dimensionado, é
necessário que o mesmo atenda na integra os requisitos da seção VIII (Rules for
Construction of Pressure Vessel) do código de construção ASME (American Socie ty
of Mechanical Engineers), pois as falhas nesses equipamentos podem acarretar
consequências catastróficas aos usuários, uma vez que são considerados
equipamentos de alta periculosidade.
Os vasos horizontais são empregados geralmente para acumulação ou para
realização de troca térmica, já os verticais são utilizados para facilitar a ação da
gravidade, o deslocamento dos fluidos e por necessitar de uma área menor para
instalação em relação ao vaso horizontal. Além destes existem os vasos inclinados,
de formato esférico e os cônicos. Os inclinados são utilizados especialmente quando
não há outra maneira de escoar os fluidos, os de formato esférico são aplicados
quando existe a necessidade de equalizar a pressão e o volume, geralmente em
14

gases e produtos altamente voláteis, e os vasos cônicos são amplamente utilizados


quando existe a necessidade de escoar materiais com alto teor de viscosidade.
Seja qual for o modelo, o projeto de cada unidade precisa resistir às pressões
internas e externas, as cargas mecânicas e os ciclos térmicos. Sobre a
empregabilidade desses vasos, elas se dão de uma maneira geral em refinarias
químicas, petroquímicas, indústrias de açúcar e álcool, siderúrgicas, farmacêuticas e
alimentícias, comumente fabrica dos emaço carbono, aço inoxidável e ligas
especiais como o alumínio e titânio.
O objetivo geral desse trabalho foi abordar os métodos de dimensionamento
de um vaso de pressão vertical de formato cilíndrico, utilizando as variáveis e dados
de entrada fornecidos por uma indústria que detém de toda tecnologia deste
processo desde o projeto à fabricação. Assim como o objetivo especifico damos
conceituamos teoricamente; demonstramos de forma objetiva a sua importância na
indústria química e o Processo de construção.
A fundamentação deste trabalho está baseada em livros e artigos científicos
com o tema Dimensionamento De Vaso De Pressão Para A Indústria Química. Todo
esse conteúdo de estudo e pesquisa direcionará para resultados de qualidade em
relação a manutenção e desempenho das maquinas relacionadas ao tema. Serão
utilizados artigos específicos de acordo com a abordagem aqui citada. O
embasamento teórico descreve trabalhos de autores como: Carlos Alberto Garcia
Nava, Pedro Carlos Da Silva Telles e Ricardo Muller Huppes,
Trata-se de uma metodologia onde o conteúdo são dados com uma constante
evolução para se adequar ao atual cenário das indústrias. A observação desses
dados será interpretada conforme resultados obtidos nos estudos realizados e
respectiva regulamentação.
15

2. VASOS DE PRESSÃO

Para Telles (1996) Vaso de pressão é o termo utilizado para designar


recipientes estanques de qualquer formato, dimensões, ou volume que por
finalidade contenham um fluido sob pressão interna ou externa.

Figura 1: Vaso de Pressão.

Fonte: AMBIENTALI, Torino Soluzioni

Telles (1996) ainda afirma que praticamente todos os vasos de pressão são
fabricados a partir de chapas de aço conformadas e posteriormente unidas por um
processo de soldagem. O corpo cilíndrico também conhecido como costado é
formado pela união de múltiplas chapas soldadas, consistindo geralmente em vários
anéis
sucessivos de chapas que são calandradas de preferência no sentido do
comprimento de sua laminação.
Segundo Urenha, L. C; Nunhez, J. R; Cekisnki (2007) vasos de pressão são
submetidos a uma pressão em seu interior, superior a pressão externa, a qual, na
maioria dos casos, é a pressão atmosférica. Compostos por tampos, corpo cilíndrico,
bocais e sistemas de fixação, construídos em aço carbono, aço inoxidável e ligas
especiais como o alumínio e titânio. Existem vasos cuja pressão interna é reduzida
(vácuo parcial) e são submetidos à pressão externa elevada, com sistemas
16

diversificados dentre os principais os sistemas de agitação, sistemas transferência


