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01 - Hist e Fundamentos Da Arteterapia PDF
01 - Hist e Fundamentos Da Arteterapia PDF
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 2
UNIDADE 1 – CONCEITOS, DEFINIÇÕES E IMPORTÂNCIA DA ARTETERAPIA .. 6
UNIDADE 2 – SURGIMENTO E EVOLUÇÃO DA ARTETERAPIA.......................... 13
2.1 ARTETERAPIA NO MUNDO .................................................................................... 13
2.2 ARTETERAPIA NO BRASIL – OSÓRIO CÉSAR .......................................................... 19
2.3 O TRABALHO DE NISE DA SILVEIRA ....................................................................... 21
UNIDADE 3 – OBJETIVOS, FUNÇÕES E LINHAS DE ATUAÇÃO ......................... 25
3.1 PRESSUPOSTOS FUNDAMENTAIS DA ARTETERAPIA ................................................ 25
3.2 POSSIBILIDADES E OBJETIVOS DA ARTETERAPIA .................................................... 27
3.3 BENEFÍCIOS, APLICAÇÃO E ROTINA DE PROCEDIMENTOS DA ARTETERAPIA ............... 29
UNIDADE 4 – A FORMAÇÃO DO ARTETERAPEUTA............................................ 33
UNIDADE 5 – A ÉTICA EM ARTETERAPIA ............................................................ 39
CÓDIGO DE ÉTICA DOS ARTETERAPEUTAS ...................................................... 44
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49
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INTRODUÇÃO
Com certeza essa arte rupestre, muito antes da escrita, foi a primeira
maneira, inconsciente que seja, do ser humano retratar e comunicar sua forma
cotidiana de vida.
De acordo com Foucault (1978), a arte para o homem pré-histórico teria um
sentido mágico, referia-se ao mundo invisível dos espíritos. Talvez o temor, ou uma
forma de controle da natureza fez o homem construir utensílios, moradias, entre
outros. A arte foi associada à forma e função, o trabalho do homem como
construção de sua própria cultura. No mundo árabe, em hospitais destinados
somente a loucos, por volta do século XII, eram utilizadas manifestações artísticas
como dança, música, narrativas de contos e espetáculos como forma de cura da
alma.
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Trabalho inédito de opinião ou pesquisa que nunca foi publicado em revista, anais de congresso ou
similares.
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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Eletrônico Aurélio. Versão 5.0. Editora
Positivo, 2005.
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Devemos fazer uma reflexão entre essas duas áreas que estabelecem
fronteira com a arte e entre si. Ambas, Arteterapia e Arte/Educação, agregam dois
campos do saber, formando um terceiro, não apenas um somatório de
conhecimentos, mas a manifestação de algo com contornos próprios (MENEZES,
2013).
Arte/Educação e Arteterapia são campos que se tocam, áreas distintas e
permeadas, em cujas fronteiras se formam tensões podendo dialogar sob o viés de
determinadas concepções teóricas. Duarte (2005), inspirado no Filósofo Gilles
Deleuze, se refere à fronteira como construções simbólicas produzidas social e
historicamente que carregam características de mutação e subversão, nas quais
regem os princípios de relatividade, multiplicidade e reciprocidade. Pode-se dizer
que Arteterapia e Arte/Educação são áreas fronteiriças, já que preservam sua
identidade, porém regiões de fronteira não estão livres de contaminação. Para
Duarte (2005), “Fronteiras são sítios da exacerbação e do excesso, onde limites são
ultrapassados, novas dimensões descobertas, e reordenamentos encaminhados”.
No entanto, a Arteterapia é:
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Figura 4: Arteterapia.
Fonte: http://www.projetoartedeviver.com.br/arteterapia.php
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humano, não pelo fato de produzir artistas ou produtos artísticos, mas por produzir
pessoas melhores.
Vamos a alguns conceitos/entendimentos sobre a matéria em estudo dada
por arteterapeutas espalhados pelo mundo, os quais geram definições diferenciadas,
mas com mesma essência.
