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O ESTADO ATUAL

Do BIODIREITO
MARIA HELENA DINIZ
Mestre e Doutora em Teoria Geral do Direito e Filosofia do Direito pela PUCSP.
Livre-docente e Titular de Direito Civil da PUCSP por concurso de títulos e
provas. Professora de Direito Civil no curso de graduação da PUCSP.
Professora de Filosofia do Direito! de Teoria Geral do Direito e de Direito Civil
Comparado nos cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) em Direito da
PUCSP. Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Direita Civil Comparado nos
cursos de pós-graduação em Direito da PUCSP. Membro da Academia Paulista
de Direito (cadeira 62— patrono Gswaldo Aranha Bandeira de MeIlo), da
Academia Notarial Brasileira (cadeira 16— patrono Francisco Cavalcanu Pontes
de Miranda), do Instituto dos Advogados de São Paulo e do Instituto de Direito
Comparado Luso-Brasileira Presidente do Instituto Internacional de Direito.

O ESTADO ATUAL
DO BIODIREITO

10, cdiçao

Rcvisra, aiiriientada e atualizada

2017

saraivam
IS1311 078-85-472-1571-4

DADOS IMTffiNACIWZAIS DE dATAI00AÇO NA PUflLICÇO (OIP)


NOÉLiCA ILACOU CKaU,7057

Diniz, Ma4a Heena


O estado atuai do biodireito / Maria Helena Diniz. - 10. ed.
soRos saraivais - Sto Paulo: Si. 2017.

Av. das Nações Unidas, 7.221 1 0 andar, Setor 1. Biobtica 2. Direito e hiolúgia 1. Titula.
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Consultor acadêo,ioo F'Âurilo Angeli Dias das Santos

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Edição Brijna Schlindwairi Zeni


Data de techamenlo da ediçãu: 24-1 0-2016
Produção editorial Ana Cristina Garcia (000rd.}
Lucraria Comem 8h ira kawa
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Surane Vellendi
(
Tatiana dos Santos Romão
CL r2sl CAE[ 1t1115 incentivo pai-a continuar escrevendo, pela coi ifiança em i iii

Tiaqo Dela Rosa sempre depositada,

Oiagramaçãn e revisão Know-How Editorial


e

Comunicaçãu e MKT Elaine Cristina da Silva


Capa Tiago Dela Rosa ao Dr. MAIUJM DAVID CURY, pelo auxílio e apoio a
Prouço gráfica Marli Rampim
minhas reflexões 'las áreas da ciência médica e da bioêtica.
Impressão e acabamento Gráfica Payni
ANTES DE TUDO O SER HUMANO
'Ido vua nesta terra
COOU) Um cstrwiho
ou COO O ztill turista tia natureza.
Viva ,ieste niundo
como na casa do seu pai:
creia no triro, na terra, no mar,
'lias au tes de (tido creia no ser humano.
A,,,, as nuvens, os carros, os livros,
lias autes de tudo ame o ser h?lmaio
Sinta a tristeza do ramo que seca,
do astro que se apaga,
do animal ferido que agoniza,
nas antes de tudo
sinta a tristeza e a dor do ser humano.
Que lhe deem alegria
todos os bens da terra:
a sombra e a luz lhe deeiii alegria,
as quatro estações lhe deepu alegria,
noas sobretudo, a mãos cheias,
lho dê alcg ria o ser ii lona ti o
Nazim Hikna
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ÍNDICE

Preftíc(o ......................................................................................... 23

Capítulo 1— BIOETICA E BIODIREIlO ................................... 25

1. Biodireito ante a nova imagem da ótica tnédico-cientifica ........ 25


2. Bioética ................................................................................. 33
la) Sua delimitação conceirual e seus problemas ..................... 33
2.b) Princípios bioêticos básicos .............................................. 38
3 O respeito à dignidade humana como paradigma da ordem
jurídica do Estado Democrático de Direito, ........... 41
4 Bioética, biodireito e humanismo jurídico, ........... - ... 44

Capítulo II - MICROBIOÉTICA: QUESTÕES ÉTICO-JU-


RIDTCAS.............................................................................. 46
1. Proteção à vida humana - ........................................................ 46
1.a) Inviolabilidade constitucional do direito à vida .............. 46
1.b) Tutela civil e penal da vida humana.... .................. 49
1.c) Princípio do primado do direito à vida,.......... ................ 51
2. Direito ao nascimento ............................................................. 52
2,a) Direito de nascer............................................................ 52
2.b) Probleniaticidade ético-jurídica do aborto ..................... 55
2.b.1) Breve nota introdutória .................................... 55
21,2) Abono: sua delimitação conceirual e classificação 57
2.b.2.1) Conccituaçào ..................................... 57
21.22) Modalidades ....................................... 58
2.b.3) Incriminação da prática abortiva ao longo da bis-
tória do direito... .................. .......... ........... 61

13
2.b.4) Aborto criminoso 63 5.b) Esterilização eugênica dos anormais e de criminosos por
2.b.4.1) Definição e configuração jurídica 63 desvio de sexualidade ..................................................... 193
2.b.4.2) Espécies de aborto criminoso previstas 5 .c) Esterilização terapêutica ................................................. 196
na legislação penal braileira ................ (r6 5. d) Esterilização cosnietolõgica ............................................ 1 97
1b.4.3) Prova da existência do crime de aborto (19 Se) Esterilização por motivo econômico-social ..................... 197
2.1c4.4) Solução da antinoinia de valoração 70 5 .f) Esterilização voluntária para fins de planejamento íainihar, 197
2.h.5) A prática da interrupção seletiva da gravidez e o 6. Saúde flsica e mental ...............................................................
199
alvarájudicial .................................................... 71 6a) Direito a saúde física e mental ,,,.....,,.....,,,,,.,,.........,,,, 99
2.b.6) Aborto legal., . ................................ ........... 88
6b) Direito sanitário e bioética social .................................... 224
2.h.7) Análise dos argumentos pró-aborto sob unia
6.c) A ética nos desastres de massa e 'a medicina de risco ou de
dimensão científico-jurídica .............................. 108
catástrofe ....................................................................... 225
2.h.7.1) Generalidades ..................................... 108
6(1) Controle de infecção hospitalar ...................................... 228
2.b.7.2) Aborrismo ideológico.... . — 1 Ú8
—— ...........
6e) Direito à incoluniidade da mente como um dever a ser
2.b.7.3) Abortisnio socioeconômico 114 respeitado por todos ....................................................... 231
2.h.7.4) Abortisnio privado ............................. 118 61) C)fensasã integridade psíquica como lesões à liberdade
2.b.8) Reflexões sobre a desci iininalização do aborto .. 124 rumal da pessoa ........................................................... 232
2.c) Direito ao respeito à vida hutiuna e a paternidade res- 6g) Tutela jurídica 5 saúde da mente ..................................... 233
ponsável como problemas da bioética ............................. 141 6h) Autonomia da vontade do portador de doença mental 238
2.d) Sugestões de legefirenda voltadas ao movimento pró-vi- 6.i) Problemas hioéricos CIO tratamento psiquiátrico involuntário 242
da e ao programa de planejamento familiar 144
integridade
.....................
6.j) Direito à psíquica e física do acusado e do
3. Os direitos do embrião e do nascituro e a responsabilidade condenado ....................................................................
247
civil por dano morai e patrimonial .......................................... 150
7 A AIDS e o direito .................................................................. 302
4. Maternidade e paternidade responsável e planejamento familiar 168
7.a) Controle da higidez do sangue ....................................... 302
4.a) I'roteçãojurídica à maternidade ..................................... 168
7h) Questões ético jurídicassuscitadas pela AIDS- ............... 304
4.b) Direito à maternidade da presa 175
imunodeficiência
.......................................
7h1) Triagem sorológica do vírus da
4c) Explosão demográfica e con&ole da natalidade ............... 179 humana (111V) .................................................. 304
4.d) O direito reprodutivo-sexual, o direito à descendência e 7.1,2) Proteçãojurídica da dignidade dos portadores do
o planejamento familiar como parãmetros da política virus da imunodeficiência humana (1-11V) e dos
populacional .................................................................. 182 doentes da síndrome da in,unodeficiência ad-
4.e) A liberdade sexual responsável e a escolha de métodos quirida (AIDS) .................................................. 310
anticoncepcionais ........................................................... 186 7±3) Direitos e deveres do profissional da saúde infecta-
5. Esterilização humana artificial 190 - do pelo HIV e peloVllB .................................. 321
5.a) Noções gerais .................................... ................ ............. 190 S. Transfusão de sangue ............................................................... 323

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13.d.1) Engenharia genérica e biotecnologia . 589 , 13.e.6) Modelos textuais ..............................................
781
13.d2) Projeto Genoma Humano (PGH) e bioética ..... 595 13,e.6.1) !nstrumento de doação voluntária de
13.d.3) Diagnose genética no ser humano..., , ....... - , - 606 oócitos ..............................................
784
13d4) Terapia gênica, aconselhamento genético, des- 3.e.69) Acordo de criopreservação do sêmen 785
construção do espectro do eugenismo e o res- 13.e.6.3) Informe de consentimento para técni-
peito aos direitos das pessoas portadoras de de- cas de fertilização assistida (FIV/ICSI/
ficiência fisica ou mental ................................... 613 GIFT/PROST) ................................. 788
13.d.5) Manipulação genética humana e seus limites ..... 633 1 3.e.6.4) Instrumento de autorização para ferti-
13±6) Intervenções científicas em embriões humanos lização in vitro com oócito doado 792
e a polêmica dos embriões excedentes.....,,, ...... 639 13.e.6.5) Informe de consentimento pai -a conge-
13.d.7) Clonagem ......................................................... 669 lamento e preservação de pré-em-
1 3.d.7.1) Etiologia histórica da clonageni ......... 669 briões (pró-uucleados, multicelulares
e blastocistos) ..................................... 794
13.d.7.2) Clonagein humana e técnicas de cio-
13c,6.6) Instrumento de autorização para o
nação ............................................... 675
uso de embrioes doados ou cedidos
1 3 .d .7.3) Clonagem de seres humanos e biodireito 683 gratuitamente ..................................... 799
1 3. d. 8) I'atentes sobre material genético huniai o: sim 13.f) Comités de Ética em Pesquisa...._. ..... ....... 801
ounão 7 ............................................................. 70'
13.g) Necessidade de um novo estatuto jurídico-penal voltado
13.d.9) Dilemas éticos da medicina prediriva ante o trinô- à criminalidade genética .................................................
803
mio médico-paciente-indústria biotecnológica 707 -

14 . Tortura medica .......................................................................


807
1 3.e) As novas técnicas científicas de reprodução humana as-
15. A importância e as funções dos Comitês de Ética Hospitalar 808
sistida
............................................................................ 711
16. Relação médico-paciente ........................................................
811
13,1) Fertilizaç5o humana assistida e situações dela
decorrentes ...................................................... 711 16.a) Deveres dos médicos ......................................................
811
13.e2) Problematicidade da inseminação artificial ......... 717 16 h) O sigilo médico para a preservação da confidencialidade
e da privacidade do paciente... . ........ 830
13.e.2.1) Conceito e modalidades 717
— .............. — .......
....................

1 6.b.1) O sigilo como uni dever prima/ar/e decorrente da


13.e.2.2) Argumentos ético-jurídicos em torno
da inseminação artificial homóloga e natureza confidencial da relação médico-paciente 830
heteróloga ......................................... 718 16.b.2) A questão da quebra da confidencialidade e da
1 3.e.3) Ectogénese ou fertilização in vitro e suas conse- privacidade.,... .... ... —— ......... — ......... ......... 832
quências jurídicas .............................................. 733 16.h.3) Prontuário e boletim médicos ...........................
836
13,4) Sugestões de lege ferenda para um anteprojeto 16.b.4) A informática e o segredo médico ..................... 839
sobre reprodução humana assistida ..................... 739 16.h.5) Cessação da obrigatoriedade da preservação do
13.c.5) Bioética e reprodução humana assistida ............. 781 segredo médico .................................................
839

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PREFÁCIO

Razões não faltam para justificar este nosso estudo sobre bioérica e
hiodireito, poiso admirável mundo novo", antevisto por Aldous I-Juxley em
1946, saiu, nos últimos trinta anos, da utopia ou da ficção para tornar-se uma
realidade, trazendo riscos e beneficios a todos.
Ceio os transtornos e destruições causados por guerras mundiais, com
a possibilidade de traia sfor maçã o do patrimônio genético, com o triunfo da
revolução biotecnolôgica e da fissão nuclear e com o crescente poder tecno-
lógico sobre o corpo e a mente, como se poderia falar. num ambiente de
diálogo livre e respeitoso, em sadia qualidade de vida e dignidade da pessoa
humana ,,,i as ti at' tas indicadas pela hi oética e pelo bi odi rei to?
Os avanços tecnológcos na seara da medicina e da saúde, o anúncio de
i-esimltados fantásticos da biologia molecular e da engenharia genética, inclu-
sive no meio ambiente, e as novas práticas biomédicas resultantes do desco-
brimento do DNA recombinante, além de colocar em risco o futuro da
humanidade, por conter, em si mesmos, os poderes de criação e destruição
da vida e da natureza, dão ensejo à exploração econômica, ante o irresistível
fascínio de desvendar os mistérios que desafiam a argúcia da ciência, e à
imposição de unia perigosa e injustificada autoridade científica, que podem
gerar resultados esteticamente desastrosos e problemas ético jurídicos volta-
dos 3 vida, à morte, ao paciente terminal, à sexualidade, à reproduço huma-
na, às tecnologias conceptivas, à paternidade, à maternidade, à filiação, ao
patrimônio genético, à correção de defeitos tísicos e hereditários, ao uso de
material embrionário em pesquisas, à eugenia, às experiências farmacológicas
e clínicas com seres humanos, ao equilíbrio do meio ambiente, à criação de
seres transgênicos, à clonagem, ao transplante de órgãos e tecidos humanos,
à transfusão de sangue, ao mapeamenro sequencial do genoma humano, ao
patemiteamento da vida, à mudança de sexo etc. Tudo isso levou-nos, apesar
de nos faltar engenho e arte, a refletir, pensar e repensai-, por constituir um
sintoma de frustração e desequilíbrio existencial, uma receita infalível para a
coisificação do ser humano e um terrível processo para a liquidação da hu-
manidade a longo prazo.

23
om essa iiov:i Li cela criada pci.i iii oteril oci iicia, que interfere na orde i
natural das coisas para "bri 1 icar de 1 )eus'' su rgiti ri nu vigorosa reação da
ética e do direito. C] Li e. aqui procti rl 'tios ress,I itar. i 'eii do com qu e o respei -
to à d gil idade da pessoa li Ii til lia a o vai oi-foi te eni todas as situações,
apontando até onde a nianiptilação da vida pode chegar sem agredir.
CAPÍTULO 1
onio acreditai tios que a dit3 nei a cii 1w o iii ipossíve 1 e o possível está
boa vontade e 'Ia COi Isc 1 &l1 e ia dos liame is. apresei ramos, dentro de nossas
l,nii rações, ao grande público estas nossas reflexões ep isteili ológi cas sobre os BIOÉTICA E BIODIREITO
probleii ias hi o&ricos e hi oj ti rídicos, 01 ri a esperança de que os ca nimbos
apontados possam, em melhores mãos, mudar os destinos do inundo.
Maria Helim, Diniz 1. BIODIREITO ANTE A NOVA IMAGEM DA ÉTICA MÉDICO-
-CIENTÍFICA
Mas, por que bioética? Que é e para que serve o biodireito?

Essas indagações surgem rao razão da perplexidade e do forre i rupacto


social provocados pelos problemas decorrentes das inovsçócs das ciências
h ion,édi (- as, da engenharia genética, da embr i ologia e das altas ter:! i ologi,is
aplicadas à saúde.

Q tI e novidades são essas? 1 )ei are tias. pod emos .i qu i a p01 Lar:
a) O progresso científico que vem alterando o agir da medi ci na t rad i cio-
nah Deveras, há alguns anos, corno se poderia talar eni legalização da euta-
násia ou ,,,editar que u m doente terminal pudesse ser mantido, por vários
anos, flutua IJTI em estado vegetativo irrevcrsvel? Ou que um deficiente
mental ou crini 0050, voltado à prática de delitos sexuais, pudesse ser co ii
pu soriari 'ente esterilizado? Ou i tie fossei ri possíveis a InSCeun,iÇãO ar Li tic ial
pos r m,rtent e a feit ilização n vi(ro conce bendo-w uni ser h u n'no fora do
útero para ulterior implantação? 0u que se falasse ciii iii ães pôs i ii ei opau-
sa ou subs ti Lutas? Ou que houvesse conflito de patcr i riade ou mate r tida-
de sobre urna rnnesina criança, ciii razão de reprodução huniatia assistida?
01, que se do nasseni seres li unia', os d escerebrados para servi rei n de re po-
sitórios de órgãos para seus pais genéticos ou para terceiros? Ou que se
fizesse uni clone do clone? Ou que alguém gerasse unia criai iça para o fnii
exclusivo de doar tecido iiicdular para outro filho seu? Ou que se fect,n-
dasse óvulo de macaco corri sêmen h u ri ia no para produção de uni ser hí-
brido, destinado a efetuar serviços repetitivos e penosos?t Ou que surgisse

L VidrAxd Ka]iii,An udjer way of'iki'ig I;"nbs, IVaf'rrc, 386:119: Brtiticrto Chiarei',
L'Eaprrso 17-7-1987: ejiiiïe Espi'iosa, Qnnrie de I,iOéficc& Sio I.wIo QuI.Idr3nre. 1998. p 5-7-

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Esclarece-nos Frankcna 37 quc esse princípio não aponta os meios de tais censo: a cada pessoa unia parte igual, conforme suas necessidades, de
distribuição do bem e do mal, apenas pede que se promova aquele, evitando- acordo com seu esforço individual, com base em sua contribuição á socie-
-se este- Se se mau ifestaren exigências conflitan tes, o i i ais que se poderá dade e de co, ifornuda de com seu n lérito e
fazer éaconselhar que se consiga a maior porção possível de bem em relação A bioêtica deverá ter tais princípios como parâmetros de suas investi-
ao niai. Beauchainp e Childrcss. por sua vez, ponderam que a beneficência é gações e diretrizes.
uma ação feita em beneficio alheio, por estabelecer o dever litoral de agir em
beneficio dos outros. Duas são as regras dos atos de beneficência: não cau- 3. O RESPEITO A DIGNIDADE HUMANA COMO PARADIGMA
sar dano e maxinlizar os heneficios, minimizando os possíveis riscos 3 DA ORDEM JURÍDICA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE
O princípio da imo maleficência é um desdobramento do da beneficência, DIREITO
por conter a obrigação de não acarretar dano intencional e por derivar da
Os hioeticistas devem ter como paradigma o respeito à dignidade da
máxima da ética módica: pricnuni non nocere4Ll.
Lck - pessoa humana, que é o fundamento do Estado Democrático de Direito (CE,
O princípio da justiça requer a imparcialidade na distribuição dos riscos art. 12,111) e o cerne de todo o ordenaniento jurídico. Deveras,a pessoa hu-
e heneficios, no que atina à prática médica pelos profissionais da saúde, pois
mana e sua dignidade constituem fundamento e fim da sociedade e do Esta-
os iguais deverão ser tratados igualmente. Pode ser também postulado, através do, sendo o valor que prevalecerá sobre qualquer tipo de avanço científico e
dos 11 eios de coniu nicacão, por terceiros ou instituições que defendem a vida tecnológico. Consequentemente, não poderão bioótica e biodireito admitir
ou por grupos de apoio à prevenção da AIDS, c unas atividades exercem in- conduta que venha a reduzir a pessoa humana à condição de coisa, retirando
fluência na opinião pública, para que não luja discriminações 4 . dela sua dignidade e o direito a unia vida digira 4 '.
Esse princípio, expressão da justiça distributiva, exige unia relação equ- Significativas são as palavras de Gebler de que 'o direito deve aceitaras
nialie nos beneficio,, riscos e encargos, proporcionados pelos sei viçosde descobertas cientificas cuja utilização não se demonstre contrária à natureza
saúde ao paciente. Mas quem seria igual e quem não seria igual? Quais as do homem e de sua dignidade. O direito, como a biologia, parte da observa-
justificativas para afastar-se da distribuição igual? 1-lá propostas apresentadas
pelo BeTmoni Report de corno os beneficies e riscos devem ser distribuídos,

42 Ethi e at gii ti deI inc s for di e pio tectiori of b o na ii subj ccts. Bel, co Report, Washii igto n,
197*
pliysiciui. 1_ondota, I772:Joaquiiii Clotet, Por que bioética?. Biohica.cit, p I7:Pessini e Barnhi- 43 Vide Emerson (;airia, Digiaidade da pessoa humana: referencial nietodo!ôgico e reginie
fotitaitie, Pmí,iewas asnais ciii I,iiitica, 1996, ii 44; 1 Iubert l.-epargneur, Força e fraqueza dos juridico. De par, 8:137-63; Helena Regina L- da Casca. A dqiaidade ininsaua. São Paulo, Revis-
al- incipios de bioética. Bioc1sas, 4:131 -43;Asicr Urruela Mora, Los principias de responsahilidad ta dos Tribunais, 2008; Antonio Junqueira de Azevedo, Caracterização jurídica da dignidade
de prccaticiôii COLUO ejes de ia immtervc,icióu jurídica cri ci campo de Ia genética y de Ias da pessoa humana, PT, 797: 11-26; Lafayette l'ozzoli e Viviane P S Litholdo. Dignidade da
bi orce ri olo gia 5, ipx Mrdidi mc - Rei ri?P ti iJ !C5a dc Direi (o da Saúde, 1: 15 '26. f1dc Código de pessoa humana e ética social: a função promociorial do direito, Direitc sociais (org Dirceu E
Etica Médica, cap. 1, ,rV,V 1, XVI, XVII, Xxiii; capV, art. 32; capViI. arr 5* Siqueira cTeófilo MA. LeãoJr.), São Paulo, Ed, Boreal, 2011. p. 217-34; ERsângcla Padilha
37. Frankeria, Etica, Rio de Janeiro, Zahar, 1981, p 61 e 71 Carla Bertoncini,A dignidade da pessoa humana na teoria dos direitos fundamentais de Ra-
hert Alexy: ti 'na analise sobre o seu caráter absoluto ou relativo na ordena jurídica constiru-
3* Beauchanip e Cliildrcss, Principies of hic,iiedical ethics. cri , ix 260
cionaL Rrpista de Direito Brasileira, 13: 122-136- Para Miguel Real, (Pliiralisnra e liberdade, São
39 Coasulie: Celso Antonio Pacheco fiar,Uo e Adriana Diaféria. Btodixrsidarlc, cii., p. 81-2; Paulo, Saraiva, 1963, Cq,- 2, nota 57, p. 63 e 80). o processo de objetivação histérica levou a uma
Léo Pessi' i e C Ei ri sri aia de Pad do Ba rc h faia caule, Eia 1 rica.. - , ii li: icia&i a biohia', cri , p. 83- 4, conquista »iológica: a do reconhecimento do valor da pessoa humana enquanto 'valor-fonte"
40, Ross, Tia iLJilt anil rue good, Oxford. Claren dou Press, 1930, p. 21-2; Celso Antonio de todos os valores sociais e, destarte o ftindainento último da ordem jtiridica, tal corno forniu-
1' Flor illo e Adriana Utaféria, Biodsrecidade, cit., p- 81 - lado, seja pela tradição do jtistiacuralisino moderno, seja pela deontologia, tio dinbito do paradig-
41 Joaquim Clotel, Por que bioérmca?, Biohmca, cri. p 17;J. Itawls, A throry i,f7sistice, na da filosofia do direito. Consulte: Cf/88. arrs- 1°, [II. 170, 226, 72, 227 e 230. Vida sobre
Harvard Uni versity P ress, 197 1, p 60: Ar is ré ccl es, ErII ira nico naciwa, O xfo rd U niversiry 1' rcss. dignidade da pessoa humana: Constituição portuguesa, ar. j2, 26-2,67-2, e; Crndgeserz akini,
1979p 1129-39, arB 12,1 e 2,79.2.

40 41
ção dos fatos. Devem ignoi-ar as ciências tudo que estiver ciii detrimento do lização cio Progresso CietiLífico e Tecu olôgico no interesse da Paz e em
Ii oni em '. No mesmo sei, ti do S ciacca e N orb erro Bobb i o, sendo que este Beneficio da Humanidade, feita pela ONU em lo de novembro de 1975,
último escreve: " 1 i ais que uni reli ascu CI) Lo do j usnatu ralisli] o. se deve ri a co n tél ii en, SC u ar t. 6a o seguinte: ''lodos os Estados adotarão medidasdas
falar do 'e torci o daqueles valores que tor liani a vida ii uma na digira de ser tendentes a estender a todos os estratos da população os beneficias da
vivida e que os filósofos pi-oclania n, com o ti 'ii de justificar segil ]] cli.) os ci &n cia e da tecnologia e a protegà-Ios, tanto nos aspectos sociais quanto
teu ipos e as co nd iç à es lii stôr cas, rolii argumentos tom a tios da co iicepcão materiais, das possíveis co ii se quê n c ias negativas do uso indevido do p ro -
geral do Iliuli do pi-evale cente ii a culto a de tinia época' A ciência é node- gresso científico e tecnológico, inclusive sua utilização indevida para
roso auxiliar para que a vida do IloineIn seja cada vez ii ais digna de ser V,- infringir os direitos do indivíduo ou do grupo, cm particular relativa-
vidie Logo, irem tudo que ci cii tihcaitie ate possível é ratoral e u ridica men- incute ao respeito à vicia privada e à proteção da pessoa humana e de sua
te ad nussível - I&ealii tente, de 1 Iipóc 1-ates à época atual, com as Ordens de integridade física e intelectual-.A Convenção sobre Direitos Humanos
Médicos e os Conselhos de Medicina, consagrou-se a concepção válida para e Biojuedicina, que foi adotada pelo Conselho da Europa em 19 de no-
toda ciência; o coiiheciniento deve estar sempre a serviço da humanidade veinbro de 1996, após advertir no Preâmbulo que o mau uso da biologia
Urge, portanto, a imposição de limites à moderna medicina, reconlie- e da medicina pode conduzir 5 prática de atos que colocam em risco a
cendo-se que o respeito ao ser humano Cru todas as suas fases evolutivas dignidade humana, prescreve em seu art. 2° que os interesses e o bem-
(ali tes de nascer. 110 nascili] euro, no viver, no sofrer e no ni orrer) só é alça 'i- -
-estar do ser humano devem prevalecer sobre o interesse isolado da so-
çado se se estiver atento â dignidade humana Daí ocupar-se a hioética de ciedade ou da ciência". Daí a lição de Maria Garcia, de que há desres-
questões éticas ati ii ei] tes ao co,ri e ço e flui da vida hum alia, ar novas técnicas peito à dignidade humana sempre que o homem deixar de corresponder
de reprodu çã ci li iii ii ai i a assistida, seleção de sexo, à e ii genhar ia genética. a uni fim cmii si mesmo e for instruinentalizado para fins alheios a ele,
niatcrn idade s ubsti tu uva etc. . consideran do a dignidade hnni,rj como Luta ocasionando a ''descaracterização da pessoa liuiiiania como sujeito de
direitos''. Como então ficar inerte diante de agressões ã dignidade de
valor ético, ao qual a prática bioni&dica está condicionada e obrigada a res-
seres humanos ou do desrespeito à vida humana sob o pretexto de buscar
peitar. Paia a bioética e o hiodireito a vida humana não pode ser unia ques-
tão de mera sobrevivência fisica, 'nas sim de ''vida com dignidade" - novos beneficias para a humanidade? 46 . Como silenciar diante de inj os-

O respeito á vida humana digna, paradigma hioético, deve estar


presente na ética e no ordena,i,ento juridico de todas as sociedades liii-
,narias* Isso foi acatado internacionainiente. A Declaração sobre a IJtm- 7:1 34-47; Hélio I& Ferreira e Helio'iiar R. 1-erreira, A impossibilidade de relativizaçio da
di gniid a de. da pessoa ii ti 'na na, Revista de O irei ro Coas (ir o cuba 1 e 1, cri acto, é, 73: 1 92-203;
Claudia De Circo, Os hiridainencos liisiôrico-filosdhcos da dignidade da pessoa lit,niau,i,
Letrado, lASI 105:20-2. Vïde art. I"_§ F, 1' parte, da Lei ri. 9.883/99, que confere ao
44. Cehler, Le droírfrauçais de /iliarinr eta rerit/;José Afonso da Silva, Curso dc d....i- Brasileiro de J,rrc/érrria o dever de preservar a dignidade da pessoa hiuii!ana e os direitos e
ia constitucional poairir'o, So Paulo, Revista dos ínbsiriais, 1990, p 93; Sciacca, Qu/ garantias Gindiunicintras.0 Decreto ri 4229/2002, ora revogado pelo Decreto ii. 1032/2009.
cspii*ualxsnu' col?(eni,n,rriieo, Buenos Aires, 1962, p. 14; Norberto l3ohbic,, XIV Congresso dispunha sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos, instituído pelo 1) ecreto
Internacional de Filosofia. México, 1963, p. 63; Ernesto Linda Gonçalves, Sicuaçàes novas 1.904/96. Vide Protocolo Adicional ai Convenio para Ia Prorecciôn de tos Derechos liunia-
novos desafios para a hioétic-a, 8w/tira, 2:14; Jorge Munida, Manual de jure/ti, cwrstjtjdcw- tios y la Dignidad dei Ser Huniatio cnn Respecta a las Aplicaciones de la Biologia y la
Ira!, Coimbra, 1988, v. 4, p. 166, Vide Cd'gc' dc Éuca Médica, cali 1, a,, 1, II, VI; cap 1 Medicina, por e] que se Prohibe Ia Clo'iaciôu de Seres Humanos, ratificado eira Paris, cru 12
11-1; cap IV. art. 23. dc jatici,o de 1998.
45 M Cra'istori, O que são rhrciioç lrunianos?, S5o Paulo, 1979, 25-7; Carlos Roberto 46. Dalmo de Abreu Dal]ari, Bioétrca e direitos humanos, iii iniciação à laia/tira, cit.,
S Castro, Dignidade da pessoa humana: o principio dos princípios constitucionais, in Estudos p. 233-4. Consulte: lngowolfgang Sariet, Dciiidade da pessoa lr,i,natia e direitos fundawermrais.
de direito p úhlicr, ciii ir em e, laceM a Ceisii A o Mn 'ri Ba 1 deita de Mel/o, coo rd Marcelo Figii ci re 'oito Alegre, Livraria do Advogado, 2002; Carlos M. Roineo Casabona, BiotcoroIo , ia, di-
e Valinir Pontes Filho, São Paulo, Malheiros, 2006, p. 164-203; Daluso de Abreu Dalhiri, e hroeijca, Belo Horizonte, Dcl Rey, 2002; Luiz Antonio Rizzatto Nt'nes, O prnmc/pio
Bioética e direitos humanos, in tnidaçâo à biehica, cit., p. 231-2, Eduardo Ribeiro Moreira, O roasni uciooal da d,'idade da peasoa humana. São Paulo, Saraiva, 2002; Fernando Ferreira dos
eriíre'ita'iiento do hiodireito pela Cn'istituiço, kcoista de Direito Crnrstiljrcionale !nrer,iaor,,ial. Santos i'ri,icípro cnflIstitIecrmflIaI da rinv,,dade da pessoa hru,rarra, So Paulo, Celso Bastos Editor,

42 43
ti ç as c In e ti das contra a pessoa humana, aceita nd o que os fins i ris ti ficariam poderão contrariar os direitos humanos. As prãticas das ''ciências da vida'',
os ni elos? que podem trazer enormes beneficios à humanidade, contêm riscos potenctais
muito perigosos e inip revisível s, e, por tal razão. os profissio 'ia is da s:i tide
devem estar atentos para que i o transponhamu os limites éticos mi postos p elo
4. BIOÉTICA, BIODIREITO E HUMANISMO JURÍDICO
respeito à pessoa humana e à sua vida, integridade e dignidade
Com o reconhecimento do respeito à dignidade humana, a hioêtica e Iodos os seres huuian os, os aplicaclores do direito e em espacial os ni é -
o hiodirei lo passai ii a ter uni seu tido hunianista, esthe1ecendo uni vinculo di (os, os biólogos, os gen eti cistas e os hioeticisras devem intensificar sua luta
corri a justiça. Os direitos humanos, decorrentes da condição humana e das em favor do respeito à dignidade humana, sem acomodações e com muita
necessidades fu rid atiientais de toda pessoa humana, rcfèreni-se a preservação coragem, para que haja efetividade dos diteitos liumilamios. A consciência des-
da integridade e da dignidade dos seres humanos e à plena realização de sua tes é a iii alor conquista da huniani dade. por ser o único caminho para u tua
personalidadc.A bioética e o biodireito andam necessariamente juntos com era de justiça, solidariedade e respeito pela liberdade e dignidade de todos os
os direitos humanos, não podendo, por isso, obstinar-se em não ver as tenta- seres humanos. A bioética e o biodireito estão inseridos nessa conquista, por
tivas da biologia molecular 00 da biotecnociência de manterem injustiças serem instru mii entes valiosos para a recuperação dos valores h uliia n
contra a pessoa humana sob a máscara modernizante de que buscam o pro-
gresso ci cmi tífico em prol da Ii umanidade. Se cm algum lugar houver qualquer
ato que não assegure a dignidade humana, ele deverá ser repudiado por
cor' tiariar as exigências ético-jurídicas dos direitos li unlan os. Assim sendo,
intervenções cientifmcas sobre a pessoa humana que possam atingir sua vida
e a integridade fmsico-tt,emital deverão subordinar-se a preceitos éticos e não

1999; Tao,a C. W- C morgi, P r incipies constitucionais e o principio da dignidade Imu mana 47. É o que nos ensina Dalnio de Abreu Dallani, FIuiiman,sn,o jtiridico, fuízes para a
errjça de Direito Co,istmtucimrnal e !riternacional,59:247-65; Antonino Scalisi, II twlorc de/Ia Democracia, 15:1, 1998; Bioética e direitos humanos, in iniciaçarr à biflctica_ eu., p. 236-41.
perso,ma irei sisie,rra e ,ruorH diritfi de/ia persoualità, Milano, CiuErê. 1990; Mana Garra, Os Consulte: Rodolfo Vázquez, Bioética y dereclro,firndaroentos y pro&/eirras actu. /es, México, 1989:
ta ciência: di fedi da pessoa ir au, a ria e ira da resp ir sari/idade, 5 o 1 >a n'o, Revista dos
li ri l ~~ Eduardo de Oliveira Leite. ,a,rífes lentas da atira/idade - 6/crítica c hiodi,ritcr - rrspecicrs_iurírií-
Trmbu 1 tais. 2004, p. 211. 'ligo Woiigaiig Sarlet (Do ;rdade da pessoa /runia,aa direitos horda' cos e ;rre:opir(r/rcas, Rio de janeiro, For-ense_ 2004, Gmselda Maria E N. 1 Jiroriaka, Ihoétmca e
rir retais tia Cmrnsfl Lir rçào dr 1988, Porto Alegre, L'vr. do Advogado, Ed. , 2007, p. 67-8) esc re- biodmreito: revoluçio biotecmmolôgmca, perplexidade liuluamia e Prospecte,juridica iriqtrie-
cc: Consagrando exp ressarii emite, no titulo dos principios fundamentais, a dignidade da tance, Rcrista Brasileira tie Direta, de Fri,rrí/ia, 16:40-55, 2003; Matilde Carorie Slambm Comi.
pessoa liuuiamma como uni dos ftmrmdamne,itos do nosso Estado deniocrtico (e social) de Bitrdirrir - a ImrrrJma da vida, Rio de Janeiro, Forense, 2004; André Puccirmeili Júnior, O
Direito (art. 1 , inc. III, da CU) o nosso Constituinte de 1988 - a exemplo do que ocorteti, bmodiremto e a redescoberta do ser lituasano, Rcriinta de Direito Co,rqrtuciorrai e í,xtcrrrar,m,,mai_
entre outros paises.n a Aleruanlia -, além deter tomado urna deciso fundamentala res- 52:68-90; MarecUa Santaniello B ucc clii, Maria Ligia Mathias e Tereza R . Vieira, li ioétmca
peito do sentido, da finalidade e da justificação do exercicio do poder estatal e do próprio nora' e direito, Re'ista Jurídica Cousra/ex, 306:20-22; Dalromi Lona de Paula Ramos e outros
Estado, reconheceu categoricamente que é o Estado que existe em função da pessoa hu- (coords.). ("ri diálogo /ar/no-arnerica,io: bioética & documento de Aparecida. São Paulo, Difusã,
man a, e não o contri rio, já que o ser humano constitui finalidade precipua, e não mii cio da 2010; jInis, P. M. da S. Schramni, A dignidade da pessoa humana como valor ftmndante de toda
atividade estatal''. a experiência ética e sua concretização através das decisôes do STE ReWçfa de Direito Co,lsfifrddo,ial
K a ri t (fl 'ri/a rirei, taçã da ir efajTsica dos cosa, 'ires,Lisboa 1991, p. 68) ensina que o homem Ir cr,radoriai, 72:15] -90; Maria C a mia, Espécie humana, a üItuana fronteira: ii sEruli ei tal ização
existe como iam cru si mesmo, mio podendo ser utilizado como um meio para atender esta ética no uso de embriões Ii uni anos, Revista de Direito Constitudonai e Tuteriiacio,ial, 72: 258-90;
ou aquela vontade. Adriana CuIdas do R. Freitas 1 )abus Maluf, Daria, das mina/as - amuar e bioética, Itio de Jauciro,
Elsevicr, 2012. Vide Cf, ara 1 a, III, 5, IX, 199, 5 42,2)8, § '2, e 225, § ll; Convenção Amor,-
Proclaiiia'ii a dignidade da pessoa htm'iiana: a Constituição Federal da Alemanha, ari. 1 2; 1
calma dos Direitos Humanos, arn. 42, 27 e 29.
e 2, 792: o Código Constitucional da lIma de 1947, ara. 2- e 3Q; a Constmtuiçio da República
l'ortt'guesa, art. I, 26 2 , 67.2; a Constituiço Espanhola de 1978, art lO; a Constituição da Re- E ntcressantes são os estudos da Congregação para a Doutrina da Fé. Instrução dç,i,tas
pública da Roriiê'ira de 1991, arE 1';, Constituição da Federação da Rússia de 1993, art. 21 etc. persorrac'' sobre amrrira5 questões de ioítica,Brasilia, ed. CNBB. 2008.

44 45
direi Li is c cirrei atos decorre de iii 1 dever absol ii to eiga 0112 tio, por, s tia pi -ôpri a
natureza, ao qual a ninguém é licito desobedecer 2 . Ainda que n3(> houvesse
til tela constitu cio nal ao direito à viela, que, por ser decorrente de usei s 1a de
di ,-ei to 'ia ti -a!, é de dii vida da lia Lu, -eza do ser Lii lua no, legiti lhana aquela
uflposião alga vai tias, porque o direito natural é ci fundamento do clever-s e r.
CAPÍTULO II ,creii dor. CIO direito positivo, iii] a se, , que SC baseia nutri co ,iseuiso. ciii a
expressão máxime é a Declaração Unte ersil dos 1 ) treitos do 1 lom eni. fruto

MICROBIOÉTICA: QUESTÕES concebido pela consciência coletiva da humanidade civilizada'.

A vida hu nua na é anip ara da juridi canaen te desde o nI 011 'Cri to da si 'iga-
ÉTICO-JURÍDICAS mia, ou seja, da fecundação natural ou artificial do óvulo pelo csperrnatozoi-
de (CC, art. 22, Lei n. 11.105/2005, arts. 62, III, influe, 24. 25, 27, IV e Cl
arts. 124 a 128). O direito A vida integra-se à pessoa até o seu óbito, abran
gendo o direito de nascer, o de continuar vivo e o de subsistência, mediante
1. PROTEÇÃO À VIDA HUMANA trabalho honesto (CE art. 72) ou prestaç5o de alimentos (C arts. 52, LXV

la) Inviolabilidade constitucional do direito ávida 229), pouco importando que seja idosa (CF,art. 230). en,bri3o, nascituro,
criança,adolescente (CE, an. 227), portadora de anomalias fisicas ou psíquicas
O direito à vida, por ser essencial ao ser li unia, lo, condi cio, 1 a os de,,, ais
(C E arts. 203, l 227, § 12, II) que esteja CIII co,, ia ou que haja nia nu ico ção
direitos da p el-so nal idade. A Constitu iç3 o 1 ederal de 1988, cita seu are. 52.
do esta do vital por "lei O de processo rli ec3 nico'.
caj,íit, aSCgufl a inviolabilidade do direito à vidi, ou seja. a integralidade
existei]Cial, conseqieiiteniente, i vida é um bern jurídico tutelado colho
Assim sendo, se não se pode recusar hu mar] idade a o h5 dxi loa o ser
liii, ia, i o eis coma pi-ofui ido, co,, III aior razão ao ejiibri5o e ao ti asc i [Inc i. A
di cito Ri ida, eu ial básico desde a concep ÇO, 11101 lento específico, compro-
vida humana
aiaa é iii ri bem ao tenor ao di leito, que a ordem jurídica deve res-
vado cientificamente, da formação da pessoa'.
peitar. O direito ao respeito da vida IIãO é ulil direito à vida. Esta 1130 é uma
Se assim é,,, vida humana deve ser protegida contra tudo e contra todos,
concessão jurídico-estatal. nem tampouco um direito de tinia pessoa sobre si
pois é objeto de direito personalíssimo. O respeito a ela e aos demais bens ou
mesma. Logo, não há corno admitir a licitude de uni ato que ceife a vida
liii nia na, mesmo sob o consenso de seu titular, porque este não vive SOOu en-

te para si, uni la vez que deve cumprir sua missão tia sociedade e atingir seu
lesgtiarda a vicia o Pacto ai 53° José da Costa Rica (arts. 3' e 4e)_ do qual o lnnil
aperfeiçoamento pessoal. Savigny nata admite, com razão. a existência de uni
é siguatirio Maria Crarcia, A inviolabilidade co,istitt'c,oníil do direito 1 vida. A qucscào do
aborto Necessidade de su.i descrin,iilalizaç3o. Medidas de consenso, Cadc,-,xru clv Dr,v,to
Co,xsfitxrrior,ai e Ci»irria I-krlí(ira, 24:73; A indisponibilidade da vida !1t]'hlaila e os ],,iiites da
ciência. A autocompreensão écir.i da espécie (ilabernias), Rei'r3ta de Direito (Jonstitudonai e 2. Ao côo o Cli aves, Trata do de direi te dvii; parte geral, S o Paul o, 1 t_evisra dos Ti' ib "'ia is,
Inrer,iacional,5 9:235-46; Maria Garcia, Estado laico e Estado aético; e,nbriões buuir,ios e o 1982, v 1, t. 1, p. 435
principio da dignidade da pessoa liu ilialia rio Estado f)ei,iocràtico de Direito. O direita
3, Gériv, Seivoce ei it'druique eu dro,r prrvéposilif. Paris, Sirey, 1931,, 1, p. 45, nora 2, v. 3, p.
co risti tu ci ona 1 e vida (ar,. 5, cc'pi. (, da C E / 88). R e'içtcy de Diw ira Co us nt, do ia! Ir, I('r acio 'ia!,
42-3; Kalsen, O j,rol,le,,ra ia justiça, .Sào Paulo, Marrins Fontes, 1993. p. 77-81; Norberto l3ohhio,
64:243-57;José Afonso da Silva, Cjuicr, de dr*,(o crnis,irudona( ;,ostr,sr, SSo Paulo, Revista dos
A ,,,ai, , direito . p. 13 e 26-7; Paulo Lúcio Nogueira, Foi dcfia ria vida. São Paulo, Saraiva, 1993:
Tr,hu,iais, 1989, p. 181, ii. 7; Ana Laura 'V. Gutierres Atinjo, Biodirejio: o direito Li 'id:i, Re-
José Lourenço, Direito à vida, Revista de Diu'iro da LINIB, 1 999, v l,,u.2, p. 169-96: 'verte 5.
ia de Di,rirtr Co,,siir,icional e I,xleniadoua!, 51:11 -9: Ives Ciaridra da Silva Martins O direi
Ferreira.A nsuuier e a proteçao à vida. A noelhc'r e ausiiça, 1ASI SSo Paulo. 1-ex Editora, 2009,
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395-06; 1),ogo Leite de Campos e Sul,iiara j. dc A. Clijueilaro. Pessoa !mnMea e rljreifo,
Coimbra. Alrnedina, 2009; Maria Odete D. Berras,, O direito absoluto a vida ido admite 4. Carlos Alberto Bictar, O, direiros da personalidade, Rio de Janeiro, Forense U'iiversiti-
,-elarivizaço. [ufL,r,i,atr:'o IASP, n. 91, p. 26 e 27. 1989, p. 65-6.A Lei o. 11.105/2005 está regulamentada peio Decreto o. 5.591/2005.

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princípio do primado do mais relevante. Assim, por exemplo, se se precisar caro- alteração do código genético, que é singular, tornando a vida humana irmepe-

tilar alguém para salvar sua vida, ofendendo sua integridade fisira, mesmo que tive1 e, com isso, cada ser humano único. (1) encontro do esperniatooide pa-
terno com o óvulo materno é uni acontecimento marcante, provocador da
não haja seu consenso, não haverá ilícito' 5 nem responsabilidade penal médica.
perda da individualidade daqueles gametas, dando origena a una novo ser lan-
mano. J érõme Lej eu ne, geneticista frai icês e autoridade mui idi aI li, biologia
2. DIREITO AO NASCIMENTO
genética. asseverou: "Não quero repetir o óbvio mas, na verdade, a vida come-
2.a) Direito de nascer ça na fecundação. Quando os 23 cromossomos masculinos se encontram com
os 23 cromossomos da niulh er, todos os dados gem léticos que d cfineiii o novo
A vida é igual para todos os seres humanos. Como, então, se poderia
ser humano já estão presentes. A fecundação é o marco do início da vida. Daí
falar em aborto? Se a vida humana & um bem indisponível, se dela não pode
para frente, qualquer método artificial para destrui-la é um assassinato 17 .
dispor livremente nem mesmo seu titular para consentir validainente que
outrem o mate, pois esse consenso não terá o poder de afastar a punição, Por tal razão a Declaração dos Direitos da Criança, de 20 de novembro
como adniitir o aborto, em que a vítima é incapaz de defender-se, n5o po- de 1959, da Assembleia Geral da ONUjá prescrevia que: "A criança, dada a
dendo clamar por seus direitos? Como acatar o aborto, que acoberta, em si, sua imaturidade fisica e mental, precisa de proteção legal apm-opriada, tanto
seu veidadeiro conceito jurídico: assassinato de um ser humano inocente antes como depois do nascimento''. A vida humana começa com a concep-
indefeso? Se a vida ocupa o mais alto lugar da hierarquia de valores, se toda ção. Desde esse instante tem-se uni autêntico ser li um ali o e, seja qual for o
vida humana goza da mesma inviolabilidade constitucional, como seria pos- grau de evolução vital em que se encontre, precisa. antes do ,iasciiiiento, do
sível a edição de unia lei contra ela? A descri nainalização do aborto n5o seria ú teto e do respeito a sua vida. O feto é uni ser corri individualidade própria;
unia i ncoerência tio sistema jurídico? Quem admitir o direito ao aborto diferencia-se, desde a concepção, tanto de sua mãe conto de seu pai e de
deveria indicar o princípio jurídico do qual ele derivaria, ou seja, demonstrar qualquer pessoa, e, independentemente do que a lei estabeleça, é um ser
científica ejuridicamente qual princípio albergaria valor superior ao da vida humano. Em poucos dias seus órgãos estão formados e funcionando, aumen-
humana, que permitiria sua retirada do primeiro lugar na escala dos valores? tando apenas de tamanho com o passar do ternpo,já percebe ruídos desagra-
A vida extrauterina teria um valor maior do que a intrauterina? Se não se dóveis, que o inquietam, e suaves, que o tranquilizam, perturba-se quando sua
levantasse a voz para a defesa da vida de um ser humano inocente, não soaria mãe está nervosa, chupa o dedo quando se aborrece, dorme quando a mãe
falso tudo que se dissesse sobre direitos humanos desrespeitados? Se não descansa, dá voltas, engole substância açucarada, rejeitando as que o desagra-
houver respeito à vida de um ser humano indefeso e inocente, por que iria dain, e pode curar-se de várias moléstias, ainda no útero, mediante mais de
algliéiii respeitar o direito a um lar, a um trabalho, a alimentos, à honra, à cinquenta espécies de intervenções cirúrgicas.Tudo isso foi comprovado por

imagem ateComo se poderá falar em direitos humanos se não houver a fotos, aparelhos de ressonância magnética e ecografici la
preocupação com a coerência lógica, espezinhando o direito de nascer?"'.

A ontogenia humana, isto é, o aparecimento de um novo ser humano,


ocorre com a fusão dos gametas feminino e masculino, dando origem ao zi- 17. Apud Respeitar a vida, i;iterpre,sa, 7:1; Pedro-Juan Viladrich, Abono e sociedade pci'-
goto, com um código genético distinto do óvulo e do espermatozoide.A fe- igsiva, São Paulo, Quadrante. 1993, p. 24-6; Jiniénez Vargas, Contraceptivos. iii Po-sono y dc-
tologia e as modernas técnicas de medicina comprovam que a vida inicia-se verbo, 1974, v, 1, 382-5.
no ato da concepção, ou seja, da fecundação do óvulo pelo espermatozoide, 18. Vários autores, Deixcnj-we Nivcn. 1992, p. 10 e 13-4; Debom-a Diu iz e Marcos dc AI-
dentro ou fora do útero. A partir daí tudo é transformação morfológico-tem- iiieida, Bioérica e aborro,imi Iniciação a hio&ica,p. 134;j. Firinis,Abortion and I,ealtli Cate ctlucs
II, ali Gilion (Ed.), !'ucíph of heali li core erljis, p. 547-57; Maura R, M. MeIar (A vida coimie-
ça na fecundação? Saiu ou múo, Jornal do Aduoado, mi. 301, dez. 2005, p. 11), por sua VC7, Já
entende que a vida somilente existe se as fui mçães cardíacas e cerebrais ftmmicionarein de iiiodo
13. Pontes de Miramida, Gataria, cit v. 7, p. 23 si naultánco e regular. A vida caracteriza-se pelo início da atividade cerebral do feto e do ba-
6. Ce, tisi dia jos Gua Escolano, Sim ou não ao d,orro?, cit.. p 9-11 e 13-5. timento cardíaco, ou sea, a partir da 8a semana da fecu]idaçào.

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Pc la AI) P }' 34, coo ti ri ti a essa juic,ta. a niterrup çáo da gravidez por 5° Tanto a gestante que optar pela una nu tençâo da gravidez quanto a
anencefalia não seria aborto, por não haver possibilidade de vida extraute- que optar por sua interrupção receberão, se assim, o desejarem, assistência de
rina. Todavia, não há li a anencefalia nicro, enceflUica, visto que a criança e qu ip e rnu ltipro fissio na! nos locais onde houve disponibilidade.
possui parte do encctalo posterior, médio e resíduos do anterior, podendo
62 A antecipação terapêutica do parto pode ser realizada apenas ciii
chr, ii ovi mel ta r-se, respirar de modo espontâneo e viver semanas e li ospi tal que disponha de estrutura adequada no trata niento de conip li cações
meses - A diu tir o ah orto de fe to ai encéfalos seria abrir portas para a i ri -
evei tua is. iii ei -elites a os respectivos proc cdi nentos.
1 errupçáo de gestação de embriões portadores de quaisquer doenças geli
Art - 42 Será lavrada ata da ai i teci pará o terapéu rica do parto, lia qual cl eve
ticas ou iiáo
o nstar o consenti na eu to da gesta ri te e / ou se for o caso, de seu representante
Uni mês depois da decisão do SI h o Conselho Federal de Medicina,
legal.
pela Resolução n 1.989/2012, traça normas sobre diagnóstico de ali erice fa-
Pargrafo único. A ata, as fotografias e o latido do exame referido no art
lia para a antecipação terapêutica do parto. Essa Resolução assim prescreve:
2° desta Resolução integrarão o prontuário da paciente.
"Art. 1 Na ocorrência do diagnóstico inequívoco de anencefalia o
Art. 5' Realizada a antecipação terapêutica do parto, o médico deve iii-
médico pode,a pedido da gestante, independente de autorização do Estado,
formar à paciente os riscos de recorrência da anencefalia e referencui-la para
interromper a gravidez.
programas de planejamento familiar com assistência ã co nrrac epção, eu quanto
Ai t 2 O dia gil óstic o de anencefalia é feito por ex ame ti ltraso ri og rã-
essa for necessária, e à preconcepção, quando for livremente desejada, gata la- -
fico realizado a partir da 122 (déciiiia segunda) semana de gestação e deve
ti ndo-se, icoupre. o direito de opçao da na ulher.
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13 a rá g ra fo único. A paciente deve ser ii fo ruia da expressail me n te que a
1-duas fotograíias.idei]liflcadas e ditadas: uma com a face do feto cui
assistência preconccpc:ioiial terli por objetivo reduzir a recorrência da amien-
posição sagita]:a ntltra,coili a visuali-zação do polo cefálico no corte trans-
cefa lia''.
versa1, de tu ou stia i do a au sér, eia da calota c raniana e de pa ré ii qui 'ia cerebral
identificável; Verifica-se que, antes de poder realizar o procedimento, a gestante deve-
rá passar por um exame de ultrassonografia detalliado.A análise deve ser feita a
11-laudo assinado por dois médicos, capacitados para tal diagnóstico.
partir do terceiro mês de gravidez, e assinada por dois médicos
Art. 38 Concluído o diagnóstico de anencefalia, o médico deve prestar
A grávida que decidir manter ou interrompera gestação receberá acol
à gesta ''te todos os esclareciniei tos que ]Ire forem solicitados, garantindo a
ela o direito de decidir livreineilte sobre a conduta a ser adotada, sem impor pa nhainento médico.

sua autor idade pala i ri duzi-la a ton,ar qualquer decisão ou para lii a irá-la Segundo o CEM, a norma vai de acordo com a conduta que os médicos
naquilo que decidia já adotam hoje em dia nos casos de anencefaliaTal se deu porque, ao julgar a

§ lir E danam da gestante solicitar a realização de j ti na médica ou bus- AI)PF 54/201 2,o STF legalizou o aborto de crianças rum céfalas Mas diante

car outra opinião sobre o diagnóstico dos arts. 4, 5°, capiit, 227, § 1°, e 203,1V, da CEparece-nos que tanto a decisão
do STF como a Resolução do CEM n. 1.989/2012 estão eivadas de inconsti-
2° Ante o diagnóstico de anencefalia, a gestante tem o direito de:
tucionalidade. Somente o Congresso Nacional, mediante nova Constituição
- manter a gravidez;
(como Poder Constituinte originário), emenda (se Poder Constituinte deri-
li - interromper imediatamente a gravidez, independente do tempo de vado) ou, conforme ocaso, lei federal poderia criar outra causa de exclusão de
gestação, ou adiar essa decisão para outro momento. punihilidade do crime de aborto,aléni das especificadas no Código Penal.
3° Qualquer que seja a decisão da gestante, o médico deve inforin-la Deve-se evitar o aborto seletivo por anomalia fetal e tomar medidas
das consequências, incluindo os riscos decorrentes ou associados de cada unia. para: a) impedir o nascimento de anormais por meio de controle genético e
§ 4° Se a gestante optar pela manutenção da gravidez, ser-lhe-á assegu- orientação dos casais por meio de exames pré-nupciais; b) conscientizar a
rada assistência médica pré-natal compatível com o diagnóstico. gestante dos males do aborto e preparar psicologicamente os pais para o rude

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da violência sexuaL Se precisar ser hospitaliad-a, relatará ao médico o ocor- São Paulo através da Portaria mi. 692/89, que incluiu lia Lei Orgânica do
rido, pedindo que se façam os exames de 'ilarcas de violência, pi-eserica de Município o seguia te: ''l)ispóe obriga to ria' t ente a rede laospi tala r do Mu-
espermiiatozoides na vagina etc- para coti sti tui r provas do estupro sofrido, a nicípio de atendimento médico para o p roce diniento de abortam erito. 1105
Liii de q ti e possa, caso venha a engravidar, fazer o abortamento. Unia vez casos de exclusão de pena, previstos tio Código Penal'. Apresentado o bole-
realizado o al, orlo, qual ser ia a sim ação do médico se se comprovasse ciii tini de ocor rência,c oi ii laudo do Instituto Médico Legal. a paci ei te, a coni -
uízo que as alegações da linalhei eram ld sas? O ar t. 20, 1 , do Código panlia da de seu i- epreseti tail te legal, se incapaz, será e ;lcaili ii 1 hada a ui a cii--
[',,cal isentá-lo-ia da palia por erro, ante o Faro de sua paciente e, ul,taci,
tida de, o ide t'eceheiá or ien taçã o de assis [cri tes sociais, que esclarecerão dú
o estupro, levando-o a supor que tal violência realnicii te se (lera? O médico
vidas, a psicólogas, que avaliarão suas condições emocionais, e a médicos. os
deverá buscar testei i iii' li os oh ti dos pela polícia sobre a o co rrêi cia do e rinie.
quais, i ned ian te co] i sul ta ginecológica, atestarão a gestação e procederão a
Há queni ache. coiiio Júlio Victor dos Santos Moura, que "só a palavra da
exame ultrassonográfico paia registrar o tempo de gravidez, confi-oi tando-o
gestante não constitui. etit casos dessa natureza, prova idônea da violência
sexual sofrida por ela, visto que, para se livrar da pra tica do crnne de auto- com a data do estupro. Farão ainda unia avaliação clinica, colhendo sorologia
aborto, a mulher poderá transferir pai -a o ni édi co a responsabilidade penal para síLilis e AIDS, como proreção contra doenças transmissíveis sexualnlen-
para eiiq tia drâ-lo no ar ile de aborto consentido - por achar que só o niédi- te, preservando material para identificação do agressor e efetuando, se neces-
co, mia hipótese, s era responsabiliza do criil iinalmente - ou no delito de aborto sário fon esfregaço vaginal, heniograma, testes de coagulação, tipagem san
não consentido pela gestante - nesta hipótese, por ter a certeza de que soinen- guínea e fator lth. Se a gest:uite for portadora de alguma patologia. plocurar-
te o ii iédi co será responsabiliza do criminalmente pela ação, sendo mais coniun 1, -se-á aval i ar os possíveis riscos inerentes à ai 1 estesia a ser usada dura n te a
naturalii e, te, a ude,lo.c.co da conduta do ni édico no delito de aborto não prática abortiva, feita com pinça de Winte, seguida de curetageni, ou por
consentido pela gestante, tio caso de tal prática não ser de aprovação dos fa- aspiração da cavidade uterina, pela técnica de Karman, sendo que a paciente
ia -es e da própria co ii mmii Jade ciii que se encontra i iscrida a iiiulher. De 111a negativo receberá medi ataniente a iin ri noglobi 'ia pais a p reven cão da
qual quer for iii :1, por n ão se tratar de riu) aborto necessário, o ruésino tem o isoii i ai, ii za çã o R Ii - Algumas pacientes são i ido zidas previai n ente com n ii i so -
di rei tu de se negar a praticar o aborto sentimental, urna vez que, no caso, há prosto 1, apresei tando Luar colo uterino n'ais dilatado. Com isso o aborto ser á
apenas uma faculdade do profissional da saúde quanto a realizar ou a não menos traui há tico e mileri ores os riscos de sequelas. Os médicos que a tendem
realizar aquela intervenção médica, principalmente se não existir uni respaldo pacientes ciii serviços de pronto-atendimento, logo depois do estupro, deve-
técnico-documental que o proteja das garras da jusriça" rão prescrever-lhes a pílula do dia seguinte ou medicamentos do tipo estró-
A au aioria das mulheres que engravidar, por estupro acaba resigi i ai do- geno Ou progestei-ona, siri doses altas, para interromper a gestação indesejada.
-se, por vergonha e paia não se expor publicamente, a levar a termo tirita Dessa fornia foi dado uni passo decisivo para assegurar às nitilh ei-es viii j i as
gravidez que i 1i es foi hr ii ralni ente ii 1 posta, e cujo produto, o filho que cerro, de violência sexual o direito a unia assistência médica, psicológica e social
lenibi-ar-i ii es-á pelo jesto da vida a violência de que foram vítimas, ou, pro- digna e segura, na rede pública de saúde, pois hoje dez Estados brasileiros, cmii
vavulni ente reta 'ri-ei n .1 o aborto ci and estiii o. que traz consequências desas-- hospitais públicos, já nian têm esse serviço em fui mcionan iento.
tiosas á sua integridade fisica e psíquica. Isso é assina porque na grande
iii ai ori a dos casos não se da ás vitimas de violência sexual mi enhunia assistên -
cia ou garatitia, abandonando-as à própria sorte. Algumas clínicas só as aten- 68. E a liço de Osrn-ar R - Colas, Jorge Audalaft Neto, Crisriâo Fernando Rosas, José
dem se munidas de autorização judicial para o aborto ou de ocorrência R- Rater e Iroralde G. Pe"eira.Aho' - ro legal por estupro - primeiro programa público do pais,
policia] da época da agressão e se sua idade gestacional permitir o procedi- Bíoéfica, 2:81-3; osé Henrique Rodrigues Torrcs Aborto legal ir, SUS Consrilex, GiL, 37;
ni en to abortivo, o que as leva a arriscar a vida em estabelecimento, de abor- Juliana J3elloque e Silvi-a l'inienrel,A iiististenbvel exigência de B() tios casos de aborto legal,
to clandestino. Urge que o Poder Público asunia o problema da violência Jornal SoAdn'gado, 21, 3:15, Fabianc, Carvalho, Medidas prorecivas de urgência na ici de
sexual, que é seu e não da vítima. Partindo desse contexto, a partir de 1989, kncia doméstica e faiiiiliar contra a mulher, Revista furta da E'IAP, v, 9, 2013, p. 14-22 - Vide
IJirio Oficial do M'.iiicípii' de So fliulo, v 34, n- 76, de 26-4-1989, p. 12, e n 102, de 6-7-1989,
procurou-se desenvolver uni programa público no País para melhor atender 1 20; Lei n - 10. 778/2n(13, que estabelece notificaço comprrlsória, tio território nacional de
as gestantes de até 12 semanas tio proceditiiento de aborto sentimental, por caso de violência contra a mulher, que for acendida cnn serviços de saúde públicos ou privado,
iniciativa da Assessoria da Saúde da Mulher da Prefeitura do Município de que lhe cause morte, dauo, sofninieruo fisico, exual ou psicológico. Ermnender-se- que

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deso rga tu z.ição eu] lei olial, incapacidade de co ii preensi o ansiedade, dimi-
tipo e !br i lia de violência;
1)11 iÇO de .it &'"cio. rei raul cii to etc, que dificulta ri aln mci te seu depoi ii e,]
111 d,,c,,çio dos age!] tes da conduta. se possível e
o perante cinta anue ,dadc policial, ao comunicar ci delito.
IV .-- idenritic;,cio de testeiliunlias, se houver.
Eni ciço de violência sextial, a viti]ti.i devera, COPfl0}i L iia[liíestc,ti o 511.
reaittar o holetini de ocorrellcla policia] para unterrolopei i gravidez, por ser Art. 4 A segui da fase dá-se co] ii .i ii terveti ção do li] édi e o e lite euiii ti ri
ri' 1k o ci 1pm, sei i embargo de a Non na T&c 1 ica sobre 1 'reveii ção e Trata- parecer Renico ap ci ç dera!l,,da ariauuiriese exaure fisico geral, eN:lnle gileco-

1 lento dos: Agravos 1 t es' iltanres da Violência Sex ti a! contra M ti Ihetrs e Adoles-
lógico, a va ti,çit do la ti ji, til trassol ográfico e dos dcii '.1 Is exa II] es com pie
cc ites do M mistério da Saúde ter ente, 1 tudo comi o tio ohrigatóa a sua realiza - neiltares que porventura houver
ÇãO. Visto t]LiC O III. 128 do (levI,ts, Pci ml não condiciona o aborto seu tinienta] Paralela, 'lente, .1 ind lier receberá atei] cão e avaliação especializa da
a ii eu ibi ii requisu t e co' 1 Fere vitima o di eito de processar, ou não, seu aessor: por parte da equipe inult, p ro tissi ou ai que ai morará suas avaliações eu ii doe ti-
o estado pscologico da paciente n5o peri litina uni lúcido depoirtierito. nie] iRs específicos.
A Portaria o 1 .508, de 1 ' de serei nbro de 2005, do Ministério da Saúde, 22 Três ii itegrai 1 Les, no mii] Iii o, da equipe de saúde ii]ui ipiofi ssio]al
que dispõe sobre o Rwcnhuíze,,u, de Jns,llicaçãn e 11, Wiizaçào da bircm qçao da Cri- subscreverão o 'krmo de Apovação de Procedi ''ente de 1 riter r ti pçã, da (.
ride: rios oisos prrrLsIos cri: lei, no iin(,ito do Sistein: (_iiko de Saúde considerando dez, i ão podendo haver cl esconfori nidade eo ii a conclusão do parecer teci 1 'CO.
que: a) o Cótl,v 'cria! 1 rasi lei ro estabelece cot]io reli tiisitos para o aborto 32 A equipe de saúde nu 1 ti profissio, aI deve ser eoinpos La, rio
ml miii]
1 iuniat n rarui limei til, previsto 110 ii CISO II cio ar'. 128, que ele seja p LI-
011 511
por ol,tetra, a, estesista, criferincino, assistente social e sei[ psicólogo.
ticado por niéiiiio e 10111 o conseutnientO da riluIlier; b) o Ministério da
S,i úd e tieve usei pli i ar as ii edidas assecuratóri as da lie irticie do po,eccirincino A, t .5' A terceira flise verifica -se coiii a assi na ttl ri tia gesta 'te ii o 1 i, raio
de 1 t espomisabi 1, cIide. ou. se fbr ii capaz. (a ib&,ii de seu u'epreseii ta ti te 1 ega 1,
de interitipçio da gi:ividt-, 105 Casos previstos ei]] lei ipiatido realizado tio Stii-
hito elo SUS; c) .m necessidade de se g.lrar]tir aos profissionais de saúde envolvi- e esse Teriii o co n era idve rtê riu a expressa sobre a previsã o cloç cri'] e' de
do, no eíeti1c, procedi 1 e rito segurança j uridica adequada para a realização da falsidade ideológica (a rri go 299 do Código Pci aI) e aborto (artigo 124 tio
Código Penal), caso iS o tenha siclo víti ii a de violência
leia sexual -
inrerri 1 pção ai gravidez ii os casos prevhtos eu' lei; e d) a Norma Técnica sobre
Prevenção e Tiatanientei dos Awavos Resultantes da Violência Sexuaal contra Art. 62 A quarta tese se encerra com o Termo de Consei ] til i len Lo Livre
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Mui lieres e A clolescei i Les desobriga as vítimas de estupro da apresentação do Esclarecido, que obedecerá aos seguintes requisitos
iii 1 de ncç rr&,i eia para sua sibiiiissão ao procediii iet] to de iiitermpçio da - o esci mie cinie no à i nu 1h er deve ser real i ia do e,, lii mgtagei ii .1 eessí-
izravidez no ãt] Iii to cio Sisteni,, U i co de Saúde - SUS, resolve: ve 1, especiali tienre sobre:
Art. 1 ( ) Pio cedi iii e ti rei dc ustiticação e Au ter i zacão da Inter rupçao a) os ci escon Fortes e riscos pessiveis a sua saúde
da ( ravi dez nos casos previstos e]]] lei é condição ti ecessár ia pua adoçao de
b) os procedi n]e utos que serão adotados q nau do da n,aIe , au3o cl., ii ter-
qualquer in edida de ni ter rupçào da gravidez no à i]]bito do Si steina único
\eii çao niédi ca;
de Saúde, excetuados os casos que envolvem riscos de morte N mulher.
c) a foi ina de a cai upa nh a! ii eriro e assistência, assi iii co n'(, os p ro ítsstoriais
A rt. 2 O Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção
responsáveis; e
tia 6 ravi dez tios casos prcvi 5(05 em lei e oi]ipõei mi-se de quatro fases que
deve rio ser registradas iro for mato de ter nos, arquivados anexos ao pio tu- ti) a garantia do sigilo que assegule sua privacidade quanto aos dados
ári o médico, garantida a col fi dei cialtdade desses termos. confidenciais envolvi dos, exceto quau no aos dou ti inen tos subscritos por ela
eu) caso de -equ isição judicial:
Art 3" A priiiicir:i Cisc é colisti tuída pelo relato circunsta i iciado do even-
to, realizado pela própria gestante, perante dois profissionais de saúde do serviço II -- deverá ser assinado ou identificado por in ipressão d;mtiloscópi ca. pela
gestante aLI, se for incapaz, também por seu representante legal:
ParágraFo único. O 7èrmiio de Relato Circuiistanciado deverá ser assi-
nado pela gestante ou, quando incapaz., tambémi i por seu representante legal III - deverá conter d cela ração expressa sobre a decisão voluntária e
bem como por dois profissionais de saúde do serviço, e conterá rlscie,mtc de inre rromper a gravidez -

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A permissão jurídica para a interrupção voluntária da gravidez (1 VG), dever de proteger a dignidade h Li na ali a e todas as feririas de vida, qualquer
qualquer que seja o pretexto invocado, por desvalorizar a vida humana pelo que seja o estágio de seu desenvolvimento biológico, e não o de determinar
triunfo de fatores socioeconônhicos ou do egoísmo, que ajeita riscos e sa- o valor de cada unia delas, reconhecendo '-nais direito à vida a uni nascido
rificios, não seria uni grande passo para se legalizar supi-essão de qualquer do que a uni não nasci do, a uma pessoa sadia do que a un, a enferma tI5 Se a
vida hui nana que constitua uru peso para a sociedade ou para a gestante, justiça, entendida com a legalidade derivada da legitin,,ição do Estado de
sendo uru fator de corrupção e degradação social?. Direito, ensejo u mio paradigiiia da filosofia do direito, cornoo nos ensina Cal --
A dcscr mai iializa çã o do aborto, transfo rinand o-o em aborto livi-e'', so Lafer, a postulacão da fidelidade ao ordenamnento jurídico e, destarte, o
parece-nos, não seria a solução para a gravidez não desejada coara a questão dever-ser prescri tivo ela obediência à lei, como acatar, então, diante da rico iria
da rejeição de filho 'ão querida Constituiria mera tentativa para resolver 11111 coo stitr.icional, a legalização do aborto?
efeito, sem contudo eliminar a causa, ou seja, o porquê do ato de abortar, que Aléni disso, parece que há uma campanha de silêncio no que atina aos
advém da impossibilidade de controlar o nascimento de uni filho em razão riscos e às sequelas do aborto, legalizado ou não, por não se dar a devida
da flilta de educação sexual e de informação sobre técnicas anticonceptivas Nada atenção e imprensa médica que relata fatos verídicos nesse sentido. Não há
adiantaria IegaIizã-o se a maior parte da população não sabe como controlar a cofio passar incólume das consequências de um aborto natural ou provoca-
natalidade. Não bastaria condenar e n'oiro menos liberar o aborto; seria neces- do. Salvo raras exceções, até mesmo as mulheres favoráveis à descrii ii maliza-
sário criar condições para que o Estado possa eliminar as causas que o favorecem, ção do aborto que o praticaram não passaram com tranquilidade por essa
investindo numa educação sexual e moral que valorize o anior, a paternidade e cirurgia, embora possa haver as que permaneceram indiferentes.
a maternidade responsável. E preciso rnpensar a questão do aborto, substituin(lo-a Em regra, qualquer abortamento provocado pode ocasionar "síndrome
pelo amor, que dirá qual a me11, Or atitude a ser tomada. pós-abortiva''t como diz Bento XVI, por trazer riscos à saúde fisica ou
Os a rgu ri e ii tos pró-abu rtistas interiormente e xanu nado não têni ii ie ia tal e riria peso lia co nsciéi cia daquela que a ele se subo, eteu, pouco mn -
qualquer ci ei ai ficidade, pois, torta Ice idas pela i nipie usa ou por órgãos p rubI i -- porta n do a técnica utiliza da (suc ç ão, dilatação, curetagem, cesariana etc.),
citár ios, não passam de tentativas para pressionar a opinião pública, fazendo mnesn,o se levado a efeito por uni médico competente, com assepsia c dentro
com que aos poucos se venha a aceitar o aboi to.Trata-se de unia manipula- dos prazos estabelecidos legalmente, por constituir unia violenta agressão
ção pseudocientífica, visto que cai por terra diante de uma análise rigorosa-. fisico-psiquica à gestan teTais riscos existem, embora não avaliados pela opi-
mente científico -jurídica da norma constituc i onalrv . nião pública.
Corri a legalização do aborto haverá uma violação ao princípio co nsti- Muitos são os perigos do aborto na integridade finca da mulher, pois
tu caonal do absoluto respeito que se deve a unia vida humana (art. 52, caput. poderá haver:
lii e XLVH, a, da CE) e a queda da própria base do Estado Denioci -ático de
a) ii ite cçã o crônica (salpingite) e traun iatismno, que resultam mi em obstru-
Direito, que um corno fundamento a dignidade da pessoa humiana (art 1
III, da CE). Se compete ao Estado garantir os direitos fundamentais do homem ções nas trompas
e zelar pela dignidade do ser humano, reconhecendo-os e protegendo-os, li) problemas no útero causados por hemorragia, infecção ou endome-
como poderia, mediante lei, autorizar a disposição da vida de um inocente triose. Casos graves podem levar à perda da útero, ante a necessidade de
nascituro, renunciando a sua responsabilidade de tutelar a vida humana em histerectomnia, esterilidade ou morte. A curetagem malfeita poderá provocar
todas as suas f ases ?mi . Deveras, pela Constituição Federal, o Estado teria o perfimração uterina ou o colamento entre uma face e outra do útero;

105 .joo Evangelista dos Santos AI—,, outros, A borla - o direifo àpida, cii., R 38 08. VideWilike, O el,orto, cir, p. 192; Niceto Blãzquez, A ditadura do aborto, cii., p. 33.
1 OGWillke, O aborto, cii., p. 6; I'cdio-Juan Viladrich, AI,orto e sociedade per' Lçsirki, eh., p. 11. 109. Celso Lafer. A cconç:t-uçdo dos dirrifos humauos - uni diálogo com o peusa,u,ento dc Han-
tiali Areudi, Sào Paulo, Cotnpatiliia das Letras, 1988,jt IYL
107. Consulte: Micloel Litcliíie]d e Susaii Kenttsh, Bebês pata qurittiar.cit., R 9, e Nice--
co BIáqoez, A ditadura do aborto, ciL, p. 38 tIO. Discurso de Bento XVI 'ia Plendria da Academia para aVida (20-2-2011).

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de recursos públicos, os latrocínios e as corrupções dos" colarinhos brancos''? rua socioeconôniico. Com isso, não seria preciso que o Estado não só desse às
Esses crimes são praticados aos milhares todos os anos e sempre serão mcvi- associações beneficentes condições econônucas para acolher crianças abando-
táveis em qualquer parte do mundo e época. Por que não protegê-los, dando- nadas, proporcionando-lhes educação e orientação profissional, como também
-lhes amparo legal? Por que ningu ét 1 i, até o rnonien to presente, e inbrou de facilitasse sua adoção por casais estéreis ou desejosos de ter em seu lar urna
pleitear a legalização desses crimes? Qualquer pessoa em sã consciência sabe criança? Se, como observa Werthan, a mãe for autorizada legalmente a abortar,
que ii ão será possível descriniinalizá-los, então, por que legalizar o aborto? por ser o nascitLiro uni encargo social, o filho, pelo piir]cípio da rsononuia e da
Seria isso corruto em defesa da liberdade da mulher? 111 reciprocidade, tambéiii não teria o direito de niatar sua genitora que se tornas-
Urge não olvidar que, mesmo coiii a legalização cio aborto, ele conti- se inútil e doente, requerendo riiuitos cuidados médicos e trazendo niu itas
nuará sendo um problema de saúde pública, pois não haverá corro controlar despesas, achai nando-se, ;'ssi'1, a eu tan ásia? Se não há razão para admitir o nas-
sani tariarne tire as clínicas de todo o País, ii cru corro impedir a clandestini- cimento de um bebê não desejado, por falta de o,eios para sua educação, por
dade e a ausência de riscos à integridade fisica ou psíquica da gestante, ainda que se deveria conservar a vida de unia senhora idosa, aleijada ou arterioscle-.
que de classe média ou alta, oriundos de práticas abortivas. rosada? A sã razão não poderia aceitar que a sociedade ou o Estado, em vez de
ajudar unia n iãe que se encontra em dificuldades financeiras a criar seu filho, a
Poder-se-ia descriininalizar o aborto tão somente porque grande pai tedas
auxilie a matá-lo, por nicio de leis permissivas da prática abortiva. Isso condu-
mulheres brasileiras não tetu acesso a informações sobre contraceptivos? Por que
ziria.como pondera Niceto Blázquez, a unia terrível ditadura do aborto, ou
não tomar unia pmvidêi icia que seja urna solução honrosa e nao cri'nin osa?
seja, à arbitrariedade jurídica, à irracionalidade, ao império dos mais desnatu-
Não bastaria que o governo destinasse recursos para programas educacionais
rahizados e a uma crescente concepção materialista da vida.
publicitários em grande escala, de modo a informar sexualniente todas as classes
Outros alegam, como motivo para descrintinalizar o aborto, a possibili-
sociais, permitindo o acesso a ir étodos anticoncepcionais, enaltecendo, i nceii -
tiva' ido e fircilita, ido a adoção de crianças? Não seria preterível difundir o uso dade de .i cr lança aprecntar cleficiência.s físicas ou mentais diagu iosticaclas cm-
de anticoncepcionais i iarurais ou artificiais a legalizar o aborto? 127• rante a gesta cão- O abortan ieiiro eugeii êsico seria o p ri nu e, ro passo para a
eutanásia pré-natal, diante do sofrimento daquela criança. Mas será que com o
Há quem diga que é melhor abortar do que gerar crianças seu) família,
aborto eliminar-se-ia seu sofrimento ou o de seus pais? Se, por exemplo, em
rejeitadas por serem indesejadas ou por não haver recursos financeiros para
regra, as cri-atiças portadoras de síndrome de Down são alegres e extremamen-
mantê-las e educá-las, porque, no porvir, transformar-se-iam, fatalmente, ciii
te carinhosas, se seus pais têm, em sua grande maioria, verdadeiro amor por elas
marginais ou criminosos. Com tal afirmação, a proteção pretendida é, na ver- se as associações de deficientes não apoiam a interrupção seletiva da gestação,
dade, dada a quem? Ao feto, que tem seu direito à vida resguardado constitu-
perguntamos: de quem se pretende amenizar o sofrimento? Quem advoga o
cionalinente, como qualquer pessoa humana, ou aquela que, sentindo-se no
abortamento baseado em infelicidade alheia não deveria aprender a viver com
direito de matar para manter seu statu que socioeconômico, dispõe da vida do eles, que tratisforniani sua dor em sentido da vida, dando-lhes apoio e ajudan-
"infeliz candidato ao aborto", negando-lhe o mais fundamental de todos os do em sua educação?t 2 . Ora, se um adulto enfcrmo física ou mentalmente tem
direitos, que é o de viver?- Será que a falta de recursos financeiros para educar direito à cura, à proteção jurídica de sua vida e de sua integridade fisico-psi-
e manter uma criança seria motivo suficiente para abortar? Esse pensamento é
quica e a uni tratamento naéd,co e hospitalar adequado, por que uru nascituro,
peculiar de quem ainda não se conscientizou de que a problemática nacional que é uni ser humano como ele, não teria igual direito apesar de apresentar
é, como diz Sandra Cavalcanti, a má distribuição da renda nacional sob o pris-
malforniação congênita? Diante das modernas técnicas da engenharia genéti-
cm e da medicina que avançam dia a dia, não haveria possibilidade de que seus
defeitos viessem a ser reparados? As naalformações fetais não poderiam, se ad-
126. Sandra Cavalcanti,Aborto caso de direitos humanos, Poflia de S.Pauh,, 24-10-1 993.
p. A-8; Niceto Bjzucz, A ditadura do aborto, cir., p Se 16-7; Josê Gea Escolano, Sim CII
ar, aborto?, rim., p 21; Pedro-Juii Viladrich Abono e sc'cicdadc prrrnrssiiYa, rir, p. 7; Will ke, O
aboTío,c't.,p. 131 128. Nicero BIzquez, A ditadura do aborto, cit, p. ID e 12-3.

127 Niceto Bldzquez, A ditadura do aborto, cit-, p. 35 1 29 Vahuir Regina to, Aborto... Bolrthri, nt., p. 6.

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33) estaheiecinwnro do programas de prevenção Colina estupro, esclare- oug;inlca e biológica própria indepei i dera te da de sua mãe. Se as normas o
cendo qual o iiielhor modo de agir diante da violència sexual, se 'ião se puder pio regeu ii é porque te' n personalidade jurídica. Na vida iii trauter i na, ou
cvi t -la $ para preservar a ida., dando iii íbrrnaçôes sobre a atitude a ser tomada iii esmo iv 'jrro tem persoi:a/idade ju ndha fninaI relativa "lei) te aos direitos tia
logo ciii seguida, pois o exa inc niédico na polícia após o estupro ê 1h, doisicintal - perton ai 1(1 a de, c ons.l grados consti tucio li a Iril elite, adquirindo pc'isoia/id dc
É preciso, P., rta no, que se deixe de lado a miopia tia con d Lição da coisa vaie, ia1 apenas se nascer com vida. ocasião ciii que será titular dos
pó til ira e a política do 1,w, qu e se caia pera ii te o aborto, não favo i -e- di I- e itos patri 1)1 tinia is e dos obriga cio ria is. que se cii co ii travam ciii esta do
ccii do .i prática de técnicas anticoncepcionais, dcix indo de oferecer o pç à es potencIali{t e do direito às itidcmib,içôes por dano moral e patrimonial por
válidas pari evitar .i cliii" naçao do feto. err.id iran do a corrupção, não inves- ei e sofri do. Receberá tal i iideniza ção a partir do nasci men co até co mplcl ar a
tindo lia cd ti cação sexul, não concentrando esforços pala a cot so lidação da idade dc 21 a nos (hoj e 18 :i nos, por força do ato ,1 Código C vi , a ri. 5) - (2 2
tisuça social e não operaciona lizan do a redistribui ção de rendas e rei ras 1 'rACSP l(p Câm., Ap. c/ ltev. 4K9.775-0/7, Mogi Gtuaçti.. 29-10-1997).
Urge que o Estado e a soa eda de c t tup raul suas respo risabi Ii dades sociais. Por isso serâ precisO, portanto, dcliii) ita r as fronteira, da responsabilidade civil
evitando o desvio de verbas públicas e o péssinio gerenciamellto desses e- por dano moral ao nascituro, tanto na fertilização natural corno na assistida.
cursos, e olereçaiii medidas idôneas para proporcionar uni clima vor;vel aos
valores da vida, evitando-se a permi ssividade do a horta liento.
Um progruna qu e proporcione pia iej.i rIwi' lo ii i nilia r e parei indade
1 .U46/56.,i.5. , 1.100/k, n.7, do Coii'llio da liuropa. que —aniondITo o direito à viii lisde
responsável contribuirá para a defesa do bei li-estar dos seres h u ii anos, co ii sti - çoiicqCio.A ( orsriruço par.uztiaxa,ai -t. 4. Constituição cI,ilciia,arr. 19. l. Uinstiruiçaii pe-
tuin tio a tu e1 hor ''a urna do niovinie rito pró-vida Contr;i O aborto e tina solti - rLi,ili,l.art. 2, e .5 CF/88. do Brasil, au. S. tutelam o naciruio. () niesino se dn,i do ;irm ' do
ção una e rompa t vel (Qual .1 dignidade liuniana. O p rob eu ia do aborto - Código Civil hu.ts,lciro. ii.' in -c>gada Lei b, -asieir,i dc biossegura,iç.L (Lei ii. 5.974/95) e di, Lei ri.
1 1 11, / 20 ,05, .irts. 6 -,111, 21 e 23 O CE \1. ia R-1 o ..... do CI M o.1 931 .21119. que .ipnva o
incute poderia ser resolvido com unia attt.iu'te piili,ica dc prCt'ciiÇio Pan, tanto,
dc F.ric.i .M""'L"","","" lilédico exiba .ilisoluto respeito pela 'ida Iiiiiiiaii.i desde
convém repetir, serã preciso que a sociedade e o Estado eni preeu ida ii, cora
.1 concepção itt a Iron,. 4.le Matuad Filho e outios (i'slquusiiio &tal, ecixiLi-ibiiiço da Lilriasso
ieii lerneil te, ri na loi iga e ãrd Lia cail mb ada dirigida 5 filosofia do respeito 5
tlogra6.i - algLLliias ritlexoes, li ala, ii. 27, p. 185 e ), os qtiau observar" que o Cito reage
vida e à dignidade do ser humano, sob pena de perderem seus padrões morais. .1 grs0es e a sot is e s Li .15 ri lan ires ti ÇõeS (1 nionstra li OS CI flC teres de sua peno ria' idad

ante a forte tendência alua] de urna nienrlidade hedonista e ti til, tarista, que 164. Maria Hderia l)iriiz, G<idJIy Ciu,l anotado, Saraiva, l 999 . p. 9; fl_ey Le.iiJi..C) inicio da
busca ansiosamente o prazer a qualquer preço à custa da desunanjzaç, r0ti a li riade jurídica da pessoa n.,treá nina q 1 est3o do século XXI, kn.'ista landa, da 1 ILBA, v.
Vil. p. 33970, Diogo leite de Campos. A capacidade sucessória do nascituro (ou .s crise do
posi DVI si iso 1 eg;ilista) , 1 )eI Rey . tídica, 17 24-27: Sibijani Juny de A. K b i nela Lo. A pessO.l )atk iii
3. OS DIREITOS DO EMBRIÃO E DO NASCITURO EA RESPON-
.1 quieto era dos direi Os: O nascituro e o embrião pré -iii 'pia taLó rio, Rei 'isca li rasileirii Si Uivem!
SABILIDADE CIVIL POR DANO MORAL E PATRIMONIAL CiNJq'arado, ii. 32, p. 79-130,2H)9;Rocic,ifo Painploiia Filho e Anal M.Arau'.t'iiel;ijurdt -.i
do ia st tu ro luz da Cotisti L ti ição Ri ri era 1, R pvista Brande, ,, dc Direita Ci )i Gil til fCiO na! e
O en ibrião, ou o 1 iasci turo, tem resguardados, no rniativanentc, desde a
Relaçrcs & Cr ,, ri,,rt,. / 241 -262 :Joçê de 011w ira Ascensão Uivei/o civil, sã. Rani.. Sar.ova, 20
concepção'", os seus direitos, porque a partir dela passa a ter existência e vida
v. 1. p. 41: Ai ré de (1. Pagi '011 cclii. Direito a ool, do e,,rb ri&i, tese d efend da ria PIJ CSP ei
2014. lide au 22 do Código Civil mexicano; art. 75 do Código Civil cliilexio: art. r do Código
Civil brasileiro e art. 70 do Código Civil argcndno, que dispõe quc:"desdr la conapcuh' crieI Milo
inale,, ri, co,,, ,'i ia-a a 'xis:eucia dc las pen o,aas y —ao de nacio lei i fo pi eden calqi irir a&r ruas dcrcdni
161. Vide Pedro Luiz Srringhini, É til'i aceitado colara a vida, O Estado te S. PateA,,crm..
p.A-22, e Pedro-Ju;iiiViladrkh,4boiio e souedadr j'i'r,i,i.si,u, cii., p. 7-9 (n'lo si ya /i rehies.,, naada Esos den4 os queda,' ir,ev.vablnne,zie adquiridos si los 'e _bolo, e, ei si', ii

d'crua na(irTrJ, co,, rida au, iqi e fueia pai (risco,, ri, dessui, de es rir scponidcu de, "d'e''. A Sup rer 1.1
162. Coi,stilme:WiIlke, O tliirro, dc., p. 213.A Porcaria". 4/20%, da Secretaria Especial
Corte de M ci gari, e ii 9-7-197 1, dcc id ti que: '0 k' ii &meno do nasci11 i e uro ri ão é o começo da
de Poluira para as Mulheres da »residência da República, rio ad F,VI, teu, por objetivo
vida, por se-,na tiiiu niudariça lia forma de vida. . Uni feto, tendo morrido lo ventre da 'iiiic,
sensibilizar a soc'cdade pra os novos valores sobre direitos reprodutivos e sexuais das ,iutilhe-
eçt5 morto, tinia vez separado dela não tornará a viver. Um feto vivo, dentro do vrcrt - da mie, é
res e promoção da paternidade re,po'isveI.
uiii.l Criam ia viva. E., nieiios que ocorni n cirru nstã i loas tratiiiiãnc as, d, não flor ,r,-ii qua ei do
163 Pacto de Sio José da Costa Rica (1969), ris. F, n. 2, 3 e 4, reconhece o nascituro chegar o ceruipo de Gcar separado dela... O fato da vida não pode ser negado, neiil a sabedoria
coiuio pessoa;Converiçxo sobre Direitos da Criança (l989).preiinbulo;Recornendaçôesn 934/82. polirica que vé a personalidade dos n]o nascidos conv, merecedora da pmteço da lei".