de calor e instrumentação para controle de processo.
Urenha, L. C; Nunhez, J. R; Cekisnki (2007) ressalta ainda que o projeto de
um vaso de pressão deve envolver uma série de cuidados especiais, exigindo
conhecimento de normas especificas boas práticas de engenharia e de materiais
adequados para cada tipo de aplicação. Ar comprimido, água e vapor são
disparados os produtos com maior índice de fornecimento em uma unidade fabril,
produtos estes que são importantes formas de energia, que em diversas atividades
produtivas complementam e às vezes até substituem com vantagens a energia
elétrica. Na indústria o ar comprimido é amplamente utilizado para o acionamento
pneumático de sistemas.

Figura 2: Exemplo de Aplicação do Vaso de Pressão.

Fonte: URENHA (2007

2.1 TAMPOS

ASME 2019 (Associação Americana dos Engenheiros Mecânicos) determina


que os tampos mecanicamente conformados são elementos primordiais na
fabricação dos vasos de pressão tendo como principal função construtiva o
fechamento do corpo cilíndrico eles podem ter diversos formatos, dos quais os mais
usuais são os: elípticos, torisféricos, semiesféricos e planos. Devendo ser
dimensionados atendendo a todos os critérios de aceitação do código.
De acordo com Telles, (1996) o tampo torisféricos tem uma exigência de
fabricação que é o raio de bordo (r) tenha o equivalente mínimo de 6% do diâmetro
do equipamento. Nesse tipo de tampo a facilidade da manufatura está relacionada
17

ao tamanho do raio (r), quanto menor o raio de concordância, mais fácil será sua
fabricação. Todavia quanto menor for o raio de bordo pior é a resistência do
equipamento, logo quanto maior o raio de concordância mais resistente o tampo
será.

Figura 3:Tampo torisférico 6%.

Fonte: EUROBASE (2020)

Já os tampos semiesféricos são constituídos de uma calota central, e no


mínimo 3 segmentos conformados em forma de trapézio que posteriormente são
soldados formando o conjunto.

Figura 4:Tampo Semiesférico.

Fonte: EUROBASE (2020)


18

TELLES, (1996) afirma que praticamente todos os vasos de pressão são


fabricados a partir de chapas de aço conformadas e posteriormente unidas por um
processo de soldagem. O corpo cilíndrico também conhecido como costado é
formado pela união de múltiplas chapas soldadas, consistindo geralmente em vários
anéis sucessivos de chapas que são calandradas de preferência no sentido do
comprimento de sua laminação. A construção de um corpo cilíndrico não deve em
hipótese alguma ter suas soldas longitudinais coincidindo entre os anéis, estas
soldas devem estar defasadas em no mínimo 4 vezes a sua espessura nominal, por
boas práticas de fabricação é adotado a defasagem em 45° de uma solda a outra,
salvo alguma interferência mecânica.

Figura 5: Corpo Cilíndrico

Fonte: TELLES (1996)

2.2 BOCAIS

Segundo o código ASME (2019) todos os vasos de pressão contem


(conexões) denominados de bocais ou bocas de inspeção que são usados para a
entrada e saída dos fluidos e inspeção do equipamento em manutenção.
19

Figura 6: Bocais e Boca de Inspeção.

Fonte: AMBIENTALI, Torino Soluzioni (2021).

O Código Asme (2019) informa que qualquer bocal que seja aberto no
equipamento resulta no enfraquecimento local na parede do vaso, surgindo a
necessidade de reforçar esta área, esse enfraquecimento é maior para as aberturas
não perpendiculares a parede do vaso, por isso devem ser evitadas sempre que
possível. Em seu parágrafo UG-37 disponibiliza métodos para o cálculo destes
reforços, sejam para bocais, bocas de visita ou inspeção. O reforço dos bocais é
realizado através de um método conhecido como compensação de áreas.

Figura 7: Reforço de bocais.

Fonte:ASME (2019)
20

tn = Espessura nominal do tubo;


tr = Espessura mínima do bocal
te = Espessura do anel de reforço;
trn =Espessura mínima da parede do tubo;
t = Espessura nominal do corpo cilíndrico/tampo;
d= Diâmetro interno do bocal;
L = Largura do anel de reforço.