Malchiodi (2005 apud MARTINS, 2012) observa que parece se dividirem em
duas categorias gerais. A primeira é baseada na afirmação de que o processo
criativo pode ser também um processo terapêutico, definindo-a como “arte como
terapia”. O fazer artístico é visto como uma experiência que oferece a oportunidade
de se expressar com imaginação, autenticamente e espontaneamente. Um processo
que, ao longo do tempo, leva à realização pessoal, reparação emocional e
transformação a nível psíquico.
Uma visão holística e extensiva do ser humano é empregada na Arteterapia.
Sendo uma prática terapêutica que objetiva resgatar, não só a dimensão integral do
sujeito, mas também os seus processos de autoconhecimento e de transformação
pessoal. É objetivo ainda, através da criação artística, resgatar a produção de
imagens, a autonomia criativa, o desenvolvimento da comunicação, a valorização da
subjetividade, a liberdade de expressão, o reconciliar de problemas emocionais e a
sua função catártica (VALLADARES, 2005). A Arteterapia sobressai pela sua
transdisciplinaridade e pela sua vasta aplicação, tendo pouca ou nenhuma
contraindicação.
Philippini (2004) argumenta que o processo arteterapêutico permite que
simbolicamente, e de forma perene, através das atividades expressivas, sejam
retratadas com precisão as sutis transformações que marcam o desenrolar da
existência, documentando seus contínuos movimentos do vir a ser, que se
configuram e materializam conflitos e afetos.
Nesse contexto, o “fazer terapêutico” expressa a singularidade e identidade
criativa de cada um. A descoberta gradual de eventos psíquicos cujo significado
antes era obscuro, amplia possibilidades de estruturação da personalidade, ativa
potencialidades e contribui para a construção de modos mais harmônicos de
comunicação, interação, e de “estar no mundo” (PHILIPPINI, 2004).
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Com tradição de algumas décadas nesta área, o Brasil é um país que conta
com dezenas de associações de Arteterapia. Além de Angela Philippini (diretora da
Clínica Pomar no Rio de Janeiro), Selma Ciornai, com um trabalho de relevo em São
Paulo, define-a como
Guarde...
Na Arteterapia, o fazer artístico é um instrumento para a promoção da saúde
e da qualidade de vida. Nela podem ser usadas como recursos terapêuticos as mais
diversas atividades artísticas: desenho, pintura, modelagem, música, poesia,
dramatização e dança.
Essas atividades visam a facilitar a expressão do sujeito por meio de outras
linguagens (plástica, sonora, escrita, corporal), além da verbal, ampliando as
possibilidades de comunicação, facilitando o autoconhecimento e promovendo o
desenvolvimento da criatividade (REIS, 2014).
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3 Cidade da Grécia antiga, situada às margens do mar Egeu e célebre pelo santuário de Esculápio,
deus da Medicina, que atraía doentes de todo o mundo. Seu teatro ao ar livre está bem conservado.
Fundada pelos jônicos, foi ocupada pelos dóricos e aliou-se à Esparta, perdendo sua importância
com o desenvolvimento da cidade de Egina, na ilha de mesmo nome. Decaiu com a conquista
romana.
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4 Aquele que trata de pessoas que não têm ou que perderam sua identidade, ou que vivem num
estado em que se tornaram alheios a si mesmos, a si próprios, em um estado em que não são
responsáveis plenamente por seus atos. Psiquiatra.
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Sei (2009 apud César, 1929) elenca outros estudos ainda do século XIX e
início do século XX ao redor do mundo. Vejamos um breve apanhado deles:
Morselli, em 1894, preocupou-se com os desenhos de pacientes psiquiátricos,
articulando arte e psiquiatria;
Julio Dantas, em Portugal, publicou no ano de 1900 uma obra acerca das
produções artísticas do Hospício de Rilhafolles;
Rogues de Fursac, reuniu, em 1905, uma publicação com produções
artísticas de pacientes psiquiátricos;
Marrei Reja, médico que se dedicou também à crítica da arte, foi o primeiro a
notar elementos propriamente artísticos naquelas obras (ANDRIOLO, 2006, p.