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4. MATERNIDADE E PATERNIDADE RESPONSÁVEL E PLANE- filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e cotitrarreferênria na atenção prinlària, bern
JAMENTO FAMILIAR como o acesso a outros serviços e a grupos de -apoio a amanieritaçaci 5° A assistélicia
te feri cia no § 42 deste artigo deverã ser presta da também a gestantes e mãeses que ma infeste ia
4.a) Proteção jurídica à maternidade inreresse em entregar seus filhos para adoção, bem como a gestantes e mães que se encontrei,'

As normas de tutela à maternidade, que é um direito social garantido


eu situação de privação de liberdade. 5
6° A gestante e a parturiente têm direito a 1 (ti m)
acompanhante de stia preferência durante o penedo do pré-natal, do trabalho de parto e do
constitucionalmente, são imprescindíveis em atenção à função biológica e pós-parto imediato § 72 A gestante deverá receber orien ração sobre aleitamento materno,
perpetuação da espécie humana, de modo a que a mulher, possa ter condições alimentação complementar saudãvel e crcsciiiie,ito e cicsctsvolviniento titílinril, hei,, como
favoráveis para tanto e pan não perder os efeitos de sua faculdade procriadora, sobre formas de favoreceu a criação de vixiculos afetivos e de esrimular o desenolvi,iiento
evitando os possiveis riscos que ameacem sua saúde e o desenvolvimento da o tegla 1 da cri., liça. 82 A gestante te iii darei to a ac onipa nliai ne a te sauda ve 1 durante toda a
gestaçat) e a parto natural cuidadoso, estabelecendo -se a aplicação de cesariana e outras inter-
gestação e da criança, dando-lhe toda a proteção durante a gravidez, o parto e
veriçes cirúrgicas por motivos médicos. 9° A atençào primária à saúde tara a busca ativa da
a amamentação. Daí a concessão do salário-maternidade (Lei n. 8,213/91, com
gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera
alteração da Lei n. 10.710/2003), da estabilidade provisória de emprego, cru que não comparecerás consultas pôs-parto. 10. incumbe :10 poder público garantir à gestan-
caso de gravidez durante o aviso prévio (TST, Proc. n. 490-77.2010.5.02.0038 te e à mulher com filho na primeira infiincia que se encontrem sob custódia em unidade de
- publ. 15-2-2013), da licença à gestante sem prejuízo do emprego e salário, privação de liberdade, ambiência que atenda às normas sanirias e assisteilc ais do Sistema
Único de Saúde pan' o acolhimento do filho, em articulação com o sistema de ensino compe-
com a duração de 120 dias (CF,art. 7°,XVIII), prorrogáveis por 60 dias (Lei n.
tent, visando ao desenvolvimento integral da criança''A Lei n 9.876/99, para evitar fraudes,
11.770/2008), se for empregada de pessoa jurídica que aderiu ao Programa
fez com que as mães recebessem o salãno-mateniidade do INSS, nus a t ai iv 10.71 0/2003
Empresa Cidadã, e o fato de a Previdência Social (CE, art. 201 II) e a assistên-
restabeleceu a responsabilidade das empresas pelo pagamento do salário-maternidade, com a
cia social (CF art. 203, 1) estarem adstritas à proteção à maternidade (EC n. possibilidade de coinpellsação dos valores no recolhimento das coritribuiçoes incidentes sobre
64/2010, que altera o art 6° da CF), especialmente à gcstante. -a folha de salários pagos à prestadora de s,,iço Tal salário é devido durante 1 2 0 dias, imc lan-
do-se no peniodo de 28 dias antes do parto e a d:Lra da ocorrência deste - As empregadas suj ci-
tas ao regime da CLT, o valor do salãnio-r,iaternidade corresponde ao salário integral. E ás
empregadas domésticas é assegurado o valor de uni salário ,iiininao (Breve Relato n. 15 - Bo-
191 5 D'lia Bossa Direito do traba/ho da una
undin , ae cootexto sacia1 h rasiIe ira c oloro au tidis - letim periódico da Duarte Garcia, Caselli Guimaràes e Terra, Advogados, 2003). Sobre salá-
crirnuiaatdnas, São Paulo. Oliveira Mendes. 1998, p. 34; Maria Garcia, Os direitos humanos da rio-maternidade: Lei ri. 10.421/2002, que estendeu o direito à licença de 120 dias e ao salário-
criança e a licença-maternidade: a interpretação constitucional é tinia questão de linguagem. maternidade às mães adotivas; Lei n 12.873/2013, que altera a Lei n. 8113/91, anis. 71-A,
Revista de Direi (o Constitucional e Internacional, 79: 57-72; Cibele C da CM. Santos, A liceu- 71-13, 71-C. e a CLT, arts. 392-A, § 5°, 392-B e 392-C A Lei rn I[770/2008, regulamen-
ça-iiiaternidade no - iço de adoção após O julgamento da ação direta da inconstitt,c'onalidadc tada pelo Decreto n 7 052/29 e alterada pela Lei ia 13 257/2016, institui o Progiama
ri. 4177, Reviçra Síntese -. Direito (le Fatajília 76: 39-49; Luiz H. S. Barbugiani, A licença-i,ia-- Empresa Cidadã e perlalite a an ipli ação da licetiça-materiaidade por mais 60 dias, em caráter
rernidade como dever na sociedade contemporânea: uma concepção evoliacionisra, 1ei'isI,i facuftativo, cru troca de iiicexltivo fiscal ao empregador. Os anis. 1°,3°, 42 e 59 da Lei n - li .770,
Síntese. Direito de Íaníha, 79:225-37; Débora Gozzo, Gestação de substituição e a licença- de 9 de setembro de 2008, passam a vigorar com as seguintes a] teraçôes "Anis. 1 2 E instituído
-maternidade: a posição do Tribunal de Justiça Europeu, Lerrado-L4SP. 708: 22-23.0 cri o Programa Empresa Cidadã, destinado a prorrogar: 1 - por 60 (sessenta) dias a duração da li-
da Constituição Federal com a seguinte redação, dada pela EU ii. 64/2010, prescreve: São cença-iiiaternmdade prevista no inciso XVII E do caput do ara. 7a da Constituição Federal; II por
<breiros sociais a educação. a saúde, a ai imenração, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, 35 (quinze) dias a duração da licença-paternidade, nos termos desta lei, além dos 5 (cinco) dias
a previdência social, a proteçào àtuacenudade e à 'nfãncia, a assistência aos desamparados, na estabelecidos no § 1 2 do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais TrersucrIuns § 1 2 A
forma desta Constituição' (grifo noso) Vide Declaração Americana dos Direitos e Deveres prorrogação de que trata este artigo: 1 - será garantida á empregada da pessoa juridica que
do Ilornercar (1948). art VII. O art. 8° da Lei n 8.069, de 13 dejulho de 1990, passa a vigorar aderir ao Programa, desde que a empregada a requeira até o final do primeiro mês apôs o
coma seguinte redaçan. dada pela Lei ri. 13.257/2016:"Art 8° E assegurado a todas as inIbe- parto, e será concedida imediatamente após a fruição da licença-maiaternidade de que trata o
res o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, inciso XVII[ do rai do art. 72 da Constituição Federal; II - será garantida ao empregado da
às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao pilerpério e pessoa juridica que aderir ao Programa, desde que o empregado a requeira rio prazo de 2 (dois)
atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no ánibiro do Sistema Unico de Saúde. dias úteis após o parto e comprove participação em programa ou atividade de orientação sobre
§ Vi O atendimento pré-natal será realizado por profissionais (ia atenção primária. § 22 Os paternidade responsável. S
2° A prorrogação será garantida, na mesma proporção, á empregada
profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua nculação, no último trimestre e ao empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança. Ara - 32
da gestação, ao estabelecimento cru que será realizado o parto, garantido o direito de opção da Durante o peniodo de prorrogação da licença-maternidade e da licença-paternidade: 1 - a
mulher. 3° Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus empregada terá direito à remuneração integral, tios mesmos moldes devidos rio petiodo de

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1 .942/2009. reza que: ''Os estabelecimentos penais destinados a mulheres penitenciária para prestar assistência gratuita às crianças desde o nascimento
serão dotados de berçário, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos até os 6 anos (CT art. 203). A creche é, portanto, um encargo estatal, previsto
inclusive alTiainentá-los, no níni mo, até 6 (seis) meses de idade''. na Constituição e no Estatuto da Criança e do Adolescente, para proporcio-
1 )everas, referida lei, no dispositivo supramencionado, determina que narr à criança coo (lições ideais para o Seu crescin lento e desenvolvimento. Esse
haja local para nniciticicacao, nus, na verdade, não há espaço higi êni co a de- atendimento em dependências adequadas à criança possibilita a liberação de
qu ado para isso. A ai na iii eu tação dos bebês devera ser feita precar ramente em sua mãe pala as atividades do presídio, uma vez que estará sob vigiláncia e
salas improvisadas nos presídios. Urg e que se crteni condições próprias para assistência de pessoas categorizadas para terno` . Pela Lei n. 8.069/90. com
o aleitamento, pois, se a pena não pode passar da pessoa do delinquente. conic alteração da lei n. 11962/2014: 'Será garantida a convivência da criança e do
negar à criança o direito à amamentação e ao contato com sua mãe, ainda adolescente com a mãe privada de liberdade, por meio de visitas periódicas
que seja uma presa? promovidas peio responsável ou, rias hipóteses de acolhimento institucional,
pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial" (art.
O art. 89 e parágrafo único da Lei de Execuções Penais, com a alteração
19, § 4°) e pelo art. 23, § 2: "A condenação criminal da mãe não implicará a
de Lei n. 11.942/2009, dispõe que a penitenciária de mulheres será dotada de
destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime
seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar crianças maiores de
doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha". Como,
6 (seis) o' eses e menores de 7 (sete) anos, corri a finalidade de assistir a criança
então, admitir a violência contra a mulher presa impondo limite ao exercício
desamparada cuja responsável estiver presa. São requisitos básicos da seção e da
do maior direito fundamental de que é titular: o direito à maternidade?
creche: a) atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes
adotadas pela legislação educacional e em unidades autónonias; e b) horário de
fun cioila' 1 ieii to que garanta a melhor assistêi cia à criança e à sua responsável. 4.c) Explosão demográfica e controle da natalidade

A ONU requer que exista higiene no presídio, ausência de superlotação, A alta fertilidade e o crescimento da população influenciaram a conso-
serviço de saúde, respeito à maternidade da presa e vigilância das condenadas lidação da ideia de controle da natalidade e a implementação de urna poditi-
por mulheres para evitar abuso sexual. Deve-se resguardar o direito à intimi- ca e do programa de planejamento familiar, visando o bem-
dade c' à maternidade, dando inclusive atendimento pré e perinatal para a -estar dos indivíduos e das famílias, a melhoria da saúde das mulheres e das
mãe e o bebê pelo médico que acompanhou a sua gravidez, recebimento de crianças e a plena vivência da sexualidade.
alimentação suplei nentar, desenvolvimento de um programa de berçário e Inúmeros são os argumentos favoráveis ao controle da natalidade, como:
creche paia garantir à criança o contato com sua mãe. Deverá haver para o A) falta de alimentos, 'nas tal não procede, tendo-se em vista que a FAC) no-
período de ai]laii len tação um berçário, urna saleta para o aleitamento, insta- ticiou que, bem utilizadas, as terras dos países em desenvolvimento poderiam
lação sanitária e cozinha contendo a mais absoluta higiene.A Lei de Execu- alimentar 18 bilhões de pessoas, ou seja, o triplo da população mundial dos
dias atuais; b) pobreza, porém, os países desenvolvidos têm maior número de
habitantes, por exemplo, o Japão, com 840 hab./km', e as nações europeias,
de algemas durante o ri -aballio de parto da presa e rio subsequente penado de sua internação com 213 hab./krn 2 , enquanto os em desenvolvimento, como os da América
em estabelecimenro de saúde- Nesse Ilesnio sentido o arr. 3 do Decreto n. 8.858/2016. Latina e os da Africa, têm, respectivamente, 55 e 80 hab./kni 2 , Tais cifras
Havia, no Brasil. Projeto de Lei n. 9/2003 (ora arquivado), que pretendia alterar a Lei demonstram que a superpopulação não conduz â pobreza. Na sua política de
de Execuções Penais para permitir visitas intimas a preses horuiossexriams.
Portaria n. 883, de 22 de maio de 2012, do Miriistrio da Justiça, institui Grupo de
Trabalho com a finalidade de elaborar políticas intersetoriais e integradas destijudas às niu- 191. Sonia Bossa, Drreiio do trabalho, cit., p. 36-7 V?dr Portaria n. 472, de lOdc ourubio
Ilieres co' situação de privação de liberdade, 'estrição de dirriros e às egressas. de 2011, do Departamento Penitcuciirio Nacional, que visa tornar público os procedimentos,
Portaria lntei -i,iinisterial ii. 210, de 16 de janeiro de 2014, institui a Política Nacional critúrios e prioridades para concessão de finallcianlerlto de projetos referentes à temática de
de Atenção as Mulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do Sistema Prisio- Assistência à Saúde Materna-tníantil, no eixo de Reintegração Social do Preso, Internado e
ria1, e no art. 2, IV protege a maternidade. Egresso, com recursos do Fundo Penitenciário Nacional.

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mulher nas atividades produtivas. Mas, na verdade, o grande perigo não é a contágio de doenças sexualmente transmiss ein-estar de suas campa-
explosão, mas sim a impiosão demográfica, tendo-se em vista que a taxa de ribeiras e paternidade de todos os filhos; e e ra, nos casos de abortos
natalidade está abaixo de 2,2 filhos por mulher fértil nos países desenvolvidos legais, os serviços médicos prestados em con dc higiene e segurança 1 .
e em 20 nações em desenvolvimento. fa7endo com que a população jovem. Fácil é perceber que tais direitos reproc na atualidade, têm muito
nesses países de idosos, não consiga produzir o suficiente para manter a apo- mais de liberdade negativa do que positiva: o de não ter filhos em vez
sentadoria destes e garantir unia velhice digna. Deveras, como os nascimentos de tê-los.A paternidade não desejada pode d ai a indenização por per-
decrescem, a sociedade envelhece em marcha forçada, e sem juventude não das e danos. Nos Estados Unidosjá se preces mulher por apropriar-se
haverá o é/au necessário para o desenvolvunento e o progresso do país 13 . e fazer mau uso intencional do sênien de seu :iheiro, convertendo-o eu -,
pai contra sua vontade, por tê-lo enganado qu pílula anticoncepcional,
44) O direito reprodutivo-sexual, o direito à descendência e o pia- dizendo que engravidara por"acidente"e obi •-o a arcar com gastos para
nejamento familiar como parâmetros da política populacional o sustento do filho. O homem teria direito ( -se a ser pai? Poderia ele
não aceitar sua responsabilidade sexual?A mi derrn negar-se a ser mãe?
Na Conferência Mundial sobre População e Desenvolvimento, consoo- A responsabilidade da contracepção de ompartilhada por ambos,
cada pela ONU e realizada no Cairo, em 1994, pela primeira vez houve uma pois a eles compete a atitude pró-escolha qua nnsequências das relações
clara formulação da ideia de dircifos reprodutivos e sexuais, confirmada, no ano sexuais ou da fertilização assistida"`. A libe! :i- a decidir o número de
de 1995, na Conferência Internacional de l3eijing, tendo o seguinte teorOs filhos e o espaçamento dos nascimentos pert wara de imunidade e não
direitos reprodutivos incluem certos direitos humanos quejã estão reconhe- interferência externa, correspondente a tod "'duo. Essa concepção da
,idos nas leis nacionais, nos documentos internacionais sobre direitos huma- sexualidade deixa o caminho anais livre par .ponsahilidade de muitos
nos e em outios documentos pertinentes das Nações Unidas aprovados por homens em seu papel de pais e maridos. Na r, o que está em jogo é o
consenso. Esses direitos firmam-se no reconhecimento do direito básico de reconhecimento do direito a uni filho. Se io fosse, o conteúdo dos
todos os casais e indivíduos a decidir livre e responsavelmente o número de direitos reprodutivos seria conducente a ml A. contra os direitos hm-
filhos, o espaçamento dos nascimentos e o intervalo entre eles, e a dispor da manos, diante das reivindicações amparadas direitos: o aborto livre, o
informação e dos meios para tanto e o direito a alcançar o nível mais eleva- direito a um filho mediante o livre acesso à s de reprodução assistida
-

do de saúde sexual e reprodutiva A promoção do exercício responsável


( ... ) ou o direito 5 esterilização. Nessas situaçõe como invocar "o direito
destes direitos de todos deve ser a base principal das polfticas e programas a alcançar o nível mais alto de saúde sexo., dutiva'' mencionado na
estatais e comunitários na esfera da saúde reprodutiva, incluindo o planeja- definição acima descrita. Como todo direit obrigações, que consti-
mento familiar". E,,e documento: a) reconhece, portanto,o papel central que turro seus limites, no exercício dos direitos ivos, os casais c os mdi-
a sexualidade e a relação entre homens e mulheres desempenham no tocan- víduos devem considerar as necessidades dc as nascidos e por nascer,
te à saúde e aos direitos da mulher; b) afirma que os homens devem assumir bem como seus deveres para com a comu' -igo, os direitos reprodu-
a responsabilidade pelo seu próprio comportamento sexual, sua fecundidade, tivos não são absolutos, pois os direitos da 'a bem comum impõem
seus limites. Por isso não se pode falar de u '3ade procriadora exerci-
da de qualquer maneira, mas de uma liberda- ::nsável. Há liberdade para
195. Sobre o assunto: Ana Maria Costa, l'Iatiejarnento familiar no Brasil, Bioflica, 4:209
e s.: Freedman o Isaacs, Hunian rigins and rcproduct,ve choxce, in S onio, iitfamdy planuinq,
1993, p. 24, Maine, Fatxily piwining: 11 irnpact ou thp ho.11h f wv,ieii and children, New York, 196 Maria Auxiliadora Minahim. Direitos rc 1 sexuais Constituição e efe-
1981; E. Berquô e M 18. Rocha, Planejamento familiar: agora, os desafios de urna imple- tivaço da cidadania, Revista Jurídica dos Formaudos YPBA, 4:144
meritação adequada. Fm&, Brasilia, v 6, n S5, p. 10, ago. 1997; Maria Isabel B. Rocha, P/ane- 19* Ignacio Aréchaga, Paternidade não dese. :sa, 21:4. Pelo Enunciado n
jantentofaníiliar e abono discussões políticas e decisdes no Parla,nenro. trabalho apresentado no XIV
- 68 Biol)ireito Os direitos reprodutivos corms}
- - conjunto de direitos bisicos
Encenem Nacional de Fondos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambu/MC, de 20-24 relacionados com o livre exercício da senialidade e - - :mo llunla'la (Aprovado na II
do setembro de 2004. Jornada de Direito da Saúde)

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de restostero, ia foi mi etad a a cada quatro meses e a progesterona, a cada rr&s A mitologia grega contémi uma lenda de que, por Ser hei n iaírodita,
meses. Mas bá médicos urologistas entendendo que o produto ainda não pode Adgistis, filho de Zeus, era odiado pelos demais deuses, que, por isso, esol -
ser comercializado, ante a necessidade de acertar a dose do medicamento, pois t-erai n retirar sua masculinida de. Dionisio, para tanto, etiihriagoti.- o, anurran-
neili to dOS 05 homens reageu 1 da i nesnia for ma.e d, solucionar o problema do r,ai cordel em seus pés e testículos, a tini de que, depois da enibr iagnez.
tia restauração da capacidade fértil, com a su sp ensá o do anti con cepcio nu, e ao se leva, tar. de n iodn brusco, estes fossen ainp o tados pelo referido cordel -
Conta-se que a rainha Sem íraii iis, de N iii ive, havia ordeii ;do que doentes
da red o cão dos níveis de colesterol bom'', ca usa da p ela s doses de testosrero-
incuráveis e retarda dos de seu reino fossem castra dos para evitar a cl egenera -
tia eiii excesso; e) 'a xIizaça{l de C9CVPfl icida (s uhs rãi ) cia química que inaobiliza
cão da espécie
e destrói os esperu tatozoides) , que. vinte Ou til') ia niin utos antes da relação
semi al, deve ser colocado tio Condo "agi ''ai; fl no,ad, a cada semana o o
Na era medieval, até o século XVIII, castravani-se os adolescentes can-
tores da Capela S istina para ri iaii ter o tom contralto de suas vozes. O mais
anel uagina/ (que fica no corpo durante três semanas, devendo depois ser re-
célebre desses cantores mutilados foi Cano Broschi, cujo canto mavioso
tirado ou trocado) que iii]] Ci onain com os mesmos princípios ativos das pí-
chegou a curar a melancolia de Felipe V, da Espanha. Voltaire insurgiu-se
lulas, só que os hormônios são absorvidos pela pele ou pela mucosa vaginal
contra essa prática por considerá-la i moral".
e caem na corrente sanguínea, ruas não são apropriados para portadoras de
câncer na niama • tro 1 iibose, pressão alta, diabetes - (1) 1)1 U, dispositivo intrau-- A castração também era utilizada para atender a fins religiosos. No sé-
termo de plástico, recoberto de cohi-e, introduzido na cavidade uterina em culo III, havia uma seita fundada por Valesius, cujos sequazes se mutilavam
para evitar a perpetuação da espécie. No século XVIII, a seita dos skoptsys,
regi-a tio pós-parto imediato, iiitracesárea e pôs-aborto, deve ser evitado por
criada por Selivanov, preconizava a castração para evitar os pecados da carne
ser abortivo, visto que apenas evita a fixação no meto do óvulo já fecundado,
e manter a castidade 2".
não tendo o condão de inipedir a ovulação 11cm o acesso dos espern-iatozoi-
Usou-se a castração para atender a fins terapêuticos, suprimindo hérnias,
desa o 6v o] o Alei,,n de ti ão ser tu étodo ali riconcep cional ,aca rre la alterações
curando leprosos, doentes com câncer na próstata, prevenindo epilepsia ou
ti ienstrti ais; g) ii ui to mais do que ii tu contraceptivo c o [niplai on (inipla ii te
gota, e a finalidades eugênicas, como em 1779,Johann Peter Franck, médico
do tanianlio de uni palito de fósforo, colocado pelo ginecologista tio braço
alemão, que eniasculava doentes mentais para prevenir a degenei-ação da raça.
da mulher) ,por PC rniitir o planej anien ia fim uliar, pois,apesar de ser uni novo
Hoyt, superintendente do Manicômio dewinnfield, Kansas, em 1885,castrou
método de longa duração, ideal para quem não quiser filhos a longo prazo
44 meninos e 14 meninas. Em Michigan. em 1889, surgiu o primeiro proje-
(3 anos), pode ser retirado a qualquer momento, tornando a mulher apta a to de lei para castração de doentes mentais, que foi rejeitado 2 t 1 .
engravidar. É o contraceptivo mais seguro (99,93% de eficácia) em relação
A castração já se deu para apaziguar instinto sexual de criminosos rein-
não gestação e tua is prático por não necessitar de iii ai ores cui dados e por
cidentes em crimes sexuais, evitando que egressos continuassem a perpetrar,
possibilitar unia vida absolu tatue i te nor mal à sua usuária
os ii tesmos delitos.
A castração pode ser acidental, cm decorrência de imperícia de cirurgião,
5. ESTERILIZAÇÃO HUMANA ARTIFICIAL
ao seccionar cordão espermático do paciente, ou, ainda, congênita, caso em
5.a) Noções gerais
A esterilização humana artificial consiste no ato de empregar técnicas es-
208. António chaves, Dircifo a vida e ao próprio corpo, cit., p. 117, e José Raul forres
peciais., cirúrgicas ou não, 110 honiein e na mulher, para impedir a fecundação"'. K,r'user, RcspotisabIzdad, nt., p. 154-5.
A castração, ou ccii asculaçao, C,r igin o ti -se ciii vi nide de questões cingi- 2{)9 R. 1>cllcgritii, Sexologia, Madrid, Morata, 1968, p. 164.
nicas, sociais, religiosas, terapêuticas, demográficas e econômicas. 210 António Chaves, Dirrio à'ida e ao próprio corpo.dc, p. 117 Tantos erdul os nu-
tilados que a Igreja, no 1 Conciiio de Niceia, em 325, passou a vedar o seu ingresso 110
saco rdó ci o.
207 José ItaLil 'forres lKir,iuer. Responahilidad j,ro/'esiouai de ks médicos, Astinciôn_ 21 1 .Wauderley I.acerda Panasco. A ,rspdn3abiiidadc d'il, eu , ó- d., nxédiros, Rio de Ja ei-
l 989, p. 134. ro, Forense, 1994. p253,261 e 312;An1õn10 Chav, Diroifo à vëda e ao própdo coq,o, rir., p1 -9.

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norte-americanos 1iasarani a admitir a estenlizaçao compulsória por motivo tornou sem efeito as leis de 1933, que impunham a esterilização de pessoas
eugênico, em casos de doença iliental, epilepsia, desvio sexual e criminoso se- com enfermidades tísicas ou psíquicas hereditárias graves e de criminosos de
xual reincidente, desde que houvesse autorização judicial 21 . As Emendas Cons- alta pericuosidade, e a lei de 15 de setembro de 1935. que chegou ao auge
titucionais li 8 e 14 da Constituição 1 ederal aiau'ricana tornaram iii coiastitu cio- com as experiências para obter a raça ariana pura, csterihzando prisioneiros e
nais as leis que prescreviafli a esterilização eugênica. Mas,já em 1942, a Suprenu pessoas de outras raÇas. Contudo, hoje, tem sido admissível na Alemanha pela
Corte declarou i ncoiisti tucional a lei do Esta do da Oklali orna relativa à esteri- lei de 15 de agosto de 1969 por motivos de eugenia, e cru 1989 passou-se a
permitir a esterilização compulsória de pessoa maior se a gestação pudesse
lização dc c r iminosos sexuais rei' ciden tes considerando que a pi-ocriação está
constituir risco para sua saúde física e mental. Na Áustria, e nbora a norma
inseri da entre os direitos bás,cns do ser iii, tu ano . Todavia, apesar disso, houve constitucional proíba discrinainação de portadores de anomalias tu entais, estes
proposta retirando o direito de procriar dos que tivessem genoma alterado,
têm sido objeto de um programa de esterilização forçada. E também praticada
diante do risco de transmitir geiles deletérios à sua descendência, a não ser que
na Suíça, nos cantões deWyll eVaud, respectivamente desde 1907 e 1929. No
se sujeitassem a submeter-se a uma intervenção da engenharia genótica 2 . No Canadá, no Estado de Albert, desde 1928. Na Dinamarca admitem-se a castra-
II Congresso Latino-americano, em 1941,no Chile, concluiu-se que:Dado ei ção química de estupradores reincidentes, mediante prescrição de medicamen-
estado aa ua 1 de los cc, a soutos buro,ii ri o es posihh por ah ora, propiciar métodos tos para reduzir níveis de testosterona, e a esterilização desde 1928, sendo a lei
engenésicos teudientes a ciii, linai- ni la probable descendencia cri' uma!" mais recente de 1963. No Paraguai, o Decreto-Lei n. 2.001, de 1936, art. 31,
Além dos Estados IJai idos,a Alemai ba, a Suíça, a Austrália (1992). o Ca- prescreve:' Queda pro/ubido ri inatrimonio entre leprosos y sanos e incorpé raseentre
nadá, a Noruega (1934), a Dinamarca, a Suécia (1972), o Paraguai, a Finlândia. /os hiipedinientos previstos eu e! art. sio de lá Lcy de Afatri,nonio Civil Ia circu, zstancia
a China, a Espanha e a Itália (1985), entre outros países, admitiram a licitude de padecer de lepra uno de los futuros contrayeutes. En los casos eu que ariabos conlrayen-
da esterilização eugêilica Na Alenianha,a esterilização e a castração de estu- (es padeciercn de lepra, cl malrinionio sevc'i só/o después que /OstUtíiros cOnyUCs se li ti-
pradores e sádicos contuiiiazes foram analisadas por Maier, cru 1911, no Vil l) eral rue ti do a los procedun icu ti is dc esieri/izacjó,, que cl 1-li, isterio de Sal,., ti esta-
- Na China, ai é, ii da esterilização em '1 assa, com a campa T iha ' 'rim ii casal,
Congresso de antropologia criminal. Na época do 1 azisino, o triunfo dos
uni filho'', há uma lei de novembro de 1988, da província de Garisu, que só
aliados, cujo Conselho de Controle, pela Lei n. 11, de 30 de janeiro de 1946,
admite casamento de mulheres com problemas mentais se forem esterilizadas,
obrigando-as, se ficarem grávidas, a praticar o aborto. Na Espanha, em 2 de
junho de 1989, foi publicada unia lei autorizando a esterilização de excepcio-
Vieira e Thiago B C . dos Santos, Castração química alternativa pan corres contra a liberdade nais com deficiência psíquica grave, desde que solicitada pelos pais ou repre-
sexual? Eniws de brocar, e direi(t (org.Tereza R.Vicir.i).l3rasilia, Consulex,2009, p. 161-170.
sentante legal e autorizada por médico e juiz 210 .
217. Grawiord Morris e Moritz, Vector cuxcl parieni and 1/lo face, Saint Luuis, 1971 p. 106.
O Jornal do Tarde Oustiça okrecc esterilização pais estupradores, 8 dcj unho de 2004, p. 1 4-A) No Brasil não é permitida a esterilização eugênica, diante do disposto
noticia qtic:''A Justiça da Noruega csr oferecendo, los condenados por estupros, a opcào da no art 32, XLVII, e, da Constituição. que veda a imposição de penas cruéis,
esterilização qLdinlca. que U!OqL'eLa os efeitos da tosco terona e aniquila o desejo sexual nus-
cuirno. O objetivo é fazer com que novos casos de btisos não se repitam - Quatro condenadas
já aceitaraili a esterilização".
220, Antônio Chaves Direiio a vida e ao pprio corpo, cit., p. 101, 103, 107. 113 e 119-20;
218. D ugdalc, para justificar a cligenia, efetuou estudos em virias familias aiflericai)aS, Conzales Torres, Manual de medicina leçal, Asuncióri, 1967, p. 196;José Raul Torres ICirniser, Res-
sendo urna delas a de Mx Julres, de Nova lorque, que, por ser ébrio contumaz, deu origem po,eafn/idad, cjt, p. 155 e 157-8. Após 30 anos de vigéncia de maia lei. em zonas tirara, lia
a urna descendência dc 130 delinquentes, 7 assassiiios, 440 portadores de moléstias veiiéreas,
China há proposta levada em palita rio Congresso Nacional do povo no sentido de pôr fina à
400 com conduta pervertida e mais da metade das mulheres entregaram-se á prosntuiço. Vide
polirica do filho 6 nico e tolerar duas crian ças por casal e proibir o terceiro filho. Isco se
Jimãnez de Asúa. LiOcrlail rir anuI, y ilereclicr i nrorfr, Ed. Locada, 1946,1) 259; Antônio Chaves, dá ante o fato de a acuà politica de controle de natalidade ter provocado 265 mi!hôes de
Direita à vida e ao pr5pnn corpo, cit., p. 102. Houve na Suécia entre 1935 e 1976, una piograilia alce as, cmsceute falta de mão de obra, desproporço entre homens e mulheres e o envelheci.
secreta de esterilização conipulsória de pessoas portadoras dc certas moléstias, pertencerites a niento populacional. A população rural, jã há algum tempo, pode ter unia segunda criança se
dcterniinadas etnias ou desprovidas de recursos fi rancc ions, com o escopo de reduzir gastos primeira for do sexo feminino (Folha de gRou/o 8-3-2011, p A -10). Em 1943, unia moça de
do Sistci lia de Segtiridade SociaL 17 anos, Iniope, que no possuía óculos foi na cern ada co rio doeu te Inc ii tal, por não ter bona
21 9.J. Fletcher, l(nowledge, risk and right to reproduce, iii (c;ictics and lacv, apud Franck rendimento escolar, e esterilizada para que pudesse sair da clirrica (Esciridalo da esterilização cres-
Sérusclat, Les sce,nr.s dela vir a dos dn'ics dc l'lxanrnse, Paris. Econoniica, 1992, p. 197. co ia Europa, Foi/ia de S.Pau/o, 27-8-1997).

194 1 193
tornando inadmissíveis a castração e a esterilização, ainda que o criminoso as injunções clínicas determinantes da esterilização feminina. Nada obsta que
tenha cometido delito impulsionado por uni desvio de sexualidade 22t ; na Lei o hoineui sofra vasectomia para proteger a vida e a saúde de sua mulher.
n. 9.029/95, art. 22.1! ; e no Código Penal, aru 129, devido a sua compulso- Basta o consenso de uni dos cônjuges para a realização dessa modalidade de
riedade. 1 )eficiente tem direito de exercer direitos sexuais e reprodutivos, logo Essa esterilização profilática deve ser aceita sempre que houver
tem direito ao planejamento familiar e de conservar sua fertilidade, sendo risco de um grave dano para a saúde ou para a vida da paciente', bem como
vedada a esterilização compulsória (Lei n. 13.146/2015, art. 62,! a IV)Aléru cio futuro concepto. resteiiiunhado ciii relatório escrito e assinado por dois
disso, urge lembrar que há pais normais corri filho deformado ou retardado ii iédic os (Portaria n. 144/97 da Secretaria de Assistência 3 Saúde, revoga da
e pais anormais com filho sadio, O ser humano não deve ser tratado como pela Portaria MS-SAS ir 43/99; Lei ii. 9263/96, art. 10, 11).
animal, nem selectonado para fins procriativos. A esterilização de anormais
(BAASP. 2647:536) e criminosos seria urna forma de vil afronta à dignidade 5.d) Esterilização cosmetológica
do ser humano 22 .
A esterilização cosmetológica dá-se com o intuito de evitar a gravidez para
atender a alguma finalidade estética. sem que haja qualquer fundamento tera-
5x) Esterilização terapêutica
pêutico. E feita a pedido da paciente e não deve ser admitida juridi camente 22t .
A esterilização terapêutica é excludente de antijuridicidade, por ser
feita para salvar a vida da mulher portadora de 'rardiopatia, câncer, diabete, 5.e) Esterilização por motivo econômico-social
tuberculose severa, surto mental ligado ao puerpério etc., unia vez que há
impossibilidade clínica deter filhos. Para tanto será necessário que se faça unia É a esterilização feita para atender a razões econômicas ou justificar con-
análise cliteriosa dos riscos reprodutivos e obstétricos, averiguando se per- dição sociaL Como não encontra nenhum respaldo jurídico deve ser evitada,
mesmo havei do o consentisnei ao expresso da paciente, eu, regra rnultipara 127
manentes 011 trans itô r iosaul, daí a responsabilidade civil médica em diagnosticar

5.f) Esterilização voluntária para fins de planejamento familiar


221. Sérgio Ferraz ,Maiiipuiações biot4icas, cit., p. 37. Há rna proposta de lei da Depu- A esterilização voluntária, masculina e feminina, vem sendo aceita em
tada Maria Valadão (PTB-GO), prevendo castração química de estupradores de crianças e
vários países como meio contraceptivo de planejamento familiar.
adolescentes, cujo efeito não passa de 60 dias, mas, além de ser inadmissível pela norma cons-
titucional, que não permite aplicação depenas cruéis, a medida não resolveria a questão da No Brasil. pela Lei n. 9.263/96, art 10, 1, e pela Portaria ri. 48/99 da
violência sexual contra rrienores Há, portanto, no Congresso Nacional, proposta de lei visan- Secretaria de Assistência à Saúde, é permitida a esterilização voluntária, para
do instituir esse procedimento corno pena e não trrtaine'lto solicitado pelo pacieiite No pIanej anento familiar, cita homens e mulheres
eres com capacidade civil plena,
Brasil houve, ainda, o Projeto de Lei n. 552/2007 (ora arquivado) que visava acrescentar o art. desde que maiores de 25 anos de idade ou que tenham pelo menos 2 filhos
216-B ao Código Penal para cominar pena de castração química em que o autor dos crimes
vivos, observando-se o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da
previstos nos aos. 213,234, 28 e 224 fosse reputado pedôfilo. Destak (17-1 0-2007, p 4) no-
ticia o fato de, no Ambulatório de Transtornos da Sexualidade da Faculdade de Medicina do vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interes-
ABC (Santo André - SP), haver tratanlesito feito por psiquiatra, consistente na castração sada acesso ao serviço de regulação da fecundidade, incluindo aeonselhanien
química em pedôfilo, mediante injeção de hormônio feminuto para redução do desejo sexual, to por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce.
visto que há diminuição da libido e da agressividade, além de dificultar a ereção. O Código
Penal brasileiro pune crimes contra a dignidade sexual atinentes: a a tentados contra a liberda-
de sexual (estupro, violação sexual mediante frnide, assédio sexual); sedução e corrupço de
menores (sedução, estupro de vulnerável, corrupção, satisfação de lascívia mediante presença 224. Antônio Chaves, Din'iio ruia e ao próprio corpo, cit, p. 106-
de criança ou adolescente, favorecirnen co da prostituição ou outra forma de exploração se- 225 Roinero Casabona El módico y cl dcr-cho pena!: Ia actividad c,ryati,,a Barcelo na,
xual de vulnerãvel) Bosch, 1981, p. 177.
222- Cenival Veloso de França, Direito ,uMico, cit., p. 336-7; Asceiisión C. Infante, Acer- 226, Antônio Chaves, Dirnto a uida e ao prm»rio corpo, rir - p 105-6; José Raul Torres
ca de la estcnilizaciôn de deficientes, flerechos y hbcrsades. 5:413-24. Ki rmse r, Respo ia a i!idad ci t p 157
223. Ce'iivalveloso de França, Direilo médico, nt, p. 334-5. 227 CenivalVeloso de França, Direito ,,ródico, cir p 334-5.

196 1 197
As secretarias estaduais e municipais de saúde deverão credenciar hospitais A Finlándia e a Rússia estabelecem a idade mínima de 30 anos para a
para realização de Iaqueadura rubária e vasectomia ou de outro método esterilização voluntária, desde que o interessado já tenha 3 filhos. No Níger
cientificamente aceito, sendo vedadas a histerectomia e a ooforecton,ia Para (África), a mulher deve ter 35 anos e 4 filhos vivos (Dec. n. 88/88, art. 34).
que se opere a esterilização é preciso que conste no prontuário médico o Em Portugal, exigem-se, para tanto, os mesmos requisitos da lei brasileira e
registro de expressa 'na' ifestação da vontade de ambos os cõ nj uges - se vi geri- idade mínima de 25 anos para a molhei.
te a sociedade conjugal, em documento escrito e firmado, após a informação Mesmo que haja anuência expressa, a esterilização voluntária para fins
dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais e dificuldade de reversão. Se de planejamento familiar não pode dar-se pelo emprego de método que fira
lia ti ver comprotai etimen to na capacidade de di scern i ''lento por influência a dignidade humana, ou seja, que venha a causar ii mutilação como cirurgia
de álcool, drogas, estado emocional alterado ou incapacidade mental tempo- ablativa das gônadas ou amputações iniotivadas 12 ". Há responsabilidade civil
rária ou permanente, não se poderá considerar válida a manifestação de por danos morais e materiais decorrentes de esterilização não autorizada 'ia
vontade do pacieilte E, se este for absolutamente incapaz, imprescindível será, forma legal (CC, arts. 186, 927, 932 e 942; Lei n. 9.263/96, art. 21; CF, art.
para sua esterilização, autorização judicial. Essa esterilização cirúrgica não 54,V e X; STJ, Súmula 37) ou exigida pela empresa, ao obrigar a laqucadura
pode ser feita em mulher durante períodos de parto ou aborto, salvo no caso das trompas, para que a funcionária possa permanecer no emprego 230 .
de necessidade por cesarianas sucessivas anteriores 25 -
6. SAÚDE FÍSICA E MENTAL

228- No homem, além da vaseccoinia, cem sido estudada a possibilidade da oclusào


6.a) Direito à saúde física e mental
cransiréria do conduto, colocando -se, por exemplo, grampos na sua circ unfereiicia exterior ou
A Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS). de 22 de
tanipôcs intralLt'uiTnts de nietal, plasricti ou ciãiloii. Na 'mmtillicr, estào sendo consideradas iii-
tr1iassac1as .is IfljCÇOcs CiLiStiraS liltralILerilias e a caiiterjzaçao dos arificios ruhdrios Ha quem julho de 1946,,,o 3 parágrafo preambular, reconhece que"o gozo do molho,'
prefira usar 21 eiidoscopi2i vaginal L: a cxtr;iper ronealizaçao ovarialia. Saio, Ligadura dc troni- estado de saúde possível de atingir é uni dos direitos flama dai ia en tais de cada
pa cJn(na, V. 2,li.!;l iardy, JSa}ianiondes, Osis, Costa e Faindes, Risk facrors for tubal sterili ser humano...", e no 22 parágrafo preambular esclarece que saúde é o estado
ai uon regrei, detectable hefore surgery. Connu eptioit, 54:159 as2. E preciso alertar sobre a de completo bem-estar fisico, mental e social, e não apenas a ausência de
mi eversih,lidaden pois ri houve caso de ii na senhora que fez a ligadura de trompa e pouco doença ou enfermidade.
tempo depois enviuvou e commvoloii novas Iiúpcias Seu marido, desconhecendo o fato, ajisia-
va por til filho seu.Ao saher a verdade requereu anulação do casamento por crio essencial Pela Constituição Federal de 1988 (ares. 196 a 200 e 227, com a redação
da pCSfla, a]egando defeito ilsico irrenieLhias-el. desconhecido e anterior ao matrimônio, ante da EC n. 65/2010; Lei n. 12288/2010, arts. (d a 8; Lei n. 8.069/90, art. 11,
a siruaçào insuportvel de vida em eoEiiL]miL tMc GeiiivalVeloso de França, Dwcui nih/rcc, nt., Ç a 32 e art. 12, com a redação da Lei ri. 13.257/2016), a saúde é direito
340 1 11 g leu thrar que Iii uni inetodo que possibilita â mulher que sofreu laqueadtira en
de todos e dever do Estado (BAAS]? 2993-9). 1 l tutela jurídica da saúde
gravidar iiovanieiite: a ytva(laJnraçao frihdria ( micrucirurgia LIDe desobstrui e/en reconstitui as
trompas de Falópio que &irani ligadas) 'ibdavia, o sucesso dessa microcirurgia dependerá de individual e da saúde pública. Pelo art. 227, § P, da CF/88 (com a redação
como foi feita a Iaqueadura alerta-nos Edu,und l3acarat da BC n. 65/2010): 'O Estado promoverá programas de assistência integral
O Jornal da Tin?r (HC aprova técnica que substitui laqucadura, 12-3-2009, p 10-A) à saúde da criança, do adolescente e do jovem..:' inclusive de prevenção e
noticiou que, cm São Paulo, o 1 lospirsl das Clínicas atestou a eficácia de um novo método de atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente
citei iIizaço femimr,a, indolor, que é 1,mro com o auxilio de microcmera, sem anestesia, em de entorpecentes e drogas afins (CF,art. 227,S 3,VlI).Jonathan Montgomery
luchos de 10 iiu,iu Los. Tia ti se (ia i 'liplantaçâcu de urna espécie de mola, base de titânio, nas
trompas da nnilEier. A paciente, submetida a esse procedimento durante três meses, deverá
fazer tise de ou nos métodos contraceptivos (pilula, li. ex.) - Apôs esse lapso temporal poderá
Lei relações sextiais semum risco de gravidez- Ti técnica foi regulamnemutada pela ANV ISA, mas £açâo depende da concordáncja expressa de ambos os cônjuges. A proposta tramita vi nculad-a
ainda irão liberada para titilizaçáo mio SUS. Esse nuétodo é usado nos EUA, Europa e Uruguai. ao Projeto de Lei n- 3.637/2012, que possui o mesmo objetivo.
deputada C armei i Za,iotto (PPS SC) apresentou projeto de lei que admite cirurgia 229. Sérgio Ferraz. Mariití!açôes f;iol6giras, cit., p . 37.
de esterilizaçâo sem conseiutiiuuenro do cônjuge. C) PI- n- 7-364/2014 anula dispositivo da Lei 230- Fliane Azevcdo, Mulher esterilizada poderá ser indenizada, O Estado de .5. Pau/o,
do Planejamento Famiiihar (Lei ii. 9263/96). segundo o qual, durante o casamento, a Csteri]i- 19-3-1999, p. A-! 4,

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coristittiiçaO do Núcleo Brasileiro de Direitos Huniaiios e Saúde Mental; Portaria do Ministé- Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; Decrete de
rio da Saúde ri. 1.899, de 11 de setembro de 2008, que cria o Grupo de Trabalho sobre Saúde 6 de dezembro de 2010, que institui o Grupo Executivo lnteruiinisrerial de Emergência ciii
Mental ciii Hospitais Gerais; Portaria n 94, de 14 de janeiro de 2014, do Ministério da Saúde, Saúde pública de Importância Nacional e Internacional (CEIESPII); Portaria o, 4.279, de 30
que institui o serviço de avaJiaço e acotilpan ha,neiito de medidas terapêuticas aplicáveis à de dezembro de 2010, do Ministério da Saúde, que estabelece diretrizes para a organizaçâu da
pessoa corri transtorno mental em conflito com a lei, no ãinbito do Sistema Uiuco de Saúde Rede de Atenção á Saúde no âmbito do Sistema Uiiico de Saúde (SUS); Ixisrrução Normativa
(SUS); Prataria o - 2 (`48, de 3 de setembro de 2009, do Ministério da Saúde, que aprova o - lo de 29 de outubro de 2010, da ANV SA, que dispõe sobre renovação simplificada do
R egtilaimiento do Sistema único de Saúde (SUS); Código de Ética Médica, arts 27 e 28; De - r egistro de medicamentos; Resolução - RDC n. 10/2011, que dispõe sohre garantia da quali-
solução n S6 > de 9 de novembro de 2009, da AN VISA, que proibe em todo o território na- dade de medicamentos iniportados; Resol uçoes CC FEN ir 373/201 1 e 376/2011 relativas á
cional o uso dos equipamiie'itos para bronzeamexi to artificial, com finalidade estética, baseada presei a de ersíer miro em ate o d........ o p r&-hos pi talar e ii nor-hospital ar co' situações de risco
na emissão da radiação ultravioleta (UV); Portaria ai. 1146, de 17 de dezembro de 2009, do e sobre a participação dc equipe de enfermagem no transpol -te de pacientes até os serviços de
Ministério da Saúde, que estabelece recursos financeiros para Municípios com equipes de saúde; Portaria do Ministério da Saúde n- 719/2011, que institui o Programa Academia da
Saúde da Farnilia, que aderirem ao Programa Saúde na Escola -- P511; Portaria Conjunta n. 2, Saúde mio âmbito do SUS; Portaria n- 940, de 28 de abril de 2011 do Ministério da Saúde, que
de 3 de março de 2010, da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, que regulamenta o Sistema Cartão Nacionil de Saúde (Sistema (artão) -
institui, no ánibito do Programa de Educação pelo Trabalho paia a Saúde (PET Saúde) o PET
Saúde/Saúde da Família, Portaria Conjunta n. 3, de 3 de iarço de 2010, do secretário de
gestão do trabalho e da educação na saúde e do secretário de vigilôncia em saúde, ambos do
Ministério da Saúde, e da Secretaria de Educação Superior, do Ministério da Educação, que
institui, tio âmbito do Programa de Educação peloTrabailio para a Saúde (PET Saúde), o PE'r
Saúde/Vigilância em Saúde; Portaria Interministerial n 422, de 5 de março de 2010, do Mi-
nistério da Saúde e da Educação, que estabelece orientações e diretrizes técnico-administ,
tivas para a execução do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET Saúde,
instituido no âmbito do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação; Portaria Conjun-
ta da Secretaria do Gestão do lnba]lio e da Educação na Saúde mi. 6/2010, que institui o PF,T
Saúde Mental; Portaria n. 396, de 1 de março de 2017, do Ministério da Saúde, sobre o Pro-
jeto de Formisação e Melhoria da Qualidade de Rede de Saúde - QuaIiSUS-Rede, o Couiiré
Gestor de liiipleniem'tição -- CG[, a Unidade de Geremicianiento de Projcto - UC e define o A Portaria ii - 1.579, de 7 de julho de 2011, do Ministério da Saúde, institui, no âmbito
arranjo do gestão para a execução da base 1 do Projeto; Resolução-RDC ir 2. de 25 de ja- do Mirustérmo da Saúde, Grupo de Trabalho com a finalidade de elaborar plano para a mmatro-
neiro de 2010, da Diretoria Colegiada da ANVISA, que dispõe sobre o gerenciainento de dução de vacina contra a dengue no Sistema único de Saúde (SUS), bem como promover,
tecnologias em saúde em estabelecimento de saúde; Resolução n. 1.942, de 3 de fevereiro de coordenar e acompanhar a execução das suas atividades; Lei n. 11401 de 28 dc abril de 2011,
2010. do Conselho Federal de Medicina, que altera a Resolução n. 1-766, de 13 de maio de
altera a Lei mi. 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a assistência terapêutica e
2005, publicada no D!Jrio Oficial da riuiâo, em 11 de julho de 2005, Seção 1, página 114 1 que
a incorporação de tecnologia em saúde rio âmbito do Sistema único de Saúde - SUS, e o
estabelece normas seguras para o tratatiie,ito cirúrgico da obesidade mórbida, definindo mdi-
Decreto n. 7 308. de 28 de junho de 2011, regulamenta a Lei o. 8.080, de 19 de setenibio de
cações, procerlit icntos c equipe; Porcaria ii. 424, de 19 de março de 2013, do Ministério da
1990, para dispor sobre a organização do Sistema único de Saúde - SUS, o planejamnei mio da
Saúde, redeine as diretrizes para a orginizaçao da prevenção e do tratamento do sobrepeso e
saúde, a assistéticia à saúde e a articulação inrerfederativa; Portaria n- 2 -012, de 23 de agosto
obesidade conto linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção á Saúde das Pessoas com
Doenças (lrõnicas; Portaria n. 425de 19 do março de 2013, do Ministério da Saúde, estabele- de 2011, do Ministério da Saúde, estabelece recursos adicionais para o fortalecimento das ações
ce regulamento técnico, normas e critérios para o Serviço de Assistência de Alta Complexida- de rastreamento e diagnóstico precoce dos cânceres do colo uterino e de 'flama; Portaria ai.
de ao Individuo com Obesidade; Portaria n- 529, de l de abril de 2013, do Ministério da 1.504, de 23 de julho de 2013, do Ministério da Saúde, institui a Qualificação Nacional em
Saúde, institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP); Portaria ii. 874, de 16 Citopatologia na prevenção do câncer do colo do útero (QualiCito), no âmbito da Rede de
de maio de 2013, do Ministério da Saúde, institui a Política Nacional para a Prevenção e Con- Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas; Portaria n. 2.191 de 3 de agosto de 2010
trole do Câncer na Rede de Atenção á Saúde das Pessoas com Doenças Crónicas no âmbito (revogada pela Portaria MSGM n *488/2011), do Ministério da Saúde, mrrsrituiu critérios
do Sistema U'iico de Saúde (SUS); Portaria n 3-204/2010 do Ministério da Saúde, que apro- diferenciados com vistas à implantação, financiamento e nmnutenção da Estratégia de Saúde
va Norma Técnica de J7iossegura'iça para Laboratórios de Saúde Pública; Portaria n; 142, de da Fanailia para as populações ribeirinhas na Amazónia Legil e ciii Mato Grosso do Sul; Por-
27 de janeiro de 2014, do Ministério da Saúde, que institui, Tio ánibito do Sistema Unico de taria n 936, de 27 de abril de 2011, do Ministério da Saúde, dispõe sobre as regras e critérios
Saúde (SUS), o Incentivo de Qualificação da Gestão Hospitalar (IGU), de que trata a Portaria para apresentação, moniroramnento, acompanhamento e avaliação de projetos do Progranu de
341 0/GM/MS, de 30 de dezembro de 2013, que estabelece as diretrizes para a contratua- Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema único de Saúde (PROAD-SUS); EC
ização de hospitais no âmbito do SUS, em consonância com a Política Nacional de Atenção n. 65/2010 altera o art 227 da CI prescrevendo no § Ir que compete ao Estado pmouiover
Hospitalar (PNHOSP); Portaria ii. 3.796/2010 do Ministério da Saúde, que institui o Cole- programas de assistência integra] à saúde do menor, admitida a participação de entidades não
grado Nacional de Coordenadores de Saúde Mental; Lei n. 12.764/2012 institui a Politica govei-naniencajs; Portaria n 16. de 5 de agosto de 2011, da Secretariado Gestão Estratégica o

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A partir da Lei a. 12.896/2013,0 art. 15 do Estatuto do Idoso passa a
do impetrante 'ia rede privada de saúde. 3-0rdem concedida (TJDFT - Conselho Especial, vigorar cornos e reis. Pelo capta do art. 15 & assegurada a atenção integral
MS 21)0900201 35239-DE; rei. Des- João Mariosi; j 12-1-2010, BAASP. 2710: 1935-14). A à saúde do idoso, por intermédio do Sistema único de Saúde (SUS), garan-
realiiaçao de exa,iies, cirurgias ou a aquisição de medicamentos ã criança indcpeiideni de
tindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e continuo
previsão orçaiileritaria. tendo eni vista que a CE, ao assentar, de foriiia cogente, que os direi-
os das crianças e dos adolescentes devem ser tratados com prioridade afasta a alegação de das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da
cai-ético de recursos financeiros coinojustificativa para a omissão do Poder Público. Restan- saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente
do coiii},rnvacio que o menor necessita do ti -atamento médico, prevalece o direito constitu- os idosos.
cional àsaúde da criança e do adolescente. A Adiiaiiiistraçio Pública, que ptitna pelo prmci_
Com a inclusão do § 52, o texto passa a estabelecer a proibição da exigên-
pio da publicidade dos aros adiiiixiistrativos, não pode se escudar na alegada discricio'iarieda-
de para afincar da Poder Judiciário a analise dos fatos que envolve'mi eventual violação de cia referente ao comparecimento do idoso enfermo perante os órgãos públicos.
direi los. O principio da dignidade humana e a garalitia de atendimento prioritário as cianças Quando for edgida a presença do idoso, dois procedimentos devem ser seguidas.
e aos adolescetiLes, além da exame da prova dos atiras, conduzem ao pronto atendimento do Se o interesse for do Poder Público, o agente deverá promover o contato le-
Pedido da Inicial - O art. 141, § 21, do ECA isenta de custas as ações de competência daj us- cessário com o idoso em sua residência. Já no caso de interesse do próprio
riça da l rifão cia e da Juventude. idoso, este poderá se fazer representar por procurador legalmente constituído.
Hojiora rios advocatícios à Defensoria Pública. Cabimento. Eisteirdinienro do S1J De
Outra mudança no art. 15 do Estatuto do Idoso foi a inclusão do § 60,
acordo com o entendimento do STJ, é cabivel a fixação de honorários advocaticios em favor
do P.idep quando sucuinbcnte o município, vez que ausente confus5o entre credor e devedor que assegura ao idoso enfermo o atendimento domiciliar pela perícia médica
Apelos parcialorente providos (Tjl&S - S c Cáns. Civel;ACi ii. 70033880376-São Francisco de do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelo serviço público de saúde
Paula-RS,rcl. l)es. Claudir Fidélis Facceiida;j. 5-8-2010; BAASP, 2719: 2961-04). ou pelo serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que integre o
A realiz aL ào de exame, cirurgias ou a aquisição de medicamentos e criança mdepende SUS, para expedição do laudo de saúde necessário ao exercício de seus direi-
dc previ ao orçainciitári:L, tendo ccii vista que a (F, ao assentar. de forma cogente, que os los sociais e de isenção tributaria Pelo Enunciado n. 48 -- Saúdc Pública - As
reItfls das o iil'aças e. dos adolescentes devem ser tratados coei prioridade, afasta a alegação de altas de alternação hospitalar de Paciente, inclusive de idosos e toxi cõm iaja o.
carémicia de recursos financeiras como justificativa para a omissão do Poder Público. Restando indepcndem de novo pronunciamento judicial, prevalecendo o critério téc-
coili provado que a nie nor necessita do trata ni e nrn Iné di co, pmevalece o direito c otis ti tucio i ial
miico-profissiona do médico (aprovado na 11 Jornada de Direito da Saúde).
saúde da criança e do adolescente. A Adniinistraçáo Pública, que prima pelo principio da
publicidade dos atos administrativos, não pode escudar-se na alegada discricioiaariedade para Pelo art. 22 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a eguri-
afastar do Poder Judiciário a anáhse dos fatos que elivolveni eventual violação de direitos. O dado social é direito de todos, por assegurar uma vida condigna. Com isso
principio da dignidade humana e a garantia de a rendimento prioritário ás crianças e adoles- todos os profissionais da saúde devem zelar pelos seus pacientes. Trata-se de
centes, alem do exame da prova dos autos, conduzem ao pronto atendimento do pedido da una obrigação ético-jurídica. As empresas que atuam sob a forma de presta-
ai. Recurso improvido (13,1A SP, 2701 1 905-0 1)
ço direta ou de intermediação de serviços niédico-hospitalarcs devem ga-
BAA SP, 2956.11 . Direito Constitucional - Internação em hospital particular -Vaga cmii
rantir atendimento a todas as doenças relacionadas no Código Internacional
011 da t ede pública - Direito fundamental à saúde - Dever do Estado.
de Doenças da Organização Mundial da Saúde. As entidades hospitalares
- A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante politicas sociais e
deveriam ter condições de atender pacientes portadores de quaisquer pato-
económicas que visem à reduço do risco de doença e de outros agravos (art. 196 da CE). 11- O
Estado deve garantir assistência médica, incluida a internação de paciente em unidade de trata- logias, inclusive mentais, dando-lhes assistência (Res ai. 1.952/2010 do
nicnto intensivo na rede particular, quando o Poder Público não dispõe de leitos dispnniveis III
- Se uni litigante decair de pane mínima do pedido, o nutro responderá intealnienre pelas
despesas e honorários advocatícios (art. 21, parágrafo único, do CPC/73 - hoje art. 86, parágra- direito fundamental à saúde, porque decorrente de preceitos nigidos da Constituição Federal.
fo único do CPC/2015). IV Negou-se provimento aos rerursos e à remessa de oficio.
Deniom istrada a necessidade de tntanicrito médico-hospitalar fora do domicílio do autor, CJtie
Sumula ii. 45/2009 da Advocacia-Geral da Unido: Os beneficies inerentes ã Politica necessitado, portador de doença grave e bcneficiàrio dos serviços do Sistema Unieo de Saúde,
Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência devem ser estendidos ao por- impõe-se ao ente público e o fornecimento de meio de transporte para remoção do paciente,
tador de visão mnonocular, que possui direito de concorrer, em concurso público, à vaga reser- porque é imperiosa a preservação da vida, em obséquio da proteção aos direitos fundamentais
vada aos deficientes" que, como frutos da própria natureza huniana, são anreriores ao Estado e inerentes à ordem
O Ministério Público tem legitimidade para propor ação civil com o objetivo de proteger iurídicabrasilein.Recimrsn não provido ÇrJMG,4CámaraCjvil,Pwcesson.1.0236.04.002930_
o interesse imidisponivel de preservação da vida. O Estado deve assegurar a todos os cidadãos o 8/002(1). rel.Almimeida Melo,j. 5-8-2010, data da publicação 10-8-2010).

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variáveis das leis do mercado, pois, se ela é um bem fundamental, o acesso aos
foi objeto do pedido, é incontroverso que o Hospital... prestou o atexidiniento médico e não
ouve qualquer ofensa ao devido processo legal. 4 - O quantieo, da obrigação será discutido cuidados médicos deve ser universal luipossível a con,sri-uço dc um Estado
e fixacli, em liquidação de seiitcriça. momento ciii que será possibilitado ao DE o direito de Social de Direito sem uma Justa distribuição de recursos no campo Sal li táriO 2
inipipxiação aos valores api - esenrados, à luz dos Princípios do Contraditório e da Ampla IA,-
fico 3 - Apelo e remessa necessária nan providos'' (TJD, 1a1 Civel; ACi e Reniess,t N ecessá-
ria ia. 204115.01.1.028338-3-1 )F; reL Des. Flavio l&ostircila;j. 9-8--2006: vu.).
de acordo coar a responsabilidade solidária dos entes federativos (ad. 196). No caso, restou
SIE, Rei:. ljxtraord. ri. 226.#356-.6RS, rei. Mira limar Calvão.Einenia; direito 11 saú-
comprovada, cabalinente, a necessidade do autor de realizar a ressocadiacia im'aguétiea. 3- l)cs-
\rL. 196 da Constituição Federal.Acórdào recorrido que permitiu a 'Tiserilaçan hospitalar
n ecessidade da licitação para a contrataçao do serviço postulado (arr. 24. inciso IV da Lei u.
na modalidade "d,krença de classe'', em razão das condições pessoais dc, doente, que neces_
.66(/199.3) sob pena de colocar-se em risco a saúde da parte. 4 - A ausénc ia de risco efeti-
sirava de c]L'arto privativo. l'aga'iieciro por eie da diferença de custo dos serviços. Resolução
vo de niorte não é JtLstificanva para que o entc municipal no forneça o exame pleiteado,
283/91 do extinto 1NAiMPS. O art. 196 da Constituição Federal estabelece como dever
tendo em vista a garantia constitucional ao direito à saúde- C) atestado médico juntado aos
do Esrcdo a prestação de assistência à saúde e gcrente o acesso universal e igualitário do cida-
titos é prova suficiente pata comprovar a necessidade, pois o médico que acouspanlia o caso
dão ao serviços e ações para sua promoção, proteção e recuperação. O direito à saúde, como
tem uielhores condições de indicar o procedimento adequado. 3-Não Rã que se falar cru
está assegurado ria Carra, não deve sofrer enibaraços impostos por autor idades administrativas,
no seisudo de reduzi-in ou de dificultar o acesso a ele. O acórdão recorrido, ao afastar a violação ao princípio da separação dos poderes, porquanto ao Judiciário corawete fazer cum-
ração da citada Resolução ia. 283/91 do INAMPS, que veda a complenientaridade a qualquer pi-ir as leis. Apelaçào desprovida" (TJRS_41 Cmi. (livel; AI m 70026315510- I'elotas-I<S. rei,
titulo, atentou para o objetivo maior do próprio Estado, ou seja, o de assistência á saúde. 1)es. Ricardo Moreira Lins Pastl,j. 10-12-2008, s -. u.).
Refoge ao âmbito do apelo excepcional o exame da legalidade da citada resolução lnocor 13.4A81 1, 2852:9. Direito Civil Pessoa com deficiência. Ação individual l'tocesso de
rê,acia de quebra da isonomia: não se estabeleceu tratamento desigual entre pessoas ciurna jutisdição voluntária. Pedido de homologação de acordo extrajudiciaL Legitimidade do MI'
tflesnja situação, 'aias apenas facultou-se atendimento diferenciado em situação diferenciada, para recorrer. Acordo aceito pelo deficiente fisico. Autonomia da vontade. 1 - O acordo ce-
seixi .lnipliar direito previsto na Carta e sem ne,iliuili ônus extra para o sistema p(blico. Pc- lebrado por deficiente fisico, ainda que abrindo não de trLtauiento particular, de saúde cm
curso não r:raii}aec ido
''. tinca de pec('Tna. não pode ser impugnado dr, MI sola o pálio do art. 5u dai-ei". 7.853/1989.
l)rieits, 5 aú<le . Medicamentos - Obrigação do Estaclo.Agravo dc instrumento -Ação (1 fato (la deficiência fmsica não tira da pcusoa sua capacidade civil c sima aptidão para na:iTuiíes -
de Obrigação de Fazer. Medicaiiie,a ros prescritos que não constam do rol oficial daqueles mar livremente sua vontade. 2 —Já basta ao deficiente ai violência decorrente dc sua limitação
previstos no programa oficial para tratamento de drahetcç mel/uns tipo 2. Responsabilidade fisica.Não é admissivel praticar unia segunda violência,, tratando-o cotiiO se lo-
olidà ria dos entes políticos, União, Estado e Município. 1 )ireito à vida e a saúde. Dever cons- te incapaz, a necessitir de proteção adicional na prática de atos ordinários da vida civil, ]iro.
titucional do Poder Públxco em prover, ex vi da inteligéncia do arr. 196 da CE Presentrs os teção essa que chegue ao extremo de contrair unia decisão que ele próprio tomou acerca dos
pressupostos da cautela enunciada no art. 273- corresponde, atualmente, aos arts. 294 e 300 rumos de sua vida. 3 - O argumento de duo ''O direito à saúde é i,idaspon ivrl' e de pie,
do ClC/201 5-do CP(1/73. Assinação de asrwinfes. Dá-se provimento ao Recurso interpos- purtanto. não pode haver sua redução a uni quociente monetário é equivocado Qualquer
to ('IJSR 1 Cdiii. de Direito Público; AI 771 683-5/2 -00-Campinas/Se reI. Des. Ricardo pessoa pode optar por receber tratamento parti rular, pagando o preço correspoim dente ou
Aiiafe:j. 20-8-2008, vil . BAASP. 2623:1665-1). valer-se da saúde pública. No acordo objeto de homologação, o deficiente fisico não renti n(ioh,
BAASP. 2880: l 1 Agravo de instrumento - Fornecimento de medicamentos •. Pacien- a tirai trataniclito de saúde. Apenas optou pelo tratanienco na rede pública. 4-Recurso espe-
te com retoco' mte tilcera tiva - Direito constitucional á vida e à sua de. Impossibilidade de arcar evil unprovido (STJ - Y Tutina, Rec utso Especial ri. 1.1(115. 063. <el. Mui. Naiacy A ndriglim,1.
co,il os rã rliiacos receitados - Decisão niantida.Todos os cidadãos têm o direito a tratamento 4-9-2012. v.ui.).
condigiso, e os entes federativos são responsáveis pela promoção de saúde e, em última instán- 233. José Eduardo de Siqueira, A evolução cientifica e tecnológica, o aumento dos
cia à vida. Logo, correra a tutela antecipada para fornecimento de medicação essencial ao custos em saúde e a questão da tmmnvensalidrde do acesso, Bii,é6ca, 5:47. O Metro (Brasil ter.i
tratamento do paciente que não possui condições financeiras, de modo a atender ao princípio novo remédio para tratar tuberculose, 24-3-2009, p. 5) noticia que novo remamédio no trata-
maior que é a garantia da vida, diante da prova inequívoca e da verossiiia ilha nça da alegação mieiatu da tuherrtilose esta rã disponKel no SUS (Sistema Uma ico de Saúde). Data-se do 1) PC
(art. 273 - corresponde, atualmente, aos srts. 294 e 1300 do CPC/201 5 - do (1PC/73). Re- )ose Fixa Combinada); essa terapia permite a redução de seis para dois comprinudos na dose
curso conhecido e desprovido. diária usada hoje no tratamento da doença. Com a mudança, o Ministério da Saúde cspe,a
1 - A responsabilidade pelo fornecimento de exame médico é solidária entre União, reduzir o índice de abandono do trata incuto hoje de 8%. A taxa de abaimdorio reconiendada
Estados e Murucípios. Eventual deliberação a respeito da repartição de responsabilidade com - pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é de menos de 5%-A Lei ii. 11.520/2007, regn-
pete ti 'iicaniente aos entes federativos, a ser realizada em momento oportuno, mao podendo lamentada pelo Decreto ii. 6.168/2007, alterado pelo Decreto ii. 6.438/2008. dispõe sobre
o parrieular ter levitado seu direito á saúde, garantido constitucionalmente por Ato da Aduim- concessão de pensão especial às pessoas atiogi das pela hanseníase, que foram submetidas a
lustração Pública. 2 A Constituição Federal é expressa ao assegurar o direito à vida e á isolamento e internação conipulsôrios em hospital-colónia. O valor dessa pensão especial é
saúde coimio garantias fundamentais, instituídas em norma de caráter impentivo, autoapjm cáveis. reajustado anualmente, conforme indices concedidos aos heneficios de valor superior ao piso

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ia dia ciii edificas de grande porte, o uso iiidiscriniin ido de energia ut,cear de pessoas dos 1 ci cais per igosos, sem olvidar da i mcc ess idade do r's tabele ci-
etc. Fazem com que o ser humano viva, hodiernarnente, la era do riscolanto !, lento de serviços públicos essenciais a tais situações.

isso é verdade que grande é o número de vii ''ias e'" d'sasfres de nassa ou ad- Havendo unia carástro t, deverão ser atendidos na segu ri te ordem: o'
dentes coletivos, que trazeri ciii seu bojo o amargo, das t, -agédias. 1 iis si ti istros srIVcs recupc r.istis, os graves relativa, nente estáveis, os feridos que podei,i
são decorrentes da inventiva ] nu ti, ia: explosões, acidentes meroviários, Ler ovi - e os que não ti"1 poder de locou 1 iOÇO. Co,isei1tiei, teniente, os mortos
áriOs, i i,mritilnos, rodoviários. imic&ii dios, acidentes de irradiação ion 7, ate, In - pio mil deverão ser retirado,s por ú Id 11102
lo
No resg.l É e da vírima só se poderá
toxicações, eletro, tissão. desaba inc nios de prtclios elevados. viadutos etc. AIéiii atingir sua integridide física pia salvar sua vida. Ante o princípio tia t ira lida-
disso. há os acide, ices oriundos i ão só da aç o de forças naturais, Corroo seca, de, todos os acidentados devei ii ser atendidos seu i qu alqti er di ser iiii i'1.IÇ0, no
Cielon es, teinpora is. avalanches, terreiliOtos, ina remotos, ei i cliente, cru pçÕes iii.i is breve espaço de teu] Ipo e 'ia proporção dos recursos dispon íve is, sendo
vulcáti i cas, fuim una ção etc., mas tai iibéni de pánicos com pisoteio en m boates, apenas admissível que se dê prioridade aos que esteja!]] em perigo de vida 4i•

estádios, circos etc. r, (:em isso ressalta-se a necessidade de uma maior cíetivi -
dade da medicina de risco, que pode ser até mesmo considerada n,cdid,ii de
catástrofe. e da adoção de deterini udas posturas éticas voltadas 'à prevenção de 240 Iorcnzo e itodelgo.Triage y va!oracnSn i,,,cial de las vict,n,aç. Rej;içici drAen,uáu-
da,, os cai isados por acidentes co' elivos, à co id tição e à atenção de suas vítii nas - IJ9I . p. 908-13
'1 bda a sociedade precisa resp(>nsabilizar-se por atividades de prevenção, Sgrcccia e Fasatielia, Bioétic;, y uicdacii,a de Ias cacísrrofk, Meiiici,i,i e Erxcj, 1 113-28.
tio sentido de evitar que os acidentes catastróficos provoquean danos ni ai ores, l<e. Rl)C ÇI,L ANVISA n 11/2()14 regtiLiment.i a prestaçio te serviços de ',(,dr cm
devendo, para tanto: a) tomar iiaedidas de segurança, criando sistemas de eveticus piblicos (esporuss. religiosos,coliiercia,s, sciC,,i,ç ou políticos).
alarme .i n te a proxi in idade dos sinistros e planos de assistência imediata e de A I'oriaria n. 1.630. de 13 de ;lgoslo de 20118. do Ministério da Saude iiiscctc,t Grupo
Tc,uici' pariu coorden.0 e .icoiiipaiih.it - as açóes 111 AssLsteiicia FIii,nLJiiL,irIa no ,i,iiNiut, do
li-anspor a tias víti ii t,, b) criar, Lo ri nas de ide n ti flcação de riscos pote ii c 'a is:
o adotar serviços e i i cdi das sanitárias; d) providenciar a for ilia çao de eqti 1 p es
MitIsteriu d.i Saúde, oiis,cicriiido que:
a) c]es,ustres iiatur:t,s e toiuflicos .triuu,tdo teto alotatiu t)rrc,uic,itc- i.líc'' '"ais
médico -legais especializadas e 1 organização de serviços de socorro niédico.
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da Asi,i, tia Aiiiénica Ccnlr,,l e do Sul e dc, Cjr,bc co,,, iec1tiena ou Iitiiirada
Ui-ge a formação de equipes médico --legais para ti-atar das necropsias dos capacidade de resposta,
corpos e da identificação das víti i nas. útil seria a criação de um Comitê de h) o coliapronlisso brasileiro de va!rr-se da coopei -;,ç5o como itimi lrKtrtituienco de c,er -
Id entifmcaçã o em Desastres de Massa, constituido por profissionais exper cci - cicio da sc,ltd,riedade ,ntc-rn.iciouial-
tes em questões catastróficas. A equipe de socorro médico deve ter habilida- e), Assistência 1 Itiiu,ttutária é parte iiiteszratite da agenda de políilt:, extern.0 hrailc-,,,,,
de assistencial no resgate dos feridos. no seu transporte, na Ir agem e ti.' e que esta pe,rehida cotou racilcan pct'.Ilite a coui,u,a,d..uie ,Iiternai_ - ioIh.I;

:ivaIi :içiio tius Viti fias, :01151 (lera!] do a gravidade de suas lesões; e) For ic cer ci) os eslbrços da ci,,,iin,d;idc ute, ,,icioiial e,iI ain,Itar com do,çúes e nssistê,tc iii Ir-
tii.,Iiitr,.I. e
con di ç á es ii ia teriais que atenda i i r urgência de cada caso: fl elaborar ni
Ir) ci espíx icu de —Iade, bemii ceri,o os cotlipnhiillssus pala cutqic-rar lia de
1 lano Nacional para Cat:mstrofcs, contendo a prev são trac, 5ó dc estratégias .Ifl'.L
saúde com a América Cenir,,l,a América do Sul, aAsLa, C.,rihc ci Afio-
para resgate e atendii neo to rápido das vi tinias, nus ta ,iibéui de ações a serei,
0 Gr,p Técnico par.' coordenar e Ko,flpaflhi -ui .n açôes de Ass,sté,,ci,i 1 iun,a,i,i.irn
desenvolvidas pai - a a redução das causas de desastres de massa e o afastamento no imh,to do M,,,,stério da Saúde leiii o ob1ruvo de frirl.uIet era doaçio ei :iss!st&,icia lute,'-
,i,uional, bem como auxiliar ,, repatriaç.i, tio brasileiros que ileccssice:I l de ateridinuenco
médico Ao Grupo iécnir, rollipete:
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dc' 2013, do Mi,, kcério da Saúde, que define, no inibito do Sim et ia Úniro de Saúde E,) SoIic,lar e rescrvares(t,cple especifico sua íp,sde doaçõesde ,nedica,ntiutuss e lilsunios
,v1nusabiludades das esferas de gestão e estabelece as l)itrie Nacionai.s pariu l'Ia,uejaniecito, c) elabora, ptiblicaçn a respeito das doações;
lixeetiçio e Avaliaç3o das Ações de Vigilincia e Assiçrncia à Saúde ciii Eventos de Massa; 'ar- d) aux,li.u- quando ,lecess.irio, tio gerellclahiieilto diu doações;
Lana liiçermiiiisteriul ii 2/2013> que estabelece Minuta de Termo de Adeso ao Protocolo
N.ic,ozial Conjunto pan Pioteç5o Integral a (ri,iiças e Adolescentes. Pessoas Idosas e Pessoas e) prestar auxilio, seitipre qtue possível. à prociuodo, a proteção e a rectuperiçio da saú-
,,ieu,tal das sit,xiu.is;
co,,, l)eíiciéiaria tu,, Situaçio do Riscos e l)esasres.

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a) aplicação da recursos para aquisição de equipamentos preventivos; ni) criação de Conussão de Controle de Infecção 1 lospitalar (Cxii EI),
b) distribuição equilibrada de recursos para atingir o maior número órgão de assessoria á autoridade máxima da instituição e de execução das
possível de pacientes envolvidos; ações de controle de infecção hospitalar;
c) proteção CIO bem-estar do paciente, bem como de sua privacidade, n) escolha de sistema fechado de coleta de urina, líqu o r ou líquido
mai itendo -se sigilo sobre seu estado e não constando seu ',me em relatá rios perito nial;
a serem divulgados; o) opcão por ui ii tipo de cateter, curativo ou anti ssépti co mais acon-
cl) adoção de medidas preventivas ou de rotinas técnico-operacionais selhável co ni vistas ao combate á infecção hospitalar,
para prevenção e controle de infecção hospitalar, visando limitar a dissenii- p) ausência de nexo causal entre a infecção nosocoiiiial e a]gunu falha
nação de agentes presentes na infecção; do médico ou do hospital, por exemplo, não poderia haver erro na obser-
e) investigação dos surtos de infecção, implantando medidas imediatas vância do prazo de validade de um produto antisséptico, que provocaria
de controle; atamento de casos de infecção em cirurgia;
comunicação feita de modo claro aos demais profissionais da saúde q) implantação de um sistema de vigilância epiden-iiológica das infec-
dos resultados obtidos ciii relatórios enriquecidos com explicações objetivas ções hospitalares;
e gráficos; r) treinamento de funcionários e profissionais da saúde com vistas a ob-
g racionalização do uso de antibióticos, antimicrobianos ou germicidas, ter capacitação adequada para prevenção e controle de infecções hospitalares.
empregando o menos tóxico, ajustando-os em doses conforme a gravidade
e o parâmetro fisiológico do paciente, para reduzir germes resistentes a infl- 6.e) Direito à incolumidade da mente como um dever a ser res-
tiplas drogas, pedindo, se possível, a opinião de uni farmacologista clínico peitado por todos
sobre as consequências das interações com ou ti-as drogas ou do 1 n esmo ai ti -
mi crobiano e o sistema imunológico do paciente; O direito à integridade psíquica é um dos direitos da personalidade,
impondo, assim, a todos o dever de respeitar a estrutura psíquica de outrem,
h) notificação às autoridades das enfermidades ocorridas; seja por ações diretas ou indiretas, seja em tratamentos psicológicos, seja,
i) proteção da saúde dos empregados do hospital ou clínica, impedindo ainda. em atos repressivos. E preciso resguardar os componentes identifica.-
a disseminação de agentes infecciosos mutirresistentes, mediante sua vacina- dores da estrutura interna da pessoa, suas convicções, ideias, modo de pensar
ção, por exemplo, contra hepatite B, rubéola, tuberculose etc.; etc., para que possa haver tutela integral à sua personalidade Até mesmo ao
j) cautela conforme o tipo de cirurgia a ser desenvolvida, a gravidade nascituro deve ser garantido, desde a concepção, o direito à incolumidade
da enfermidade atendida ou do caso, o grau de comprometimento orgânico, 'neo tal, evitando-se que alguém adminisue à sua mas ou que ela mesma
a idade do paciente etc.; ingira medicamentos que possamii causar dano ao sei' desenvolvi rn enlo psí-
k) adoção de medidas de isolamento de doentes com moléstia contagiosa; quico. Ninguém deve prejudicar a sanidade mental de outrem, sob pena de
1) lavagem e antissepsia das mãos e uso de barreiras físicas, ou seja, luvas ser responsabilizado penal e civilmente Além do mais, há obrigação dos
ou máscaras, para impedir a exposição dos fluidos biológicos liberados du- -
parentes e do Estado de velar pelo insano inenta1 2 , devendo-se até mesmo
criar cooperativas sociais (lei n. 9.867/99, arEs. 1 e 3°, U e III) que insiram
rante o procedimento invasivo;
deficientes psíquicos e mentais, pessoas dependentes de acompanhamento
psiquiátrico permanente, egressos de hospitais psiquiátricos e dependentes
pelo 'l'riliunal a quo no se revela exagerado ou desproporcioiial as peculiaridades da espécie.
'io justificando a excepcional intervenção desta Corte para revé-lo. Recurso Especial 130
conhecido" (s'i 4ay, REsp n. 6292! 2-RJ. reL Mm. Cesar Asfor Rocha.j.] 5-5-2007). Vide 245. Pontes de Mara'ida, 77aiado, rir., v. 7, p 28-9; Carlos A lijertu II, ttar, Os direitos da
177,297:221. Lei o. 11.723/2008 institui o dia 15 de maio como o Dia Nacional do Contro- cc, p. 111-2; Giseile C. Croening:i. O direito àintegridade psiqtlica e o livre
ledas Infecçôes Hospitalares, para conscientizar os profissionais da saúde de sua imporcncia deseisvolvinicnro da personalidade, Família e dignidade - Anais do V Congresso Brasileiro de
e fonienrar campanhas pira aumentar a consciência pública sobre os seus problemas, direito de familia (coord R. Cunha Pereira), S3o Paulo, IOB-Tlionisoiii 2006, R 439--

230 1 231
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químicos no mercado cconõrnico. por n'cio de trabalho, integrando-os na responsabilidade penal e civil. Tais ofensas constituem unia lesão à liberdade
sociedade, mediante o desenvolvimento de atividade, mercantis, industriais ,,wral da pessoa. São condenáveis:
ou agrícolas e a organização de serviços sociossanitários e educativos. a) as práticas tendentes a obter confissão, como os expedientes de tortura,
o uso do polígrafo ou fie detector, aparelho que, ligado ao acusado, destina-se a
6.f) Ofensas à integridade psíquica como lesões à liberdade detectar seu subconsciente, suprimindo sua vontade e fazendo com que res-
moral da pessoa ponda às perguntas dirigidas, o emprego da narcoanálise ou narcodiagnóstico
e a utilização de hipnose para descoberta de fatos. Esses métodos constrangein
A ofensa à integridade psicofisica apresenta nmitas variações, por abran- a pessoa a dizer a verdade, atentando contra sua personalidade por haver um
ger gravanae àsaúde, à estética, à 'atente etc. Sua indenização é fixada. em regra, "arrombamento" em seu psiquismo, o que constitui constrangimento ilegal;
por arbitramento e sofre influência do lado subjetivo do dano moral e do b) a psicoterapia e a psiquiatria política, desde que visem obnubilar o
aspecto objetivo, como posição econômica do lesante, repercussão do agravo, discerniniento;
posição social e necessidade do lesado, dano emergente, lucro cessante etc, O
c) a lavagem cerebral;
problema mais sério é a avaliação do aspecto subjetivo, pois, como medir a dor
do lesado? A dor é um fenômeno de origem nervosa, tendo, por isso, caráter d) os atos para levar à adesão política;
subjetivo, mas apesar disso tem havido métodos objetivos para estabelecer o e) o desestiniulo a teorias opostas;
montante satisfatório. Por exemplo, nos Estados Unidos e em alguns países os atos tendentes a aprisionar a mente;
europeus utiliza-se um aparelho para medir a dor, denominado dorimetro, que g) as práticas religiosas ou exorcistas realizadas por seitas de fanáticos;
a classifica em sete categorias: muito leve, leve, moderada, média, quase mi-
h) as intimidações pelo medo ou pela dor;
porta iate, intportafl te e i flui [o importa nte 2 . Deveras, é ti npossível 'gim orar a
consequéncia psicológica do dano, que pode atingir a vitima teniporiria ou i) as internações em "clínicas" de repouso, que procuram efetuar cor,
dicionamentos psíquicos que afetam o pensamento do paciente a1a.
definitivamente, incidir eu, seu trabalho, vida, relações sociais e afetivas etc.,
mas o órgào judicante não poderá negar reparação ao lesado por falta de pro- Em defesa do direito à integridade psíquica, vedados estão quaisquer
vas de seu sofrimento, dor, prejuízo sofrido no seu lazer ou afeição, mesmo atos que possam afetar a saúde mental e o equilíbrio emocional da pessoa.
porque o dano moral não é a dor, o desgosto, a mágoa, a humilhação etc., que
são estados contingentes e variáveis em cada caso e inindenizáveis, pois não 6.9) Tutela jurídica à saúde da mente
se expm'imeiil cita dinheiro; sua reparação seria tão somente unia compensação Em todas as nações civilizadas há a consagração do princípio do respei-
ante a impossibilidade de haver equivalência entre o dano e o m-essarciniemito 27 to à incoluniidade mental nos Textos Constitucionais e em normas substan-
Além da proibição de ato atentatório à integridade psicoflsica, é preci- tivas e adjetivas.
so não olvidar a possibilidade de que, em face do direito à incojumidade
mental, não se pode atingir, por ação direta ou indireta, a estrutura psíquica
de alguém, alterando sua mente, violentando suas convicções políticas, reli- 248. CarlosAlberto Bittar, Os direitos da personalidade, cit.,p. 1 12-3;Rosalina de Santa Cruz
giosas, sociais, pessoais e filosóficas ou inibindo sua vontade, sob pena de Leite, lbrtura é crime imprescritível, PLTC.-viva, 33:20-9, 21Y38. Metro (Santa Catarina investiga
tortura contra ptvsos, 4-11-09, p. 4) noticia que o governo de Santa Catarina está investigando
denúncias de tortura de detentos da penitenciária São Pedro de Alcântara, abrindo sindicáncia
para afastar da função os agentes acusados e o diretor da unidade. Decreto n. 8.154, de 16 de
246. C encvi é ve Vi n cv, l3ai1 é de d'a c;j,ii, les o bi rga fio' Ia raspo s,laffio eík SOU, Ia d imc- dezembro de 2013, regulamenta o funcionamento do Sistema Nacional de Prevenção e Com-
tia,, tejaqnes Gliestin, Parit, LCD], 1988,- 202-3. bate àTortura, instituido pela Lei n. 12.847/2013, a composição e o funcionamento do Comi-
247. Consulte: Caio Mário da Silva Pereira, kespoi'sahilidadc dpi!, 1992, p. 319; Sérgio té Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e dispõe sobre o Mecanismo Nacional de
Severo. Os danos cxfrapat4inoniais, São Paulo, Saraiva, 1996, p 21 S-9; Maria Helena Diniz, Cu- Prevemiçio e Combate à Tortura; Resolução ti, 4, de 9 de maio de 2016, da Secretaria Especial
ti, direito cit'fl hrasi!eio, São Paulo, Saraiva, 1998, v. 7, p. 80-91. FIlio Tartuce e Gisclie C Croe- de Direitos Humanos, dispõe sobre deliberações, fluxos de informações e notas públicas relativos
ninga, O dano a integridade psíquica: tinia análise interdisciplinar, E,zsaios sobre respansat,i!idadr prevenção e ao combate à tortura e outios tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degra-
na Øs-,norknidade ( coord. Hironalca e Falaviina), Porto Alegre, Magister, 2007, p 99 a 126 dantes, no âmbito do Comité Nacional de Prevenção e Combate àTortura.