2.3 SUPORTES

Para Nava (2005) todos os vasos de pressão devem conter suportes que
realizam o apoio ou a fixação do equipamento. Os vasos podem ser suportados
pelos métodos de sapatas, saias ou pernas, permitindo sua alocação dentro da
planta produtiva, estes dispositivos de suportarão produzem tensões adicionais ao
corpo do vaso, devendo ser consideradas durante o dimensionamento do
equipamento.
Esses suportes devem ser dimensionados de forma a resistir os
carregamentos de carga do próprio equipamento e aos seus acessórios externos,
além dos momentos gerados devido as forças do vento em algumas instalações.

Figura 8: Vaso Sustentado por Pernas

Fonte:NAVA (2005)
21

2.4 TENSÕES

NICOLA (2012) diz que a tensão máxima admissível é a maior tensão


permitida para o material utilizado na construção de um vaso de pressão, está
tensão varia em função da temperatura de projeto do equipamento e é fornecida em
tabelas na Seção II, Parte D do código ASME, as tensões σ1 e σ2 mostradas nas
figuras 9 e 10 são as principais tensões aplicadas em vaso de pressão. A tensão σ1
é conhecida como tensão circunferencial e σ2 como tensão longitudinal.

Figura 9: Tensão Circunferencial.

Fonte: HUPPES (2009)

Na figura 10, as forças que atuam sobre o corpo livre consistem nas forças
internas (σ2 dA), na parede onde as forças de pressão elementares (p.dA) exercidas
na porção de fluido inclusa no corpo livre.

Figura 10: Tensão Longitudinal.

Fonte: HUPPES (2009)


22

De acordo com NICOLA (2012) este conceito é fundamental, pois deve se


evitar ao máximo soldas e outras aberturas no sentido longitudinal do equipamento
23

3. PRESSÃO E TEMPERATURA

NAVA (2005) nos mostra que em referência aos vasos de pressão, os termos
“pressão” e “temperatura” estão associados a vários conceitos que são
imprescindíveis suas distinções. A pressão pode ter os seguintes conceitos: pressão
de operação e pressão máxima de operação, pressão de projeto, pressão máxima
de trabalho admissível e pressão de teste hidrostático. Quanto a temperatura existe
os termos: temperatura de operação, temperatura máxima de operação e
temperatura de projeto. A pressão e a temperatura de operação são as condições
na qual o equipamento foi dimensionado para operar normalmente.
A pressão é verificada sempre no tampo superior, acrescentando a pressão
correspondente à coluna hidrostática de líquido. Dificilmente um equipamento opera
sob condições controladas de pressão e temperatura, ocorrendo em geral flutuações
de maior ou menor amplitude que podem ser atingidas em quaisquer situações
anormais de operação como sobre cargas, para das de emergência e falhas no
sistema de controle.
Eventualmente, um vaso pode ter mais de uma condição de regime, isto é,
pode estar sujeito em operação normal, a condições diferentes de trabalho. Pressão
e temperatura de projeto são as condições consideradas para efeito de cálculo e de
dimensionamento do vaso.
De acordo com o código ASME (2019), a pressão de projeto corresponde às
condições mais severas que possam ser previstas em uma operação normal. Para
equipamentos que operam com pressão nula ou com valores pouco expressivos é
adotado um valor mínimo de 1,0 Kgf/cm².
FERREIRA (2015) e PAULINO JÚNIOR (2015) relatam que a pressão
máxima de trabalho admissível (PMTA) pode se referir a cada uma das partes de um
vaso de pressão, ou considera-lo como um todo. A PMTA para cada parte de um
equipamento é a pressão que causa na parte em questão uma tensão máxima igual
à tensão admissível do material na temperatura de operação correspondente à parte
considerada, o valor da PMTA deve ser calculado para cada componente do
equipamento, sendo o menor destes adotado como pressão máxima de trabalho
admissível para todo o equipamento.
A pressão do teste hidrostático deve ser de no mínimo 1,3 vezes a pressão
24

máxima de trabalho admissível (PMTA), simulando uma condição mais severa com o
objetivo de garantir que durante a operação do equipamento o mesmo não sofrerá
falha.