47).
Andriolo (2006) cita outro importante nome na área que foi o psiquiatra
Prinzhorn. Ele organizou uma vasta coleção de produções artísticas, exposta na
Coleção Prinzhorn – Museum Sammlung Prinzhorn, em Heidelberg – Alemanha. De
acordo com Ferraz (1998, p. 23), a importância deste psiquiatra encontra-se no fato
de que em um “momento em que a psiquiatria considera apenas os aspectos
nosocomiais e mórbidos, o médico Prinzhorn mostra que o doente mental também
tem possibilidades criadoras que sobrevivem à desagregação da personalidade”.
Suas publicações posteriores se utilizaram de pressupostos teóricos psicanalíticos,
de forma diversa de outros estudiosos, numa busca de encontrar, “do ponto de vista
cultural e estético, um núcleo criador comum a todos os homens” (ANDRIOLO, 2006,
p. 48).
No campo exclusivo da Psicanálise, Freud interessou-se por estabelecer
relações entre Arte e Psicanálise, seguido por outros estudiosos, como o
psicanalista Pfister, que passou a incluir atividades artísticas em sessões
terapêuticas (FERRAZ, 1998).
Na área da Psicologia Analítica, o psiquiatra Carl Gustav Jung começou a
empregar, a partir da década de 1920, recursos advindos do campo da arte como
parte do tratamento. Pedia aos pacientes que desenhassem seus sonhos ou
situações conflitivas e considerava os desenhos como uma simbolização do
inconsciente pessoal ou coletivo (ANDRADE, 2000 apud SEI, 2009).
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Outros psiquiatras deram atenção ao seu efeito, mas, “quem mais aplicou e
difundiu o uso de expressões artísticas em consultório foi o psiquiatra suíço Carl
Gustav Jung” (CARNEIRO, 2015, p. 77).
Quando Carl G. Jung, no início do séc. XX, percebeu a força libertadora da
arte, passou a pedir que seus clientes desenhassem ou pintassem livremente seus
conflitos, sonhos e sentimentos, sem nenhuma preocupação estética. Eles falavam e
percebiam com mais clareza seus pontos críticos, revelando de forma inesperada o
seu inconsciente e as questões que paralisam o fluir da vida com a vitalidade e a
harmonia necessárias para se sentir feliz. Algumas vezes, esses desenhos
expressavam símbolos que eram comuns a vários povos e civilizações, mitos
diversos, levando a Jung a ideia do inconsciente coletivo ou arquetípico,
acrescentando uma contribuição valiosa para o estudo do ser e de suas
manifestações artísticas (CARNEIRO, 2015).
A prática da Arteterapia, nomeada dessa maneira, tem como grande
precursora em território norte-americano, a psicóloga de orientação psicanalítica
Margaret Naumburg. Sua atuação foi intitulada de Artepsicoterapia e propunha a
liberação de expressão espontânea e incentivo à associação livre por parte do
paciente. Sua irmã, Florance Cane, era arte-educadora e desenvolveu uma prática
no campo da Arteterapia, denominada de Arte como terapia, que se apresentava
como uma estratégia de ensino da Arte a partir das funções movimento, pensamento
e sentimento (SEI, 2010).
Segundo a literatura britânica sobre Arteterapia, foi na década de 1940 que o
pintor inglês Adrian Hill5 estabelece a Arteterapia como método psicoterapêutico. Ele
esteve internado num hospital durante a Segunda Guerra Mundial, convalescendo-
se de tuberculose, e durante esse tempo pintava e desenhava como forma de
encontrar algum consolo ao encontrar-se naquele estado. Com o tempo, Hill percebe
o quanto a prática artística pode auxiliar na recuperação de doentes, ao encontrarem
5 Martins (2012, p. 47) explica que “Fontes bibliográficas de outras origens, como as americanas ou
as francesas, não associam o nome de Adrian Hill como o pioneiro da Arteterapia. Mas, segundo a
informação geral que nos consta, compreendemos ser Adrian Hill que cunhou o termo Arteterapia.