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lógicos ordenados pelo nngistrado.Todavia, quem injustificadamente recusar- isso, o profissional da saúde, ou melhor, o neurologista, o psicólogo ou psi-
-se a submeter-se a esses exames dará causa ao juiz para deduzir argumentos quiatra, deve ter cautela nos exames para detectar o problema que o afeta,
de prova relativamente ao ano de recusa, podendo ser condenado a pagar bern coiro a causa que lhe deu origem, nos medicamentos ministrados e nas
multa não superior a 10.000 liras 57 . técnicas utilizadas, para que não se alterem os componentes psíquicos do

Há um resguardo legal à saúde rnemital, dai do origem, a quem causar pacientes pois não poderão modificar-lhe artificialmente a personalidade,

dano moral ou patrimonial, à responsabilidade civil ou penal menta ou intimidá-lo pelo ii iedo ou emoção ou, ainda, pela
aprision ar-lhe a ni
dor, retirando seu discernimento psíquico ou induzindo seu comportaniento'.

6h) Autonomia da vontade do portador de doença mental Deve-se respeitar a autonomia da vontade do doente mental? Teria ele
capacidade para exercê-la cm toda a sua plenitude? Se há situações em que o
A doença mental é uma perturbação psíquica oriunda de processo pa- transtorno psíquico causa danos à capacidade de entender os fatos da realida-
tológico instalado no mecanismo cerebral, como se dá com a arteriosclerose, de, quais os critérios para se apurar isso? O prejuízo do entendimento e da
psicose traumática, sífilis cerebral etc., causada por veneno ah externo, como capacidade de decisão seria transitório ou permanente? Como o psiquiatra
álcool, morfina, cocaína etc., toxina metabólica produzida por infecções agu- poderia identificar o momento em que se dá a reaquisição das aptidões para
das ou, ainda, por desvios de conduta normal psíquica, como paranoia, histe-
compreender e se autodeterminar? O comprometimento dojuízo da realida-
ria, psicose maníaco-depressiva, esquizofrenia, oligofrenia, loucura etc. O de nãojustificaria a peida da autonomia da vontade do doente mental?"'. O
portador de moléstia mental não está habilitado para praticar atos na vida
estigma da loucura acarreta a perda da autonomia para seu portador, fazendo
civil nem mesponde criminalniente 1 , visto que, por causa transitória ou per-
com que seu discurso e ações sejam sintomas da moléstia de que é vítima. O
manente, não pode manifestar sua vontade (CC, art. 42, li e III). A doença
médico é o único intérprete credenciado, com o beneplácito dos familiares
mental portanto, pode ser congênita ou adquirida. Os csq(iizofrnicos, por
do seu paciente, capaz de decidir sobre seu futuro, exercendo uni poder abso-
exemplo, têm menos massa cm Zenta no córtex frontal e no li ipocal
sede 1) po, luto sobre ele, que vai desde a liberdade de locoiiioção até a forma de ti-ata-
da memória e das emoções, suas células estão fora do lugar e, em casos graves,
mento que deve receber. A loucura não priva, na verdade, a pessoa de sua
n5o conseguem distinguir a fantasia da realidade. O viciado em droga pode
capacidade de julgamento de tomar decisões, mas, ante seus delírios e aluci-
possuir o alejo, ou seja, versão anormalmente longa de uni gene do cromos-
nações, que o impedem de distinguir entre a realidade e a fantasia, o falso e o
somo 11,o mesmo ocorrendo com pessoas impulsivas, volúveis temperanien-
verdadeiro, justiRca sua sujeição ao poder-saber médico. Todavia, tal sujeição
tais e que procuram emoções novas. Hanier e sua equipe identificaram no
não autoriza que se deixe de respeit-lo conto ser humano, procurando-se
cromossomo 17 um gene que provoca neuroses, ansiedade, depressão e com-
fazer com que viva em um clima de liberdade, autonomia e consideração
portamento hostil. 1-lá um gene no cromossomo 22 que se liga aos distúrbios Il1)262.
mútua conforme o grau de alienação mental (CC, art. 4, li e
obsessivo-compulsivos, explicativo de pensamentos obsessivos e comporta-
mentos repetitivos. No cromossomo IS encontraram um gene responsável
pela psicose naníaco-depressiva 59 .A moléstia mental pode advir também de
260 Carlos Alberto Binar, s direitos da personalidade, dc., p. 112-3 -
traumas, infecções etc. O doente mental precisa de tratamento adequado, por
261. !van de Araújo Moura Fé, Doença mental e autonomia, Bichica, 6:72; Alessandra
Ferretra de Freitas e Mauro Machado do Prado, Princípios hmoéticos norteadores do atendimento
odontológico a pacientes portadores de necessidades especiais: aLitononhia beneficência,
257. Eliniar Szaniawski, Direitos da persoualidade, cit., p 321-30, Bioti iça - estudos e reJ1ea-àe, org Gmraldi, Garrafa, Siqu cir, e Prata, Londrina, Cc-frl, 2003, v 1
258. M Helena Diniz, Doença mental, in Didonáno juddicti, cit, v 2, p 230. lsaac Miclnik p301 -25; Encyde Cornija EM. Oclia, Direito verdade e almtonomnma da vontade no enfermo,
(Dkionário de termos psiq'uP ricos, São Paulo, 1987! p 69) define deficiê,icia ineutal'' como o Dciírc, 8;222-35;Ajidraei LVAtmque e A!examidre L.Veltronm,A pessoa portadora de deficiência
desenvolvimento mental incompleto ou inadequado, acarretando transtornos para urna adapta- e a eu ucaç ão no B na si!, Revista de Direito (0andin,roen.i e in lan rim; a?, 60:7-34 -
ção sodal independente e autônoma; incapacidade de comportamento intelectual dentro das 262- Alfredo NafluiI, Neto, O estina da loucura e a perda da aunonomrna, B,ohica, 6:81-7;
habilidades permitidas pela idade cronolôgica, verificada por indo de Lestes psicornétnicos. Franco da Rocha, O espelho do niri;sdo:Juueiy, a 1 .. cro, de un, asilo, Rio dejaneimo, 1986. Vide Lei
259- Sharon Begley, Gene pode causar atitudes esquisitas, O Estado de S. Paulo, 22-1-1998. '1-10.216/2001. sobre proteção e direitos dos portadores de transtorno mental; CC, art. 4, li e

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(arts. 18, l a 52,19 a 26), bem corno o seu direito à habilitação e â reabi-
assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros (Lei n.
litação (arts. 14 a 17), com o escopo de desenvolver suas potencialidades, ha-
10216/2001 art. 42, 22); h) deixar de usar a repressão física ou a "camisa
bilidades, aptidões fisicas, cognitivas, sensoriais, psicossociais, profissionais e
de força química" para ocultar a escassez quantitativa ou qualitativa de pes-
artísticas, conducentes à conquista de sua autonomia e de sua participação
soal dessa área de saúde e mascarar a falta de atenção ao paciente.
social em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas.
Com base na teoria do pavelis pa!riar, o Estado (Lei u, 1(1216/2001, arE -
corno substituto dos pais do pa(iente, deve autorizar sua 1 iospitalização
6.1) Problemas bioéticos do tratamento psiquiátrico involuntário
colnpulsór ia (Lei ri. 10,216/2001, sus. 62, III - e 9°) sei npre que represeri tar
A pessoa com deficiência não poderá ser obrigada a se subriteter a in- perigo para si rliesiiio, por ter tendência suicida, ou para outrem, se apresen-
tervenção clínica ou cirúrgica, a tratamento ou a institucionalização forçada. tar pendores para o hoinicidio ou para perturbar a ordem pública, ou se não
Seu consenso em situação de curatela poderá ser suprido, na forma da lei (Lei tiver capacidade para cuidar de si mesmo de ciodo adequado. Deveras, pelo
13.146/2015, art. li e parágrafo único). Logo, seu consenso prévio, livre art. lO e parágrafo único da Lei ri 13.146/2015 compete ao poder público
e esclarecido será indispensável para a realização de tratamento, procedinien- garantir a dignidade da pessoa com deficiência ao longo de toda a vida.Assiin
ro, hospitalização e pesquisa científica. E, se estiver sob cuntela, deverá ser sendo, em situações de risco, emergência ou estado de calamidade pública, a
assegurada sua participação, no maior grau possível, para obtenção de con- pessoa deficiente sei -á tida conto vulnerável, devendo o poder público tomar
sentimento (Lei n. 13.1 46/2015, art. 12, Ç 1). medidas para sua proteção e segurança.A decisão médica (Lei n. 10.216/2001,
Seria ético e juridicamente admissivel o tratamento psiquiátrico invo- art. 8) de internar o doente mental, diante da insuficiência dos recursos
luntário, isto é, sem o consenso do paciente, ou melhor. contrariai nente à sua cxtra-hospitalares (art. 42 da Lei ii. 10.216/2001), apesar de ter por escopo a
vontade? Em que casos se poderia admitir tratamento de pessoa portdora sua reiuserção social (art. 4, % 1 Q), deve ser avaliada e revista por junta inter-
de transtorno mental em oposição à sua vontade? disciplinar designada pelo Ministério Público 0 ei n. 10216/2001. art. 8°,
A internação ('essa pessoa só poderá dar-se quando recursos extra- devendo, além disso, o caso ser analisado, per iodi camente, por uni coa -
-hospitalar-es forem insuficientes e terá por escopo a sua reinserção social (Lei velho composto de psiquiatras, médicos, psicólogos e advogados que não
n. 10.216/2001, art. 4 2 e § 12). possuam quaisquer vínculos com a instituição hospitalar onde está internado.
Esse controle externo é imprescindível, no nosso entendei-, porque o pacien-
Há unia tendência de se aceitar tratamento psiquiátrico à revelia do
te está internado contra sua vontade, havendo restrição à sua liberdade inte-
doente mental, ante sua periculosidade, incurabilidade, iruprevisibilidade,
capacidade de praticar atos violentos, em asilos (Lei n. 10216/2001, art. 42, rior e exterior. Cada membro desse conselho deverá fazer unijuízo avaliati-
vo da situação do paciente, no seu respectivo campo de atuação. Isso é assim
§ 32) hospitais especializados ou manicômios, pois a falta de cuidado médico
contribuiria para a cronificação do paciente, que mergulharia cada vez mais porque, se o doente, em razão de sua moléstii, não pode tomar decisões
válidas nem dar seu consentimento informado ou esclarecido, por não possuir
em seu mundo autista, reduzindo sua possibilidade de reintegração social e
familiar e recuperação. discernisnento nem exercer seu direito à liberdade de aceitar ou recusar ações
terapêuticas, deverá haver uni órgão que o defenda, considerando tecnica-
O tratamento psiquiátrico involuntário (Lei n. 10.216/2001, art. ó, li)
mente, se tais ações são ou não indesejáveis, oportunas, se houve urna me-
deve contornar crises de agitação no paciente, sem fazer com que viva cru
lhora em seu estado ou até mesmo se sua recuperação se deu. 1-lá, em vista
clima insuportável de ociosidade e negligência assistencial. Nesse isolamento disso, autores como Roth, Meisel e Lidz 2 °3 que têm tido a preocupação de
e confinamento forçados, deve-se: a) evitar a perda da autonomia da vontade,
estabelecer testes suscetíveis de aferir a capacidade do doente para decidir
de forma a que não se desenvolva um afrouxamento no comportamento
social, fazendo-se com que o paciente não perca, por exemplo, o hábito de
asseio e procure comunicar-se com os outros. Logo o tratamento em regime
de internação será estruturado de maneira que ofereça assistência integral à 263- RocEi, Meisel e Lidz,Tescs ofcompctency co conseur co crcatrnenc, A,n. Psycl;ia.
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ry, 134:279-34; Roberto Bolonliini Junior, Portadores de necessidades especiais, São Paulo, Arx,
pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de 2004 218-24.

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dade na aplicacão e no controle das penas alternativas no País; e) minora r a Com° (art 52,111) e a Lei ir 9.455/97 proscrevem a tortura, proibem
aplicação das penas privativas de liberdade, vez que refletem a medida extrema a prisão arbitrária e determinam o direito a uni julgamento justo Deveras, a S

de exclusão social, na busca do verdadeiro sentido de Justiça e do Estado de con venção contra a Tortura, de 1984, obriga os Estados a tomarem medidas
Direito Democrático; O reforçar o real objetivo das penas alternativas no sen- leislati'as, adun iii stra tivas e judiciais para impedir atos de tortura, inclusive
tido de humanizar o processo de punição do País, para que as penas privativas cmo meio de obtenção de prova, que não só provoquem sofrimentos agu-
de liberdade sejani aplicadas aqueles que, efeti vaniente, prejudicam, ali icaçaifl dos, fisicos ou mentais para obter denúncias, informações ou confissões,
e violentam a sociedade; g procurar maior prontidão dos poderes constituído s punir algum ato cometido, coagir ou iii timidar ou para fins de investigação
na aplicação das penas alternativas já existentes na legislação brasileira, por crinii 'ia1, co na o ta ii th&in a nu em a personalidade da vitima, diminuindo sua
meio da celebração de convênios e parcerias corri instituições públicas e pri- capacidade fisica ou mental apesar de não provocarem dor física ou angústia
vadas, na busca de sua viabilização com as municipalidades que integram os psiquica. Na Declaração Universal estão consignados três direitos que devem
Estados da federação; h) estimular a criação de associações com personalidade ser respeitados pelos operadores do Estado: o direito à vida, 3 liberdade e à
jurídica para apoio e atuação junto aos Conselhos de Comunidade. segurança (art. 3), o de não ser submetido a tortura (art 54) e o de não ser
preso arbitrariamente (art. 94), Se violados, diz Alex Schinid, ter-se-ao graves
Conclui-se, assim, que a prestação de serviços à comunidade seja entemi_ infrações aos direitos humanos que correspondem a uni ''triângulo fatal" 170 .
dida corno forma de penalização que respeita a sociedade e o condenado,
O Estado não pode ter a pretensão de ser democrático se permitir ou
porquanto de um lado evita a impunidade e, de outro, estimula o aperrado a
tolerar a violação de direitos humanos. Contudo, são constantes os abusos no
redefinir sua vida e fazer uma prospecção de futuro dentro da lei, propician-
sisten a policia!, por haver desmaiado ido e violência uniforniizada, no sistema
do-lhe a vivência de sua própria cidadania''.
penitenciário, ante as condições precárias e desumanas, que dificultam a re-
De fato, não se pode impor pena privativa de liberdade serar garantir os cuperação e reintegração social dos condenados, e na sociedade, devido ao
direitos ii ali eiiãvei.s do ser li u 'lia 110. se iii protegê-lo de una amiihien te que iaãr, preconceito contra os que já cumpriram a pena.
to eserve a qualidade de vida. As constantes rebeliões de presos por inelljore 'no se pccIer ia admiti r a esterilização de crinii noso reincidente
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condições indicam que o sistema penitenciário brasileiro não atende às exi- caso de delito sexual? Se a esterilização não retira a potência cocundi, de que
gências de espaço físico, por haver superlotação, nem executa seu papel de adiantaria ela se não evita a realização do crime sexual? Em 1983, na Carolina
órgão de reabilitação, pois torna-os menos propensos à reintegração social, do Sul (EUA), três homens estupraram uma jovem de 23 anos durante 6
em razão de desequilíbrio emocional, desespero e revolta contra a sociedades, horas, fazendo com que ficasse hospitalizada durante 5 dias. A sentença
Urge acabar com o sofrimento imposto pela rotina na prisão e adotar medi- condenou-os a optar entre a castração cirúrgica ou 30 anos de prisão. -Os
das que punam o delito e, concol nitantemente, reeduquen t o crirni ri oso. condenados apelaram, conseguindo a revogação da sentença em 1985, pois a
É preciso que, nos estabelecimentos penitenciários, se evitem a huini- ester iii zaçãci de cri ri i n°505 sexu a is & considerada inconstitucional pelos
lhação e a brutalidade física e moral. O desprezo dos direitos humanos leva Emendas n. $ e 14 da Constituição Federal americana Assim, para evitar
a atos de barbárie, ultrajanres à dignidade humana. No Pacto Internacional
de Direitos Civis e Políticos, de 1966 (Convenção Americana sobre Direitos
Humanos, art. 5, ir 2, parte final), consta que toda pessoa privada de sua sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade
liberdade deverá ser tratada com humanidade e com respeito à dignidade da prisJo ou do aro processual a que se refere, seria prejuízo da responsabilidade civil do Estado'.
inerente à pessoa humana" 269 .A Declaração Universal dos Direitos Humanos, 270, A lex S c h mid, R escorri, aja os ç li ,,nran riqli ts Mio/alio is; Ri, bê ii M a rti rica Dai 'nau, El
derecho a la vida y a no ser víctmnu dc torturas o tratos inhumanos o degradantes, Cadernos
T)ire, ii C'om is,i,... s a Cm i 'ria )m lética. 29:7-1 6; Francisco AssiaTolcd,,TorLura ii u maca mais,
ConsHIex. 8:10-3; José Geraldo Silva ,z1 lei de tortura anterprctada, 1997; Paulo Sérgio Pinheiro,
268 Denise de Roure, Panomiiia dos processos de reabilitaç-Jo de preses, Co,is,ilcx, 20:15-7. Direitos Inumanos: car,tra o poder, fuízL's ,,ara a Den,orracin, 15:IO;Vanessa Vieira de Melio, O
269. No mesmo sentido eide CF, arc5, III, XLIII e XLVII Lei ,r 8072/90, art 2; Cons- direito à ''da e o crime de tortura. Cadernos de Direito Consritucionai e c:i&'cia Política, 28:89-
tituiç5o portuguesa, ares 25 e 26; STF, SúniulaViiiculante li - 22-8 2W8 rSo é lícito o uso dc 1)6; mi ti pIa A Torres Siste na puunos. brasileiro - si ilõn imo de viol aç o dos direitos Rir nian os,
algemas ciii casos de resistência e de findado receio de fuga ou de perigo i integridade fisica PU'C-,,iiu 33:4444; Leonardo Massud. Qtresto carcerária - unia sujeira mal-varrida para
própria nu alheia, por parte do preso ou de terceirosjustificada a excepcionalidade por escrito. debaixo do tapete, P(JC-vin, .3.3:68-70. Vide Código de Etica Médica, arts, 25 e 27.

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111 - primários condenados pela prática de crimes cozi lcd dos cozi vio-
dar lugar à construção de uni parque e de uma penitenciária feminina. E os
lência ou grave ameaça à pessoa; pavilhões restantes irão abrigar um centro de informática e uma escola com
IV - demais condenados piei a prática de outros crimes OU cozi trave] i çôes cursos voltados para áreas culturais: música, dança e artes cênicas. O pavilhão
cru srtu ação diversa das previstas mios incisos 1 II e 111, u. 1 será reformado para instalação de uma escola técnica do Centro Pauta
§ 4a o preso que tiver sua integridade fisica, moral ou psicológica amea- Souza e de ,,ai centro de inclusão digital com acesso gratuito à internei, do
çada pela convivência com os demais piesos ficará segregado em local próprio: - Prograiiia A cessa São Paulo.
Apesar ±s dificuldades ciii torno de sua execução, a Lei fl 13.1 67/2Í) IS k) Reestruturação da enfermaria e construção de hospitais para atendi-
benéfica. Martini de Almeida Sanipaio, diretor da Comissão de 1 )ireitcis inento de condenados afim de que haja: exame periódico, como papanico-
1 u manos da OAB-SP. conta que a norma na brasil eira surge inspirada ciii use lan, niainografia e outros de caráter preventivo; exame sanguíneo para detec-
protocolo de regras inirainias para o tratamento de pessoas presas da Organi- ção do virus da AIOS e para tratamento preventivo; garantia do direito de
zação das Nações tinidas (ONU). "0 item oitavo do protocolo diz que realização de exames laboratoriais; terapia adequada aos portadores de defi-
presos de diferentes categorias devem estar em presídios separados ou ciii alas ciências; separação dos detentos que manifestam doença contagiosa em re-
distintas da niesnu unidade pr isto nal'', citou. cinco apropriado para tratamento; permanência de assistência médica de
plantão e atendimento odontológico. A assistência à saúde, que consiste no
h) Aumento de vagas nas colônias penais, nos presídios agrícolas e iii--
desenvolvimento de ações visando garantir a correta aplicação de normas e
dustriais, de onde os presos passam para o regm e s emniaberto, para evitar iaS o
diretrizes da área de saúde, será de caráter preventivo e curativo e compre-
só a corrupão de funcionários que chegarn a vender vagas por até 5 mil
enderá os atendimentos médico, farmacêutico, odontológico, arnbulatorial
reais furando a fila de espera (orno também o cri iii p riu cii to do rescli te da
li ospi tml:i i, den tio do estabeleci meia to penal federal ou instituição do sistei i a
pena em regime fechado. No instituto Penal Agrícola Dr.Javcrt de Aridrade. dc saúde pública, nos termos de orientação do Departaniento Penitenciário
de São José do Rio Preto, os sentenciados trabalham não só com rebanhos Nacional (Decreto n. 6.049/2007, art. 22). A Reoliação mi. 7, de 14 de abril
de suínos, ovinos e bovinos, procurando selecioná-los e melhorar a Forma de de 2003, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, com o
sua criação e da produção de leite, carne e couro, mas também na horticul- objetivo de firmar Diretrizes Básicas para as Ações de Saúde nos Sistemas
tura. Os produtos são destinados ao consumo interno e à venda, sendo que Penztenciários, resolve, por entender que urna boa atenção à saúde constitui
o excedente é doado a intituações filantrópicas. Além disso, há o desenvol- uni fator importante para a valorização da cidadania, além de reduzir as ten-
vi'nento de uni trabalho coni indústrias de reciclagem, ciii parceria com sões iiieren ces s condições carcerárias, recomendar adoção de uni elenco
empresas privadas, voltado à produção de sacos de lixo, vassouras etc., niediaiite mínimo de ações de saúde que deve ser implantado nos sistemas penitenciá-
pagamento de pelo menos 'iii, salário mínimo. rins dos Estados. Tais ações devem estar, calcadas na legislação de saúde e tia
i) Transferência de detentos para novos presídios em cidades do interior Lei de Execução Penal e devem levar em conta as orientações do Plano
e cumprimento das penas com mais r igor 284, Nacional de Atenção Básica à Saúde e atender às peculiaridades do sistema
j) Desativação da Casa de Detenção (com 7.090 presos, quando só tem penitenciário e da região onde este se encontra. Por isso, a Portaria n.
capacidade para 4.500), transformando-a ciii centro de requalificação protis- 2.048/2009 do Ministério da Saúde, que aprova o Regulamento do SUS,
sional, pois o excesso de presos traz dificuldade de controle gerando violén- traçou diretrizes, nos ares. 465 a 477, sobre saúde no sistema penitenciário.
cia e atos de corrupção. Mas cinco de setas pavilhões foram iinplodidos, para Devem ser contempladas ações mínimas de prevenção e controle da
tuberculose (Resolução n. li, de 7 de dezembro de 2006, do Conselho Na-
cional de Política Criminal e Penitenciária, que traça diretriz básica para a
284. Lei n.11.671de 8 de niaio de 2008. regulamentada pelo Decreto n 6.877, de 18 detecção de casos de tuberculose entre ingr: -ssos no Sistema Penitenciário
de junho de 2009, dispôe sobre a transferência e inclusão de presos em estabelecitiieiimos aias Unidades da Federação), doenças sexualmente transmissíveis e AIDS,
peilais federais de segurança mxinia. hanseniase hipertensão arterial e diabetes, aljii do cdncer cérvieo-uterino e

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'na das medidas previstas nos incisos de 1 aVI deste parágrafo. Pelo art. 146-1), laços com a vida social e nela encontrar apoio para rever seus atos". A pena
a montoração eletrônica poderá ser revogada: a) quando se tornar desneces de prisão só deveria ser aplicada aos condenados que apresentassem periculo-
ria ou inadequada; h) se o acusado ou condenado violar os deveres a que siclade ou tivessem praticado crimes hediondos. José Luís de la Cresci Arza-
estiver sujeito durante a sua vigência ou cometer falta grave. Pelo Código de ,iieiidi enumera penas alternativas usadas em alinias nações, aplicáveis a queiii
Processo Penal, a rt - 319, IX. com a redação da Lei n. 11403 / 2011 a uniu - ,,h, cometi do crime nienos grave, desde que seu trabalho seja supemsion a-
toraçãO eletrônica é considerada medida cautelar. do 2 : execução a teimada de sentenças, incluindo detem çã o do niiciliar. senil -
Pelo 1 )ecreto n. 7.627/2011 (aris. 30 a 7): A pessoa monitorada deverá liberdade, liberdade sob licença e várias formas de detenção descontitivada
receber documento no qual consten, , de forma claia e e xpi-essa. seus direitos (durante tempo de lazer ou mios fins de semana); liberdade provisória, 'Ir,
e os deveres a que estará sujeita, o período de vigiláncia e os procedimentos abrange unia sentença suspensa à remissão condicional de uma outra; pres-
a se'eIii observa dos durante a monitoração. A responsabilidade pela adtni nis- tação de serviços comunitários em postos de trabalho e associações huinani-
tração, execução e controle da rnonitoração eletrônica caberá aos órgàos de tármas; auxílio a doentes e lia coleta de sangue e órgãos para transplantes. Ame
gestão penitenciária, cabendo-lhes ainda: ) verificar o cuiiiprinienro dos os inúmeros problemas existentes no regime fechado e no de execução e
deveres legais e das condições especificados na decisão judicial que autorizar progressão das penas, que dão, com frequência, origem a rebeliões de presos,
a non iroração eletrônica; b) encaminhar relatório circ u ista' 1 ciado sobre a por que não ampliar o leque de incidência das penas alternativas para os
pessoa 11101 torada ao juiz competente na periodicidade estabelecida ou, a criminosos primários e para os que praticaram delitos menos graves, como
qualquer momento, quando por este determinado ou quando as cim -c unsta fez o Japão? Por que não enviar os condenados à prestação de serviços à
cias assin, o exigirem; e) adequar e manter progra fias e equipes uni] tiprofis- comunidade, tais como reforma e construção de urna escola pública. atendi-
SI Dli ais de ac O ID pai il iam eu to e a poi o pessoa mo 'ii (orada conde li a da ti)
lhe 1 tu a enkrn os 'au ni pronto-socorro etc.? A aplicação da prestação de
orientar a pessoa ni onitorada no c Lini p riniento de suas obrigações e au xi li á- serviçOS à colilril idade possibilita a rei" tegração social do preso e a p ]evem çio
-Ia na rcintegraçao social, se for o caso e; e) comunicar, irnediatarne,, te ao
da reincidência - Além disso, é reconhecido seu baixo custo em comparação
juiz competente sobre fato que possa dar causa à revogação da medida ou
pena privativa de liherdade.As sanções alternativas são penas autônomas que
modificação de suas condições. A elaboração e o envio de relatório circuns-
substituem a prisão se a pena não for superior a 4 anos, excluídos os crimes
tanciado poderão ser feitos por meio eletrônico certificado digita1uente pelo
cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, ou, qualquer que seja a
ôrgão competente. O equipamento de monitoração eletrônica deverá ser
pena, se o crime for culposo O réu reincidente em crime doloso não fhzjus
utili7,ado de niodo a respeitar a integridade fisica, moral e social da pessoa
substituição, nem terá esse direito quando seus antecedentes, assim como os
monitora da. (-) sis tema de nion i toramento seni estruturado de modo a pre-
motivos e circunstáncias do delito não o recomendarem (CP, art. 44). São
servar o sigilo dos dados e das informações da pessoa nionitorada. O acesso
penas aliei nativasadmitidas no Brasil: multa, prestação de serviços à con,uni-
aos dados e informações da pessoa monitorada ficará restrito aos servidores
expressamente autorizados que te,,ham necessidade de conhecê-los em vir- dade,lirnitação de fim de semana, interdição temporária de direitos, proibição
do exercício de cargo ou função pública, proibição do exercício de profissão,
tude de suas atribuições.
na) Busca da dignidade humana no combate à criminalidade, nas formas
de punição, ampliando o rol das penas alteniativas, pois a pena de prisão, além
288. José LUÍS de Ia Cuesta Arzarnendi, Alternativas a cadeia, apud i)enlse de Rotire,
de degradante, é desumana e torturante, devido às situações prccrias dos es- no "alma . ., (o, ,çu (ex cit. p. 15-7: Leona rdo S ic a Direito ,,,ai dc e,,,erê, 'eia e alter, ,ati,ms a
tabelecinientos prisionais. Observa Luiz Flávio B. D'Urso: "a experiência prfsào, São Paulo, Revista dos Tribunais, 2003;Tá,iia Lopes de Almeida Cu,.... Estabele-
demonstra que a aplicação de penas alternativas resulta em índices bem me- cimentos pe'iais e o tratarne,ito penal, iii David Zi ,uerrnan e Antônio Carlos M. Coltro (org),
nores de reincidência criminal. Em vez de ser separado do contato com o A specras p ica/(&icos 1 a p rdtica jurídica, Ca o ipin as, Mili ei ii tiiii, 2(02, ca p. 23, p. 287-302. S ú,i iU -
mundo e jogado num ambiente muitas vezes hostil, onde poderá alimentar Ia 491 do STJÉ nadn,jssjvel a chamada progressão per sa[Iu,n de regime prislona]'. Súint,Ia
493 do ST] : "É i,iadj,,issivcl a fixação de pena substituciva (art. 44 do CP) como condição
sua raiva contra a sociedade, o apertado tem a chance de reconstruir seus efpcc,a] ao regime aberto'.

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de Serviços Penais
ou edtic.iç ão proh ssi o!] ai de ii ível tiiédi o, sei-á iii iplan ra cio lias presícli Os e 'o (Portar ia o. 1123/2013 do Ministério da Justiça)
obediéi ria ao p receita constitue 1 otul de sua ti ri iversali zacão.

1° ( ) e........ noil suado no, pitsos e presas iii te grai- -s e-á ao si st L' ia
estadual e tnttiiicipal de rins mo e será iiaiiudo. ad,niiisrrarii e íiia,iceir-a ')).STI.Sútllula 341 (I ._2007) A freqtié,ic 'a a curso de ensino fritiaI caus., de

]iieIite. caiu ()apoio da UI1IflO.Ti8O SÓ (0111 OS recursos de'riiialosi edti'a'ào, tiL' parti' cio teinpa de ,,1 LIão TI,p111] SOL) regime k'cliaclo ou 'eliltde rio.

ora, pelo 'astenia estadual di'jiitiç.i ou Idtiiifl]striç5o l - •a. lte,OILLÇ.iti ii 5 de 11 de iIiai - s- ç) de 211.09, dc, ti,eIlin tx.ic,on,i] (li POli it -L Ciittitii.tl
}'eflitL-iiLi.irii. d'spoe sobre ;is Direirizes Nac - jo,,ais piit.i a( )fcrt,i tir Eclueiçao uns csctbrIc'ti-
2 0, sistei las de ei 'sino o kreceráo aoS p lesos dS pies.is cursos si i -
ine(ltç's I1ei1ai.
plerivos de educa Ç3O dc jovens e ad ti Itos.
A oferta de educaç3o no _o,itexo p1 htOflaI de,,- -
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A Uni ão os Estados, os M o nic ias e o 1 )istr 1 ro Federa i inclui rao
atender aos eixos pactuados qtiaiido da realiz:içiio do Serili,iirit) N.icioTl.LI pci:' EdiL-
en i Se LIS p rogra,iias de cd Licaçao à disranci.i e de utiliza cão de 1] ovas teci) til o - caçdo tias Prisões (2006), LILLiIS sejatii: gescio, .irticulaç5o e niohilnaç5o; í-,iiaçao e v.itorizaçio
gias de eiisi no, o ate i diii] eito aos presas e às pres:is' doç pr0Iisii)flalS CiVOISIdOS ia oreria de educaçao ria prisão; e aspectos peLlagôg'nii,hl resi,] -

Art 21-A - ( ) censo enite' iá rio devera apurar: ,,ir dc, ,,ncesso de 'nohi]ização, arttccllaçao e esrio dos MinisterLos da Educação t'iciitiça.dcn
Ze,totet esiidilais e distritais da Educaçio e da Adiuiiiistraçào doi N-luts,L ipio
- o uivei de escolaridade dos presas e das presas; da çouetLidc civil: i) ser eoxiieiupl.ida (011) is dividas aportuii]tl:itlei de fLt]auc]ailienLLi jt,,itn

II -a cxl Stel] eia de cci rsos nos neveis (ti idai neural e nédio e o nú iii eto aos ôrc)5 _sraditais e federais: 3) estar assoei.icI;i às :içôc'S de foitieuito à leitura e a LtliplCli)en
taç3o ou rcuper:içiio de bibliotecas ira acender à popciLiçào 1- areerárla e .it» prai ssions,s qitt'
de presos e presas atei idi dos;
rahjlliaiii nos escabecimenios penais: e e) pn),i,ovcr. sempre que possivel, o eiivolvliiictitO da
Ii - a inipleínentaçio de cursos profissionais ciii uivei de tua .lco ai rLstuutilLl.iLlr e dos lTiuiiliares do(a)s ,o—,(a)s e iiiternadti(a)s e prece! - acciid,Liierito clikre,icia-
aperfctçoaiiic;ito récciico e o ,iúilie,t) de pi csç,s e pesas .,rendidos: ptr,l Lilitenililir Is especiti iciadi' de ç.icI.i tet,iiie itenniido-st p.li.i is tji I('i(iC 5 1'
i -siLiiIis].ide gen,o, etnia. tiedo. ,I.,de e 0(10is eorrcL,i,is
V - a ex srrnci de bibliotecas e as condições de seu cervo:
ge,tào tia edttciçao tio contexto prisionai deve periiiui' parcertas Oifl ocitr:hàteas
V - ou ti-os dados relevantes i" ra O apri ruo r.i meu ti, edo cac i o nal cl e
de goverlio, c,i,iversidades e ergani,ço, da sociedade civilconi visiasà foriiulaçào.execuçàn.
e presa, t,IonIcoraIlieriro e v;iliaçic, de paRtíeis públicas de estimulo à educação nas prisões.
O e nsii 'o proflssi onali7a nre poderá Ser II tU isrrado ei], i í vel de ii]t ciaç :10 As .'i,toridades respons:veis pelos estabelecimentos penal' dtvein prL)picliir C541.tÇ0S Ii
ou de ape rfei ç oaunei itt) réci oco, atei i dendo-se às ca ri eteristi cas da pop u laçã o adec1t,ados às atividades edticaciç,ri.i,s (ralasde aula.bii,Imc,cecis.l.iboramorios etc.). it)teizrar

urbati:, e rural, segutidei aptidões individuais e deiiiuiçl,i do inercidos () is prámica' educaiis.is à, rottn:is tia iii,ici.ide prs'o'ial e sIit'tttidir itifirtiiações 'iiee,itivai)do a
p;'rtici}).lç:iil clo(a)s pi'rso(a)s e interri;itio(a)s.
..... deverá se estendei los tC5O5 ,,i regi te disci pi,ii ir di l2 riu] ci ido, prese
I)eseni ser elaboradas e prioriz.idas estratégias que possil'ilireni .i otaciitiicl.ide de
vando stia comidi ç ão c.% 'e etária e de i sola melro Ciii re a çãti :105 de, na is presos
etiIdos para os egressos.artii itlando-;is coni entidades çjlte .ituaJii 110 apoIo destes, tais (Olho
por iii ter II] édi ti de prograni;i específico de cinorto voltado 1).i .4 presos nesse
l,itt-o,i.iro,c'oiisellios e ft,iid.içoes de , iiinJo ao CtreSsO 5 c,rgaiiiz.içôi's Li soi- icdade en ii.
reginie - O estat,clecit ite uro penal fedei ai disporã de bibi lote a para uso geral
Portaria Comiptimita IL 27612012 ti.i Corregetioria-Geril da_,sitça Pede, ii e do 1 )çpar
dos presos, provida de livros de literatura 1 ti: cai a e estrai geira, tóci 1 cos.
.uiienro Pcn,tenciãrio Nacional regulaiiieiita Projeto Reititçào pcI;, Leitura, quejã ft'ticior'a
inclusive jurídicos di dá ricos e recreativos- O csrabelcc n ema penal lidei -a i deiie 2009 lia peulllemiciaria federal de Catariduvas (PR) e desde 2010. na prisão federal de
oderá por 1] lei O dos órgàos coi]ip creu tes, pinto over coi]v ii is coi ii õrgà os (aiiipo Grande (MS) A parcie,pmçao tio preso e de forilIa v0lunti 'a No pioieto, cada preso
ei iii lad e, públiCOS cri partir ti lares, visando à doação pt r estes ei es de icti o prazo de 21 a 30 dias pua a leitura de uma obra ltterãri&Ao ljt,,il deste periodo, deve-
.i1'reseiitar unia resenha a respeito do assunto, possibiliurid, segtindo e, titio legal de
liv os ou progr.i i nas de h iblio tecas vola n (es paraai i ipl iiç5o de sua bi bi i ir cd -
ição 'e quatro dIas de sua pel]a,c,;io rinal de até 12 ,1,. a, idas e avaliadas, ter5
avaliaçã......
A criação da Escola Nacional seria interessante para. sob
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a poibilidade de rei iitr
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iasno prazo de 12 meses, de acordo coiii a capielsi.i(ie e,vnciai
égide do Co useI 1)0 N dci otial de Política Crini iii e lkt irei lei ria cio Mii] is-
ia i nid;ide.
tér ia da i cistiça, e de u iii ( lonse i ho Si, pe rvisor. a luar coii Ira o cri 1]] e o gani -
TJSP (CGJ) itistittmi. em 2013, rerniçào da pena pela eiriir., tios ptrsid'c's paulistas.
zado plai iej ado oa prisã , ; já é uiii grau de passo a criação da Escola Nacional p0, niis,derà-la trabalho intelectual equiparado ao estudo (Lei ii. 7.21 0184. art. 126). A

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soas que. ti a qualidade de visitati t, servidores ou p restaclores de se nico dos presos p i'civisôr i os o e condenados com se Eis advogados, regular ii ieiite
t gr- esserii ii os estabdee ii me ritos p,na, O vi si t.i ii te que dificultar sua de, 't coe sri ruídos iios autos da açao penal ou processo de execu Ç 5 o cri fluiu ai. co i -
Li e :Içào pelo uso de a e essori OS lis corno le rtica, iii,itILii.igciii o i outro, tiir,iiie o caso (lei ii. 1(1.792/2003, art. 5 ° , IV).As entrevistas com advogado
eoiiip]enieiiios, '130 ter3 acesso ao estibeleci iletito penal ideial. Lii revista devei o ser previaiiienle agendadas, iiiediante requerimnelito, escrito ou oral.
a li tinge os Vt' iC ti los qti e e oi iduZe lii OS revista itt' IS. bem rol' o os obj ei s por direção tio estabe lecii iii' ii co penal federal, que d,igna,ã iiiu cdi itarne itt data
eles portacios lu .i revi' t.i e! errôn i ti devera ser fti t a por dc ect ores de lii eta is, e hrtrario pari o atendimento reservado, dentro dos dez dia, subsec3tieiit,
apa ei hos de ri O X. cl e] i E re outros cci ti ip atuei 1 t os de Sege Liii ;a eu pa les de ri a designa çS o da daria direção cibservarã a liii, daniei t:i çào do 1, ti ido, a
i dei ti ficar ar 'lias, explosivos, drogas e s Liii ilares. 1 )eve rão Si illtI crer-se 5 rts'is n'eu i ènei ,I do estabe Icei ii cito penai federal, especial ii ICI 1 te a segura lia
ti eletrônica todos que queiram ter a cesso ao estabeleci 1 1(0 penal teci erai, este, do advogado, dos servidores, dos funcio i.ir ios e dos presos Co," -o -
a iii da que exerça ri i cargo o ti fuji çic pública, ex e e t tia ii cio-se » po rtad ar s de 'adaaurgência, a direção deverá, de edra Eo,au For zar a cii t re"i sra (1) cc.
...

'lia rea-passo e is gestantes, q ti e, obri gator i antro te. serS o subi i ieti dos à n'vista . 6.049/2007, art. 96 e I' e 2 2 ),
nua lua. h) A revista niati ti ai só se efetua rã eu] carite r exet' pe onaL ou sej y) Elabora çã o de pmgra nu de atendimento diferenciado aos presos
clii,indo houver findada srisp cita de qi i e o revistando udo porta dor de objeto provi só rios e coii dei ia dos, visando a s Lia reintegração ao regi iii e coiiitil ii e
ou st 1 bsr: no a proibidos legal iiiente e/ Ou cju e veti i ai ii a pôr ei]] risco a segtt -- recoi i pc nsando- lhes o boi ii comporta incuto durante o período de saiu ç 5,
ri ii ça do estabei cci iii cii ro. A fundada suspeita deVe rã ter eu r ter objetivo, disciplinar (Lei n. i 1) .792/2003, afl. 5V).
diante de fato i dcii tifi cado e de recot i [ter ida procedên ca registrado lxi a 7) Conuhate ao crime orna nizad o e 3 desenvoltti 'a da ação das quadr i l}ias
ad iii ri isrraç5 o. e iii livro próprio e assi ".1 tio pelo rev istadci e) A revista niai' ti - dentro e fora dos presídios. Lirge evitar proliferação de ga'ugucs e tir (acções
ai tles't'r.i presei ur .1 hwui.i e a d]gflid,Lle do revisi,iiido e eíiiii!ir-se-5 ciii criinitios,Is qUe cc,i,i;iudani operaÇões dentro dos ,resídios. Ilroliovemidi
local reservado. d) A revista ,ii.iiiiia] S,,a por servidor liLhilitarlo. tio rebeliões. atos de e rrorisi lo, sequ estrOs ei e.
iii CS' i 1 sexo do revistando e prese iva rã o respeito i dignidade da pessoa Essas medi das deveiii ser seguidas para que ri Si Stinia penitenciário
hrrina,,a. proibindo -se a revista iitiiiia nos visitantes (l_ei ii. 13.271/21)1(,). possa punir e tratar coto dignidade o condenado, reabilita udo-o ao co lVív O
São sent., da revista mal] u ai. desde que i Ri exercício de suas ti, ti çõ es: ('lie - social empregando técnicas educativas para alterar o Seu coniportanien Lo.
te cio 1 'ode r Execi i tivo - Federal, Estad tia] e Muni( ipal; pailai teu rares: nia - Deveras, como seria possível n iodificar os valores do presidiá ri o ciii corá-lo
gis rradc 5, ii lei bios do Ministério Púbi i e tI. n'e nibrc )s da De iii isola 1 '6h! i e:i nu iii ai Incute de coação, cio condições de Supe rpop ti ação, rol n ifleicis
e A dvog.idos mii lis n'os e sccret.i r os de Lsr,clt; e iulei i A,to, do ( N P( I e ti inadequados e pessoal pouco qualificado para dese riipen lia r essa função?
(:onsellicis do 1 )ep:irtauieiilo I'eniteiiçi1rio Nacio- Co ruo obter tinia e ktiva reabilitação soc oj ii ridica do cri iii] 105(1 iii cd, ai te
nal: ítiiicioiuãrios tios Smsteiiias Peiijtetuci3i'ios EStaLILI:iis_ policiais: iiiiiiistros de (rara nem ar, deu lula rio, i ão se co, si dei -ai 1(13 setas di rei t os ?») .
onfissões religiosa se) A cri té rio da A diU fl istraçci Pc iii teu ci ir ii, a revista
o iai iLt ai se ri feita, sei i pie pie possível, no preso vi si tido, logo após a visita, e
não ri o visitante. Após a visita. O po,so seta stibni eu do i revista i lia 1 iu ai, Ex- 295 Colaeri e Segre ,Çndc rie,.va. crime ejInh'ç,I. 1996. Sal-ilbili Afonso Ci']sc, E Re-
ze nde. Si retira priç iouuf na 1 rapa - uu,fr(, para o Rra ii, 1997,
Por tu ri a ii. 206 / 20 IS, o 1) e pai--
cep ci opa iii e,,te, em caso de Ri ii dada suspeita de tine oculte tio interior do
i,n'eurt, Penitenciário Nucional, estabekci procedi,iie,itos, crii&ios e prioricl,ide para a
corpo objeto, pi -( cl ti (o O Li 5 ubstai 1 ci a proibidos, o pies" será snhii icti do ac is iti,icessio li' ltita,lciail]e,l) ik projetos, ,Içc>e Ou ativ'tLLdcs cciii recursos do Fundo I'eiiue,i-
procedi iii cmi tos de revista inti ri i;i . Havendo absoluta ice essidacle do toque iiar,&) N,it-io,-,iI riu exerelelri de 2009. visando a miiodcriit-içao co triIIoranieittl lo Sistr-
tiurante :i revista intima, será acionado uni proíissioivai habilitado da ãrea de liii Pente,it_iario Naciomi,iL
saúde- () viMial te sou icli te será a ti torizado a deixar .i peniten e á ri a federal A pnii,rni;. dirigida ;io Dep.trtameiito Peiiite,ici,io ítcioii.ii tio Mi,i'stci - io tU Lisciç,l
I)EPEN 'ara -1 oberiçdo le ilianciaiiicmito cOui ivctii'sos do Fundo l'c,i,teiiciar'o Nacional
após a conclusão usão de revista no preso (Resolução n - 9/ 20c 6 do Conselho - FU]Nl'EN lo exercício ile 2007, deve ciest]ilar-se 1 coniser_uço cli peio nilelio' u,ii dat
Nacional de Política Crinii na' dc 1 eiil lei xi ária - C N PCi' - e 1 rtjria a. egLJi ires objetivos:
1 32/201)7 do 1 )epartal 1 ierito Peiu i teri ciári o N aci orla1), a) coiisiritçjo, anipI'.içic' ou refor,ii,t de esçabciccin,e',ios pCiUiS

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7. A AIDS E O DIREITO
Nactoilal para Prevcnçiic, au H 1V/A tDS - CEN AIDS; Portaria Cotij tinta n .3, dc IS de abril
la) Controle da higidez do sangue de 2007, do Ministério da Saúde. que aprova a descetitralizaçlo de dotações orçaIa1enrrias
recursos fiiranc:eiros objetivando o apoio és ações de saúde pertientes execução do Projeto
Cliii cas e tu édt cos heniatologistas respo ndero ci iii 1 elite se rbsi. fize- de InIpIatitaÇlc) c implementação do Progrania de 1)ST/AIDS tios 34 Distritos Sanit;íricLs
ra ti-' testes no satigue coletado para det ecçao dos viris da hepatite B, Ali) S. I ii díocnas.especiticaiileiktc das ações de Prevenção e Assistéiicia ciii HIV/All)S e outras 1)51
nas popirlaçoes indigeiaas, através da Fcuiadação Nacional de Saúde, visando o forralecirnento
febre amarela salraion elos e, doença de Lytile, lei sh ii lat 1 ose, tifo, bru ccl cisc,
Lio Sisceiii;i Dirico de Saúde - SUS. ciii conformidade com a Lei Orgénica da Saúde; Portarias
sifi 'is, doença de Chagas etc., devendo reparei, na i nedid a do possível, o da tio n1S e 53. doS de iliarço dc 2009, cio Minisrério da saúde. que qualificam Municipios para
causado tia hipótese dc tra usfri so de sai ague coti tani inad o aos paci ei i tes. Alei,, (1 recebimento do incentivo no ânalaito do Programa Nacional de FIIV/AIDS; Portaria COLI-

disso, haverà responsabilidade civil do Estado (Cl; arts. 23, li, e 197; CDC. 1. de 20 de jarielai de 2009, da Secretaria de .Aleiiçào Saúde, que deítiie a Unidade
de Assistê Facia eni AI ta Complexidade no Tratamento Reparador da Lipodistrofia do Portador
ari. 22) pela: a) otnissão do contro ] e da lii gidez de sangue, pois é preciso qite
de F1IV/AIDS coiria aquela que possui condições têcisica, instalações tilsicas, equipamentos
o Poder Público Seja enérgico para dtt iiiii lar a propaga çã o de moléstias por e recursos humanos capacitados a prestar assistência especializada aos portadores de lipodis-
meio de transfuso de s-angne 7 . Por exemplo, se alguém vier a sofrer um trofia associada ao HIV/AIDS; Instrução Normativa o. 1.0, de 11 de outubro de 2012, da
acidente de trabalho e receber tio hospital tratisfus5o de sangue contaminado Secretari a de Organização tnstitucioiial, que dispõe sobre a orgariração e ofu ncionanien co
do Coiiiité de Preveciç3o e Controle de HIV/AlI)S das FonçasArmadas no Brasil (COPRECOS
(R[TJSP, 149:175) pelo vírus N IV, por força do seguio clever haver respoti-
- Brasil); Portaria ILI.927. de 10 de dezembro de 2014, do Mi aistcrio doTraballio. estabele-
sabilidade civil estatal (RSTJ, 102:127) e indetiizaço da vftiaiia pela Previ-
cc orientações sobre o combate é discri', iinaçao relacionada ao 111V c à Anis nos locais de
dência Social; e b) omissão na vigilância sanitária de centros hetnoterápicos trabalho, cl ia a Comissão Participativa de Prevenção do HIV e AIDS tio Mundo do Trahalh o:
da rede pública e privada e eta bancos de sangue, tendo -se etii vista o poteti- Portaria ir 2758, de ti de dezeiaabro de 2014, do Ministério da Saúde. institui, no inabito do
eial deletério da tra nsfu s o de sal 1 gi te, o e i iii va e a o tu tra tispla n te, visto Sistciiia Nacional defraiasplantes (SNT), flnanciatiietito para a anipliaçio do acesso ;iol) -ítns-
plante de Célil.is.-honeo 1 leiaiatopoéticas ( -FCTH) alogétnco ii;iO aparentado.
que o San gil e é teci do 1 te ii tatopoi é tiCo2.
O Decreto 1aaL,Iisra1io ti. 35- 11, de 16 de maio de 2014, i -cglilanaeJatoti a l.ei 11-
15-943/2013, que dispõe sobre o diagnóstico de gesrail tes afetadas pelo HtV e a preveia ço
de sua LraIisiiiisso aos fetos e crianças recém-nascidas. Essas notnias ti -atam do direito de toda
297- Porcaria MSGM n- 1.353/2011 sobre Programa NLcioiIal de ltispeço eu, Uni- gestante quanto ao recebimento de sorologia para o diagnóstico da erecção pelo 111V mia
dades Hetatoterúpicas. Itesoluçlo - RDC ii. 36/2010 da ANVtSA (Agéncia Nacional de prinicli-a consulta de pi -é--natal, no inicio do terceiro trimestre de gestação e na internação
Vigilaiicia Sanirli-ia) sobre Ítiiic,oiia'iae'ato dos bancos de sailgile de cordo unibilical para o parto
pi tU ii O art. 32 do decreto eatabclece que o exame deve ser realizado por todas as Unidades
298A'itõnio Chaves, Dftcifci ri uulo e ec'pnipri) (carpo, cit.,p.$4{l-3. Vide: Portaria 11.1.110. Jilsicas de Saúde utilizando o método laboratorial de maior sensibilidade e espec-tõcid-ide
de a de jciu}10 de 2004, cio Mijaisterin da Saúde. ctie institui a Co'iitss5o Nacional dc Dccii- disponível- Nas unidades onde houver eqLlipe capacitada, poderã ser realizado examime pelo
ças SexualtiienteTransinissíveis e Síndroilie dii IL,itiIiodLliciecic'aAdqriirida CNJ)S]/AII)S; método tio Teste Rápido Diagnóstico (TRD). Conforme o disposto no art 72, rodas as rija-
Portaria- ii 1 -679, de 13 de agosio de 2004, do Miii istério da Saú c]e, qci e aprova normas reli- teri iLda dcs de-rio dispor dos '"e di ca t nentos la t ri cc idos pelo Progra ni a Municipal de D ST /
rivasao Sistema de Moiiitoraiiie'ito da Politira de Iiiceritivca no Ainhiro do Programa Nacto AIDS. -
'ia' de DS1 cAIDS: Portaria ti. 1-824, de 2 de setembro de 2004 (revogada pela Portaria (;M!
Diu -ante a primeira consulta prénatal. o exame para detecção do HIV será realizado e
MS cl. 2.535/2011), do Ministério da Saúde, sobre as normas relativas aos recursos adiciona is
serã oferecido aconselhamento pré e pôs-teste, abordando a iniporténcia da realização do
desci nados a Estados, ao Distrito Federal e a MuI icípios, qualificados para o recehiiiien co de
exame, do significado da stiroposirividade do ponto de vista da saúde, do actampanhainento
incentivo para o financiarnen ro das açées desenvolvidas por Casas de Apoio para Adultos Vi-
me ice especializado e do uso de medicação atitirr-etroviral -
endo com HIV/AI DS; Portaria ii 1582, de 2 de dezembro de 2004. do Mi iiistério da
Saúde, que incluiu cirurgias reparadoras para pacientes portadores de MDS e usuírios de No caso de soroposi tividade confirmada, a gestante recebetá esclarecimentos sobre a
ai ti rietrovirais na Tabela cio Sistema de lníor,ii ações Hospi talares do SUS - SI H/SUS: Por- efetividade do ti so da terapia anrirreti -oviral dura,ue o pré-natal e no nionisnio do parto pala
taria CM/MS it. 151/2009, sobre o uso de tesas ripidos para diagnóstico da 'afecção pelo prevenir a ri- a nsmjssão do vírus ao conccpto A gestante deve receber canibélii orientação para
111V em situações especiais; Portaria GM/MS ii. 230/2011 sobre Comité Técnico Assessor rira amamentar e dar o niedicaniento antirretroviral para o recém-nascido tias primeiras
de Arriculaço com os Movimentos Sociais ciii HIV/AIDS - CA MS Portaria CM / M 5 ii - quati-o setn.Liaas de vida, com o intuito de prevenir a ttatisrniss3o do vírus a ele.
77/2008, sobre CointtêTécnico Assessor de Laboratório eia, HIV/AILS CTAL; Portaria ri. Ficou estabelecido também que todo recém-nascido de miiãe soropositiva para o HIV
1 777. de 29 de setembro dc 2005, do Ministério da Saúde, que constitui o Conselho Empresarial devcré receber, nas duas primeiras horas de vida, terapia atitirretroviral via ora! A Rede

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A abordagem coi 'se,' tida de pessoas que p rocurani os serviços dc sa (ide Nome do Representante Legal:
com vistas a realizar testes de HIV e outras DSI e não retornam para conhe-
cer os resultados dos exames deverá linaitar-se ao convite para o conapareci_ Assinatura do Representante Legal ou impressão digital:
inc 'ato ao serviço de saudo. Nome do Entrevistado
Os resta] tad os dos testes só s er5 o conheci dos cola a a p i cseu ça do uso rio Assinatura do En treva stado r:
no serviço de saúde. O Ternao de Consentimento Esclarecido deverá constar a assinatura 01'
C) cru,to paia cota i pareci' a e] i tu ia serviço de saúde deve ser mali La do ii] apre ssão digital da pessoa abordada corri a csp ecifacaçã o da técnica de co ia-
d tretaineri te com o iisca, i o ou cxcepC] o iaalniente cana alguéi i previanaen te tato ou, se for o caso, a sua aecusa em firmá-lo, atitude que não poderá no-
autoriza do por este iii cdi ante assinatura do seguinte tear restrições a seu ateia dinien ro.
TERMO DE CONSENTIMENIO LIVRE E ESCLARECIDO O lermo de Consentimento Livre e Esclarecido poderá ser revogado a
Eu, _____________________ - ______________________________.., flai devidanaen_ qualquer momento quando do desejo do usuário do serviço de saúde.
te esclarecido da importância de saber dos resultados dos meus exames e/ou Fui hipótese alguma o usuário deverá ser exposto a qualquer forma de
do beneficio de iniciar ou dar continuidade ao tratamento prescrito. Declaro con stia tagi ,nento.
que se eu não comparecer para buscar os resultados dos exames abaixo dis- No processo de aconselhamento pré-teste, o serviço de saúde apreseli-
cri n na dc) tará ao usuário o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para a abor-
dageiaa consentida, bem como a for ina de contato com o usuário que será
realizado por intermédio de correio, contato telefônico, na ensagem ei etróni-
Ou por a lguaai ii o tivo cl ei xar de Com pa lecer a o tratamento nas datas age] 1- ca ou visita dona i ciii ar, devendo ser definida pelo ii sufi rio.
da das: Na emissão do c o'av i te ao co nip :1 reci ia e ato ao serviço de saúde deverá
Não autorizo que este serviço de saúde entre em contato comigo; ser restringido o Liso de logo]] i arca, logotipo, símbolo, ide 'iti ficaçã O Vis Lial,
Autorizo e permito que este serviço de saúde entre em contato comigo, ii iae na Corporativa.
por meio de: A abordagem consentida, para os casos em que não houver o coanpa-
1e]efone: reci]nento à consulta agendada para o conhecimento dos resultados, devei -á
Correto. Endereço: ser realizada após 15 dias da referida falta.
Caso a primeira tentativa de contam consentido maáo aI caia cc êxito,
E-iaaail: deverá o serviço de saúde estabelecer novos contatos com o usuário poi. pelo
inc iaos, três teia tativas.
Visita donaicil iar. Endereço:
Para os uuários em tratanuento, a abordagem consentida dever ser
realizada logo após a falta à consulta.
(_)u tro mero de o,,tato determinado pelo
Em todo o processo de abordagem consentida aos usuários que n5o
compareceni aos serviços de saúde para conhecimento dos resultados de exames
Desde que respeitados os meus direitos à privacidade e sigilo das informações. realizados para HIV e outras DST, ou que não estejam comparecendo ao tra-
Assino esse ternao dia 2 (duas) vias, ficando uma cópia retida no serviço
tala-tento, deverá ser mantida a confidencialidade das informações do usuário.
outra comi o.
À prática desportiva.
(Local) (data) g Ao beneficio do auxílio-doença e da assistência social, independen-
temente do período de carência e de contribuição à seguridade social (CE
Nomete do Usu ári o (letra de i)r 'na):
art. 203, IV e V), à liberação do EG1S (Lei Complenwniar n. 110/2001 e
Assinatura do usuário ou impressão digital: Decretou .3.913/2001) e do P15 para tratamento de saúde (TI&E, 4 Região,

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o contato acidental com secreções sanguíneas, usando-se 5gua e sabão ou
8. TRANSFUSÃO DE SANGUE
cietei-gente ou, ainda, álcool e tíli co 3°, sendo que as agulhas utilizadas mio
devem ser 1-ceLa ca pada s, nus acondicionadas após o uso em recipientes fecha-
8.a) Responsabilidade civil na coleta e na transfusão de sangue
elos de paredes ri gi das e abertura estreita.
Os profissionais da saú ele com AIDS Cli CC)] ii III fec çO palia H 1 \T têm É assegura do o direito á Ira nsftt são de sangue para todos que dei a p te-
li,
risco) fiara salvar sua vida ou para trata niento de ] i enuorragi a aguda intcn.sa
direito:
a) à privacidade, a coilfidê]icia e ao respeito de toda a equipe de saúde.
Por essa raziio a rea li ca 5o cl e sorologia mtinei ra feri ri a seu direito â privaci-
j.iH 7R, 40A-9.19e1 Welier, Hiiifiiriu'i e I&utala. Matiagenient oí d'e healrh earc svoi-ker
dade, bem como a necessidade de co]iiu]ilcaçào de seu estado ao paciente;
iiifected ivitia HIV: lessoras fluiu rioscicoiiiial traiisrnission ei lieparitis II virtis Inferi Contou
b) de decidir corno e quando serSo divulgados os dados atinentes I-Iosp. Lpiricni.. 12;625-30. Vide Código de Etica Médica, cap. XIV, ii.
léstia, pois não há necessidade de informar sobre o seu estado sorológico.A 310 lide Regulamento Técnico de Medicina Transfusiooal -- Mercosul/CMC - Re-
obrigação do médico de revelar sua condição aos pacientes dependerá da sok çSo de 1999 que altera a Resolucâo o. 30/96; Regulamento Técnico dos Serviços de
HenloreraPia - I&esoluço RDC da ANVtSA ir .343/2002 (revogada pela Res. - ItI)C o.
pi-obabilidade de riscos a estes, dos regulamentos do local onde trabalha e do
153/20(11) -._ relativoa obtenc5o, nesnagein, processamento e controle de qualidade de sangue
fato de sua capacidade estar compro] ii eti da. restringindo sua pi-ática profissional; e heinocouipoireires, RegulmnientoTécrnco pina Procedinsiei,tos de Fi ei iiotei-apia -. Itesohi-
e) de inata ter sua atividade social; çii - R DC da AN VISA n. 1 33/ 2001 (revogada pela Res. - RI) (2 ii. 57/2010). que iichdu a
coi eta, O ID eess a ii te ia te, a t es tage na o ar na aze i ia nie uto, (i trai raspo r te, o cor trote d, CI ti ali cfide
d) a melhoria de sua qualidade de vida, â assistência médica e à Assis- e o uso linivaaiuo de sai)gcie. e seus coinponeu es, obnidos do sangue venoso, do cordao uiiilii
tência 1 )oiniriiiar Terapêutica (ADT); lical. da placenta e da iiiedn]a éssea. A 1ei a. 9.434, de 4 de fevereiro de 1997 passa a vigorar
,icreciçl:I do .segirinte ari. ....pai força d;i Lei n. 11.633. de 27 de dezembro dc 2(X07:
e) ao trabalho co iiipadvei com os litorna inipostos pela sua doei iça. 1 )evc a tecla iiiulluer o acesso a iiloriiiaçi,es sobre as possibilidades OS beneficias da do;,-
eoi tu itiar tra bal 1i iii do cii qu a 'ato sua co ndiç ão üsica o permitir, pois tem dio VoIuL,t:iria de sangue do cord5o umbilical e placeunário durante o período de coiisli'(;ts
direito à manutenção ou à estabilidade no emprego.] )everá tomar as precau- pré-ii.itais e no nio]ile,iin da realizaçdo do parto''. A Lei ii. 10.2(13, de 21 de marco de 20(11
regt'l.anaeiuna o § 42 do art. 199 da Cotistituiçio federal, relativo a coleta, processamento, este-
ções necess5rias para "ão infectar seus pacientes, tendo cuidado para evitar
c-jgeni.distriluriiçao e aplicação do sangue. seus componentes e derivados, e estabelece a .,ar-
acidentes perfuro corta ri tes durante a manipulação de i nstrwi entos cortantes anei—lo institucional indispensável i execução adequada dessas atividades. Míh l)ecrero ii.
ou agulhas e de usar indunientária especial se tiver de fazer hisrerecto,,ua 5.045/2004. que dS nova redação aos arns. 3°. 4°, 9°, 12 e 13 do Derreto ti. 3.991 }/200 1. que
cirurgia ia cavidade ora], cirurgia pélvica, cardiacaetc. a(u_ regril;iurenta o art. 26 da Lei o. 10.205/2001; a I1 orn;,r1a n. 790/2002 (revogada pela Portaria
n.822/2(102). do Ministério da Saúde, que estabeleceu a estrutura do Piaria Nacional de San-
gue; Portaria o. 21 1/2003 da ANVISA; Resoluç5o RDC cia ANVISA u. 129/2004 (revoga-
da pela Res. - ttDC n. 47/21.112), que aprovou diretrizes para a tranftisão de plaquetas, ecijos
308. 0 vírus H IV é destruido por saho ou detergente por 15 minutos, liipoe]ori ro de co'iceiici-ajos são llenioconiponentes obrados a partir de unidarlec individuais de sangue total
sódio (1%) por 30 minutos. ilcool etílico (70%) por 3 minutos. glutaraldeído (2%) pai 30 ou de doador ú iii co por processadores autoináti tios pela técnica de aférese; Port a ria u.
inuoutos, soluç6es iodadas, calor (120 °C) por 20 minutos, água oxigenada (6%) por 30 mEio- 2.700/2104, do Ministério da Saúde, c1u e institui a Câmara de Assessoranienco Técnico 3
tcs e extremos de pi {.Tal vírus é inarivado por raios gama e raios i,ttraviolcta. É o que ensiii ali, Cooiteiução da Polirica Nacional de Sangue e 1-lejisoderivados; Lei ii. 10.972/2004, que
Dircer, B. Greco e Mosar dc Castro Neves. O profissional de saúde infectado pelo HIV: di- autoriza o Poder Execntvo a criara empresa pública denominada Empresa Brasileira de Ide-
e deveres. 8iotic, 1:39-42. nuoderivados e l3iotecno]ogia - HEMOBRAS])ecreto ia. 5.402/2005,que aplova o Estatuto
309 J)irceu 8. Greco e Mosar de Castro Neves, O profissional de saúde..., Bi[,/ysi-(]. cit., da Ei uipresíi Irasilen-a de H, ..... dinod., e Biotec nologia (H EMOI3RAS). O 1>1. o. 3.343/2008
a 43 e 46; (;erhcrding, Lirteil, Tarkington, Brown e Scliecter, Risk af exposure of rg, cd! (Consolidação tia Legislação Federal ciii Saúde), nos ais. 431 a 474, visa regulaiaientar a cap-
persoiiiicl te patieiit's b]ood during surgery ai San Francisco General 1 lospiral. N. E0I.1. tação, coleta e rransfusãc) de s:iiigcie. As Resoluçôes RDC da ANVI SA: a) ii. .57/2010 deter
,tlnI .,322: 1788-93. Associarion for praccioxaers in lnfectiorr Control, Society ei 1 lospi tal mina o Regi ilaniento Sai,inario para serviços que desei,vo]venmi atividades relacionadas ao ciclo
Epideniiologists oí Anicrica (AI'1C7/SHEA) posirion papei: The HIV infected healrla carr produtivo do sangue lauiiiano e p'ocediincntos transfusioniais e b) n. 38/2010 dispõe sobre
svorker. 'ln 7 Jriffl-( C000cl, 18:371 -82,1900; Cl)C; i-econiniendarions for prcvc,irilig trans- lvgu]ariiento técnico para piocedi,neiito de liberação delotes de lienroderiviidos para coiisunuo
no Brasil e exportacão. A Portaria ir. 263/2011, do Ministério da Saúde, institui Grupo de
lia ,ssinn ofHlV and lieparitis II virtis to patient during exposure-prone ilivasive procediires.
Assessoraniento Técnico eni Gestão de Equipamentos dos Serviços de l -ieiiloterapia e ''lema-

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testes cm amostras dc sangue (Resolução - RDC da ANVISA ii. 57/2010. ai-ts. pa raasaúde e garantir a segura liça dos receptores, dos doa dores e dos seus
70 a 104) devem ser licenciados pela Secretaria Nacional deVigilância Sanitá flui cionários (Regulamento Técnico, art. 14), c) manter uni manual de ix-
ria (SNVS). através de sua Divisão de Medicamentos (Dinicd). O sangue Co- cedinientos operac i o nais padrões (P OP) técnicos e adniinisrrati vos. Estes
letado para finalidade terapêutica deverá ser submetido não só a testes pelo poP devei ri ser acessíveis, a qual quer momento, a todos os Ri nc io ná rios
emocenti-o, pai-a evitar riscos ao receptor ri as tal ,ihém a fracionamento, a tini (l&egulamiieiitO Técnico ar t. 15).
de que se possam obter componentes, possibilitando que unia unidade doada O responsável técnico e a dii) i istra tivo, com o apoio da direção do
seja usada por inúmeros pacientes O sangue total fica reservado para tratam eu- serviço de li em oterapi a, deve assegurar que todas as mor nuis e procedi m eu tos
to de bem orra gui aguda ] ri tensa, podendo ser substituído por concentrado de sej a,, apropriadan 1 ente divulgados e executados. Para isto, deve ser garantido
heniácia 5 icus pi asilia, desde que precedido de proa de compatibilidade san- o aprovisio ti ali lelito no serviço de todos os iii sri nos ii ccessá rios para a re ali -
gu iii ea. Convém lembrar, ainda, que o sangue e seus componentes e derivados za çã o das suas a tivi dacles(Regulamento Técnico. art. 1 6). Todos os liiateriais
deverão ser manipulados com cuidado para descartar os agentes infecciosos. Os e substâncias que entram diretamente em contato com o sangue ou conipo-
órgãos executivos da atividade hemoterápica devei ti ter um rigoroso programa nentes a serem transfundidos em humanos deveni ser estéreis, apirogénicos e
de controle de qualidade do sangue, fazendo com que os bancos cumpram as descartáveis . Todos os tu ater ais, substflncias e insumos industrializados (bolsas,
Ii or i ias do Ministério da Saúde e efetuem testes sorológicos para evitar a equipas de transfusão, seringas, filtros, conjuntos de aférese, agulhas. antrcoa-
transriussão da Ali )S e exaliies de laboratôrio no sangue coletado para prevenir gula ii te e outros) usa dos para a coleta, p reservação, pl-ocessamento, ar iii aze-
a propagação de doenças transmissíveis por transfttsão de sangue, coi no sífilis, ii ame!] to e transfusão do sangue e seus componentes, assim como os reage n -
liepa ti te B. ii ialária, mal de Chagas, citomegalovirose, leu cenii a, liii fon ia, doen- tas usados para a triagem de infecções transmissíveis pelo saligue e paia os
ça de Crcutzfeldt-Jakob (doença da vaca louca) etc. testes iniu neniatoió gicos devem satisfazer as normas vigentes e estar registra-
A i tis til Li c5 o que real 7-e intervenções cirúrgicas de grari de por te. ou dos ou autor, zadi os para uso pela autoridade san i tári a competente (Regula -
ene efe tu e mais de 60 ri lis Li sões por rires, (leve contar corri, pci o iii ei Os. i,,e,jtç, Técnico. arr. 17).
u lua agência ti-ai sftni o,' ai (AT) dentro das suas i istal ações (Regulai nento O sei-viço de hernoterspia deve estabelecer o ni pi -ograilia labora toria]
Tée '"co, ar r. 7, 1 e ) . E se efetuar ri ienos de 60 transfusões por mês de controle de qualidade interno dos he inoconipouentes (itesolu ção - RI) C
pode ser s ti p ri cio de sangue e componentes por lucro de serviço de hemo- da ANVISA ii 57/2010, arts. 64 a 69) e participar de piogrania laboratorial
terapia externo contratado. de controle de qualidade externo (proficiência), para assegurar que as core 'as
O serviço de saúde que tenha serviço de hernoterapia deve constituir e os procedimentos sejam apropriadamente executados e que os equipainen-
LIIu coiiilte rrai]sfiiçio,ial inultidisciplinar, do qual faça parte uni representan- tos, materiais e reagentes funcion em corret-an ei' te (Regulanie rito Té ci iço.
te da agé nc ia transftision ai que o assiste. fita instituiçã es de assistência à art. 19). Todos os registros e documentos referentes às atividades desenvolvi-
sa úd qu LI O p ossu ai ii agência cia E ransfti sio nal, uni reprcsc ntante dessa iii sti- das pelo serviço de lientoterajmia dever» possibilitar a identificação do tcni-
tu ição deverá participar das atividades do comitê transfiasional do serviço de co responsável e ser guardados durante 20 anos tio miii iii io (ilegulaine nto
henio terapi a que o assista. Este comitê tem corno fui içã o o monitoraniento Técnico, arts. 20 e 21). O serviço de hcinoterapia fica obrigado a informar
da prática henioterá pica ia instituição (Regulamento Técnico art. 80) . autoridade sanitária competente qualquer ocorrência de investigação de-
O serviço de henioterapia deve possuir equipe profissional, constituída por corrente de casos de soroconversio (Regulamento Técnico, art. 22), erros na
pessoal técnico, administrativo e auxiliar, suficiente e competente, sob a super- triagem sorol ôgica e iniu ti emnatolôgica, ou outros que impliquem risco
visão do responsável técnico e administrativo (Rcgulaniento Técnico, art. 10). saúde do individuo ou da coletividade. Devem os bancos de sangue e os
O serviço de lienioterapia deve: a) possuir ambiente, medicamentos e serviços de henioterapia proceder ao cadastraniento dos doadores, que pre-
equipamentos -adequados, para que as diferentes atividades possam ser reali- cisani ter (Resolução - RDC da ANVISA, ii. 57/2010, amts. 19 a 30), por
zadas segundo as boas práticas de produço e/ou manipulação (Resolução exemplo: boa condição fisi ca e não ter tido gripe nos últimos 7 (lias, sífilis
- RDC da ANVISA n. 57/2010. arts 42 e 51, Regulamento Técnico, art. malária, Chagas, hepatite após os 10 anos de idade, diabetes, epilepsia entre
12); b) implementar protocolo para controlar as indicações, o uso e o descar- 18 e 63 anos; peso mínimo de 30 kg, excluindo-se, cru iegra, as gestantes, as
te dos coiiipoii entes sangu ilIeoS e p rograliias destinados a n inimizar os riscos puél-peras com menos de 3 meses pós-parto e as mulheres em processo de

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Chagas; e Se unia pessoa, por raz5o religiosa, não aceitar a transfusão de sangue
Sifitis. quando for o único meio de salvar sua vida, o médico, ante o principio da
autonOtnia da vontade, tem o dever de fazê-la ou no? Corno solucionar o
A produção de controles CIL qualidade interinos positivos e iicgativos (c.q.i.p. e c.q.i.n.)
conflito entre a ética médica e o respeito â crença religiosa? Como conciliar
deve ser espec.ifica para cada metodologia.
o direito do paciente de recusar iransifisão de sangue com o dever do ni&di-
B. 1.1. Caracter, zação das bolsas de plasma POSITIVA para producão do c. q-i .p.:
co dc salvar sua vida?
- a validaço do Soro Controle Interno c oiiipreeudc a testageni tio niiniino por
A crença religiosa é um direito humano fundamental, reconhecido
duas iiietodologias diferentes Clii que pelo luchos uma Seja diferente daquela utilizada lia
coflstituciorlalmelitc, prendendo-se à convicção pessoal que influencia a vida
rotina;
do Crente. tsso é assim porque a religião organiza as relações postuladas pela
- é recoiuiendãvel a utd'zação de unia metodologia conflrmatôria na validação do c.q. 1
situação de dependência do homem das realidades sobrenaturais.A adesão do
se disponivel;
ser humano a unia religião revela não unia preferência pessoal e subjetiva,
- deter ml tu ação do coeficiente de variação (CV) especifico para cada sistema ali a - iiias a crença numa realidade transcendente e superior a todas as outras Tal
liuco; adesão acarreta uni conjunto de coinportanicntos rituais que estabelecem
-6 rcconiendãvel que o coeficiente de variação (CV) seja aferido entra e intererisaios; liames entre o homem e Deus e a obediência a normas cujas origens e sanções
- o valor de leitura (1) O ou R. L. U.) do c.q ip deve estar na faixa de 1 3 a 43 vezes est5o além de qualquer poder humano, modelando, por essa razão, o seu
o valor do ponto de corte do ensaio ((i, oft, testado na 'iietodologi;r especifica; pcnsanaento e a sua aç ã o Si*
- i•io caso de c.q.i.p.para métodos de Íloculaçào -VDRL/r&['l& deve-se utilizar plasma É direito de cada ser hu iii ano escolher livremente sua religi o. pres lan-
com resultado reagente na triagem sorológica para sifilis, cciii titulo iiiinimno de 1/6 e ETA! do culto a Deus. Pela Declaração Universal dos Direitos do Homem, de lO
AB s positivo;
- os e q.i.p. devem ser armazenados em tcnuperattlri igual ou inferior a -20°C.As ali-
quotas do cq. .p- que serão utilizadas deverão ser descongela das apenas unia vez, pois mais de
ANEXO lX-CONDIÇÕES PAR ATRANSPORTE DE SANGUETOTAL E HEMO-
uni descomigelaniento poderá ocasionar precipitação de iniuiioglobtiliiias e conscqucrrteiimen-
COMPONENTES
te alterar o padrão da reatividade.
13 1 2 Caracterização das bolsas de plasiiia NEGATIVA para produção do c.q.i.11 Condições de Sangue total para Concentra I'Iasuu Fresco Criopiecipita-
- Concentr{]c, de
transporte processamento do de 1 le- Congelado do Plaquetas
- as bolsas e til i?adas deverão ser nlo reagentes para todos os parâmetros 3c triagem nicia5
sorol$gica; e 1 a 0°C Manter citado Mantcrestado A temperaturas
Teniperacura Ia 10°C (usual)
- os c.q r.n devem ser arma-nados em temperatura igual ou inftrior a -20°C. de ralisporte 20° a 24°C (para congelado congelado próximas das de
produção de CP) ariflazenalilento
As aliquotas do cq. i.p. que serão utilizadas deverão ser descongeladas apenas uma vez,
pois raiais de um descongelaniento poderá ocasionar precipitação de iniuiioglobulinas e scar- Substancia res- Gelo reciclveI ci rio reci- Gelo seco ou Gelo reru ou 50 ni e rir e o)
soqueisteirocerte alterar o padrão de reatividrde. friadora mvco- placas de cliveI gelo reciclável gelo reciclável condições de alta
liendada Is pores
14-butanediol temperatura
(:1 - Participação ciii programas de proficiência (Controle de Qualidade Externo); gelo rccicl;tvcl
- tem como finalidade verificar a proficiência da triagem sorolbgica do laboratório- lèiiupo "a,:- 24 horas 24 horas 24 horas 24 briras
Espera-se completa conformidade dos resultados (100% de acerto), resultados discrep-antes dos no d eetrans-
esperados deverão ter suas causas analisadas (erros técnicos, equ ipanleiitos, reagentes etc) e porte
medidas corretivas deverio ser implementadas se pertiiientes; e
- as testagens das amostras dos painéis de controle externo devem ser realizadas nas 313Jean Rivero, Les Iiberts pub/iques, Paris, PCE 1977, v. 2, p. 148-50; Pietro de Lucca,
mesmas condições e conu os n'estilos pmocednncntos adotados na rotina. I/ ,e/iiosa, Padova, Cedam, 1969, p. 49.
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vontade expressa dos por ela responsíveis, à itiesina tivesse ministrado trai,,- cem o direito de decidir sobre os destinos de urna vida humana ciii perigo
fusão de sangue" (RjDTACrirn, 7:175).
é a m nediciiia; por isso mesi no, os textos das leis penais e os dispositivos dos
Sendo urgentes e inadiáveis o tratamento médico, a intervenção cirúr códigos de Fuca são muito rigorosos, quando se trata de punir os danos
gica e a transfusão de sangue não consentida, prevalecem diante da cicilcia c ausados pelos clirtie os a seus clientes, sempre que ficar comprovado que eles
do valor da vida do paciente e do interesse da comunidade, pois a vida é uni omiieteiu erros ou pra raul Lil tas por negligências, imperícia ou inip ru-
bem coletivo, q Li e ii Itei-essa mais â sociedade do que ao individuo, Não se tléij cia ao exere cio da nobre arte dc curar''. Respondeu os ii jédi cos civil-
pode, portanto. subi ,ate, r o méd Lc o à vontade do doente OU 3 de seus faini - incute p e los danos que, mio exerc rio de sua profissão, causem aos seus pi -
liares, porque isso ecj o ivaleria a transfo rniâ to nu ni simples locador de servi - , L,,. Além disso, há desnecessidade de autorização judicial para cirurgia e
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cos. Acreditamos que o médico, por seu sentimento ético e consciência tmaiistu sã o de s-at gti e ciii paciente necessitado que se recusa à prática desse
profissional, deve até mesmo correr o risco pessoal imposto por certas (ir aro por questão religiosa, por ser isso do estrito cumprimento do dever lega]
cunstncias. porque sua profissão é a de socorrer pessoas, resguardando-lhe s do médico ('FJSP, 6 Cm. de Direito Privado, AC 264.210-1, Suzano, Rei.
a vida e a saúde. Sua missão é proteger a saúde; logo, seus conhecimentos e Testa Marchi,j 1 °-S-1 996, vu.).
sua consciência voltam-se para o cumprimento dessa tarefa". A questão da
saúde tem natureza ético-política por referir-se à opção entre o respeito ou
8.c) Colisão entre o direito de viver de uma pessoa e o direito
o desrespeito peio ser humano 321 -
de crença religiosa de outra
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo, em 1974, deliberou
que: a) se paciente grave. inconsciente e desacompanhado de familiares pre- Os pais de uma criança poderiam. por motivo religioso, recusar a trans-
cisar de transfusão de sangue. ela deve ser feita seto demora; b) se paciente fusão de sangue que lhe salvaria a vida? O tribunal poderia assumir o papel
rave, inconsciente e aromi i pan ii do de parente que impeça a tia nsfu sã o, o de pai substituto? Os pais têm direito de decidir sobre o destino do flUi o, que
niédi co deve esclarecê-lo de sua ri ecessida cl e e, havei) do reI o tám 'cia, recorrer não tiver co ii di coes de iii 'ti i est :i r, coiiscieii tc'nientc, sua vontade, basead os aio
3 autoridade policial e judicial; e c) se paciente lúcido se negar à transfusão, direito de liberdade de crença (ECA . a rt. 3), garai iti do constituci ou alin eia te?
deve assinar termo de responsabilidade perante autoridade policial ou judicial, Se o menor For relativanieiite incapaz, sua vontade consciente deveni ser
e o médico deve tentar tratamento alternativo. aca tacla, Ou não? A justiça poderia destituí-los do poder familiar? Os pais
Todavia, cremos que o médico não precisa de autorização policial ou podem impe (mar haheaç corpns para garantir o direito de escolha do tipo de
judicial para efetuar a transfusão de sangue, mesmo não autorizada pelo pa- tratailiei [o ou de cirurgia? E se o hospital não estiver habilitado para efetuar
ciente ou familiares, diante de uni iinii ente perigo de vida, por ser seu dever tal operaça o sei ii tra nsíiisã o de sangue? E se impossível for a opção para una
legal salvar virias h ti tfla nas, porque isso o levaria a nu a espera, que poderia tratamento alternativo, c.cio i circulação extracorpórea e a recuperação
ocasionar prãtica cIo crime de omissão de socorro (Cl', art. 135; Código de mnrraoperatória do sangue, desde que não se use sangue como volume de
Ética Médica. cap. 1, n. 1, lI,V1,VIl, XVI, arts. 7" e 32). A missão do médico escorva. o hew sist&tiiic o-artéria pulmonar ou técnicas cirúrgicas avançadas?
mm i naizar o sofrimento humano e resguardai- a vida e a saúde, hei is supre- O tribunal deverá decidir caso por caso? O médico terá de pedir autorização
trios da pessoa, sujei tai ido-se à tutela estatal, pois a Constituição, cni seu ai i p'di'raI para operar ")"L transfusão de sangue, sendo esta imprescindível para
196, consagra a saúde como direito de todos e dever do Estado. Deveras, salvar a vida do menor, exigindo unia decisão que preserve sua posição e
Leonídio Ribeiro' 2 ' pondera: "a única profissão que confere aos que a exer- caracterize a responsabilidade culposa ou dolosa dos pais?
Tribunais dos Estados Unidos e do Canadá vêm reconhecendo o direi-
to dos pais de decidir o tratamento médico para seus filhos, entendendo que
320 DecIi,'aç3o de Flelsinque. o direito constitucional à liberdade religiosa incluiria aquele. Mas até que
321. GciiivalVeloso de França, Dirdri' m,:&üw, eh.. p 208 e 217. ponto se deve respeitar a escolha parental de tratamento médico?
322Apud -lerriies RodrigttesAlcãnrara, !)couh'Iaga e diceiImiça,Sáo Paulo Ed.Andrei, 1979. O direito de crença não pode sobrepor-se ao de viver do menor, sob
Para Tereza R Vieira. Reflexões, rir., p. 269, a transfusão de saiigile só pode ser feita à revelia (lo pena de os pais praticarem crime de abandono material e moral e serena
pari cii te, apenas sc este for me rio,. 01 i se no or, qL a ido n O til ali fes Co u sua vo o de a -peie, destituídos do poder faiaa iii ar, en-ihoi-a a escolha de alternativa à transfusão,

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prescindível. O Estado é o guardião da vida, pois o seu titular sobre ela não Acei- tadainente, o Conselho Federal de Medicina prescreve que: 'Em
tem poder decisório. Observa, com acerto,Vitorino Angelo Filipin que 'se o caso de haver recusa ciii permitir a transfusão de sangue, o médico, obede-
direito a vida é superior, até ciii termos normativos, para salvá-la in extrerijis cendo a seu Código de Ética, deverá observar a seguinte conduta:
sendo a transfUsão de sangue o remédio indicado e necessrio, é dever do Ia) Se não houver iminente perigo devida, o médico respeitará a veia-
médico, movido e ai uparado pelo mais i i obre dos sentimiicntos, proceder co, no ,,,]a do paciente ou (los seus responsáveis.
tal, nico' i da ci ou ali nente. A i iiscri c5 o ciii que os professai -i tes Testeijiu iii as de 2) Se houver III tinente perigo de vida, o médico praticará a transfusão
Jeová portal l, de molde a exigir do inédito conduta negativa, na hipótese de de sal igue, i n dep enden teniente do consentimento do paciente ou de seus
ice essidad c de trai isfu são da sangue, em estado de inconsciência, é cláusula epoii sáveis'.
",-a,) escrita. assim ao ,,) ,, o será eventual declaração assinada por P rente ou
O Conselho, diante dos casos de recusa, por razão religiosa, em permi-
responsável no ato da internação, porque não se está diante de direito dispo-
sitivo, decorrente da chamada au (clooni ia da vontade' vigorante no direito tir a transfusão de sangue, editou a Resolução n. 1.021, de 26 de seternbm-o
de 1980, adotando o Parecer n. 21/80, cujo conteúdo é o seguinte:
ohrigaeional, pois a vida não é objeto de contrato. O médico tem o dever de
salvar a vida, indepem dentenicnte de paciente recalcitrante ou com inscrição "O problema criado, para o médico, pela recusa dos adeptos da Teste-
proibitiva ou, a inda, da participação posi uva ou negativa de juiz ou tribunal nitinha de Jeová em permitir a transfusão sanguínea, deverá ser encarado sob
Se entre os dimeitos à vida e à libei-dade de religiáo apresentar-se unia duas circu istáncias:
situação que venha a colocá-los em xeque, de tal sorte que apenas uni deles A tratisfusão dc sangue teria precisa indicação e seria a terapêutica
possa ser atendido, ter-se-á a incidência absoluta do princípio do primado inai s rápida e segui-a ti ara a melhora oti cura do paciente.
do direito mais relevente,que é, indubi tavelinente, o direito à vicia ". Por tal Não haveria, contudo, qualquer perigo imediato para a vida do pacien-
razão qualquer ofensa a o direito constitucional da liberdade religiosa, ainda te se ela deixasse de ser praticada.
que sem o consenso do paciente ou de seus fanuliares, não entra na catego-
r'essas condtções, deveria o médico atender ao pedido de seu paciente,
a dos atos ilicitos. A extração de sangue feita sem a anti ància da pessoa
abstendo-se de realizar a transftmso de sangue.
tida como lesão, e a própria transfusão de sangue só é permitida com o con-
senso do paciente, desde que não haja perigo de vida. Deveras, como a vida Não poderá o médico proceder de modo contrário, pois tal lhe é proi-
é o bem mais precioso, que se sobrepõe a todos, entre ela e a liberdade reli- bido pelo disposto no art. 24 do Código de Ética Médica: "E vedado ao mó-
glosa do paciente, deverá ser a escolhida, por Ser anterior a qualquer con seu- dico: deixar de garantir ao paciente o exercício de decidir livremente sobre sua
tinicnto do doente ou de seus fan iliam-es 32 . E) sacri ficio de consciência é ti m pessoa ou seu bem-estar. bem como exercer sua autoridade para limitá-lo".
bem menor do que o sacrifício eventual de uma vida. Os valores considera- 2.0 paciente se encontra ciii iminente perigo de vida e a transfusão de
dos socialnicnte importantes e os essenciais à comunidade nacional e iuter- cangue é a terapé ti ti e;' ii dispensável para salvá-lo.
nacional sio diretrizes ou limites à manifestação da objeção de consciéncia 3 , Em tais condições, não deverá o médico deixar de praticá-la apesar da
oposição do paciente ou de seus responsáveis em perini ti-la.
O médico deverá sempre orientar sua conduta profissional pelas deter-
326. Pontes de Mii-a,ida, 'flntado, ct., t. 7, p 23
"inações de seu Código.
327 Pontes de MInalIda, iifado, ci t , 7, p. 25.
328 AIILOÍiiO Daiii€nccno da Souza, O direito à i,bjcçào de eoui/ncia_ cii.. p. 22; M. H.
Duijz, Norma co,içriitínotrnl í'.wJrs efritos,São Paulo,Saraiva,2001, p. 09 e s., c Cou/Nu, de ,oruas.
Sá. Paulo, Saraiva, 2001, p. 33 e s. ;Vitori no Angelo Filipn.Transfusão de sangue no consen- seni risco de morre, cari razão do tratamemno ou da falta dele, desde que observados os seguiu-
tida. A rria/rdadesJuniicas 2:491-6; Frederico A. d'Avila RJa,ii, O direju, vida e a negativa de eà r ri ré rios: a) capa r - idade civil plena, exclu do o suprimento pelo tepresen unte o o a ss is tente:
transfusão de sangue baseada na liberdade de crença, kev,sn, Inw. 1:8-14. ''O direito â iiivio- li) in:inifestação de voleade livre, consciente e mformada, e c) oposição que diga respeito
lahilmdade de coi1sciiicia e de crença, prrvistono ai't. 52 ,Vl. da (oiistktmiçàc, Federal, aplica-se cxclrsivaiiiente 3 própria pessoa do declarante' (Enunciado ii.403 aprovado na V Jornada de
raiimbimi ii pessoa que se nega m rrataiiaeiito médico, mnc]us,vc transfuso de sangue, coiii ou Direito Civil).