3.1 ESPESSURADE CORROSÃO

LOSITO (2015) traz informações que ao longo da vida útil do vaso de


pressão, sua parede vai sendo reduzida por conta da corrosão sofrida no material, a
espessura de corrosão é adicionada à parede do equipamento para realizar a
compensação da perca de parede ao longo de sua vida útil. A sobre espessura é o
produto da taxa de corrosão (mm/ano) pelo tempo de vida útil (tempo) prevista para
o vaso de pressão de acordo com o código ASME as taxas de corrosão não são
estimadas, são exigidas apenas que os vasos que utilizem vapor, água ou ar devem
ter uma margem de 1/6 da espessura, é usual adotar durante os cálculos os
seguintes valores de margem de corrosão (C), em vasos de aço carbono.
C=1,5mmparameiospouco corrosivos;
C=3,0mmparameiosmediamentecorrosivos(normais);
C=4 a6 mm para meios muito corrosivos;

3.2 EFICIÊNCIA DE JUNTA SOLDADA

No código de construção ASME (2019) temos dados que a eficiência de junta


soldada, é a eficiência da união entre as partes do vaso de pressão. É usada no
projeto do vaso como um multiplicador da tensão máxima admissível do material,
funcionando como um coeficiente de segurança. O código estipula valores entre
0.45 e 1.00, estes valores combinados com o tipo de junta projetado para o
equipamento pode determinar ensaios de qualidade adicionais ao equipamento com
a finalidade de garantir a segurança e vida útil do mesmo. A soldagem é utilizada em
vasos de pressão para realizar todas as uniões permanentes seja no corpo cilíndrico
ou nos tampos, este é um processo metalúrgico que consiste em unir dois ou mais
materiais através de um arco elétrico realizando a fusão destes. As soldas como
todos os outros itens do vaso de pressão devem suportar todas as cargas e tensões
que nela forem solicitadas para tanto existem procedimentos que devem ser
25

atendidos para que seja comprovada a eficiência da soldagem no equipamento o


código ASME IX fornece todos os requisitos de aceitação destes procedimentos,
segundo SOUZA (2015) nos informa ao defender sua tese.

3.3 SOLDAS EM VASOS DE PRESSÃO

Segundo SOUZA (2015) a soldagem é utilizada em vasos de pressão para


realizar todas as uniões permanentes seja no corpo cilíndrico ou nos tampos, este é
um processo metalúrgico que consiste em unir dois ou mais materiais através de um
arco elétrico realizando a fusão destes. As soldas como todos os outros itens do
vaso de pressão devem suportar todas as cargas e tensões que nela forem
solicitadas para tanto existem procedimentos que devem ser atendidos para que seja
comprovada a eficiência da soldagem no equipamento o código ASME IX fornece
todos os requisitos de aceitação destes procedimentos.

3.4 CÁLCULO DO VASO DE PRESSÃO

De acordo com NAVA (2005) a memória de cálculo do vaso de pressão


pelo código ASME, considera apenas para efeito de cálculo as pressões, ficando as
demais cargas a critério do engenheiro, não só quanto à forma de calculá-los, como
também a necessidade ou não de serem calculados. As equações desse código são
baseadas na teoria da membrana, entretanto, alguns coeficientes são empíricos.
Dessa forma não
são considerados os esforços de flexão decorrente de espessura ou das
descontinuidades geométricas do equipamento. O cálculo do costado para pressão
interna distingue-se entre o corpo cilíndrico de pequena e grande espessura,
denominando-se de “grande espessura” para quais se tenha:

P > 0,385SE (2.16)

t = espessura mínima para pressão interna (mm)


R = raio interno do equipamento (mm)
P = pressão interna do projeto (MPa)
26

S = tensão admissível do material (MPa)


E = Eficiência de junta soldada
C = Margem para corrosão (mm)