Mesmo havendo outros profissionais da área psicoterapêutica ou da educação, que já trabalhassem
com a arte como meio de tratamento terapêutico, mas ainda sem utilizarem-se do termo definido
como tal”.
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Guarde...
Na década de 20, Jung passa a fazer uso da linguagem não verbal – imagens
e símbolos, expressos plasticamente – que emergiam do inconsciente através
dos sonhos, como parte integrante de sua abordagem terapêutica.
Ao desenvolver sua própria teoria, a Psicologia Analítica, Jung foi quem
propriamente começou a usar a linguagem artística associada à Psicoterapia.
Diferentemente de Freud, que considerava a arte uma forma de sublimação
das pulsões, Jung considerava a criatividade artística uma função psíquica
natural e estruturante, cuja capacidade de cura estava em dar forma, em
transformar conteúdos inconscientes em imagens simbólicas (SILVEIRA,
2001).
Partindo dessas duas vertentes teóricas (Freud e Jung), o uso da arte como
instrumento terapêutico foi progressivamente ganhando espaço. A educadora
norte-americana Margareth Naumburg (1890-1983) pode ser considerada a
fundadora da Arteterapia, pois foi a primeira a sistematizá-la, em 1941
(ANDRADE, 1995, 2000). Seu trabalho é denominado Arteterapia de
Orientação Dinâmica, e foi desenvolvido com base na teoria psicanalítica
(NAUMBURG, 1966). Nessa perspectiva, as técnicas de Arteterapia visam a
facilitar a projeção de conflitos inconscientes em representações pictóricas,
sendo esse material submetido à interpretação seguindo o modelo teórico
proposto por Freud.
Na década de 40, nos Estados Unidos, consolidou-se o que hoje é conhecido
como Arteterapia, pelas mãos de duas irmãs, até hoje celebradas como
precursoras: Florence Cane e Margareth Naumburg. Ambas sistematizaram
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Vasques (2009) faz um recorte no tempo e relembra que após a Ditadura
Militar, no ano de 1985, precisamente, com a reconquista da liberdade de expressão
e criação, houve um desenvolvimento significativo das chamadas “Terapias
Expressivas” e nas trilhas da abertura, brotaram as primeiras sementes da
Arteterapia. Os primeiros núcleos de trabalho se concentraram no Rio de Janeiro e
São Paulo, surgindo também núcleos em Goiás e Minas Gerais. Observa-se, mais
recentemente, de Norte a Sul do país, uma ampla expansão dessa prática
terapêutica. Em 1999, foi criada a primeira Associação de Arteterapeutas do Brasil,
na cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, temos a União Brasileira de Associações
de Arteterapia que congrega profissionais de vários estados brasileiros.
No Brasil, o campo da Arteterapia tem se expandido na última década, o que
se reflete na ampliação das publicações sobre a temática. Philippini (2007) aborda a
Arteterapia como um campo de conhecimento transdisciplinar, focando métodos e
processos em Arteterapia como caminhos não apenas de criação, mas de
transformação dos sujeitos. O livro “Estudos de Arteterapia”, da Associação de
Arteterapia do Rio de Janeiro (2009), traz uma compilação de relatos de experiência,
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Reis (2014) acredita que o autor utilize aspas quando remete à arte porque,
no âmbito da Arteterapia, as atividades expressivas não têm uma finalidade estética,
ou seja, a produção artística não é realizada e analisada por seu valor estético como
obra de arte, ainda que muitas vezes seja posteriormente reconhecida como tal pelo
público, a exemplo do desenho seguinte.