382 1 383
(...) Por outro lado, ao praticar a transfusão de sangue, na circunstáncia blica (valor social nhlportante) não pode sujeitar-se â vontade de urna pessoa,
em causa, não estará o médico violando o direito do paciente... 32!) colocando em risco a segurança de toda a comunidade. Assm sendo, parece-
-nos ser ilegítima a objeção de consciência sempre que estiverem em jogo as
Se) Conflito entre um direito da personalidade e um valor social vidas de outras pessoas e a saúde pública.
importante A recusa de medicação ou tratamento, como a transfusão de sangue,
revela uni conip ortanien tO a ri ti ético, porque é da essência do ser Inarrium
Se unia pessoa infectada por unia doença contagiosa que requer, para
conservar e proteger a vida, que é tini beira super roi i liberdade de ei-ei 1 ça7
evitar contágio, tia' isfiasão de sangue negar-se a fa zê-Ia por ser testei nu,,li a
de Jeová, que dever5 prevalecer: a vontade do paciente ou a necessidade de
assegurar-se a saúde pública e a vida? 9. DIREITO AO ASPECTO FÍSICO DA ESTÉTICA HUMANA
Alguns autores, como Augusto Silva Dias 330 , eritendeni que não há pie- 9.a) A lesão à estética pessoal e a responsabilidade civil por dano
valência do interesse público sobre a liberdade de consciência: No que moral
concerne ao cumprimento de deveres relacionados com epidemias, doenças
Em caso de lesão corporal o ofensor deverá indenizar o ofendido das
contagiosas, etc., unia justificação da intervenção arbitrária contra a decisão
despesas do tratamento e dos lucros cessantes até o fim da convalescença, além
de consciência da vítima não deve ser admitida. A razão é de ordem coiisni_
de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido (CC, art. 949).
tu cional: nem mesmo se essa epidemia ou doença contagiosa ganhasse foro
O Código Civil de 1916, no art. 1.538, impunha que se pagasse ao lesado a
de calanudade pública poderia impor-sc ao cidadão o sacrificio de sua liber-
importância da multa no grau médio da pena criminal correspondente. To-
dade de consciência, isto é, do ri (icleo essei cia' da sua dignidade li Ul 1 lana "
davia, no que cone criara ao pagamento da multa, esse preceito era inaplicável,
Outros, coni 1 OS quais corte urdam os, já susrcii til que a defesa da saúde pé-
porque a lei penai deixou de coii iii ar pena pecuniária para os delitos de
lesão corporal. mas apenas paira privativa de libenciade. A soma da indenização
era duplicada se do ferimento resultasse aleijão ou deformidade (CC de 1916,
329. Nesse sentido rode ' Inde-Tatoaia Reparação de danos Tesreiaiunlia de Jeová
art. 1.538, § P), isto é, dano estético, fazendo com que o ofendido causasse
- li. ecehiiiieiito de transfusão de sangue quando de sua ititeruaçao - Coiivicçcs —ligo,,,
impressão desagradável (RT, 208:212, 465:214, 485:62 e 513:266). O novo
que não podem prevalecer perante o bem maior tutelado pela Constituição Federal que é a
vida - Conduta dos médicos, por outro lado, que pautou-se dentro da lei e ética profissional. Código no seu art. 950 não neais impõe a duplicação da pena. Como o dano
posto qti e sot i elite efetuaram as tia nsfu sê es sa ngu ii iea 5 ;Lpó, esgotados todos os trata ni elit os estético pode ser, em certos casos, corrigido in natura por meio de cirurgia
alternativos - lnexisrêrscii, ademais, da recusa expressa a receber transfusão de sarigtie quando plástica, esta incluir-se-5 na reparação do dano e na sua liquidação. O justo
da anterreirao da autora -- Ressarcuneuro, por ('um) lado, de despesas efetuadas com exames valor da indenização deverá ser fixado por arbitraniento ( CPC/201 5, ares.
niãdicos, entre outras, que não merece ser acolhido, posto ii3n terem sido os valores despe"- 509, 1 e 510). Outrora, se o ofendido, aleijado ou deformado, fosse mulher
didos pela apelante - l&ecrirso não provido (FJSP,Ap. Co ,. 123.430-4 - Soiocaha,3'- Luisa-
nade Direito Privado, ReL liávio Pinheiro,1. 7-5-2002).
"Apelação civcl. Transfusão de sangue. Testeiiiuiiiia de Jeovã Recusa de tratam cine.
Interesse em agir. Carece de interesse processual o hospital ao ajuizar demanda no intuito 'e 331 - /\iiconio 1 )aillasceilo de Souza, O direito a objeçriii de commsciêrxcin, cit., p. 20; Carlos
obter provimento jurisdicional que determine à paciente que se submeta à transfusão de Aurélio M. de Souza, Há uma liberdade de morrer"? Direito à vida ou direito à liberdade?
sangue. Não há necessidade de intervenção judicial, poiso profissional de saúde tem o dcvcr Ini)rrmia da ÃaRi(rrarurci dez. 1998, p. 413; Luis Roberto Barroso, legitimidade da recusa de
dc, havendo mim ente perigo de vida, empreender todas as diligências necessárias ao tratanien- transfusão dc sangue por testemunhas deJeos'á. dignidade humana. liberdade religiosa e esco-
to da paciente, independentemente do consentinierito dela ou de seus familiares Recurso lias existenciais (Parecer dado em 3-4-201 ())TjSg S Cdimiara dc Direito Privado, Ap. Civcl
desprovido" (TJRS, Apelação Livel 70020868162, Quinta Cãniara (Tivel,Tribr,rial de justiça 132.720-4/9-1.1 Ileira, j. 26-6-2003; Autoriza-se indico a realizar .i transfusão de sangue em
do RS, ReI. U,nberto Guaspari Sudbrack,j. 22-8-2007). paciente que dela necessitava, memio contra a vomit;ide de fauulares. seguidores do culto das
lescemunhas de Jcov2', que se recusaanl a permitir a reposição sailgu inca, invocando a li-
Vide Código de Enca Médica. cap. 1, ri.Vll,VIll, XXI, rap. II, ri. IX e art. 20.
berdade de crença. Diante do iminente risco de 'norte, o Tribunal fez prevalece r o direito à
330.Augusto Silva Dias, A releenáa jr;rídiro-pe,xal da decisões de consci&mcia, Coimbra, vida. No mesmo sentido: TJSP, Ap, Cível 123.430-4, rei. Flávio Pinheiro, j. 7-5-2002;TJRS,
1986, p. 136. A, Cível 593000373, ReI. Sérgio C. Pereira,]. 2-3-1995.

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a alteração da Lei n. 12.802/2013, dispõe sobre a obrigatoriedade da cirurgia cirurgia realizada 3 .A plástica da intimidade para alterar aparência de órgão ge-
plástica reparadora da niaina pela rede de unidades integrantes do Sistema Úni- nital envelhecido ou murcho após alguns panos, que requer, conforme o caso,
co de Saúde (SUS) tios casos de mutilação decorrente de tratamento de câncer. lipoaspiraçaoPoeswltu implante de pelos na região nubiana, retirada de pele
Assim sendo, as mulheres que tiverem feito essa terapia terão direito a cirurgia e inic05a etc., gera para o médico obrigação de resultado, por ser estética, unia
plástica reconstrutiva, cabendo ao SUS, por meio de sua rede de unidades públi- vez que se busca o rejuvenescimento da genitália externa feminina".
cas ou conveniadas, prestar esse serviço, utilizando-se de todos os meios técnicos ft preciso salientar que o dano esrético varia conforme o sujeito. Para
necessários. Com isso, beneficia-se mande parte de nuill eres 1 iiutiladas que ii ão Uni pugilista, unia cicatriz nada significa; para urna ni ul li er, seria dano moral
tem recursos financeiros para a cirurgia corretiva, que antes era considerada es- para um artista, dano patrimonial e extrapatrimonial. O órgão judicante terá
tética e meramente embelezadora. de sopesar a condição do lesado para estabelecer o montante indeniz-atório.
Entretanto, convém ressaltar que o médico em certos casos tem obri- Urge não olvidar que o niédico que fizer cirurgia estético-flmcial deverá
gação de resultado ou determinada, de modo que seu paciente pode exigir- comunicar â policia a identidade do paciente que a ela se submeteu, descreven-
-lhe a produção de um resukado, sem o qual haverá o inadiniplemento da do minuciosamente a operação, no prazo máximo de 72 horas, contadas da
dação obrigacional. Se se tem cm vista o resultado em si mesmo, a obriga- recuperação do paciente, para evitar que criminoso dela se aproveite para esca-
ção só se considera adimplida com a efetiva produção do resultado colimado. par da ação da lei e para atender às exigências da cédula de identificação c iv ilu7 .
Basta que o resultado não seja atingido para que o paciente faça jus a lima
indenização peio médico, que tem responsabilidade civil objetiva" (em 10. ADEQUAÇÃO DO SEXO DO INTERSEXUAL E DO TRAN-
con t r ario , STJ, REsp mi. 1.180L815, ReI, Mm. Nancy Andrighi, que entende SEXUAL
que a responsabilidade civil médica, apesar de a obrigação ser de resultado, é
10.a) O transexualismo e a identidade sexual
subjetiva). E o que ocorre no contrato de hospitalização, ante o dever de
preservar o enfermo de acidentes e infecções hospitalares, e na cirurgia estã-. Transexu alida de é a condição sexual da pessoa que rejeita sua dei ti da -
tira ou cosnietolôgica sem qualquer Rinção curativa ou terapêutica, que tem de genética e a própria anatomia de seu gênero, identificando-se psicologi-
por escopo contornar urna situação indesejável ou desagradável para o pa- camente com o gênero oposto 33 .Trata-se de uni dramajurídico-.existcncial,
ciente, por exemplo, pretendendo dar a urna septuagenária o aspecto de uma por haver unia cisão entre a identidade sexual fisica e psíquica 33° . E a inversão
jovem de 30 ou 40 anos., retirando suas rugas. da identidade psicossocial, que leva a uma neurose reacional obsessivo-
A cosinetologia cirúrgica sem nenhuma ação curativa ou terapêutica gera -compulsiva, manifestada pelo desejo de reversão sexual integral. Constitui,
responsabilidade cru unal (Cl', art. 132) e indenização civil, havendo insucesso por fim, uma síndrome caracterizada pelo fato de unia pessoa que pertence,
da operação, dano estético ou se o resultado obtido não corresponde ao esperado. ge notipica e feno ripicaniemite, a tini deter minado sexo ter consciência de
O sucesso mia intervenção cirúrgica é o único resultado esperado- Na França, uma pertencer ao oposto 3 . O transexual é portador de desvio psicológico per-
mulher procurou um cirurgião para corrigir-lhe as pernas excessivamente gros-
sas. O médico exigiu um documento escrito no qual ela declarava conhecer as
possíveis complicações de sua pretensão. O resultado obtido foi muito infeliz. 335 Genival V. de França, D,reiro ,n6dico, cit, p. 272-7.
Surgiu gangrena no pé, que levou à amputação da perna para salvar a vida da 336, Murilo Caldeira, Plástica da mntimidadc,]ornal do fl- , rsíiu, 14 a 28-10-1997, p. 4.
paciente.Ajovem ingressou etnjuízO, co tribunal condenou o médico a pagar 33* Cenival V. de Fra'mça, Direif.o nx&dica, cit., p 2 78-
uma indenização de 200 mil francos, pois aquele documento assinado não tem 33* Aldo Pereira, Dic?onárii, da rids sexual, 55° Paulo, Abril Ci,IttirI. v. 2. Vide Maria
validade juridica,já que ela não tinha condições de prever as consequências da Helena Diniz, Dicioucírici judico, cii., v. 4, p. 604.
339, Consulte: Sérgio Ferraz, Mauipu açôes liioI4,icas, cit. p. 64, Alcxandrc M. A] cãntara
de Oliveira, Direito de ali (l)deterHliimaçào sexual, STo Paulo, Jiiarcz de Oliveira Ld., 2003.
334. M - Helena Diniz, Crrso, cir. v2, R 185; Fábio Konder Conmparaco, Obrigações de 340. Paul A.Walker, Sex and lik cycle, iii Transexualls,n, Newvork,W Oaks. Ed Grune
meio, iii Etxdclaptdia, cir., p. 422-30; Tunc, La disti,iction des obligations de résu]tat ea des & Stratton, 1966; Donald W Hastiiigs, Inauguration ofa rcscarch project ou traussexualismn, in
Trasscxxialigi,m, (Jnjvetsjnv MeçlmcaJ Gene,', Money & Creen, Ed. J. Hopkimis Prcss, 1966, p. 248.
ob!igacions de diligeiice.Juris- Classc'ur P'riodiquc, v 1, mi. 419.

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inglesa determinando que o sisteimia de saúde público do j'ais deveria pagar criteriosa feita por equipe inultidisci pli nar especializa da, crime de niu tilaçã o
operações de mudança de sexo e divulgando que a proibição desse pagamen previsto no arr. 129 do Código Penal, por ter fins terapêuticos de adequar a
to seria ilegal. e,iitália ao sexo psíquico.
Fácil é perceber que a mudança de sexo provoca a extirpação de órgãos i ) eve ras, hi quei ii ache, cci no Sti ckel Haniniersteii i -' que essa opera-
genitais, logo, a operação é ni uti la' te. constituindo uni atentado à iii regrida_ e ito é lícita, porque hari ii oni za a sexualidade corp ou ai e psi qu ica da pessoa
de corporal. Assim há q ti ei n entenda que. por não ser ii ri] a cirurgia 1- apela- percutindo sua nte gração social sem qualquer rei fli te. Se o iii ód ice. coi'
dera ou corretora, sendo destituída de ação curativa, irem 1H esm,io o cori sen - consenso esclarecido de paciente transexual nlaior e capaz, procura, ao fizer
so do transexual maior e capaz a legitiniaria, recaindo no Código Penal, arts a ahlaç5o de órgãos genitais externos, curá-lo ou reduzir seu sofrinien to
129, § 2C, III e IV, e 307, e no Código de Ética Médica, art. 14. Por isso, eam ,en tal, não agindo dolosa,,,ente, pergu n tase não estar ia ele no exerricio
regra, o pedido de autorizaçãojudicial para mutação sexual é indeferido, em regular de uni direito? Se o ôrgão extirpado não tinha função, se era inútil
face da mutilação e da ofensa à integridade fisica por causar deformidade para o transexual. houve castração ou não?
permanente e perda da função genética e sexual. Constitui lesão corporal
O transexual é uni ser policirúrgico, pois, operada a mudança sexual,
gravíssinla por haver ablação de órgãos sa di os 36i .
necessá ri as são Várias cirurgias plásticas, como rinoplastia, ir] terve ição nos
Pode-se considerar como cirurgia corretora o ato operatório que visa pômulos ou maçãs do rosto. ahlaçáo cio pomo de adão, aumento dos seios, se
a transformação do sexo de uni transexual? Tal procedimento seria mesmo o hor niàtl mo for insuficiente assina como opera çã o foniã trica para elevar a
unia mutilação? Pode a liceidade de un, ato ficar adstrita à interpretação e à voz CIII uni oitavo, implantação de ovários e tronipas. depilação elétrica, ini-
comodidade de cada uni? Seria tal intervenção cirúrgica um desrespeito à bição de hormônios, esterilização, tratamento hornional e forinaudiológico
dignidade
idade h ul 1 lana ou ela curaria o indivíduo OU pelo menos reduziria sei' e aco nipa n lialil Cri 10 psicológico para nina na ais fitc,1 adaptação à nova situa-
O iii 1 C n te? IN 5 o haveria nesins operações disfarçada oficializa ç;i o para trina pseudo-
O Conselho Federal de Medicina (Res. n. 1.955/2010) considera que -lieterossexualidade, que, sob qualquer pretexto, reji rese ii tari a, ria scidadi,
a cirurgia de transformação plástico-reconstrutiva da genitália externa, inter numa honiossexua li da de? Seria iii ter veilção cirúrgica ou niutilaç ão de uni
na e caracteres secundários não constitui, desde que precedida de avaliação psicopata, arrastando-o aos riscos cirúrgicos, anestésicos e pós-operatórios,
caindo na órbita do arr. 132 do Código Penal,já que há exposição da vida
ou da saúde do transexual a perigo direto e iminente? Não seria ilícita a
361.Tereza ft_odrigues Vieira. Mudança de rexa, cit , p. 121-30; Miclie] Erlicli, Le5 cirurgia destituída de qualquer ação curati va. di ai] te do ait. 13, capur, do Có-
tarions sexraellcs - que saís jc?, cit.; CenivatVeloso de França, Drreiu, ,,udxca, rir., p. 279-81; jos digo Civil, que veda ato de disposição do próprio corpo, quando importar
l&aul torres Kir'iiser. Rcspn,isa0ilrdad, cit., p. 198. 9;Trmgo Represas e Stiglitz, EI regam contra /a din,i nu ição permanente da i iteg ridade fisica ou contrariar os bons costu ii ices
rspo ira da d o '1! pra/b jo,xa! de! ojoduo, menor Ali ei Ed As ire a, 1983, p. 210; Mii ri lo 1< ez 1 de e do art. 14 do Código de Etica Médica, que preceitua: "ê vedado ao niédi-
Solado (RL 491:212 es.) aponta hipótese em que o Conselho Federal de Medicina proibiu a
intervenção cirúrgica de transexualidade em menor, representado par seu pai porque haveria
uma cirura não reparadora, mas mutiladora. Na França, a Cone de Cassação, em 1987. aceitou
a mudança de sexo em uni caso; o da vítima de campo de concentração nazista que fora .suhnie- 362.Stickel Hanmierstein, Ivb/enrarik der T'unsexua/irifl,p. 268. Resolução n. 1-482/97, ora
tida a isso contra a sua vontade. No Brasil, o Projeto de Lei n 70/93 pretende descriminalizar a revogada, do CFM, autorizava a cirurgia de nuidaiiça de sexo em hospital público sob caráter
cirurgia para niudaiiça de sexo e permitir alteração de nome na carteira de identidade, e as Por- - experimental; a l&esouç5o n. 1 .955/2010, do CEM, admite, como vimilos, realização de cirurgia
tarias do Mj'iistcrio da Saúde n. 1 .707/200ic que d cOne as Diretrizes Nacionais para o de (r.mnsgeimmta]izaçào eiii}inspiraisparricularcs.c-omaco'npanhamiicnto de equipe TntiInd'sciplinar.
cesso transext, a] izador no SUS, n. 457/2008 regulaiiie'ira o processo de rra'isgeniralizaçào, e n. Ambas as Resoluções requerem que o paciente se stibmmieta a rigoroso exame para cornpiovar
2.803/2013, do Ministério da Saúde, que redefine e amplia o processo transexualizador no que se trata de trailsecual primário, desde qLme seja maior e capaz e de seu ]ire consennnienro.
SUS. C) l'L ii. 424/2012 visa reconhecer a identidade de g&nero. Há, suma, a possibi]idde de rraiisexual querer manter órgàos reprodutores, para que
T,-a,lsexL,a]Idade: Vide Prograiiia Nacional de Puni05 1 Iunianos 3 -' I)irerrizes 7-13; possa procriar.
I&es. CEM n. 1.482/97, revogada pela Res. 1.652/2002, que por sua vez perdeu sua vigência 363.Consulte: José Raul Torres Rirniser, Respons'hiiidad, cit., p. 198-9; Trigo Represas
pcla 1&es. 1.935/2010. e Stiglirz, El seiuro, cie., p. 210.

398 399
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co praticar ou indicar atos desnecessários ou proibidos pela legislação do cômico, ao psicológico & obrigação de meio, porque o médico não pode
pais' ?64. garantir a cura mental do paciente, a perfeição absoluta, nem a possibilidade
dc obtenção do orgasmo; logo, sua responsabilidade será subjetiva. '1 hdavia.
Nos Estados Unidos, para o transexual requerer tal cirurgia, deverá
apresentar declaração feita perante advogado, eximindo o niêdico da respon- urge lembrar que haverá obrigação de resultado, e, consequentemente, res-
sabilidade pelas eventuais complicações fortuitas - A Co iii issão Eiurop ei dos pon sabilidade civil objetiva, no que atina à realização normal das necessidades
1 )irc itos do Homem ccii sidera essa i n terve ii ção cirúrgica conto tina co iivei -- fisi o ló gi ca5 W. Quanto à operação de cirurgia estética, a obrigação será de
são curativa que permite a integração pessoal e social do paciente ao sexo resultado (RJJJSP, 137:182), gerando responsabilidade civil médica objetiva.
pretendido: logo. não entende que há mutilação, uma vez que visa a redução Se a cirurgia d e mutação sexual apenas satisfizer os anseios da perversão
ou a cura de seu sofrimento inenral,j ulgando que não há nem ii es' tio perda sexual do paciente para atender a fins concupiscentes, não estaria colaboran-
de função, porque o órgão extirpado era inútil para o ti-ansexual. do para urna situação ficciomial, eivada, portanto, de ilicirude?
Não há responsabilidade penal do médico, porque, em regra, a cirurgia Há legalidade do direito à adequação de sexo de transexual? Ante a
de adequação sexual decorre do exercício regular de sua profissão (CP, art.
falta de regulamentação para o direito ã busca do equilíbrio mente-corpo,
23, III), pois. apesar da mutilação, não se poderia negar a existência de uni
poder-se-iafazer valer o direito à saúde, previsto no arc. 196 da Constituição?
interesse terapéutico 36 , comprovado por rigorosos exames clínicos revelado-
poder-se-ia impetrar mandado de injunção (CE, art. 52, LXXI)?
res da necessidade da ''conversão curativa" para a saúde mental do paciente
(R1 6.37:170), que tem direito a urna vida feliz, iiiipedindo-se que caia em Se a cirurgia de conversão sexual, adaptando o sexo fisico ao psicoló-
estado depressivo, que se suicide ou se automutile, diante da real prevalência gico, tem por escopo beneficiar a saúde mental do transexual e a sua socia-
do sexo psicológico sobre o genêtico. Repara-se uni erro havido durante a bilidade, ela só pode dar-se com o consenso esclarecido do paciente maior e
fo rniação ir) trau te Fina do paciente. Ningu é iii coii sei i ti r a eu) sua ' '''ti ti la ção' capaz; nem mesmo o representante legal, no caso de incapaz, poderá suprir
5cm que houvesse uma finalidade terapêutica para tal, O médico só fiz a sua vontade, salvo na hipótese de hermafroditismo, porque nesta a operação
intervenção que provoca a ablação dos genitais funcionais de seu paciente será curadora, visando corrigir uma anomalia fisica.
para fins de transexualização, mediante comprovação da necessidade desse ato
para sua saúde mental. 10.c) Problemas jurídicos decorrentes da mudança de sexo
Se se entender que tal cirurgia não muda o sexo do indivíduo, mas tão
somente sua genitália externa, adequando-a ao sexo psicológico, a resporisa- Feita a cirurgia de transgenitalização, de redesignação sexual ou de
bilidade civil do médico seria objetiva, por ter assumido tinia obrigação de mudança de sexo num transexual, o direito, a sociedade e o Poderjudiciário
resultado? Entendemos que a cirurgia de adequação do sexo fisico, ou ana- poderiam proibir que leve vida feliz e normal? Poder-lhe-iam negar efeitos
jurídicos oriundos de sua nova condição sexual?
Se com o término da Segunda Guerra Mundial passou-se a proteger
364.Geilival Veloso de França, Direito r,ildico, cii., p. 279-81. O TJMG (Ac com intensidade maior o direito da personalidade, em virtude da Declaração
10672.04.150614_4/001.4a Câm. Civ., rel.p/Ac. Des.Al'neida MeIo,3. 12-5-2005) já decidiu Universal dos Direitos do Homem de 1948 e da Convenção Europeia para
que: "O arr. 13, capur, do Código Civil (Lei n. 10.406/2002) veda o ato de disposição do a Salvaguarda dos Direitos do Homem e Liberdades Fundamentais de 1950,
próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade fisica ou contrariar

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os bons costumes, salvo por exigência médica. A exigência médica a que se refere o disposi-
uvo do Código Civil deve ser entendida como a necessidade imperiosa de transformação ou
de remoção de órgão do corpo, cientificamente provada, em decorrência de patologia grave 366- Um transexual israelense obteve o direito de receber indenização por dano oritami-
e curável, exclusivanien te, por meio daqueles procedi nienros interventivos extremos. O sexo, do de cirurgia de adequação de sexo, pois passou a ter dificuldades para urinar. Imde: Israelen-
como estado individual da pessoa, ir,fornmado pelo género biológico. O sexo, do qual derivam se recebe indenização de médico, Folha de S.Paulo, 30-3-1994, e Lei n. 8.078/90, ant. 14 Um
direitos e obrigaçôes, procede do direito e não pode variar de sua origenm natural sen, legis- casal húngaro, com o auxílio de uma equipe médica de Bud~ passou por uma operação
Iaço própria que a acautele e discipline. Nega-se provimento ao recurso". de mudança de sexo: ele passou a ser ela e ela, ele. O cirurgião LászIó Pajor não sabe, ainda, a
365. Fabrice Jugnei, Droif et raimssexoahsrne, cii., p. 17. iiidu@ncia que a mudança de papéis no casamento trará à vida intima daquele casal.
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I-laver& ainda, após a cirurgia de aclequaç5o sexual, modificação em cara iii, que del,b podera dispor, gratuitamente, desde que não afete sua vida,
relação aos bei,eficios previdenciário, por meio de procedimento judicial, não cause dano irreparável ou permanente à sua integridade fisica, não acar-
tramitado em segredo de Justiça, aplican do-se, por exemplo, a regra da pro- rere perda de ul n sei iti do ou órgão, tornando-o iii útil para sua função natu-
porcionalidade do tempo de serviço à nova realidade, conipucarido-se o ral. e tenha em vista ui i tini terapêutico ou hu mani tári o (CC, aro. 13 e 14).
tempo cuni pri do como homem e o a cumprir como mulher Pelo GJli tio Enunciado n.332, aprovado na VI Jornada de Direito CivrI: "E
permiiitida a disposição gratuita do próprio corpo com objetivos exclusiva-
Além disso, poderá haver problemas de ordem sucessória pala o ri -anse
<Lial opeiado, pois, por exemplo, nos Estados Unidos, em razão da grande na cii te cjLl uíri cos , i os te mios dos arts. li e 13 do Código Civil' - . O corpo
é disponível dentro de certos hrintes e para salvaguardar linteiesses superiores,
liberdade de testar, se o testador deixar algu iii bem a filho após a muda] tça
atendendo a um estado de necessidade. A pessoa pode anuir na ablação de
de sexo, este podem não recolher o quinhão hereditário No Brasil, bastará a
partes enferni:ts. mesmo não reconstituiveis, de seu corpo. para restaurar a
comprovação de sua filiação para que o transexual que sofreu cirurgia de
saúde ou preservar sua vida, dispor de partes regeneiáveis, desde que não
tra]isgenitalização receba a legítima que lhe for cabível.
ad nja sua vida ou saúde, para salvar outra pessoa, e doar ]cYsI 1 norteni seus
No esporte problemas não haverá, por basear-se no sexo hormnonal.
órgãos e tecidos para fins altrimísticos°. Os elementos artificiais que integram
Assim, transexual operado poderá disputar. por exemplo, campeonato feinini-
no, mesmo sem retificação de seu registro civil, sendo-lhe vedado apenas
co' petir se sua alteração hormnonal apresentar índice laboratorial superior ao
380 I&ic:trrlo Aurequei -a Parilli, El dc,vdio, los traspla;ries y las tra isic,xeç Barquisinieto,
permitido, Na seara trabalhista, nenhuma discriminação poderá ser feita ao
EW U cola 1988, p. 44 Herdei o Cáceres, R e(Ieccioii es sobre la Ie dc rrasplanres de órgaiios,
trabalhador que se submeteu a unia transformação sexual, em virtude de inter- La Ley, p 833-5; Er' lesto Garzóia Valdés, Algunas coiasideraciormes éticas sobre ai rrasplaiate de
sexualidade ou tiansexualidade (Lei n. 9.029/95, ai L I a). E preciso respeitar a ôrganos, ia Rodolfo Vázqiez, Bioética ifearcljo. México. 1999, p. 214-53: Adriano Sant'Ar,a
dignidam da pessoa Ii ui Ti ali a (C a't - 1 2 , III), seja ela tra usexu aI ou no. ]'edra. Tr;iiisplanrc de org:ios e o b,cid,rc,r.o constttLlcio]ial, kerjsxa ,lc Diyciti, Ginsliii,rh'iiai e
/.!rrcrFiacxoniT/. 61:7 a '4 (201)71. A T.ei n II 584_ de 28 de ,iovenibro de, 2007. iiititt,i (1 Dia
o 1 i/o /), 'a a dc 01Q311 s, a ser cometia ora do no dia 27 de se rema 'bro de cada aRa se', do
11. TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS E TECIDOS HUMANOS qtic no per]odo de dtia.s se,alaiaas, que anteceder ai data, dever-se-á piniiaovr, diarianiente,
lia) Direito ao uso de partes separadas do próprio corpo ou de caimipaialia de esuii afio aquela doação- A Lei n- 11 930, de 22 de abril de 2009, instituiu a Sema-
iia de Mobilização Nacional caia Doação de Medula (Assei, que será realizada, anualmente, de
alheio
14 a 21 de dezembro. Durante a Semana, serão desenvolvidas atividades de cschrecimcnto e
O direito às partes separadas do corpo vivo ou morto integra a perso- incentivo r doação de medula ôssea e à captação de doadores- As ações, arivmdades e cauip-anlaas
pi daI ci tá rias LI cveul ei] volver o rgãos 1i l.il i co e cri tida des privadas a flui de iii for iii ar e o r cura
na idade h ri' na' a - Assii mi seindo, elas são bens (res) da personalidade e.ttju
aahrc os procediiiie,,ic,s para o cadastro de do:idoies e a i]aiportiacia da doação dc iiaedula bisca
lllercium, mi -ão podendo ser cedidas a título oneroso, por força da Co ns ri -
para salvar vidas e sabre o arniazenaniento de dados no Registro Nacional de I)oadorcs de
tuição Federal, ait. 199, 44, e da Lei n. 9.431/97, art. 1 ° . Como as partes
Medula Ç)ssea - REI )OM E. Portaria ii. 1132, de 23 de setembro de 2013, do Ministério da
separadas acidental ou voluntariamente do corpo são consideradas coisas (res), Saúde, ctabclece novos quaia titaci'os fisicos da manutenção regulada do iriiaero de doadores
passam para a propriedade do seu titular, ou seja, da pessoa da qual se desta- 110 l&egisti -o Hrasilcii -o de 1 )oadores Voluntários de Medula Ossca (REDOME) - A frase a ser

diíuiidid., durante -a Se,na,]a &:'Ncstc N-arai.dé um presente a quem precisa de você para viver:
cxlas r re-s e co 11 o doador de i ned tala''.

Noricia, ainda, o Jornal da Tarde (28-10-07, p. 12-A) que homossexualismo pode ser porcaria do Ministério da Saúde ia - 2-932/2010 insdtui o Plano Nacion:d de Implantação
genético, conforme compioVain biólogos da Universidade de Utali, nos EUA dc i5.i ocos de M Liltitecidos (Plano - 13M'T) pala ampliaço da disponibilidade de enxerto, huiaaa-
nos para uso assisreilcial ena rodo o território nacional. O Ministério da Saúde i,istirt,i, ainda: a)
A Declaração de direitos dos homossexuais da ONU pede que o honiossexual,s'iio
deixe de ser considerado crime nos paises ena que isso ainda acontece, como li -á, Ardhia Sau- o Plano Nacional de ltaipl:iiitação e Ailapliaçáo dos Centros dc'l'rausplantcs de Célubs-Troiico
dita, Sudão e Sonilia Heiiiaropoéticas - PLiiio - (:TCTH (loi -tai-ia o. 2.931/2010) e b) o I'rograiaaa Nacional de
Qualifkação pai -a )oaç ão da õi -gàos e Tecidos pan Transplantes - QUALIDOTI Poi -taria ia -
379. Sobre os aspectosjtiridicos decorrentes da cirurgia de redesiguação de sexo, eco-
iii ci ubluco a leitura das excelentes obras de Luiz Alberto David de Araujo, A prose iio nnisuyri - 2.933/2010). ftesoluç- o - l&DC u 36, de 16 de dezembro de 2010, da ANVISA dispàe sobre o
do i ai do É,susco, 4 ci t. , p. 71-150; Pero na. La probei tica jurídica de Ia trai ,serualida 1. 1a dr id, regLil-aiaaeiaro rérnico para o fuiticionainento das laboratórios de piocessainento de células pi -oge-
1998. p 282,324-6 e 337-8- niroras iaeiaaatopoéticas (CPH) provenientes de medula óssea e sangue peri*rico e bancos de

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tos ou enxertos de determinados órgãos ou tecidos; encaniiuhaniento da de anibieiitação e infraestrutura operacioimal; capacidade para a realização de
solicitação pela Secretaria de Saúde do Estado, coei parecer conclusivo. ,nes e análises laboratoriais necessários aos procedimentos de transplantes;
Essas autorizações serão concedidas a título precário. ii istrutne tal e equipamento indispe usáveis ao desenvolvimento da atividade
Fácil é perceber que a retirada de tecidos, ôrgáos e panes e o seu trans_ a que se proponha (,ai t. 92, 1 aVIl. do Dcc. n. 2.268/97).
plante ou enxerto só poderão ser realizados por equipes especializadas e em A transferência da propriedade, a modificação da razão social e a alie-
estabeleci ni en tos de saúde, públicos ou privados, prévia e expressa mente ração das equipes especializadas por outros profissionais, igtialnleiite autor
autorizados pelo Ministério da Saúde, O pedido de autorização poderá ser zados, quando da e oniun i cadas no decênio posterior â sua ocorrê licia não
formulado para unu ou mais atividades, podendo restringir-se a tecidos prejudicam a validade da autorização concedida.
órgãos ou partes especificados. A autorização será concedida, distiiitamentt A composição das equipes especializadas deverá ser determinada ciii
para estabelecimentos de saúde, equipes especializadas de retirada e de trans- fLmncJo do procedimento, mediante integração de profissionais autorizados
plante ou enxerto. ia foi i lia legal. Será exigível, no caso de transplante, a definição, em núni ero
Os membros de urna equipe especializada poderão integrar a de outra liabiiitação. de profissionais necessários à realização do procedimento, não
desde que nominalmente identificados na relação de ambas, assim como podendo a equipe funcionar na falta de algum deles. A autorização será coo-
atuar em qualquer estabelecimento de saúde autorizado para os fins de re- cedida por equipes especializadas, qualquer que seja a sua composição, deven-
moção de órgãos e tecidos e transplante. Os estabelecimentos de saúde e as LIO o pedido ser formalizado ciii conjunto, sendo que só será deferido se todos
equipes especializadas deverão firmar compromisso, no pedido de autorização, sati sfizerem os requisitas exigidos (art. 10, §§ Li e 2, do Dec. n. 2.268/97).
de que se sujeitam à fiscalização e ao controle do Poder Público, facilitando Além da necessária habilitação profissional, os médicos deverão instruir
o acesso de seus agentes credenciados a instalações, eq ui panientos e prontuá- o pedido de autorização com certificado de pôs-graduação, em nível, no
rios, observada, quintotu a estes, a necessária lia bi litação, e ii face do rará ter ri ii iiio, de ,'esi dê nela ti ié di ca o ti título de especialista reconhecido no Pais
sigiloso desses doeu' ei itos. co,ifbrnie for estabelecido Pelo Conselho Fede- e certidão negativa de inflação ética, passada pelo órgão de classe ciii que
ral de Medicina.A autorização terá validade pelo prazo de 2 anos, renovável foretn inscritos, sendo que eventuais condenações não são indutoras do in-
por períodos iguais e sucessivos, verificada a observância dos requisitos esta- deferimento do pedido, salvo em casos de omissão ou de crio médico que
belecidos por lei. Tal renovação deverá ser requerida 60 dias antes do térmi- tenha resultado em 'norte ou lesão corporal de natureza grave (art. 11,1 e II,
no de sua vigência, prorrogando-se automaticamente a autorização anterior e parágrafo único do Dcc. n. 2.268/97).
até a manifestação definitiva do Ministério da Saúde, sendo que os pedidos Ii) Os ca itérios pala a seleção do doador de órgãos e tecidos. É neces-
formulados depois desse prazo sujeitam-se à manifestação lã prevista, ficando sâria a realização de todos os testes de triagem para diagnóstico de inkcção
seni eficácia a autorização a partir da data de expiração de sua vigência e até e infestação exigidos ciii normas regulamentares expedidas pelo Ministério
a decisão sobre o pedido de renovação. Salvo "motivo de foi'ça maior, devida-
da Saúde (Leis ti. 9.434/97, art, 2, parágrafo único, e n, 7.649/88). Pelo De-
mente justificado, a decisão alusiva à renovação deverá ser tomada no prazo creto n. 1268/97, arrs, 25.1 e 11,26 e parágrafo único, os prontuários deverão
de até 60 dias, a contar do pedido de renovação, sob pena de responsabilida- conter: no do doador morto, os laudos dos exames utilizadas para a compro-
de administrativa (art. 8, S 1° a 8, do Dcc. n. 2268/97).
vação da niortc encefalica e verificação da viabilidade da utilização dos teci-
Os estabelecimentos de saúde deverão contar com serviços e instalações dos, órgãos ou partes que lhe tenham sido retirados e, assim, relacionados,
adequados à execução de retirada, transplante ou enxerto de tecidos, órgãos bem como o original ou cópia autenticada dos documentos utilizados para
ou partes, atendidas, no mínimo, as seguintes exigências, comprovadas no a sua identificação; e no do doador vivo, o resultado dos exames realizados
requerimento de autorização: atos constitutivos, com indicação da repi'eseri- para avaliar as possibilidades de retirada e transplante dos tecidos, órgãos e
tação da instituição, em juízo ou fora dele; ato de designação e posse da di- pautes doidos, assim como a comunicação, ao Ministério Público, da doação
retoria; equipes especializadas de retirada, transplante ou enxerto, com viu- efetuada.Tais pi'ontuários serão mantidos pelo prazo de 5 anos nas instituições
cujo sob qualquer modalidade contratual ou funcional; disponibilidade de onde foram realizados os procedimentos que registrani. Vencido esse prazo,
pessoal qualificado e em número suficiente para desempenho de outras ati- poderão ser confiados à responsabilidade da CNCDO do Estado de sede da
vidades indispensáveis à realização dos procedimentos; condições necessárias instituição responsável pelo procedimento a que se refiram, devendo, de

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pacic n Les para a distribuição do conjunto r iIl e ]icreas cio iii es])] o doador ugiortal pelas CNCI)Os, integrantes do SNT Exigra que as entidades priva-
fosse feita empregando-se os critérios mínimos a seguir: c' crer ios excludc, 1 _ das e equipes especializadas interessadas na realização de transplantes deveriam
tes: amostra do soro do receptor fora do prazo de validade e incoinpatibili obse,-var o regulamento técnico - Portaria CM n. 3.407, de 5 de agosto de
(jade 53 rlguítlea entre o receptor e doador, eu, relação ao si stenia A130, cri- 1998 (revogada pela Portaria n. 2.600/2009), do Ministério da Saúde —, que
térios de classi Reação: tempo decorrido da 1 IISC rição na lista ú] ii ca e casco de
dipó quanto 3 forma de autorização e cadastro,junto ao SNI. Seria de com-
urgência, com justificativa prévia apresentada à CNCI )O; não existindo as petência privativa das CNCDOs, dentro das funções de gereliciamento que
condições para a realização do transplante co] ij ugado de riu] e
Ou) pre e]' dida a recusa do paciente, este fosse reinscrito tia lista do ti-au splan -
lhes rani atribuidas pela legislação em vigor: determin ar o eu can itibam eu to
te do ril 1 , n Ia ntendo a data da inscrição original; os critérios de disti-i bu i ç o de equi pe especializada e providenciar o transporte de tecidos e órgãos ao
es tabelecimento de saúde autorizado erli que se encontre o receptor.
fossem reavaliados quando 90% dos pacientes inscritos nas listas de espera
pala transplante de ri']] e conjugado de rim e pâncreas estivessem identifica- d) A Poi-taria n. 91/2001 (revogada pela Portaria n- 2.600/2009) do
dos em relação aos Antígenos Leucocitários Humanos - FILA: os trallsp]an_ Ministério da Saúde baixou normas para fins de distribuição de órgãos pela
tes de pâncreas, pré ou pós-transplante renal ou isolados, fossem realizados Central Nacional de Notificação, Captação e Distribuição de órgãos, e a
em conformidade com o disposto no § l do art. 17 e no art. 34 do Regu- Portaria n. 92/2001 traçou normas procedimentais sobre remuneração de
lamento Técnico aprovado pela Portaria GM/MS ri. 3.407/98. Ocorrendo atividades de busca ativa de doador de órgãos e tecidos.
no âmbito de urna CNCDO, a existência de um número maior de recepto- e) A Portai-ia r 931, de 2 de n,aio de 2006 (revogada pela Portaria n.
'-es eu' relação aos doadores de pâncreas, a coordenação do SNT deveria ser 2.600/2009), do Ministério da Saúde, aprovou o Regulamento Técnico para
comunicada para o estabelecimento dos critérios naíninlos de distribuição transplante de células-tronco hematopoéticas (medula óssea e outros precurso-
Atualmente, rege a matéria a Portaria II. 2.600/2009. res heinatopoéticos), estabelecendo critérios técnicos de indicaçào desses trans-
c) A Se cretari a cl e Assi slén cia 3 Saú d e baixou a Porta ria ti - 294/99 co ii - plantes. a Portaria n - 87. de 21 de janeiro de 2009, do Ministério da Saúde,
te] do instruções quanto à realização e cobrança dos trai i splan tes de 6 rgàos autorizou o envio para o exterior de amostras de células-tronco hesn;uopoéri-
110 SUS. E o Conselho de Saúde Suplementar (CONSU) emitiu a Resolução
cas de doadores cadastrados no Registro Brasileiro de J )oadoresVoluntários de
II. 12/98 (ora revogada pela Res. 211/2010) sobre cobertura de transplante e
Medula óssea - REDOME para a realização de transplantes e a Portaria n.
seus procedimentos por parte das operadoras de planos e seguros privados de 1600/2009, do Ministério da Saúde, no anexo li traz esclarecimentos sobre o
assistência à saúde, dispondo que os planos e seguros referência e sua segiuen- transplante de células-tronco henlatopoéticas.
tação hospitalar cobririam transplantes de rim e córnca, bem como as despesas
com seus proc cd imentos vinculados, sem prejuízo cia legislação especifica cu e P Pela Portaria do Ministério da Saúde n. 1.160/2006 (revogada pela
os nor nutizava, entendendo-se corno despesas cosi] procedimentos Portaria ii. 2.600/2009), os transplantes de figado, no Ura si], tinham como
tos vi leula-
dos todas aquelas necessárias à realização do trallspianre, incluindo: as despe - parãmetro uni novo critério para a ordem na fila de espera: o da gravidade
sas assistenciais com doadores vivos; os medicamentos utilizados dura i ite a dos pacientes. O estado de gravidade deveria ser aferido por uni modelo de
internação; o acompanhamento clinico no pós-operatórid imediato e tardio, ex- exames chamado MELI) (Modei for Eud-Stage Liver Disease), para adultos, e
ceto medicanwntos de manutenção; as despesas com captação transporte e IELD (Pediatríc End-Stage Liver Disease), para crianças. A pontuação ia de 6
preservação dos órgãos lia forma de ressarcimento ao SUS. Prescrevia, ainda, a 40, sendo que, quanto maior o número, maior a gravidade do paciente e
que os transplantes de rim e córnea ou procedimentos vinculados, quando menor sua expectativa de vida"".
realizados por instituições integrantes do SUS, deveria, 11 ser ressa ,-cidos em
conformidade com o previsto no art. 32 da Lei n. 9X,56/98. Os usuâ,-ios das
operadoras de planos ou seguros de assistência à saúde, candidatos a transplan- 392- Ricardo I3alcgo,Transplantcs de figado rni nova regra, RCT'iS:a da AJW, 570:6
te de órgãos provenientes de doador cadáver, conforme legislação específica, 7, 2006.

dever iam, obrigatoriamente, estar inscritos em unzi das CNCJ )Os e stij citar- Portaria do Ministério da Saúde ii. 201/2012 sobre remoçJo dc ôrgos, tecidos e partes
-se-iam ao critério de fila única de espera e de seleção. A lista de receptores do corpo huiivauo vivo para fins ci, transplantes no território nacional cnvolwuido estrangei-
ros no residentes no pais., assim duspôr: Aut. J4 A reaIizaço de qualquer procedinieiito de
seria nacional, gerenciada pelo Ministério da Saúde e coordenada em caráter raiispIanrc 110 território nacional em porencial recepror estrangeiro não residente no pais

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11.e) Perfil jurídico do transplante de órgãos e tecidos
ri ao Rio, fl,llja di SRpid. 2-lli-2ÇWi-1. 7-C) G.'hr,eIl.i S.lJ]ilovd] (SI' lu
I- transplante cotii clula tinIblilca]. O Jsr1,cfr, de Paji(e, Y-l0-2CICl, p 1 2-A) crotit-I.r que 11 , 1) Transplante de órgãos e tecidos post mortem'
sangue de colclao t,tiibilical de doador br.iiIclru e usado CLII tralispl.Llite de 'tiedtiI.i,\ea
pOdçlldC) sa!v,Ii vid.' de criança poriadoia d, 1,icelilia lilirnik- aguda ( 3j'nrrf da 11.e.1 1) Retirada post morrem de tecidos, órgãos e partes do corpo
plante de c-IuiIts salva I.,lés ti diabetes. Ir.' 3 21F1)3, p A 13) CO]IIUIII{•j LLUC, humano para serem transplantados
téclilea de ci-atispiante de cdu],ts p.nici-e3lieas de doador cii, estad<, (e moi eec iebr.iI 11111
portidor dc di.'betcs ÉIil tipo 1 -ar-a,
"obre trailMii;tiite Is eduilas C,l,iico IlL - IliatoI'nel:cas A retlrJçl:l IHOÏtCÍH de tecidos, órgOS 011 p.irtes di corpo huniario
Itcgiliiiiento Icciiic' II) Sisueiir.t N3LIOnJI deliaii'piaiiius. .ir 1, 116 .L 1 1 9 destIlados 1 tratispliiitcs Ou tiil;uhit•iito devera sei precedida de diagnostico
A Port,irca ii. 811. de 2 de inalo dc 2012, cfs, Mtxustrii da S.L,cle, e3tal1e11ie a In de morte cnccidica, iiediantc c uti]i'zaÇao de critérios clínicos e tecri0Iôgifl)
retiçin rcgul.rd.L do 'Iiciiero de doadores no RegiMio BraiIir,o de I)o.icloieVilIliltT 'Is de dc fl1ic dos por risoto çiio do Conselho Fede ri' de Mcd ema. sallo quando ia!
,Me&l,ia Osse (IUDOMF.)
norte se lelIficai por parada card íac ' rrevc, -sível, coiaiprov.ida por resultado
O R-si;111 niftCnte lecnieo do SisteilLI r\lac-iollal de lraiisplaiite' .iccrtad.iiiieiitc Ir-.l
mnconteslavel de exame eleti'ocardaografico. A morte devera ser constatada e
tioririas (arrs 14 a 16) pira as Coinissóes liitra-Ho'piralares dc I)oaç5i de 0ig5tis e Iecidas
registra da por dois o tédicos n5o 1 n regrantes das equipes de reinoç o e trans-
para Irarispiarile - CIHI)OFTs que so obrigatórias naque]es hospitais pLb]leos. priv.LLli e
f'Iatiti -ópicos ('li' se CLidjtlilLltCill ElOS pertrs I - L'I.lcIÜll.idOs no :lrr, 1 - 1 cio RslZtIlaTiietitoTe( - iIiÉ- (l plan te de ÓrgOS e tecidos, a diii itindo-se para ta 'ato a presença do ii,édic. de
do SLsreriia de lratas1,I.aiitc confia o ci da íRii tília do falecido, desde que a demora de scn conipa rec 1 meu-
S3n arxrlitiiçàes da (SIHDOTT: a) oiwllizar, lis, juibito do escabelecmre,ito dc 'LuTe to não torne, pelo dccii no do teiiapo, i iviável a 'cri nada, flienci 011 ali (lo-se
o protocolo assrsteiieial tIL doçâo de órgios; li) criar rouhI.n 'uri ofeiccer ao iipniIitivs de ci rcunstaflcia rio respectivo reli tóri o. A fhnií lia carente de recursos lancei -
pacientes Falecidos no e,tabeleciiiiciito de saude, e 53L1C inio sejam j'otelleIals LI).{dores dc ros pode rã pedir que o diagnostico de morte co cef 1 ica seja a com pai aba do
ôrg3is. a posshiIidade da doaçan tiL córlie.lS e oliro tecidos; ) •irticiilal -Se scirir Is equipes por iiied,co indicado pela direç5o local do SUS. Os fTiiiiiliai'es que estivereili
jricdir;ts do cstjheiecjpileiiro de s:iutle.cspecr.tlitiene .0 das tJLILLI.Ldcs 'lei ra ( .Iiiietito liitcii';n
ira coriipallliia cio falecido ml qtie teti lia iii olereciclo meios (tc contato sera"
e Urgrieta e Ettit-rgénci.i. no seilitis, de ,itEit'Iicai pOielK 1115 doadores e t-o,,inilat stii
:i&ieqsrids' supril te para lii,' de do,it,; d) alIlcilIar-se iaiii as eL]Liipe sie arregad.t' CII vCl iii- nbrigatci r 'ame iate a for i nados do inicio do procedimento para a verifica çi o
caço de niorte cttcef.ilica. vjsatidti .tssegur:ir que o processo st.t àgil e eficiente, lenti -o ti Lr iarnrte e" e cfãl j ca. Ex ige-SL, portanto, a prova inco ia lestáve 1 desta, ir edian
estritos paratiietu, éticos; 1) viabilizar a re;tlizaç5o do d'agnóstrio de IlilEte ei,eelaiica. te declaração médica da cessação da atividade cerebral, embora a pulmonar
orme Resolução do CEM obre o n,inia, d icotihcar e prohilover o reghttt) cio todos 05 C.LsslS e a cardiovascu lar se mantenham por processos artificiais. At&t disso, o esta-
com diagnóstico estabelecido de r norte eneelJIlca, uiIeIilo daqueles que Lia. se tratei]] dc
belecimento de saúde deverá comunicar à CIN CDO do respectivo Estado,
possiveis doadores de órgãrn e reridot, ou ciii que a doaço não seja efetivada, cnn registro
dos motivos da náio doação; g manter o registin do número dc óbitos ocorridos clii
irsrltu'çào: li) prl)tL)over e organizar o anoliiiciierito às ilililirs do-idriras atctesdur;iiite e
de todo ri irocesl de do.içào tio ãi'iE,ito d nistittliçati. 1) artictilii se (n'ti is lespetIlcos l'\ii processo dc doaçào e trarlsp]Lrites de ói -giios, tecidos, células ou partes do corpo: n) liiiiiter os
e SVO pia, no' cisc's rui que se :ipliqtie,.ig,hzar o pioecsso dc iieeiulisia do' t{Lmd lei, leghstros de s,.as iiiterveiiçõÉs e atis-idities dirias irtializaitis cojifuriire os Por,iiulari)s i e II
facilitando, sempre qie possivei, a i -ealizaçjo Liii procttlttilcnto Lio prôpriti estabeic - tiiie,ito LII' A a este Jtegtmlaniento; o) a1,rese,,tar iiiensalnirnte oj -eilôrios á (NCI)C; p) nos

de saúde, tão logo seja procedida e curada dos ôrizàtis: j) artitllar-se 0111 as respectIvas cilsc's ciii que se aplique, articular-se com as deimiais iiistãi,cias intra e iriteriristitticis,nais 30
CNCDOsOPOs Voo bancos de tecidos destra egiti.paIa olgitilizar o processo de doaç3o selitido de garantir aos candidatos a receptores de órgãos, tccido,,cêlulas oti partes do corpo
captação de orgios e tecidos; k) .ti -qulv-ar, guardar adequadaiiiexite e enviar à ( NCI)C oacesso às equipes especializadas de transpiante, bens como atiditar iiiteriiaiisemite a atualização
cópias dos doct,iiieiuros relativos ao doador, cc,iiio idcniiÍãc,ição, protocolo de verifãi_.içào Lie (:NCI)O das inforniações pertinentes a sua situaçào clinica e aos demais critérios
norte criccGlica,einio de coiiscntiiiieilto í;iini jar ]ivlc 1 esclai-ecido. exames abe'atoriais ',ecessãrios à seleção lira aioc.tção dos ciixenos; q) acoiilpauiliar a produção e os restritados
e outros evltituiiiicllte ilecessrios a validação do doador, de ,cortil COili .i Lei ri 9-13-1, do, pwgraniIs de oan,iinle, de s'a iiistituiçào. 1105 casos cita que se apliqticin, IciciLisive os
1997,1) orientar e eapacttar o setor respoiisãvcl, iio estiliciccillieiisi de '.itidc, J. p, -oiriu: registros d, ,g .. ni eno de si Da rei vivos 1') 1 iHl cii lentar p tC'g ra n Ias de qual i &Ii dc e bois prã -
io legal do doador (1tialito ao arqtlivariielito dos docutiic,,tcs oi giiiais reiativos .1 ioaçao. micas relatavasa todas LI atividades que eiwolvaill cloaçito e transplantes de ôrgãos, tecidos,
colHo identiiicaçào, protocolo de veiiliciiçào de iliorte eilcctIii:a, termo de cotiscrItiiaIellto células ou p.i r tes do copo; e 5) registrar, para cada p locesso de doação, iii for aia Ç ões co i 1 Li Inc
firi,itiir ]ivre esci.Irs'e ido exaiiies laboratoriais e on,ra, evciittialiiiciite iiccess3r,os 5 saliciaço lia Ata do l',flccsso I)oação/Tiansplante, do Forniulírio 1 do Anexo IV este ltegulaiiiciito,
do doadoi, de acordo tom a lei ii. 9.434. de leir7, lri) i-cspoiisabilizir-se icia cdticaç3n per- Os iiadicidoivs de e(ic ICI cia e do potencial de doação de ôrgão, tecid, células ou partes do
Mielite do' hiiicioiiãrios di Instituição sobre acoih,nrrtiro familiar e dcnrars aspeetoi do corpo relativos às CIHI)OTTs eiicotitraili-se estabelecidos —An-os/ a este l<egula,iieiito.

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razão terapêutica a ser realizada em seu beneficio ou no de sua niãe, desde tegridade fisica, causando-lhe alguma deficiência 429 .
que exista consenso de seus pais e nasça crun vida. Se a programação de seu
parto se der, única e cxci Lisi vai' ente, para uso de seus órgãos nufli transplan Dinbém não é admissivel a deliberada concepção de unia criança como
te, será ilícita, porque curagnéro tem o direito de abreviar vida alheia pai-a simples meio para obtenção de medula óssea cru beneficio de seu irmão,
a teia der a i, teresses tema p êu ticos de alguma pessOa. por que o ser humano deve ser um fim e não um meio.
e) O bebê aíiencéfalo soniente poderá ser doador de órgãos e tecidos N ciii na esmo se pode acatar doação (n ter vivos de órgão ou tecido por
se p reen c h er os critérios legais de i norte cerebra1 ou seja, cessação c ompleta tes mcl' tais, que decro ser protegidos de qualquer abuso (D aclaração
do tronco cerebral, que abrange naesencôfalo, ponte e bulbo. Para tanto, o dos Direitos do Deficiente Mental, proclamada pela Assembleia Geral das
processo de doação terá de ser da iniciativa dos pais e não por solicitação de Nações Unidas, em 20-9-1971, art. 6°; Código de Etica Médica, cap. 1, n.
algum profissional da saúde. Os seus órgãos ou tecidos, portanto, não poderão XIX, e arrs. e 42) e de remoção de seus órgãos ou tecidos, por terem unia
ser retirados de seu corpo enquanto não estiver legalmente morto. Se não se imunidade inferior, o que lhes acarretaria maior risco.A extração de uni dos
pode dispor de órgãos de paciente ter,ninal enquanto não ocorrer sua miar- seus rins para fins de transplante poderá ocasionar sério prejuízo para sua
te encefálica, também não é possível remover órgão ou tecido de anemacéfalo saúde.
enquanto a 'norte cerebral não se configurar ou não ficar comprovada.
Com acerto, a Lei n 9.434/97, art 92, § 62 , e o Decreto n. 2.268/97, art.
d) O anencéfalo. enquanto estiver vivo, não poderá ser submetido a
15. 5 82, dispõem que o indivíduo juridicamente incapaz comia compatibilidade
no nhuni tratamento de terapia intensiva,
1 temi siva, porque isso seria um prolongamen.
iniunolôgica comprovada poderá fazer doação nos casos de transplante de me-
to de seu sofrimento aião lhe trazendo qualquer beneficio. Somente depois
dula óssea, desde que haia consentimento de ambos os pais ou de seus respon-
da certeza da oco rrê n cia cl e sua icio i, cereh ra poder -se-5 aplicar o referido
sâveis legais e autorização judicial e o ato não ofereça risco para a sua saúde 4 "L
trata,] cii to para evitar que seus órgãos e tecidos se de teri orem, beneficiando
Pelo Enunciado ri. 403 do GJF, aprovado naV Jornada de Direito Civil: ''O art.
aquele que ira receber o transplante 2 .
14, pariígnfo único, do Código Civil, fundado no consentimento iníorniado,
Poderia haver transplante In ter vivos sendo o doador unia criança? Seria
não dispensa o consentimento dos adolescentes para a doação de medula óssea
justo que seus pais decidissem sobre a remoção de seus órgãos e tecidos em
prevista no art. r, 6°, da Lei ia. 9.434/97 por aplicação analógica dos arts 28,
beneficio de outro filho ou de algum parente próximo? Bastaria para tanto que
houvesse unia simples es a iluência de seus pais ou tutor ou seria necessária, aind, § 2 2 (alterado pela Lei n. 12.010/2009) e 45, § 2° do ECA"
uman autorização judicial? Poder-se-ia gerar uma criança com a intenção de Haveria possibilidade jurídica de um prisioneiro doar órgão ou tecido de
que ela 'ao futuro doasse sua nacdula óssea a iam irmão portador de leucemia? seu próprio corpo para obter diminuição do termmpo da pena que lhe foi
Parece-nos que os pais, ou repreentante legal, soiliente podem conseri- imposta? Seria isso ético ou lícito?
tir com a doação de tecidos regeneráveis, como medula óssea, pele ou sangue Não seria ético, nem moralmente justificável e muito menos haveria
se houver não só urna imperiosa necessidade terapêutica que justifique tal licirude na concessão a um presidiário do beneficio de redução da pena ou
decisão como também autorização judicial. Assim sendo, não deve haver de abrandamento das condições carcerárias como recompensa pela doação
autorização paterna ou judicial para extirpação de um órgão vital duplo, de órgãos, porque: a) isso equivaleria a um "pagamento", ou melhor, à pci--

428. Conselho de Assuntos Éticos e Judiciais da Associação Médica Americana (AMA). 429-Jaime Espixiosa, QuesIes dc ô!ot,ca, cir., p. 58-60; O nascimento da cura, Seicções,
que, cm junho de 994, se opõs . remoç5o de ôrgãos dc crianças cena nialíorii,açôes ce, -chmais seL 1997, p. 121 -43
AMA opposes taking organ fioni brain naalfor,ned na a n is, 77w Ncw Yortí Times, 7-1-1996 a. 430. Nos Estados Uni dos, eu alguns Estados, no caso de transplante O ter inis, 5 c ad o
22; Jaiiiic Espiciosa, Qunl3es dc nohka, ri,, R 53-4; 1 - Carrasco dc Paula e J Co]ociibo G oiiacz, doadora unia criança, cá o child aiocat,Jurista ou advogado nomeado para estudam SCLI caso
Trasphintes de tepdo fetal. ia Polaino-Lotcutc, Marina!, ciL, p 200; Rcgina Ribeiro Parizi e opinar sobre a autorização solicitada para a retirada dc ôrgJos. Consulte Tereza R. Vieira,
Nei Moi-eira d3 Silva,Trausplaotes ... iii furriaç&i à bic'hiei, cit, p 163. B'ot iça e dj,rjw cir., p 46.

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1)iá rio Oficial, que nu 'lo esC 1 arecei :i q u esth) de ca p aço de orgao pira
fins dc transplante.

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Cci jos devei- es tidas corno prioritários. mas i idepen dcii tes das decisões
dc
ruada' pelos profissionais da saúde e pelos pacientes sobre questões It! ne II -

ida e A riL.,,, ? 1-1 .iveria possibilidad e de se construir ti lia L,,,,, , 1 p,. -


ti 'ais tonseil t3 ii cii ás ii ecessidades con reli ip orneas do que à ética
li_ria o paciente direito à autonomia da vontade. ou sei a. a optar
150 es ela recid o
alusi 'flos à stii própria pessoa dai cio se ti co] ise
,obre ii EOS
sobre o tríl talil Ci 1W 1 ser seguido o LI sobre a reino o de aparelho de suste o -
tação de sua vida? Ao lado do direito de viver no li aver ia o dc ilioF rer tOlil
din idade? Até que pon to e ciii q ti e niedid a se poderia prol oi i gar o processo
do nor rer, não nuns havendo qualquer possibilidade de reverter o quadro
d ínic o? A que!" interessaria manter a pessoa morra-viva'? Por que se deve
prese r v,i r .1 vida de um pari ente terminal aI &ni dos liii iites de sua ii atilieza?
() proio ii an,eii to ai-ti fiei ii da vida poderia ser, nori nalmeti te, considerado

a d m i ssivel no ou texto atual da e ivilização? Con io conciliar a prinuzi a dos


direitos do paciente à assistência e à di gnidad e perante ii morte com o sofri-
iii rntcl de longa ti u,'ação? Morrer, com dignidade" é consequência de viver
Li igula iii ei te o ti 11111 a sobrev véu,,a sofrida? Se nao há co' idi ç ões de vida
diizria <orno assegurar "mi norte dignal l'oder-se-ia filar ciii desunianidade
do lionioni para com o próprio lioin cm? O direito ao respeito à digo idade
1 Laniaila
teu to desti niano, vi o-
não rcqtu crer, a a ausência de qualquer tratamento
lento ou 'e xatór o? Na, seria uni contrassei so o fato de tinia ruesula socie-
dade legar ao liouiieni meios para viver e ofertar a ele tecnologia para 'bem
'lo )rre r? 1) everia o direito curvar-se às novas conquistas da mcd trina? Como
(orlar legal a escoll ia entre a vida e a ii lorce?
te de todos os
São questões alta iii e ri le reveladoras do mais candente
pru bleiiias: o da ade q o ação entre o relativo e o absoluto. Isso porque li
12. DIREITO À MORTE DIGNA graus de relatividade, unIa vez que há o interesse do paciente, de seus lia-
lares, do profissional da saúde e da humanidade. 1) ificil é encontrar o
12.a) O 'morrer com dignidade" wrno valor fonte do biodireito
critério de u lia justa solução jurídica para os problemas acima levantados.
A atualidade e a complexidade do tema ' morrer com dignidade"jusri-
Pelo Enunciado n. 527, aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, naV
ficara ni sua escolha para nosso estudo, por SUSU i fli questões ético -j ti ríd iças.
ida de 1 )ireito Civil: ''E vil ida a deu laraçao de vontade expressa em dom-
dia rue dos 1 ços da tecnologia médica ias ú 1 tini is d éea das do sêcu lo XX,
Ibêni c iaunado 'testa 'lento vital', em que a pessoa estabe -
cii tu autê i 'tiro. também
que (é,,, provocado iii na nula çi o cultu i-al, aciescei ta ido cródi tos i valoraçio
kce disposiçoes sobre o tipo de tratam eu to de saúde, O ti 1 cio tratan ento, qtie
iii oral -soc ia' das questões sobre o meio e o Fim da "ida e levantando proble-
deseja no caso de se encontrar sem condições de manifestar sua vontade''.
mas extrcniai "ente complexos, c oHm: numa sociedade pi ti alista, ciii que os
vários grupos têm concepções
cepçôes diversas da moral social, poderia li iver atei - E a Resolução n 1993/2012 do CEM ante a falta de regulaiiient;iço
tação, de corrinin acordo, de uni Código de Ética Médica? O sensacionalismo sobre diretivas antecipadas de vontade do paciente, a necessidade de discipli-
da mídia, alardeando casos isolados com fortes apelos sei, ti incutais, n.«> esta - ar a conduta do médico ciii face delas e o fato de os novos (c ,,,, -

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irreversíveis a porem um fim a seus atrozes sofrimentos, a máquina do sUicÍ- Q uill. Cassei e Meiei 45 apresentaiui as seguintes propostas de critérios
dio, consistente num aparelho de eletrocardiograma, munido de mecanjsnio clínicos para suicídio assistido por médico: a) o paciente, apro de sofrer de
que, ao ser acionado pelo próprio paciente, injeta em sua veia unia substân- nial iii curável e associado a uni incontrolável sofri n lento, deve estar ciente da
cia salina neutra, contendo o anestésico Thiopental, que acarreta inconsciên- t1 io]ôstia, do prognóstico e dos tipos de tratamentos paliativos disponíveis; b)
cia, e depois uma dose letal de cloreto de potássio, que paralisa o coração. Esse o médico deve averiguar se o sofrimento do paciente e se o seu desejo de
médico colocou o aparelho à disposição de 130 clientes, dentre eles Janet suicidar-se não cl e correm de tratame ii to paliativo inadequado que 1 li e foi
Atkrns e IhomasYouk, que, ao usarem-no, cometeram suicídio No Estado iii istrado; e) o doente deve rei iiianifestàdo sua vontade de ii o rrer de modo
de Michigan (EUA), onde tal fato ocorreu, surgiu urra questão jurídica, pois claro e espontâneo; cl) o médico deve cerrificai--se de que o julgaiuiento do
Ui o ato de colaborar com o suicida não constitui crime, ante o fato de o pacicilte não está distorcido; e) o ato de assistência ao suicídio só pode ser
cúmplice da ação não poder ser punido mais do que o agente principal, uma levado a efeito no contexto de urna significativa relação inédito-paciente;
vez que suicídio não configura delito. Mas, apesar disso, o médico foi conde imprescindibilidade da consulta a um outro médico para ter certeza de que
nado,judicialmeiite, pela morte daquela paciente, por homicídio em segun- o pedido do paciente é racional, consciente e voluntário, de que o diagnós-
do grau, sob o fundamento de que foi o principal agente, embora tenha sido tico e o prognóstico estão certos e de que as alternativas de traanaento pa-
comprovado que se tratava de uma pré-suicida segura da decisão tornada, urna liativo são as adequadas; e g apresentação de urna documentação que com-
vez que deixara unia nora confessando que, conscientemente, não suportaria prove a observância de cada um dos requisitos acima apontados
os efeitos do agravamento de sua moléstia, nem queria que seus familiares Na Austrália, a Lei dos Direitos dos Pacientes Terminais, de 1° de julho
presenciassem a agonia a que ficaria sujeita. Aquela máquina teve seu uso de 1996, revogada em março de 1998, admitia o suicidio assistido no terri-
suspenso e foi confiscada pela autoridade policial. Kevorkian considerou
tório do norte, desde que obedecida a seguinte ordem: a) estado crítico de
incoerente a decisão que o condenou, proibindo que adulto consciente po-
saúde do paciente atestado por três ii édi cos, sendo tini csp cci alista da li lo-
nha flui em sua vida com a assistência médica, unia vez que o aborto é legal,
léstia de que é portador e uni psiquiatra; h) reflexo do paciente por 9 dias
apesar de terminar com a vida sem a anuência da vítima.
antes de tornar a decisão final; c) acesso, depois desse lapso temporal, a uni
Com a decisão da Suprema Corte Americana negando recurso contra equipamento, operado por computador, consistente cai um tubo ligado
a aplicação do ato da morte com dignidade (death with dígrtity acO e com o veia do paciente e contendo unia tecla "sim'', que, sendo pressionada pelo
plebiscito que aprovou por 51% a lei de 1994, que permite ao médico a suicida, injetava-lhe a substáncia letal.
administração de substância letal a paciente que deseja morrer, legalizado está
o suicídio assistido nesse Estado americano 451 - Apesar de vozes se levantarem a favor do suicídio assistido, é preciso
lembrar que, de acordo com o Conselho de Assuntos Éticos e judiciais da
No Estado norte-americano do Oregon. o Departamento de Saúde paga
Associação Médica Americana. os médicos não podem participar do suicídio
43 dólares a cada paciente terminal que, após aprovação médico-psiquiátrica,
desejar participar do programa de suicídio assistido, aprovado em referendo
popular, financiando, assim, os custos hospitalares. Os grupos de apoio aos sui-
452 Nnv Eng/aiid Journa/ o[ Mcdidne, 327:' 38-84 Interessante é o estudo do Ci G
cidas passarai-n a argumentar que esse quanium não cobre as despesas do suicídio Prado e S J Dylor, Assisted suicide - iheory and praclire tu declive deadi, New York, Hurnanity.
assistido, calculando que para uni procedimento indolor seriam necessárias 1999, p. li e s A maioria dos Estados norte-ainericanos, ante a dificuldade de se definir doen-
cinco visitas médicas, cujo valor total giraria em torno de 300 dólares, No ça 'erurinal co risco de a vontade do paciente de morrer ilán ser totalmente voluntária, mar]-
Oregon, o 'Doutor Morte", condenado a 25 anos de prisão numa penitenci-- tni a prnihiçáo do suicídio assistido Na Holanda, em I de ja],ei]o dc 2002, entrou civ' vigor
ária de Ponriac (Michigan) por armar sua 'máquina' na casa do paciente, seria a lei que permite stncidio comil assistência médica para doentes terininan. com sofrimentos
muito bem pago para isso e teria até mesmo um emprego público garantido. ilistiportáveis O médico Phi!ip N,tschke está causando polénuca na Austrália coui o -anúncio
deque dará um curso pai -a elisiliar idosos a e suicidarem, quando vierem a soer ujoléscias
meriiliiiais, Sete juizcs da Co, Europeia de Direitos Humanos dão aceitirani o pedido de
Diamie l'recry (cidadã britânica tetraplégica e portadora de doença degenerativa) de pôr fui
451. Sérgio Ferraz, Masípulaçõcs biológicas, cii., p. 70-1 - sua vida mui o auxilio de seu marido, por tratar-se de suicídio assistido.