3.5 TESTE HIDROSTÁTICO

NICOLAS (2012) diz que o teste hidrostático é um ensaio aplicado em


equipamentos pressurizados com o objetivo de localizar possíveis defeitos, falhas,
vazamentos ou até mesmo rupturas nos materiais de base e soldas. Utilizando um
fluido incompressível, seguindo valores de pressão calculados no início do projeto.
Os fatores de maior interesse quanto da execução deste ensaio é a temperatura e a
pressão, a água é o fluido mais utilizado para esta finalidade em alguns casos são
adicionados partículas com alta capilaridade para facilitar a detecção destas
descontinuidades.
Em geral, esse teste se caracteriza em submeter ao vaso uma pressurização
com o líquido até um nível de pressão estabelecido com base nas condições de
projeto, cujo valor no ponto mais alto é denominado de “pressão de teste hidrostático
“de acordo com TELLES (1996) que acrescenta ainda que deverá ser realizado
quando os equipamentos estão fora de serviço. Segundo a NR-13 (2014), esta
pressão de teste deve ser três vezes maior que a condição nominal do equipamento,
simulando assim as condições de trabalho mais rigorosas em que o equipamento foi
projetado para trabalhar e objetivando garantir que em trabalho normais, a baixa
pressão, os vasos de pressão suportem os esforços de trabalho sem que ocorra
vazamento ou até mesmo a ruptura.
Desde a publicação da NR 13 de 1995 é um teste exigido por lei em vasos de
pressão, com um intervalo máximo para a execução de acordo com a categoria do
equipamento. JUNIOR (2017).
Para Furini (2012), a condição importante de teste hidrostático quanto a
tensão máxima atuando nas paredes dos vasos de pressão deve ser de 80% do
limite de escoamento do material nas paredes pressurizadas.
Segundo Donato (2007), a pressão do primeiro teste hidrostático realizado no
equipamento deve ser a maior possível, respeitando a segurança da parte mais
27

fraca. A NR 13 permite que em testes hidrostáticos periódicos as condições do teste


possam ser idênticas aquelas do teste de fábrica. Porém, muitos profissionais
habilitados preferem não fazer uso dessa recomendação tendo em vista que como o
equipamento já foi submetido a determinados tempos de operação e vários esforços,
com prováveis desgastes de suas dimensões. Dessa forma, considera uma nova
condição de teste uma pressão de até 1,5 vezes a pressão de trabalho do vaso.
28

4. NORMAS REGULAMENTADORAS PARA FABRICAÇÃO DE VASOS DE


PRESSÃO

Os Vasos de pressão são fabricados em conformidade as normas


internacionais chamada NR-13 (norma regulamentadora brasileira) e ASME VIII
(norma da sociedade americana de engenharia mecânica). A SIE Engenharia presta
o serviço de Inspeção de vaso de pressão, exames e engenharia necessários para
garantir a segurança e confiabilidade operacional de vasos de pressão e atender as
exigências das normas aplicáveis. Utilizamos procedimentos específicos para cada
tipo de equipamento, equipes de técnicos e engenharia especializada e
equipamentos atualizados tecnologicamente. SIENGENHARIA (2021)

4.1 NR13

A NR 13 (2014) norma Regulamentadora que foi aprovada pela Portaria nº


3.214, de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego, é de grande
importância para a instalação e funcionamento dos vasos na indústria,
regulamentando os requisitos mínimos para isso. Dentre as funções da lei,
destacam-se, além de instalação e operação, a inspeção habitual e manutenção em
caso de qualquer problema. Também é importante para oferecer as condições ideais
de trabalho para todos os colaboradores que, precisam realizar atividades
relacionadas aos vasos de pressão e às substâncias que passam por eles.
A NR 13 classifica os vasos de acordo com os seus fluidos e gases, da seguinte
maneira:
 Classe A – Combustíveis em geral, inflamáveis, acetileno, hidrogênio e
tóxicos;
 Classe B – Todas as substâncias cuja temperatura não ultrapasse 200 graus
Celsius;
 Classe C – Vapor de água, ar simples e ar comprimido e gás asfixiante;
 Classe C – Todos os gases e fluidos que não estão listados nas categorias
anteriores.
29