Por ser bastante transformadora, a Arteterapia pode ser praticada por
crianças, adolescentes, adultos, idosos, por pessoas com necessidades especiais,
enfermas ou saudáveis. Hoje, é exercida em ateliês e instituições com atendimentos
individuais ou em grupos.
Figura 5: Nanquim sobre papel, 47,0 x 31,0 cm, 1948, por Raphael Domingues.
Fonte: http://museuimagensdoinconsciente.org.br/ colecoes/raphael00.html#
6 Referência aos artistas, em notícia sobre a exposição Raphael e Emygdio: Dois Modernos no
Engenho de Dentro, realizada no Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro, em 2012. A notícia foi
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Figura 6: Arteterapia.
Fonte: http://arteinfantil-elartes.blogspot.com.br/2012/11/arteterapia.html
dando suporte (ensinando) para melhorar a técnica do paciente para que ele se
expresse cada vez melhor nesse canal;
ii) interpretação da produção artística do paciente, contextualizando de
acordo com seu problema e seu histórico – apoio psicoterápico ao paciente usando
o conteúdo simbólico por ele produzido como instrumento de tratamento;
iii) apresentação ao paciente – da obra de algum artista que o terapeuta
entenda que vá estimular sua criatividade, ou estimular simbolicamente os
conteúdos que ele produz;
iv) sugestão de temas e ideias para serem desenvolvidas artisticamente –
que sejam importantes na elaboração do material apresentado pelo paciente;
v) utilização de técnicas da Arteterapia para estimular o cérebro e ajudar o
psiquismo – como a repetição, contextualização, inspiração em outros artistas, entre
outros, que foram identificados como efetivos para essa terapia.
Botsaris (2016) ressalta que a Arteterapia só usa os recursos da arte
plástica. Os da música são do universo da musicoterapia.
De acordo com Ciornai (2004), os recursos artísticos em terapia facilitam:
o desenvolvimento da individualidade (por meio da busca do estilo pessoal);
o desenvolvimento dos recursos pessoais (sensoriais, perceptivos,
emocionais, simbólicos e criativos);
a comunicação intersubjetiva e o vínculo;
a expressão do a princípio não verbalizável, do indizível;
a expressão e organização de conteúdos relevantes;
a expressão da complexidade e de múltiplas perspectivas;
o diálogo com a própria criação (ajudando a transformar atitudes críticas
negativas em atitudes de interesse e curiosidade mais positivas);
a expansão da consciência (awareness) mediante insights e também
outsights (isto é, a possibilidade de olhar “de fora”, com distância reflexiva);
o contato mais aprofundado: consigo, com o outro e com o meio;
novas percepções, desconstruções e reconfigurações.
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Guarde...
A verdade é que a Arte como ferramenta terapêutica, no Brasil, ainda é vista
com reservas. Contudo, na abordagem psicanalítica de Carl Jung7, ela sempre
esteve presente entre as estratégias terapêuticas utilizadas. Parte-se da premissa
que os indivíduos, em seu processo de autoconhecimento e transformação, são
orientados por símbolos. Estes emanam do Self – centro da saúde, equilíbrio e
harmonia, representando o pleno potencial da psique e a sua essência. Na vida, o
Self, através de seus símbolos, precisa ser reconhecido, compreendido e respeitado
(PHILIPPINE, 1994).
Os objetivos da Arteterapia, na visão junguiana, são o de apoiar e o de gerar
instrumentos apropriados, para que a energia psíquica forme símbolos em variadas
produções, o que ativa a comunicação entre o inconsciente e o consciente
(PHILIPPINI, 2000).
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Em outro módulo, aprofundaremos em diversas abordagens arteterapêuticas.
