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Linhas de força;

Pontos de fuga;

3 terços H e V; (dá para ver que


há mais tinta, mais elementos,
elementos maiores, whatever na
parte direita do quadro.)

Plano da expressão
 Substância: material com que o signo é feito;
o Óleo sobre tela;
o Paleta de cores: cinza, azul, branco, preto e amarelo;
 Forma:
o Elementos visíveis (signos):
 Rua, pessoas, coche, guarda-chuva, poste de gás, edifícios;
o Análise do enquadramento:
 Elementos fora/dentro da imagem / Imagem aberta/ fechada?
 Neste caso, a imagem é aberta. Há elementos que se prolongam para fora do
quadro. (ex. o homem com o chapéu de chuva, está cortado);
 Escala:
 Plano de conjunto + plano americano;
 Ângulo de visão:
 Frontal
 Composição:
 Tem que se traçar as linhas de força; falar sobre a profundidade de campo
(perspectiva); pontos de fuga (neste caso tem 1 central e 1 oblíquo); distribuição dos 3 terços horizontal e vertical
(neste caso, a pintura está ‘mais preenchida’ no lado direito, do que no lado esquerdo. O poste do gás faz uma certa
divisão da pintura, e é visível esta diferença na disposição dos elementos, por essa mesma razão)
Plano do conteúdo
 Substância:
o Analisar o titulo:
 ideias chave; neste caso: a vida quotidiana em paris;
o o quê? Quem? Onde? Quando (tempo)? (elementos visíveis):
 pessoas na rua, antigamente
o elementos sensitivos (cores, estados atmosféricos/reflexos):
 cores tristes, cinzas e azuis, remetendo para a chuva, tempo nebuloso.
 Forma:
o Análise sintagmática (distribuição dos vários elementos de sentido):
 Os elementos que lá estão remetem para o quotidiano da vida em Paris.

Enquadramento: é definido pelas bordas da imagem;