 A inspeção deverá ser feita anual, mas podendo ser frequente dependendo
do tipo de equipamento. Os itens que mais contribuem para a falta de segurança na
empresa, principalmente para seus colaboradores, são:
 Não uso de equipamentos imprescindíveis para o bom funcionamento do vaso
de pressão, como iluminação, identificação, inspeção de rotina e ventilação;
 Ausência de válvula de segurança;
 Ausência de pessoa responsável por medir a pressão no equipamento;
 Não disponibilizar instruções detalhadas sobre as medidas obrigatórias em
caso de urgência, como acidentes.
Devendo constar mais de uma saída de emergência, sinalizadas e amplas,
facilitando a evacuação. Previne desastres nas indústrias, como vazamentos e
explosões, evitando acidentes, danos ao meio ambiente, por lidar com substâncias
tóxicas durante todo esse processo.
Exige que os colaboradores que trabalham com vasos de pressão sejam
devidamente treinados e participem de cursos de atualização da norma, que existem
desde 1995. Assim todos os cuidados devem ser seguidos, primeiro para evitar
prejuízos para a indústria, e extremamente para garantir a integridade de todas as
pessoas envolvidas nesse processo.
ALBERICHI (2013) observa que, dentre os vários pontos importantes
desta norma, a qual é centrada nas inspeções de segurança de caldeiras a vapor,
vasos de pressão e tubulações, podem-se pontuar algumas informações
importantes. A norma denomina profissional Habilitado (PH) aquele que tem
responsabilidade e competência para exercício da profissão de engenheiro referente
a projeto de construção, acompanhamento de operações e manutenções, inspeção
e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão.

4.2 INSTALAÇÃO DE VASOS DE PRESSÃO

De acordo com a NR-13 (2014) os vasos de pressão devem ser instalados em


ambientes fechados, e satisfazer algumas condições, como ter ao menos duas
saídas amplas sem obstáculos e de direções distintas. Devem possuir fácil acesso
30

para a manutenção, inspeção e não pode ter vão que ocasione em quedas de
pessoas. Ter ventilação e iluminação adequadas e possuir sistema de iluminação de
emergência. Ainda segundo a NR-13 (2014), quando o estabelecimento não puder
atender as exigências, deve ser elaborado um projeto alternativo de instalação com
medidas de segurança que permitam a diminuir os prováveis riscos.

4.3 DOCUMENTAÇÃO

A norma NR-13 (2014) estabelece que os vasos de pressão devam possuir no


estabelecimento em que for instalado, as seguintes documentações atualizadas, tais
como: prontuário, registro de segurança, projeto de instalação, projetos de reparo e
alteração, relatório de inspeção e certificado de calibração dos dispositivos de
segurança.
O prontuário, segundo CAMISASSA (2015) é um conjunto de documentos
organizado de modo que contenha uma memória dinâmica e atualizada de
informações do vaso de pressão. Este deve ser fornecido pelo fabricante. Porém,
segundo a NR 13, caso perdido ou extraviado é de responsabilidade do empregador
reconstituir um novo, com responsabilidade técnica de um profissional habilitado,
sendo imprescindível seguir as premissas do projeto.
No prontuário deve contém as seguintes informações:
• Código de projeto e ano de edição;
• Especificação dos materiais;
• Procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final;
• Metodologia para estabelecimento da PMTA;
• Conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da
sua vida útil;
• Pressão máxima de operação;
• Registros documentais do teste hidrostático;
• Características funcionais, atualizadas pelo empregador sempre que alteradas
as originais;
• Dados dos dispositivos de segurança, atualizados pelo empregador sempre que
alterados os originais;
31

• Ano de fabricação;
• Categoria do vaso, atualizada pelo empregador sempre que alterada a original.

