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Curso: Comunicação Aplicada

Turma: Tarde
Nome dos alunos:
Liliana Raquel Coelho Martins a22209638
Margarida Barros a22209637
Francisco Cunha a22005497

Ficha de leitura de

[texto 2] Roland Barthes - “Retórica da imagem”

Resumo (150 palavras)

O texto “Retórica da imagem” de Roland Barthes coloca um problema à semiologia das imagens, ou seja, a
representação analógica, nomeadamente à cópia.
Por outro lado, surge o problema se o código analógico e não digital será algo aceitável, isto é, se a imagem se
identifica com a linguagem visto que apresenta perspetivas e essências.
No entanto Roland Barthes afirma que as imagens têm código, uma vez que as mesmas têm uma correspondência
com o autêntico de forma que se relacionam com as coisas, algo que os linguísticos não vão de acordo.
Roland Barthes vai demonstrara sua perspetiva através da publicidade com a explicação da mensagem linguística,
imagem denotada e a imagem conotada ou retórica da imagem, sendo que a mensagem linguística remete para a
legenda, título e slogan de uma imagem, imagem denotada correspondente de um conjunto de elementos formais e a
imagem conotada diz respeito as ideologias, valores culturais e crenças.

Conceitos (5 a 10 palavras)
Mensagem: linguística, denotativa, conotativa;
Retórica da imagem;
Três mensagens.
Temas ou problemáticas (100 a 130 palavras para explicação de cada tema/questão; os temas devem ser expostos pela ordem da sua
importância; limite de temas: 5)

Problema principal do ponto de vista de Roland Barthes


Roland Barthes vai discordar com a perspetiva dos linguísticos, uma vez que afirma que a imagem é uma mensagem
com código, já que se insere na realidade por convenções, então existe três mensagens essências para a interpretação
da imagem que Roland Barthes faz questão de explicar, através da publicidade por ser descrita como uma técnica
intencional e franca, mas já a retórica é usada para influenciar de forma a passar-mos da denotação para a conotação e
perceber esse mesmo processo.
Desta maneira Roland Barthes demonstra a sua perspetiva com a explicação das três mensagens .

As três mensagens essenciais para a interpretação de uma imagem segundo Roland Barthes através da publicidade da
panzani, uma massa francesa.
Primeiramente afirma que a mensagem linguística da imagem remete para a parte da legenda, slogan e rótulos que
contribuem para o entendimento da imagem.
No decorrer do texto também é apresentada a mensagem denotada que diz respeito a exibição do real e verídico dos
objetos no caso da publicidade é apresentada a massa, por outro lado é nos referido a mensagem conotada ou como o
Roland Barthes refere a retórica da imagem como toda a informação implícita na imagem mas também um conjunto
de características compreendidas perante a publicidade uma vez que a mesma quer dar a entender a ideia de produtos
frescos.

A mensagem linguística da imagem remete para a legenda, título e slogan que corresponde à conotação tendo a
possibilidade de exprimir significados possuindo utilidades como ancoragem e a etapa.
No entanto, o autor vai descrevendo as imagens como polissémicas, quer dizer, que existem muito significados, mas
que o leitor pode selecionar uns e desvalorizar outros, suscitando eventualmente interrogações dos sentidos das
imagens.
Seguimos com a explicação da utilidade denotativa que reflete à ancoragem de todas as ideias viáveis facilitando
assim à sua fácil compreensão, por outro lado a ancoragem pode ser considerada ideológica uma vez que o leitor pode
selecionar significados e desviar-se de outro.
A denotação visual corresponde a um conjunto de elementos formais reproduzidos na imagem, como é o caso do
ângulo de captação, o enquadramento, os planos de forma a ser caracterizada e reconhecida pelo óbvio, ou seja, uma
mensagem sem códigos.
Os desenhos e as fotografias podem corresponder à realidade, no entanto os desenhos acabam por darem uma ideia
de ilusão da realidade, por essa razão não são autênticos como a fotografia, sendo descritos assim como uma
transformação. Contudo tanto os desenhos como as fotografias vão contradizer o que diz respeito à denotação.
Porém, a fotografia é a única que menciona uma mensagem, uma vez que apresenta tudo que é representável de
forma equivalente, de forma a ser convertida a imagem a algo mais verdadeiro, no entanto trata-te de uma
representação apesar de muitas vezes esquecemos disso.

A conotação visual segundo Roland Barthes situa-se à nível das ideologias, valores culturais e crenças partilhadas,
ou seja, o incremento de significados ao signo, surgindo deste modo uma crítica semiológica, ou seja, experiências,
revelando então um código.
O autor ainda refere os signos como conotadores, ou seja, tudo que é importante para a imagem apresenta um
significado, com o intuito de haver uma leitura rápida e eficaz, focando na ideia de estereótipos (conceito ou imagem
preconcebida, padronizada e generalizada estabelecida pelo senso comum) presentes numa sociedade, desta maneira a
retórica serve para ser designado como algo assegurado.
A retórica da imagem, portanto é designada por conotadores, no entanto, existem constituintes que não são assim,
levando a uma denotação pois sem a denotação, a imagem ou discurso acabariam por não serem plausíveis.

Seleção de excerto do texto (transcrever e indicar nº da página) e comentário (200 palavras)

O excerto escolhido foi “a significação da imagem é seguramente intencional” (página 1).

Pegando no exemplo desta publicidade Panzani, Roland Barthes analisa as três mensagens que uma imagem pode
conter. A primeira mensagem que esta publicidade nos dá é uma mensagem linguística: a legenda, o slogan e os
rótulos. Para ser decifrada, esta mensagem não exige mais do que o conhecimento da escrita e do francês. A segunda
mensagem é a mensagem denotativa que é tudo o que não depende de um código para a sua compreensão. Neste caso
são as massas, a lata, o pacote de queijo, as cebolas, o tomate, o cogumelo e o saco. A terceira mensagem é a
mensagem conotativa que é um acréscimo de significado ao signo, levando à crítica semiológica variável de individuo
para individuo, de acordo com a cultura, experiência, conhecimento, tempo, entre outros. Permite desta forma, o
desenvolvimento de um código. Neste contexto, surge a ideia de signos conotadores, isto é, todas as coisas essenciais
numa imagem para transmitir determinado significado. Têm o propósito de alcançar uma leitura imediata e para isso,
normalmente partem de estereótipos que existem numa sociedade, conseguindo desta forma utilizar a retórica para dar
essa ideia como garantida. Nesta imagem temos como mensagem conotadora a ideia de regresso do mercado que
“implica por si mesmo dois valores eufóricos: o da frescura dos produtos e o da preparação puramente caseira a que
são destinados. O seu significante é o saco de rede entreaberto que deixa as provisões espalharem-se em cima da
mesa, como «ao desbarato»”.

Dificuldades (terminologia, conceitos, temas…) (100 palavras)

As principais dificuldades que o grupo teve foi na primeira leitura do texto. Algumas terminologias eram
desconhecidas e tivemos de fazer algumas pesquisas para conseguir perceber o sentido que o autor queria transmitir.

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