518 1 519
de pacie 1 fies. 1 leS! flO eriL caso de Ilior te certa e de atroz st, fr 1 mci ao- 1 't der.-sc. ia
o 1 )r. E lans 1-1 eiining Ato ir e o 1), 1-lacke, iii ai, médicos aleuiaàes, adeptos da
encar rega e o 1 iêd co da triste e pci] usa iii ss5 o de i id ti zi e seu lia ci cii te
cota ,isi a que adria, tC iii a ap] i ea ç ão de ni cdi cai ii e, tos 'e tais, ,,ido que o
'lia tar-se, torriai d -se o verti ligo cl e q 1 leni dever ia eu i dar? Será q Li ti pac i e
te que reclama a iiiorte estar!a na integridade de suas [ictildades lileiltals A o acei t o u api i car tinia dose de ciai in reto cru ui ia enie riam inc u rã vel de
c áiace e de pele qtie, após treze operações, ficou coo i1,letaincnte desfigu n'ti a -
vontade de stiici dar- se não se ria tu i .i razã O 111.1] CIO que suficiclue para du -
Por 1 st, diz Lec lia Nlazzo que :1 CO taiaasia é a -- ri 1 orte d o Icifi cada, dese a da
vaiar de sua saúde mental? No Brasil, iiadiuiissível seria 115(1 u,taira a
provocada t 5 o depressa qua uro seja perdida toda a esperai 1 ÇJ ci eiití fie a''.
sob a alegitao de II]ecistr1cia de rtoriii.i, Corirr.i .1 assistcmit ia ao suicídio. pui
Deveras, o termo eurcu,,l.çia (co: boi: thajwy: 'norte) foi eiiapreg.idt pel.I pri-
c:tuã Federal conigra o diieuo avida. LO Código Pena] pLiTie tal reli.' vez, ciii 1623. por I'r.n,cis iiacon, na sua obra 1 1111,1111 i'!,ir' cl 111 u 11, 110
aro ao prescrever, ID ali. 122: Induzir ou instigar algtmézii a suicidar-se ou sentido de boa morte.
prestai--] Ii e lux Iii o para que o fiça. 1 'ei a - reel tiao, dc 2 a 6 'nos, si o 50] Li -
'ia tão, ei i seus Duiloços, le ri ibra a respeito a a íir iii ação de Sôcrates de
dia se co ias iii ia: ou reclusão. de 1 a 3 uios, Se da tentativa ti e su ICÍJ O 'esu
eCo corporal de natti reza grave' -
que o que vale UO é O viver,""" o viver heiia ' - O prilcipi o da quali da de
de vida é usado para defen dei a eutanásia, por consideiar que tu na vida sei ii
Em defesa do ii orrer ema' drgii 1 dide, Eiá que rio sustente a necessidade qualida de ii ão Vale a pi la SCC vivi da. O processo de soe iilari'zaçãc, coi id tuzi ii
de ad 'niti e--se legalit ei te, em cc rios casos específi tos, a eu nu ar',;, lana béna à dessacralização da sida, delegando o governo da vida à autodeterniinaç5o
dcsi,ziiada bri,cmonásia Ou .ça,iir/iiídio, que, li, nOSSO entender. hão passa de uni do ser li tiiilaflo responsabIlizando-o pela qualidade da vida, ou seja. i1 ela
li ,iiaicidio, ciii que, por p1 edade, há deliberação de inter i par a um r te de busca de condições de uni a vida tua is digna, desfraldatido a bandeira de ii e
doeu te irreversível o ti ter mi iii, a pedi do seu o ti de seus Liiiii] i ai'e. ai te o só vai e viver una vida de qualidade. justi6ca udo. assini a cti ranásia " Cmi -
lato da inç'tir.ibilidadt de Sua riiol&stia. di itisuportililidade de seLi oiri[iIeEl- sequei i teniente. poder-se- ia falar ei d reito de ao teci 'si e a morte dia o te Li e
ir, e tia inutilidade de seu ti-aramilento, einprcg.iiido se. eiii regra. etc tIros tinia agoiuia extieiiaaiiieiite cruel e pix longada? Unia vida sofrida, seguida de
t€iriiiacolôgieos, por se a pratica i I idolor di SUplessio tia vida ' Por tXL']ii1lk), dores ii suportáveis, não eslar ia feriu do a dignidade hu i tia ria e não j tisi ficar ii
o entender de que o direito à vida deixaria de ser o valor priniorchal tutela-
do constirucionaliiienie?Juridicanicnte haveria alguma diferença entre o ato
4n3- Sérgio Ferra,A-h'i E' ac& 1 hricar,cir ,p 67;H'gt'cr.i. f)inanc,, y de dar ao doente fina dose única e fatal de narcótico e o de ministrar-lhe
ri i,,nnjjre S.iiirriider. 1 1 17. p 252;As,,,, Lil,crn,d di amar e de,,v/:o de in,wrr, Madrid, 1 doses gradarivameiitc elevadas, que conduzem à morte, por sercmii inipresci-
M- Al,,ie,da, Rr17e.s- 41' sof,n' ejrra,uiçia, ir.,b.i]]io .tpieseiilailo liçi XII CoLigirsMJ Bi -ailç',x, dc di veis para aliviar seu sofrini curo? Teria valor o pedido de ui a, eu Ít' rrno para
Í1csIiiiI]:l 1_egal. I.i,iiLliina. 1 ')M.l; Maris.' LIisaVilI,,s-Uôaç, ')a níf.ui,íçi.i a,, f!ïG'f{'115'Jkil()i rol,
de JaiieJrt), 1 nrciise, 2105. 1 )muiel S,xrao, Esit.ivasi.i - nIoraIlileIlre wi Ieji.ivel.jiti nIca-
iieiiic iiiaceiúvel. NÀ, -ko. 1:2-3. 2003: Ce'.,,-c rnhrri, tia l'u', - Itc,i,iL_11 121 e ç 1ei - ir11 La
eLiraliail,, vo p1 icicipios iii,,i•.tIc. FaMxcHi,', dc C/óirrrn Is,,u,i, v- 1. ii 4;1fliii l&oseiirli.,! te idade eiii eçrado terni,tiaI. que estej.uii sofrendo r,iimito. dt-sde que luJa íliitOrIZaÇ.'O dos pais
flex5es sobre a CLII,lIhisIa no iciiipos da Aiçl, Bi,n5 rjcr. 1:71-3; EIi.is l.rrah, LtLI.t,,,si.i o, -toI.iinç,.i dos ,,6d,cos O Canadá veio a ad,ii,',r a euraiiásia em 2016 e, no Brasil o Projeto dc Lei ii.
e dist,iisja -- reflexC, es bsicas eu, face ci.t ciclici.' nediei edo direito Rcrtg.t i.iSj' 28.- 1 31 eO, 1 .U89/9I ,por dispor sobre a euransia, foi considerado improcedente pelo relator.
Roberto Wusiliol' (A rerrivet escolha. 14'pa. 16-3-20115 110-ti) noticia sitie lia Pelo .i rt- II, XII. da Resoltiç3u ,. 461/2007 do Conselho Federal de Fariiiác,a, será
apesar de a lei permitir eutanásia cinpacleiires rermiliais adultos, excluindo tlii'Iir)res de 2 aiios. punido colii suspenso dc 3 a 12 meses farrnaeéi, oco que íornecer meio, ristruiiie,ito. subs-
está liavecido teiir3iieia para iiirelrtapçáo de vida de rccé:ir-nasc,slos co,,, doenças gravr erIi ''eia e conl,ec,nacnto para induzir e/ou participar dc prática de eiata,t.sia
esperaiiç.i de rura. Co',, uso,., Holanda poder.i setor',.'' o prinielro pus do ,ii,indo a .,dcii,ii, 454. F'/si,i,i,juii 1 985, p. 8.0 iiidico mgl&s Harold Slupman ctiiiipte prisão perpetua
1 eut,,i,ii;, alisa de pessoas seuuu o coiiseIso exi ,reco delas. Mais de 2/3 de neo,iaro]ogislds desde 2010) por ter mirado IS senbor.is idosas com injeçôe' de scroiii;i.'Fodavin. i,ic uiqu6-
holandeses .issiii:,r.ipii O Piotocoin de imuilingeri, que ,vcebe,j adesa(, de 8 liosj>±t.uis ,Iii(s( - r\L rico apurou que. dt,raiite os 23 anos de exercido da Medicina, assassicloL,. na verdade. 215
tarios,pi,r puaver 5 cr,terios pan, euIauásia ei,, crianças: .,) grave sot'runenro;b) um- lentes seus.Ia-.,vei,do orle suspeita de que niator, mais 45.
de sob,'vtvei,cia por 'nuno teiil1,o: e) tu exiqé,te,a de ch.uicc de 5- tir., nu iuieiiioi.i por '11cm dc 455 Apud Genival V. de França, !)ire,to ,,i&jro. cm, p. 42'.
i,eda-ai,,eiircs ou de ( irurgia. ti) cliag,iôsiuco por ii,&d,ct, jiiclepetidenre, cliegansio a esa
456. Pes,ine. Ez.tat,dçia e Apjér*o f.nii,,a - q:letn ético í'olóiwas, 1990, p. 36-7; A]bert Cal-
cluso; e) .,conipanliaiiieiiro psicológico dos pais da criança.A I3dgira,eni 28-5-2002,aprovoi
]ei sobre eL,tiiiiasia e apinvoti, em fevereiro de 2014, a ei,t.,I,isia ciii ci '''iças, cui I,j,iiraço d, saii,iglia. Sobre Ia eutanasia, 1" Rodolfovázqtiez, Bu,tini y densiro, cit. p. 15175. Pelo Projeto do
Código l'enal brasileiro, quem praticar rilmailásia er pena ateimada dc 3 a 6 trios de reckiào
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que seja poupado do sofrimento com a morte se basta ria, como obser-a A associação inglesa Exir busca a garantia do direito a urna morte digna
Hélio Gomes, um alívio transitório ou urna noite mais tranquila para que e a defesa da eutanásia.
aquela vontade desapareça? 157, o Código Penal uruguaio prevê como causa de impunidade o honii-
Na Bíblia encomi tramos configurada a eutanásia, no livro dos Reis (1, cídio piedoso, desde que o agente tenha sido levado por compaixão, mnedian-
31, 3 a 7), na passagem eu' que Saul, lançando-se sobre sua própria espada te reiteradas súplicas da vítima - Esse Código, no art. 37, e o da Colômbia, no
para não cair prisioneiro, vem a ferir-se e, por isso, pede a seu escravo que art. 365, concedem o beneficio do perdãojudicial em caso de eutanásia ativa,
acabe com sua vida. se realizada com a anuência expressa do paciente terminal.
Entre os povos primitivos era admitido o direito de inalar doentes e Na, Estados Unidos, vários Estados incorporam a eutanásia em seus
velhos, nicdian te rituais desumanos - O povo espartano, por cxc niplo arre- Códigos aceitando-a.
messava idosos e recém-nascidos deformados do alto do Monte Thijcto. Em
Atenas, o Senado ordenava a eliminação de amtciãos doentes ministrando_lhe s Na Holanda, a eutanásia hoje está regulamentada por lei, mas era, corno
veneno (conium macufaruni) em banquetes especiais.Já houve até mesmo quem vimos, tolerada pela justiça se feita a pedido do paciente ciii estado terminal,
afirmasse que os guardasjudeus tinham o hábito de oferecer aos crucificado s atestado por dois médicos, sob diretrizes específicas estabelecidas, desde 1984,
o vinho da morte ou vinho Moriam, contendo substância causadora de uni pela Comissão Governamental Holandesa para Eutanásia, disciplinadas pela Rnyal
sono profundo e prolongado, pai -a que não mais sentissem as terríveis dores Dutch Medica! Asçociation (RDMA) e pelo Ministério da justiça. A Lei Funeral
e caíssem em letargia, passando insensivelmente à morte. Os brâmanes elimni- (BurialAcr) de 1993 impediu que médicos que praticassem eutanásia ou suicídio
navam recém-nascidos defeituosos e velhos enfermos, por considenilos assistido fossem processados, e exigiu, por sua vez, critérios para a realização da
imprestáveis aos interesses comunitários. Na India lançavam rio Ganges os eutanásia e a notificação do procedimento, que são: solicitação para morrer,
incuráveis, mas antes lhes vedavam a boca e as narinas caril la] na sag ra d a Na decorrente de decisão voluntária e consci emite do panei i te de i damiiente infor-
Biri i ufinia enter ravani -se, com vida, idosos e doentes graves. Na Antiguidade niado; consideração de seu pedido por pessoa que tenha conhecimento de sua
romana, Cícero afirmava (De Lrgibus, III, 8, 19) que era dever do pai matar condição; manutenção do desejo de morrer por um lapso considerável de tem-
filho disforme, e César, ao colocar seu polegar para baixo, autorizava a euta- po; irresignação do doente com seu sofrimento tísico ou mental inaceitável ou
násia, concedendo ao gladiador uni modo de escapar da desonra e da morte insuportável; concordância obrigatória para implantação da medida letal por
com grande agonia. Os povos nómades das regiões rurais da América do Sul, outro médico, consultado para esse fim; proibição de emissão de atestado de
para evitar que ancião, ou enfermo, sofresse ataque de animais, matavam-no. óbito por morte natural, pois o médico, em caso de eutansia. deverá informar
Os celtas niatavamn crianças disformes, velhos inválidos e doentes incuráveis. o fato à autoridade médica local, preenchendo una extenso questionário; relato
No Japão, outrora, o filho primogénito tinha o ônus de abandonar pais ido- da morte feito pela autoridade médica local ao promotor do distrito e compe-
sos e doentes na Colina da Morte, onde acabavam falecendo Na era nuedie- tência do promotor distrital para decidir se haverá ou não acusação contra o
vaI, entregawi-se ao soldado mortalmente ferido o punhal de misericórdia médico. Sem o consenso do paciente e sem o preenchimento das condições
para que, com ele, se suicidasse, evitando uni prolongado sofrimento ou que acima arroladas, a eutanásia não passaria de urna dissimulação, de um homicídio
viesse a cair eu, poder do inimigo, mas, nesse caso, não vislumbrarmos euta- corno em qualquer outro país, tipificado rio art. 293 do Código Penal holandês:
násia atava alguma, mas sim induzimento ao suicídio. O povo esquimó ainda "A person who takes (fie li/e of another person ar that atirar persous express and earnest
tem o costume de deixar doentes e idosos sobre o gelo, abandonando-os à requeri is liaMe to a terra of imprisonmcnt o/nor more than mu4ve years ar afinefthe
sua sorte, até que a morte chegue. fiji!, caeory" A conduta médica confornic' a esses Critérios passai] a ser ética,
indicando que a sociedade holandesa caminhava a passos largos para a regulari-
zação da eutanásia, poiso Parlamento holandês em 2002 aprovou lei que lega-
457. Sérgio Ferraz, Mantpulaç5es biológicas, cit., p 72-3. Sobre o histôrico da eurandsia, liza não só a eutanásia corno também o suicídio assistido.
inda: GenivalVeloso de França, Lutausia: uni eufoquc ético-polïcico, Biohica, 7:72;A- Licurai,
EI dereclw de matar: de Ia cutanasia a Ia pena de "luerte, Córdoba, 934; Leo da Silva Alves, Lura- A eutanásia, na Holanda, apenas poderá ser praticada se o paciente não
nsia, Consulex, 29:17. tiver a menor chance de cura e estiver submetido a insuportável sofrimento-

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tambéiii & muito eficaz, pois resgata a autoestima do doente, fazendo- o com tome cúmplice ou auxiliador de sua nione'' 4 . Ao que completa GenivalV.
preender que a vida não depende somente do funcionamento perfeito do de Franca"' "Ao defender-se, intransigentemente, a vida humana e se puni
órgão do corpo ( - -) - Pesquisadores vêm procurando descobrir quais são as incO1i0ulm1te, qualquer forma de homicídio piedoso, cria-se um novo
ondas cerebrais responsáveis pelo estado de bem-estar. Mas já se sabe que o direito: o direito de defender a pessoa humana de si mesma. O direito sobre
bom humor e o amor contribuem inegavelmente para o ava]iço da reco,,_ a vida não é uni direito de propriedade. 1 lá apenas uma probabilidade de
trução pessoal do paciente 1146U Daí as palavras de Napolcâoièixeira, que foram disposição. I)ispõe-se dc unia prerrogativa não absoluta sobre a vida''.
aplaudidas por Afrânio Peixoto, Almeida Jr., Flantínro Fávero, Hélio Gonies A cutan5 sia ii ão seria Li iii 11011111 dio
H11 humanitário ou caritativo?
e outros:'A ninguém é dado promover ou antecipar a Inerte de outrem. Ao
Sua legalização seria uiidniissível em razão da: imtilidadc, por já haver
médico, com mais forte razão, muito menos, pois deve curar algrrnas ve?es
reg ulanientaç0 nos Códigos de Ética Médica; nocividade, por decorrer de
aliviar quase sempre''.
intromissão do Poder Público na vida privada; e incongruhtcia, pois, unia vez
A incurabilidade, a insuportabilidade da dor e a inutilidade do tratanien_ que se Pune o aborto e não se admite pena de morte, corno se poderia tor-
to nãojustificana a eutanásia porque: a) a incurabilidade é prognóstico e corno nar lícita a eutanásia? E conto se poderiam estabelecer limites de eticidade
tal falível é, e, além disso, a qualquer momento pode surgir uni novo e eficaz ias fronteiras entre a vida e a morte se não há domínio sobre elas?
meio terapêutico ou uma técnica de cura. No passado a lepra, a tuberculose
Outros encontram ria ortútífliasia ou paraeutanásia, ou seja, na ajuda dada
e a sífilis eram incuráveis. Hoje, com o progresso da ciência, sua cura é pos-
pelo médico ao processo natural da morte, unia justificação ao morrer com
sível.A esse respeito conta-nos Estácio de Lima que, a muitos quilômetros de
dignidade, fundada em razões cicntífico-humanttárias. Convém esclarecer
Paris, estando a filha de um médico acometida da incurável difteria, após
todos os recursos possíveis para salvá-la, diante de asfixia progressiva e crano- que a eutanásia passivo, ou ortotanãsia, é a eutanásia por omissão consistente
se, que indicava sua morre próxima, seu próprio pai injetou-lhe, diante do iiO ato de sissp eiider [iicdlciiiiciiios ou niedidas que ali vi em a dor, ou de

sofrimento atroz, unia forte dose de ópio. No dia seguinte, recebeu a noticia deixar de usar os meio, arrific ] ais para prolongar a vida da um paciente em
de que Ror, havia descoberto o soro antidiftérico 461 ; b) a medicina já possui coma irreversível, por ser intolerável o prolongamento de uma vicia vegeta-
poderosos meios para vencer a dor fisica ou neurológica; e o) o conceito de tive sob o prisiTia físico, emocional e econômico, acatando solicitação do
inutilidade de tratamento é muito ambíguo. Não se pode aceitar a licitude próprio enfermo ou de seus Eunuliares. O Conselho Federal de Medicina
do direito de matar piedosamente, pois a vida humana é um bem tutelado baixou Resolução (proposta pela Câmara Técnica sobre Terminalidade da
constitucionalmente. O homem não tem direito de consentir em sua 'norte; vida) n. 1.805/2006, aprovando o procedimento da ortoranásia em paciente
não tem direito de matar-se, nem de exigir que outrem o rilate, por não ser terminal ou incurável, poupando-o de tratamento inútil ou doloroso, invo-
dono de sua própria vida. Não se pode negar a paciente portador de mal cando o art. 5, III, da CF de que ninguém deve ser submetido a tortura, nem
incurável a prestação de cuidados médicos vitais, sem os quais ele morreria, a tratamento desumano ou degradante. Paulo José da Costa Jr., a respeito
nem renunciar a cuidados ordinários disponíveis, ainda que sejam parcial- pondera: ''Como se vê, a ortotanásia não implica qualquer conduta do mé-
mente eficazes, nem deixar de tratar doente comatoso mesmo se não houver dico. Este não pratica, mesmo solicitado, a morte piedosa. Não age: deixa
alguma possibilidade de recuperação. apenas de prolongar, por meios artificiais, uma vida que, além de sofrida,
Maggiore assevera, acertadamente, que: "A consciência ético-jurídica não mostra-se irrecuperável". Pelo Projeto de Código Penal n. 116/2000, não
admite que uni terceiro se levante como juiz do direito de outrem à vida e se constituirá crime "deixar de manter a vida de alguém por meio artificial, se
previamente atestada por dois médicos a morte como iminente e inevitável,

460.GetnvalV. de França, Direito wédico, cit., p 420, Daniel Serro, Exirixdsia, cii.. p. 2,
ia Iliesnia pãgixu aGrrna que a eutansia deve ser condenada 11101 - a! e ,juridicaniente, par não 462 Maggiore, apud Genival V. de França, Direiro médica, cit., p. 427.
haver nenhum suportejuridico para que seja entendida como uni direito da pessoa.
463. Gcnival V de França, Direito Hsédico, cit, p 247; Hubert Lepargneur, Bioétira da
461.Antônio Chaves. Direito à vida e ao pr6prio corpo, ciL, p. 67; Estimo de Lima, apud eutanásia - argumentos éticos em torno da eutanásia, Bioélica, 7:46; Ricardo Barbosa Alves,
Ceiiival V de França, Direito inhilco, cit., p. 423. E:erar,6sia, h.oéda. e vidas srwessivas, Sowcaba, Brazilian Books, 2001.

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dicina, ao projeto, aprovado em 2-12-2009 pele CCOJ do Senado brasileiro O judaísmo distingue entre o prolongamento da vida do paciente, que

que visa permitir a retirada de equipamentos ou remédios que prolonga01 obrigatório e o da agonia, que não é. Logo, se houver convicção médica

a vida de doente terminal, com o consenso do paciente, de seu cônjuge ou de que o paciente agoniza, podendo falecer dentro de 3 dias, admitidas estão
parente e Resolução ii. 1.995/2012 do CFM que rege as diretiva3 aHtccipa a suspensãO das manobras reaniniatórias e a interrupção de tratamento não
das de vontade do paciente (DAV) e alteia a Resolução n. 1.805/2006? Não analgesico. Deveras, nolorá, livro sagrado dos judeus, acolhida está a ideia da
seriam inconstitucionais por desrespeitar a vida além de violar princípios dignidade da morte, pois assim reza: ''Todo aquele cuja existência tornou-se
da ética iiiédica? A prática da ortotanásia não geraria sanção penal? Será que miserável está auLorizado a abster-se de fazer algo para prolongá_la XY .

há direito de natar paciente terminal ou mesmo de tomar decisões sobre a O Papa Pio XII chegou a ponderar que ''é de incumbência do médico
continuação ou interrupção de aparelhos de sustentação vital? 4'. Seria j us tornar todas as medidas ordinárias destinada,,, restaurar a consciência e outros
to praticar ortotanásia com base em fundamento econõnaico, considerando-se fenômenos vitais, e empregar medidas extraordinárias quando estas se acham
que o prolongamento da agonia do doente terminal encarece as despesas ao seu alcance. Não tem, entretanto, a obrigação de continuar de forma iia-
nmédico-hospitalares, onerando o custo do seguro-saúde? Poder-se-ia falar, definida o uso de medidas eu, casos irreversíveis. De acordo com o critério
como alguns autores, que a ortotanãsia é a ''humnanização da fase final da da Igreja Católica, chega um momento em que todo o esforço de ressusci-
vida''?Tais Resoluções do CFM teriam para a classe médica força de lei, cuja Em
tação deve suspender-se e não nos opomos mais à morte11470. junho de
inobservância poderia acarretar perda do registro? Será que teriam o poder na Documento pela Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, o
1980,
para modificar a CE e o CP? Papa João Paulo 11 afirmou: 'Ante a i ninêi, cia de unia morte inevitável,
Há quem ache que o art. 41 do Código de Ética Médica, que proíbe a apesar dos meios empregados, é lícito, em consciência, renunciar a alguns
eutanásia passiva, está ultrapassado, por ser anais 1 luimri no ajudar alguém a tratalileiltos que procuram uilicamnerite uni prolongamento precário e peno-
mm morrer, livrando-o do limbo mecânico, a seu pedido, fazendo com que de]- se da existência Por isso o ii médico ri ão tei 1] ] 1 motivo de angústia como se não
xc de ser homem iu machina, ou, como diz Kovics, abandone a in1agcn houvesse prestado assistência a unn pessoa em perigo''. Além disso, o Cate-
triste e cruel de um "Frankenstein do século XXI". cismo da Igreja Católica, referendado pelo Papa João Paulo II, em 1992,
admite interrupção de procedimento médico custoso ou perigoso que man-
O Código de Ética do 1-lospital Brasileiro, no art. 8°, prescreve: 'o di-
tenha artificialmente vivo o paciente.
reito do paciente 3 esperança pela própria vida torna ilícita, independente de
eventuais sanções legais aplicáveis, a interrupção de terapias que a sustentem. Pela Resolução n. 1.805/2006 do Conselho Federal de Medicina, como
Excetuam-se, apenas, os casos suportados por parecer médico, subscritos por vimos:
comissão especialmente designada para determinar a irreversibilidade do caso,
em doenças terminais..." -
469. Amirón ia Chaves, Dncito à vida ao propno Orp0, cit.. p. 67.
A discussão sobre esses pontos polêmicos requer muitos estudos escla-
recedores, para que se possam adotar novas posições jurídicas. 470. Pio XII, Prolonçação da vida- Consulte: Luciano Sanroro, Terniinalidade da vida e
resolução do Conselho Federal de Medicina, CarM PQrC,mse, dezembro de 2006, p. 44;Aristo-
Seria conveniente lembrar a proposta para isenção de pena para a orto- teles Achenieiise, Enfoque juridico da ortoranásia, Dei key Jurídica, 17:12-17. O 1 )ep. lnocên-
tanásia no art. 121,3 40, do Esboço de Anteprojeto da Parte Especial do Có- CIO Oliveira apresentou dois projetos (PI.-4662/ 3981 e PL-732/1983) com afim de permi-

digo Penal de que "é isento de pena o médico que, com consentimento do tir ''ao médico assisteilte o desbgamiiemito dos apardhos de um paciente em estado de coma
paciente, ou, na sua impossibilidade, de ascendente, descendente, cônjuge ou terminal ou a omissão de um medicamento que iria prolongar inutilmente uma vida vegeta-
uva, sem possibilidade de recuperar condições de vida sofriveis, ciii comum acordo com os
irmão, suprime ou deixa de aplicar terapia destinada a prolongar artificialmen-
ianiiiarcs'', e o Dep. Gilvain Borges outro (PL- 1989! 991), disciplinando a prática de euta-
te a vida, quando não houver esperança de reversão do quadro clínico".
'iâsia Esses três projetos foram obj ecos de pareceres desfavoráveis pela Comissão de Consti-
muiçdo e Justiça, assim como o foi o que pretendia convocar um plebiscito para discutir a
matéria (PDC-244/ 1993). Por outro lado, o Dep. Osmuanio Pereira apresentou outros três
468.José Raul Torres Kirmser, kespo,'sabibdad, eh., p. 172-81; E. C. Menezes, O direilo projetos (PLP-190/994. PL-999/1995 e PL-5058/2005) pretendendo definir a eutanásia como
dc Inata,, So Paulo, Freitas Bastos, 1977; Sérgio Ferra; Manídações bioI4sicas, cit., p. 70. crime hediondo

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admissível juridicamente urna luta judicial para remoção de aparelho de terminal, prolongando sua angústia, ou seja, suscitando-lhe mais agonia do
sustentação da vida de um paciente terminal? Não seria constitucional a que vida. Existe direito ao prolongamento da vida? Há obrigação de prolon-
ordem judicial impeditiva da suspensão do uso de mecanismo que niaritém gá-la indefinidamente? Seria admissível o culto idólatra à vida, que faz da fase
vivo um doente, ante a irreversibilidade de seu coma?
e rniinal uma 1 o ta a mil. custo contra a morte. submetendo o paciente a u rua
Convêm, ainda, lembrar lima situação Frequente em países de terceiro pa rafernídia tecnológica? O médico tem o dever de empregar toda a tera-
mundo, que é a da eutanásia social ou mistanásia. ou seja, a morte nhiscrãvel p ê ut i ca para acresceria, inar, uma senia rum, ou alguns dias, a uni paciente em
fora c antes da hora, que nada tem de boa ou indolor e ocorre quando: a) s ituação de irreversibilidade da consciência? Tem a obrigação de manter, de
uma grande massa de doentes e deficientes, por razões políticas, sociais e nodo indefinido, unia vida onsi qualidade por meio de respiração artificial?
econômicas, nem chega a ser paciente, pois não consegue ingressar no siste- Se há vida, n'as esta veio a perder sua qualidade humana, conservaria ela, ain-
ma de atendimento médico, que é ausente ou precário, configurando a mis da , a sua identidade? Em que medida teria o médico o direito, ou o dever, de
tanásia passiva. Todavia, há casos em que se tem a mistanásia ativa, corno o manter ligado o aparelho de sustentação artificial da vida de um paciente ter-
extermínio de pessoas defeituosas ou indesejáveis que ocorreu, durante a minal? Até onde se pode introduzir o artificial na vida humana, sem pôr em
Segunda Guerra Mundial, em campos nazistas de concentração, o liso de xeque a integridade de sua natureza psicofisica? O direito à vida implicaria o
injeção letal ciii execuções nos Estados Unidos, principalmente se a aplicação de ter assegurados pela sociedade todos os recursos médicos disponíveis?
se der por médico; h) doentes crônicos e terminais que conseguem ser pa- Pela distan,ásia, também designada obstinação terapêutica (L'ac/marimerncut
cientes em hospitais, clínicas etc, e são vítimas de erro médico, como: diag-
,j,éyapcu tique) ou futilidade médica (inedicalfiitility), tudo deve ser feito mesri io
nóstico errôneo, falta de conhecimento dos avanços na área de analgesia e que cause sofrimento atroz ao paciente. Isso porque a distanásia é a morte
cuidado da dor, prescrição de tratamento sem realização de exame, uso de lenta e conl muito sofrimento. Trata-se do prolongamento exagerado da
terapia paliativa inadequada, procedimento médico sem esclarecililento e
morte de uni paciente terminal ou trata mmi e" to inútil. Não visa prolongar a
consenso prévio, abandono etc.; c) pacientes são vítimas de m prática por vida, mas sim o processo da 'norte. Para jean-Robert Deb1ay 471 , é o compor-
motivos econômicos, científicos ou sociopoliticos, no caso de o médico usar taniento médico que consiste no uso de processos terapêuticos cujo efeito é
intencionalmente a medicina para atentar contra os direitos humanos, cru mais nocivo do que o mal a curar, ou inútil, porque a cura é impossível, e o
beneficio próprio ou não, prejudicando direta ou indiretamente o doente,
beneficio esperado é menor que os inconvenientes previsíveis.
chegando a provocar-lhe urna morte dolorosa ou precoce, devido aos
inaus-tratos Por exemplo, não oferecer acompanhamento adequado a idosos Deve-se insistir num tratamento inútil, que leva à morte lenta com
internado, desviar verbas destinadas a pacientes para beneficiar funcionários muito sofrimento na UTI, sacrificando a dignidade humana? Essa obstinação
da instituição, retirar órgão vital do paciente para transplante antes de ele ter terapêutica, adiando o inevitável, trazendo agonia e vida quantitativa, sacri-
morrido etc. 47-3 .
ficando a dignidade humana, deve ser admitida juridicamente? Até que
ponto se deve prolongar o processo da morte quando não há mais esperan-
ça de reverter o quadro? Muitas vidas podem ser salvas nas UTls, mas há
12.c) Limites da distanásia e direito ao prolongamento artificial
quadros irreversíveis, em que medidas extraordinárias causam muita dor e
da vida
sofrimento para manter a vida dos pacientes a todo custo. Deveriam elas ser
Com os notáveis avanços da medicina, a tecnologia sofisticada e a mo- admitidas?
dernização de aparelhos ressuscitadores, amplia-se a vida de um paciente Pode haver conflito de dois princípios gerais de bioética: o da autono-
mia e o da beneficência. Por exemplo, se os pais rejeitam terapia extraordi-

473. Consulte: Giusti, Di rifle di vivere, diritco di norin', Padova, CEDAM, 1982; Leonard
M. Martin, Eutaiisia e distanásia, iii foidaç& à hioétzca, p. 172 e 174-80; Elizabeth M de Moti- 474.Apud Cu,, <L'accanirnento terapeutico e I'eutanasi). Polentiunm Hotninu,n, 23:30.
ra, Eutanásia, ortocansia e doação de órgãos, RevLsta dc DiveLto Constitucional e lei,rnacio,'al, Discanásia é corisidenda como medicina defensiva" (Gilberto J3ergstein) no sentido de o
58:39-5ft profissional fazer prova de que faz tudo em prol da vida

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medidas que prolonguen, a vida de paciente em coma irreversível e depen- Corno, então, conciliar a seguinte verdade: não se deve manter artifi-
dente de ventilação mecânica? E lícita a suspensão da ,nedicíne futile. ou seja
ja lrnemite cru UTI um paciente com reconhecida incapacidade de reversão
do tratamento fútil, deixando-se de utilizar procedimento que causa sofrinie, de seu estado do saúde, nem interferir para abreviar esse sofrimento?
to ao paciente e no traz qualquer beneficio ou expectativa de sobrevida?
É justificável, indaga Pessini, a agonia programada por uma rel -apéutjca
124) O direito de morrer com dignidade e a filosofia do hospke
inútil, utilizada para cumprir o dogma médico de que se deve fazer tudopara
conservar a vida do paciente? Deve ser admitida a interrupção de tratamento Qual o sentido da morte digna no biodireito? Que é o direito de mor-
fútil, isto é, a suspensão de intervenção médica ineficaz, que atinge, transito_ rer comia dignidade? Segundo Elrzabeth Kubler-Ross 475 , tanatóloga americana,
riarnente, o objetivo almejado, de modo que o doente logo volta à condição morrer com dignidade significa ter permissão para morrer com seu caráter,
anterior, anulando o beneficio atingido, tendo o condão apenas de prolongar com sua personalidade e com seu estilo".
o processo da morte? Observa Alfonso Resende Morra que "o debate entra
Como morrer com dignidade?
também no campo econômico. A utilização dos procedimentos que levam
morte assistida precisa levar em conta a capacidade econômica de uma socie- Será que se pode impor a alguém a utilização de recursos que possam
dade para cuidar de casos perdidos 'is-à-vis à sua capacidade de cuidar de causar_lhe sofrmniento ou risco? Haveria licitude na renúncia de algum trata-
casos curáveis. Nas nações avançadas, onde as despesas para cuidar de casos incluo que visa apenas um prolongamento precário e penoso da vida? Tal re-
terminais provocam verdadeiras catástrofes econômicas nas famílias, segurado cusa do paciente seria uni suicídio ou uma aceitação de sua condição humana?
ras de saúde e finanças públicas, o problema está se tornando cada vez mais
sério. E no caso do Brasil? Aqui faltam leitos hospitalares e demais recursos
para socorrer os que têm todas as cltanccs de viver, em especial crianças e
jovens chefes de família. Nessas cora cli çõ es, a dimensão econômica ganha urna 1 iisrrucão Norniativa n - 4, dc 24 de (voe iro de 2010. da AN VISA dispõe sobre iiidi
cadores para avaliação de Unidades de Terapia 1 oteusiva Resolução-RDC ri. 7, d e 24 de fe -
relevância i na ensa. Isso tem levado muitos médicos brasileiros mais corajosos vereiro de 2010, da ANVISA trata dos requisitos mínimos para funcionamento de Unidades
a argumentar que, cria vista da precariedade de recursos do nosso sistema de de Terapia Intensiva e sobre prevenção e controle de infecções.
saúde, no faz o menor sentido prolongar uma vida que está se perdendo". 478. Kuhler-Ross. Sobre a woru' e o njorrey, São Paulo, Marfins fontes, 1991. A agonia tem-
Não há dúvida que esse tratamento eleva os custos das despesas e agrava os 'aiim, como observa Eli'zabeth }Kuhler-Ross, com a dera éx,s (paz interior). Silvia Regina (o siri-
sofrimentos físicos e psíquicos de todos os envolvidos nessa dramática situação. umio sofrer, Núcleo, Boletim da i'UCSU 13:4) escreve: ''A carta apostólica Salvfid Do! oris ilu-
Poder-se-ia sobrepor a questão econômica à da sobrevivência do paciente? 477 .
nona coni aleita precisão a experiência da dar- Nela, o papa João Paulo II afirma que a pergun-
ta sobre o sentido do sofrimento é plemaanaenre humana e reconhece que o homem 'sofre de ulia
iiiodo bunaananaente ainda iliais profundo se não encontn resposta satisfatória'. Não raraxaaente,
essa pergunta é feita a Deus, que a espera, escuta-a e responde. A resposta que Cnsto oferece á
477. Léo l'essini, 1 )istanãsia: até quando investir sem agredir?. Bioética, v. 4, n. 1, p. 31-43: pergunta sobre o sentido do sofrimento não é abstrata, no responde por meio de unia doutrina.
Affonso Resende Meira, Vida artificial na UTI, Época, 26-1 0-1 998; Renato L. C. Sertú. A Ele acolhe roDa seu sofrimento a essas perguntas que os homens lhe dirigem 'e quer .rspwu(er-llmes
distam'ásia e a dignidade do paciepase, Rio de Janeiro, Renovar, 2008. Na Dinamarca, em 1992,0 da Cruz, do meio do seu próprio sofrinento'. Cada homem pode associar-se a Cristo e descobrir que
direito á i nterrupç5o do tratamento fútil foi legalizado. A Suprema Corte britânica, ei» seu sofrimento pode ser e é transformado por meio de uma g uala interior, que se manifeste doce
22-1 0-2004. permitiu ao médico o exercido do direito de no reanimar bebê portador de e ititemisamnemite em sua interioridade: 'À medida que o homem toma a sua ovz, unindo-se espiritu-
anonialia genética rara (síndioi,ie de Edwards) se seu estado de saúde piorar (JLI5LIÇa pernil te a!'iaeote r Cruz de Custo, vai-se-lhe manifestando mais o sentido salvífico do sofrimento. O
que médico não salve bebé, Folha de S.Paulo, 23-10-2004, p. 1 7-A). O jornal da Tarde (Ela viw liohilelii não descobre esse sentido ao seu nível latiniano, Dias ao uivei do sofri'aaenro de Cristo.
por, uni fio- Marido quer desligar. 24-9-2004, p. 16-A) dá noticia deque Tribunal Superior da Ao incono tempo, porém, desse plano em que Cristo se situa, esse sentido salvifico do sofrimen-
Flórida derruba lei estaduaj de 2003, que proibia desconecrar equipamento de susteiitaço to desce mi nível do hmneni, e torna-se, de algum modo, a sua resposta pessoal. E é então que o
vital, acatando pedido de marido de uma americana mantida viva há 14 anos em estado ve- homem e'icontn no seu sofrimento a paz interior e mesmo a alegria espiritual" -
getativo, Ojonial da Tarde (10-7-2008, p. 1 0.A) noticia: Pai ganha batalha pela morteassistida Consulte: Maria de Fátima Freire de Sã, Direito de 'narrer, Belo Horizonte, Dei Rey, 2006;
da filha, pois ajustiça italiana autorizou a interrupço da alimentação de uma mulher que se e Tiago V Bomtempo, Resolução n. 1 80512006 do Conselho Federal de Medicina: efetivação
encontra em coma há mais de 16 anos. do direito de morrer com diudade, Revista Sinwse - Diwilo de Famíba, 75:204-21

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À ideia da possibilidade de não prolongar a vida de um paciente consi s ofri ii' ento maior A Lei estado ai paulista ri - 1 0.241/99, no art. r. XXIII
derado incurável e CIII doloroso sofrimento, pata que haja o direito de morrer e yJKIV, prescreve que são direitos dos usuários dos serviços de saúde no
com dignidade, acatada, vejadaniente, pela igreja, o médico deve resistir ohs_ Estado de São Paulo: recusar tratamento doloroso ou extraordinário para
tinadarnente, unia vez que sua ciência não pode ser colocada a se" IÇO da tentar rolo ligar a vida e optar pelo local da morte. Essa norma adn «te a
morte, mesmo ornissivamente, pois a incurabilidade é e ser, por muito tempo escolha do paciente, acatando o princípio da autonomia interligado ao da
apenas uma situação de falta de recursos, de tempo e de ponto de vista5 b eneficencia O médico, se vier a evitar os meios extraordinários por não
Como seria possível o conhecin-renro do prognóstico de curabilidacle para rr azeremu pra lc1uer bem, eficio ao paciente, deve empregar todos os ordinários
omitir o uso de aparelho que mantém a vida? Até que ponto cern o médic o que lhe ti-agarli conforto e alívio à dor. sem praticar omissão de socorro ou
o dever de não suspender meio de sustentação vital se acria sempre pode e utanásia passiva. Deveras, prescreve o art.. 36, 2, do Código de Ética Mé-
diagnosticar sua incurabilidade? E se a medicina, no interregno que dura c,, - dica que, 'salvo por motivo justo, comunicado ao paciente ou a seus faniilia-
ire a reanimação aplicada pelo médico e a sobrevida que perdura para o pa- res. o médico não abandonará o paciente por ser este portador de moléstia
ciente, vier a descobrir a cura para a moléstia fatal de que é portador, como crônica ou incurável, e continuará a assisti-lo ainda que para cuidados palia-
se poderia admitir a remoção do mecanismo que mantéri, artificialmente a tivos'', mixitigando, assi m seu so fr iniento fisico ou psíquico.
vida do doente, ante a falibilidade do conhecimento humano, a limitação da O aro médico de atenuar, o sofrimento do paciente terminal, sedando-o,
ciência médica e a probabilidade de que a cura possa vir a ser descoberta? não pode ser visto corno eutanásia indireta, ainda que venha a favorecer a
Em certos hospitais de países mais desenvolvidos, há consciência de uni niorte'. Se a norte advier de sedação paliativa para atenuar a dor do pa-
limite na fase terminal da vida, pois chegam até mesmo a colocar mia cabe- ciente terminal até o dia de sua 'norte, crime não haverá- E dever do médico
ceira dos portadores de um iria] incurável indicação como DNR (do Uor ser sensível ao processo de huinanização da morte e ao alívio do sofrimento,
reçi ci(atc) ou NTBR (uci r (o bc rcssuscitated) E, em relação a estes últimos atemiri ando os horrores cia agon a. devei, do promover a dignidade cio doente,
urna atitude anais li umana, que não se ]Ires imponha a UTL Não podei -ia ser administrando trata ii cii to paliativo, corno analgesia, mesmo que isso lhe
tal conduta confundida com omissão de socorro ou eu tan ás i a -, 4& . apresse a morte, por ser portador de moléstia incurável que não apresenta
A omissão de socorro não se confunde com eutanásia passiva, ou seja, qualquer condição de prolongar sua sobrevivência, estando num processo de
suspensão do tratamento. Na omissão de socoiro o agente deixa de prestar morte incvitável 9 . E, além disso, convém ressaltar que as disponibilidades
assistência, quando é possível fazê-lo (CP. art. 135). Na suspensão do tra- terapêuticas atuais possibilitam mitigar a dor sem o recurso a medicamentos
que possam pôr em risco a vida do paciente. Mas seria correto intervir sobre
tamento, deixa-se de usar aparelho que prolonga a vida sem condição de
reversão Se se tratar de paciente recuperável prevalece a preservação da a dor, mesmo quando isso trouxer como consequência um provável encur-
sua vida, mesmo que isso o constranja. Mas, se se estiver diante de caso de taniento da vida do doente, se a atenuação daquele sofrimento não puder ser
morte inevitável, o princípio do alivio do sofrimento sobrepõe-se. Ao Obtida de outra maneira?
doente terminal deve-se aplicar o tratamento ordinário, buscando seu Se o acerto entre o mundo e o agir humano vem do controle racional
conforto; quanto ao extraordinário, o próprio paciente ou seu responsável do agir dominado pela p/lronesis (sabedoria prática), como a medicina deve
legal deve manifestar sua vontade de se submeter a ele, ou não, para evitar

487.Genival V. de França, Direi!,, wédico, cit, p 430-3. Direito similar é assegurado pela
- c;eniva] V de França, Direito
médico, ci t, p. 32; O médico e o doente
Le ,iiiiici ri li - 16,279 e pela Lei paranaense ri. 14254.
43 incurável.
[(n'isto Brasileira de Cirurgia,Rio de
Janeko. 1975; França e Souto Maior. Direito de viver e 488.Segre, Luta Iiásia: aspectos éticos e legais, Rnista da Associaçdo dos Médicos Brasileiros,
direito de morrer, N,ackulos de Ciéncias Penais, v. 4. n 4; A. Beristain, Prolegômenos para a 32: II Nu,ii doente ter mi,] ai debilitado, altas doses de narcóticos oo sedativos pode'i pro-
reflexo penal-crirninológica sobre o direito de ctilininar a vida cena dignidade, Fasciados de vocar a 'norte por parada respiratónia, ciii consequência de agentes depressores do sistenia
Cí& idas Pnwis, v 4, n. 4. Vidr Código de Erira Médica, c-ap. 1, n XXII. nervoso central
486. Pessini, Distanâsia ., Bioécica, ctt., p. 32. 489.GenivalV de França, Direito wédico, cit., p. 429,

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cuidado do paciente terminal, dando-lhe o amor e o carinho de seus fam A cessação da atividade cerebral não impede que se mantenham artifi-
liares Para tanto, busca manter o paciente terminal livre da dor,i fim de que ialnite as funções respiratórias e as de circulação, mas, havendo compro-
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possa morrer com dignidade, dando possibilidade a ele ou a seus familiares varão de morte encefálica, lícita seria a interrupção de meios mecánicos de
de decidir sobre a recusa, ou não, de qualquer intervençâo tecnológica pro_ ç e5taçã0 vital495 ? Ou devem ser manridas, na UTI, artificialmente, as
longadora da vid 494 , funÇÕC5 de paciente com morte encefálica?
Uni tratamento psicológico adequado não seria poderoso instrumento Em Illinois, Montaria e Tennessee, nos Estados Unidos, para todos os
para aliviar a tensão da morte antecipada, tornando realidade a possibilidad e propósitoS legais, será tido como morto paciente que apresentar cessação
de uma morte digna de paz? Se o paciente terminal está cru processo de ir reversível das funções cerebrais, apurada de conformidade com os padrões
-norte inevitável, o médico não deve buscar seu conforto? Seria ético -ju rÇ usuais da prática ixédca4 .
dico o ato de confortar o doente terminal por meio de sedação profunda, O Código de Ética Médica, no art. 41, veda ao médico a utilização de
cujo efeito colateral é a morte serena? Seria antiético optar pela sua perina meios destinados a abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou
nência no quarto,junto às pessoas queridas, aplacando sua dor corta arialgé. de seu responsável legal, e aponta os procedimentos alternativos do médico
sicos, apesar de se chegar ao desfecho final rrlais rapidamente? Seria isso lici- para com o paciente em condições de morte iminente, quando em coma
to se até mesmo Hipócrates questionou o valor da vida diante de sofrinie, irreversível ou eu, estado terminal, mas permite: a suspensão de mecanismos
to insuportável? Surge, ento, o tormentoso problema da eleição do valor que artificiais de sustentação vital, desde que haja a adoção de medidas que ali-
deve medir a moralidade e a licitude do ato- Qual o critério para essa escolha? vim' a dor e nninimizem o sofrimento; o ato de desligar, progressivamente,
Como e por que se elegeu um valor, dando-lhe preferência e não outro? o ntzlquinário de respiração artificial, porque o paciente, apesar da morte
Urge mio olvidar que, pelo cap. 1, siVI, e pelo art.36, § 2, do Côdisgo cerebral, respira por si; o de usar de mel os artificiais, logo após a morte ali-
ceh.slici, para manter certos órgãos vivos para aproveitamento em tran splai i -
de Ética Médica, há valorização da boa morte, por se considerar antiético o
te e. ainda, o de interromper o aparato que sustenta a vida de paciente com
uso pelo médico de seus conhecimentos para gerar sofrimento fisico ou
parada irreversivel das funções encefálicas, devidamente confirmada, visto
moral. E, além disso, esse ruesnio diploma legal, no cap. 1, n.Vl e XXIV, e no
que ele já é considerado morto, dando-lhe o direito de morrer com digni-
art. 41, parágrafo único, veda o médico de realizar experiências em paciente
dade (Res. CFM n. 1.480/97). Mas é preciso ressaltar que os sinais caracte-
terminal, ante sua vulnerabilidade e por ser tal ato uni atentado à sua digni-
rizadores da -ausência irreversível das funções do encéfalo como um todo,
dade. O revogado Código de Ética Médica, no art. 130, proibia ao médico
por um período inininio de 6 horas, só valerão para pessoas com mais de 2
'realizar experiência com novos tratamentos clínicos ou cirúrgicos Clii pa-
anos, já que até essa idade o cérebro resiste mais à falta de oxigênio, pois já
ciente com afecção incurável ou terminal sem que haja esperança razoável
houve caso de criança em coma ultrapassado e encefalograma mostrando
de utilidade para o mesmo, não lhe impondo sofrimentos adicionais" Cciii
isso, admitida está a filosofia do hospice

493. Daisy Gogliano, Pacientes terminais, Bicética, 1:145-56; Piva e Antonacci Carvalho,
Considerações éricas nos cuidados médicos do paciente terminal, Bioética, 1: i 29-38; Roberto
494. Pessiji,. Morrer com dign,4adc', cit., p. 38-9: Ackernnii, Canlhr,de Quarrerly (j[HilfIJ- - Rubi. (apud José Raul Torres Rirniser, Respansabilidad, nt., p 176) afirmou: 'Cuando n'e es-
rnrc Etli(cg, 1997; M - Júlia Kovács, Autoiioii ia c o direito de morrer cciii dignidade, Biohira, loba formando en A4oufevideo, apre.idí de mis n,aesrros que Ia_fi4nci6i de? médico es salvar a! enferma,
6:61-9; S au nd en, Hospicc aiaS a Hi.ouse a 'e ai 111 'crdrsdp li, a ry appro ad', 1991 - tu rei essa..... si o cufrnrlus y aue,rdo eso mio es JaoMble, ayudado a bien mnorir Eco siujfica morir erilop,do cri lu posible cl
as normas relativas ao I'ionic Core; Rcsoluçáo CoFen n. 267/2001 sobre atividades de en6i- afro ia co ukl em [cril o y Ia oxo,ed. angus tia q e trae aparejada, Ia segui rida d y Ia inc itabiIidad de
magen) clii fume Caro; Resolução CoFen a. 270/2002, que aprova uegu]auilelitaço das em- nu ia nasar,, mui e 1 1, - Cuamu do ei ektre acefeIogrammi a arroja ii ri silencio total, lo ci ai conupru eba Ia
presas que prestam serviços de enfermagens domiciliar; Rrsoluçáo ChM n 1 668/2001 re- mur,,erle, lesde ri p:uto de vista cerubral, ai médico se le prescrita Ia slruaciôn de qué hacer. E,, esa drn.ris-
lativa às normas técnicas necessárias á assisteulcia domiciliar de paciente, definindo as rexpoil- tancia, admire ci ,arofiso 'luço de 'ecabar cl acuerdo de los Sendas dei pacienre,y Ia opi,nJuu de nu
sabilidades do médico, hospital, empresas públicas e privadas e a i nte,-fiscc profissional nese coixaqo mi uédico, ei facudlatii;uu ad r,a i e panod, decidir desco iCCiar cl resp radar a rtjficial'
tipo de assistõncia. 496-António Chaves, Direita à vida e ao prdprio corpo, cit., p. 57.

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m não adviria de interesses de familiares, que desejam acabar cciii um sofri- 5e auchamp e Childress 5 ° ensinam, com muita propriedade, que ''a pessoa
ento sem fim, ou dos médicos, que buscam órgãos frescos para transplantes a utónoma é aquela que não somente delibera e escolhe seus planos, mas que
ou, ainda, da sociedade, alarmada com gastos feitos com pacientes irrecupe rá é capaz de agir com base nessas deliberações''.
veis? Como admitir morte encefálica se, em intoxicação barbitirica, existe O consentimento esclarecido emitido pelo paciente é, portanto, mani-
atividade cerebral elétrica, silenciosa e persistente, durante horas ou dias, ha- festação do princípio da autonomia da vontade, fundamental para guiar as
vendo possibilidade de o doente i estabelecer-se? ações no campo da saúde52.
Necessário delinear um novo conceito jurídico de inerte, compleinen_ A responsabilização do doente conduz o médico a revelar uni pesado
tando o dado pelo Conselho Federal de Medicina, que forneça critérios anais diagnóstico, a falar de uma terapia desagradável e a não ocultar prognóstico
rigorosos para o diagnóstico da inerte, tais como: coma irreversível, ausência
mortal. Com isso, ciii regra, pode-se ter unia piora da situação patológica e
de reflexos, cessação de respiração natural e registro eletroencefalógrafo, que das condições eniotwas, dificultando o êxito do processo terapêutico, pois o
denote atividade cerebral elétrica, silenciosa e persistente, por mais de 24 paciente pode cair em depressão psicológica profunda e chegar a procurar a
horas. O Comitê da Escola de Medicina de Harvard entendeu que, para a morte- Logo, casos há em que a verdade pode e deve ser ocultada do doente,
conccituação de morte, devem estar presentes os seguintes sinais: inconsciên- mas não de seus fanailiares ou responsável. O dever de informar não deve ser
cia total, falta de resposta a estímulos externos, au sência de respiração e refle-
entendido como o de fazer saber a verdade a qualquer custo. O princípio de
xos e eletroencefalograma plano.Aléin desses requisitos, há quem exija queda
não causar maior dano finco ou psíquico ao paciente requer que se viole o
de tensão arterial, hipotonia muscular etc. Há, ainda, como vimos alhures, um
problema maior diante da técnica desenvolvida, recentemente, para evitar
morte cerebral, mediante resfriamento do corpo do paciente a 34°C durante
unia semana, adiiiinistranclo-lhe por via endovenosa o anestésico Baibital, 50L l3eai1c]iaitip e Clii]dress, Principies o[ noi,vjl er)xio, New York, Oxíord Utiiversiry
provocando si continuidade do fluxo do oxigênio no cérebro, impedindo que Prcss, li)85
502 Pau'o Antônio dc Carvalho Fortes, Reflexões sobre a hioêtica e consentimento
caia em estado de coma irreversível. Diante disso, seria possível salvar mais de esclarerido, /liuética,2:129-35; Martei.La uie eu qieesrio,xs.-pourxrixeétiiíque bionxédicaic.Paris, 1994;
70(Yh das pessoas tidas como mortas pelos atuais critérios de diagnóstico de Beatic]iaiiip, ínfori,ied (ousou, apud Veatch, Afcdical etlrica, Boston. 1989, p 171 Urge lembrar
morte encefàlica. Como, então, admitir a eutanásia passiva? que, sempre que houver alrcraço significativa no estado de saúde, o consentimento dado pelo
pacien te d,,e,Á er renovado ou até milestian revogado (Harris, Tiie value of ife; au iutrodj,ction
12.e) Autodeterminação do paciente terminal e a relevância tu dícal cit as Londori 1985). Na. tem validade o termo de responsabilidade assinado pelo
-

paciente, O Li por Seu responsdvel, na ato de inter'iaço, declarando estar ciente de todos os
jurídica da objeção de consciência
riscos que poderão advir das medidas adotada, no hospital e autorizando a reaIizaço de todos
Pela Carta dos Direitos do Paciente da Associação Americana de Hos- os atos que os profissionais da saúde eiitendcreni necess ários Uni tribunal de Marselha res-
ponsabilizou civilmenie tii hospital por dano causado ao paciente, apesar de, ao interná-lo,
pitais, de 1973, o paciente tem o direito de receber do médico informações
sua esposa ter assinado documento isentando a ciinica de qualquer responsabilidade "au case
completas do seu estado real, a respeito de seu diagnóstico, tratamento ou ii se livi-eraji sur J ii ou ser les ames à des actos de violence''. O tribunal não acatou tal
prognóstico, em termos que possa entender", com o que concordamos, pois rijusti ia de não 'sponsabilida de, reputando-a ''tu fle coi te cai 'traim à 1 'o nire publique' (La fayette
o doente tem direito a verdade sobre as atividades terapêuticas ligadas à saú- Pondé, Responsabilidade civil dos médicos, RF, 19/687) O Esfado de S. Paulo (20-10-2007,
de e sobre os riscos possíveis, para que possa tomar uma decisão consciente p A-38) noticia que. na 1 tilia, já houve decisão judicial descriminando ato de médico que,
e bem esclarecida, que afeta sua vida e sua integridade fisico-psíquica, recu- aplicando sedação, vem a desligar respirador que mantinha p a ciente vivo, atendendo à sua
s-oi nade, por estar lúcido, consciente e devi d ame ate infori ia do, ei tendendo que não li ouve
sando, ou não, certo tipo de tratamento 5°° Só uni consentimento esclarecido eutanásia, lias acatamento ao direito do paciente de rej citar ttatamento no desejado, por
pode garantir a autonomnia do paciente, por estar ela ligada à racionalidade, cisc oi itra r-se tetraplégico ciii deco r i-&ncia de dis trofi a ni uscula r progressiva,
isto é, à capacidade de pensar, decidir e agir de modo livre e consciente. No dia 17-3-2009, o Congresso uI -uguaio aprovou piojeto de lei que concede a pa-
ciente rernainal o direito de recusar o uso de procedimentos médicos que prolo''gueiii sua
vida, desde que esteja consciente- 5e estiver inconsciente, seus familiares poderão optar pelo
500. M Almeida, Corr ~ idcraØes de ordem ética sob,r o início eflu: da vida, São Paulo, 1988. fim do tratamento (Destak, 19-3-2009, p. 6).

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-a) manifestação explícita da própria vontade (living will - testamento vital) No Brasil como já apontamos alhures, pele Enunciado n. 527 daV Jornada de
relativa às providências a serem tomadas, indicadas, anteriormente, em doeu- DireitO Civil: 'E válida a declaração de vontade expressa em documento autên-
incuto escrito pelo próprio paciente, recusando possíveis tratamentos a serem dco, taiambeni chamado testamento vital', em que a pessoa estabelece disposições
aplicados quando estiver inconsciente ou em situação terminal, caso eia que sobre o tipo de tratamento de saúde, ou não tratamento, que deseja no caso
essa norma reconhece a imunidade civil e criminal do médico que vier a sus- de se encontrar sem condições de manifestar a sua vontade', O Colégio No-
pender o tratamento] determinando que não seja utilizada medida terapêutica tarial cio Brasil, Seção de São Paulo, reconhece a existência e a validade jurí-
considerada inútil. Seria uma modalidade de ''testamento" pela qual o paciente dica de docun lento pública no qual a pessoa declara que não deseja subnwter-
dispõe sobre a manutenção artificial da vida em caso de perda de consciêricia" -se a tratamento artificial para prolongar a vida ou receber transfusão de
sangue, mas entende que não se trata de testamento, mas de escrituração de
declaração (p 186). Pelo CJF. no Enunciado n. 333, aprovado naVi jornada de
Direito Civil: "O paciente plenamente capaz poderá deliberar sobre todos os
508. Meisil Tlie legal corlserisrms abise, forgoing Ii fe -sustai in g trei trnenr, JKen city fie
aspectos concernentes a tratamento médico que possa lhe cansar risco de vida.
te of EthicsJonrna!, 4:309-45; Fatricio R. Figueroa, Instrumentos legales en Ia toma de decisione1
médicas en cLiadros crónicos terininales, Bioéiica, 6:7-8; Diaulas Costa Ribeiro, Um novo testa- seja imediato ou mediato, salvo as situações de emergência ou no curso de
minto testamentos vitais e diretivas antecipa das, Fassera e dn ida de ii, iiiaiicn A na s does Congres- procedimentos médicos cirúrgicos que no possam ser interrompidos''. E,pela
so Brasileira de Direita de Familia (coord R- Cunha Pereira), São Paulo, IOB-Thonisoni 9 006 Resolução mi. 1993/2012 do CFM, são admissíveis as diretivas antecipadas da
p. 273-83; Beatrice de M. E. Meio e Sergio E do ArnaralTestaniexito de vida coma instrumentn vontade do paciente.Trata-se de documento no qual o paciente determina o
para alcançar o direito de unia morte digna, Revista dc Direito ±NtaTiaI, o. 2, 2010, p. 143 a 1 78- tratamento que deseja receber se portador de doença terminal ou se se eu-
Flávia V Asad,Tesranieiito vital, Revista de Direito Notaria!, ri. 2, 2010, p 179 a 188: Raquel Szra- contrar em situação de moléstia grave em progressão sein qualquer possibili-
Ter mi na' idades, cri , p 254; Veró nica R - de Mii a 'ida, O testari lento vital Revista Si, tese -
dade de '-eversão. Por exemplo, poderá repudiar intervenção extraordinária,
reiso de Fi, ilia, 74:53-71; .Brtir, o A ii ei izzi, A ,i orle pedida sob ii oj, 1/eu da Co ,uri tu içao Fctlera dc /9 8
fútil ciii inútil; sonda de alimentação em' téri ca; liso de ri i áquim a de hemodiáli-
010 ri ogi:a a de ia] de c tirso apresenta da 'ia Ui 'ive rsi Jade M acke izie; Flã vio Tar tu cc, A qi] etmo

da res La meu ro vital co reilexõ es - Novos direi os apií.ç seis anos de vçd, iria 'li' se; illternaçao cm UTI se não tiver qualquer chance; ação médica que não
Código Civil de 2002 (coord Inácio de Carvalho Neto), Curitiba, Jurub. 2009 ] p 433-458 - M. traga hcneficios; reanimação em hipótese de parada respiratória ou cardíaca
Helena Diniz, Breves reflexões sobre Rcsolução CFM ir. L995/2012, relativa às diretivas alire_ ou até mesmo pedir desligamento de aparelho de sustentação vital. Esse do-
cipadas da vontade, AtitalidadesJtíHdiccs, vol. 6, p. 163 a 168; Testamento eniec,:eial e ,eta,minito vital: cumento é ato pessoal, intransferível e revogável a qualquer tempo. Em alguns
uni paralelo, 10 anos de vigência do Código Civil brasileiro de 2002 - Estudos em lionienageni países, e-orno Portugal, caduca em 5 anos e, Espanha, cri 2 anos. Pode ser
a Carlos Alberto Dabus Maluf, São Paulo, Saraiva, 2013, p 612 a 628; Lauta A- da C Levy, De- verbal, mas, como isso traz incerteza, deverá ser feito por escrito e na presen-
clarações antecipadas e autonom'ua: análise a partir das pel -specrivas fdosôücas, Revista Sí,ite'e -
ça de testemunhas. Pelo Enunciado n. 37 aprovado na 1 Jornada de Direito
Direito de Família, 79:115-42; Rodrigo Santos Neves, O testamento vital: autonomia privada
da Saúde do CNJ: 'as diretivas ou declarações antecipadas de vontade, que
direito à vida, Revista Síntese - Dirciri, de Fanjífia, 80: 9-23; Cristiane A. Alves, 1 )iretmvas antecipa-
das de vontade e testamento vital- consideraçôes sobre linguagem e fim de vida, Revista Sú:te, especificam os tratamentos médicos que o declarante deseja ou não se sub-
cit. p. 24-43; lusa C, Cruz,Autonoinaa no processo de morrer: as diretivas coma concretizaçlo meter quando incapacitado de expressar-se autonomamente, devem ser feitas
da dignidade da pessoa liuniana, Revista Síntese, cit., p. 44-59; Luciana Dadalto,Aspectos regiscrais
das diretivas antecipadas de vontade, Revista Síntese, cit., p, 60-69; Mavan-a S. Moreira,Testanienro
vital: uru estudo sobre seu conteúdo licito no Brasil, Revista Síntese, cit., p 70-82,Beatrice de M.
vida por meios artificiais. Desse o referido documento indicar um médico da sua confiança para
E. Meio e Sergio T. do AniaralTestarnento de vida corno instrumento apto para alcançar o di-
acompanhar o estado terminal. Neste docu,iiento pode conter cláusulas relavas às condições do
ceita a uma morte di,a, Revista de Direito Notarial, 2:143 a 178 e 173; Daniela Moraz visita,
sepultamento, cremação e doação de ôros"- Para Edmilson Comes (Testamento vital permite
Hugo OItm,iiari, O testamento vital e o direito á morte digna. Revisa Síntese- Direito de Fanxília,
ao paciente terminal optar pela continuidade de seu tratamento, IRF 3 eu, Revista, ti. 3, p. 14-16):
90:137-157; Viviane Girardi, As diretivas antecipadas da morre: o testamento vital co procura--
Testamento vital é o registro, facultativo e revogável a qualquer tempo, etil prontuário médico
dor pala a saúde, laudo, n.3 (IASP). p. 40-41;Tánia da Silva Pereira (O direito à morte dia e a
nu cita cartório efetuado por pessoa consciente, para expressar sua recusa por tratamento dolo-
validade do testamento vital, Boletm, IBDFAM, 59:10) esclarece que :Preferencialmerue lavrado
raso ou invasivo em caso clinico em que não haja possibilidade de recuperação.
ou Cartório de Notas, o testamento vital é ato unilateral de vontade onde o declarante, com lu-
cidez e convicção, atestadas por um especialista, expressa seu desejo, perante duas testemunhas d, O Código de Ética Médica de 2006 da Itália admite no art. 38 que o médico leve em
em situações terminais, ria hipótese de ser acometido de uma doença grave, ou no caso de um conta a mnamaifestação prévia do paciente, incapacitado de expressar sua vontade- Considera-se,
acidente que acarrete um quadro de inconsciência permanente, ser evitado o prolongamento da portanto, o testamento bioldgico.

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de consciência, sendo possível sua melhora? E se estiver cm estado vegetativ o
pr incípio da dignidade da natureza humana, atendendo-se ao imperativo cate-
persistente em razão de dano neurológico irreversível, com perda da capaci- górico kantiano de que o ser humano é um fim em si mesmo"'. Mas será que
dade de comunicação e consciência? Se durante o tratamento surgirem des- essa ailtOi)Oflhia individual pode ser omnísnoda ou total? Pode sofier ela alguma
cobertas terapêuticas, e o paciente, que já determinou sua vontade, estiver em
restrição dc ordem social oujurídica? Essa liberdade de consentir não pode ser
estado de inconsciência, sua decisão deverá ser cumprida? O que fazer se o prejudicada por defeitos no controle decisório provocados por condições psí-
médico, por motivos éticos, recusar-se, apesar da ordem antecipada do pacieri
quicas CIII que se encontra a pessoa, por transtornos ir, ou por intoxicação
entais
te, a susp ei ider o tratamento? de substàm ]cias químicas? Poder-se-ia exaltar esse poder decisório do doente,
A Associação Portuguesa de Bioética no Estudo n. E/17/API3/10 ai- ante o fato de que a autonomia de sua vonrade pode ser unia arma contra ele
rola oito requisitos para a legalização do testamento vital em Portugal: mesmo, pai -jeca decisão, em regra, vale conforme o seu grau de esclarecirnen-
a) limitação a pessoas capazes, competentes, maiores de idade e não to ou informação?5m O princípio de autodeterminação do paciente pode
inibidas por anomalia psíquica; b) informação e esclarecimento adequado s ,
por intermédio de um médico com formação técnica apropriada; c) efeito
compulsivo na decisão médica e não meramente indiciário; d) existência de Na Irlanda temos o A dtancc Heatri' core PIux, que incluiu no art. 22.3 o testamento vital.
um formulário-tipo com o objetivo de padronizar procedin-iei-itos; e) possi- Na Frtr'ça, o Código de Etica Médica do 2012, ar-atou-se as dirccties amitidjikç dia parieiit
bilidade de revogação a qualquer momento e sena qualquer formalidade; (art 4127-37).
O
renovação periódica da manifestação de vontade; g) certificação perante um O art. 36 da Código de Deontologia Médica da Espanha (2011), admite que, quando
notário para garantir a autenticidade e evitar influências indevidas na esfera o paciente não puder tomar decisão, o médico deverá considerar a opinião dos responsáveis.
da decisão pessoal; li) criação no âmbito do Sistema de Saúde de nu' R egis- A L ~1, Saúdc Lspai bola da 1984, na carta de direitos e ohrigaçes dos doentes reco-
'ilce direita do paciente de recusar tratarnerita.A Ge,meralitaf da Cata/unha tamiibéni aduii
tro Nacional de Diietivas Antecipadas de Vontade (li ENDAV), para agilizar
e Isso, sc o pacm erre entender que certa terapia possa diminuir sua qualidade de vida ou ferir
o acesso ao testarrierito vital por parte dos profissionais de saúde. sua dignidade pessoal.
A Lei portuguesa n. 25/2012 não só regula as Diretivas Antecipadas de O Côdigo de Ética da Associação Médica Americana dos EUA, admite no art. 8081 a
Vontade (DAV),sob a forma de testamento vital, e a nomeação de procurador adia, iceit direcx !)CS.
de cuidados de saúde, como também cria o Registro Nacional doTesramen- A Califórnia aprovou, em 1977, a t\raruya/ Dcath Act, que reconhece ao paciente adulto
co Vital. A DAV deve ser lavrada perante notário, sena necessidade de teste- o direito de controlar cuidados médicos que lhes possam ser prestados e de dispor sobre uso
ou in rerrupção de procedimento que possa prolongar sua vida, se estiver em estado terminal.
m unhas -
O Peru, Côdigo de Ética Médica 2007, art. 72, admite as diretivas antccipadas.
A Lei espanhola sobre DAV criou o Registro Nacional de Instruções No Uruguai temos a Lei ri. 18.473/2009 que trata da vontade antecipada reconhe-
Prévias, regulamentado pelo Decreto n. 124/2007 que se subordina ao Mi- cendo, no ,,, lis, que o paciente tem o direito de se opor a tratamento e procedimentos
nistério da Sanidad y Consumo. iiiédico, desde que maior e apto psiquicamnente e o faça de forma voluntária, livre e
cotisciemite.
Importante seria que, no Brasil, para maior segurança jurídica e efetivi-
Pelo Enunciado ii. 44 aprovado na Ijornada de Direito da Saúde do CNJ: "o absolu-
dade no cumprimento da vontade do paciente, se criasse um Registro Na- taiiiuute incapaz em risco de morte pode ser obrigado a submeter-se a tratamento médico
cional de DAV que seguisse as recomendações do Registro Central de Tes- contra a vontade da seu representante''.
tamento e que a 1 )AV fosse feita por escritura pública própria, não podendo 511.Paulo Antônio de Carvalho Fortes, Reflexões..., Sioélica, cit., p. 130; Ana Paula
ser inserida no testamento público ou outro documento, por envolver ques- Ltscli e lcariii R. R. Rosa, A disposição do próprio corpo na declaraçáo antecipada de vali-
tões relativas à relação médico-paciente. tade exercício da autonorrria e respeito à diidade. Re'ista de Direito Notarial, 5:55 a lOS;
Flávia V. Assad, Testamento vital, Revista de Direito NoSrial, 2;179-188; Glayds A. E Caltran,
O direito do ser humano â autonomia da vontade gera a obrigação dos lirstainento -vital e o direito à dignidade na vida e na morte, Revista dc Dírcifo Notarial, 4A71 -
demais de respeitá-lo, acatando a decisão tomada pelo titular do direito sobre 96.
seu plano de vida e ação. Esse respeito à autodeterminação fundamenta-se no 512.E-Jarris, Time value, cit.

558
559
2. 5Q), não sendo co-
coo ipeli r o protissiotial da saúde a adotar proccdii 1 icn tos terapéu ricos fút Pela Resolução ti, 1.995/2012 do CEM (art
(JU e ii 50 trazem qualqti er b,oeficac. vi oh ido o princípio da benefi côo cia? nhec!LiaS as diretivas antecipadas da vontade (1 )AV) do paciente, ii ão li avei i do
:oI]io sol'' cionar n 1 ti itO ente o princípio da beiie ficéncia do ii jédi co e o da rcprenta0 te cl esi gnado para tanto, nem fani li ares disponíveis ou se houver
a utono mia da von Lide cio paciente? Estaria o direito do paciente de escolher disse! iço entre paie-ntes, o !nédico deve recorrer ao Co in itó de Bit é t iça da
ou recusar trata niei] Lo li liii LI do
pelo direito-dever do ni édico de p] -atica r a ição, e lia falta deste, à Cm ii issão de E-Ir i ia b4ôd 1 c a do hosp ! til 01! .10

iedi cio;' de lornia responsável ? O testai lWi to vital teria tbrça - o ridi cl para 0nçe1 ho [te gi Una! e Federal de Medi ci!] a pala Lo !i di!n ei !ta r sua de cisã ti
- ti irar a ii] ci tude de ti 1 ,to inédi co, que i-Lt ir-e ' -ida de paciei ice to svgmr ele sobre coyl itos éticos, qua ido ente! der esta iii cd! da i ecessã ria e co! ve 1 ie n-
disposto? A não n'ali zaço de ti iii terapia por força do testa' i lento vital, i ão te. Serifl lícito, pelo ordti Li me!ito j rídtco. q L! e ó rgão Co legiado decida sobi
se ria uma otiussão, rolHo a prevista no Cl' a rt. 13, 22, 1? saúde, vida ou 'norte de alguém cm estado ter!]] """a'?
O paci cii te te!]] direito de opinar sobre o que se lhe apresenta com o
beneficio. 'lias O ii iccilco deve decidir quando o tratamento
ICli to é fútil, ou não,
iz.f) Perspectiva humanista como tendência atual da bioética
baseado ciii seu conheci nen to sobre os efeitos da terapia e de seu prov;vel
e do biodireito na solução de problemas ético-jurídicos do
etc sobre a qualidade de vicia do doente.
te. Ante La' nos conflitos, o médico
morrer com dignidade
cl eve, à, vezes, assunur o encargo de moderador de tetisões, decidindo eu) que O ritmo acelerado de inovações tecnokg!cas das últimas décadas ria
ci Iv Lii)stãnciasa vontade do paciente deve prevalecer. Com o se v& ,aau tono, fia seara clii !nedici ia trouxe tini grande poder de intervenção sohi'e a viii e a
deste, por i ão ser uni d leito absoluto, pode conflitar com a do ii édico, que- norte. rquerc ido, diante da denúnc'i.r ci e abusos efetuad os pela expc ri me!] -
por azões éti co-j urídi ç,is, pode op r-se ao desejo do doente que req tiet por fl CSt Li-
taÇão bi o,iiédica em seres hui i lanos, titii a reflexão bio ética ou seja, ti! -

cxeliiplo,a prirLca da ct!t.!Jlis!a Coniti lica 1 aLItOflOflhi;i da vt,iitadc do iiôdico? do siÇtt'i!!atico cli, colnportanle!itc) liti!ii;iiio 11,1 áre.i das c'iencias da vi.l.i e tios
Pela Resolução ii, 1.995/2012 do CEM. art. 22, § 22 : 0 médico (lei- cuidados da saúde, sob o pr 5 lia axiológic o. pari bt isca r a i elhor ia di d] ti

xar5 de levar em coo si dera ç o as diretivas antecipadas de vontade do pacien- lidade de '-ida do ser hu man o e despertar cajt - ci ôncia para a que se deve
te cui represei i Li nte que, com sua análise, estive tem em desacordo com os fazer, o que se pude fazer ou para o que deve ser considerado pri oritá rio 5 -
preceitos ditados pelo C ódigo de Ética Médica". Isso requer que a política da saúde, orientada para a for fiação de médicos,
advogados, juristas e profissionais do direito, esteja voltada aco' i sagra çã o de
É direito cio médico, pela cap. lI, n. IX, do Código de Ética Médica.
Princípios ético-jurídicos conipronietidos com tina prática mais hti iii a ii ista
recusar :i realiza ç'S o de atos médicos que, embora per mi udos por lei ou por
dadc' hunia na,
e consen t5 nea com o respeito à dignidade
Resol Lição do Cl M, sej ai contrários aos ditame, de su .1 Consciência. Logo,
pelo bom senso, deve o pn ,fi ssiona] da saúde concluir, sempre, que o trata- Se a hi oética 5 é o estudo da moral idade da conduta ii tui ia ia ii ai'e:I tias
iéncias tia vida, o ético poderia subordinar-se às novas tecnol gias ci cii tí ficas?
me!) to for indispensáveL estando clii jogo o interesse de seu paciente, pela
prática de todos usa tos terapê uticos que sua ciência e consciência impuserem.
Trata-se do direito à objeç5o de consciência, que, baseado no principio da
autonomia da pessoa, implica, por motivo de foro íntimo a isenção de uni A reicn iria jr tíSico -pcua 1 da decisat de con.ii'hirii.
coicc, Paris, 1 975.
dever gera] e a recusa a uma ordem ou comportamento imposto s ".
5 15, c:lotet. Por c]t!C hioética?. Biohica. /:1 -9; Uioética tc,i,io ética aplicada e ge:c iça,
B,,,hjça 5:l7383; Engelli.irdt, Bioedüc- and secular í,j,,natrisi,,- fite çiarcix fry a ci,t,i.i,on iji',.iify.
t.oidon.SCA,I Press, 1991 are. L'y,ar o,, bioetJ/cs,Ox&rd,CLire,,don Pres,. 1993:Vi, l<e,
511 ])rane ( :i!elian,'fhc co,iccpt offutiliry: patitiirs do not Filve a riglit tu deti,aud se 'der Po (ter. B,oeihicc.- bit dir ,o H., fr, .rc. 1971, 11 ..u1 S cho rim is, Re.ipoi tsi tile '1110 li Ci? CO
-

inedirdlv t,seiess Lre:,(ii!cru, HniI'/i I'm'rcs, 7428-32. ltiteress.uiiteé a nater!, 'O direito de r,'nsrinit;ousfrn'do,n: a ,r!a,kud approaci ri' lhe n'edical e,olui,ii,i iii ('nucal perspr(fi'c, p 1 69- 74;
escolher', de Adri-aim 1), Iopcs e N,itilia Cuiiittiale. publicada Tia Rciui Ija, 13-9-2012. p- ri ei Marc ci !>n_ç ít io ris approcltcs iotu crèl es di i ,ii ys rrc um (o loiq c. 1991; E O na nu eI 1_é'
-

98 a 106 Vde Lucia'., 1 ).idalto, I)ire;ivas aI,CCCIpadaS da vontade e o pr!iicLp!o da solidarie- ii,ialiré er infli -. ai sri, 1 cx te rio yitd 1961,
dade Íauiilur. Reri,ta Síi,iuçe— f)xr<,r,, de Pai/tia - 7891-1(1(1. 516Aidrcw Varga, jdiln,zi da bii ,é',ra, 1982; (Ioter,Bio&t,e,,. desabo t' .ittiaiidadc,
Autnio DILiiisceuo Corre,;. O direifo objeqao dc conscinci. Coimbra, 1993 p-
51 '1- 'o. 159:351-66; Cracia, Fte,,diic,los de i,io.tira. Madr,d, 1989; Bcaiicliaziip e Cliildress, Pr11c111e3
12 e 19:'Çva1t11 Gtiest Keiiogs, rue ,Iiçr/eiifi< Iiii ohjfftcr, Ncwvork. 1970.Augusto S,iv 11,11, ediral cl li es ri t - , p 67 1 9; S greco ii Moi mie di nica: asj,nti edico-—ia li, Mil a o o. 1» ii -

560 1 56]
Os critérios de decisão a respeito dessa questão dependerão não só do previstos em "testamento vital". A provocação da morte não tem qualquer
Poder Legislativo, mas também da valoração vigente na sociedade atua] e (los respaldo jurídico, e a autorização para não se tentar qualquer manobra de
grupos científicos, O direito só deve aceitar as descobertas científicas que uo ji naÇã0 e deixar passivamente que o paciente terminal siga seu destino é a
contrariem a natureza do ser humano e sua dignidade A ciência deve ser o crctaçãO da sua morte. A disponibilidade da própria vida não pode ser tole-
mais poderoso auxiliar para que a vida humana seja cada vez mais digna de rada como uni direito subjetivo, por ser a vida um bem indisponível. Se ninguém
ser vivida. Logo, nem tudo que é cientificamente possível é moral ou juridj_ é dono de sua própria vida, como pode sê-lo da de outrem, praticando euta-
camente adiri A bioética não pode ser separada da experiência cfeciv násiai m\4esnio com anuência prévia e expressa do doente em estado terminal,
dos valores "vida", "dignidade humana" e ''saúde", que são inestimáveis. Daí ou de Seu responsável, para remover aparelho de sustentação de sua vida, o
ocupar-se de questões éticas atinentes ao começo e ao fim da vida humana médico não teria a obrigação de conservá-la, com o mínimo de sofrimento
Uma reflexão mais profunda leve-rios a concluir que a função da lia_ possiVel, diante do deverjurídico de socorro? Não se pode aceitar que o pro-
ética e do biodireito, ciência que visa estudar a vida juridicamente e tudo o fissional da saúde tenha o poder de controlar a vida de pacientes Deverá o
que com ela estiver relacionado, é reerguer a prudência ou sabedoria prática médico esforçar-se para prolongar o quanto possível a vida do doente, mas sem
que é urna virtude intelectual (dianoetiké incllectualis) 517 Por isso, é preciso
.
alterar, de forma inaceitável, a qualidade da vida que lhe resta. Deve humanizar
que o Legislativo e o judiciário ajam com prudência objetiva, ponderaçã o e a vida do paciente terminal, devolvendo-lhe a dignidade perdida.
bom senso, rejeitando tudo que for manifestainente contrário à natureza da A medicina deve ter a humildade de não tentar, obstinadamente, vencer
coisas e dos homens, à vida humana e seus hurices, aos valores sociais e aos da o invencível, seguindo os passos do paciente com mais sprit definesse, orien-
personalidade, possibilitando ao horneni urna existência digna compative] tada por nova ética fundada em principies sentimentais e preocupada em
CO]li 1 sociedade entender as dificuldades do final da vida humana. Tal ética é imprescindível
Não se pode recusar humanidade ao ser humano em coma profundo. A para sri prir unia tecnologia dispensável`
vida humana, por ser um bem anterior ao direito e superior à liberdade de Estamos convencidos da Emnitude da vida e de que sem amor, sem urna
querer morrer, deve ser respeitada pela ordem jurídica. Não há o direito de palavra amiga, sem esperança, sem generosidade e sem alegria a própria vida
uma pessoa sobre si mestria"'. A vida não é o domínio da vontade livre, pois é uma morte viva Sabemos que a lei não pode resolver todos os problemas
exige que o próprio titular do direito a respeite. Sua proteção, conlojá foi sa- polêmicos aqui apontados, por serem tidos corno um iceberg disfarçado de
lientado, está consagrada na Constituição Federal em cláusula pétrea (art. 32, tensão social, irias apenas controlá-los,reduzindo-os,sem contudo eliminá-los,
caput) que repete qualquer ação ou omissão contra a vida. Se o direito à vicia é propondo solidariedade humana e maior cuidado espiritual ao paciente ter-
inviolável, o ordenamento jurídico não pode aceitar a eutanásia (ativa ou pas- minal, respeitando sua dignidade como ser humano, auxiliando-o a exercer
siva), irem o suicídio assistido, sob pena de inconstitucionalidade, ainda que o seu direito a uma morte digna. Gostaríamos de enfatizar que, nesse estado
de coisas, urge a edição de normas mais humanas e eticamente aceitas que
acompanhem os avanços da medicina, apontando critérios para que o mor-
517.Ansrôteles, Ética a Nicô,naco, E, 13,1103 a 4-10. rer dignarnente seja uma realidade.
51 8-A ética da sacralidade da vida faz uso do discurso paranético, unia vez que exorta A autonomia científica dever5 terminar quando estiver em jogo direito
para algo que já é conhecido e, intelectualmente, claro. A vida é unia propriedade de Deus, de outrem, pois há prioridade da pessoa humana sobre qualquer interesse da
dada ao homem para que ele a administra Logo, o ser humano ncnhu'ii direito cern sobre a ciência, que somente terá sentido se estiver a serviço do homem.
própria vida ou sobre a vida ajheia. No campo pra 1 ,fli defende-se essa sacratmdade (Pessini,
Disranásia..., Bicéxica, cit., p.35) Para a ética cientifica da vida, ela é um dom recebido, mas
colocada â disposição de quem a recebe, que deve valorizã-la qualiracivamente Nesse campo
pra chofre, defende-se a liberdade de escolha na busca da qualidade devida (Walter e Shannon. 519. E a lição de Ge'iival Veloso de França, Eutanásia..., Bicética, cit., p. 71; Carlos Au-
Quality af lífe; toe new medical dilema, NewYorlc, 1990). Vide Ernesto Lima Gonçalves, Siruaçôes rélio M de Souza, Há urna "liberdade de morrer"? Direito à vida ou direito à liberdade, 7i-
novas e novos desafios para a bioética, Bio/rtica, 2.13-4. hmma da séagistrnwra, dez. 1998.

562 1 563
13. EXPERIÊNCIA CIENTÍFICA EM SERES HUMANOS gtierra prisioneiros ei uneses Ibrani iii íec tados coiii bactérias causadoras de
P
,,,, bubónica, antraz, febre tifoidc e cólera e, depois de doentes, expostos
13.a) Pesquisa com seres humanos e seus problemas
a vivi ssec çõ es sem ai estes ia - Nos Estados Iii udos. is Forças Aclaradas, dii--
Ki..ut, 22 da 1 )eclara çEio U i i venal dos Direi Los l-lu lua los a ser, rida a do Golfo I'é r,i co, api i carani ciii seus sol da dos aci ias expe-
ratate 11 C Lie ri-
de social étini direi te de todos, por assegurar urna viciacondigna (:oiise_ ritil e li tais, coiro a pi ri d osti gui iii e, pala prevc i çã o e Era tameri te de ii ci] óstias
ei irem ei te, todos os profissionais da saude devem z dar pelo, seus dcc arte nte 5 cIo 's. cl e ar ia Is qu [ilai casa !, e, além disso, sol dados tora iii
(es. 1 )i ai, te dc'sa obrigação ético-Jtirídica. e iii boa liola se deu em nosso país .idos para loca is de teste de boi a bas ato nucas logo após as ex pI osô es;
aprovação das 1) iii' (rizes e Nor' ii as Regia lati tentadoras de Pesquisas em idoso' doentes, em 1 963, no l 1 ospital israelita de doenças crônicas de Nova
S, ,,s 1401 ii ai los, através da li esolução do Conseil ao Nacional de Sa (ide (C NS) lo rqu e, cc ceh e ram e 61 ti las ca......... vis-as-, cri aiic is o,otdada, iii' li tais
ri 1 A6, de li, de outubro de 1996 (hoje revogada pela Resolução (:Ns entre 950 e l970.u. 1 iospi tal estatal ti e Willowbrook (Nova l o rque) , Ibra ii
466/2012) estabelecendo padrões de conduta para proteger a integrid a d e subjiic ri das ri &i e ias q , 1 11,1 111 se 11 , 11 in] etara, li O virus di hepit i te e.
.1 CX pe

tísica e psíqti ci, a sa (ide, a dignidade, a liberdade, o bei i,-esrar, a vida e os o egros sifilíticos, pobres e a naifabe tos servi rai ii de cobaias
entre 19321 1972.
direitos dos envolvi dos ei n experienci as cien ti Ficas, atei idendo-se à advertên- estudos sc,bre a progressão da doei iça seita t ra tamen to li éd i co; na dec a-
cia de CIau de Bern a cd sie que 'o princípio da r 'oral idade n &d iça e ri ríi rgi- da de 50, indis is n avaj is forai n empregados eni niiri as de o râ ilio; e desde
cd co i Isiste e ii olote , eXCcut,ir no ferre... tini , experiência que possa pra- 1944 o Pcn t gono (eni feito pesquisas com ni a ter ial ali i oa tivO clii seles
dii za r- 1 ie iii.'] eticio, ii LSliiO cti e o resultado possa Ser a] la iii e ii te van t,ij uso liuniailos, principalmente ciii deficientes mentais, iniiiistrando-lhes riiingau
pala i cién ci a - isto é. para a saúde de ou trem' - Ii od cri ia mel (e no Brasil, a de aveia coo ia iiii nada con a isótopos ra ti iciativos. Na Austrália, entre 1947 e
ICCSOILIÇiO CNS ri 466/2012 raça as diretrizes e normas regulaineniadoras 1970. cri a, ças pobre, e ii Ilios ck iiães solteiras ro ra 01 subi i cri dos a testes de
J, pescj Lii sa 5 d] 1'-" '''ei do seres iiti iii ii os. sIcIl1as de cot1ileiuche, gripc,lierpes et( - No ]raqtic,niilliares de 1 , 1 isiol}eIi-O5
(;lu ide é i preoc LI ia cão iii LiTidial coto tais i ]tn.i5 elil decorrência do co rdt is servira ni a testes ind iv i d tI lis cii' ar n as q Li inlit is e bac teriol ôg 1
cri ori i e risco ciii e acar vram pari participa rues e das questões ético ju,idico sendo ai narra dos a estacas e alvejados com bom tias rcc Ii eadas de ulistã i eia
levali tada s pela api icaç-i o de testes em larga escala de vac lias e in cdi camei aos a rinazelia das ciii laboratórios, e a é ii disso, em e xperi ên ci as de poro li orror,
e por ex perien ciis bioi ii édicas envolvendo grupos populacionais Vulneráveis, militares i raqu i au os despej aran, o conte ti do de seus arsel ais de ar mas
visto serem o (ou'. Iii ei o de -acesso a tratamentos novos que possalli, prevenir nicas l,tao sobre aldeias do C ti rdistào. d zinu ido a população. Na A fii ca
ou clii ii nar de ter"' i nadas moi éstias e inc-apacidade. O p r inleiro Código In- do SuL b.,oe desenvo]va in coto de inicio -orga 11151 ii OS li ianipulad os eni I;i --
ternacional de i rica para pesqti k.s com seres Ii ti "anos fui o de N tireniberg. boratór i o que esterilizasseni a população negra. mas não ,u branca, apoi ii a n -
pia bi ic ido clii 1 o)47, eir reposta às atrocidades e experi ii L entações i nicj Lias do para LI in novo capitulo ria h istór ia das ar mas de grei ia o arsen ai gere-
praticadas por li iédicos nazistas cor i iaridados por Josef Meiigelc, nos campos de ti,. No Brasil rei i -. se ii 'ri cia de a ph c açã 1 elo iii LI li eres de anti eoi icepc i o-
conceri tração, durante a Segunda Guerra Mundial, princi painiei Ite e, , A Ii ais No rplali t IZ. e Norplan t tI, media ia w injeções su bc LI t neas, que II es
chwi tz, onde fora," sacrificadas i ri ti nacras vidas, inoculando-se propositalnien - causaram grande sotrinicnto 51 -
te ifil is, gon ococos por via venosa, tifo, células - cancerosas e vírus de toda
O Código de Nurenaberg (1947) estabeleceu padrões de conduta cio
Sorte nos prisioneiros, corii o objetivo de curiosidade científica; efetuando-se
procedimentos éticos a serem seguidos cita experiências científicas com seres
esterilizações e experiências genéticas com o escopo de obter unrn raça supe-
ri or; provocando-se queii jaduras de l e 22 grau coiii compostos de fósforo,
in istrai uio -se doses de si, hstânc ias tóxicas para -ave' itzuar expenniei i talnien te
52i1 . Sérgio Fc,rn. Maniptthies b,oIíciias, cit-_11 43
os seus eki (os; deixando-se de tratar pacientes si faliucos ou mulheres, com lesões
pré-cari ceros as cio colo do útero para analisar -a evolução das moléstias etc 521 Genival Vdoso dc França, Diveifo nréd?n', ciL, p 322; AmrLoii Selig,ii;u'_ Cobatis
E1u'ii,'iias. I1-jr, 28-7-1999, p 100-1;Terez.r Itodrigtits Vielr.. fl d e direito. cit 1 IH-9:
É preciso esclarecer que a Alemanha não Foi a única nação que reali- Francisco Vicir., ['nu Nem. Iti ov.içoc LcglI.iLIUas conira a cIIcl,i1i'l1açJo gcn&tica: nOLÍCL-i
zou expe ri iii co Los Li esu 'na" os e atrozes, tratando seres hu ni a nos co i io gado sobie Js experténcias de I'ortugal. Estados Unidos 311h0 Europeia, R, ia Bra4!rirri dc Di-
ci es ti ri ido ii, ina t;iclo Uro ou ratos ei n laboratórios - No Japão, dii ra "te a rijo Co,,t;,a,irIr, 3S:33-42-

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humanos, dando ênfase ao consentimento livre do participante e vedand o como se poderia ter certeza de que os benefícios da pesquisa serão maiores do
pesquisa que tenha objetivos políticos, bélicos ou eugênicos.Anteriorm e1 que os riscos? Que medidas devem ser tomadas para proteger a privacidade da
em 1946, a Associação Médica Americana, por meio do Comitê Méd ico
p essoa que está submetendo-se á experiência científica? O sacrifício de unta
Americano para Experiência de Cuerra,já havia fixado três princípios que pessoa em beneficio da humanidade seria legítinao juridicamente? As vantagens
deveriam ser considerados em tais pesquisas hioniédicas: o do consentime n trazidas para o progresso da ciência e para uni agregado humano advindas de
to voluntário do experimentado, o do consentimento prévio dos riscos da pesquisas não terapêuticas revestir-se-iamim de licitude?
pesquisa cm animais e o da execução, proteção e acompanhamento luético
na pesquisa. A Associação Médica Mundial, em 1949, publicou o Código 13.b) Princípios ético-jurídicos da experimentação científica em
Internacional de Ética Médica, que contém a norma de que ''qualquer ato seres humanos
ou conselho que possa enfraquecer física ou moralmente a resistência do ser
A pesquisa biomédica que, individual ou coletivamente, envolva ser
humano só poderá ser admitido em seu próprio beneficio". Apesar de ser
humano, de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou em parte, incluin-
omisso na disciplina da experimentação cientifica, deixa claro que ela apenas
será lícita se feita em favor do experimentado. do o manejo de informações ou materiais, tendo por escopo fins terapêuticos
ou de prevenção de moléstias, reger-se-á por princípios consignados na
Todavia, na verdade, foi em 1964, com a Declaração de Helsinque, que
Resolução CNS n. 466/2012321 pelas Diretrizes Nacionais pai -a hiorreposi-
se aprovaram 'jornas disciplinadoras da pesquisa clínica combinada com o
tratamento, diferenciando-a da experimentaç5o não terapêutica. A partir dai
surgiram acordos internacionais e leis cm todos os países apontando diretrizes
32 1 . Tal Resolução teve por pardixietru os segui ites docutaienros relativos às diretrizes a
e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, por ge- ser,:iii seguidas nas pesquisas r.ienríhcas que envolverem eres humanos: Código de Nureinherg
rarem questões de alta indagação e de dificil solução: corno assegurar os direi- (1947); Declaração dos 1 ),reitos do }-{olne,11 (1948); Declaração de I Iclstnqtie (1964) e suas ver-
tos e obrigações da comunidade científica, dos sujeitos à pesquisa e do Estado? sõrs de 1975 (I'óquio), 1983 (Veneza), 1989 (Hong-Kong;Acordo Internacional sobre Direitos
Como diminuir a possibilidade de dano fisico, psíquico, social ou cultural Civis e Políticos (ONU, 1966); Propostas de Diretrizes Éticas lorernacionais para Pesquisas Rio-
indicas Envolvendo Seres Humanos (CIOMS/OMS 1982 e 1993); Diretrizes Internacionais
decorrente de pesquisa em ser humano? Qual a responsabilidade civil do
pira Revisão Ética de Estudos Epidemniológicos (CIOMS, 1991); CF/88; Código de Defesa do
pesquisador pela realização da pesquisa e pela integridade do experimentado? Constiohidor; Código Civil; Código Penal; Código de Ética Médica; Estatuto da Criança e do
Seria ela objetiva ou subjetiva? Quem responderá pelo dano tardio ao indiví- Adolesectite; Lei C)rgànica da Saúde de 1990; Lei n. 8.142/90; Decreto n. 98.830/90 (revogado
duo ou à coletividade oriundo da pesquisa biomnédica? Como obter consen- pelo Dcc 5/ir. da 15-2-1991); Decreto xi. 99.438190 (revogado pelo Dcc. n. 5.839/2006); Lei
timento livre e esclarecido do sujeito da pesquisa? E se ele não tiver capaci- 8.501/92; Lei ir 8.974/95 (ora revogada pela Lei n- 11.105/2005); Lei ir 9279/96; Decreto ii.
4143/2002 (revogado pelo Dcc. n. 4177/2002), que regulamentou a Lei n- 10.332/2001, na
dade para anuir, seu representante poderia fazer isso por ele? Se houver alte-
parte que institui mecanismo de financiamento para o Programa de Fomento à Pesquisa ciii
ração no estado de saúde, o consentimento esclarecido e voluntário deverá ser
Sjõde.Alérn disso, em nada conflita com a Lei n. 9.434/97 ¼de Resolução CNS n 190/96, que
renovado? Unia vez dado tal consenso, em caso de arrependimento, comam revogou a Rirsolução ir 1/88, e Resoluções CONEP n. 251/97.292/99,303/2000 e 304/2000;
revogá-lo? leria ele liberdade de retirar seu consentimento a qualquer tempo? Convénio ICMS 9 de 30-3-2007, do CONFAZ, que autoriza os Estados a conceder isenção do
Como acatar o consentimento livre e esclarecido se o paciente retido ciii ICMS nas operações internas e inrerestaduais e na importação de medicamentos e equipamentos
hospital tiver sua capacidade de decisão afetada por alguma emoção? Poder-se-ia destinados a pesquisas que envolvam seres humanos, inclusive em programas de acesso expandido.
fazer experiência científica em caso de vulnerabilidade, ou seja, na hipótese Compete ao CFM não só editar normas para definir o caráter experimental de proce-
dimentos em medicina, autorizando ou vcdasido sua prática pelos médicos, corno também
de pessoas ou grupos que, por qualquer motivo, tenham sua capacidade de
fiscalizar e controlar tais procedimetitos e, ainda, aplicar sanções nos casos de inobservância
autodeterminação reduzida? Deveria haver Comitês de Ética em Pesquisa para das normas por ele determinadas (art 72, parágrafo único, da Lei n. 12842/2013).
a defesa dos interesses daqueles que se submeterem a unia pesquisa biomédi-
A Resolução ti. 466/2012 do CNS aprova diretrizes e normas regulamnentadoras de
ca, no que atina à sua dignidade corno ser humano e à sua integridade? Ha- pesquisas envolvendo seres humanos.
vendo qualquer dano, qual seria o montante indenizatório? Deveria haver
Pela Resolução Normativa n. 211/2010, art. 16, S 1, 1, há exclusão de cobertura de tra-
compensação das despesas decorrentes da participação do sujeito na pesquisa? tamento clínico ou cirúrgico experimental (Lei n. 9.656/98, art- 10,1), que empregue produtos

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É garantida a liberdade de consentimento de pessoas que, apesar de A licitude da pesquisa não está no consenso, mas na necessidade e legi-
adultas e capazes, estão em condições que lhes reduzem a autonomia de
timidade da experiência em prol da vida e da saúde 523 , O Comitê de Ética,
vontade por estarei-ri, direta ou mdi etamentc, sob a influência ou subordin a
cão do pesquisador (Código de Ética Médica, art. 105) ou de autoridade s
tais como: niilirares, empregados, presidiários, estudantes, internos cm centros 523- C;enival Veloso de França, D,reuu medico, cit., p. 378-85; Expersencias cientibras no
de rcadaptacão, asilos e similares, pois têm o direito de participar ou uàca da ho nlein,±4MB, n, 670; Alcântara, Dez ncoloqía e díceoloRia, São Paula, 1979. Na Universidade
experiência biomédica seu' que haja qualquer represália em caso de recusa feder de São Paulo estão convocando depeiideiitcs em cocaina pai -a participarem de unia
pe sqLiisi que dura três meses, baseada lia ingestão, em sessões quinzenais, de tini cotiipriiiiido
Pai -a efetuar qualquer pesquisa em membrosibros de comunidades cultu ra l- c hamado Topiramato, que tem produzido efeito positivo no rntarnenro do alcoolismo. Portaria
mente difei-enciadas, como as indígenas, imprescindível o consenso prévio de 298. de 21 do nurço de 2013. da Secretaria de Atenção à Saúde, atualiza os protocolos de uso
seus líderes, não se dispensando qualquer esforço para obter a anuência do da lalmdamida no tratamento da Doença Enxerto contra Hospedeiro e do N-I,elonia Múltipla
Em São Paulo, uni médico (Dn Ricardo Cohen) ena realizando, experinmentalnienre,
pesquisado. Isto é assim, porque é vedado ao médico "realizar pesquisa cm
a cirurgia iricretimca, para melhorar a secreção da insulina de portador de diabetes tipo 2, e
unia comunidade sem antes informá-la e esclarecê-la sobre a natureza da outro, em Goiânia (Dr. Áureo L de Paula), uni procedimento chamado de freio neuroendó-
investigação e deixar de atender ao objetivo de proteção à saúde pública, crino, interpondo um segmento do ileo para unia área mais próxima do estômago, cana o
respeitadas as características locais e a legislação pertinente" (Código de Éti- escopo de auniientar a producão de incretinas no tratamento da diabetes tipo 2 (Lola Peléx,
Cirurgias inéditas iratini a diabetes tipo 2,]onial da vardc, 6-1 -200S, p. 7-A).
ca Médica, art 103).
O mal de Parkinson pode ser vencido por urna nova terapia deseriolvida na Alenianh a,
Se for impossível conseguir o consentimento livre e esclarecido do mm iedante implante de células, produtoras da substância dopamina, no cérehroTais células são
envolvido na pesquisa, essa circunstância deverá ser documentada, bem como transplantadas de outros ôrgãos, p e,c, da retina; logo, só é passível por meio de doação de
olhos (hrtp//www.dw» worldde/hraz11/0,3367,71 15-A).
os iiiOtivos da impossibilidade, sendo que a experiência só se dará se houver
C ientistas espanhóis deco(treio vacina conrra mal de Alzliemnwr.
parecer favorável do Comité de Ética em Pesquisa
Flora News noticiou (12_11 -2014) que, hoje, cientistas conseguem derccrar câncer de
Pesquisas em pessoas com diagnóstico de morre encefálica apenas po- piilnião por nielo de uni smniples exame, antes de surgir nódulo no ptilmiiâ, e podem erradi-
derão ser realizadas mediante atestado de óbito, anuência expressa dos fami- car a moléstia.
liares ou manifestação prévia da vontade do falecido, respeito à dignidade Fã noticia de que vacina contra dengue vai ser testada em ser humano,
humana pois no poderá haver mutilação do corpo, ausência de ónus finan- A Folha de S.Paulo (MarianaVersolaro.Aparelho identifica causa da pneumonia -8-3-'
ceiro adicional ã família e de prejuízo a outros pacientes que aguai-deni tra- 2011, p 10) noticia que urra aparelho desenvolvido nos RUA filtra ar que sai dos pulmôes no
paciente, ao tossir em seu bocal, e detecta rtucro-organisino responsável pela doença, que só
tamento ou internação e necessidade de obter conhecimento científico novo era identificada em até 40% dos casos da infecção
que não poderia ser conseguido de outro modo. O paciente
Essas pesquisas biomédicas devem ter finalidade terapêutica; logo, rijo tosse no tuba -
As panticulas do - - --
podem ser feitas em pessoa sadia (Código de Ética Médica, cap. 1, n. Il,Vl, arts.
puInso f'camii - --
99 e 105) Também não é lícito e admissivel que o próprio cientista faça expe- prea5 no filtro -- -- -,
rimentações em si inesnio. Isso é assim porque essa prática expõe o indivíduo a
perigo grave e iminente para a sua vida ou incolurnidade pessoal. A pesquisa
somente pode ser levada a efeito em doente para atender a seu próprio interes-
se, enfrentando um mal que coloque sua vida em 'isco, numa tentativa de salvá-la, O haUo recebe o ar
restabelecer sua saúde ou pelo menos aliviar sua dor ou sofrimento (Código de
Ética Médica, cap. 1, n.V[ e XXIV). Pasteur estudava a vacina aiitirrábica ciii
animais e não hesitou ciii aplicá-la pela primeira vez no ser humano quando
encontrou um garoto mordido por una cão raivoso. Sua atitude foi lícita, uma
Tal aparelho denomina-se Pneumonia Check e leva a um tratamento mais personalizado,
vez que teve por único objetivo tentar salvar sua vida, no que foi bem-sucedido. co iii arriares aritibiô tico.