4.4 ASME
Norma Americana “American Society of Mechanical Engineers” – ASME, é
uma norma para fabricação de vasos de pressão que estabelece os tipos de
matérias e seus limites, soldas, inspeção, execução dos vasos de pressão.
(TELLES, 1996). Depois de uma explosão em Brockton, Massachusetts (EUA), em
1905, que deixou 58 mortos e 117 feridos, surgiu a primeira norma americana, de
uso geral e obrigatório, sua exigência foi: projeto, materiais, fabricação e inspeção
de caldeiras estacionárias. Esse foi o início da ASME (American Society of
Mechanical Engineers), criada em 1914 e publicada na Seção VIII do Código ASME,
referindose aos vasos de pressão não sujeitos a chama. (TELLES, 1996)

4.5 ASME SEÇÃO VIII, DIVISÃO 1

O ASME (2019) (Associação Americana dos Engenheiros Mecânicos) Seção


VIII Divisão 1 se apresenta como o código de maior aplicação na construção de
equipamentos pressurizados. Na Divisão 1 estão inclusos vasos de pressão,
evaporadores e trocadores de calor, onde há geração de vapor. Porém não estão
inclusos os vasos: sujeitos a chama, para ocupação humana, pressão de operação
entre zero e 1 kg/cm² ou acima de 200 kg/cm²; vasos com diâmetro de 6” ou
menores, para água pressurizada com pressão de operação até 200kg/cm² e
temperatura 210˚F, vasos para água quente com capacidade de 0.454 m³,
temperatura de operação até 200˚F e carga térmica de até 200000BTU. SOUZA
(2015). Os equipamentos projetados conforme este código, estão limitados às
pressões internas mínimas de 103kPa e máximas de 20685 kPa, e pressões
externas mínimas de 103 kPa. O código diz que o vaso de pressão deve resistir a
todas as cargas que nele atuam, como a pressão interna, pressão externa, as
cargas de vento, pesos, entre outros, as equações de cálculo deste código
consideram somente os efeitos de pressão interna e de pressão externa, os demais
cálculos como, cargas nos suportes de sustentação, cargas em suportes de
32

acessórios (tubulações ou plataformas) e cargas em bocais devido a esforços de


tubulação ficam a critério do engenheiro, tornando-o inteiramente responsável por
todo e qualquer cálculo realizado durante o dimensionamento.

4.6 ASME SECTION VIII, DIVISION 2

SOUZA (2015) relata que o código ASME (2019) Seção VIII, Divisão 2 foi
elaborado como regra alternativa de projeto da Divisão 1. Dispõe de uma tecnologia
mais avançada possui um critério mais inovador de projeto, também empregado pela
Seção III (vasos nucleares). Possuindo um diferencial criterioso e detalhado no
quesito, fabricação, exames e testes se fazendo mais rigoroso e tensões admissíveis
superiores, além de não limitar a pressão de projeto.
Estão inclusos também os vasos instalados em embarcações e os vasos
sujeitos a chama, desde que não sejam abrangidos nas Seções I (seção exclusiva
de caldeiras), Seção III (seção exclusiva de vasos nucleares) e Seção IV (seção
exclusiva para caldeiras de aquecimento). Qualquer que seja o caso, é exigido que o
vaso seja destinado a um serviço específico pré-estabelecido e com isso deve ser
preparado um documento formal denominado
Especificação de Projeto do Usuário, onde seja informado as condições de
operação do vaso (fluido, pressão e temperatura), como também as situações
transitórias ou anormais, necessidade ou não de análise de fadiga para serviços
cíclicos detalhando assim os dados necessários para essa análise e gradientes
térmicos e projeto alternativo baseado em análise de tensões em descontinuidades
geométricas. Também é verificado se tem ou não a necessidade de margem para
corrosão e erosão, ou de tratamentos térmicos.
A norma exige que seja feita um acompanhamento do comportamento do
vaso em operação e em manutenção durante toda a sua vida útil. Essa divisão,
diferentemente da Divisão 1, permite tensões mais elevadas resultando assim em
menores espessuras e menor peso para o vaso. Porém os vasos da Divisão 2 são
mais caros que os da Divisão 1 pois, para compensar e garantir um grau de
segurança equivalente, ou até mesmo maior, é necessário que seja feito uma série
de exigências 25 adicionais de projeto, cálculo, materiais, fabricação e inspeção,
33