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- Parâmetros curriculares;
- Parâmetros de credenciamento de professores e coordenadores de curso;
- Banco de dados sobre publicações existentes na área em Português (livros
e revistas);
- Critérios para credenciamento de arteterapeutas nas associações
regionais;
- Cursos cujos programas de Arteterapia estão de acordo com os
parâmetros estabelecidos pela UBAAT, listados no site de suas associações.9
Guarde...
9
Ver no site: http://www.portalcapixabao.com/sites/?c=6061&p=4088&exibe=4088
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Figura 7: Ética.
Fonte: http://bombeirocivilrn.com/educacao/codigo-de-etica-profissional-dos-bombeiros-
civis/
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A Ética moderna traz à tona o conceito de que os seres humanos devem ser
tratados sempre como fim da ação e nunca como meio para alcançar seus
interesses. Immannuel Kant, um dos principais filósofos da Modernidade,
afirmava que não existe bondade natural. Por natureza somos egoístas,
ambiciosos, destrutivos, agressivos, cruéis, ávidos de prazeres que nunca
nos saciam e pelos quais matamos, mentimos, roubamos (ABBAGNANO,
1998, p. 384).
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
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lo segundo seus próprios (do terapeuta) códigos morais e religiosos e evitar fazer
qualquer coisa que possa eventualmente prejudicá-lo (TOMMASI, NERING, 2017).
Leite (2010) pondera que sendo a Arteterapia uma área de estudos ainda
muito nova, novos também são os questionamentos que se originam como
fundantes de um compromisso com uma ética profissional que assegure a qualidade
dos serviços prestados.
Na medida em que um grupo de profissionais se organiza, faz-se necessário
refletir e estabelecer critérios válidos para o reconhecimento de uma identidade
profissional aceita e respeitada pela sociedade. Nesse sentido, o tema da ética
apresenta-se como um dos mais relevantes. Tanto que o longo dos fóruns da
UBAAT (Salvador, 21 de abril de 2008) chegou-se à elaboração do Código de Ética
da Classe, transcrito ao final da unidade.
Vejamos alguns dispositivos:
[...]
A saúde e o bem-estar do cliente são os principais objetivos do arteterapeuta. No
atendimento a seus clientes, o arteterapeuta deve:
Artigo 6º - Respeitar seus direitos e sua dignidade e, em todas as circunstâncias, atuar em
seu benefício [...]
[...]
Artigo 13 - Proteger o caráter confidencial das informações a respeito do cliente, registradas
ou produzidas por diversos meios (áudio, vídeo, textos, imagens plásticas, entre outros). A divulgação
com fins científicos será condicionada à autorização prévia do cliente ou seu responsável, sempre
que identifique o cliente. [...].
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INTRODUÇÃO
Este código tem por objetivo nortear o arteterapeuta em sua prática
profissional. Estas normas visam resguardar a integridade e o bem-estar do cliente,
bem como proteger a comunidade arteterapêutica e a sociedade.
CAPÍTULO I
PRINCÍPIOS GERAIS
Artigo 1º - O arteterapeuta deve exercer somente as funções para as quais
ele está qualificado pessoal e tecnicamente;
Artigo 2º - O arteterapeuta não deve fazer discriminação em relação a
clientes em termos de raça, gênero, cor, nacionalidade, idade, orientação sexual,
classe social, doenças, deficiências, sequelas e necessidades especiais;
Artigo 3º - O arteterapeuta deve desenvolver constantemente a sua
competência profissional através de uma permanente atualização de conhecimentos
e habilidades;
Artigo 4º - O arteterapeuta deve buscar manter a sua saúde física e mental,
e observar as limitações pessoais que possam interferir na qualidade do seu
trabalho, inclusive durante a sua formação;
Artigo 5º - O arteterapeuta deve indicar sua qualificação profissional em
relatórios e outros documentos, acompanhada do número de registro na associação
regional de Arteterapia à qual seja filiado.