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q) Garantia de que as pesquisas cru comunidades, sempre que Possível, b) o anonimato em quaisquer formas de divulgação das informações ou
traduzir-se-ão em beneficias cujos efeitos continuem a se fazer sentir após resultados associados ao material biológico humano utilizado;
sua conclusão. Quando, no interesse da comunidade, houver beneficio real c) a retirada do consentimento, a qualquer tempo;
ciii ir] centivar ou estimular inudanç as de c ostu rn es ou conaportaniento s
protocolo de pesquisa deve incluir, sempi-e que possível, disposições para d) a designação das pessoas que poderão ter acesso à sua informação
comunicar tal beneficio às pessoas e/ou comunidades (Res. CNS n.466/2012, genétin. em caso de óbito ou condição incapacitante; e
Seção 111.2, O• e) o acesso às informações sobre as finalidades do arniazenamento, iii -
r) Comprovação, nas pesquisas conduzidas no exterior ou com coope- cluindo seu responsável, os riscos e benefmcios potenciais, as garantias de
ração estrangeira, dos compromissos e das vantagens, para os participantes das q ualidade da conservação e integridade de seu material biolôgico, bem corro
pesquisas e para o Brasil, decorrentes de sua realização Nesses casos deve ser as medidas para garantir a privacidade e a confidencialidade (Portaria 1].
identificado o pesquisador e a instituição nacional, responsáveis pela pesqui 2.201/2011, art. 8).
sa no Brasil. Os estudos patrocinados no exterior também deverão responder A proteção dos direitos dos sujeitos da pesquisa, em particular a confi-
3s necessidades de transferência de conhecimento e tecnologia para a equipe deiicialidade dos dados e a conservação adequada do material biológico
brasileira, quando aplicável e, ainda, no caso do desenvolvimento de rimas hwnano armazenado, cabem ao pesquisador e à instituição responsáveis. O
drogas, se comprovadas sua segurança e eficácia, é obrigatório seu registro no sujeito da pesquisa deve ser comunicado sobre a perda, alteração ou destrui-
Brasil (Res. CNS n 466/2012, Seção 1I12,p) ção de suas amostras biológicas ou da decisão de interrupção da pesquisa,
s) Consideração, nas pesquisas realizadas em mulheres em idade fértil ou cii quando for o caso, como também sobre o fechamento ou transferência do
mulheres grávidas, da avaliação de riscos e beneficies e as eventuais interferências biorrepositóriO ou do bico, anco (Portaria n. 1201/2011, art. 92).
sobre a fertilidade, a gravidez, o embrião ou o feto, o trabalho de parto, o puci-- Pela Portaria ri. 2.201/2011: ''Art 17. O biorrepositório deve estar
pério,a lactação e o recém-nasctdo (Res. CNS ri. 466/2012, Seção 111.2, r. vinculado a una projeto de pesquisa específico, previaniente aprovado pelo
t) Consideração de que as pesquisas em mulheres grávidas devem ser (:El' (Comitê de Ética em Pesquisa) e, quando for o caso, pela CONEP
precedidas de pesquisas em mulheres fora do período gestacional, exceto (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa)". Dispõe no art. 18:0 sujeito da
quando a gravidez for o objeto fundamental da pesquisa (Res. CNS n. pesquisa deverá ser contatado para consentir, a cada nova pesquisa, sobre a
466/2012, Seção 11l.2, s) utilização do material biológico humano armazenado em biorrepositório,
u) Garantia, para mulheres que se declarem expressamente isentas de formalizando-se o consentimento por meio de TCLE específico" E acres-
risco de gravidez, quer por não exercerem práticas sexuais ou por as exerce- centa no parágrafo único: "Quando fiindanientada a impossibilidade de
rem de forma não reprodutiva, do direito de participarem de pesquisas sem contato com o sujeito da pesquisa, cabe ao CEP autorizar, ou não, a utiliza-
ouso obrigatório de contraceptivos (Res. CNS n 466/2012, Seção 111.2, o. ção do material biológico humano armazenado'.
v) Ijescontinuidade somente após análise e manifestação, por parte do O material biológico humano é o sujeito da pesquisa, cabendo à insti-
Sistema CEP/CONEP/CNS/MS que a aprovou, das razões dessa desconti- tuição sua guarda e ao pesquisador o seu gerenciamento (Portaria n.
nuidade, a não ser em casos de justificada urgência em beneficio de seus 2.201/2011, art. 20)- Pelo art. 21: "O prazo de arrnazenamento do material
participantes (Res. CNS n. 466/2012, Seção 111,2, vi, e SeçãoVIl.l a 6). biológico humano em bioirepositôrio deve estar de acordo com o crono-
São direitos do sujeito da pesquisa que devem, obrigatoriamente, cons- grama da pesquisa correspondente e atender às normas vigentes do CNS".
tar no TCLE:
Prescreve o art. 22 que, ao final do período de realização da pesquisa, o
a) o acesso gratuito às informações associadas ao seu material biológico material biológico humano armazenado em biorrepositório pode:
humano armazenado; às informações obtidas a partir do seu material bioló-
gico humano utilizado; às informações genéticas conseguidas pela análise de a) permanecer armazenado, se em conformidade com as normas perti-
seu material biológico humano usado, inclusive aquelas que implicam riscos nentes do CNS;
para doenças não preveniveis ou riscos familiares e ao aconselhamento ge- b) ser transferido formalmente para outro biorreposirório ou hiobanco,
nético, quando aplicável (Res. CNS 466/2012, Seção 111.3, de d. 1); mediante aprovação do CEPs das instituições envolvidas; ou

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a) Consentimento pós-informação individual, que é o acoido feito por tiver conheci nento adequado dos fatos relevantes e das consequências da
escrito, mediante o qual o sujeito da pesquisa ou, se for o ca so, seu represen participação e suficiente oportunidade para considerar se deseja participar;
tante legal, autoriza sua participação na experiência científica, por ter pleno obter, como regra geral, de cada possível participante um formulário assina-
conhecimento da natui-eza dos procedimentos e dos riscos a q ri e se stibnie. do, como prova do consentimento pós-informação e renovar o consenso
terá, com capacidade de livre-ajbítrio e scni qualquer coação, intiriiidaçào ou ôs_irmformaÇão de cada participante se houver mudanças importantes nas
influência indevida. Tal co nsens o baseia-se no princípio de que os iii divid tios c ondições ou procedimentos da pesquisa.
competentes tem o direito de decidir ] ivi-e mente sobre sua par ti cip 1 Cão lia d)Vedação de indução indevida à participação. Os participantes poderão
pesquisa bioinédica. Assim sendo, para toda experiência científica ellvolven_ ser pagos por seu incômodo e tempo e deverão ser reembolsados por even-
do seres humanos, o investigador devei -á obter o consentimento pós-infor. tuais despesas decorrentes de sua participação na pesquisa (p cx., as de ali-
liação do possível participante ou, lia hipótese de Ser vulnerável 011 incapaz lientação ou transporte), podendo também receber serviços médicos gratui-
de dar sua anuência, o consenso, em seu lugar, de uni representante devida tos. Entretanto, as quantias pagas não deverão ser tão grandes nem os serviços
mente habilitado para tal, médicos tão extensos que induzam a pessoa a consentir em participar na
b) Prestação de informações essenciais para os possíveis participantes da pesquisa contra seu melhor julgamento ('indução indevida"). Iodos os pa-
pesquisa, mediante o uso de palavras adequadas ao nível de sua compreensão. gatnentos,reembolsos e serviços médicos a serem fornecidos aos participan
esclarecendo: que cada indivíduo é convidado a participar da pesquisa: os tes deverão ser aprovados por uni comitê de revisão ética.
objetivos e os métodos da experiência; a duração esperada de sua participação; e) Imposição de garantias em caso de envolvimento de menores em
os beneficies que poderão, razoavelmente, ser esperados, por exemplo, em pesquisas científicas. Deveras, antes do engajamento de crianças em pesquisas
pesquisas planejadas para avaliação de vacinas ou remédios, deve-se dizer aos biotitédicas, o investigador deverá garantir que: elas não sejam envolvidas em
participantes se e como o produto estará á sua disposição, se sua Segu rail ça e experitiieii tos que possam ser igualmnei i te bem executados com adultos; o
eficácia fi,anaro comprovadas; o risco ou o desconforto previsíveis associados propósito da pesquisa seja a obtenção de conhecimentos relevantes pala as
sua participação no experimento; os procedimentos ou tratamentos :ilrertia- necessidades de saúde das crianças, porque às vezes sua participação é indis-
tivos que possam ser tão vantajosos para os participantes quanto o que estará pensável para a pesquisa de moléstias da infinda; o representante legal dê o
sendo testado; a extensão com que será mantido o sigilo dos registros nos quais consentimento pós-informação em seu lugar (Código de Ética Médica, art.
os pacientes estiverem identificados; a extensão da responsabilidade do inves- 101 parágrafo único; Res. 41/95, art. 12, do Conselho Nacional dos Direitos
tigador. se for o caso, em prestar serviços médicos aos p-articipantes. Se o da Criança e do Adolescente; Res. 466/2012, do Conselho Nacional da
pesquisador for médico, devera esclarecer os participantes se agirá corno tal Saúde, Seção 11.2, 5 e 10); os menores, cru regra acima de 13 anos, possam
ou como investigador e médico. Se atuar apenas corno investigador, deverá dar conscientenlente seu consenso, após terem sido informados, na extensão
permitida pela sua capacidade, maturidade e inteligência, desde que tal anu-
aconselhar os participantes a buscar, fora do fimbito da pesquisa, os cuidados
ência seja complementada pela de seu representante legal; a recusa das crian-
médicos que forem necessários; que será fornecido tratamento gratuito para
ças em participar da pesquisa seja levada em conta e respeitada na medida do
tipos especificados e danos ligados à experiência, que os participantes ou suas
possível, pois, se for prejudicial à sua saúde, poderá ser suprida pelo represen-
famílias serão compensados por deficiências ou mortes deles resultantes e que
tante legal ou pelo juiz da Vara da Infincia e da Juventude. Respeitar-se-á a
são livres para recusar-se a participar do experimento e abandoná-lo a qualquer
recusa na participação do experimento pediátrico, a não ser que a criança
momento sem penalidades ou perda de beneficios aos quais teriam direito.
receba terapia para a qual não existam alternativas medicamente aceitáveis.
c) imposição de obrigações aos investigadores em relação ao consenti- hipótese em que a vontade dos pais poderá sobrepor-se à objeção do pacien-
monto pós-informação, corno as de: transmitir ao possível participante todas te; o risco apresentado por intervenções que não visam beneficiar o partici-
as informações necessárias para uni adequado consentimento pós-informação; pante-criança individual seja pequeno e comensurável com a importância do
dar ao possível participante total oportunidade e estímulo para fazer pergun- conhecimento a ser ganho.A participação de crianças em pesquisas não te-
tas; excluir a possibilidade de engano injustificado, influência indevida ou rapêuticas só será admitida se os riscos forem mínimos e desde que tenha
intimidação; solicitar o consenso apenas depois que o possível participante havido consentimento esclarecido do seu responsável legal; as intervenções

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rneritos sob investigação, principalmente quando inexistir outra terapia harizadas com os costumes e tradições da comunidade. Tais experiências
equivalente ou superior. Corno a infecção direta do cérebro peio HIV pode sei-ao necessárias ante o fato de certas doenças ocorrerem em algumas comu-
causar dano incuta!, o paciente poderá ser submetido a testes clínicos de nidades sociais subdesenvolvidas, determinando uma grande carga de mor-
drogas, vacinas para tratamento da lesão, desde que aprovados por um comi- talidade, deverão respeitar os padrões éticos e as expectativas culturais dessas
tê de revisão ética. Se houver possibilidade de previsão de que urna pessoa s ociedades, bem (oiiio a dignidade e o bem-estar de cada participante mdi-
capaz poderá, em razão de AIDS ou do iria1 de A!zheinier, perder o discer- vidual. Os líderes de unia comunidade, como dctentoies do poder de repre-
nimento para decidir sobre cuidados médicos, dever-se-á permitir-lhe que sentação, poderão permitir - a realização de pesquisas e pedir a colaboração de
designe as condições nas quais participaria de unia pesquisa biomédica, indi- todos, desde que cada membro possa concordar ou não em participar, sem
cando a pessoa que consentirá em seu lugar, de acordo cnn, seu desejo pre sofrer qualquer represália na hipótese de discordar A agência patrocinadora
viamentc expresso. deverá garantir que, ao término dos testes bem-sucedidos, o produto ou
g) Proibição de experiências cru presidiários atentatórias á sua dignida- medicamento obtido seja colocado à disposição dos habitantes da coinuni-
de e à sua integridade flsico-psíquica. Todavia, poderão ser objeto de uma dade que dele necessitarem.
pesquisa médica para fins terapêuticos, desde que recebam dela uni beneficio i) Decisão do comitê de revisão ética para o desenvolvimento de estu-
direro e significativo para sua saúde. Prisioneiros com moléstias graves (AIDS, dos epideniiológicos quando o consenso individual pôs-informação for
câncer, hepatite) ou ei -n risco delas não devem ter arbitrariamente negado impraticável ou desaconselhável e para determinar se os planos do investiga-
seu acesso a medicamentos, vacinas ou outros agentes em investigação que dor para proteger a segurança e o respeito pela privacidade de participantes
possam trazer-lhes vantagem terapêutica ou preventiva, principalmente quan- da pesquisa e manter o sigilo dos dados são adequados. Investigadores que
do incxistiren-i produtos equivalentes ou superiores disponíveis. Veda-se a pretendem realizar estudos epideniiológicos deverão consultar as Diretrizes
participação voluntária de preso sadio em pesquisas ou testes clínicos, porque Internacionais para a Revisão Ética de Estudos Epidemiológicos (CIOMS,
pode ser influenciado por promessas de recompensa, como diminuição da 1991) e obter acordo e cooperação das autoridades responsáveis pela saúde
pena, antecipação da liberdade condicional etc. Além disso, estão sob a pro- pública da localidade cuja população deverá ser submetida à pesquisa. Sobras
teção estatal, não tendo liberdade decisória plena, uma vez que se encontram anónimas de amostras de sangue, urina, saliva ou tecidos podem ser exami-
em posição subalterna"'. nadas sem a anuência dos envolvidos, desde que se garanta o seu direito ao
h) Fornecimento pelo investigador de certas garantias em pesquisas sigilo. Quando o foco da análise é uma comunidade inteira, e não pessoas
científicas envolvendo participantes de comunidades (Res. CNS 466/2012, isoladas, pode-se testar, por exemplo, o uso de um aditivo ao suprimento de
Seção 1112, subdesenvolvidas. O pesquisador deverá assegurar que: essas água da coletividade ou uni novo método de controle de vetores de moléstias,
pessoas não sejam comurnente envolvidas em experimentos que possam ser como ratos e mosquiros. O consentimento individual ou a recusa de uma
executados razoavelmente bem em comunidades desenvolvidas; a pesquisa pessoa a ser exposta ã intervenção não tem sentido, salvo se estiver disposta
responda às necessidades de saúde e às prioridades da comunidade em que a retirar-se da comunidade. Todavia, se o estudo epideiniológico envolver
será executada; envidem-se esforços para garantir o imperativo ético de que contatos pessoais entre investigador e participantes individuais, as exigências
o consentimento de indivíduos participantes seja pós-informação, e, se tal gerais para a anuência pós-informação serão aplicáveis. Aceirável será não
consenso não puder ser obtido, a decisão de consentir de cada participante obter o consenso pós-informação de cada um dos participantes se a pesqui-
devera partir de uni intermediário confiável, como um líder comunitário sa envolver indivíduos primariamente como membros de grupos populacio-
respeitado; a revisão e a aprovação das propostas para a pesquisa sejam feitas nais, pois bastará a concordância do líder do grupo.
por uni comitê de revisão ética que tenha entre seus membros pessoas fami- j) Distribuição equánime de ônus e beneficies da participação na pes-
quisa. Individuos e comunidades a serem convidados para participar de pes-
quisas biomédicas deverão ser selecionados de tal maneira que os ônus e
330 Vide McDonald,Why do prisioners volunteer co be experimental subjects,JAMA, beneficies possam ser equanimemente distribuídos. E necessária umajustifi-
v. 202 ri. cação especial para convidar pessoas vulneráveis (crianças, doentes mentais,

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quando apropriado, para com a comunidade; apresentação dc planos para adequadamente esclarecidos da situação e das possíveis consequências (art.
informaras participantes dos riscos e beneficias que poderão ocorrer duran 102, parágrafo único); obter vantagens pessoais, ter qualquer interesse comer-
te a pesquisa e sobre seus resultados; qualificação dos participantes; 3 ustifi€- cial ou renunciar à sua independência profissional em relação a financiadorcs
tivas para o envolvimento, como participantes da pesquisa, de pessoas ou de pesquisa médica da qual participe (art. 104); realizar pesquisa médica em
grupos sociais vulneráveis; apresentação de provas da competência do inve s t i - ser humano sem submeter o protocolo a aprovação de Comissão, de acordo
gador e da adequação de suas instalações para uma condução segura e eficien com a lei vigente (art. 100); executar ou participar de pesquisa médica aten-
te da experiência científica; indicação das medidas que serão tomadas para a tatória à dignidade humana (art. 99) ou lesiva ao seu paciente (cap. 1, n.Vl,
proteção do sigilo dos dados.
XII, XXV; cap. XIV, nu).
o) Obrigações dos países hospedeiro e patrocinador em pesquisas patro-
Infere-se de tudo o que se analisou que também estão vedados: a expe-
cinadas por fontes externas- Se a pesquisa for realizada num país hospedeiro
riênciaem ser humano para fins bélicos, políticos, raciais e eugênicos (Códi-
mas patrocinada, financiada e, às vezes, total ou parcialmente executada pai- urna
go de Ética Médica, art. 99)532; a clonagem humana (Lei n. 11.105/2005, art.
agência internacional ou nacional, com a colaboração ou anuência das atirei c_ 6, IV) e a utilização de tratamento ainda não admitido pelos órgãos compe-
dades, instituições e pessoal apropriados do pais hospedeiro, acarretará dois
devcres:revisão ética e científica do protocolo de pesquisa, conforme os padrões
do país de origem da agência patrocinadora externa, e aprovação ética e cien-
532. Pelo arE. 1! ,VI, da Resolução m 463/2007 do Conselho Federal de Farmáci, far-
tífica no país daquela agência, para que as autoridades competentes do país
maceutico que participar de qualquer tipo de experiência em seres humanos, com fins bélicos,
hospedeiro, incluindo em comitê nacional ou local de revisão ética, possam ciai, eugênicos e em pesquisa cli'iica. na qual se observe desrespeito dos ditei cos humanos, será
considerar que a pesquisa proposta atende às suas próprias exigências éticas' 1 . punido com multa ou suspensão de 3 a 12 nieses A Resoluço - P. DC da Diretoria Colegiada
Além dIsso, é preciso não olvidar, que no Brceb pelo Código de Ética da A NV ISA n 9 / 21111 disp ôc s: obre o fun rio ira na eu rr, dos Cc, ro.ç dc Tv, iiIi,!a C :eh lar (CTC)
com o objetivo de estabelecer requisitas téciiico-saiiitãrios Juínimos para a coleta,p'ocessamen-
Médica, é vedado ao médico: deixar de usar cxperiurentalnlente qualquer
to, acondicionamento, arniazeiiamento, testes de controle dc qualidade, descarte, liberação para
tipo de terapia correta liberada para uso no Pais (art. 102), pois a utilização uso e transporte de células limitares (células soe tu cas; células go r uui 'a 0v-as: células-tronco
de terapêutica experimental é permitida quando aceita pelos órgãos coTnpe- adultass embriortirias e pluripotentes induzidas) e seus derivados, visando a segurança e a quali-
tentes e com o consentimento do paciente ou de seu representante legal, dade dessas células e derivados disponibilizados para pesquisa clinica e terapia (arts. 1 e 2) com
a aprovação da Comissão de Frica em Pesquisa ou comprovação de que o procedimento tera-
pêutico é autorizado pelo Conselho Federal de Medicina (art. 7), Para tanto a doação de célu-
las hunianas deverá seguir preceitos ético-legais, ficando ara'itido o sigilo, a gratuidade, o Termo
531 - 5° Inc o assento - B rotica - pesquisas ciii seres hrei P ounos. v 3, 1995 ( orina D. E - Freitas
e V/. 5. l-loss'ie, Pesquisa com seres huiiianos, iri Iiiiciaçéc à bioética, p 193-204; Levine, Etb{cs mui de Consentimento Livre e Esclarecido (art. 37) e a realização de triagem clínica e laboratorial
requlatiotr oJ'cliiiical rrsuarr/r, Balrixnore, Urban and Schwarzcnberg, 1996, p. 332-61; Ajidrea Piaria, (art 38). Para obtenção de embriões ou células-tronco ei ubriotiárias devem ser respeitados os
Le iiuuveau droit français de lobligation d'informadon sur les risques médicaux, Lex Medicivae, critérios da Lei n. 11.105/2005 e devem ser obtidas as iníor'nações de triagem clinica e labora-
Revista Portuguesa de Direito da Saúde, 183-96,2004- Pesquisadores da lnfrneon e do Institu- torial realizadas pelo Banco de Células e Tecidos Cerinanativos (art. 39). A coleta de material
to Max Planck desenvolveram da, biossensor que capta sinais dos neurônios e os transiiiite biológico para posterior ptocessailellto de células humanas e seus derivados pan uso alogénico
para uni processador eletrônico, possibilitando a análise do funcionamento das células nervosas ou autólogo deve ser feita por profissional devidanience capacitado para tal atividade (art. 43). O
(p ex., o armazenamento de informações no cérebro) para decifrar doença incurável, como armazenamento deve dar-se em condições controladas que garantam a manutenção das carac-
Alzheinier (littp://wsnv.dv-wodd.de ©DeutscheweJJe). Noticia o Globo Nnvs (8-4-2014) que, teristicas biolôgicas das células (art. 57). Antes de liberar as células huinunas e seus derivados para
nos EUA, pacientes com paralisia recuperam movimento das pernas e pés com implante elétri- pesquisa clinica ou terapia, a fresco ou criocoirervadas o CTC deve garantir sua segurança e
co na coluna. O Estada de S.lesuIo,Uno esperança no trataniento do cáncer, 16-5-2004, p. 15-A. qualidade (arr 60)0 transporte dessas células e derivados deve seguir as exigências técnicas para
A partir de 23-5-2013,0 SUS terá 60 dias para atender pacientes com cáncerA Portariam 357, sua conservação (arc. 65) e ser realizado em recipiente isotérmico resistente e com tampa, que
de 8 de abril de 2013, da Secretaria de Atenção à Saúde, aprova as Diretrizes Diagnôsticas e disponha de sistema de monitorainenro e registro de temperatura interna (are 70). O CTC deve
Terapénticas do Mo] anoma Ma!igno Cutineo Portari ii. 54, de 18 de novembro de 2013, da ter sistema de regiscos que permita a rastreabihdade das células humanas e derivadas, desde a sua
Secretaria de Ciéncia.Tecnologia e Insunios Estratégicos, torna pública a decisão de incorporar obtenção até o seu destino final, incluindo-se a sua análise laboratorial (art. 71) e a identificação
a vacina quadrivalente contra HPV na prevenção do cáncer de colo do útero no Sistema Unico do profissional que os recebeu (are 74). E o descarte dos resíduos do CTC deve ser conforme
de Saúde - SUS. Diagnóstico: Rec- CEM n. 2.056/2013, arts. 22 a 25. as normas e o Plano de (;erenciamento de Residuos dos Serviços de Saúde (art. 75).

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O Projeto Genorna Humano, por sua própria natureza e em razão de
s es forços para obtenção da permissão do probando. Isso é assim porque
ser a herança da humanidade, envolve muitas questões ético-jurídicas, cOrn o: o ])NA representa a programação biológica da pessoa no seu passado, pre-
a) O respeito aos direiros e a dignidade hu,naua, pois todos têm direito ao wslte e íuturo O art. 7 da Declaração Universal do G enoiila Humano e
reconhecimento desta, independentemente de seus caracteres gerlêtico s dos 1)1 rei to 5 Humanos prescreve que quaisquer dados genéticos associados
Consequentemente, tal dignidade faz com que seja um imperativo não re- a unia pessoa identificável e ar inazena dos ou processa dos para fios de p es-
duzir os indivíduos a suas características e respeitar sua singularidade (art. 2 e qtiisa ou para qualquer outra finalidade deverão ser iii a utido s e Tu sigilo,
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da Declaração Universl do Genonia Humano e dos Direitos Humanos) a crescenta o ali - que, co in o escopo de proteger os direitos li umaml os
Além disso, ninguém poderá sujeitar-se à discriminação baseada em caracte as liberdades Ri n dai li co tais, as limita çõ es aos princípios do consen ti rue" to
risticas genéticas que vise infringir os direitos humanos, as liberdades fund-a e do sigilo só poderão Ser prescritas por lei, por razões de força maior.
mentais ou a dignidade humana (art. 6). Nenhuma pesquisa relativa ao ge- dentro dos parfimnetros da legislação pública internacional e da lei interna-
noma humano poderá prevalecer sobre a dignidade humana e o respeito aos cional dos direitos humanos. Como toda informação genética deve ser
direitos humanos e liberdades fundamentais, nem mesmo sendo permitidas confidencial, a difusão indevida da composição genética de urna pessoa é,
quaisquer práticas contrárias à dignidade humana, como a clonagem repro- portanto legalmente vedada Pelo Enunciado n. 405 do GJF, aprovado na V
dutiva de seres humanos (aro. 10 e 11). Os Estados deverão tornar medidas Jornada de Direito Civil: As informações genéticas são parte da vida pri-
necessárias para prover estruturas ao livre exercício das pesquisas com o ge- vada e não podem ser utilizadas para fins diversos daqueles que naotivarain
flama humano, salvaguardar o respeito aos direitos humanos, às liberdades seu arnaazenamento. registro ou uso, salvo com autorização do titular". Se
fundamentais e à dignidade humana, proteger a saúde pública, assegurar que a informação decorrente da análise completa do genoma revela os mais
os resultados das pesquisas não sejam usados para fins não pacíficos (art. IS) recônditos segredos do ser humano, não poderia estar e disposição incoil-
e para CII coraj ar outras formas de pesquisa, treinamento e d isseni i ri ção de dici 00 ai de autoridades governamentais. Assim, se porventu i -a desejarem
informações que conduzam à conscientização da sociedade e de todos seus obter tais informações para fins de investigação biomédica ou de política
membros quanto às responsabilidades com relação às questões fundamentais sanitária, somente poderão utilizá-las com reserva absoluta no que atina à
relacionadas à defesa da dignidade humana que possam ser levantadas pelas identidade do titular do exanieTodavia, se delas precisarem para individu-
pesquisas em biologia, genética e medicina (art. 21). O Comitê Internacional ação do autor de um crime ou determinação de paternidade, preciso será
de Bioética da Unesco deverá contribuir para a disseminação do princípio obter uma ordena judicial para ter acesso aquelas fontes. Corno se poderia
da dignidade humana, organizando consultas comas partes envolvidas, fazerr_ garantir a confidencialidade da informação obtida?
do recomendações e emitindo conselhos relativos à identificação de práticas
c) A proteção aos principio, da aI- todetcnninação e da ii-itiin idade da pessoa
contrárias ao respeito daquele, tal como as intervenções em células germina-
examinada, pois os testes genéticos deverão ser voluntários, após um prévio
tivas (art. 24).
esclarecido aconselhamento sobre suas conveniências e os percentuais riscos.
b) A preservação da privacidade da itiforrnação genética, pois os resultados Pata salvaguardar a intimidade da pessoa, a análise completa do genoma so-
dos testes genéticos de urna pessoa não poderão ser comunicados a ninguém mente poderá dar-se com o expresso e prévio consentimento informado de
sem o seu consenso, salvo a familiares com elevado risco genético, falhando pessoa maior e capaz. Deveras, o art. 52 da Declaração Universal do Genoma
Humano e dos Direitos Humanos esclarece que pesquisas, tratamentos ou
diagnósticos que afetem o genotua de unia pessoa só poderão dar-se após
Aeronáutico e para o Programa de loovaço para Coiiipetitividadc. Herton Escobar (Escudo uma rigorosa avaliação prévia dos potenciais riscos e beneficios a serem in-
identifica niutação rara que afeta sete famílias, O Estado dc S. Paulo, 9-10-2( X)4, p. 1 3A) 'lac- corridos, depois de consentimento prévio, livre e informado da pessoa en-
ra que pesquisadores do Ccntro de Estudos do Genonia Humano da USR através de niapca- -
mento do genorila, descobriram causa genética de mutação localizada no cromossomo 20 ~ volvida. Se esta não tiver condições de consentir, a autorização deverá ser
dá origem atrofia espinhal progressiva e à esclerose latera aniiotrôfica, envolvendo degene- obtida na forma prevista em lei, atendendo-se aos seus interesses, e, além
ração dos neurônios que comandam os músculos, e que pode ser evitada à futura geração das disso, as pesquisas relativas ao seu genoma só poderão ser levadas a efeito para
fainili as afetadas se houver opção pela fcrtilizaço in vil,0, cora seleç5o de embriões beneficiar sua própria saúde, sendo que as que não previrem um beneficio

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renderá àqueles voltados à política científica, no fimbiro público Ou prlva 0 p roflssi0n1 e ética, para que haja produção de conhecimento favorecendo
Os Estados, por sua vez, deverão tomar medidas para: fomentar condiçô e5 se us bons efeitos e limitando os nocivos.
intelectuais e materiais favo,-áveis à liberdade na realização de pesquisa s
ii) A ideia de que a ii formação adquirida sobre o monha hri, ia, ia é dc pra/Mie-
sobre o genoilia humano, levando cru conta as implicações éticas. legais e
jade COII un, irão podendo ser risada Com fins coni crriais. O genoma li urnano em
ecoilõxilicas dessas pesquisas; promover a criação de comitês de ética inde seu estado natural não poderá dar legara ganhos de ordem financeira (art. 4
pendentes, muI tidi sciphnares e pluralistas para avaliação das questões éticas tia Declaração Universal do Genonla 1 -luniano e dos )ireitos Humanos), nem
legais e sociais suscitadas pela pesquisa com genoma li Li Ulan o; ioni en tar a dever5 haver seu patenteamento (art. 10. 1 e IX, da Ler n. 9.279/96), porque
prStica da solidariedade com os indivíduos, as íarníhas e grupos populaeio_ ele não é matéria apropriável e, como faz parte do corpo humano, está fora do
lais vulrieniveis ou afetados por moléstias genéticas; incentivar pesquisas campo tuercadológico e da propriedade intelectual ou industrial.
inter a/ia sobre a identificação, prevenção e tratamento de doença de fundo
Diante de tantas implicações ético-jurídicas, após o lançamento do
e influência genéticos, em particular a endémica, que afeta grande parte da
projeto Gemiotna Humano (PGH) nos Estados Unidos, em 1989, e de inú-
população mundial; envidar esforços para disseminar internacionalmente o
meros outros programas genómicos desenvolvidos em diversos países, como
conhece rimos cientifico relativo ao genoma humano e às pesquisas genéti-
Reino Unido, Suécia, França, Dinaniarca. Holanda, Itália, RússiaJapào,Aus-
cas, com o escopo de atingir a cooperação científica e cultural entre países
industrializados e el-ri desenvolvimento; encorajar, com o auxílio de organi- trália, Canadá e Brasil, imprescindível foi sua regulamentação bioética, pois
zações internacionais, no quadro da cooperação internacional com os países em 11 de novembro de 1997 aprovou-se a Declaração Universal do Genoma
em desenvolvimento, a garantia da avaliação dos riscos e beneficios das Humano e dos Direitos Humanos e a sua coordenação internacional, uma
pesquisas com o genorna humano, impedindo abusos, do desenvolvimento vez que se deu a criação da Organização do Genoma Humano (Human Ge-
da capacidade daqueles países de pronmover pesquisas sobre biologia e gere- amue On'anízation - HUGO). que teria a tarefa de promover a colaboração
una hun,ana, da utilização das conquistas da pesquisa cien ti fira e tecnológi- internacional na iniciativa genômilica humana e assistir na coordenação da
ca em favor do progresso econômico-social dos referidos países e da pro- pesquisa, contando, para tanto, com vários comi rés, incluindo niapeamento,
moção do livre intercâmbio de conhecimentos e informações científicas nas bioinformnática, propriedade intelectual e hioêtica. Além disso, surgiu o Co-
áreas de biologia, genética e medicina; tomar providências para promover os a ,tê de Bioética para normatizar a participação de indivíduos e populações
princípios norteadores da Declaração Universal do Genoma Humano e dos em estudos genômicos e a questão do consentimento livre e informado,
Direitos Humanos por meios educativos, ou seja, realizando pesquisas trei- enunciando, para tanto, quatro princípios norteadores de qualquer pesquisa
namento em campos interdisciplinares e promovendo educação hioética sobre genonia humano: o do reconhecimento de que o genomna é parte do
dirigida aos responsáveis pelas políticas científicas (arte 13, 14,16,17, 18,19 património da humanidade; o da aderência a normas internacionais de ah-
e 20 da Declaração) - natos humanos; o do respeito pelos valores, tradições, cultura e integridade
dos participantes nos estudos; e o da aceitação e defesa da dignidade humana
e) A questüo da justiça no uso da inffirmaçào genética para garantir e proteger
e da liberdade 554 . -
os direitos de todos, inclusive de populações vulneráveis, corno crianças,
deficientes físicos e mentais, índios etc.Todo indivíduo tem direito, segundo
a lei internacional e nacional, à justa reparação por danos morais e patrimno-
niais sofridos em razão de intervenção que tenha afetado seu genoma (art. 82 554. Sérgio Danilo J Pena e Elmane S. Azevedo, O Projeto Germomna Humano e a me-
da Declaração Universal do Genonia Humano e dos Direitos Humanos). dic,iia prediciva: avanços tecnmcos e dilemas éticos, iii Ininaçdo à bioétiça, p. 139-43; Gdsol,a,
UNESCO program for the Hu,mia,a Genonie Prnjec, Ceuoj,ilcç, 9:404-5; Knoppers e Cha-
f) O respeito ao princípio da ruaIdade, permitindo o acesso igual aos tes- dwick, lhe Human Genorn e Project: nu der au inrernatio,ial ethical microscope, Scicncr,
tes genéticos, independentemente da nacionalidade, da etnia, da raça e da 265:2035-6; Colinas e Galas, A new fmve-ycar plarm for time US. iTunian Genonme Project,
classe socioeconômica. Sríc,x(c, 262: 43-9;J. Bermiard Da I, ioÍoR!a a bica - Bioémica: novos podnvs da c,&mcia, novos deMores do
1 )mcksomi, -liGO approves ecliics code for genornics, Nature,
/m<IrIleflr, Campinas, Ed Psy, 1994;
g Agameria do princípio da qualidade, assegurando que os testes genéticos 380279; Caskey, HUGO and gene patcnts, Naunv, 375:351; Maria Rita Passos Bueno, O
sejam realizados em laboratórios capacitados com adequada monitol-ageni Projeto Gemionia Humano, Biobica, eis , p. 145-55; Stelia M arIs Martinez, Manipulação

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134.3) Diagnose genética no ser humano A diagnose Pio—natal d everi ser rocei ii cii dada nos Seguinte' casos: a)
Hodiernarnente, ressalta-se o relevante papel da medicina pi eventi2 lia e xistênd2s de antecedentes familiares que fazem prever que o feto teria risco
diagnose genética, seja eia pré-natal, sej, realizada em crianças, adolescent es po tencial de apresentar uni distúrbio patológico de caráter congênito ou
e adultos.Tal se dá porque a história dos antecedentes familiares pode torna r heedttario b) pais portadores de deficiências genéticas de qualquer tipo ou
alguém predisposto para desenvolver alguma doença genética, ficando a dú- de doenças hereditárias ligadas ao sexo, por apresentarem algum gene com
vida de quando e com que intensidade se manifestará. c mraÇõ es uniu dos cromossomos X ou Y, ou seja tiverem tido uni filho com
doe nÇa congênita. nialforniação, moléstia metabólica ou portador de aber-
O diagnsrico pré-natal visa a dctecção de enfermidades geradas por al-
ração croni ossô nica; c) idade relativamente avançada dos pais, que torna
terações hereditárias, mediante o emprego de técnicas que incidem sobr a a
pessoa no seu estágio fetal, durante a vida inti -auterina, com o escopo de su scetivel o apareciniento de anomalias croniossômi cas; d) o corrên ria de
mortes fetais múltiplas na família; e) circunstância de o feto pertencer a gru-
salvar a sua vida, instaurando uma terapia gênios, respeitando sua integridad t
po étnico que apresente alta incidência de algum niaI, Como, por exemplo, a
e dignidade e procurando eliminar ou diminuir os efeitos do gene anormal
anemiafalciforme, comm ira raça negra, que provoca empobrecimento do
de que é portador-a 555 .
sangue em decorrência da diminuição da henioglobina e dos glóbulos ver-
A diagnose pré-natal não pode ser imposta ao casal pelo médico gene- melhos e da obstrução de vasos sanguíneos, em razão da acumulação das
ticista ou pelo Estado, Os pais devem optar pela realização dos procedimen células deforniadas)M1.
tos diagnósticos após urna informação não só sobre a necessidade e as impli-
As novas técnicas de engenharia genética têm capacidade para detectar
cações desses exames, os riscos que o feto corre, a gravidade da moléstia e os
mais de 3 mil patologias congênitas, entre elas a já mencionada ancniia fal-
possíveis diagnósticos e prognósticos, mas também da terapêutica a ser apli-
cada cri beneficio do nascitu'-o Se, diante da negativa dos pais, o médico ciforine, a doença de Tay-Sachs a aganaaglobulinemia, a talassenaia, a anen-
entender cefalia, a onopitia de Dii cli cnn e etc.. mas não existeni terapias pana todas as
der ser inipresci si dível a in pI emcntação de unia terapia para salvar o
mii oléstias por elas diagnosticadas. Se assim é, até que ponto ser ia admissível a
feto, deverá obter autorizacãojudicial para concretizar a técnica de diagnós-
busca de diagnósticos não havendo possibilidade de cura efctiva?.
tico necessária, porque, como a intervenção incide no corpo da gestante,
haverá o conflito entre o direito do nascituro de nascer sadio e o direito à As técnicas utilizadas para a realização da diagnose pré-natal podem ser:
liberdade da mãe, fazendo com que prevaleça o do feto, ante a supremacia a) rido inj'asívas, se permitirem a análise do estado fetal sem risco para a inte-
do direito à vida e o dever da mãe de zelar pela saúde do 61ho 559 . gridade física do nascituro, como: ecografia, baseada na obtenção de imagem
do feto da placenta por meio de ultrassonografia, que pode ser levada a efei-
to entre a 3 - e a semana de gravidez, luas não consegue descobrir pato-
558.Observa Era nck Sérusclar (J.es scicricei dc la eie ef der dn,ies dc I'/xo;Fiwc, Paris, Eco- logias genéticas antes da 18` 1 semana; radicçu'aJ?a,que somente detecta anonaa-
noinica, 1992, p. 181) que a doença genética provéni de genes que fiuncionauti por pares lias do esqueleto depois de certa data: ressoníiucia magnética, que permite unia
(e roii osso nios pa ter rio e mate ri] o); logo, se apenas um dos dois for au] o r mal por apreseru mar análise visual do estadoda criança; e retirada de sangue da mãe, que possibilita
transtornos genéticos, a enfermidade não se manifestará. Nos EUAJ estão utilizando o aval]- pesquisas relativas a determinadas enfermidades, analisando o UNA de célu-
çado ultrassom tridimeusional para diagnosticar doenças fetais durante os primeiros ires meses las sanguíneas do feto nele contidas; b) invas&as, se pressuporem certo risco
de gestação, pois essa tecnologia morna possível ideritificarjã nesse período de gravidez, a ca- de aborto, expulsão prematura do feto ou lesão à sua integridade ou à de sua
beça, os olhos, as mãos e os dedos deste ser humano, ainda, em forrnaço, confirmando que a
vida se inicia mesmo com a concepção. mãe, por haver retirada de célula fetal e por poder ocasionar infecções no
Noticia a Hora News que o exame de sangue que prevê síndrome de Down em feto
chega ao Bnsil
559.SteI]a Maris Marti'iez, Manipulação., &ileiin:, ciL, p. 175. Resolução n 1, de 28 de que a ingestão de dcido fólico 2 meses antes da gravidez e até 6 semanas apôs o início da
noveiiihro de 2013, do Comité Gestor da Rede Integrada de Bancos de Perfis (;enéticos, gestação pri'1e anomalias em 70% dos fetos, como anencefalia e espinha bifida aberta.
aprova o Regimento Interno do Comité Gestor da Rede Integrada de Bancos de l'erbs Cc- 560.Jaime Espinosa, Quicnàcs de b/ojnca, cii., p. 76-8.
iaéticos.Ensiva Bunduki (ácido fôlico pode prevenir doença fetal, Foi/ia de SPauIo, 13_10-1997) 561.Stelia Maris Martiuca, Mauipuluçào. - - Bolni,ix, cir, p 28

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por exemplo, a trissonua 21 ou a síndrome de Down. que em regra só se pIo, a idade de 60 anos, seria sensato provocar sua inerte, interrompendo a
manifestam com o nascimento; por isso, o médico deverá ter muito cuidad o, ravidcz de sua mãe? Poder-se-ia admitir a genomania conducente a um
bom senso e ponderação antes de tomar qualquer providência. fatalismo genético da população mnodern a, levando-a a ter um-a visão de-
Deve-se, portanto, dar um significado especial à dignidade hununa e terminista do desenvolvimento de doenças congênitas em todos os membros
vida, procurando-se ajudar o deficiente fisico ou mental e o portador de de unia família em cuja história tenha havido grande número de óbitos
doença genética a redimir seu sofrimento e a tentar obter sua cura, e não causados por defeitos genéticos, por estarei]] predispostos a elas? Seriam
descartá-lo, alegando-se a necessidade de um aborto terapêutico. Será que a dnussíveis a discriminação genética e a engenicizacão irracional em pleno
existe aborto terapêutico? Um tratamento que elimina seus pacientes seria século XXI? Quem pode decidir que a vida de unia pessoa portadora de
uma terapia? Não seria ela uni aborto de conveniência ou até mesmo ra- alterações cronioss&nicas não niercce ser vivida? 372 .
cista ou eugênico? Na verdade, com tal aborto não se pretenderia evitar Poderá haver, diante das novas técnicas de reprodução assistida in cifro,
sofrimento à criança, mas sim aos seus pais, deixando-os livres de um filho uijr diagnóstico pré-iinplantatório para detectar patologias genéricas no
com malformação congênita, que para eles seria uni grande problema? 570 genoma do embrião, eliminando-se, mediante terapia gênica, as suas defi-
Parece-nos que, mesmo em caso de anencefalia, síndrome de Down, falta ciências, mas seria uma porta aberta para o eugenismo, destruindo-se aque-
de desenvolvimento renal ou de qualquer defeito congênito que possa le que apresentar anomalia e beneficiando-se o dotado de melhor qualifm-
levar alguém à morte, não se deveria optar pelo ''aborto terapêutico", pois caç5o genética, e envolveria o risco de modificação da espécie humana 53
sempre será preciso deixar que os acontecimentos fluam por si mesmos A técnica biópsia euzhrioiái-ia pode identificar doença genética e só é per-
na turalui ente. Seria licito tirar a cada de uru ser h urnano ainda que se ti- niitida pelo Conselho Federal de Medicina quando há forte suspeita de
vesse a certeza de que não poderia viver' trais do que horas, dias ou liieses?. doença grave, como lieiilofilia.lii lii é psm a em caso de fertilização iii x'itro
Se a genética iii édica estiada seres humanos malfor mado s ou do entes con - consiste J ia re til-a da de cana côl ri1 a do em nb não eu] torno do 3v dia de vida,
por lucro de unia mic nopipera e tinia sonda genética ética que em i te um sinal
gênitos, que vieram cru busca de diagnóstico, aconselhamento, prognóstico
fluorescente se identificado o crornossorno e por conseguinte a doença
e tratamento, como admitir sua eliminação? Se a análise do genótipo não
congênita a ser tratada.
pode sustentar-se sem a do fenôtipo, sob pena de fracassar, corno seria pos-
sível a decisão pelo aborto? Se há niinitiLação da análise fenotípica pré e
pôs-natal à custa da genotípica, como se poderia ter certeza de que o abor-
572.Jainie Esp]nosa. Questões de &iv ica,cin,p81;Stdlla Maris Martinez,Man]pulação..,
to seria a melhor soluç5o? Teriam os pais o direito de decidir o destino de &lcriju. cit., p. 258 John M ()pitz, O que normal considerado no contexto da genetizaço
seu feto defeituoso, fugindo da obrigação de cuidar dele quando nascer? da civi!izaço ociderir !?, Bioica, 5:3334,139 e 141-2; Htmbbard, Ge]lo'iiania and hcth, 4w.
Seria lícito corrigir um mal com outro mal? Se um feto for portador da SciniIi:, 83:8-1 0; Burgzo, DiathCSIS and predispositio]i: rhe evoltition of a coxicept, Lia j Pc-
diarr., 155:1 63-4; ]iinding e Hoche, Dicfreíçaic de, rwrnic/lIung lcbeusu,tweyken Icbcrls: ihr web ind
coreia de Huntington, moléstia que se manifesta apenas quando a pessoa
thrcfiwni. Leipzig, Meincr, 1920; Strohxiuii, Epigeiiests: the inissing beat ia biotechnology Rio
atinge a idade de 35 anos, mais ou menos, levando-a à morte em menos de Tech,'oL. 12:329.
10 anos, num possível estado de demência, podendo viver tranquilaniente 573. Michaud Recherclies sei !'étre huniaui et rede do droit, Revue des Deus Mondcç
até o aparecimento de seu mal, ou do mal de Alzheinier, que se exteriori- 1988.
p 88; Maidcbauiii e Plachot, Li gencracidu prr'be:a, Barcelona, Urano, 1993, p. 249;Tere-
za na velhice, tendo a chance de viver normalmente até atingir, por exem- za R. Vieira, Bioéfica e direito, ci t. p 58-9.
PTC hnp/antatuln geuctic d?uq,iosr, (PGD) é o diagnós-
ira genético pré-inipIanrcciona!, consistente ro retirada de cé!uLi de enibrxo descongelado
para avaliação gcnõtica, que pode provocar sua iriorte (Dcborali CA. Oliveira e Edson Borges
Jr., Reprnd'rção assistida: atd o,ufc podenios chegar? São Paulo, (dia, 2000).
570.Jérôme Lejeune, O direito de nascer, Vja, 11-9-1991; Greenf,eld, Respectiog the Há unia técnica nova para obtenço de célula-tronco a partir da polpa do dente de
dead, Nervsweek, 22-4-1996, p. 90. leite e do cordão umbilical, que posuhi!ita curas de várias doenças. principalmente das dege-
571 Jaime Espinosa, Qx.estcs de biobica, cit., p. 81, rieratmvas

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Essa terapia por transferência de informação genética é, em regra, usada paciente corrigi ii do sua enírnud ade Tal terapêutica atingirá deter minada
para correção de moléstias hereditárias, mediante a escolha de um vírus que, célula do corpo humano encarregada da produção da proteína ou do hor-
"aleijado" pelo geneticista, ataque certas células do corpo humano, para que do sua estrutura genética, para que possa cumprir
àn o ausente, modificando
as invada sem sua carga vira1, não podendo atingir o organismo. Em seguida a dequad1icuite a função a que está destinada e que por uma falha tia infor-
inserem-se genes nesse vírus, que, assim modificado, será injetado no ousa - Inação hereditária não pode desenvolver. Logo, a alteração genética, por estar
trismo do paciente, que não receberá a carga vira!, 'nas os novos genes. o imitada a uma célula específica - que não é a germinal, desaparecerá junta-
quais, então, frmncionarão como se fizessem parte do material genético do atente com o paciente que recebeu a terapia, por ocasião de seu ábito ar. Mas
é preciso ter prudência porque, às vezes, tais terapias podem não ser seguras,
por provocar efeitos (chateias,
constituindo verdadeiros "Cavalos de 1roia'',
geral e unidade hospitalar especializada (Mariocij Teixeira, Estimulação magnética cerebral como, por exemplo, aconteceu com um adolescente, que faleceu após receber
tem aval do CFM, Foi, dc S.Paujo, 2-5-2012, p. C-1 uma carga de vírus modificado ciii seu fígado para combater a deficiência da
Resolução n 2004,de 8 de novembro de 2012. do CEM, normatiza os procedimento s ornitina transcarbamilase, moléstia que faz com que o organismo não elimi-
diagnósticos c rerapéuticos da prática ortoniolecular ou outros assemelhados, obedecendo aos ne amônia - Como o vírus pode reaprender a se multiplicar e, com isso, in-
postulados científicos oriundos de estudos clinico-epidemiológicos, e, em seu al i 62, delibera
que: 'So destituídos de comprovação científica suficiente quanta ao beneficio para o ser fectar o organismo, os cientistas estão usando no lugar do vírus um transpo-
humano sadio ou doente, e por essa razão tétn vedados o uso e divulgaçio no exercício da son (pedaço de DNA capaz de se -deslocar de uma parte do genoma para
Medicina, os seguintes procediinerttos, diagnósticos ou terapéu ticos, que eliiprcgani: integrar-se a outra), que conseguiu introduzir uni gene sadio em células de
- para a prevenção priii,kia e secundária, doses de vitaminas, proteimias, sais 'niiierais uni heniofihico, que veio a corrigir o problema.
e lipídios que uca respeitem os li ii ites de segurança (utegadoses), de acordo com as normas
Iiacioiiais e internacionais, Os médicos têm procurado empregar a terapia genética cri útero

II - IEDTA (ciado erileriodianiinoterracético) para remoção de Ijierais tóxicos fora cio (1 U CT) para corrigir doença Irei editaria do feto antes de seu ii ascini ento.
contexto das intoxicações agudas e crónicas; Essa terapia vaiar sendo bem-sucedida porque o sistema de defesa do feto é
II E - o EDTA e a procaina coilio terapia antienvclhecimento, Iriticincer, aliriarrerjos mais vulnerável e permite a aceitação de genes e vírus sem a necessidade de
clerose ou voltadas para doenças crõn co-degenerativas; uni imunossupressor, ou seja, de droga que amenize o sistema de defesa do
IV - analise do tecido capilar fora do contexto do diagnóstico de contaminação e/ou organismo. Até o momento presente essa nova terapia designada IUGT só
intoxicação por nietais tóxicos; foi testada em animais de pequeno porte, por envolver sérios problemas
V - antioxidantes para melhorar o prognóstico de pacientes com doenças agudas: ético jurídicos, como a possibilidade de transmissão de alterações genéticas
VI - anti oxidantes que interfirani no mecanismo de ação da qiuniiotenpi a e da radio- para gerações futuras, pois, apesar de a transferência de um gene normal ser
terapia no tratamento de pacientes com cãncer; positiva, os prováveis rearranjos genéticos não podem ser igmoradossa3. Só
VII - quaisquer terapias antienvelheciniento, anricincer, antiarteriosclerose ou voltadas pode ser empregada quando existe certeza de que não haverá dano à vida e
para doenças crónico-degenerativas, exceto nas situações de deficiências diagnosticadasctlja
à integridade do nascituro. Essa terapia deveria, pelos riscos e incerteza, ser
reposição niostra evidências de beneficios cientificamente comprovados" -
Portaria n. 99, de 7 de fevereiro de 2013, da Secretaria de Atenção à Saúde, aprova o
Protocolo Clinico e Diretrizes Terapêuticas da Esclerose Sistémica; Portaria ia. 100, de 7 de
fevereiro de 2013, da Secretaria de Atenção à Saide, aprova o Protocolo Clinico e Diretrizes 582, Srella Maris Martinez, Quién es eI dueão dei genoma humano?, Bioética, 5:223.
Terapêuticas do Ltipus Eriteniatoso Sistêrniccr Urna experiência clínica de terapia genética em "bebê-bolha" (aquele que possui urna doen-
Estudo publicado em 2014 no Jour,iaT f Psyco,,Ixarniocc,/ogy, da Associação Bri rjuica ça hereditâria que lhe retira as defeças e deve, por isso, viver em bolha para evitar infecção).
de Farmacologia, aponta que o uso medicinal do canabidiol (CDB) pode ser eficaz no Pala inserção na célula de uni gene para restaurar reservas de células de defesa do organismo,
tratamento de pacientes com mal de Parki nson. A suhstôncia está presente na planta da foisuspensa porque a criança sofreu complicações ante a proliferação não controlada de lin-
ma coo lia. fócitos. Essa informação foi dada pela Agência Francesa de Segurança Sanitária de Produtos
Resolução n. 2.113, de 30 de outubro de 2014, do CEM, aprova o uso compassivo do de Saúde, ciii outubro de 2002,
canabidiol para o tratamento de epilepsias da criança e do adolescente retratarias aos trata- 583. Ferroni, Cura embrionária, Foi/ia degP1l0, 10-10-1 999,p 12- frïik Lei n. 8974/95,
iflentos colivenci O na is. art. 13,1 e II.

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preservada em qualquer fise de sua vida, inclusive lia tital 59 Tal eugenia pro
do ,,aia medicina seu hu ilial 1 idade, co ii 'o aquela que, na época do i lazismo.
cura melhorar a dotação genética do ser humano, modificando rerapei,t
propU nava as p r5ti cas eu gei istas em busca da pureza da raça ar Ia ria. A des-
mente o Seu gLilÓiipO 6 '. e como não iiiíi-ingc os priil(ipios da beneficência e
C1HL' rrriçaO desse epertro do crçeuu i.suu o é u ni dos desafios para a bioé t ica e para o
da não maefici ê ncia, está legitimada co o aro S,,,) ai a, o.
biodi eito, pois, diante de tanto conheci' i•n ro ciei] ti fico e capacidade tec-
A creu6: fra é tinua tecnociência gerada do encontro eu tri' genêri logi ca, deve -se ter como paradigma os principies di sacralidadc da vicia e
biologia ni ojecti lar e engeri ii ar ia gené ica. Pode ser PIeI!if'a. se voltada para a da cl gil idade do ser i unia 10, derrubando o ''fascínio' criado pela e tigenia
Cura e a prevenção de doe iças e inalix,r Inações gen ét icas , ou po.Çit iw, ii egan "a, tão p iej ti di cial aos direitos das niiii o rias portadoras de mal congê-
se bu,
caí a melhoria das rompe têti rias hu lia las, corn o int e li gê ncia. ul cul ó Fis, abusos, portanto, têi i de ser evitados mediante a edição de no r mas
criatividade, traços do caráter ou outros caracteres psi cofisico& ° de bioclireito adeytmidas, que garantam o direito de todos, inclusive dos por-
O euçenis,uo é a forma ideológica e utópica da etigenética, ou melhor, tadores de deficiência fisica ou n iental, e regulem as pesquisas feitas com
a convicção da possibilidade da substituição dos maus genes pelos bons seres Ii iii lianos e-as terapias gêfl i cas, fazendo cmn que se voltem para a busca
criando uma nova espécie de humanidade livre de ofriinento e doenças de ti iia melhor qu ml idade de vida sem os desvairados delírios nazistas
li ereditá rias e en;i tece,, do a terapia gei ié rica em células gani na is, olvi É preciso repudiar o eugei' iiilo enquanto discri, i ilação dos portadores
dando que ela não é o único caminho para o tratamento daquelas Cr]ícrnii_ de til, pa trimôli i o genético defeituoso e tentativa de intervenção não tera-
dade, pois os tu cores anibien tais tamhé mii desempen lan] um importante pêutica no património crornossôiiiico, visando a produção de seres selecto-
papel jit no a estas. Com isso veio a i na ugti ar a pr5tica do Sercening genético nados e perfeitos. J )evern-se acolher os nascituros com defeitos genéticos, em
pré-natal para obter iiforrnações sobre anomalias hereditárias por "leio da lugar de propugnar sua destruição, e respeitar os direitos dos deficientes fisicos,
análise do mapa genético da pessoa para a toriada de dcci sóes sobre o futuro e uso riais. II ei no, e psiqti i cos. Compete à iiiiião, aos Estados, ao Distrito
feto 1,11 sobre se seria convetiie fite ou não ter ti lios, tingi i do assi 11 Federal aos M tuii i e pies cuidar da saúde, assistência, proteção e garantia tios
a
perfeita' que p re te ide refutar a fli tal idade da doença e da noite pela clii ni - ('irei Ris dos portadores de unia deficiência iisi ca ou psíquica genética ou raio.
nação de ind ivídiu s tidos como i ilaptos fisica o ti men tal] icnte. Essa utopia Eles té ii direito de ser nainudos vivos, a vida familiar, integridade física e
procura o melhor dos mundos, composto por pessoas geneticamente ii mdi - Psíquica, saúde. tratamento médico, reabilitação, educação apropriada, trans-
ficadas, e novs, linhagens de seres humanos mais peg'ortnautes, graças à possi- porte, trabalho segundo suas possibilidades (Lei n. 8.213/9 1 , a rt. 93; Lei
bilidade de a biotecnociência substituir o genótipo. Desse modo, surte o 13.146/2015, arts. 8, ID a 73 e 76), ingresso no serviço público, assistência
espectro do em e,iisnio, ou de uni biopoder, que, la verdade ao buscar o ser social, salário niíni no de beneficio mensal, se não puderem prover à sua
h u mano perfeito, coisi fica ri do-o, cotlsti tui U WJ :1 lo de duas Cacos ressu seitai - suhsmstén c ia lei n foreiii i miantidos pela família (Lei n. 8.742/93 e Dcc. a.
6.204/2(fl)7, que revogou o Decreto ii. 1.744/95), facilitação de acesso aos
bens e serviços coletivos, aposentadoria, igualdade, eliminação das barreiras
599.Juruc Espiiiosa, Questões dc bioéflca, ciL. p. 93-101; Maiitovan,, 7 Irapiaufi ela arquitetônicas, lazer, indenização por dano moral e patrimonial, tutela juris-
um cli (az orle 'lia' a lei dirir o hali a,,, e rira, neto Pa deva CEDAM 1974,
dicional de seus interesses coletivos ou difusos, integração social, devendo ser
600. A eugenia, por su;i vez, procura modificar o íeiiónpo mediante rnanipulaçie
a mhientais externas ou internas, corrigindo-o. Vide Stcl!a Maris Marnnez. ManiipuIaç6c -
&iletitn, cit. p. 238, 241 -Ü e 252-8 A palavra e,ícuia foi empregada pela primeira vez por
Ga lia ri e ii su .t obra i,:.. .. .. (o /i urna,, . (acim ft' a, iS jis dcwioj,,i,e,i , ei" 1893, no sentido 603 Fer,iiiu i Itoland Sçlmraiiim, Eugenia . Buo(uca, el., p. 203-37; I'aradin,a biotec -
lélicia que Intra de todos os influxos que melhoram as qualidades lutas de unia raça, por- nncieuufmco e paradigma biuético, iii Oda (Org.). &osofrty of IraI'sgcnic oa,i,sniis ir,
mau to. daquelas pie desenvolveu, as qualidades de forma mais vantajosa E o ponta nuclear de ira/rh pmd''as. I& o de Janie, ro [-locruz 1996, p 109-27; Bouretz eVigareilo, 1 tmtopie---- Esprif,
cogitaço era que a se]eçiio natural da espécie no devia ser deixada ao acaso, pois ao cii • v 202-9; Skz..l a,de perfi'i'a: cd/ica de urna —rarflopia, So 'aula, Loyola, 1996; Mirsch er-
liolncnl caberia governar sua própria —h ,a. 'cl] e MieI ke Mediz ii oh ,e Me, (li fiji keit; DoL um, eu e der Nu r, b'ner A rztq, mze.çst. Fran kfii a,
601. Fcruun Roland Schrammn, Eugenia Bioé:ica, cit, p. 204 Su}irkanip, 1995; Wolpert,Tt,tte 1, bugia deila pornogenetics, TI sou 24 ORIL 7-7-1996; Fa-
8oi_fargeault. Respect de parrinsoine générique cc respecr de ia penonnc. Esprn:. 5;40-55,
602 Bot, ret7. e Vigarelio, t]ttropie du corps parfair: entrelien avec Limcmcii Sfez, EsphI.
Wemd li ng. Healdi ri cc a,, 5 gerir' a ti polincs bc:ucn ',ational wi nficano, and ,wzis 'a 1870- 1945,
943-55; Ferni mi 1< oland Scliranini, Eugeiiii .... Bioérica, cit., p. 204.
Camnhridge 1989; Eduardo Oliveira Leite, Eugenia, cit., p. 77,80-3.

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O Ministério Público deve não só defender os interesses difusos Cole de organizações sociais nas quais os deficienies possam desenvolver
tivos e individuais homogéneos das pessoas portadoras de deficiência Í1sjc uma vida plena''.
ou mental, zelar para que os Poderes Públicos e os serviços dc iel evâ jIci ,

pública observem os princípios constitucionais voltados à tutela dos deficie n Manipulação genética humana e seus limites
13.-)
tcs, mas também ajuizar ações civis públicas relacionadas a sua educaçã o
saúde, transporte etcP° A manipulação genética é unia técnica de engenharia genética que
deseiW0l\ experiências para alterar o patriuiônio genético, transferir parce--
Na seara internacional também deve haver tinia preocupação cri
Ia s do patrimônio hereditário de um organismo vivo a outro ou operar novas
resguardar os direitos dos deficientes, como fez o Protocolo de São Salvado, conibinae5 de genes para lograr, na reprodução assistida, a concepção de
concluído eiri 1988, em vigor no Brasil desde 1999 (Dec. n. 3.321/99), ao uma pessoa com caracteres diferentes ou superar alguma enfermidade con-
dispor, em seu art. 18, que: "Toda pessoa afetada pela diminuição de suas Iiita. É uru conjunto de atividades que permite atuar sobre a informação
capacidades físicos e mentais tem direito a receber atenção especial, a f ui contida no material hereditário ou manipular o genoina humano no todo
de alcançar o máximo desenvolvimento de sua personalidade. Os Est a dos - ou em partes, isoladamente, ou conto parte de compartimentos artificiais ou
-Partes comprometem-se a adotar as medidas necessárias para esse fim e. naturais (p. ex., transferência nuclear), excluindo-se os processos citados nos
especialmente. a: a) executar programas específicos destinados a proporcio- arts. 4°. 1 a IV. e 6°, II, III e IV, da já revogada Lei n. 8.974/95 (Instrução
na, aos deficientes os recursos e o ambiente necessário para alcançar es;e Normativa ii. 8/97 da CTNBio, art. la), tais como: nturagênese, formação e
objetivo, inclusive programas de trabalho adequados a suas possibilidades e utilização de células soináticas de hibridonta animal, fusão celular, autoclo-
que deverão ser livremente aceitos por eles ou, quando for o caso, por seus nagelui de organismos não patogênicos que se processe de maneira natural,
representantes legais; b) proporcionar for tu a ç ão especial ao s famiu 1 mares dos uiaiii pu Lição de moléculas AD N/ ARN '-eco mbina ntc etc.
deficientes, a fins de ajudá-los a resolver os problein as de convivência e a A nau ipulação genética envolve riscos e urna séria afronta à dignidade
convertê-los em elementos atuantes do desenvolvimento fisico, mental e humana (CE, art. 1°, III), que podem levar a humanidade a percorrer uni catni-
emocional dos deficientes; c) incluir, de maneira prioritária, em seus planos nlm sem 'etorno, por trazer a possibilidade de: a) obtenção, por meio da cIo-
de desenvolvimento urbano, a consideração de soluções para os requisitos nageiii, da partenogênese ou da fissão genielar de unia pessoa geneticamente
específicos decorrentes das necessidades desse grupo; d) promover a for- idêntica a outra; b) produção de quimeras, pela fusão de embriões, ou, ainda,
de seres híbridos, mediante utilização de material genético de espécies diferen-
tes, ou scj a, de li ou iem s e de outros animais, formando, por exemplo, centauros
estendidos ao portador de visão 'iioriocular, que possui direito de concorrer, ciii ConcUno e minotauros, tornando as ficções da mitologia grega unia realidade. poisjá se
público, ã vaga nservada aos deficientes''.''Concedida a isenção do ICMS na conipra de ve- conseguiu cai nunidongo com orelhas humanas; c) seleção de caracteres de uni
ículos por portadores de deficiência mental, ainda que sejam eles conduzidos por seus rcprc- indivíduo por nascer, definindo-lhe o sexo, a cor dos olhos, a contextura fisica
seunantes legais (Lei n. 17303/2006), não se há permitir que a isenção do EPVA se restrimija
tão somente àqueles automóveis d,rigidos exclusivamentc pelo deficiente (Lei n. 7.54311988), etc.; d) criação de bancos de óvulos, sêmnens, embriões ou conglomerados de
porquanto erar-se-ia conferindo um tratamento desigual a pessoas ens situações essencial- tecidos vivos destinados a servir conto eventuais bancos de órgãos, genetica-
mente idênticas, em flagrante afronta aos princípios constitucionais da igualdade e dignidade mente idênticos ao patrimônio celular do doador do esquema cromossõniico
humana" ÇFJSC— Grupo de Cãnu.de Direito Público;MS 2008008587, S-Florianôpolis-SC;
reI. Des substituta Sônia Maria Schmita; 22-10-2008 BAASfl 2623:1665-03)
Na França (Lei n 2002-303, art. l, II) "assiste a toda pessoa deficiente o direito, qual- 606- Ferrando Mantovani, Le possibilitâ,i rischi ei linuxti delie manipolazioni getuetiche
quer que seja sua deficiência, à solidariedade da coletividade nacional''. e delle ceenirlie bio-inediche inoderne, A,ios do Fdruni !nterm,aciom;oI de Direito Penal Comnjui-
O projeto do des&ner Seonkcwn Park, para a Sarnsung, de celular em braile venceu o rod, Salvador 1989, R 226; Adriana Diafëria, Código de ética de manipulação genética no
Rei Doí A N)anfç 2009. direito brasileiro - alcance e intenface com regulamcntação correra, Lex Ãlcdidnac Revista
605, Hugo Nigro Mazzilli, A pessoa portadora de deficiência, Tbuna do D?reilo, jul. Porctiguesa de Direito de Saúde, 1:43-5I - Vide Resoluções do Conselho Nacional de Saúde
1997, p8; O deficiente e o Ministério Público, RI', 629:64 n. 466/2012 e 303/2000; Projeto de Lei n. 2.401/2003, art 6°, 1,11,111 e IV.

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seria isso unia modalidade de genocídio? LII técnica de deputação genética 0 ipu lzção genética deverá dar origem ao direito â indenização em favor do
pira estigmatizar um certo grupo populacional estaria fadada ao fracasso lesado, que, para tanto, deverá intentar ação de responsabilidade civil contra
científico e careceria dc qualquer fundamentação jurídica e éti ca :
o lesatitr.
mesmo seria admissível a seieçáo de trabalhadores segundo critérios genétj
cosAs companhias de seguro não têm nenhum direito de exigir a realizaçã o
de análise genética, antes ou depois d efetivar o contrato com o segurad o 131d. 6) Intervenções científicas em embriões humanos e a polêmica dos
embriões excedentes
nem que lhos sejam cor' mu nicados os resultados daquele exame, pois não tê11
direito de obter informação sobre os seus dados genéticos. A reprodução assistida trouxe consigo a possibilidade de se efetuarem
Imprescindível será a edição de normas que tutelem a ilmviolahj]idad e e xperita5 de tecnologia genética que crivolvam embriões humanos. Mas
da herança genética contra qualquer manipulação artificial, impondo a esta seria isso licito? A resposta a essa questão dependerá do momento em que se
limites para proteger a pessoa humana e sua dignidade contra aplicação um co nsidera juridicamente o fruto da concepção.
terapêutica de algum ato e para preservar os interesses da saúde pública e o Ante as novas técnicas de fertilização in vidro e do congelamento de em-
meio ambiente CIII face de urna possível contaminação causada por experi
briões humanos houve quem levantasse o problema relativo ao momento em
ências biotecnológicas. Consequenteniente, o diagnóstico genético prémmatal
que se deve considerarjuridicamente o embrião e o nascituro, entendendo-se
deverá limitar-se a casos em que haja suspeita de enfermidade hereditá ria
que a vida teria início, naturalmente, com a concepção no ventre materno.
grave que coloque em risco a vida, a saúde ou a integridade fisica do embrião
Assim sendo, na fecundação em proveta, embora seja a fecundação do óvulo
para corrigi-la e não para proceder ao aborto eugênico. Quando se realizare i
exames epidenmiológicos sobre lesões genéticas ou diagnósticos g en é t i cas, pelo esperrnatozoide que inicia a vida, seria a nidação do zigoto ou ovo que
devei-se-á sem pre ter em vista uni objetivo terapêutico sendo que a infoi-_ a garantiria; logo, para alguns autores, o nascituro só seria "pessoa" quando o
nação genética obtida terá de ser protegida cotirra qualquer uo indevido ovo fecundado fosse implantado no útero tnater,io, sob a condição do nasci-
para garantir o direito á privacidade do seu titular o proibir di scri'ni naçã o incuto coma vida. Para essa corrente o embrião humano não poderia ser tido
ilícita para fins trabalhistas ou securitários. Além disso deverá proibir-se a como nascituro apesar de dever ter proteção jurídica como pessoa virtual, com
transferência gênica em células germinais hununas, pernil findo-se, apenas carga genética própria. Para outros a vida do embrião só tem início no 15 a
para fins terapêuticos, a manipulação de células somáticas. Será necessário dia, quando se forma o sistema nervoso central. Todavia, assim não pensamos,
ainda tipificar penalmente a clonagem em seres humanos (como fez, p, ex., a corno se pode ver em páginas anteriores. Os mais recentes dados da biologia
Lei n. li_a 05/2005, art. 26) e a produção de seres híbridos ou de quimeras
têm confirmado nosso posicionamento ao demonstrarem que, com a pene-
um alia n te rn istu ra de células germinais hunianas com as de animais. Só es ti tração do óvulo pelo espermatozoide,surge unia nova vida, distinta da daque-
autorizado o teste de hainster, consistente na fertilização de seu óvulo ce io les que lhe deu origem, pois o embrião, a partir desse momento, passa a ser
sênlen humano para avaliar a fecundidade deste", hipótese em que o ovo titular de uni patrimônio genético único e é a partir dos genes, que estão
não poderá desenvolver-se além das duas células. Só se poderia admitirjuri-
dentro dele desde o instante da concepção, que seu cérebro se desenvolve.
dicaniente unia experiência cujos resultados não colocassem em risco o
patrimônio genético da humanidade nem lesassem a integridade fisica, nus Jérônie Lejeune, professor de genética fundamental, mundialmente re-
procurassem trazer um beneficio para o paciente ou atender a unia íinalida- conhecido por seus estudos de genética humana, observou614: "Cada ser hu-
de terapêutica. Qualquer dano moral e/ou patrimonial provocado por na- mano tem um começo único, que ocorre no momento da concepção. Embrião:
Essa a niais jovem forma do ser. - .'. Pré-embrião: essa palavra não existe.
Não há necessidade de uma subclasse de embrião a ser chamada de pré-embrião,
612-Stelia Maris Martinca, Maimipulação,,., Boletim, cm, P. 226-9; Wertz e Fktcher, porque nada existe antes do ernbrião;antes de um embrião existe apenas um
Moral reasoning arnong medical gcnecicist iii eig]iree'i nations, in jiaicoretico/ inedidne, Ho]an-
da, 1989p 123-38.
613- P. Martinho da Silva A prowaçao artificial - aspectos jurídicos, Coimbra, 1986,. 64.
614.Jérôme Lejeune, apud Mestieri, Embriões, Consukx, 32:43.

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entendemos que o ser humano Cm qualquer de suas fases enibrioriãri as aldr arava não só o uso, para fins de pesquisa e terapia de células-tronco
dentro ou fora do corpo da mulher, merece proteção jurídica, pois a ora
e nibri0n1át5 humanas sem o consentimento dos genitores e sem aprova-
revogada Lei n. 8.974/95, anis, 8, III e IV, e 13, III, veio a reforçar essa
ção do Comitê de Ética em pesqui.a, bem corno sua comercialização ('art.
ideia ao vedar, cofio vimos, não só a intervenção em material
69,IV aVI, do Decreto n. 5.591/2005). Vide comentários contidos na nota
humano ai virra, salvo para tratamento de defeitos genéticos, mas ta ii ihé na
581 desta obra.
a produção, o arnaazeraamento ou a manipulação de embriões humano s
O embrião, por ter todos os atributos da espécie humana, merece a
destinados a scrvir como 1 naterial biológico disponível, considerando c ais
proteÇãO de sua vida, integridade fisica e dignidade (CF, arts. 1, III, e 5°, III),
atos como crimes e punindo-os severaniei1te 6 .A Lei ir 11.105/2005, arts
62 , 111, e 25, apesar de zelar pelo embrião, no art. rira veio a admitir pesqui
sa em células estaliliri a is ou em células-tronco embrionárias que, havendo
consenso dos genitores, poderão servir de base para tratamento de niolés_ doenças genéricas, direcionadas pela história clinica dos individuos cujos gainetas originaram
o enibriáo. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido referido no art. 66 do Decreto n.
tias graves e recuperação de tecidos danificados, desde que extraídas de
5591. de 22 de novembro de 2005, deve: a) prever a destinação para fins de pesquisa e/ou
embrião humano de 5 a 6 dias, inviável ou congelado há 3 anos., que, terJpia das células-tronco embrionárias; eh) garantir o sigilo dos dados genéticos dos doado-
consequerlteiilente, é destruído no pi'ocesso. Constituirá infração adnii_ res de embriões e de ganletas. Esse Termo deve ser elaborado em duas vias pelas instituições
que exercem atividades que envolvam o congelamento e arinazenamento de eiambriõcs hu-
nianor,c assinado pelos genitores, sendo urna das vias arquivada pela instituição e a Outra
destinada aos genitores.
61? .Traverso, La uncla cosi iti raio ia Ir deI/a person ti £ O lO p t/l O ddila rase/la, Mil a no, Ci u
1977; Silirani J. A. Chinelato e Mnicida, O nascituro no Código Civil e iio 110550 direito A Agência Nacional deVigiláncia Saiaitària (ANVtSA), no prazo máximo de 18 meses,
constituetido, in O direito iIc/ariíIia e ti C'iiistitriiçaii Federal de 1988. coord. C. A, Bittr, Sàu a coroar da pu hlieaçáo desta Portaria, deverá expedir nornia para procedi nientos de colete
p. 39-52; Michauci, La persortrie IxrÍr;;aifiejracrau u/erIurp';iiesil u/e .çcfeiiç
Paulo, Saraivt, 1989,
proccss.uIIieilro, reste, aralazeriameilto, transporte, controle de qualidade e uso de cêlt'l;'s-
biouihlicak, Paris, 1990; Zannoiii, f,uscrinr:acolr artficiaI yjcciiruiactiá,r cxruuuterilr[i,Buenos Aires -tronco embrionárias humanas para fins de pesquise e terapia, conforme o disposto no art. 65
1978, Sérgio Ferra,. Manipidaç&s b/o/4'/eas, cit.; M. Helena Diniz, Cddiço CIeU (iiotOdi cit., do Decreto n. 5 591 ,de 22 de novembro de 2005.
coincnts. ao art. 4°, p. 8-10. O direito argentino foi mais coerente ao afirmar que .5 persoiva_ Pelo Decreto 0 .5.591/2005:
lidade juridica comeca no nloiileii to da fecundação, e o Código Civil brasilei tu (art. 2 "Art. 64. Cabe ao Ministério da Saúde promover Jevamitaniento e manter cadastro atu-
tanibéin o foi por resguardar os direitos do nascituro desde a concepção. alizado de embriões humanos obtidos por fertilização iii vítra e não utilizados no respectivo
618. Portaria n. 2.526, de 21 de dezembro de 2005, do Ministério da Súde, dispõe procedimento.
sobre a rufo rinaço de dados iccessirios à identificação de embriões humanos produzidos por
1° As instituições que exercem atividades que envolvam congelamento e armazena-
fertilização rircurto; pois conside' -ando a necessidade de colocarem prática a paclronizaçio dc
menro de embriões humanos deverão i nfornaar, conforme norma especifica que estabelecerá
procedimentos e responsabilidades para pesquisa e terapia que envolvam células-tronco ou-
prazos, os dados necessários à identificação dos embriões inviáveis produzidos em seus esta-
locunsárias humanas, "eolve que as instituições que exercem atividades relativas ao congela-
heleciinemitos e dos embriões congelados disponíveis.
mento e arnuzenanienro de embriões humanos produzidos por fertilização in virra deverão
passar a informar, no prazo de 30 dias, a contar da publicação do Decreto n. 5.591/2005, os 2° O Ministério da Saúde expedirá a norma de que trata o S Vs no prazo de trinta
dados necessários à edunanfiturpã. das embriões inviáveis produzidos em seus estabelecimentos dias da publicação deste Decreto.
e dos eiiihriões congelados dispo'iiveis, segundo dispõe o 5 P do art. 64 do mencionado Art.6S.A Agência Nacional deVigilincia Sanitiria -AN'VISA estabelecerá normas para
Decreto n. 5.591, de 22 de novembro de 2005.Tais informações deverão ser encaminhadas à procedi plietitos de coleta, processamento, teste armazenamnento, transporte, controle de qua-
Agência Nacional de Vigilància Sarlitária (ANVISA) para a constituição de um banco de lidade e uso de células-tronco enibrioriárias humanas para os fins desse Capitulo.
dados sobre embriões humanos.A ANVISA deverá publicar, no prazo de 120 (cento e vinte) Ait. 66.Os genitores que doarem,para fins de pesquisa ou terapia, células-tronco embrio-
dias da publicação desta Portaria, norma específica sobre os dados que devem ser inforiiados finas humanas obtidas em conformidade com o disposto neste Capitulo, deverão assina Termo
e as formas ou meios e envio desses dados, O sigilo dessas informações, relativas à identidade de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme norma especifica do Ministério da Saúde.
dos doadores de gamelas e de embriões, deverá estar resguardado. Segundo o disposto no Art. 67. A utilização, em terapia. de células-tronco embrionárias humanas, observado o
inciso XIII do art. 3° do Decreto n. 5.591. de 22 de novembro de 2005, entende-se por dag-
art. 63, será realizada em conformidade com as diretrizes da Ministério da Saúde para a ava-
nõstico pré-imnplantacional as técnicas que avaliam a possibilidade de prese'lça/ocorréilcia de liação de novas tecnologias".