resultando assim em um maior custo. Ela é usada de uma forma mais econômica
para as espessuras acima de 50 mm, serviços cíclicos sujeitos à análise da fadiga,
vasos de construção especial (multifoliados) ou em camadas e para serviços muito
severos (fluidos altamente tóxicos).
No entanto, essa divisão não é indicada para fabricantes que não tem muita
experiência com ela e também quando o vaso pode sofrer modificações quando
sujeitos a condições sensíveis de operação. Para essa teoria é adotado a máxima
tensão de cisalhamento (ruptura de cisalhamento máximo), conhecida como critério
de Tresca, pela facilidade de aplicação e por ser adequada para a análise de fadiga.
Quando o cálculo matemático das tensões for inviável a Divisão 2 permite que as
tensões sejam avaliadas por extensômetros ou por foto elasticidade.
Esta tensão é igual a metade da maior diferença algébrica entre duas das
tenções principais de um corpo submetido à tração. Nos sólidos de revolução estas
tensões principais ocorrem nas direções longitudinal, tangencial e radial às paredes
do vaso.
Os Vasos de pressão são fabricados em conformidade as normas
internacionais chamada NR-13 (norma regulamentadora brasileira) e ASME VIII
(norma da sociedade americana de engenharia mecânica).A SIE Engenharia presta
o serviço de Inspeção de vaso de pressão, exames e engenharia necessários para
garantir a segurança e confiabilidade operacional de vasos de pressão e atender as
exigências das normas aplicáveis. Utilizamos procedimentos específicos para cada
tipo de equipamento, equipes de técnicos e engenharia especializada e
equipamentos atualizados tecnologicamente. SIENGENHARIA (2021)
34

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um projeto de um Vaso de Pressão tende a considerar fatores relevantes que


vão além do que foi escrito nesse trabalho, como, espessura de chapa,
características geométricas, do dimensionamento da estrutura, suporte e definição
dos bocais e acessórios. Tais projetos não encontramos apenas ao campo da
engenharia mecânica, devendo ser considerada a um paralelo com outras áreas. O
local de instalação do vaso deve ser decidido e aprovado conforme estabelecido na
lei, afim de evitar riscos à integridade dos trabalhadores, uma vez que os acidentes
com essas maquinas são muito graves.
De forma clara, visualizamos a utilização e aplicabilidade das principais
normas técnicas, como exemplo: ASME, BS-5500 e NR 13. Foi possível e
necessário o entendimento também da funcionalidade do vaso nessa plataforma, o
que permitiu visualizar a importância do correto dimensionamento do mesmo, visto
que se trata de um equipamento relacionado à segurança.
Para o desenvolvimento de projetos detalhados de vasos de pressão, é
importante contar com a experiência e o conhecimento de profissionais da área. Os
resultados obtidos tanto analiticamente como pela análise computacional, foram
satisfatórios. Cabe ressaltar que este trabalho não foi elaborado com o objetivo de
cumprir com todas as etapas necessárias para o projeto de um vaso de pressão. Um
projeto detalhado iria requerer abordagens mais aprofundadas dos tópicos e
análises adicionais.
Conclui-se que o código de construção é amplo, com vários fatores e
requisitos que devem ser atendidos na integra, durante o projeto podem ocorrer
diversas interpretações que divergem entre profissionais, no entanto podemos ter
equipamentos com os mesmos dados de operação iniciais que na conclusão do
dimensionamento serão distintos e que perante o código de construção atendem ao
especifico sendo aprovados para manufatura e instalação na planta produtiva Este
trabalho permitiu, utilizar os conceitos teóricos aprendidos ao longo do curso de
engenharia mecânica de forma prática.
35

REFERÊNCIAS

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indústria de produção de produtos químicos do estado do Paraná, sob ótica da
NR-13 e NR-28. 2013. 103 f. Monografia (Especialização) - Curso de Engenharia de
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Engenharia Mecânica, Engenharia Mecânica, Universidade Federal Fluminense,
Niterói, 2015

SIENGENHARIA O que é a Inspeção de vaso de pressão


https://www.siengenharia.com.br/inspecao-de-vaso-de-pressao 25 DE OUT DE
2021

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