o que fica dentro ou fora da imagem.
Composição: refere-se ao arranjo interno dos Escala de planos:
diferentes elementos;  Plano geral;
 Plano de conjunto;
 Plano médio/americano;
 Plano aproximado;
 Grande plano;
 Muito grande plano;
1 - SAUSSURE 3 - SEMIOLOGIA – ocupa-se de uma parte dos SIGNIFICANTE/SIGNIFICADO
O autor, considerado pai da semiologia, processos de comunicação: o estudo dos signos, Signo linguístico: um s.l. não une uma coisa a um
tem a vertente europeia do estudo dos signos, por por si mesmos, ou seja, a semiologia estuda a nome, mas um conceito e uma imagem acústica;
ser o primeiro autor a criar essa designação e a mensagem e por sua vez o código. Signo: o significante é a imagem acústica, esta é a
designar o seu objeto de estudo, é Ferdinand de marca psíquica do som, não é o som proferido em si
Saussure. Segundo este, a existência de signos, SIGNO mesmo, é pensar no som (a nossa memória desse
conduz à necessidade de conceber uma ciência que - Signo é o uso de sinais artificiais através dos quais som); + o significado que é o conceito ou a ideia
estude a vida dos sinais no seio da vida social, um ser humano comunica com outro ser humano; associada ao som
envolvendo parte da psicologia social (devido ao -Esta definição hoje já não é aceite, mas apesar - Só existe com estas duas dimensões, são pois
carácter mental do signo – em especial do signo disso a linguística privilegia ainda as línguas indissociáveis, embora analisáveis por si mesmas;
linguístico – e á sua dimensão social) e, por - Ambos os aspetos são psíquicos, embora o
maternas como códigos bastante importantes e
conseguinte, da psicologia geral. Nasce assim a significante tenha uma dimensão sensorial ou
indispensáveis para a comunicação.
semiologia. Estudaria aquilo em que consistem os ‘material’.
signos, que leis os regem. - Signo não é algo físico e palpável, mas sim algo
A concepção de Saussure relativamente abstrato que existe na consciência daqueles que
Caracteristicas do signo linguístico:
ao signo, ao contrário da de Peirce, distingue o partilham de uma mesma cultura, para isso é Arbitrariedade do signo: a relação entre significante e
mundo da representação, do mundo real. Para ele, os necessário que as instâncias de transmissão sejam significado é imotivada, porque é uma relação
signos (pertencentes ao mundo da representação) relacionadas. convencional.
são compostos por significante - a parte física do Linearidade do significante: ocorre sucessivamente, é
signo - e pelo significado, a parte mental, o conceito. CONCEÇÃO SAUSSURIANA: temporal. Esta natureza do significante afeta as suas
Colocando o referente no espaço real, longe da Significado/significante: formas de organização.
realidade da representação. Para Saussure (com - O significante é a parte física da palavra (grafia + Imutabilidade/mutabilidade do signo: “o signo altera-
excepção da onomatopeia), não existem signos se porque permanece”, o que Saussure quer dizer é
som);
motivados, ou seja, com relação de causa-efeito. que, um signo hoje tem um significado, daqui a uns
- O significado não é o próprio objecto, mas sim o
Divide os signos em dois tipos: os que tempos, o significando que tinha já não tem, porque
são relativamente motivados (a onomatopeia, que conceito que reside no conteúdo e que designa
como os tempos mudaram, novos conceitos
em Peirce corresponde aos ícones), e os arbitrários, esse objecto. É sempre uma representação, é o surgiram, o que vai alterar a forma como nós
em que não há motivação. Para Saussure, existem entendimento simples pragmático que se dá ao percebemos os signos.
assim dois tipos de relações no signo: objecto designado, é o conceito transmitido pelo
1 - as «relações significante. LINGUA/FALA
sintagmáticas», as da linguagem, da fala, - A junção do significante com o significado forma o É a língua que constitui o sistema de valores que
a relação fluida que, no discurso ou na signo. determina em termos relativos e diferenciais o valor
palavra, cada signo mantém em de um signo. É um sistema de signos. Se a ‘fonação’
associação com o signo que está antes e não afeta este sistema, Saussure diz que há uma
com o signo que está depois, relações de Sincronia e diacronia: a mutabilidade e a supremacia da uma linguística da língua face a uma
contextualização e de presença (ex: abrir imutabilidade do signo linguístico prende-se com a ling. da fala. O valor linguístico é o que resulta do
uma janela, em casa ou no computador) relação entre comunidade e tempo. concerto de regras que fazem com que determinados
2 - as «relações É sincrónico tudo o que se refere ao significantes se associem a determinados
paradigmáticas», as «relações aspecto estático na nossa ciência e diacrónico tudo o significados.
associativas», reportando-se à «língua» que diz respeito às evoluções.
(ex: associarmos a palavra mãe a um Saussure propõe que a linguística PARADIGMA/SINTAGMA
determinado conceito de origem, sincrónica se ocupe das relações lógicas e psicológicas Incluídos na perspetiva sincrónica, que vê o sistema e
carinho, ternura, amor, etc…), que é um entre termos coexistentes e que formam um sistema, não a sua evolução histórica, encontramos dois
registo «semântico», estável, na tais como são percebidos pela consciência mecanismos que permitem compreender o
memória coletiva de um ser ou colectiva(precedência a esta perspectiva). funcionamento do sistema linguístico:
instrumento. Propõe que a linguística diacrónica - as relações sintagmáticas (numa frase);
estude as relações entre termos sucessivos, não - as relações paradigmáticas;
2 - LINGUISTICA percebidos por uma mesma consciência colectiva e
Criação da linguística geral como disciplina que se substituem uns aos outros sem formar sistema
- Saussure desenvolverá as bases do estruturalismo; entre si (interesse na medida em que se tenha em
- Tinha como objetivo fundar a ciência dos “factos da conta o estado sincrónico vivido e herdado por uma
língua”, ou seja, tentar perceber como é que se dada comunidade).
identificavam os factos da língua, quais poderiam ser.
- Opõe-se a uma visão historicista que predominava
nos estudos linguísticos da sua época. É uma visão
holística em que as partes interagem e o seu valor
depende das posições relativas.

O objeto da linguística: É a língua e a não linguagem.


A linguagem é todas as manifestações da língua e
todas as suas várias dimensões incluindo vários tipos
de sistemas de comunicação. É pois um fenómeno
heterogéneo.
A língua é a parte homogénea da linguagem, pois
para Saussure a língua é “a linguagem menos a fala”,
ou seja, ela constitui-se apenas como sistema formal,
psíquico, de origem coletiva supra individual.
O argumento decisivo para Saussure: “não há fala
sem língua, mas a língua sem fala: a língua é que faz a
unidade da linguagem”

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