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nação artificial para avaliar o sêmcn dos doadores, deteraiiinando sua dotaç 0 ser criopreservados". Todavia, pela ftesolução CEM ri. 2121/2015, Seção V,
cromossôrnica. Fora dai tal prática feriria a dignidade humana e colocaria em n. 4: 'Os embriões criopreservados com mais de 5 anos poderão ser descartados
risco o patrimônio genético da humanidade e sua sobrevivência corno espécie e esta for a vontade dos pacientes A utilização dos embriões em pesquisas de
pois permitiria a concepção de híbridos da espécie humana com qualquer ou- célulastrIw 0 , não é obrigatória, conforme previsto na Lei de Biossegurança''.
tro animal. Se isso é possível com gainetas de hamster e humanos, o que não Merecedor de sanção será qualquer tráfico de embriões crioconservados
resultaria de unia fecundação in vicro realizada entre uni óvulo de chimpanzé e para fins científicos, comerciais ou industriais, assini como nulo será o con-
um espermatozoide humano? O ser híbrido seria pessoa humana, por ter sido trato que o prever (CE, art. 199, 42, e Res. do Parlamento Europeu de
oriundo da fusão de uni gameta de ser humano e de uni de animal? Qual a 16-3-1989). As instituições médicas e científicas que tiverem embriões em
natureza jurídica desse embri5o interespecífico? Seria viável numa transferênci a seu poder na qualidade de depositárias não poderão deles dispor onerosa-
posterior a uni útero? 2t .Vedada está também a técnica de engenharia geilética mente, sendo possível apenas usá-los ou entregá-los para doação, a fim de
de fusão de embriões ou qualquer procedimento relativo à produção de qui- serena utilizados em fertilização assistida, desde que haja anuência dos doa-
meras, pois nada obsta a fusão, em laboratório, de dois zigotos humanos. um dores dos gametas ou do casal que os encomendou e do órgão controlador.
sadio e outro com enfermidade genética, para obter um só embrião, com qua- Na- caberão à clínica nem ao médico a tomada de decisão sobre o destino
tro progenitores, sem aquela moléstia, com o escopo de implantá-lo no útero do embrião alheio ou o controle dele.
de uma mulher, por constituir vulneração à intangibilidade do patrimônio ge- Qualquer aplicação em embriões, bem como em seus órgãos, tecidos ou
nético e ato contrário ao princípio do respeito à dignidade humana. Esse mé- células, de técnicas experimentais ou de procedimentos científicos investiga-
todo para resgatar embrião defeituoso, na verdade, seria, como diz Edwards, um
córios. com fins diagnósticos ou terapêuticos, somente devei ia ser possível se
remendo de embrião anormal, com a utilização de substáncia eiiihrionária hu- estiverem clinicamente naortos e coni anuência daqueles que gratuitamente
mana sacha procedente de outros doadores de ganietas, dando origem a um ser cederam os gainetas 623 . A Lei n. 11.105/2005, no art. 52, III, veda engenharia
humano violado em sua dignidade e com seu pata imôrno genético alterado, genética em zigoto e embrião humano, mas, apesar disso, no art. 5°, possibili-
uma vez que se introduziu unia mutação forçada, cuja consequência sei-á riu ta, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias,
previsível e afetará o património genético da humanidade, porque é transniissi- obtidas de embriões humanos inviáveis ou congelados há 3 anos ou mais. Pelo
vel à descendência, que poderá ser hermafrodita, por exemploria . Decreto n. 5.591/2005 (art. 3, XIII), embrião inviável é o que, conforme
Não se pode usar embriões ou substâncias embrionárias humanas para normas específicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, teve seu desenvol-
produzir cosméticos ou armas biológicas ou exterminadoras (Res. ti. 1. 00/89 viniento interrompido por ausência espontânea de clivagem após período
do Conselho da Europa e Código de Ética Médica, art. 99), nem proloimar superior a vinte e quatro horas, a partir da fertilização in vitro, ou alterações
seu desenvolvimento fora do útero de unta mulher, para fins experimentais morfológicas que comprometam o seu pleno desenvolvimento. Pelo art. 63,
ou para extrair, oportunamente, seus tecidos ou órgãos, e muito menos mi- - § 2, do Decreto n 5.591/2005, as instituições de pesquisa e serviços de saú-
plantá-los em útero de animais. - de para pesquisa com célula-tronco embrionária humana deverão submeter
Pela Resolução do CEM n. 2,121/2015, SeçãoV, ir 2:0 número total de seus projetos à aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. E os genitores (art.
embriões gerados em laboratório será comunicado aos pacientes, para que de- 66) que doarem célula-tronco embrionária humana, para fins de pesquisa ou
cidani quantos embriões serão transferidos afresco. Os excedentes, viáveis, devem terapia, deverão assinarTermo de Consentimento Livre e Esclarecido 624 .

621 Stelia Maris Martinez, Manipulaçào.. Boletim, cm, p 146-7; A] ice T. Ferreira e 621 SteIl-a Maris Martinez, Manipulaçãn. Boletim, cir., p. 152-7 e 160; Marlene Bo
Ijalton de Paula Ramos, Manifesto..., N'úcleo, cit., ri. 4.
Luiz ctco clèreza RodriguesVie'ra, Estudo com cólulas-tronco e seus aspectos bioêticos, in Ensaios
622- Stelia Maris Martinez, Manipulação., B,1,1 i, cit. p. 149-50 e 230-4. O Projeto
de hioérica e direito (org.Tereza RVieira), Brasilia, Consulcx, 2009, p. 13 a 28.
de Lei n 2-401/2003 visa vedar (arr 62,1V) a produço, o arillazenaxnento ou a moipulaço 624- Elucida bem a questão o seguinte gráfico apresentado i iojornal da Tarde (5-3-2008,
de embriões humanos destinados a servir como material biológico dispoiiivel. p 8-A):

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Como se poderia usar o embrião congelado? Não poderá ser comer ficar O consentimento para a crioconservação, e, se durante duas renovações
cializado, nem empregado para Fins experimentais. cosnlctológicos ou c onsecutivas for impossível obter tal consenso, os embriões ficarão à dispo-
dustr ia is (2V . Quem teria sua custódia e a quem caberia a decisão sobre seu sição do centro em que se encontram crioconservados, que poderá destiná-los
destino?Teria ele direito sucessório itt poceutia? Em 22 de fevereiro de 1993, doação para fins reprodutivos ou de investigação, mantendo as exigências
a Suprema Corte do l'ennessee (EUA) negou pedido de uma divorciada de confidencialidade e anonimato e ausência de ânimo de lucro (Ler espa-
utilização de 7 embriões congelados e ni ararticios vivos no Fertility Cc,, ter of nhola n. 14/2006, ares. 4, b e e, e (á`); na Noruega, o prazo é de 3 anos, após
East Tcnneççee fé, rti i za dos iri vi(fl,, há 4 ar' os, quan dc) ela e o seu
ainda viviam juntos e descobriram que não poderiam conceber de co rina
inanida o qual poder o ser descartados os não utilizados. Estaria isso correto? Que
fazer após o escoamento do prazo legal para congelamento? A Inglaterra, por
natural. Ao denegar tal pedido, o Judiciário baseou-se na tese de que iiin exemplo impõe o limite legal de 5 anos, por isso em 1998 destruiu milhaies
guéin poderia ser forçado pela lei, ou pela jurisprudência, a ser pai, pois de embriões conge)ados em obediência à lei. Se o embrião humano conge-
prejudicaria o direito de privacidade garantido constitucionalmente. Re- lado é uni ser humano, contendo uma genuína manifestação de vida, niere-
conheceu, portanto, ao marido o direito de não procriar e de ver extermi cedor, por isso, de respeito e preservação, como admitir tal massacre pré-na-
nados os embriões que sua mulher queria preservar para futura inseminaçã o (ai? Como solucionar o problema do prazo de estocamento e do destino dos
Já a Supreiiia Corte de Nova forque, por sua vez, ignorando aquele prece- embriões crioconservados? Se não forem transferidos ao útero de sua mãe,
dente judicial, eu, 1995, veio a conceder a uma divorciada a posse dos deverão ser "doados", ou melhor, cedidos, gratuita e obrigatoriamente, a
embriões congelados, produtos de óvulos seus fecundados antes do divór- outro casal, desde que seus pais renunciem a qualquer direito e permaneçam
cio por esperma de seu ex-marido, consagrando o seu direito de vir a no anonimato?
implantá-los futuramen te ciii seu íite no, considerando que os direitos do
Será preciso a edição de normas especiais para a tutela dos embriões
côn] uge varão terminaram 110 I1IO11I Cli to da ej a c ti laçã o o u da doação do
esperma, sob O argumento ainda de que, se ii tini lias Ci] ile ii to natou,l, as gema tios na proveta, como se deu e m alguns países, propondo iiied idas para
a solução dessa situação, principalmente se estivereni congelados e supera-
Cortes sempre reconheceram ás mães o controle lega] sobre o feto, elas do o prazo legal estabelecido para sua conservação- Por exemplo, a pesqui-
deverão ter o ,nesriio direito sobre os embriões produzidos pela fertilização
sa sobre embrião humano é vedada na Irlanda, Áustria, Noruega (Lei n.
na proveta, e, além disso, estar-se-ia assim respeitando o direito à vida da-
68/87),Alenianha (Relatório Burila de 1984 e Lei n. 745/90), exceto para
queles embriões, que teve início corri a concepção. E como são seres Im-
determinação, prevenção ou cura de moléstia do próprio embrião. Na
manos, seria nem ifestadanacote melhor para os seus interesses que estivesseni
Dinamarca (Lei de 22-5-1987), proíbem-se o uso de embriões em pesqui-
disponíveis para iii 1 plantação u teri na " .
sas, a produção de seres humanos idênticos e a criação de seres humanos
1 laverá algui ii limite de teu ipo para estocagein de enibriões humanos? pela fusão, antes da implantação no útero, de embriões ou de partes de
A crioconscrvação de embriões para serem transferidos à doadora apenas embriões geneticamente diferentes, assina como a produção de seres hu-
seria permitida pelo mesmo tempo de duração de sua vida reprodutiva? Qual naanos híbridos, originários de cruzamento de espécies diferentes, mas
o critério para imposição do prazo de duração do congelamento? Na Espa- permite o congelamento por um ano, sendo que, em caso de não manifes-
dia, a cada dois anos, no mínimo, a mãe ou o casal deverá renovar ou modi- tação do casal após esse período, o descarte está previsto. Na França, exige-se
o respeito a três princípios éticos: o da não produção de embriões para
pesquisa, o da não reimplantação de um embriãojá testado em experiências
627.M. Helena Dinis, Reflexões..., Livro de Estudos ]urídcos, ca, p 217-8; Questào e o da anuência dos genitores para utilização de embriões excedentes cm
é ti co -i a nid i ca da pesquisa científica em rui b ri ôes h u mau os, Temas rete a, ls do direiro civil
conteinponMco. coord G. Ettorc Nanni, So Paulo. Atlas, 2008, p 1-16.
pesquisas, cujo congelamento é permitido por 5 anos, período após o qual
se poderá ter o descarte ou a sua doação a outro casal infértil. As Reco-
628.Consulte João Mestieri, Embriões, Co sr,Irx. cit, p. 42-3 Jeais Bailesteros, La huuia-
uidad "ia virra'',Granada 2002; Heloisa Helena Barbosa Enihr,ões excedentirios e a lei de bios- mendações n. 1.046/86 e 1.100/89 do Conselho da Europa exigem que,
segurança: o sonho confronta a realidade, Fa,ixília e dxnrdadeAnais doV Congresso Brasileiro de sendo o embrião uma pessoa humana, seja tratado com respeito à sua dig-
direito de família (coord. R. Cunha Pereira), São Paulo; [OB-Tlioinsom 2006, p. 457 e 5. nidade, dando-se-lhe tutela jurídica desde a fecundação do óvulo, e não

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prefere chamá-la a revista Time, causou impacto e ftisçon na comunidad e tista OonWolf, que conseguiu danar macacos, mas estes não eram genetica-
científica e empolgou o mundo, pois a divulgação da experiência na revista mente idênticos, pois foram criados a partir de células de embriões de pri-
Nature, explicando a técnica da clonagem, que deu te igem a Doily, represen- matas diferentes 614 .
tou uni enorme e ousado avanço da ciência, que reabre a possibilidade de Até a criação de Dolly pela equipe do embriologista lanWilmut, do
clonar seres humiiatios, ressuscitando o 'fantasma'' nazista de "xerocopia r ' Instituto Roslin, situado em Edimburgo (Escócia), após 277 tentativas,
soldados alemães, com toda sua carga genética, tendo por fim, com sua fan- ainda não se tinha conseguido, de forma assexuada e artificialmente, unia
tasia de super-homem, atingir a pureza da raça ariana e a vitória na guerra cópia idêntica de uni mamífero adulto (ovino) usando núcleo, ou carga
lembrando um período da história que todos prefereum esquecer, pelas feridas g enética de uma célula somática (célula mamária de uma ovelha) c sem
que causou, levantando, por fim, questões religiosas, éticas, científicas, filosó- par t icipação de gameta masculino ou espermatozoide. Esse núcleo, que
ficas e jurídicas. contém o DNA, foi colocado no citoplasma de uni óvulo desnucleado e
não fecundado de outra ovelha, e, por meio de uma fusão elétrica, reativou-se
A ideia de clonagem não é nova; essa técnica assexual de reprodução
a nova célula, que, então, passou a multiplicar-se, dando origem a um em-
mediante transplante nuclear de célula, vem sendo empregada em grande
brião, que foi implantado no útero de urna terceira ovelha, que em setem-
escala na seara da agronomia com plantas, desde a década de 60, para atender
bro de 1996 pariu Dolly, cópia fisica perfeita daquela que cedeu a célula
a fins comerciais. Com animais, as primeiras experiências foram feitas, em mamária, tendo por única diferença a idade. Dolly e a ovelha adulta que
1962, por Gurdon, com sapos, retirando-se o núcleo do óvulo de unia célu-
cedeu o DNA são corno gêmeas nascidas com anos de diferença. Com isso,
la do intestino de um girino, para obter embriões de sapos"'. Na década de passou-se a ter a certeza de que células somáticas adultas ou diferenciadas
80 tentou-se, cio hIc,stor,n,,,ininsi vacas com en,hriõ es cJ onados, mas sem (como as da pele, do cérebro, dos músculos etc-) são totipotentes e retêm a
sLicesso. 1 nrerronipeu-sc a pesquisa porq ti e tini a cada cinco bezerros era ii laior capacidade de exprimir a totalidade da informação genérica que caracteri-
do que o normal e um a cada vinte era gigante. Outras tentativas foram fei- za o individuo 63\ Todavia, alerta Lygia da Veiga Pereira que, se as células
tas com animais, mas o resultado foi a produção de monstros genéticos, que sornáticas sofrem agressões ao longo do tempo, que rernunamn por danificar
não conseguiram sobreviver". A pritiieira clonageni bem-sucedida de um o seu material genético, como garantir a integridade dos genes da célula e,
niainifero ocorreu em 1988, com uma rata, por obra dos cientistas <aI Flili- por conseguinte, os do clone?
rnensee e Peter Hoppe, que extraíram o núcleo de unia célula embrionária Com isso, ter-se-ia a criação de clones aparentemente normais, mas que
de urna rata cinzenta, introduzindo--o numa célula-ovo previamente desnu- contêm em seus genes alterações que, ao se revelar mais tarde, produziriam
cleada de uma rata preta. Esse zigoto modificado foi transferido para o útero o efeito de uma bomba-relógio. A técnica precisaria ser aperfeiçoada ou
dc uma rata branca, dando migein a três ratinhas cinzentas, idênticas ao abandonada, para evitar a ocorrência de uni mal ao meio ambiente ou à
embrião que doou o núcleo. Essa técnica de 1 Iillmensee e I-Ioppe seria mais humanidade.
uni transplante de núcleo do que uma autêntica clonagena pois esta deveria Sob o prisma científico, a clonagem de animais poderia ser útil terapeu-
consistir na reprodução de um organismo completo a partir do núcleo de ticamente na obtenção de produtos farmacêuticos de origem orgânica, como,
qualquer célula somática, e não de urna célula embrionária indiferenciada
Em Beaverton, no ano de 1996, essa mesma técnica foi utilizada pelo cien-
634. Tereza R.Vieira, B!oériea e direito, nt, p 24
635 Jaime Espinosa, Questões de bioética, cit., p. 103; Zero Hora, 25-2-1 997; Wiliiiut,
631. Shoppiug News, City News, 4-3-1978 Mas se tem noticia de que cm 1894, Ilans Srhnicke McWhir, Kind e &rnpbeU,Viable oftpring der,ved from fetal and aduim mani-
Dreisch já havia clonado um ouriço-do-niar. malian ceIs, Narur, 385:810-3; Marshall, Maromnalian cloning debate heams up, Sdence,
632. Vide 'lercza lCVieira, Biohica e direito, rir,, p. 24. 275; 1733.
633 Arnica, 20-8-1 987, p. 30 e s.:Jairne Espinosa, Qr;esfôes dc hioética, cit., p. 102-3 636. Lygia daVeiga Pereira, Clonagem: fazer ou não?, Folha de S.Pa,.lo, 8-2-1998,

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Será necessário lembrar que a existência de um animal clonado não em busca de respostas viáveis e de unia tomada de posição contrária á cIo-
imprescindível para a obtenção de proteína humana em grandes quantidade s nagein humana, que, tio momento, é a grande questão.
pois pode ser produzida por técnicas de biologia molecular, como se da con
a insulina de porco modificada e com o hormônio do ci -esciluento. Isso 13.d.7.2) Clonagem humana e técnicas de clonação
requer, certa cautela lia produção de animais transgênicos?
A dlonagem cm humanos constitui um processo de reprodução asse-
É possível, até iiaesn lo, a criação do Cicue do e/ai ic, pois o Instituto Ka- xuada de una ser humano, e a dlonagem radical seria o processo de clonagemil
goslminia, para estudo do envelhecimento e da expectativa de vida do aiiiiiial de um ser humano a partir de uma célula, ou de uni coiunto de células,
danado de outro cIene, anunciou o nascimento de um bezerro clonado a g eiieticatflelite manipuladas ou não- E preciso, portanto, distinguir, sua caso
partir de outro clonado, inaugurando unia segunda geração de animais ge- de aplicação de técnicas de clonagern dai seres humanos, a reprodutiva, uti-
neticamente idênticos lizada na fertilização iu vítra para obtenção de contes, da icio reprodutiva,
A divulgação pela imprensa de determinadas experiências de clonação, realizada para fins terapêuticos, com o escopo de produzir o cultivo de
principalmente da sofrida por Dolly, suscitou o debate sobre a possibilidade tecidos ou órgãos, partindo de embriões ou das células ste,n, que são célu-
de sua aplicação, dentro das técnicas de reprodução assistida, a seres liunianos las imaturas com capacidade de autorregeneração e diferenciação, para
reparação de tecidos e órgãos danificados. A não reprodutiva poderia ser
e as consequências que dela poderiam derivar, despertando a reação de cien-
admitida desde que não se empreginem embriões pré-imnplantatôrios E
tistas, teólogos,juristas, de diferentes entidades e de organismos ii ternacionais,
possível o cultivo de tecidos partindo de células presentes nos órgãos do
próprio paciente pala, numa terapia para vítimas de acidentes ou doenças,
elinu 1 ar a rejeição. Por exemplo, cru Boston, no início dej an e iro de 2000,
orelha preservada em refrieraçJo de uni L- ae]loiro dessa raça. ilioriO ciii 2006. O niacerial
genérico de tinia r.éltila desse cio foi 'etiradri e inserido em aliar óvulo, cto nticleo fui ivnio ouve a produção de próteses naturais de seios, 'mm ediante a muI ti pli ca ç ão,
vido célula foi cultivada ciii labora(ório, dando origem a um embrião que foi, enro, ini ciii laboratório, de células extraídas do próprio corpo da mulher, que foram
plantado no incria de unia cadela rlarmdn origemil a cinco filhotes cionados, idênticos agaste colocadas sobre um molde de plstico em forumaro de seio, onde se dividi-
cachorro que niorreu em 2006. Dai o grãfico: rani até cobri

4çj2 Ø:
As técnicas de clonagem reprodutiva poderão ser as seguintes

638 Vide furei:, R Vieira, Biétmca e direito, cit., p 30 e 37; Edna R. R. 5. Hogeina nu,
Com i/litos 6iobim-mis - o caso da cio ;Iaçenm 1, u a a ia, L um eia juro, 2003; M. Helena 1)1 ni a, Cio na ge na
humana- problemas tico-juridicos, Atmrníidades Jsnídmra, 5:227-40; Maria Claudia C. Bratirmer,
ftepmduço humana e clonagelam: perspectivas éticas e juridicas, Biodrica e sexualidodo (coord.
Tereza R.Vieira), São Paulo, Ediror-ajuridica Brasileira, 2004, R 39-53; Alice Teixeira Ferreira,
Lilian P. M, Eça e Dalton Luiz de E Ramos, Clonagemn terapêutica - unplicações éticas e
económicas Nkieo, 8:3-4; Ccsare Trihert, Tra bioet,ca, GiL, p 205 a 210; Rira KeJcii. Respon-
^4 sahiiidade civil na clonagein hunmana, Ensaios sobre respoi;sabifidade civil na p6s-wodernidade
(coord Hmm'onaka e Falavigna), Porco Alegre, Magiarer, 2007, p. 329-52; Maria Garcbi, Linxmtcs
da cií;ida São Paulo, Revista dosTribunais, 2004, p. 169-76; Mauro Nicolaujunior, inseiii,mia_
çào artificial, cionagem do ser humano e sextialidade - os efeitos pmduzidos na farnilma do
presente e do futuro Revista Síntese - Direito de Família, 65:46 a 85; Mayana Za5, Clonagem
Cientistas japoneses obtiveram clones saudveis utilizando DNA de tini ca,uuiidoiigo e céli onco LtSP - Estudoç A nançado, 51247-56; Dráuzio Varelia, Clonagem hu,amana,
congelado há 16 anos, e sugerem a possibilidade de se ressuscitar aniniais extintos, como e (ISP- EswdosAvançados 51:262-68- França (Lei n. 2004-800, de 6-8-2(104) proibe cionagem
mtc (AgiiaØo. 84:61 - 2008) reprodutiva.

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Irem formados- Na cloilagem terapêutica, no enta,1t0 os tecidas são obtidas em tubos de uivitelino quando o embrião de poucas células se divide, surgindo dois
ensaio'. Isto é, o e,aihriao a ser utilizado 'são seria retirado de uma trompa ou de uni úte,• 0 zigotos, que gerarão duas pessoas geneticamente iguais. Esse tipo de clonaçán
'lias manipulado em lahc,ratória pode ser feito artificialmente no laboratório de fertilização in vitw, quando
A Câniara dos Deputados, para justificar o veto à cloiiageias terapêtinca, arguuie n0 o médico força a separação das duas células embrionárias iniciais (blástula)
qLie exjsteili celulas-tronco Cal tecidos adultos e, portanto, não haveria a necessidade de Ifla_
para aumentar as possibilidades de obter a gravidez, podendo causar o nasci-
nipular células enubrioriarias.
mento de gênwos. Tal clonageni foi feita várias ''ezes com animais, e em 1993
Embora verdadeiro, este a rgutalento não atende à proposta terapêutica da coinuilidade
Stillmann e Hall noticiaram no Congresso da Sociedade Americana de
enrifica. As células provenientes destes tecidos rijo são tão potentes quanto as embrioiijr ias
Fertilização, que teve lugar em Montreal, sua realização, por Martine Nijs.
isto é, não são capazes de se diferenciar em ralitos tecidos quanto estas últinias A utilização dc'
células-tronco de tecidos adultos exclusivameutc rescrmnge o resultado das pesquisas, dai com ser humano, que, ao realizar urna terapia para aumentar a eficiência da
necessidade de se autorizar o uso das células-tronco provenientes de embriões humanos fertilização, acabou gerando gêmeos; mas, por temor das consequências que
Além disso, afirmou-se ria Cémara que ta iumarliptLlsç-ão eliruiinaria vidas humana,. tiiin
vez que os embriões são o estágio inicial do (iesenvolviniento htunano.
Eui relação -i este ponto, o que se propõe aqui é o uso de embriões que sobram d e X - clonagern terapêutica: técnica de transferência de núcleos para obretição de cétu-
clinicas de fertilizçào. E sabido que nestas clínicas unia mulher é estimulada a produzir cerca las_tronco corri a finalidade de produzir tecidos para tratamento de doenças e lesões:
de IS óvulos para se tentar a fertilização c eoliseqticntehflente, são produzidos aproximacla Xl - células pluriporcures: células que apresentam a capacidade de se crarisfornmar cm
nieiae 13 eiiibrrnes. Alguns destes embriões são descartados no inicio do processo, por não células de qualquer tecido de um organisnio.
tereni qualidade para aram iiiplautamlos r :ic:ub:'iuu por ser congelados .Após alguns ,aos erres
embriões perdem rua qualidade e são dcsprezado.A ideia é alterar a ptoposta apresentada pela Art. 52 É vedado:
Cdiusara e plopor o uso rerapõucieo destes embriões que seriam descartados e que são fonte
de célul;is-troiaco einbrio,iãrias. II - engenharia genérica em células gernianais Iiumnaraas de adultos ou de embriàes
Esta Coordenador ia e respomisével pcIa coordenação das políticas públicas ref'eterices
pessoa portadora de deficiência. Como tal, entendemos ser de extrema importância para estas IV - produção de embriões humanos destinados a servir como material biológica
pessoas a aprovaçau dc tun projeto de lei que permita a realização de pesquisas científicas conu disponível, salvo nos casos em que o objetivo é a obtenção de células-tronco a partir de em-
o propósito de encontrar a cura para doenças degenerativas ou a restauração de órgãos ou briões produzidos para reprodução, por fertilização i a vitro, e que resultarem inviáveis para
tecidos lesados- especialmente aqueles que possam vir a gerar deficiências, sejam elas lisicas, iunpl a atação
auditivas, visuais, mentais ou naultiplas. V - intervenção em material genético humano ir, vivo, exceto se aprovado pelos órgãos
competentes para fins de:
Coiac]uí,iios, portanto, que a aprovação do texto enviado pela Céniara dos Deputados,
a) diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças e lesões:
que veta a clonagemn terapêutica, coiifmgmim'a atraso cientifico e tecnológico em uma área de
b) clonagem terapêutica para obtenção de célmilis-tronco;
gra 'ide relevância às pessoas caiu defic iénc Ia - E unvu segunda condenação à qual idade de vida
c) terapia celular e uiedicina regenerativa.
destes cidadãos.
O homem náo é Deus, nem deve ter tal pretensão. Desta forma, cientistas não podem
Art. 32. Constituem-se crimes:
ser avaliados corno se pretendessem tomar o papel do Criador. A clonageni terapêutica com
engenharia genética em células germinais humanas'.
células-tronco e,l brionirias é apenas a aplicação do conhecimento científico conferido aos
Encaminho à consideração da Coordenadora Geral desta CORDE, sugerindo encami-
o mucos pelo saber absoluto Daquele. nhamento á Subchefia de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Coordenação Política e
Tendo em vista os argtililentos aqui apontados, apresentamos abaixo pToposra de enien- Assuntos Institucionais da Presidência da República e à Liderança do Governo no Senado,
da ao PLC n. 9/2004, de forma a autorizar o uso terapêutica de células-tronco eunbrior,drias pata prossegtiimnento. Brasília-DE, 7 de junho de 2004".
Mas, no dia 24-3-2005, entrou em vigor a Lei n. 11.105, acatando em parte as propos-
Arr. 32 Para os efeitos desta lei, defmneiui-se: tas acinia.
Vide Código de Ética Médica, arts. 15 e 16.

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Todavia, seria pi-eciso lembrar as palavras de Albin Eser de que "não se 13.d.7 3) Clonagem de seres humanos e biodireito
pode tratar aqui de alimentar uma inocente inimizade frente à tecnologia, e,
Ante a possibilidade de a técnica da clonação ser aplicável à espécie
sim, de assegurar-se dos possíveis riscos e correspondentes precauções, antes
huila ana, surge a discussão sobre as razões que a j ustificou i ali):
que deslizemos, sem nos dar conta, na direção de avanços científicos que
possam ser caracterizados por um caminho sem retorno' 643 Isto é assim
1 a) O desejo de unia pessoa perpetuar-se a si mesma por transferência
porque todo progresso é ambivalente, pois, como o deusJano da naitologia de núcleo de célula somárica ou clifer cri cio da, pois o clone seria uma cópia
ele tainhéni apresenta duas faces. A pesquisa na genética humana não deverá idêntica do adulto que cedeu o DNA: seria unia espécie de gémeo atrasado
ser banida, fias sim orientada para o bem geral da humanidade e voltada ao no tempo. Não seria enorme o risco de clonar a si mesmo ou de fazer ie-
devido respeito à dignidade humana e a identidade pessoal de cada indivi- nascer uni tiiorto, criando uni embrião com unia célula sua? Richard Seed,
duo"46 . Será que o poder de clonar ser humano serviria aos interesses da tís ico norte-americano, em de setembro de 1998, anunciou que, não dis-
h urnanidade, ao bem comnu fli e ao progresso da espécie? Que justificativas se pondo de voluntários, iria clonar-se a si mesmo em dois anos e meio, imitro-
poderia apontar para que se tivesse certeza quanto aos seus riscos e beneficio 5 ? duzindo o núcleo de unia de suas células somáticas nuna óvulo desnucleado
Como garantir seus heneficios e controlar seus riscos? A possibilidade da doado por sua mulhe1 147 . Deveras, a possibilidade de ter um clone seu pode-
clommageni humana não estaria pleiteando a imposição de um pensamento rá incendiar muitos egos vaidosos e permitir devaneios de perpetuação- Já
ético-jurídico que se oponha a qualquer atentado àqueles princípios acima tivenios, até mnesnio, a terrível notícia de que Saddam Hussein mandou
mencionados, para manter a coerência numa solução viável ao problema em montar um laboratório de clonagem para a produção de uru sósia de si pró-
discussão? Parece-nos que. dentre os inúmeros desafios desta década do prio, apesar da advertência dos cientistas, para frustração do ditador e alivio
cérebro'', este é ci maior, pois o mundo científico-jurídico não poderá deixar da humanidade de que tal clone seria tão somente unia cópia fisica sua, mas
de opor-st às tendências dos geneticistas de dar passagem à liberação de não intelectual ou em o cionaV! W
fantasias que, ciii busca da imortalidade, negam o ineluti vel final da vida b) A vontade de reproduzir um ser querido já falecido, ou em vias de
humana, veiculadas pela mídia: é necessário posicionar-se diante da opinião falecer. Esse poderia ser o caso dos pais que, diante da norte iminente de uni
pública e da hunianiclade pelo respeito aos valores humanos, incriminando filho, provocada por acidente ou por outra causa, venham a pedir sua dona-
técnicas conducentesà clonagem de seres humanos e a manipulação genéti- ção, transferindo o núcleo de urna de suas células, "recuperando-o''. Com
ca de células germinais humanas. A ação conjunta de geneticistas, médicos, isso estaria configurada a negação da perda e da finitude da vida. Mas seria
teólogos, filósofos e juristas deveria alertar a todos sobre as possíveis implica- mesmo possível tal "recuperação''? Poderia o clone herdar os caracteres cul-
ções para a humanidade a respeito das experiências em seres humanos. No turais e a personalidade de sua matriz?
mi iundo atual a li un aia dade enfrenta questões bioéticas interdisciplinares e) A pretensão de repetir o genótipo de pessoas valorizadas ou que al-
graves e urgentes, pois poderão mudar seu destino; por essa razão, toda a cançaram sucesso em qualquer arca, cofio o de uni artista, de um esportista,
coletividadeé responsável pelo rumo que a ciência tomar. Imprescindível de uni religioso, de um filósofo, de um estadista, de uni cientista ou de tua)
será unia solução otimista para o futuro da humanidade, minimizando ou
eliminando, na niedida do possível, as consequências dos experimentos e da
futura produção em niassa de seres geneticamente manipulados, evitando a 647. Vide Cientista americano clonará a si mesmo, O Estado de S. Paulo, 8-10-1998
construção do admirável mundo novo" levantado porAldous Huxlei, onde Trata-se da atitoclonagein Mulheres homossexuais podero assumi ter um filho: o núcleo da
técnicas de laboratório permitam a produção de seres de inteligência e força célula de unia seria inoculado no óvulo sem o ,c] co de outra, gerando uni clone idêntico à
controladas, ou seja, de escravos da classe dominante. que doou o núcleo da célula. Interessantes são os estudos de Elton E da Costa,J. Kura,noto,
José Eduardo Siquei':a e Nijza Mal -ia 1 )iniz, Questões éticas e juridicas da clopiagelii em seres
hn'na.ios, Bioética: estudos e reflexões, cit., p. 169-88; Maria Cláudia C. Brauner, Reprodução
humana e clonageni: perspectivas éticas ej uridicas, Biohica e genialidade, cit, p 39-54; Cláudia
645Albin Eser, Genética.., La Ley, nt. Regina M Loureiro, Irifroduçdo ao biodireito, São Paulo, Saraiva, 2009, p 143-64.
646 Consulte Joaquim Clote, Zero Hora, Opinião, 9-3-1997. 648.Marco Antonio Bandeira Martha, Clonar é legaR Biobica, 5:260

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é, pode-se afirmar que, para que um ser humano seja rnesnlo clonado, seria b) O ser humano Leri o direito de não ser programado geneticamente,
necessária a repetição de todos os elementos ambientais que o cercai-an, der em laboratório, e até mesmo de não ser produto de uni a<ar genérico. A
de o nasci,nento, inclusive das interações intrauterinas mãe-fico durante a Do" uu Vitae afirmou a esse respeito que: 'A origem de tinia pesso a lui mau a,
gestação, a partir dos quais sua identidade psíquica se estruturou. O genom na realidade, é o resultado de uma doação. O concebido deverá ser fruto do
não é o único determinante da formação do ser humano. A dependência do amor de seus pais.. Não pode ser querido e concebido como produto de unia
nieio ambiente, dos acontecimentos da vida, dos valores culturais e pessoai s e intervenção de técnicas médicas e biológicas: isso equivaleria a reduzi-lo a
dos sentimentos é que foi rni a a ii lei sa, rica e única complexidade humana objeto de urna recn ologia ci cri tífmca
c-onaprovando que o Iaonieín não é uru computador nem um robô Se essa O clone ou a pessoa criada artificialmente para atender aos caprichos
especificidade deverá ser respeitada, então para que cloriar humanos, se o fe- de alguém ou á curiosidade de uni cientista sentir-se-ia descartável e poderia
nótipo é o produto da interação do genótipo com o ambiente? Para que apresentar problemas psicológicos sérios e graves, que dariam origem a uma
clonai, se a clonageni crio traz garantia alguma de cópia idêntica, assim como personalidade traumatizada 3. E, ainda, a Donun Vkae que alerta: ''As tentati-
não o são os gémeos univitelinos? A carga genética de clones e clorados não vas destinadas a obter uni ser humano sem conexão alguma com a sexuali-
seria a mesma existente entre gêmeos univitelinos? Mas sei que o clone teria dade, mediante fissão genielar, clonagem ou partenogênese, devem ser con-
o i-nesrno genótipo do original? Apesar de o núcleo da célula ser a fonte prin- sideradas contrárias à moral por se oporem à dignidade tanto da procriação
cipal dos caracteres herdados, mio é a única. Há uma herança não transmitida humana como da união conjuga l'''. Além disso, a partenogênese - ao esti-
pelo DNA do núcleo que é fundamental nos estágios iniciais do desenvolvi mular artificialmente um óvulo, provocando a duplicação de sua série haploi-
rileilto fetal. São aqueles fatores já existentes no citoplasma inicia] do zigoto, de, seu' a penetração por una espermatozoide, dando origem a um ser do
que não são produtos da expressão do novo genonia recém-formado. São sexo feminino fisicaniente idêntico à doadora do óvulo - pernntiria como,
ritolécu las de ftNA. enzi ilIas, organelas, principalinen te mitocôndrias, que hei lima espécie Ii ui lia na composta apenas de mulheres, porque os cl o' 'es
possuem DNA próprio etc, tendo sido constituídas para a formação do ovo- precisariam apenas de óvulos e úteros para se desenvolver, dispensando a
cito, isto é, do gameta feminino, fornecido pela mãe. Então, o fato de colocar função reprodutora masculina. Seria isso ético?
um núcleo diploide nesse citoplasnia não garante que o genoina se expressa- e) O ser humano é responsável pela sua carga genética e ninguém po-
,a exatamente do mesmo modo como no doador". deria passá-la a outrem sem sua permissão. O que se poderia dizer da apro-
Não há motivo algum quejustifique a criação de um ser humano por priação e reprodução do código genético de um ser humano, sem seu cor,-
clonação, nem mesmo a reprodução clônica de gênios ou pró-homens da sentimento? Mas, se houver tal permissão, quem será responsável pelo elone
humanidade, pois, apesar de a dotação genética de cada pessoa definir e pelos seus atos enquanto for menor de idade? O cientista? O doador do
certas tendências, é inegável que a ação do meio ambiente torna irreal a gene? O próprio clone? O Poder Público? O fato de o portador do pari i-
possibilidade de obtenção de seres humanos psicofisicarnente idênticos. 'nônio genético duplicável ter dado sua anuência para a manipulação gené-
Isto é assim, convém repetir, porque o genorna representa a identidade tica conducente à clonagem tornaria, por si só, lícita a conduta do cientista?
genética específica de cada pessoa, mas sua personalidade não se reduz d) As relações de parentesco dos clones seriam um grande problema
exclusivamente aos seus caracteres genéticos 6"hA quem interessaria, então, jurídico. Se o cone é pessoa e não res, quem seriam seus pais? Seus pais ge-
a c]onagein? Seria do interesse daquele que irá nascer? Qual o interesse néticos seriam o homem e a mulher cujas células germinais formaram aque-
do clone em ser sósia de alguém? Isso não lhe traria problemas psicológi- le que lhe doou o DNA? O clone seria filho dos pais do doador da célula,
cos no futuro? Por que clonar? de quem seria uni irmão gêmeo? Sua mãe legal seria a que lhe deu à luz, por

659 Norma F.scosreguy Bioét,ca, v. 5, ri. 2, p. 275. 662. 'Douwi Vitac, li, 4, c.
660.Emilio Antonio jeckel Neto, J3íoética, v. 5, n. 2, p. 27* 663 .Jaime Espnosa, Quest5es de biokica, cit., p. 109.
661.Consulte Srelb Maris Martiriez, Manipulação..., oIerirn, eh., p. 139. 664. Donun fritar, t, 6.

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taliva? O ser huniano clonado terá, segundo Yevgueni Sverdlow (diretor do A tutela da dignidade humana motivou várias manifestações documen-
Instituto de Genética Molecular da Rússia), aparência de velho aos 30 ano 5 tais, mio âmbito nacional e internacional, que, demonstrando a preocupação
de idade c correra o risco de apresentar anomalias, por isso não seria o ex_ com a c lo nageni em seres humanos, apressa rani-se, no aia irnenieli te, ciii
Irei tiliento da clonageni unia irresponsabilidade? r oibi-la evitando o risco de sua utilização.
g) A baixa eficiência da técnica de clonação não aconselharia seu em_ Noë}ie Lenoir. Presidente do Comitê Internacional de liiotêcnica da
prego em seres huiii a nos, diante da incerteza de que Dollv tenhaa sido efeti_ UNESCO e do Grupo Europeu de Conselheiros sobre as Implicações
lente originaria de ii nu célula bem diferenciada. pois não esta descartada Éticas da Biotecnologia, posicionou-se contra a clonagem humana, decla-
a possibilidade de que tenha havido contaminação de células indiferenciadas ran do que: Se se usasse a cl onagem para fabricar dois ou n mis i ri divíduos
- sÉcin te/is - na cultura das células da glândula mamária da qual foi retirada g eneticamente idênticos, o ser humano seria instrumentalizado, o que não
a célula doadora do núcleo que veio a formar Dolly, Tal fato não ditei-a a é aceitável... Em nossa opinião, a instrumentalização começa no momento
ocorrência da clonagein, mas, corno a stem reil é muito parecida com a célu- em que se utiliza a técnica da clonageni de uma pessoa para satisfazer urna
la embrionária, o resultado obtido não teria sido, na verdade similar ao dos necessidade de ordem pessoal ou utilitária. Isto contradiz toda a concepção
cxperinaeiitos realizados com manipulação de embriões? Não há segurança ocidental do direito, que remete ao fundamento ético, isto é, ao princípio
nas técnicas de clonação, tendo-se em vista que para surgir DoIly foram mie- kantiano segundo o qual o homem é uni fim e não pode ser considerado
cessárias 277 tentativas. Não seria, portanto, uni risco enorme clonar seres apenas uni meio. O hom em não é um objeto, é um sujeito rio sentido
hunianos?. Seria razoâvel,justa ou lícita a destruição de um grande núme- pleno do direiro'' 673
o de embriões huiiianos para obter um só clone?
Estadistas e pessoas de projeção internacional solicitaram a tornada de
Ii) A disca i i iii ação viria à tona, pois a cio nageni poderia ser empregada medidas u rgc n tias, inclusive legislativas, para vedar o uso de técnicas de c10 -
peja obter cópias de pessoas portadoras de certos caracteres fisicos ou per nação em seres li ril ai) os. 13111 Chutou, quando era Presidente dos Estados
[em]centes a determinadas raças, favorecendo a reprodução de pessoas incomuns Unidos, solicitou à \tflj0 j B(oethics A dvLçony Cotnni issiou informações sobre
cria seu talento, em sua beleza ou cair sua saúde, ferindo frontalmente o prin-
cípio da não discriminação (CF/88, anis. 3°, IV, e Realmente, será que
as pessoas clonadas não o seriam em busca de urna raça humana mais bonita peso normal, o que pode acarretar complicações respiratôrias e cardrov-asculares- Mo itos rias-
ou mais inteligente? cem com deformidades, como vacas com cabeças e focinhos achatados, o não sobrevivem. 1 Ia
Do ponto de vi5ta científico, a clonageni de animais representa uru riscos sérios taiiibéuii das frncas que recebem os enibriões, que podem inchar to por to de
avanço e a obra de lan Wilmnut tem seus méritos, mas obrigarão a humani- estourar os músculos do abdome. O cordão umbilical e a placenta costumam crescer de 'lia-
uieira anormal.
dade a enfrentar o problema da possibilidade de clonar seres humanos, im-
Logo, pode ocorrer que:
pondo-lhe limites que, na verdade, não serão técnicos, Filas sim éticos e jurí-
dicos, oriundos de uma reflexão baseada na dignidade da pessoa humana '7 . a Dos 100 primeiros embriões clonados implantados em mães de aluguel, quase todas
serão abortados espontaneamente por causa de anomalias fisicas ou genéricas.
b) Entre as poucas mulheres que engnvidarcm, a maioria desenvolverã placentas grandes
dennis e terá acumulo de gordura no figado. As mães também costumam inchar, o que pode
tuto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), publicado 'ia Revista PNAS, da Academia Na- acarretar problemas cardíacos, respiratórios e até rompimento da musculatura do abdonie
Qual de Ciências dos Estados Unidos) - c) riês ou quatro dos cem fetos poderão sobreviver ao nascimento - A maioria scri
670-Wiliiiur. Schnieke, McWhir, K,nd e Campbell,Vial,le ofrpring,Ntu,c, 385:810-3, enorme, com até 6,5 quilos, e morrerâ nos primeiros dias devida por problemas ca,diacos ou
Eiiiilio Antonio Jeckel Neto, Boética, cit, p 278. circulat6rios, pulmões subdesenvolvidos, diabetes ou deficiências m'iiunolôgicas.
671 Jaime Espinosa, Quesrëqs de bioéica, cit. p. 108-9; Reflexões da Academia Pontifica d) Se um dos bebês sobreviver, ele terá a marca característica da maioria dos anui 'ais
para a Vida -a dou-age' ,i, L'Osscrvtore Romano, 11-7-1997, p. 15. clonados: um enorme umbigo, resultante de um cordão umbilical aumentado que, inexplica-
672 Axel Kahn, An udder way ofmaking larnhs, !\wíre, 386 1 19, É preciso lembrar que velmente, se desenvolve na gestação dos clones.
clonar ser humano é uni risco, pois a maioria dos filhores clonados nasce com até o dobro do 673. Noëlle Le-i, entrevista concedida ao 12 Figaro, 5-6-1997

694 1 695
já descia á raiz da on igeei do ser humano, argumentando: "Desde o mouien-
as consequências ético jurídicasda clonagem humana, para obtenção de
to da concepção, a vida de todo ser humano deve ser respeitada de modo
dados para sua regulamentação, e enviou ao Congresso projeto de lei proi-
a bsoluto, porque o homem é, na Terra, a única criatura que Deus quis por si
bindo-, e vedando, ainda, a destinação de fundos federais para pesquisas
mesma, e a alma espiritual de cada uni dos homens é imediatamente criada
direcionadas à formação de clones humanos. O governo japonês também
por Doris; todo o seu ser traz a imagem do Criador. A vida humana é sagra-
decidiu não subvencionar pesquisas sobre clonageni em seres humaiios GarI
da porque desde o seu início comporta a ação criadora de Deus e permane-
Feldbaum, Presidente (Ia Organização da Indústria Biotecnológica dos Es-
ce para sempre em um, ia '-ei ação especial com o Cri adoj, seu único tini. Se)-
tados Unidos, que representa 700 empresas e centros especializados nesse
,i,uu, Deus é o Senhor da vida, desde o seu início até o seu fim: ninguém,
campo, pede a proibição legal da clonagem humana. Michael Fricdman, uni
ciii nenhuma cii-c-umistfii lema, pode leivi n di car para si o direito de destruir
dos dirigentes da Pood and Drugs Administratiou ( FDA), que regulamenta a
atividade das indústrias farmacêuticas e de alimentos naquele pais, anunciou diretamente uni ser humano inocente' (Dv Int. 5). Acrescentava ainda ser
que esse órgão controlará a clonagem em seres humanos, considerando contrária à dignidade humana qualquer tentativa de obtenção de um ser
experiências não autorizadas como infrações à lei federal, por representarem humano sem conexão com a sexualidade, emitindo assim uni juízo ético
um risco muito sério para a humanidade e para a saúde fisico-mental do sobre clonageni em ser humano (Dv, 1, 6). D. Lucas Moreira Neves com-
clone, bem como para sua segurança. Jurgen Rutgers, Ministro da Pesquisa pleta esse pensamento ao dizer: "E forte o risco de se deixar nas mãos do
e Ciência da Alemanha, emitiu declaração proibindo pesquisas e clonagein lionieni o dom da vida, que só a Deus pertence... Unia proeza científica deve
em seres humanos. Carlos Menem, mediante decreto, vedou, na Argentina. ser proporcional ao beiir que fiz à humanidade. Não deve medir-se pelo
quaisquer experiências científicas que envolvam clonação huniana Daniel sInples capricho do cientista.
Tarchys, Secretário do Conselho da Europa, requereu aos quarenta Esta- A ] ) eclaração U ii iversal do Ccii o na 1 luniano e dos Direitos do Ibucolii,
dos-Membros que assinassem a Convenção Europeia de Bioêtica, conde- no art 1 1 , considera a ci omia geui reprodutiva de sei -es lan n'anos (- ou-lo ti rna
nando a clonagem em seres humanos. Jacques Chirac, na qualidade de pratica contraria à dignidade humana. E a Assembleia Parlamentar do Con-
Presidente da França, por sua vez, encarregou o Comitê Consultivo Nacio- selho da Europa proíbe a criaço de seres humanos por clonação (Recomen-
nal de Ética do estudo da legislação francesa, propondo as adaptações que dação n. 1 046/86, n. 14, IV, e Resolução de 16.3.1989, n. o que é
fossem necessárias para evitar qualquer risco de utilização dos novos méto- muito louvável.
dos de clonação no homem. Nem a Europa nem a América querem a fabricação de seres humanos
Líderes religiosos e teólogos também se manifestaram contra a prática clii série por meio da dona gena, mas essa rejeição não é, infelizmente, uni-
da clonagem em seres humanos, admitindo-a apenas eu' animais e ciii benc- versal; algumas vozes se levantaram em prol do progresso científico, que seria
f3cio da humanidade, rejeitando os meios de reprodução antinatural, ante o afetado se a técnica de clonação não fosse levada para seres humanos. Um
direito que cada pessoa tem de nascer pelos meios naturais e não mediante Comitê de Ética norte-americano chegou a propor ao Congresso que legis-
técnicas desenvolvidas em laboratórios. Henry 1. Sobel, Presidente do Rabi- le cmii favor da clonação, para finalidade científica, de embriões humanos,
nato da Congregação Israelita Paulista, após salientar que o homem é dotado desde que não sejam implantados no útero para se desenvolverem" 5 . Mas
de inteligência para auxiliar Deus na missão de aperfeiçoar a vida na Terra,
podendo interferir na natureza para remover os obstáculos, não se resignan-
do às enfermidades nem renegando a ciência e a medicina, afirma que "há 674. Sobre a reaço a,itmndia} Cmli eIaço à dinflagetil h, . lilalia, vide Jaime Espumosa,
um quê de arrogância em reduzir o mistério da criação a urna experiência Qrioí,ies (IL' b,oéii, a, c-it . p 10714; Marcot Inicio Araújo e Oliveira. Coiiageii , Ciência Jurí-
de laboratório".A Santa Sé, em 26 de fevereiro de 1997, exortou o inundo miS, 78275 Temer,' R Vieira, &m,drica e mirciro, cir, 132-5; Domii Lucas Moreira Neves, Cone,
a criar normas impeditivas da clonagem humana, e a Itzstrução sobre o respeito clonagemil e hioérmca, O Estado dc S, Pauto, 19-1-1994; Hcnry iSobel, Xerocando seres vmvos,
Fali um, de 5 Paulo, 21-3-1997 Consulte - Vaticano pede proibis.— de clomiagcm humana, O Es-
à vida humana nascente e a dignidade da procriação: resposta a algumas questõeS iodo mie S. Pauto. 27- 1 -1997,
atuais, denominada Donun ViMe, publicada em 22 de fevereiro de 1987 pela
675, Stelia Maris Martinez, Manipimlaçào .... Boletim,:, cir, a 196
Congregação para a Doutrina da Fé, com a aprovação do PapaJoo Paulo

696 1 697
recentemente a Cflmara dos Representantes dos EUA, por 249 votos contra Vrios países já anunciaram que irão proibir a clonagem e", seres lu,-
178, rejeitou clonagem de embriões para reprodução e pesquisa científica ,iiarios, ante os perigos dela decorrentes
pisando a clonageni humana a ser crime federal, punido com multa de mais Como a clonagem humana é uma possibilidade sob o prisma científico.
de USS 1 milhão ou 10 anos de prisão. Stuart Orkin, biólogo da Universi- resta saber se a legislação brasileira a permite ou não.
dade de Harvard, declarou à Comissão Nacional de Assessoria em Bioética No Brasil, a Lei de Biossegurança (Lei n, 11 i 05/200, arts. 62,111 , 24 e
que, 'até o momento, a clonageni em animais atende aos anseios da ciência 25) veda a manipulação genética de células germinais humanas, de zigotos
mas, indubitavelmente, dever-se-á levar em consideraço a clonagem eu] humlianos e de embriões humanos. considerando-a como crime; pernute a
seres humanos''. Tom Flarkin, Senador de Iowa, afirmou ao Subconntê de intervenção em material genético humano ri vivo apenas para terapia de en-
Saúde Pública e Segurança do Senado que a tentativa de restringir o conhe fermidades genéticas, condicionando-a ao respeito aos princípios éticos da
cimento seria unta humilhação à natureza humana e que, por isso, dava boas atIEOflOnit'a e da beneficência. Permite, comojá apontamos alhui-es, a clonageni
-vindas ao clone humano, sena medo. Moharned Cassin, nédico sul-africano terapêutica (art. 5. 1 e li, i a 32), Proíbe explicitamente a clonagein para
chegou a solicitar ao Comitê Ético da Universidade de Wirwatersand urna fins reprodutivos, com a finalidade de obtenção de um indivíduo (art. 6, IV),
autorização para cionar seres humanos com o auxílio de sua equipe. A eni incriminando-a no art. 26, inclusive como infração administrativa (Dec, ii -
pi-esa Valiam Venture, composta por cientistas canadenses, franceses e suiços, 5591/2005, arr. 69,X11) A Instrução Normativa n. 8/97 da Comissão Téc-
afiritiou, por intermédio de Marc Rivard. seu sócio, possuir tecnologia para nica Nacional de Biossegurança (CTNB1o) já a vedava de modo expresso, no
a criação de clones humanos, um cadastro de interessados em efetuá-la, sen- art. 22,11, ao dispor: "Ficam vedados nas atividades com humanos experinien-
do uni terço deles composto por homossexuais, e um serviço de estoeagem tos de clonagem radical através de qualquer técnica de clonageni'. O Co,ise-
de células hu nia nas 76 . Ilio Federal de Medicina e o Conselho Nacional de Saúde (Res n.466/2012)
tani bém ei n'tira iii norui as de restrição ética nesse ser] tido, que deve r o ser
Em 12 de janeiro de 1998 apenas 19 dos 40 membros do Conseil o da
observadas pelos i , iédi cos - Sei n embargo disso, não havia, segundo algu is
Europa subscreveram, cm Paris, uni protocolo que proíbe toda a intervenção autores, nenhuma legislação especifica brasileira (antes da novel Lei de Bios-
cuja finalidade seja a de criar um ser humano geneticamente idêntico a ou- segurança) proibindo a clonação hun,anaa7a. Em que pese [ai Opinião, enten-
tro ser humano Vivo ou morto Alemanha e a Grã-Bretanha estão entre os díamos que a vedação da clonagem em seres humanos estava insira na proibi-
países que não o assinaram. Os hritnicos para não perderem a vantagem ção de manipulação de células germinais humanas e de embriões humanos,
adquirida com a criação de IJolly, pois, conforme o jornal Ilw Indepeudeiti, urna vez que a clonação requer desnucleamenro do óvulo por via artificial em
teriam condições de realizar a primeira experiência em clonagem humana. laboratório e que pode haver cloning de células retiradas de embriões humanos.
No Reino Unido, para aconselhar o governo, foi criada a Comissão de As- Pela nossa lei de Patentes (Lei n. 9.279/96, arrs, 10 e is, Ir!) o clone
sessoria em" Genética Humana, que deverá divulgar as possíveis razões pelas não seria patenteável, bem como qualquer matéria viva (Recomendação ri.
quais a cloriagem poderia beneficiar a humanidade. Os alemães não o icei- 11/94 do Comitê de Ministros do Conselho da Europa).
tarana porque nele não encontraram a garantia de que nenhum país vai Sei-á preciso não olvidar que a Constituição Federal, no art. 5 2,V e
permitir esse tipo de pesquisa, pois preferem esquecer qualquer atividade resguarda o direito à imagem; ora, o DNA é a imagem científica da pessoa,
científica que possa lembrar as experiências em seres humanos realizadas
durante a Segunda Guerra Mundial 677
678 Consulte: Wa!ter Ceneviva, Clonageni - lei brasileira no proibe experiê'icma, (7!-
éinajxiríc/,ca, n. 40,jan. 1999.Tiveinos Projetos de lei que proibiani a clonageni de seres hu-
676 Tereza R.Vieira, Bioétrca e dürito, de, p. 29 e 33-4; Scuarc Orkin, Cientista diz que manos: ii. 69/97,n 1811/97 e r, 1838/97, E, hoje, a Lei n. 11.105/2005 acata a clonagem
cloiiageiii é 1,cii6ca, Fo/ha de S.Pau/o, 14-4-1997, crapeiltica (art. 5) e repudia a clonageni para fins reprodu[ivos (aos 6 2 , [ V e 26).
677 Vide Clone divide Europa,Jornal da Tarde, 14-1-1998, p 14-A -A Lei espanhola ii- A Declaração Bio&ica de Gij6n de 2000, art. 10, veda a clonagcm e uso de células-
14/2006. arL 12, 11 -3, proibe clonagem cm seres humanos caril fins reprodutivos -tronco cmbrionrias que implique a destruição de embriões.

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piedade das partes destacadas de seu corpo, como sêmen e óvulo; logo, deverão
estar vivos, por ocasião da inseminaçáo, manifestando por escrito, em fortnulário
espe cial, sua vontade, após prévio esclarecimento do processo a que se subnie-
terão (Res. CEM n. 2.121/2015, Seção 1,n.4; Código de Ética Médica,art. 15,
20), conscientes da responsabi-
§ 3s , Lei alemã de 1989; Lei sueca de 1985, art.
lidade assumida pela criação e educação do filho. A cinica de reprodução hu-
mana assistida, depositária da célula germinal congelada, na impossibilidade de
devolV&la ao depositante falecido, deverá entregá-la â viúva? Esta poderia
obrigar a clínica a inseminá-la? Que direitos teria a viúva do depositante sobre
o seu material feruhzante? Autorizar sua inseminação não seria violar o direito
do morto, uma vez que a paternidade deve ser desejada e não imposta? Poder-se-ia
impor ao depositante, no além-túmulo, urna paternidade involuntária? A von-
tade poderia criar a paternidade póstuma? O novo Código Civil brasileiro, no
art. 1.597,111, estabelece a presunção que foi concebido, na constáncia do casa-
mento, filho havido por fecundação homóloga, mesmo depois do óbito do
Disponível em: chtlp:/íwsnN.semion.metfbr/ternicas.h[rmm> marido de sua mãe Pela Resoluçáo CEM n. 2.121/2015, SeçãoVlll, é possível
a repmduçáo assistida past iiaorreaii. desde que o falecido autorize previamente o
1 3.e.2.2) Argumentos ético-jurídicos em torno da Inseminação aítificial uso de seu material biológico criopreservado. A Lei espanhola n. 14/2006, no
homóloga e heteróloga art 92, veda a inseminação post rioucriti, mas deixa claro que, se eètuada. só
Em regra, a inscmninaço artificial hon ufloga ii ão fere pi-i ncípi os j uridi COS estabelecerá o vínculo de filiação matrimonial se houver declaração expressa
embora possa acarretar alguns problemas ético jurídicos, apesar de ter o filho nesse sentido do marido por instrumento público, testamento ou documento
os componentes genéticos do marido (convivente) e da mulher (companheira). com instruções prëvias, para que seu material germinarivo possa ser utilizado,
nos 12 meses seguintes ao seu falecimento, para fecundar sua mulher, e, além
disso, presume outorgado seu consentimento se esta já se submeteu a um pro-
sendo que a homiaôloga foi obtida por Hunte' mu !riglaremra,eul 1799. frkIe Mi]ron Nak.nmiur.u. cesso de reprodução assistida, iniciado paira a transferência de embrião formado
i;,scuü,rnçào £mftifl(iillllt:limaiii,Sio Patilo,Rocca, 1981; Luiz Querolin. Inseillinaçâo artificial, antes do óbito de seu marido. A inseminação pos! mortem não envolveria, ainda,
ron,plctne,'ra,vs, Rio de Janeiro, 1993, n 2;José Alfredo de Ouvem, l3arichc,, A identidade ZeTm - unia violação ao direito à imagem e à intimidade do falecido? Corno admitir,
ti ca do ser li0 lua mo. Di ocoiast i tu ição, bio ti c a e direito, Rceisla de Um veifo Cc', istir, ecio, ia e 1, então, a inseminação artificial da mulher, mediante esperma congelado de seu
dona 1, 32:88-92; Maria Helena Machado, Rcprodm ,çâo flui ana assistida - as,,ecrc's éeev e coi
Curitiba, juros, 2005; Alvaro Viliaça Azcvedo, Etica, direito e repioduç-Jo assistida. keus:a cLm falecido marido,já que isso acarretará consequências jurídicas?
Faculdade de Direito da FAAP, 2:20-33; Marco Antonio Zaisellato, Fertilização artificial: ekito Na vigência do Código Civil de 1916 surgiram muitos problemas como:
juridicos, in Lusíada, Universidade Lusíada Editora,! série, o. 1/2 (2003). Barboza (A flhiaçao cal a criança seria filha de quem? Embora fosse filha genética do marido de sua
face da insen1iiação artificial e da fertilização ii: eitm, p 45-6 apud Marco Antonio Zamiellato, A
procria ção na cdi ca inc tire assisti da e se tis efe, tos j a dcl ices ia O Ccd'c' Civil e sua i, te4in,lc, mãe, seria, juridicamente, extramatrimonial, não teria pai, nem poderia ser
dade, cit., p. 4 S) ap 01 ita fatores coo docentes à: a) i o e, inaçjc, arnflcial 1w, corno a, oman ii,i registrada como filha matrimonial do doador, por ter nascido 300 dias após o
no conduto urinário (epispadia ou hipospadia), estenose da vagina, atresia transtornos de ,rreçjo, óbito do esposo de sua mãe? De lege lata, o inseminado post mortem seria filho
impossibilidade de introdução do pênis, ejaculaflo p' -ecoce, wginis'no, oligoastenospei -um' a extramatrimonial e somente da mãe. Poder-se-ia pretender nascimento de
(diminuta penetração de esperniacozoides), estenose do colo do útero e da canal cervical etc.:
la) sei Is-,do artificial l:eterMoa, como i ore rti! idade do na ari do da receptora. a no 'aia1 'is do p 'ais. óro? E, além disso, mesmo com a solução dada pelo art. 1597,111, do atual
contra indicações para procriação em razão de caractere, sonlãticos ou psíquicos do 'alarido, dc Código Civil, admitindo a presunção de filiação, será preciso não olvidar que
ntureza mórbida ou hereditiria (vicios de conformação, psicoses etc.). o morto não mais exerce direitos nem tem deveres a cumprir. Não há como

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não se admitiria tal impugnação. E se viesse a descobrir que o material usado ,prmr a esterilida de CIO ll ando, levanta no rrl;uri ii lõri i o. do perito de vista
não foi o seu, mas o de terceiro? jurídico e social, objeções tais que seu emprego deve ser desaconse-
No Canadá, nolèrritório deyukori, a Lei de 17 de iliaio de 1984 lhado que se deve advertir as pessoas que acreditam poder recorrer a esse
14, a. considera pai o doador do sêrnemi, se a inseminação for hecuisi pocC5SO contra os inconvenientes de ordem psicológica, pi
cai mu os ou re-
mesmo que tenha ocorrido mistura de esperma, mas, se for heterôloga o motoS que apresenta ou apresen tal-á; que esses iii couve' mi entes nem sempre
marido ou cornpanheii-o sonaente será considerado pai se, podem ser apre cia dos rio iii onle n to em que a decisão tem lugar; que as 1h -
afluiu à prática inseminatól-ia. culdadeS de apreciação dos interessados estão, amiúde, surpresas e de algmmuii
Poderá ainda trazer problemas jurídico-morais, como, por, exemplo. o moda desconcertadas pelo estranho do procedimento: que o cnnsentiinen-
meio de conseguir sêmen; o uso de violência contra a mulher, induzind0 a to do marido pode pôr-se moralmente em dúvida; que o fato de integrar
3 prática do processo por maliciosa provocação, ou por dolo de aproveita fraudulem 1 tamente na fan, ília unia criam, ça que tomará o nine de seu pai
mento, pois haverá possibilidade de dolo do marido, que, cuganalido sua legal e que se acredita filho dele considera-se como um atentado às bases do
mulher, a faz crer que se trata de irisenhinação artificial honiô!oga, quando matrimilónbo, da família e da sociedade''.
na verdade, é obtida com a utilização de esperma de terceiro. Denunciada a b) Possibilidade de ti- a nsexu ai ou li omossexual pretender que r oiiipa-
farsa, ter-se-á injúria grave e poderia a mulher, forçada 3 maternidade pela nheira obtenha filho por meio dessa inseminação. Observa Adriana Freitas
inseminação artificial, homóloga ou não, alegar "estupro científico" para Dabus Matuf que a Resolução n. 2.121/2015 do CFM (Seção 11, n. 1 e 2)
pleitear o aborto legal; simulação entre a mulher e o médico para uso de prevê a possibilidade de acesso às técnicas de reprodução assistida para pes-
sênicn de terceiro etc.71 Ii soas do niesmo sexo ao prescrever que ''todas as pessoas capazes, que tenham
solicitado o procedimento e cuja indicação 11 .10 se afaste dos limites desta
Na i,,,,,a, . nação arti fi cia] hetcró/oa os problemas , adi,_, e ] florais: serão resolução, podem ser receptoras das técnicas de reprodução assistida desde
lia i ores, tais couro:
que 05 participal ites estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidos
a) Desequilíbrio da estrutura básica do 111 ,1 triinôruo, por contraria_la sobre a mesma, de acordo com a legislação vigente. E permitido o liso das
no que atina ao pressuposto biológico da concepção, que advém do amo técnicas de RA para relacionamentos honioafetivos e pessoas solteiras, res-
sexual marc pai e mãe. A fidelidade conjugal não se baseia sô nas relações peitado o direito de objeção de consciência por parte do médico". A Lei
scxuais, mas também na procriação. Esta deixa de ser obra pessoal e indele- sueca n. 1.140/80 veda isso, o que já não ocorre corri a legislação iugoslava.
gável dos esposos, não mais tendo função biológica e institucional Isto é Na Grã-Bretanha e nos EUA é comum amigos gays fornecerem sêmen a
assim porque a inseminação fará co'', que o fundamento genético 'ião lésbicas, para inseminação artificial, com o apoio de entidades como a Gay
coincida cem o institucional. A Academia de Ciências Morais e I'olí tiras d e Famnily Values. No Brasil, o Projeto de Lei n. 90/99 veda o direito à reprodu-
Paris, cmii 9 de maio de 1949, declarou que "a beteroinseminação, usada para ço assistida a mulheres solteiras e a casais homnossexuais, admitindo-o apenas
a casados e a conviventes. Se a criança gerada artificialmente deverá ter di-
reito a urna 'dupla genilorial" e a unia convivência familiar, que lhe garanta
701. Castdn Toheú'as, Los problenus civil, de Ia llamada nscwimxa:w artificialis eu sere um desenvolvimento físico e psíquico sadio, como admitir que casais homos-
humanos, in Livro de ho.i,cnje a Monc' Puyol, Zaragoza, 1955, p. 405; Z-annoni, I,uçu;,uaaó:j sexuais venham a utilizar-se da reprodução assistida?
c,t., p. 72-9 e 50. Paulo Eduardo Olmos (Aspectos médicos da reproduçâo a&sistida, R',,iva da c) Falsa inscrição no registro civil, ante a presunção legal de que é filho
Facufdadc dc Direito da MAl', 2:202 e 203) aponta como hipóteses de admissj},jlid.ide dc unse-
do marido o concebido por meio de inseminação artificial heteróloga du-
mninaço artificial homóloga: a d,miiinuiço moderada do núricro de espermacozoides; a digo-
ascenospermia (pouca velocidade dos esperniatozoides) os dirórhios de deposução do esper- rante o casamento, desde que haja prévia autorização do marido (CC, art.
inatozoide (p. e›c ejacsulaçio precoce, doença congênita da uretra) ou de ovulação, requerendo 1.597V). Convém lembrar, ainda, que pelo Enunciado n. 570 do GJF, apro-
correção de fatores Jiorinojiais e indução da ovulação; a endornetriose leve; a esterilidade sc'uI vado naVi Jornada de Direito Civil: "O reconhecimento de filho havido em
causa aparente de pacieiimes (homens) submetidos ã quimioterapia com congelamento prévio união estável fruto de técnica de reprodução assistida heteróloga a patre
de esperinatozoides; a vasectomia com congelamento prévio de espermatozoides etc. consentida expressamente pelo companheiro representa a formalização do

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evitar tais problemas, o que possibilica a ferriIizçmo assmsrmda. briõ vítra é de 14 dias.
Nos RUA unia ,ime',iima foi sou rchicla, 'iied,arire Lécmmmea ICSI. par ferrili;aco ii, Não se pode olvidar que a micromanipulação de ganietas, no campo da
decorrente de uso de sêmnem' congelado durante vinte e dois alies, pois ser pai, hoje eu01 3
epro duÇã0 assistida, é unia técnica usual nos Estados Unidos, que compre-
anos, aos 16 anos de idade, portador de leLicelImiu, congelou seu Tnaterial gernain:ici:o ames
endea biópsia e o mapcarncnto genético de embriões. Essa técnica é decor-
de ser submetido a sessões de radioterapia (Jansal da 7rde, Bebc nasce de sémen cOn ge la0
15-4-2009, p. 1 4--A) 0cia da fertilização iii viro, e possibilita verificar se a fecundação se deu e se
EIucidrivo é o seguinte grífico de Ruberis P:tiva pt:hlicado mloJ{lrlla[ o mbrião é normal; por isso o Conselho Federal de Medicina publicou um
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15) Anonimato do doador de ganieta e embrião e do receptor do hecidos obtidos mediante seleção de Óvulos e sêmens de doadores anô-
material genético (Res. CEM n. 2.121/2015, Seção l\ n. 4), sob Pena de Não teriam eles, ao lado dos problemas jurídicos, os psicológicos
respoi 1 sabili dade ci vi] e cri mii ai, embora isso traga gravei problem "é mesmo fisicos? Daí ser conveniente a imposição da obrigatoriedade do
as,
o da violação do direito de identidade da criança e o da possibilidade de registro do nome dos participantes do processo de fertilização in vitro (Res.
incesto e consequente degerei-ac5o da espécie humana. Ora, aflui IilIato nà0 CEM s í. 2.121/2015, Seção IV, n. 4,111, n. 2 a 4; Lei espanhola, n. 14/2006,
quer dizer, que se deva ('SCO der tudo: logo, n adi obsta que se apontem a ,rt. 21), do número de óvulos fecundados e dos descartados etc., e a criação
filho que a dvei o de rep rodu ç ão hunia na assistida os a n te cedentes genérj 05 de mecanismos de controle estatal que avaliem a ação das doações feitas e
do doador, sem contudo revelar sua identidade, ante a exigência do sigilo s bancos de esperma, de ávulos ou de emiihriàes.
p rofiss i o na]. Bastante conveniente seria que li ou vesse estipulação legal do 16) Uso indiscriminado de material fertilizante ou de embrião conge-
direito do 131h o a obter informações sobre o doador, mas não de sua iden lado sendo prudente limitar o número de vezes em que será empregado para
tidade, até atingir a idade nupcial. Híi países. como Inglaterra, que admjte mnimiimizar o risco de consanguinidade. O ideal seria vedar sua utilização por
ao filho o direito de saber sua origem ao completar a idade de 18 anos. Na mais de uma vez. Pelo Projeto de Lei n. 90/99 apenas gametas congelados
Espanha (Lei ri. 14/2006, art. 8, ti. 3) a revelação da identidade do doado r podem ser usados e só por um casal, até duas gestações. O número máximo
não implicará determinação legal da filiação. Nos países nórdicos e na Alt- de oócitos e embriões a serem transferidos para a receptadora não pode ser
nu ni a ante o pri ia cípio geral cio direito à própria identidade e da ascen- superior a quatro. Em relação ao número de embriões a serem transferidos são
dência genética, todas as pessoas têm o direito de saber quem so feiras, pela Resolução CEM n. 2121/2015. Seção 1, n. 6, as seguintes deter-
ancestrais, para verificar se há alguma tara que possa ser transmitida a seus minações: a) mulheres com até 35 atlas: até 2 embriões; b) mulheres entre 36
descendentes. E preciso pensar ainda nos filhos de mães e de pais desc e - 39 anos: até 3 embriões e c) mulheres entre 40 e 50 anos: até 4 embriões.
17) Possível ocorrência de suborno de pessoal da clínica de reprodução
assistida para revelar segredo relativo ao doador ou receptor do material fer-
que unia criança nascida de barriga de aJuuel firard com a família com a qual convive desde dlizante, oferecendo-lhe vantagens pecuniárias em troca da informação Pe-
os sete meses de vida.A criança ]]avia sido registrada como filha do 'pai de aluguel' e da iiie dida. Isso apenas poderia ser evitado em clínicas idôneas, que estejam sob
biológica. Ela convive com o pai registm e sua esposa, que n5o tinha condições de eiigravidar, controle do Conselho Federal de Medicina.
O Mi'iisté'-io Pthlico paratttense (MPPR) apontou ter havido negociação da gravidez aos sete
18) A questão da determinação do começo da vida e da personalidade
de gestação e iiioveu açIo para decretar a perda do poder familiar da mãe biológica e
anular o registro de paternidade. AJusriça do Pjr,i'iS deu proviinenro ii açu e deteriiniiou a jurídica. 1-lá quem ache que a vida se inicia coma nidação, logo, embrião não
e aprec,is5ci Lia criança menor de cinco anos, que deveria ser levada a abrigo e submeti- implantado não é pessoa; outros, corno lan Wilniut e Rita Levi Montalcini,
da a adoç.ão regular. O nunistro Luis Felipe Saloiiio entendeu que :1 ci-iança não pode ser, entenderia que, por ser ''potencialidade de unu vida'', sua conversão em pes-
penalizada pelas condutas, iiiesnici que irregulares, (los pais e determinou a adoção da criança soa dá-se quando o sistema nervoso é ativado e os órgãos começam a fim-
registraria como filha pelo pai que teria 'alugado a harria da mãe biológica. Para o iii, nist, cionar, o que ocorre pelo menos 14 dias após a concepção.A personalidade
Salomão. a determinação da Justiça paranaense passa longe da principal questão cmii debate:. jurídica material pela lei inicia-se com o nascimento com vida, mas a lei
melhor interesse da crisnça. De faro, se a criança vem sendo criada com amor e se cabe ao
resguarda os direitos do nascituro desde a concepção; logo, o fator determi-
Estado, mesmo tempo, assegurar seus direitos, o deferimento da adoço é nicdida que se
Impõe' afirmou. Crumamar, o ministro, a adoção de crianças envolve interesses de diversos nante do momento da existência do ser humano será a concepção, ou seja, a
envolvidos: dos adotantes, da sociedade ciii gela]. do Miii istério Público, dos menores. Mas fecundação do óvulo pelo espermatozoide, instante em que se inicia a sua
coiiio o reina envolve o próprio direito de filiação, com consequEncias pala toda a vida do personalidade Jurídica formal, O embrião humano é uni ser com individu-
indivíduo, deve prevalecer sempre o iii cresse do nielior. Ele destacou que a criança vive paci- alidade genética, dotado de alma intelectiva e de instintos. Os cientistas
ficaniente com o pai registral desde os sete meses de vida. Contando agora com quase cinco descobriram que os genes responsáveis pelo crescimento embrionário, deno-
anos, impedir a adoção iria retirar dela o direito à proteção i negral e a convivéncia familiar, O
minados "hox'', atuam, no ser humano, com grande velocidade nos primeiros
ilinistro Salomão afirmou que, caso fosse seguida a decisão paranaense,a criança seria retirada
do lar onde recebe cuidados do pai registi -al e esposa e transferida 'a uni abrigo, sem minhunu dias da concepção, cumprindo a fantástica tarefa de estabelecer a estrutura do
garantia de conseguir recolocação clii unia família substituta. Além disso, passaria por trau,1Ia corpo: a cabeça, os membros e os órgãos. Assim sendo, o embrião, por ter
emocionais decorrentes da ruptura abrupta do vínculo afetivo já existente''. carga genética, é uni ser humano infieri, merecendo proteção jurídica, desde

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ou com tais caracrercs, colocando-se unia etiqueta no bebé, antes iiies10 de forte suspeita de que o embrião possa desenvolver alguma moléstia grave,
seu nascimento, corno se fosse uma mercadoria. Não seria isso unia Coisifi. para prCVea
cação do ser humano? E preciso, portanto, que haja lei proibindo: a) alterações 20) Emprego da técnica da maturação de esperniatozoide, criada pelo
nos caracteres biológicos ou genéticos do embrião, mediante intervenção ° médico fi-ancés jan Tesarik, consistente na retirada, mediante incisão tcsticu-
seu genorna ( Lei espanhola n. 14/2006,art. 13. n. 1,2 e 3; Código de Ética lar, de esperniótide para colocá-lo em um meio dc crescimento rico em
Médica, art. 16; Res. CEM o. 2.121/2015, Seção E ri. 5, segunda parre) b) licrrliOflh° folículo estimulantc (FSH) e testosterona. durante 48 horas rio
destruição de embrião hu mano rejeitado por quero o encorn eridoupor brio. Quando mi iadttro, fecunda-se, in v(rro, o óvulo retirado da mulher.
apresentar algum defeito; e) experiências eugenésicas para a criaço de unu usando 001 a injeção i n traci toplasi lática (1 CS 1). A ssim se processa:
super-raça, tendo em vista seus caracteres biológicos, d) criação de seres ter
manos geneticamente modificados (Código de Ética Mé(lica, art. 15, § 22 , 1)
A Recomendação ri. 1.046/86 do Conselho da Europa veda interfe-
rência no patrimônio genético,a Recomendação n. 1.100/89 e a Resoluç o
CEM n. 1121/2015, Seção 1, n. 5, injhw, admitem a escolha do sexo em caso
de configuração de doença, como a hemofilia, ligada a cromossomos sexuais
para impedir sua transmissão à criança.
Não haveria comprometimento da dignidade humana se se estabeleces-
se quando, onde e como alguém deve nascer? Como acatar moral e juridj_
cari lei ite a produção de dcsí,, de bebês ou de embriões hunia nos para serem
utilizados coti ] o material genético disponível?
Como, então, se poderia admitir a licitude de anúncios na internet
leiloando óvulos de modelos ou de mulheres lindas ou de catálogos da Cryo-
h ank relativos a esperma de 'notáveis", para quem fizer as maiores ofertas, 'la
esperança de ter urna criança linda e inteligente? Seria possível acatar a pos-
Disponível em: cIlttp :/iwçvw. 1 b rra .com. brttrala mentos/i njecao as p>
sibilidade de o casal, para efetuar sua "escolha'', ter à disposição fotos e fichas
biográficas de doadoies, cotiio as fornecidas pelas firmas Ror, 'sAngelo e Opf(oiis
National Ferilhiry Rcçistry? No século XXI o 'produto máximo" poderia ser 21) Possibilidade de provocação da gravidez humana utilizando-se ape-
nas esperniatôciros, fornia mais imatura do gameta masculino, que contém
urna criança feira sob encomenda, bastando discar o número de telefone
46 cromossomnos e não 23, como os espermatozoides. O médico, por meio
1-888-4-Best--DNA, indicar os detalhes desejados: menino ou menina, loiro
de incisão no testículo, retira essa célula primitiva, para submetê-la a uma
ou moreno, olhos claros ou escuros,gay ou heterossexual, atlético ou intelec-
redução cromossômica artificial, antes de injetá-la no óvulo. Isso poderia
tual, portador de habilidade musical ou manual? Seriajurídico que o homem,
acarretar, no futuro, seriíssimas aberrações genéticas.
pela sequência do DNA, fabricasse seus descendentes, tendo a rncsina facili-
dade de ciucrn escolhe unia mercadoria nutri supermercado ou compra um 22) Uso de ratos para a fecundação humana. Essa técnica, que deu ori-
kit e segue as instruções da montagem? Poder-se-ia escolher uni filho colho gem a quatro crianças na Itália, requer o cultivo do es perniatogoile, obtido
se seleciona, numa liquidação de ofertas especiais., o melhor vinho ou perhi- por meio de incisão testicular, num testículo de rato ou em tecidos desse
me? Poder-se-ia admitir a tecnologia para fazer eugenia, transferindo ao anima], porque o ambiente bioquímico de seu aparato reprodutor é similar
útero apenas embriões saudáveis., descartando os que apresentarem doenças ao do homem. Seria isso admnissíveljuridicamente?
genéticas, detectadas pela biópsia embrionária? Pelo CEM essa biópsia só 23) Criação de bancos de óvulos ou de embriões que,juntamente com
seria admitida não para fins eugênicos, mas terapéuticos, quando houvesse os de esperma existentes nojapão, nos Estados Unidos etc., permitiriam não

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2°, II) científica ou experimentações para atender, p, ex., a fina1idad.5 c5
is gere o aborto é a gravidez. Outros, corno nós, não aceitam isso, pois cada
enibrião é um ser humano, sendo sua eliminação embrionicídio eugênico, urna
nietológicas ou para fhr cação de atinas biológicas de exte ri]) nio; d) for- vez que a lei assegura os seus direitos, inclusive a sua vida, desde a concepção,
mação de embriões idênticos por meio de processos químicos e fis pouco importando que se tenha dado ir: vitro. Quem tem legitinudade para
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criação de embriões com esperma de diferentes homens para sua trai,sfer i decidir sobre a vida ou a morte desses seres? O direito de decisão caberá aos
cia ao Útero de uma só nau iher; ii implantação uterino, ao mesmo tempo, de
g enitores institucionais, ao doador do material genético, ao médico, à clíni-
e mbr iô es o riu udos de ovul os de iiiuih eres diferentes; g) uso de nateri ai
ca ou ao Estado? Quais os limites para -a nianipulaçãoIaboraroriaI,descarte
genético de cada doador pai-a mais de unia fertilização; la) inantença de en] ou modificação do embrião in vina? Couro encarar a destruição do embrião
brião em proveta aléiai de quatorze di as ? H . e xcedent Parece-nos que, se o direito defende a vida, propugnando seu
29) Obtenção de sei- humano sem conexão com a sexualidade, niediaii respeico deverá protegê-la no momento da fecundação do óvulo pelo es-
te Fissão genielai - , pa rtenogéncse e clOnagei ii, por serei] PI ancas contrárias à periiiatozoide dentro ou fora do (itero. Deveriatu, então, ser congelados,
moi-aI e ao direito, constituindo uma afronta â dignidade h umana iS . aguardando a vez de serem implantados ou "doados" ou cedidos, gratuita-
30) Destinação dos embriões excedentes ou supranumei -ários pois. mente, a outro casal estéril?`' Pelo Projeto de Lei n, 90/99, que visa regu-
antes da fecundação m rirro, a nlullaer é subrn etida a tratamento horniou ai
para ter unia su p erovula cão, para que vários óvulos sejam fertilizados na
716. Alexandre L. do Nasci niento. Adoção e,nbr!oi,ida, Curitiba. cd. CRV. 2012, Cris -
proveta, mm nplanta ido-se, po réi ri, dos quinze liberados, no rim áxii no quatro mune A. Alves, Aspectos da doação de embriões humanos no cenrio brasileiro, RTDC, 49:
deles no útero (Res. CEM n. 2121/2015, Seção [, n. 7. primeira pa i te),se n 69-100. l4ik item 13.d.6. Na Dinamarca (Ler ou, Kusani, be friççuhin de 1997), foi proibida
do que, lia Espanha, SÓ 5C .1 utor i 'za a trans Ferê micia de três dos embriões (lei esta experiência em enib riCeS. que só podem ser usados para o aperfeiçoímmrrermto de técnicas
n. 14/2006,ari3°, n. 2) Guino ficaria, então, a protecãojui - idmca dos demiiai de reprodução ,hsmstida ou de mvestigaçao geiiétmca Na Finlândia, a Lei de lnvestigaço
Médica de 1999 possibilita o uso de embriões excedentârmos eii investigações. desde que os
Poderiam ser usados para fornecer células-tronco, salvando vidas Via clonagcl2i doadores dcciii sua anuência por escrito. Na Alenianha, remos a Embr)'i,oeimcImutzgrsrf de
terapêutica? Deveriam ser utilizados em outra gestaço? Seriam doados', ou 1991 ([cm da Protejo ao Einhriio) que proibe uso de embriões em investigação médica,
iiielhor. cedidos, gratuitamente, a outro casal? Possível seria sua crioconser permitindo tão somente diagnóstico em embrião para seu próprio beneficio ou para sua
implantação no útero materno O Decreto português n. J 35/Vil (1997) veda criação e um-
vação? Poderiam ser exteni - im ria dos ? Se, ante o êxito de uma gravidez, ou por lizaçâo de embriões para fins de investigação ou experimentação cientifica, salvo se esta tiver
qualquer outra razão, os doadores dos gemeras não desejarem nova tentativa, por único objetivo beneficiá-los. 1 iâ anos, ria Inglaterra, surgiu unia discussão quanto ao
oomi do-se a que os etnbr iões sej ana implantados em Útero de ou ira 1 nuila er, destino a ser dado a 5.000 embriões, dentado, numa clinica de reprodução assistida, cujos
contratos de tutela entre a clinica e as fanailias já haviam expirado, e que iii rigiléli' queria
clev,maria renu nciar a eles, para (fite fiquem cita poder da equipe i nédica, caiu receber. Apenas para deixar bem caracterizado até que ponto chega o medo de muitas pes-
a possibilidade de seiena mau ipu lados? Há juristas que acatam sim mii au ipu - soas quanto a assumirem os efeitos de seus atos, surgiu até urna proposta de se inscrirem 4
lação genética ou descarte, porque, enquanto não forem implantados no embriões por útero em 1.250 voluntárias, todas elas em Fase pré-menstrual, para que a pró-
pria natureza, dias após, produzindo sua elinhi 1 ação, fizesse o que os cientistas' no tinham
útero, não há viabilidade, nem aborto. Pela Res. CFM n, 2.121/2015, Seção coragem de fazer!" (Marco Segre, Reprodução assistida e o descarte de embriões, Diagnósri-
V, n. 4, os embriões criopreservados com mais de 5 anos poderão ser des- co, p. 7). Consulte:Valêria S. Galdino e Roberto K. R. Fujita. Da destinação dos pré-embriões
cartados se esta for a vontade dos pacientes. A destruição de embrião con- excedentârios, Bioética e sexuatidade, cit., p. 55-64. A Resolução CEM n. 1.358/92 (re—gada
pela Res. CEM mi. 1.957/2010) (iteinV. n. 2) dispunha que "o número de embriões produ-
gelado não seria aborto, visto que por lei aborto é "interrupção do proces-
zidos em laboratório será comunicado aos pacientes, para que se decida quintos pré-embriões
so gestacional resultando lia morte do feto''. A condição para que se confi- serão transferidos a fresco, devendo o excedente ser criopreservado, não podendo .çer descartado
ou desrn,ído" (grifo nosso). A Resoltiçâo ii. 1.358/92 do CEM (revogada pela Res CFM
1.95712010, que por sua vez, perdeu sua vigência com a Res. CEM ri. 2.013/2013 e esta,
por sua vez, deixou de vigorar com a Res CEM 1, 2.121 /2015) proibia sua destruição, ad-
714.A Lei espanhola ii. 14/2006 (arts. IS e 16) permite o uso de embriões excedetires, 'iiitindo a rriopreservação e punia quem a infringisse no âmbito administrativo, instaurando
até 14 dias da fecundação do óvulo para investigações ou experimentações. sindicância perante o CRM (Res. ri. 1.617/2001 (revogada pela Res CFM n 1.897/2009).
715. Vide c onir 13d7. A Lei n 11.105/2005 já proibe a clonagern humana para fins art. 2°, 2a, 1). O Estrela dc S. Pau/o (movimento quer liberar embriões para pesquisa, 5-62003,
reprodutivos (art 6 2,IVL p. 14-A) revela que o Movi,ne,ato em Prol da Vida pretende pressionar o poder público para
que autorize a utilização de embriões descartados emnpesquisas com Células-tronco enabrionirias
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a) O filho seja transcendência genética de seus pais, vedando_se práticas ,,tas dessa idade. Deverá ser o doador submetido a unia série de exames para
que desde a concepção violem a vida, a integridade fisico-psíquica e a dig detccta presença de vfrus como o da AIDS ou de micro-organismos paro-
nidad e h, .. iuta. Deve, -se-á. convém repetir, pe rnlirir somente a insenti n n ç0 gêflicos. Além disso, deverá apresentar uma aparência física similar, quanto
Iioniú Ioga ter vivos ciii mulher casada o u eu] união estável, cor]' ante, i
zaç 0 os sívelà do receptor ou de seu consorte. Pela Resolução CEM ia.2.121/2015.
escrita do marido ou do companheiro, desde que não haja risco 3 incoiu,fl "a escolha dos doadores é de responsabilidade do médico assistente. Dentro
dat1 e da gestan te e do nascituro e seja absolutamente necessária, por nioi 05 do pOs5Vel deverá garantir que o(a) doador(a) tenha a maior semelhança
rei-apêuti cos. Assim sendo, dever-se-a coibi r a ine ninaçã o artificial heteró_ fenotíP i ca e a máxi ii a possibilidade de compatibilidade com a recep 101- a''
Ioga, a f rrilização in vitro, a gestação em útero alheio, a fissãogenic
a (Seção IV, ii. 7). E pela Resolução - RDC da ANVISA n. 23/201 1:"ArL 19.
c[oiiação e a partenogênese, ante os possíveis riscos de ordena fisico_psíqrnca É candidato a doação de células e tecidos gernunativos e embriões indivíduo
para a descendência e de incerteza sobre a identidade, que satisfaça pelo menos as seguintes condições:
b) Evite-se converter a concepção em mero experimento de engenha-
- a naioridade civil;
ria genética.
fi - concordar em realizar uma avaliação médico-laboratorial;
c) Proiba-se não só qualquer experiência que envolva eugenia, como a
III -concordar em assinar oTermo de Consentimento Livre e Esclarecido;
que ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial, cana o nazismo, que sele_
cio'i ava rnulh el-es e honiens ideais, tendo em vista seus caracteres biológicos , IV - se doador de sêmen, concordar em realizar os testes para marca-
para atender a razões raciais, bem corno a que desconheça a liberdade do dores de doenças infectocontagiosas, conforme artigos 21 e 22;
liomen] e da mulher na aceitação da procriacão. V - se doadora de oócito, concordar em realizar os testes para marca-
cl) Enfrente se a realidade, que se impõe. ii ãca podendo o jurista ficar dores de doenças infectocontagiosas, conforme artigos 21 e 22:
atemoriza lo ou si lei te diante de tão iii cri icada questão, nem o legislado r VI - se doador de embriões, concordar cru realizar os testes para ii lar-
ficar inerte, devendo, por isso, regulâ-i a, coil 1 rigor, ante a impossibilidade de cadores de doenças iníectocontagiosas, conforme artigos 21 e 22.
evitá-la, requerendo, por exemplo: § 1° Os testes a que se refere o inciso IV deste artigo devem ser repe-
1) Condições psicossociais para a doação do material fertilizante: exi- tidas num prazo ri unca inferior a 6 (seis) meses, no caso de serem realizados
gindo que o doador ignore a identidade do casal receptor e vice-versa; P., sorologia.
impondo segredo médico absoluto da doação, expresso consenso irretra-
§ 2 2 Doadoras de oôcito a fresco não são submetidas à quarentena nem
tável dos esposos e a assinatura de una termo de Consentimento Livre e à repetição dos testes cru prazo de 6 (seis) meses, devendo os resultados dos
Esclarecido pelo doador, especificando que dispõe gratuitamente do líqui- testes laboratoriais ter prazo máximo de 30 (trinta) dias antes do procedi-
do seminal ou do óvulo e que no pretende ter nenhum direito ou dever mento da coleta oocitária.
oriundo do uso do material cedido (Resolução - RDC n. 23/2011 da § Y Caso ha doação de oôcitos criopieservados, os testes para marcado-
ANVISA, arts. 15 e 18).
res de doenças infectocontagiosas, conforme art. 21, devem ser repetidos num
2) Co,;drções físicas, pois o doador deverá ter boa saúde, não apresentan- prazo nunca inferior a 6 (seis) meses, no caso de serem realizados por sorologia.
do doença transmissível, rnalfornaações, moléstias psíquicas nos ascendentes § 4 Caso ha doação de embriões criopreservados para uso terapêu-
e colaterais e ter mais de 35 anos, porque as psicoses hereditárias surgem tico, estes testes devem ser repetidos num prazo nunca inferior a seis meses,
no c:aso de serem realizados por sorologia.
§ 5° Caso sejam realizados testes de ácido nucleico (NAT), os prazos de
pais ou sc ainda iio teve o reconhecimento de sua paternidade ou maternidade; prevê que,
eu, raso dc feri, Iizaçio post IIiilr(e,i, a criança não tem estabelecida a filiação na pessoa do fa - que tratam os §S ?, 32 e 4a devem respeitar as instruções do fabricante quan-
ucido, cujo marer ia' fecundante foi usado, crinainaliza a prática de técnica de reproduç5o to ao período mínimo necessário à detecção do agente.
assistida por quem náo estiver licenciado e a scIeço dc sexo etc.; trata da concessão de !,cen- Art. 20. Os doadores de sêmen, cácitos e embriões devem ser selecio-
ça e da flscali zaço das clinicas etc.
nados com base em sua idade e condição clínica.
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Parágrafo único. No caso de uso de ir] Formática ou Inicrofllnia geni os médicos que empregam os procedi n'eu os de reprodução h ti iii a na riu
dados devem ser armazenados em duas cópias e o ECT(; deve compr o .1
a boratoo*
que o sistema não permite Fraudes ou alterações de dados''. —sigilo profissional sobre a identidade do receptor. do casal e do doador
- eNigência da anuência escrita em formulário especial (Res. CiM do material genético, sob pena de responsabilidade civil e criminal, Como
2.121/2015, Seção 1, n. 4) com as impressões digitais ou firma reconhLcida nem o doador nem o receptor podem saber da destinação e origem dos
da mulher e do marido ou dos conviventes, devidamente esclare11d15 do aescolha do doador competirá à clínica, que também deverá, por
processo, sob pena de responsabilidade civil e penal 11 jédi ca Pela Re111Iuç0 essa razão, providenciar aqueles registros alusivos à fertilização assistida (Res
C FM n. 2 121/2015. Seção l n. 4, p ri' neira parte, 'o consentiment o lh- CEM 1.2.121/2015, Seção IV, n. 2,4 e 5);
esclarecido informado será obrigatório para todos os pacientes submetid a5 - o material genético de cada doador não poderá ser usado para mais
às técnicas de reprodução assistida. Os aspectos médicos envolvendo a tota- e unia inseminação artificial;
lidade das circunstâncias da aplicação de unia técnica de RA serão detalha proibição de manipulação genética de células germinais humanas de
damente expostos, beni como os resultados obtidos naquela unidade de zigoto humano e embrião humano (Lei n. 11.105/2005, arr. 6, III) e de
tratamento com a técnica proposta. As informações devem tanibúm atingi r
11 (ervençao em iiiateriaJ genético humano in vivo e in vitro (1-ei n Iii 05/2005,
dados de caráter biológico, jurídico e ético'. Pelo Código de Etica Médica
art. 68,c Resolução - RDC da ANVISA n.23/2011, arts. 15 e 18 ),1 inédi nu 6, II). salvo para tratamento de defeitos genéticos (Código de Ética Mé-
dica, art- 16), como também já previu a ora revogada lei mi. 8.974/95;
co está proibido de praticar fecundação artificial sem que os participante s
estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidos sobre o procediment o ; - impossibilidade de produção, arniazenaniento ou manipulação de
embriões humanos para servirem de material biológico disponível, como
- consenso escrito cio doador, de seu consorte, e da que ceder o útero
dispunha a Lei n - 974/95 (ti o 1 na is vi geil te);
i- a que se evite ii ltcr ior reclani aç o do direito de paternidade, ou de iii a-
ternidade. ou de uso abusivo do material genérico para fins de exame; - veda çã o de criação de ciii b riões com esperma de diferentes lioii ie Ii
para sua transferência ao útero;
prego de técnicas de reprodução humana que não causem dano
mulher -ee... criança e que tenham probabilidade de êxito de até pelo menos - imposição de sanções rigorosas pelo descumpriniento de normas
30%, como quer o Conselho Federal de Medicina; referentes à reprodução humana assistida (Código de Ltica Médica, ai 43);
-aperfcicoainento da técnica da injeção intracitoplasmática de esper- - proibição de implantação uterina, ao mesmo tempo, de embriões
na 1020 ides (ICS 1), consistente em inocular um só espermatozoide 'ia interior oriu n dos de óvulos de muI h eres diferentes;
do óvulo, por meio de micropipeta especialTal técnica é indicada em casos -- proibição de transplante de embrião humano para útero de outra
de vasecloriija e infertilidade masculina. A transferência dos embriões para o espécie animal ou vice-versa;
úte'o, em legra, é feita entre 3 a 5 dias; - pesquisa ciii embrião morto para fins terapêuticos deverá ser autori-
- doação de óvulo, sémen e cessão gratuita de embrião e de útero (Res. zada previamente pelo órgão competente;
CFM n. 2121/2015,1V, ri, lvi!, n. 2 e Resolução - RDC daANVISA n. - vedação de criação de seres híbridos (Código de Ética Médica, art.
23/2011, arts. 15 e 18) somente mediante licença especial e contrato sigilo- IS, § r, Iii, in fine) e de seres idênticos por clonagern, fissão geinelar ou
so entre doador e centro médico autorizado; partenogênese;
-- i niposição de responsabilidade civil e penal das clínicas e dos médi-
cos pela escolha do doador, coleta, controle, manipulação, conservação
transfirréncia do material genético e por todos os procedimentos médicos 724. P utalcón, Procreacióii artificial y rcsponsbiIidad civil, iii Li fifiaciu a finales dc/
e laboratoriais executados, devendo ressarcir os eventuais prejuízos que sIo XX Pro,k,ná:ka planteada por Io aJ,a,lces rientflcos rim iixateria dc reprodxwci6n humana, 198*
decorrerem da utilização das técnicas de fertilização humana assistida. Para Pirlanienro britânico aprova fertilização in ítro com DNA de três pessoas ( (5loboncws
tanto será mister registrar, catalogar e fiscalizar, de modo severo, as clínicas - 3 fev. 2015).

