Você está na página 1de 14

POSSIVEIS QUESTÕES FREQUÊNCIA MAI

1. Teoria da retórica de imagem de Roland Barthes

Constituída por 3 mensagens:


 Mensagem linguística: Legenda da imagem (slogan), rótulos
(marca), funções da mensagem (ancoragem e ligação),
ancoragem denotativa e conotativa, retórica (repetição dos
rótulos) e entoação: “Panzani” – Italianidade
 Mensagem icónica não codificada (denotação): Tudo o que na
imagem não depende de um código para a sua compreensão,
por ex: sacos compras, cores, legumes, etc.. A mensagem literal
– denotação, o que se vê em primeiro grau – Representamen
 Mensagem icónica codificada (conotação): Mensagem
simbólica, conotação: regresso do mercado, produtos frescos,
preparação caseira. Rede: Pesca miraculosa/abundância,
italianidade. Composição: natureza morta, montra/mostração,
publicidade (o lugar da imagem na revista; a repetição dos
rótulos)

A denotação VS conotação

De acordo com o autor Barthes a conotação situa-se ao nível da ideologia e do mito.


A ideologia é mitológica (regras que parecem universais e inquestionáveis para a
sociedade). A conotação expressa as ideologias, os mitos. No anuncio da panzani,
consegue-se verificar que a campanha vai ao encontro de um determinado mito sobre
a cultura italiana. Os valores ideológicos projetados na imagem são a beleza, desejo…

Imagem verbal: denotação de um termo é o objeto a que o termo se refere. A palavra


tem valor referencial ou denotativo quando é tomada o seu sentido literal. Ela denota
determinado objeto. É, por exemplo, a forma de linguagem que lemos em jornais,
manual de instruções, etc.

A denotação visual: plano da denotação – tudo o que a imagem apresenta (o obvio,


segundo Barthes)

A conotação (sentido escondido): é um conjunto de características compreendidas na


significação de um dado termo, conceito, etc… Ex: os provérbios. Da linguagem de uso
conotativo “quem anda a chuva molha-se”, já se sabe que ao andarmos a chuva
ficamos molhados, neste caso não e isso que nos esta a informar mas sim, para o
sentido de arriscar-mos.

A conotação visual: toda a informação que está implícita na imagem (o obtuso


segundo Barthes). O plano da conotação permite compreender que a imagem não só e
semelhança/analogia mas também é símbolo.

Quando se elabora o significado de uma imagem recorremos a mecanismos


associativos. A associação de ideias processa-se através da evocação de um contexto –
metonímia. Ex: rede de pesca, pode associar-se a pesca, mar, pescador, etc.
Conotação por semelhança: uma coisa é como outra coisa, metáfora. Associação de
dois elementos por meio dos seus significados, causando o efeito do
improvável/inesperado. Ex: tranquilidade – imagem de um banco, faz-nos pensar em
descanso.

Conotação por comparação: Estabelecer paralelismos entre as imagens de dois ou


mais cenários. As diferentes figuras de estilo são exemplos de mecanismos
associativos: hipérbole, no caso do anuncio panzani)

Descrever uma imagem: 1º - identificar os objetos, acessórios, ambiente – observação


literal (denotação)

2º Identificar o sentido construído – conotativo. 3º Identificar mecanismos associativos

Códigos visuais: os códigos visuais contribuem para viabilizar as imagens como


fenómenos comunicacionais e, são ainda, modos de representação convencionados
das imagens que produzimos; estes são específicos a cada sistema de representação
(pintura, desenho, foto, cinema etc) mas que tendem a deixar-se contaminar e alterar.

Fraqueza do código visual: por estar sujeito a mutações, o código torna-se insuficiente
para cobrir toda a interpretação que a imagem possa surgir, mas não é dispensável.
Digamos que o código não esgota a imagem.

2.  Philip Dubois

Primeiro momento: volta a questão do automatismo fotográfico, este era visto


como o espelho real. A capacidade de semelhança era vista na altura como algo
que era mágico. Centra-se no seu aspeto icónico, imitação. No entanto, aceita-se o
seu carater inicial

2º momento: a foto como transformação do real. Apresenta um discurso de código


e da desconstrução. Refere um vasto movimento critico no sec.XX. São sublinhadas
falhas na representação do real. A foto não é igual ao real, sabe-se que ela reduz e
existe ainda o aspeto de codificação.

3º momento: foto como vestígio do real. Quando se fala em índice vemos a


imagem de pegada, vestígio. Neste caso, o índice trata-se do efeito de uma
impressão física causada por um contacto com o objeto ou acontecimento real.
Através da indicialidade a foto ganha um valor de prova.
……………….

Você também pode gostar