CAPÍTULO II
RESPONSABILIDADES
SESSÃO I - PARA COM O CLIENTE
A saúde e o bem-estar do cliente são os principais objetivos do
arteterapeuta. No atendimento a seus clientes, o arteterapeuta deve:
Artigo 6º - Respeitar seus direitos e sua dignidade e, em todas as
circunstâncias, atuar em seu benefício;
Artigo 7º - Preservar sua integridade e não explorá-lo de forma sexual,
financeira, ou buscar vantagens emocionais ou pessoais de qualquer natureza;
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CAPÍTULO III
DIREITOS
Artigo 33 - Os honorários devem ser fixados de forma a representar justa
remuneração pelo serviço prestado;
Artigo 34 - Em instituições, o arteterapeuta não deverá aceitar remuneração
inferior a de outros profissionais de mesmo nível de qualificação profissional.
CAPÍTULO IV
CUMPRIMENTO DO CÓDIGO
Artigo 35 - É dever de todo arteterapeuta conhecer, cumprir e fazer cumprir o
presente código;
Artigo 36 - Compete à Comissão de Ética formada por arteterapeutas
idôneos analisar denúncias apresentadas por arteterapeutas, clientes, instituições e
outros profissionais, relativas ou não ao cumprimento do presente código;
Artigo 37 - A Comissão de Ética, após ouvir as partes envolvidas, avaliará se
houve infração do código.
CAPÍTULO V
MEDIDAS DISCIPLINARES
Artigo 38 - Serão aplicadas pelo Conselho Diretor da Associação Estadual
de Arteterapia por recomendação da Comissão de Ética as seguintes medidas:
1- advertência sigilosa;
2- advertência pública;
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CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 39 - Os casos omissos no presente Código ficarão a cargo do
Conselho Diretor da Associação Estadual de Arteterapia;
Artigo 40 - A indicação dos membros da Comissão de Ética, assim como
eventuais mudanças na sua composição, são da competência do Conselho Diretor
da Associação Estadual de Arteterapia.
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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS BÁSICAS
REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES
ABREU, Manuel Viegas de; LEITÃO, João Pedro; SANTOS, Eduardo Ribeiro dos.
Reabilitação psicossocial e inclusão na saúde mental: da Biologia à Economia da
saúde: da inserção à criação artística. Coimbra: Imprensa da Universidade de
Coimbra, 2014.
BOFF, L. Ética e moral – a busca dos fundamentos. Petrópolis RJ: Vozes, 2003.
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50
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano, compaixão pela terra. 7. ed.
Petrópolis: Vozes, 2001.
BOTSARIS, Alex. Arteterapia: Como a medicina aplica a arte para fins terapêuticos,
2010. Disponível em: http://casaazulatelier.com.br
BRASIL. Lei n. 10.216 de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas
portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde
mental. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm
TRADICIONAIS/A_ARTETERAPIA_COMO_DISPOSITIVO_TERAPEUTICO_EM_SA
UDE_MENTAL.pdf
ELIZARDO, Maria Helena de Mello. Artigo “Um Caminho entre Cacos Coloridos” In:
PHILIPPINI, Ângela (Org.). Arteterapia: Métodos, Projetos e Processos. Rio de
Janeiro: Wak, 2009.
FIGUEIREDO NETO, Manoel Valente; ROSA, Lúcia Cristina dos Santos. A Lei da
Reforma Psiquiátrica (Lei 10.216) e suas heterogeneidades enunciativas:
Perspectivas interdisciplinares. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIII, n. 82, nov 2010.
Disponível em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=8661&n_link=revista_artigos_leitura
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52
MORIN, Edgar. Terra – pátria. Tradução Paulo A. Neves Silva. 5 ed. Porto Alegre:
Salinas, 2005.
REIS, Alice Casanova dos. A arte como dispositivo à recriação de si: uma prática em
psicologia social baseada no fazer artístico. Barbarói, Santa Cruz do Sul, n.40,
p.246-263, jan./jun. 2014. Disponível em:
https://online.unisc.br/seer/index.php/barbaroi/article/view/3386
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