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-- tutela jurídica desde a fecundação do óvulo, em todas as suas fases
(zigoto, niórula, blâstula, pré-cinbrião, embrião e feto), cosia a correlata res- Res. CEM ii. 2.121/2015, Seção 1, ri. 5). A vedação do diagnóstico genético
em embrião humano evitará a instalação de uma 'eugenia democrática", que
ponsabilidade civil por ofensa aos seus direitos;
não passa de unia forma de racismo ou de unia tentativa "nazista" de obter a
- determinação do início da personalidadejuridica desde sua concepção pureza da raça:
dentro ou fora do útero; - proibição de inseminação post ;nortern, e, se houver permissão legal
- conservação do embrião in vitro não podcr passar do 142 dia (Res. (Res- CEM ti. 2.121/2015. SeçãoVlli; CC. art. 1.597,111), dever-se- estipu
CEM n. 2.121/2015, Seção VI, ir 3) aguardando sua colocação num Útero ; lar sobre os direitos do feto, não só os de filiação, inas também os sucessórios;
- proibição dc bancos de embriões congelados, por constituírem seres - preservação dos valores inerentes à dignidade do embrião humano;
humanos em substáncia, evitando assim sua crioconservação para fins mercan - prevalência da presunção da paternidade e da maternidade do casal
tis (Lei n. 11 1 05/2005, art. 52 , 32) ou experimentais, e, se impossível for tal
que projetou o nascimento, rflesnio que o material genético não seja seu,
vedação (Lei n 11.105/2005, art. 52, 1 e II). reduzir o máximo possível o pouco importando tenha sido ou não gerado no útero da esposa ou, se ela
número de embriões congelados e impedir que seu armazenamento passe de forneceu o óvulo, tenha sido fecundado pelo sémen do marido ou de ter-
10 anos, para serem utilizados ou doados. Em caso de morte de uni dos côn- ceiro. Marido e mulher que anuírem em fertilização assistida não poderão
juges, o sobrevivente deverá decidir sobre seu destino. Estipulação de sua impugnar a paternidade ou una ternidade;
destinação na hipótese de moléstia gi- ave, niorte, separação judicial ou divórcio
- determinação das relações de parentesco;
de um de seus pais ou de ambos (Res. CEM n, 2,121/2015, SeçãoV, n. 3);
- vedação de qualquer comerciahzação de embriões pelos pais ou por - delimitação dos pressupostos da ação negatória da paternidade, se se
a admitir;
terceiros;
- prescrição, devido à possibilidade de novas conquistas no cii nipo da
- proteção ao embrião corno ser hui ias 'o. em sua integridade fisica e
genérica e da enibriologia, de non na que proíba a impugnação de paterni -
psíquica: por isso dever-se-á dispor sobre o destino dos embriões excedentes
dade, se houver consentimento expresso na reprodução humana assistida;
não utilizados, proibindo sua eliminação, exigindo que sejam, por exemplo,
"doados" ou cedidos com consentimento dos pais a uni outro casal estéril, - proibicão da impugnação de maternidade de filho dado à luz, me-
ou congelados; diante uso de óvulo alheio;
- proibição de reimplantação de embriões expulsos espontaneamente - criação de meios para prevenção e preservação da saúde mental, pois
do útero; marcas pré-natais ficam, apesar de o ser humano viver da ressignificação.
como diz Ilalina Crvmberg, pois uni fato ocorrido ontem poderá ser vivido
- punição de investigação ou experimentação com embriões humanos
para atender a finalidades eugênicas, cosmetológicas ou de clonação; para hoje de modo diverso. Por isso, urge que haja condições para essa ressigni-
ficação e com aquilo que vai ser dito à criança sobre seu nascimento, que
alterar os seus componentes genéticos originais ou selecioná-los para fabri-
será elaborado na dinárnica afetiva da família. Trata-se da reorganização
cação de armas biológicas de extermínio (Código de Ética Médica, art. IS,
mental, criada pela forma como os pais legais vão viver a relação entre pais
2, II). Com isso se evita a coisificação do ser humano;
e filho; e pela afeição com que for criado;
-autorização de autoridade competente e do casal doador para pesqui-
- exigência, na inseminação ou fertilização in viro de mulher solteira,
sa em material genético humano, desde que envolva diagnóstico pré-natal de
mesmo em reaçáo honioafetiva ( Res CEM n. 2.1 21/2015, Seção li, n. 2 e
doença hereditária, sem que se lese física ou psiquicamente o embrião;
3), separada, viúva ou divorciada, de que a criança seja registrada somente
- reconhecimento de direitos aos embriões congelados, como de sua com o nome da mãe;
custódia pelos pais e o de sucessão;
- imposição de indenização por dano moral causado ao embrião;
- vedação da escolha do sexo e de caracteres do filho e de investigação
- estipulação do direito do filho em obter informações sobre os doado-
genética pré-nata] (Código de Ética Médica, anis. 15, 2, 1 a III, 16 e 99;
res, até atingir a idade nupcial. A esse respeito já dispõe a Resolução CEM
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etc.. mas, quanto à c tiaçào devida humana em laboratório, é preciso muito cautela bzante, as que cederam o útero para procriação alheia ou os membros com-
por estar enijogo a dignidade do homem; por haver coisificação do ser huina
p onentes da equipe médica que realiza tais técnicas 727 .

no; por atingir o embrião psicologicaniente, deixando ma]-cas indeléveis tra.


A título ih]strativo, esclarecemos que a Congregação para a Doutrina da
zendo traumas, reações de ordem psíquica e por possibilitar a degeneração da
Fé da Santa Sé, sob a presidência do CardealJosepb Ratzinger (Papa Bento XVI),
espécie humana, ante a possibilidade, no futuro, de relações incestuosas coi12
o publicou no (lia 22 de fevereiro de 1987, as "Instruções sobre o respeito 1 vida
doador do material genético ou com sua prole etc. A ciência conrelnporánea
humana nascente e dignidade da procriação. Respostas a algumas questões da
não nega que o rcconhecinieiito da vida se opera a pai rir da concepção, Com
a fecundação,o ser latiu ianojá existe biologicamente, sendo capaz de sensaçõe s a malidate", assumindo uma postura restritiva quanto à viabilidade ética dos
sen tirnentos, de respostas intuitivas a estímulos sensoriais externos etc Logo, s eiintcs tópicos: as intervenções terapêuticas e os métodos de observação do
embrião que pressuponham um grave risco para a sua saúde; a experimentação
seres geneticamente perfeitos, criados em laboratório, poderão ter graves per
com embriões vivos com fins não especificamente terapêuticos: a conservação
turbações mentais ou sérios desvios psicológicos, sendo por isso desaco nsj.
com vida de embriões humanos com fins comerciais ou experimentais, o uso
veis tais atos, que criam incontáveis efeitos negativos à prole. Afinal nem tudo
de fetos mortos com fins comerciais e a mutilação desnecessária de embriões e
que é cientificamente possível é moral e juridicamente adniissívcl.
fetos humanos mortos; a destruição voluntária de embriões humanos obtidos
Por isso será preciso que o Poder Legislativo aja com prudência obje- por fecundação iii vítra com fins de investigação ou procriação; a fertilização
tiva, ponderação e bom senso, editando normas regulanientadoras das técni- entre gametas humanos e animais; a gestação de um ser humano no útero de
cas conceptivas, rejeitando tudo que for contrário à natureza das coisas e dos um animal ou nio útero artificial; a obtenção de uni ser humano através de
homens, aos valores sociais e aos da personalidade. clonação; a partenogênese; a fissão de embriões; o congelamento de embriões
Atendendo aos reclamos da bioética, bern como aos de seus princípios crioconservaçãO), ainda que com o objetivo de preservar-lhes a vida; a modi-
hasilarcs, impõe-se o estabelecimento de normas que garantam o respeito ficação da herança por motivos extraterapêuticos; a fecundação ii vitro; o aluguel
devido aos valores básicos da natureza, do homem e da vida social, protegen de ventres; o arniazenarnento de esperma mediante masturbação; todo método
do não só a vida, mas também a saúde física e mental. Todavia, será mister de fertilização cujo destinatário seja um ''casal não casado" e a fertilização arti-
que se tenha muita cautela ao legislar sobre reprodução humana assistida para ficial de toda mulher solteira ou viúva. Esse documento é uma exortação aos
que não se caia numa terrível armadilha, tornando os riscos mais reais do que governos para que façam parar as experiências de tecnologia genética, e estimu-
aparentam se', trazendo desgraças à humanidade, como o incesto, a eugenia, la a urgente sanção de uma legislação restritiva 725 .

a coisfficação do ser humano, a desproporcional quantidade de embriões Rogamos a Deus para que ilumine os parlamentares, guiando suas decisões
descartados em relação ao número de gestações bem-sucedidas etc para que fatores técnico-científicos não constituam a ceifa destruidora da raça
É mister que se torne consciência de que aqueles processos de fertiliza- humana, não deixando periclitar a dotação para unia colheita fritura sã fisica e
ção humana assistida não trazem em si remédio algum à esterilidade, pois mentalmente, fazendo com que a autonomia científica termine sempre que
quem é estéril continuará a sê-lo, unia vez que, na verdade, o participe da estiver em jogo o respeito à vida e à dignidade humana, pois há prioridade da
criarão é o doador, um estranho ao casal, que tão somente coloca a disposição pessoa humana sobre qualquer interesse da ciência, que somente terá sentido se
seu material fecundante. Como se vê, a solução da esterilidade residirá apenas estiver a serviço do homem. Por essa razão, a bioética e o biodireito não pode-
na fecundação do consorte, mediante o uso de esperma ou de óvulo de urna rão ficar separados da efetivação dos valores "vida", "saúde" e "dignidade huma-
pessoa que ficará incógnita. A opção pelas técnicas de reprodução assistida na", que se sobrepõem ao princípio da liberdade de investigação científica
não é natural, nem é opção pelo amor, por exprimir uma entrega condicio-
nada à obtenção de um filho artificialmente, nem mesmo é opção pela dig-
nidade da pessoa humana, por tomar o filho como objeto de manipulação 727. Stelia Maris Marcinez, Manipulação Boletim, cit., p. 54-5; Cafferata, Las nuevas
....

instrumental ou de experimentação em laboratório, com intervenção de técnicas de Irin,iv, y eI derecho positivo argentino, in El Derecflo. t 130, Bue-
nos Aires, 1989.
terceiros que não são os genitores, sejam eles os doadores do material fero-
728- Stelia Maris Martinez, ManipuIaço..., Boletun, cit., p. 53.

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lativo ao pa gailuenro daquela inipo, cánci a. Liii lazão disso, q Lialqu e
3) Os espécimes do contratante, que serão entregues 110 Banco de
,,iça de endereço deverá ser comunicada.
Sêmen do 1- lospitai --------------- ---------- -------------------serão aiialisados para
avaliação da conceii tração, motilidade e i]iorfologi a espermática. E, 12) Linhol, a cr iopreservacão dos espêc ii]] es esteja sob a custódia cio
ostra tIo sangu e ser1 retirada para testes soro Eógi e os para A lD
disso, ti ii a amostra Banco de Sêmen. o contratante per ii] ai] ccc mii o proprict ao cio sênlei e
Antígeno p 24 para o HIV. Sífilis, IIBsAg (I-{epatitc Ii), anil - HCV (Hepa este será a, . 1 aze nado con Lii mi nente até que oco r 3,' u i na das si tuaçá es alia xc:
tite C). doença de Chagas e anti-HTLV-1 e II - Caso sej:I detectada qualqu er a) A dJta de pagamento i tu de 2 (duas) semes tu idades co li 'ecu ti \ -as 4
u nu das doenças acima desc r tas, o acordo será cail cela do e os csp éc ini (quatro) seinestra idades 1 ao consecutivas, o que e rã considera do desiii teies-
serão inutilizados. se pias espé CII)) es preservados por parte do contratante, (l mi e serão, eu t o.
4) O resultado do esperrnogranu será informado ao contratante, que inuti!izadOs e desprezados, e este acordo será cancelado. independentemente
decidirá, ou não, pela criopreservação. dc qualquer aviso ou notificação.
5) O contratante assume os riscos inerentes ao processo de calera. pro- b) Manifestações do contratante, por escrito, para irutilizã-los e dos-
cessamento, congelamento e descongelamento do sêmen, pois podem acar- prezl -los.
retar diu iriu iç ão do po encial fertilizante da amos[ra -
e) Inviabilidade dos espécimes por UmOvos alheios à vontade do con-
6) O armazenan,ento dos espécimes obedece -a critérios rigorosos de tratado, tais co no casos mi previsíveis do tu moi l.uii lei) to do recipiente de
segurança, lias eveiltos fora do controle do serviço, tais como perda de r,i nitrogênio líquido, incêndio, caso fortuito, força niaior etc. Casos cio que o
trogênio líquido por ulan funcionamento do recipiente, incêndio etc., pode- contrata "te será, imediatamente, avisado. Ei11 neni] tu i ia dessas hipótese, o
ráo inutilizar o material sem gerar qualquer responsabilidade do co ri tratada com trata o re será reembolsado ou lhe assisti rã qualquer dite ira de ,da nar
7) O cai i lr.i[ai 'te foi trilei o que a c r ioprcscrvaç3 o do sé' ii eu pudu cOl]tr:i O contratado. a que titulo seja -
cd u zir a ir,o o li dade e vii hi hdadc cli » esper nu' tu zoides. cliii iii u indo t,.i ca- d) Caso venha a Ser cancela da autori tição dada pela Secretaria da Sa ú -
pi cidade de (ei-ti lizaçao, e q ii e por isso não há neti, h urna ga rã fl [ia em re lição
de. CII caiã ter e xcejc i onal, ao funcional] e,, to do Banco de Sê nien auror 1-
ao sucesso ria obtenção da gravidez pela fertilização assistida com séiiien zação essa de pleno eonheciniciito.
criopreservado.
13) Em caso de inerte ou insanidade iiiental do co ntratai te, os espéci-
8) A criopreservação do sênien não provoca alterações cromossõniicas mes serão inutilizados e desprezados.
O cc,ntratante concorda, portanto, que se alguma eventualidade ocorri, •
contrato estar isento dessa responsabilidade, pois aborta, i en [o espori t5 neo 14) A utilização do sénien criopreservado dar-se-à a qualquer tempo,
ou nascimento de criança com malforniação congênita não se (Ii pela crio- unia vez ii mio [estada a vontade do contra t.m [e e de sua esposa. ou compa-
preservação do s&inen. nheira, por escrito.
9) O custo para processamento e criopreservação de cada espécime do 15) Os espécimes serão entregues ao ginecologista indicado pelo con-
s€nien do contratante é de ..................................................................... tratante, e a ii Iseini nação ou ïèrtil ização in acro poderá ser realizada no Hos-
..............reais) e o de análise para pré-congelamento é pital -- ------ ---------------- ------------- ------ --- ------- --- ------- ---- -- --------- - -conta e respon-
de.... ................ .................... (----- ........... ------------reais). sabilidade do contratante ou esposa, ou companheira, que responderá por
despesas hospitalares e cirúrgicas.. Para tanto, o contratado deverá ser notifi-
10) A manutenção dos espécimes requer frequentes abastecimentos do
cado, por escrito, com antecedência, pelo contratante, e o ginecologista de-
recipiente cOili nitiogênio líquido, além de supervisão constante; por isso a
verá entrar em contato com o contratado pelo telefone .............................
taxa de manutenção semestral deve ser paga adiantadamente, junto com a
taxa de processamento e criopreservação, no valor de .............................. 16) Se houver processamento para o descongelaniento e eventual be-
ne6ciamento do sêi]wi], serl cobrada uma taxa.
(...........................reais).
li) O contratado deverá mandar bolem bancário, com uni Inês de 17) A responsabilidade do contratado sobre o material cessara tio mo- -

antecedência da expiração de cada período semestral, para o contratante, mento cru que o contratante receber o material.

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cada cii, ciru i-gias de o tédio porte (duração aproxi ii ada de 45 a 90 11-1] nutos) Os riscos já identificados pci.' ciência médica ineremi res ao proccdini cii -
Para ser leai i zada, insufla-se gás no abdome (pneu ii operi tónio) e, ti or de F[V/ICSI e/Ou GIlT e/ou PROST são: complicações resultantes de
de dii is ou três incisões de 7 a 9 in in ria regi5o ti nbi ic.i 1 e íoss., lljaci obte nçao dos o ÔCi tO5 iii rC e ç 5 es posteriores CU rgia. gravidez etôp i e a

colo cair-se--á iistr utuental especializado, pelo qual o ciru rgi o oliservarã o abortanlet 1(0 e os associados a ali iii ocentew e controles fetais.Todav ia, podem
interi 01 da pelve e pti nciona r5 os foi iculos ovarjari s extraindo os Ovôci tos. o correr ....... ai n da "ão i dei Iti ti ca ti os - Conue,,ne .1 experi&i ici a 1 nundial os
Os riscos poteti ciais são os ii lestilos da putiço i iltrasso nográ ti cai sou, a ,iscos do desenvolvi' hei tu d, Liii feto au or 1 lia 1 são os ii ,esmos de qu'lq tie
is cnn' pI icações do pi eu nioperi tÕ 1)10. gestação ;tu( por coil cepçao natural i o ventre ii lateri o.

N os casos de E Vil CS 1 / PROST a te rce ira etapa scr.i rei' lizada o li- As possibilidades de se obter unia gravidez ci iii ca sã o gera lo tente entre
boraó rio. Aqui se coiii pletarã a nutri ração dos oóci tos, após o qu ser, 15 a 25%: dessa for 'tia a li. IC. El .assur ne unia obrigação de meios e trio de
i nseni 1 nados ou injetados coro esperniatozol des do o ia ri do. o ti com p.,ii h eito resultados. A O. R - 1-1 comiip ro In ele -se a realizar os Seiviços médicos do pio-
previa o tente incubados eni tini fliCio de cultura adequado paira preservar e grama de fertiliza çã o assistida coil i prudência e diligência segu udo a ética
aumentar sua capacidade de fertilização. médica, oferecendo todas a, altern;itivas adiiiissíveis cientificamente e mais
adequadas para cada caso cmii particular
Se houve opção pela FIV, excepcionalmente, pode suceder que ao ser
realizada a contagem dos esper niatoz oides, o ininicio res ti] t ao te ii ão seja 1 lavendo urgê ii cia neste iii teri m serão realizados estudos e intervenções
suficiente para lei tilizar os oócitos obtidos, ou que, cii ibora se cotis iga nú - que seja ii ii ecessár ias, ainda que seilI consen tinien lo expresso.

lucro 5H Ficiente,não ocorra a fertilização; nestes casos, ranidai -se-a o llroce_ pelo presente, coliscier' te e livremente, autor za nos cair forma irrevogá-
cli mcnto para 1 CS 1, injetando os espernia tozoid es obtidos. Quan do não vel a URU. -a realizar o programa de FIV/ICSl/GlFF1ZIPF/PROST cmii
existirei i esperi la tozol des do 1 i ari do, ( ri co tu pa nheiro, e o casal 'tão optai odc i tos esperi iiatozoi cies dos subscritos. Decid mios, de coi n Lii fl acc ido e por
pele Liso de sêt "eu de doador ali Aiu mc) ou pela doaçii o de oó etios, e ,1 s ú P - vontade própria, peil técnica, de fertilização assistida, que ser., realizada pela
unios poderão ser descartados ou crlopreserv;l dos - -1 com o (mico e exclusivo propósito de superar os obstáculos q ti e exis-
UR AI.
tem para que os subscritos obtei,han, mim gravidez por concepção natural e
Ocorrendo hrtiIização dos gameas-e ii ibr iões, realizar- se- ã a quarta
após e iètuar diversos tratamnei itos segundo as particti lir idades de cada caso.
etapa coiristente na transferência dos pré-embriões sob as mais esli -iras u ori nas
de assepsia. Nos casos de 19V ou ICSI. colocar-se-á o pré-embrião no interior Ale,,, disso, estai jios cientes cordes acerca das Laxas hospi calares
tes e concordes

do útero por meio de nula cânula especial sem anestesia, por se tratar de pro- decorrentes deste trata lo ento, e dessa for nu sti bsc rita 'nos o presente doc ti -

cedi inen to indolor. Essa ti:i nsfcréi cia oferece ou) risco limitado de enficÇão, tnento testa data.

tenor ainda que o existente na inserção de cara dispositivo intran teri no (1)1 U) - Co nfm ri', amos que o esta data tiveilios a cl ianc e de esclarecer CO 1H O 1) r.
todas as nossis d (mvi das e questões ciii re-
A transferência enibrionária se rã efetuada ,,ire IR (quarentata e oito) e
laçao aos procedi miei itos aq o' descritos.
144 (cento e quarenta e quatro) horas a partir da insenun ação dos oôci tos:
ou no caso de congelamento para preservação de pré-embriões, a transferêii- São Paul., - —— de ........................de .............Hor. -------------------
cia só poderá ocorrer com a nova autorização de ambas as partes interessadas.
O ovo humano, em desenvolvimento, será introduzido no útero nuterno, assinatura do homem assinatura da mulher
aproximadamente entre o estado de pró-núcleo e o de pré-embrião em Fase
restcnimiimha 1. - —— ..... —— ........
de blastocisto, o que ocorre coice o segundo e sexto dia, a partir cio nionien -
nome.......................................................
to da captação do oócito.
RC.... ............. ........................................
Nos casos de l'ltOST/ZIFT, a transferência dos oócitos pró-nucleados
ou dos pré-embriões, realizar-se-á pela colocação destes nas trompas median- oha 2...........................................

te laparoscopia realizada de 24 (vinte e quatro) a 48 (quarenta e oito) horas nome......................................


após a recuperação dos oócitos. RG- ........................................

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CONCORDAMOS, ACEITAMOS o ato dc doaço de oôcito e ohrig-i CEP tcL( e
Estado ....................... ............ ....... .... ...
.......) .......................

ruo-nos:
a) que se considerará(ão) a(s) criança(s) concebida(s) nosso(s) filho(s) e,
noiiie homnen
nessa condição, herdeiro(s) n ecess rio(s);
b) que se deverá(ão) considerar tal(is) criança(s), em todos os aspectos e
para todos os efeitos legais, incluindo descendência e hei -anca, com, data de nascimento profissão
concebida(s) pelo processo natural. RGn ..................................... C PF ii .................... ......... .....- ............

sob o regime dc ..................................... de bens,


esado civil comunhão/separação
São Paulo. .......... dc ........................ de r esidentee domiciliado â ..........................................................................

rua/avenida/praça
n. ...... ...ap. ............... bairro ........................... cidade ................................

Estado CE?
..........................
.reI. (.......) .......................
... ................ ........

assinatura do homem assinatura da ri mli er O objetivo deste documento é informar-nos acerca do procedimento
clínico a ser realizado pela Unidade de Reprodução Humana do Hospital
e convidarnos a participar deste. Este
pmcedimen to cera desti i a do a tentar gravidez após congelamento de pré-em- )

testeniun Lia briões hu, 1 ia os, que pode iii defi i ir-se coi i o oó citos penetrados, c ria estágio
de dois pró-núcleos, ou niulticeir lares de duas a dezesseis células, que são )

nome denominados pré-embriões. A nossa participação neste procedimento clíni- )

RG: co é voluntária, e se decidirmos não fazê-lo, a decisão não redundarã em )

nenhamir prejuízo para nossas relações Luto ras com a referida entidade.
)

1 3.e.6.5) Informe de consentimento para congelamento e preservação Assim mesmo, híi necessidade de lermos este docwn enro cuidadosa-
de pré-embriões (pró-nucleados, multice!uares e biastocistos) mente e de formularmos as perguntas, que sejam necessrias, esclarecendo )

todas as dúvidas antes de decidirmos sobre nossa participação. )

Fomos selecionados como possíveis participantes, por estarmos incluídos


nome mulher (sem abreviações) entre os pacientes, que sero submetidos a técnica de reprodução assistida.A
)

criopreservação realizar-se-à se se obtiverem múltiplos pré-embriões, após a


)

data de nascimento profissão realização de técnicas de reprodução assistida. Todos os pré-embriões, que )

RGn ................................ ........ CPFn ...... ............... ..............................


excederem o número de quatro, serão criopreservados. )

..... sob o regime de.— ........... —— ............. ..... de bens, Este procedimento pretende beneficiar-nos, reduzindo o risco de ges- )

estado civil tações múltiplas e suas complicações obstétricas, e ao mesmo tempo criar
comunhão/separação
oportunidades adicionais para obtenção de urna gravidez com a transferência )

residente e domici]iada à
de pré-embriões desenvolvidos a partir de pré-einbnões criopreservados.
..........................................................................

u a / ave n ida/praça
Como alternativa, caso não desejemos criopreservar, nos é dada a pos- )

n ... ...... .ap ................ bairro .......................... cidade ..........


sibilidade de optar pela inseminação de até quatro oócitos maduros, com a
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la ii te, representando tinia taxa de i nanutenção trimestral. A primeira ta. sd ,istória a todas as perguntas de au] bus e acredito que ccii ipreendera iii
tudo o que expliquei.
trimestral deverá ser paga adiantadaiiietite,junto com a taxa de coiigel afl11
to de pré-ei iihr iõcs.

Embora a cri op reservação dos pré -emh ri ões estcj a sol, Custódia da
Unidade de Reprodução Humana cio Hospital
Médico
.....................................

o casal p, .. 11 'ccc cor' o pra priet rio dos pr&-eni 1» i ÓeS e estes será o arnu-
CR NL .......... .......
ze nados. cot ti n iiai ricntc a ré que u ma das situações liii ixo açor

a) Falta de pagaiTie n o de duas tri 1 esrralidades consecutivas, o que será


13.e.6. 6 ) Instrumento de autorização para o uso de embriões doados
cai siderado d esi II teresse pelos pré -cnib riôes preservados, pois poderão ser
doados e este acordo será cancelado. Nesse casca URI-1 do Hospaal
ou cedidos gratuitamente
............... ...... - ...... .... - . ... ... ., Isc
......

soirritará a mali' festação cio casal para autoriza r


a Eu , ............... —
doação. Cl'F e. ................................ nascida em
// ......residente e donimciliada á ..............................................
a) NlanifesLção do casal, por escrito, de doar os pré-embriões Ctiopre
b a irro cidade ...................................................
servados. .....................................

Es ta do ........................... CEI' ...... ...... .... .... tel. ( ......) ...........................


Caso essas situações não aconteça i os pré-ei ii bri ões serão iii au ciclos
eSr .................................................................................................
até que haja manifestação ei]] contrário das autoridades competentes
1kG ....................... ....... ... .... CPF n ..........................................nas-
Na época do descongela iii cn to serão cobradas as devidas cisa, bem cido ciii ............./ .......tel. ( .. .... ) ...............autorizamos a Unidade
CO 110 as de d escol] gela mc ri Lo e r tia' II) LI la ç ão dos pré- cii ibr iões. 'lo valor de Reproduçao Htiiiiaua do 1 [ospital ..................................a utilizar os
..(............................... cais). embriões obtidas de 11111 casa] anAiiiiiio e por ele cedidos para transiré 'Ri a
1 )esde já, responsabiliza Iii O -005 por i 10 ti G car a Unidade de Repi)dLlç5o iritraurerina, com o p ropósito dc obtermos una gestação.
Humana do Hospital ...........................................................
sobre qualquer Ciásufa 1
mudança em nosso endereço e/ou número de telefone, (lUC mencionallios
Pelo presente instrumento, nomeamos, eu] caráter irrevogável e irretra-
em nossa identificação, no inicio deste documento.
tável, os responsáveis pela Unidade de Reprodtição I-lu,naiia do Hospital
Por estarmos cientes e de acordo coi'i os termos deste informe, ,,h, - para selecionar o casal cedente ou ''doador'',
crita 1105 nesta data. que deverá ter caracteres feii otipi cos se me] han tes aos nossos e grupos san-
1 )eclaranios que tivemos a chance de ler este documento e o Dr. guineos compatíveis com, os nossos.
..........
esclareceu todas as nossas dúvidas e questões a
CLíms,,/a II
respeito dos procedimentos aqui citados.
Nunca haveremos de identificar o casal que fez a "doação" ou a cessão
São Paulo ..... .... .dc - ----- --- -------- -- -- --de .......... Hora ................
gratuita. nem a este será fornecida nossa identificação, assim como da(s)
eventual(ris) criança(s) gerada(s), respeitada a legislação em vigor.

Cláusu!a III
assi ia lura do homem assinatura da uniu] eu ENTENDEMOS e CONCORDAMOS que não é possível qualquer
Deve ser completado pelo Médico: garantia de que os embriões do mesmo casal 'doador" serão utilizados para
cada tua nsferê n ria, e de que a utilização dos emiti, riões cedidos ou 'doados"
Certifico que expliquei ao casal acima identificado detalhaclarnenre O
resultará em gravidez.
procedimento, seus ben efi cios, riscos e suas alternativas. Respondi de maneira

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recer favorável sobre os aspectos éticos da experiência proposta, mediante O Comité de Ética em Pesquisa subordina-se à Comissão Nacional de
revisão dos riscosdos beneficiosdo termo de consentimento PÔS-informação Ética em Pesquisa (CONEP), que é um órgão colegiado, de natureza con-
etc. Tais Comitês, por incluírem médicos, filósofos, sociólogos, bioeticjsr s ultiva, deliberativa, ti orinativa, educativa, independente, vinculado ao Con-
cientistas, enfermeiros, religiosos, farmacêuticos, epidemiologistas, especialistas selho Nacional de Saúde. É um órgão de controle social, multi e transdisci-
em ética, leigos qualificados para repi-esentar os valores culturais e iliorais da plinar que desenvolve a regulanientação sobre a proteção dos sujeitos da
conuinidade,juristas etc., têm condições de fazer urna análise profiiitda propor pesquisa e constitui uni ii ivel de recursos para quaisquer dos envolvi dos em
alternativas viáveis para possíveis conflitos éticos e de assegurar à socicdju, pesquisas com Seres hutnanos'feni por função: apreciar c aprovar os projetos
que a pesquisa em anima no/,ilí será feita de modo eticamente correto, prote de pesquisa enviados pelo CEI> relativos, por exemplo, à manipulação gené-
gerido com isso os pesquisadores de ataques infundados Por issoa Declaraçã o tica, à genética humana, à clonagern hunnna, à reprodução huniarta assistida,
de 1-lelsinque, na sua segunda versão, de 1975, determinou que o projeto e a a novos medicamentos, vacinas, testes diagnósticos, dispositivos para saúde,
execução de experimentação em seres humanos seguissem protocolo aprova novos tratamentos, pesquisas em populações indígenas, projetos relativos 3
do por uma Comissão de Ética independente na tornada das decisões no biossegurança etc. estimular a criação de CEPs; registrar o CEP; prover nor-
exercicio de suas funções, que terá sempre caráter multi e transdisciplina r mas específicas tio campo da ética em pesquisa; funcionar como instância
Além disso, os Comitês de Ética em Pesquisa ter5o as atribuições de final de recursos: rever responsabilidades, proibir ou interromper pesquisas,
manter a guarda confidencial de todos os dados obtidos na execuçã o de sua definitiva ou teiripora riatflem te; constituir um sistema de informação e acom-
tarefa e arquivamento do protocolo completo, que ficar5 à disposição das panhaniento dos aspectos éticos das pesquisas envolvendo seles humanos ei
autoridades sanitárias; acompanhar o desenvolvimento dos projetos inedia] toda o território nacional, mantendo atualizados os bancos de dados; infor-
te relatórios anuais dos pesquisadores; desempenhar papel consultivo e edu- mar e assesçorar o \4inistéria da Saúde sobre questões éticas relativas às eis-
cativo, fomentando a id exão cm torno da ética na ci&ncia: receber dos 'o- peru enta ções cio seres li uma nos etc , 73i -
citos da pesquisa ou de qualquer outra pessoa denúncias de abusos ou ii
ficação sobre fatos adversos que possam alterar o curso normal do estudo, 13.g) Necessidade de um novo estatuto jurídico-penal voltado
decidindo pela continuidade, modificação ou suspensão da pesquisa,devendo, à criminalidade genética
se necessário, adequar o termo de consentimento; requerer instauração de
sindicância á direção da instituição em caso de denúncias de irregularidades Diante da ''revolução hiotecnolôgica'', que pode acarretar danos irre-
de natureza ética nas pesquisas e, cru havendo comprovação, comunicar à versíveis à humanidade e ao ser hwnano, individualmente considerado, tra-
CONEP (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) e, no que couber, zer, do uni Iii turo incerto, i rnprcsci ndivel será a ii te rfcrênci a do direito penal,
a outras instâncias e manter comunicação regular e permanente com a criando novos cri'i 'es ligados aos abusos que poderão advir do avanço e do
CONEP'11 . Engloba atividades deontolôgicas, fiscalizadoras e de avaliação impacto das ciências bi oniódicas, provocados, pr i ucipalme ute, pela engen li a-
dos aspectos éticos envolvidos em pesquisas com seres humanos. ria genética ou genetecnologia, e pela reprodução assistida, não só para res-
guardar a dignidade humana, a integridade genética, a identidade genética, a
Corno o Comitê de Ética em Pesquisa se coloca entre o paciente sub-
individualidade, a diversidade, a inalterabilidade e a intangibilidade do patri-
metido a experimento científico e o investigador, parece-rios que sua atuação
mônio genético, como também para impor limites à liberdade de investigação
terá grande relevância nos transplantes de tecido fetal, terapêutica gen&Eica
científica, que, apesar de tutelada constitucionalmente, tio art. 52. IX, da CF,
em seres humanos, novos métodos de ferri]ização in vitro ctc., orientando-os
não pode colidir com outros direitos fundamentais reconhecidos também em
sobre o conteúdo ético, os potenciais problemas ético -jurídicos que poderão nível constitucional 773 .
advir e os riscos de dano real que surgirão, e analisando os benefirios que
eventualmente decorrerão.
732. Vide Resolução CNS 466/201 2, Seção VIII.
733.Paulo Viu icius Sporleder de Souza, O nascituro e a criunnalidade genética, Re)Lç_
731, Vide Resolução CNS n. 466/2012, SeçõesV,Vll c X2 e a Brasileira dc Cibícias Criminais, 28:130-2 e 146-50.
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a) reprodução assistida 'post ii portem'', que ê possível em virtude da (educa de n asciUW0 e da gestante a perigo por n'cio de diagnóstico preconceptivo; b)
congelamento de sêmen, óvulo e embriões em laboratórios, mas ti -az tu . causar, por qualquer modo, ou por técnicas de diagnóstico pré-natal,lesão ou
ros problemas ético jurídicos, como: o da determinação da filiação; o ,afe rli)ldadc em embrião (mira ou extrauterino) ou nascituro que prejudique
direitos sucessórios; o da paternidade ou maternidade valiosa, que requer gr avenwute seu desenvolvimento fisico ou psíquico?`, ou, ainda, a niorte do
fertilização com garnetas de pessoas ilustres, violando o princípio da seleç 0 uascittmro por culpa do médico responsável pelo diagnóstico.
natural, podendo, ainda, gerar a comercialização de material fertilizante e de
z1gotos 3 '. Com isso fere-se a dignidade, a identidade genética e a integrjda
14. TORTURA MÉDICA
de psíquica da criança; h) parten(géiuese, estimulação artificial de uni óvulo
para provocar a duplicação de sua série haploide sem necessidade da Pene Estão proibidas as implicações de médicos em atos de tortura; assim,
tração pelo esperniatozoide. A obtenção de ser humano a partir do Óvulo ninguém deverá ser submetido a torturas e a tratamentos degradantes ou
além de ser atentatória à dignidade humana, atinge a dotação genética dupla desumanos (CE, art. 52, III; Código de Ética Médica cap. 1, n.Vl, e art. 25).
diferenciada (masculina e feminina), que não deverá ser retirada da reprodu- Na 29 1 Assembleia Médica Mundial, realizada em Tóquio, em outubro de
ção; e) ectognese, que visa obter o desenvolvimento de uru ser hui,uano fora 1975, e no ll Congresso da Academia Internacional de Medicina Legal e
do útero, seja em laboratório, mediante a construção de útero artificial Seja Medicina Social, ficou deliberado que:
em irmiplante no Útero de um animal ou por meio de gravidez iiiesctili, la
a) O médico não deve favorecer, ser conivente ou participar da prática
Constitui urna violação à dignidade da pessoa humana e à dotação genética de tortura ou outras formas de procedimentos cruéis, desumanos ou degra-
dupla diferenciada; d) rransfrrêricia, com qualqu jer fim distinto da pnlcm-icmção, se,,
dantes, em quaisquer situações, inclusive conflito armado e guerra civil, seja
fi is te rapé tiros, de embrião caeipulsislogo,etin u-i-i ente 0< útero de i Ia Tu em pai-a qual for a inflação da qual a vítima submetida a tais procedimentos seja sus-
obtenção de seres híbridos ou de q Lii meras; e) produção, i itiliração e defn
peitaacusada ou culpada e sej ar]] quais forem as crenças nem deve participar
,.mui finalidade de cxp er iii ei] taça o, de em hrióes li um anos, destinado, a procria-
da formação de outras pessoas pai -a essas finalidades.
ção, ou de suas células, tecidos e 4r'ãos, sei ii fins terapêuticas. Tais COO (lutas
devem ser punidas, por levar ,i coisificação e à mercantilização das formas de b) O médico, por ser uni profissional da saúde, deve respeitar a vida
vida humnan a; reprodução assistida não consentida pela mui/ter, para proteger SeU humana, não aceitando maus-tratos a pacientes por razão política, religiosa
direito reprodutivo, sua liberdade procriativa, sua dignidade e para evitar que ou racial; o médico tem a obrigação de auxiliar quem estiver sob seus cuida-
assuma obrigações decorrentes da maternidade indesejada 737 ; e g) gesfa(ho por dos profissionais, curando suas lesões, amenizando os efeitos da tortura e
substituição, por constituir ofensa dignidade da mulher, por levar a o "ni el-e- evitando a repetição das sevícias havidas, levando o fato ao conhecimento da
trício de útero", por degradar a mulher a mero organismo reprodutor e autoridade judicial competente; não deve o médico ser usado por autorida-
nercenário e por haver intrunientalização da mulher como organismo se- des como instrumento de tortura em cuniprirnento de penas degradantes ou
xual, por ofender a dignidade e a integridade psíquica do nascido, levando-o em interrogatórios de presos para obtenção de confissão por meios farnia-
a sofrer urna crise de sua própria identidade, pois será "filho de ninguéiul", tológicos (p. ex, unia mistura de taquiflexil e pentotal sódico, que primeiro
unia vez que terá vários pais e mães. provoca uma dolorosa paralisia muscular e depois um estado de semi-incons-
3) Crimes de manipulação ginecológica-diagnóstica, resultantes de diagnósti- ciência e de euforia, ou o LSD); o médico, em regimes totalitários, deve re-
cos preconceptivo ou pré-natal. Dever-se-iam tipificar condutas como a de: ceber proteção contra as pressões que tenham por fim sua integração nos
a) expor, por negligência, imperícia ou imprudência, a vida ou a saúde do aparelhos repressivos; um núcleo médico deverá ser criado para fiscalizar e
denunciar profissional da saúde que participar de violência contra o ser

736.A lei alemã de 1990 prevê essa conduta como crinuc


737. Essa conduta delituosa estã prevista lia lei alemã e no Código Penal espanhol 738 Vide Cl', art 132. e a revogada Lei n. 8.974!95,art. 13,11.0 Código Pena] espanhol,
(au. 162). de 1995 prevê essa figura delituosa nos arts 157 e 158.

806 1 807
liuniai j7 , Observa ai lula, com i nu ita propriedade Ccii vaI Veloso de li o ntológicas ni,rais, nos Urnires do Estado de Direito, decorrentes das téc-
-afl-
que outras fornis de participação médica em procedimento
loss "1 onstru_ 0icas da nova hionicdicina e da inadequação entre certas práticas hioinôdic,is
osos deveu) ser proibidas, cor] 10: exame no interrogado para averi gilar Suas e os direitos fundamentais do ser humano recon li ecidos pelas noi rirasj urid icas
condições fisi cas e psíq ti icas para resistir i tortura; atuação na qual idade de a tinentes saúde :\ vida, à manipulação genética de células germinais, à este-
espectador da tortuta para inter ronipe-la ll.IVCI) do perigo de morte: trata j}izaçiïo, à reprodução assistitis, à morte digna, à extração e transplante de
nento dos ier inentos prt VOC;i dos no ii terrog.i do pela tortura, co, o o esco órgãOS e tecidos ao controle de experiências cieiititicas que envolvem a par-
po de recuperá-lo, para logo cru seguida ser submetido a sevícias; cIIeckLIp ticipação de ei] tIni ões, fetos, crianças e adultos etc., ci 'ii cilian do a liberdade de
inicial feito no preso, para averiguar seu quadro clínico, adequando_o ao jii vestigaçao científica coo] o interesse coletivo da saúde e o respeito à vida
melhor tipo de tortura: e muprego de atos que ci usem perturbação 1 flefli iI para à dignidade humanas e estabelecendo os limites ético-juridicos da aplicação
exercer pressão psicoIogic:I no interrogado etc. das biotecnologias ao corpo litinlano. O processo de iiiStitucioi]alizaçao desses

rodo e qualquer ato de tortura médica (leve ser evitado, por cou]ipro_ comitês visa atendei - às exigências de: prosseguir nas investigações biogenêticas
sem lmiitar a liberdade dos cientistas e seiii ferir os direitos humanos; elaborar
meter a profissão, que teni por finalidade salvar vidas e assegurar a saúde ti-
sw;i e mental das pesso;rs? P1 normas que legitiuiteni as novas técnicas de fertilização assistida e de prolon-
gabei ao artificial da vida seiji conflicar com os valores morais e com os pri ri-
cípiosiurídicos sobre a vida e a morte e respeitar os direitos da personalidade.
15. A IMPORTÂNCIA E AS FUNÇÕES DOS COMITÊS DE ÉTICA
Os Comités de Ética Hospitalar são órgãos colegiados e niultidiscipli-
HOSPITALAR
nares, fR,rniados por médicos de diferentes especialidades, enfermeiros. far-
Os (:nnhit&s de Ética I-1ospitalar ' ou de Ilinérica t&iii por finalidade macétmti cos, hióloos. filósofos, idvogad ,s,J ti r istas, te ologos. psicólogos, assis-
ji recip tia refle li r aval ia i-, ou, i idep ti, dè ii cia e i ir parcial id.ide. qu eslões tentes social 5. etici SI as, moralistas etc, que exercem mui ii idepen dci cia seus
poderes deliberativo e consultivo, para atingir fins altruísticos.Téni por esco-
po emitir pareceres sobre problemas éticos,juridicos e sociais desencadeados
739. Geniv;iI Viloso de Fraiiça, Direito nr r/ir,', cir., p. 387-8;Valtueüa, los médicos pela enibniologia, pela investigação e experimentação biológica e pela apli-
rortL,ra. NuesIro 'Jïnirjio, Maclrid,j.i'i. 1974, p. 33. No mesmo sciitido, ciii dezembro de ilr73. cação de biotecnologias, avaliando seus resultados, beneflcios e riscos, tendo
a Coxlftriicia de Abolição da 'Idrmtir;i estabeleLeu tini codigo dc coiiduti vedando qua]qilt-r por paradigma resguardar a dignidade e os direitos do ser humano. Com isso
tipo (Ii exploração dc ariv'dade nit',_lic;Is 11.1 vxeliçao dc torturas e casrigo, ohrigand, o
pretendem: proteger os pacientes de qualquer risco ou de sofrimento exces-
'tedico evitar que 'tias iin -cst,gi5Acs sejam us,ldas para flns coiirrãrios aos seus objetivo .1
sivo; assegurar a informação diagnostica e o consentimento livre e esclareci-
recusar (IU3I4UL'r prin'cipaçao CIII i,iR'íS (JUC possaili abusar de sias aptidôe e SLlerilId&,
estabelecimento de uiii rol de peritos médicos para investigar c:lso\ sLIspeiHfl de rornlra, e', do; evitar que o investigador ultrapasse, em sua pesquisa, os limites do que for
vianda tini relatório ao,nie'nbros cio IiIoviriieiiIt, ''Aniçita rarcr,,.tc'onal''. jurídica ou moralmente aceitável; prevenir o pesquisador para que sua atua-
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) editou a Reco,iiendaço o. 49, de 12 de ção não gere, na sociedade, desconfiança ética, protegendo-o contra a publi-
solicitando aos iuiagisirados brasileiros que, em casos de crime dc tortura, ohservctii as normas cidade negativa e contra eventuais ataques externos.
- principios e regras - lo chamado Protocolo de st.,nibul de 1999, da Orgailiaaflo das Na -
çõcs tinidas (ONU),, da l'rococolt, Brasileiro de lenda Forense de 2001
740. CcnivalVclo'o de França, !)',dh n,Mrrp', cu., p. 388
Medicina e Mora/e, 36:5446-565: Spagnolo. 1 conunti criei rieØ ospedali: sintesi e considera-
741. lide o que l'sseiiios no mcii 6.
zioni in margine ad uit recente siniposio, Mediana e Morale. .76:566-83; Spinsanti e outro, 1
742. G.J.Aiiiits. litliics eout,iiptlee &omn etliic.tl coinfort to etiucal dover. lhe HoyIiiit (ornuari di nica ii, ospedale, Paoline, Ciniscllo Balsaino, 1988: Gualdi, L. rilevanza giuridica dei
Cone, Rep.mrc, V. 21,,.3,p. 18-21; (attorixai, 1 coiiiiao d'coe., ,t-gli ospedal'. AQ'MY,WIIWPUJ Conhitati etici: coiisiderazioni sul tenta, 1us6 ria. 43:446-55; Cherti e outros, 1 cornitasi ruo. Mi-
.&mcwh. 6113-29; Fosr e Cr.nvford. 14o'pual erlliesc'llnln,trees - adlili,us(rative .tspccrs,JA3H. lamio, Angeli, 1 988: lsarnhert, De la bio.écluquc aux comités dérh'qt'c. Emudes, 358:671-83;
25*2687 92; I'aiardi, E - n'lutam criei ispedaliei: clie cosa polrebbelu esseit e ciic cosa 1101,
Wella, Quattrocchi e Bompiani, Dai/a bioeska a omirami p66, Miiaio,Ancora, 1988; Ciaser, Hos-
dovrehbe ro esc re. fugi ii io, 42:23-32; 1 & Si er, H 0Ff Ira! 1 ncdi cal er li 'es co mlii ,t tees. a revie w of pital.... Tlieorica! Medidne, ti(, p. 275-88; Mccarrick, Ethics conunittees iii hospitais, Keiinedy
ibeir developilieiit,JAMA, 253:2693-7; Sealabrino Spadea, (onhitari crici e dirilri dcFuoiio. Ií,si Frue af' Em! ira Jmmii mal, 2:285-706.

808 1 - 809
As funções' dos Comitês de Ética Hospitalar deverão ser as de: revir pe rteflCCfi aos pacientes e somente poderão ser reveladas a terceiros com a
casos para confirmação de diagnósticos ou prognósticos de pacientes; rever permissão destes; aprovar projetos de pesquisa bioniédica, principalmente se
decisões tomadas por médicos ou por responsáveis legais quanto aos aspectos envolverenui seres liumamuos, e de experiências relativas à epidenilologia ou à
éticos dos tratamentos inclusive aos de pacientes terminais; decidir sobre rerapi economia da saúde; supervisionar investigações científicas etc.
adequadas a pacientes incapazes; promover programas educacionais relacionados Diante de tantas funções relevantes, grande é sua importância; por isso,
às questões bioéticas e à solução de problemas ético-jurídicos; formular politicas rodas as instituições de saúde deverão construí-]os, não só para zelar pelo
a serem seguidas pelos seus membros em casos dificeis relativos aos direitos dos culnpriiiiento dos deveres inerentes ao exercício profissional dos médicos,
pacientes; servir de consultor para médicos, pacientes e familiares quando da
aias. sobretudo, para assegurar os direitos dos pacientes e o respeito à digni-
tornada de decisões éticas específicas, corno as referentes à transfusão de sangue, dade do ser liunla'jo.
à questão da recusa ao uso do suporte vital ou da interrupção do trataniento de
manutenção artificial da vida, da utilidade ou inutilidade de unia terapia que
16. RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
mantém vivo um paciente em coma ou um bebê anencéfalo; resolver sobre a
destinação de recursos hospitalares, decidindo, por exemplo, sobre reforma do 16.a) Deveres dos médicos
setor de emergência, necessidade de construção de nova unidade de terapia
Só é médico quem for graduado em curso superior de Medicina reco-
intensiva ou de aquisição de aparelhos de diálise; garantir que as inforliiaçôe s
nhecido pelo MEC e apenas poderá exercer a profissão quem for inscrito no
médicas serão mantidas em confidencialidade, evitando risco de divulgação para
Conselho Regional de Medicina com jurisdição na respectiva unidade da
pessoas alheias às comissões de ética. Isto é assim porque tais informaçõe s
federaço (ali 6°da Lei ri. 12.842/2013.conia redação da Lei n. 13270/2016).
A Resolução do CPM n - 2M36/20 13, pio art- 1°, traça normas sobre o exer-
cicio da profissão de in édi co
741 mois, Norris e O'lkourlce. A, ...... . po, heijlr/'ca,e riflics, Washingcon, Georgecuv n
liniversity t'ress, 1995, p. 151 José Roberto Coldim e Carlos Fernando Francxscoiii Os co- Segundo o art. 22 e parágrafo único, 1 a III, da Lei n. 12.842/2013,0
mités de ética hospitalar, Biohica, 6:149-35; R obert M .Vcarcli As comissões de êtira hospita- 'objeto da atuação do médico é a saúde do ser humano e das coletividades
lar ainda ré'11 fun çôes, Bwhica, 6:161-70; Wolíï Ethics conimitrees and due process: riesrmr]g humanas. ciii beneficio da qual deverá agir com o máximo de zelo, com o
rights in a co'nmunmry oícaring. Maryland Lati, Revicu, 50;798-858. í4de Portaria n 630/2003 melhor de sua capacidade profissional e sem discriminação de qualquer na-
do Ministério da Saúde sobre programa de interiorização do trabalho em saúde, que constitui
irodalidade de educação continuada em serviço, destinada a médicos e enfermeiros, e com- mureza'', para "a promoção, a proteção e a recuperação da saúde; a prevenção,
pieende atividades de atenção básica, desenvolvidas segundo a estratégia do Prograiiij de o diagnóstico e o tratamento das doenças; e a reabilitação dos enfermos e
Saúde da Família; Resolução ir, 147/2004 do INSS, que dispõe sobre critérios técnicos e portadores de deficiências''.
juridicos para o credenciamento de profissionais e entidades de saúde visando à realização de A Lei n. 12.842/2013, também conhecida como Lei do Ato Médico,
serviços na ãrea de perícia iiédmca; Resolução n. 12/2004 da Comissão Nacional de i&esid&i.
ria Médica, que dispõe sobre Edital de Scleçãõ Pública para Programas de Residência Médi- estabelece as atividades privativas do médico, como a indicação e execução
ca; Resolução ir 16/2004 da Comissão Nacional de Residência Médica, que dispõe sobre da intervenção cirúrgica, a execução de sedação profunda e a indicação da
conteúdos do Programa de Residência Médica de Obsretricia e Ginecologia; Portaria Inter- execução e execução de procedimentos invasivos, como biôpsias e endosco-
ministerial n. 45. de 12 de janeiro de 2007, do Ministério da Educação dispõe sobre a- Resi- pias (art.4°).
dência Mtmltiprofmssional em Saúde e a Presidência cru Área Profissional da Saúde e institui a
Comissão Nacional de Residência Mulcmprofissioiaal em Saúde; Resolução n- 1973. de 14 de Cabe apenas ás pessoas formadas em medicina a indicação e intervenção
julho de 2011, do Conselho Federal de Medicina dispõe sobre a nova idaço do Anexo II cirúrgicas, além da prescrição dos cuidados médicos pré e pós-operatórios, a
da Resolução CEM ri. 1.845/08, que celebra o convénio de reconhecimento de especialida- indicação e execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, tera-
des médicas firmado entre o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica pêuticos ou estéticos, incluindo acessos vasculares profundos, as biópsias e as
Brasileira (AME) e a Coniisso Nacional de Residência Médica (CNRM); Resolução o. 1 974, endoscopias
de 14 dejulho de 2011 do Conselho Federal de Medicina estabelece os critérios norteadores
da propaganda em Medicina, conceituando aos anúncios, a divulgação de assuntos niêdicos. A nova lei determina ainda, como atividades privativas do médico, a
o sensacionalismo, a autopro'noção e as proibições referentes à matéria. perícia e a auditoria médicas, o ensino de disciplinas especificamente médicas

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resp oi isabilizado se não der assistência ,c› seu citei te ou se ne91igen1 as nicflto, integridade fisica ou moral do paciente. O enfermo, ciii certas hi-
visitas, abandonando-o (Código de litica Médica, arr. 36). É preciso lembra r póteSC5 não poderá dar tal anuência. E o que ocorrerá quando: a) for menor
que o exercício di medi ci la & 1 ivrc, de feriria que o médico poderá ii egar_s u doente mental - assi ii o consentimento será dado pelas pessoas sob nu a
a atender ao cliariiado de uni doente (Código de Ética Médica, cap, 1 ri. X). goa -da estiver h) a operação ou tratamento se 1ifl ou ia caino decisão de
não seu do, assim, obrigado a prestar co liras de sua recusa 1 pessoa qu t- o eu-gência, lute o perigo de vida que corre o doente - claro é que, se for
inC u a não Ser à sLia COnsciCncia, ilias 1 iãO poderá desateu der a um cl ,i nado po sivel a obtenção tio consentinle ii to dos parentes do enfermo, o médico
de cli cite seu E iii ipresci id í'el ressaltar que o ii ever de a te ri der chamad os proC o rirá consegui- lo « :,é,,,,, Jurídica, 55: 1 34)
ou de visitar o ei fcrii lo p iesstipõe a necessidade ditada pela doença ou içor- O con sei iso do doeu te ou dl seus parentes libera o médico da respon-
do e o ti e as partes a esse respeito. O médico só poderá fazer-se substit ti r por sabilidade, por&uil haverá casos em que este não poderá invocá-la
outro colega se: a) Stia escolha não foi Leira in tiíi,u ptsouae; b) demonstrar que
3) De abster-se do abuso ou do desvio de poder, pois o médico não ter
1h e era, realmente, r ri p ossivel ocupar-s( do doer i te; e) observar que o ei ir
mo ou sua família não seguem suas recomendações; d) pretenderem impor_lhe o direito de tentar experiências sobre o corpo humano, a não Ser que isso seja
imprescindível para enfrentar mal que acarreta o perigo de vida ao paciente
ajudante ou enfermeira cuja habilidade ou competência desconheça ou
(Código de Erici Médica, art. 101).i'odavia, a regra não pode ser entendida
critiquem seu modo de agir; e) não lhe derem a devida consideração; h à sua
colil rigor absoluto; não se pode entravar a liberdade do profissional que ouse
revelia, for consultado outro médico, dico, colocando- o cri) situação falsa Peru inc
tente novos métodos ciei,tiflcos, pois o médico, diz Savatier, que deve salvar
o colega.Todavia, não poderá opor-se á realização dc junta médica ou segrio-
vidas, deve, necessariamente, saber arriscar (RI 608:160, 613:45)
da opinião solicitada pelo paciente ou por seu representante legal (Cócljgti
de Ética Medir., ,rt. 39) Em todos esses casos sei--lhe-á vedado deixar de O inédito irão poderá ultrapassar os limites contratuai, devendo res-
iii forma r o substituto sobre o quadro c]ir,, o do pa cc' ite (Cód go de Li iça pori dei, por excin il o, p,],,, dar,, qtie causar:
Médica. art. 55). :i) se, coo tr:I ria ido p cd ido do doente ou de seus faroffiares, não requi-
Ha'erá abandono ai ii da se na substituição o ii ié di co assistente procede sitar a presença de especialista;
negligentemente, enviando o doente que requer cuidado especial a nédico b) se chamar como auxiliares pessoas não habilitadas;
de pouca prática ou menos hábil, caso em que o médico assistente respon- c) se praticar aborto fora dos casos permitidos em lei;
derá pela má escolha que fez.
d) se receitar substâncias tóxicas ou entorpecentes, satisfazendo a clien-
O médico tem o dever de vigilán cia i lã O só e 1)1 relação aos doei [es tes viciados;
alienados, irias também relativamente aos que, pelo seu estado iii órlii do. não
e) se agiu negligente (CinciaJurídiau, 67:78, 65:287, 64:320) ou ilupru-
estejam em condições de se conduzir livremente, podendo até ci ti si r danei
deritenieuite no exercício da profissão, cometendo erro profissional ou de
si mesmos, ou, ainda, eu] relação aos que se tornara iii i nconsc i entes pelo técnica, resultante de norte, inabilitação de servir ou ferimento (CC, art. 951;
efeito da anestesia.
GB art. 121, § 4Q, com redação da Lei n. 8.069/90, arr. 263 Ciénda]uddica,
Não poderá ele forçar o cliente ao tratamento preconizado, devendo 6538; R7 673:49). O mesmo se diga do curandeiro, isto é, pessoa não habi-
obter seu prévio consentimento (Código de Ética Médica, art. 22) para litada a exercer a medicina (Ri 132:115).NSosecoiisiderará erro profissional
aplicá-lo, e, em se tratando de operação, tal necessidade será ainda mais rigo- o que resultar da incerteza ou de hesitação da arte médica, sendo ainda obje-
rosa, salvo a premência do caso, quando não houver tempo para obtê-la. O to de controvérsias cientfflcas. Igualmente, não se pode considerar que houve
médico deverá, portanto, pedir a autorização do cliente para proceder a unia imperícia ou negligência do médico ao operar o doente, removendo focos de
operação ou a um tratamento arriscado, após explicar-lhes os riscos ou os infecção no ouvido, se desse fato acarretar perda da audição, pois esta resultou
perigos (Código de Ética Médica, are. 24 e 3!). A anuência prévia do pa- daquela infecção (RF. 92:440)Além disso, será de bom alvitre lembrar que os
ciente será imprescindivel nas operações cirúrgicas, na anestesia, na inocula- juizes e tribu luis não poderão examinar, nos pleitos que se travarem, o acerto
ção de vírus, no tratamento por meio de eletricidade ou radiologia ou que de urna terapêutica, ou a oportunidade de uma intervenção cirúrgica, por
possa ser perigoso (R7' 231:285). Proibidos estão os ataques, sem consenti- serem questões de ordem técnica. Constitui, por exemplo, erro profissional

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11 e Iii, e e) retirada de órgãos de doador vivo incapaz (Código de Étic
a a presei1 tação do conteúdo do prontuário ou ficha médica, o ni&d ico dispo -
Médica, art. 45); O participação direta ou indireta na cornerciaIizaç o bilizará os documentos ao perito nomeado pelo juiz, para que neles seja
de órào5
e tecidos para fins de transplante (Código de Ética Médica, art. 46) etc ,talizala perícia inêdi cd restrita aos fitos em qucsrionaii iento" . Pelo Código
8) Não fazer uso da medicina contra a dignidade de seu próprio na de Ética Médica, art, 89, Pc 22, é vedado ao médico: ''Liberar cópias do
ciente, aproveitando-se da si É nação pai.' obter vai] tagei ii financeira ou p oli- pioiituario ,)li 11 gu aula, salvo q o indo autorizado, por escrito, pelo pacien -
rica (Código de Et ca Médica, alt. 40) exagera ido na gravidade de d L :ignô s_ te, para atender ordem j tal daI ou para a sua própria defesa Q tia n do requi -
ti co ou complica ido o tra tal ia en to terapêutico para poder cobrar Riais si tado j udi eia ii ie ntc, o pixntuari o será dispoi iihili zado a o perito iii édi co
01e3 do pela u i z. Quando o prontuário for apresentado em sua própria
(Código de Ética Médica art. 35); desrespeitando o seu pudor nos exam
defesa, o médico deverá solicitar que seja observado o sigilo profissiona.
c-Iíruct,s feitos (Código de Ética Médica, art. 38); relacionando-se sexualinc n
Mas é preciso catitela, porque há preservação do sigilo profissional e o direi-
te com paciente, ni esmo se este consentir nessa forma de com aio; li t ni t,nid0
to à intimidade do paciente (Lei ri. 8.625/93, art 26,11, § 2; CE, ait. S, X;
o direito do paciente de decidir sobre sua pessoa (Código de Ética Médica,
Código da Ética Médica, art. 85;TJRS, MS 595198409, rei. Des. José V de
ares. 24 e 31) etc.
Lacerda, j 7-2-96). Logo, os agentes estatais não podem ter acesso irrestrito
9) Assumir obrigação de resultado lia cirurgia estética e no contrato de aos prol' tuár los médicos. E preciso que, para tanto, haja justo motivo (Códi-
hospitalização, coiiiprorneteiido-se a preservar o doente de acidentes (Inc go de Ética Médica, art. 73) e requisição do Podei judiciário para atender aos
possam ocorrer no ambiente hospitalar. 1 lipótese em que a responsabilidad e interesses da sociedade na persecução criminal, sendo a vitima, o paciente
civil é objetiva (RI, 726:416, 767:111; R/, 23 1:1 48; CDC, art, (RI'. 5! 5:316) Havendo conflito entre interesse público lia revelação das
lia quem ache que, mesmo lia cirurgia plástica ctiibelezadora. que gera oh ri - anotações medicas e o direito à intimidade relativo ás infi,rnaaçõ es contidas
gação de iesultado, o médico deve provar que não agi ti com CLI Ipa por lia er no pr<an tu :ri o o 1 'oder Ju di e iár i o (CE a rt, 5, XXXV) pode rã delas valer-se
presunção de culpa médica, sendo sua responsabilidade subjetiva (( 'l (:, na i tiveti gação cr]ini nal -
.1 rt - 14, § 4°). Nesse sentido, o Superior Iri bu nal de Justiça jíi se pronuri ci ou
1) Fornecer atestado médico, dizendo a verdade sobre uni estado
ao julgar a responsabilidade civil em cirurgia plástica enxbelezadora (RecuN niõrbido ou uma sanidade (Código de Ética Médica, art. 91). Deve ser cons-
5° Especial n. 1180.815; ReI. Mm, Naricy Andrighi): "os procedimentos
tituído num do c tio iento si iii pies, sei upre que possível passado em papel
cirúrgicos de fins meramente estéticos caracterizam verdadeira obrigaçào timbrado, contendo o no me do médico, seus títulos e seu ii ú iiiero de i iscri-
de resurado, pois neles o cirurgiào assuiiie verdadeiro coniproniisso pelo ção no ( :onsellio it egi una 1 de Mcd icil] a
efeito cmlielezador prometido. Nas obrigações de resultado, a responsabili -
1 2) Evitar era Li r de si ni esmo, de amigo intimo ou de familiares, porque
dade do profissional da medicina permanece subjetiva. Cumpre ao médico.
a proximidade emocional pode resultar em perda de objetividade e crio no
contudo, deitionstrar que os eventos danosos decorreram de fatores externos
diagnóstico.
e alheios à ua atuação durante a cirurgia''.
Pelo Código de Ética Médica (arts.1 a 118) constituem infra ç5es hico-pro-
10) Efetuar o prontuário clinico de seus pacientes e, quando houver
/issionais, entre outros, os atos de: praticar conduta, caracterizada como impe-
necessidade de fornecer, por ordem judicial, a terceiros certos dados, caber- meia, imprudência ou negligência (Código de Ética Médica, art. 12, danosa
-lhe-á o direito de apenas entregaras informações quejulgar imprescindíveis. ao paciente, inclusive na fase pré ou pôs-operatória; fazer prescrições inade-
se houverjusta causa, o resumo da terapêutica utilizada e cópias de exames quadas ao caso; empregar métodos não sancionados cientificamente; cometer
subsidiários realizados, preservando o direito 3 intimidade do paciente (CE erros ei-ti transflisões de sangue ou em transplantes; efetuar experiências clíni-
art. 52, X, e Código de Ética Médica, cap. 1, o, XI, arts, 73 e 87; Resolução cas com inobservância das normas correspondentes; delegar a outro profissional
do CEM n. 2.056/2013, arts. 45 a 48).
O Conselho Federal de Medicina recentemente baixou a Resolução o-
1.605, de 15 de setembro de 2000, cujo a. pi prevê que 'se na instrução do 746- Eduardo A, Silva e josé O. Mobneiro, Da inconstitucionalidade do ar!, 4 da De-
processo criminal for requisitada, por autoridade judiciária competente. soluçio n 1 605J2000 do Conselho Federal de Medicina - MPMG Jurídico, :23-4-

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.ihdo,i,uiai pel.i fome e cólicn esrnhiiacams dc,mjiarecem após o 2C3 dia. - ludiferellç:L para o aciihiemite
Depois d, 15-18 dias do pemisatiletito
- O grevista Ir ío,iie sofre de tonteira \este srads e mnipossivel ava!i.,r funções intelectuais e ei,iiiluir/deteriiiimi,ir tlu.il é O

- O ato de Ievaiitar pode ti, As diíicil otL cru1,ossiveL inentt do grevist;I de loi11L. Qtialq,ier slt'cisão que deva ser tciiiiada pat.L dctcriiiinar
o grevista de 4iiie no alcance este estãgio deve srr procedida 1,e10 corpo médico. e caso
Apresei La
:L]caice esta Liso. executar procedinienro 'iiédico pira meverter o quadiii.
- Ata xi a severa
À tmiedmda que o tempo passa surgem complicações ainda m;ns cevcras:
- Bradiarijia
l'etda da audição
- 1 lipotens5 o ortoscitica
(TegLisira (lia raiei ragia ria
- Cabeça leve ou ao comicrárlo mente lera''
- Virias formii.is de lieniarragi.I: getigival, gastn)iriiesrinal. esolagmaria
- Sensação de (iii.
0 corpo ''par,m'' progressiv:inienre. bradieardma extrema. repiraçào Cheym,e-Stokes,
Sensação geoil de fraqueza redmi;mmmilii toda .tiv,clmde iiierabô]ie.i
- Ataques de tosse krmtic 4E-73 dias.
- Perda da sc'imçãu de sede A morte acontece por causa de ti,,, colapso cardiovascular e/ou arritmia sevem.. (prin

No iriá do primeiro més os simitonias podeiii icar suficientemiieiite sérios pai -a cipil;iieiite dCÇmdo i diiiiiliLuçao agtmd.i de tianhina Vitimaria 131) > prr.ida cardíaca sistdlica).

sitar a n)spitaIilação.A hidratação tem que ser nioiiitor:ida com avali.Lção criteriosa do l)IItETRIZES 'ARA AIENI)IMENTO EM GREVES DE FOME NO SISTE-
co ]iidrlcn e eleti-6]itin pois o stiplciiiemito de NaCI eni excesso pode levar IA i'lI 1 l:NCIAI&lO lfl&ASIIEll&()

1 itre 15-42 bis i?i:cio da girve de L,nie deve sei - o ii]as rapidamiieiite possivel notificado pcl.i di rui .io
da Ui,id;iifc I'rision.i] oiide ocorra .is autoridades da segtir.rtica penmtemrcmária estadurI lEstas
cor rei ir
deverão contatar do itiiedmaro o setor iespomisavcl tectncanienre pe]a saúde penitcmiciãr'a e.
- Problemas de nubilidade oeul:ii devido àparalisia pTogressiv.L dos iii(,silos octilo-
par.ilelainetire.os serviço' de escolta. que deverão ser alterados para o estado de proiititlàai, caso
nio LO 1e5
haja necessidade de arrndimiiemito iii&dico fbra do aiut,ie,ite onde a greve ocorra.
Nistagiio incomitrolavel
A partir da coiilnhiitiiÇãa forraial, alguns desdobraii,entos são possiseis ciii [tiriçiti da
- 1 )iptopia rxistenel.m OLI iiiio de tinia rede de atendi lento peniteciciànmo organizada.

S'_iisaçâo extmem,ii,iiiiire des;nzrati3vel de totittii -:' Cmialc e'ti rede e-msrmm,.m partir do cornumncado foral da greve de foiiie, o setor téeii,-

- l )mfciJ controle di, vómito co responsável pelo ateiidmiiiento à saúde devera:

-- l)püeuId.rde extremiia de engolir igria (:oinui,icai- à equipe de saúde da Unidade Prisiorial onde a greve ocorre da iieressid.i-
de de prionizar as avaliações periódicas dos iiiteriios grevistas, intervindo cc,iti as açõcs pruiià-
- ISs tra h isi no co tive rgeri te
rias riecessám ias e encanuiiliando os demais casos parir atendimento hospitalar. conforme o
Isso (oh descrito como a rase mais desagradável pelas pessoas que sobreviveram a fluxo de ateiitliriienro estabelecido por este Manual
,,uni prolongado, e é a fase mais temida por potenciais grevistas de fome.
Acioii;mr a direção dos Hospitais Peiiitenciãrios para irendimento fora do horárto de
Unim seiiiana após a fase 'ocular' íuncionainemiio do ainbulatôrio de saúde da Unidade Prisional onde ocorre a greve, e das

Logo que a paralisia dos niúsculos oculornotores é total > o nistagnio para e roni ele iiOssiveis ilitercorrencias eia todos os horãrios

todos os probleitias associados (tontura, vóniiro.. Acionar is responsáveis pelo serviço la farniãcia e alniox;rrmf;mdo. a Ino de providenciar

De 42 (lias Ciii diante insutuos que periltitani o atcndiiiicnto adi-qoado aos grevisr:ms.

O qu;idmo é de: Caso is recursos disponíveis para arenloção especializada de internos miiio sejaili ide-
qtmados ou siifia - ieiites, paiterias com os serviços estadual e nitimncipal deveria ser estabelecidas
- Astenia progressiva
(p. cx: Corpo de Bombeiros, Secretaria Mtmiiicipal de Saúde. Secretaria Estadti.ml de Saúde).
—Torpor
Onde não há rede hospitalar penitenciária, a conitin icaç3o pelo setor técnico rCspOil-
- Estado coiiíusional ãvel pelo atetidinieriro 3 saúde deverã ser (em a às autoridades municipais e/ou estaduais

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qu .11 quer processo que ai tere apersa nal idade ou que d miii tia Sua resist&,i cia dcio ou fora do exerc cio e no co tnérc i o da vida, e', vir ou ouvir, que não
fisico-psiqtiica em inquérito polca! (Código de Eica Módica, arL 27) seja tiecessário revelar, conservarei conto segredo''. E o Código de Ética
i ,ivesr igação riiTUflaI fornecer substâncias letais na execi Médica, no art. 11, por sua vez, prescreve: "O médico deve manter Sigilo
1
ção de PC ia de
iii orte (Código de Ética Módica art - 29); usar da pra fissão paia Com etc r ou qual] to às tufo r nações confidenciais de que tiver co ihec ml en lo tio dese In-
favorecer ,n 'es (Código de Et ci Médica art. 3( ); desrespeitar o direito ii ho d e suas Fuuç á es. O mesmo
o se aplica ao trabalho etn ciii presas e xce-
CIO
p.,,eno, de decidir Ii "riu) ente sobre a t ei - a pi i a ser segui ida, exceto na 1 ip_ no5 casos ciii que sim si1 ênc lo prejudique ou po n ia en i risc o a saúde do

tese de ii iiuei te pé,,,, ti, vida (Código ri e Ética Médica. ari. 3 ): dei x r dc tt ah.ilhJdor ou da comunidade'. Isto é assim c,ti virtude do fato de a
ti 5:1 r os meios terapêutico, dispo iii veis e ii íavor de se os pacientes (Cedi ccii fiden cia' idade ser p ri mordi ai numa adequada relação nédi co -pa ci eu te.

de É iic a Médica, ia. 32); abandonar paciente sob se ti s co ida dos, eiKo por, Deveras P., ffies já eu si ri-ava que ''tão há i uedici na sem coil fidências. n o
há coiifideiicias seio confiança e não h5 confiança sem segredo''. A presei--
riste motivo ou pelo exercício de seu direito de renri nciar ao Irencu miii co
desci e que o cotnu niqtit' p revianie lite ao paciente ou seus fain iii ares e lii ri vaÇã(' do segredo pelo profissional da saúde é um pilar fundamental para

ca informações ao médico que o sucederá (Código de Ética Médica 1111 a ssegurar uni i-elacionamento médico-paciente tranquilo, baseado na coii-
3(i)
flançi e no respeito mútuos, e uni tratamento eficaz, pois a discrição e a
opor-se à realização de conferência médica solicitada pelo paciente OLi
por
seu representa 1 e legal; utilizar nieio para abreviar a vida do pac ente, ai ida reserva de certos fatos evitarão repercussões econôiinco-sociais que, por-

que a pedido deste ou de seu representa" te legal (Código de Eti caM êd ventura, possam surgir do estada de saúde pessoa1 749 . As- informações dadas
pelo paciente ao seu médico, os resultados de exames realizados com fira-
arn 41): desrespeitar o direito do paciente de decidir sobre o método cot
lidado terapêutica, diagnóstica ou prognóstica,oS dados contidos no pron-
ceptivo (Código de Ética Médica, a ri, 42); praticar fecu i daçao artificial seu
tur lo, arquivo ou boletim i nédi co são de propriedade daquele paciente;
que 1i aja consenso dos participantes (C ôdigo de Eu ca Médica, arr 15,
logo, os profissi ei tais da saúde e as instituições que tenham coi i tato direto
parti ci par da dcci>: o de stispe iisã o dos meios irti ti ciai s dc pra ai ganieti til
ou ind tecto com as mii foru ii ações recebidas ou obtidas são seus depositários,
vi di de possível doador, se p erten ccii te 5 equipe médica de trai iSi Lii ite
e só pode ni usã- as para ate ide e a necessidade de criltiu profissional e iii
digo de li ti ca Mtlica ,art. 43); acoh erta r e r,,> ou conduta au tié ti ci de niêtl i -
beneficio do pacicnte'. A garantia da preservação do sigilo médico, res-
co (Código de Etica Médica, art. 50); alterar tia lamento, deter i iin ido por
peitando a confidenciabdade e a privacidade de seu paciente, é um dever
..i. médico. salvo em si tu ação de conveniência par;i o pacic tire, Lan itt iii--
cando o fato ao médico responsável (Código de Ética Médica, arE. 52); exibir prima Jzeie imposto não só pela ética (Código de Ética Médica, art. 73 e
parágrafo único), mas também por norma adjetiva civil (CPC/201 5, art.
pacientes em an (iii ci os profissionais, cii pmgra nas de televisão ou de ridi o.
,lu reportagens, entrevistas (Código de Ética Médica, 11 - É, 75); ).irt i ci par dee

qualquer ato de experiência em ser } mi "ano para atender a fins CieêIuCO,


bélicos ou políticos- (Código de Ética Médica • art. 99); realizar pesq ti isa em 7-1 1) 1t B. Ldw;iicls, Confidentialy and tlic professions. o Edw:irds e Graber, Rioetliic,.
S c . Diego, II ]rcotJ rc lir-ace Jovauiovich. 1988, a, 74-7; Carlos Fernando Franc seoni e José
ser hu li ia rio sem que haja co isenti ni ente prévio e esclarecido deste (Código
1k oherro Goldini, Aspectos bioéticos da confidencialidade e privacidide, i,, Iuiciaçãi'à I,iohira,
de Etica Médica • ar t. 101); utilizar expe ri nwntali iterite terapêutica a ida tão
cii . p 269- 70; IlivioVilas Boas Trovo, O segredo niédiro: is ideias de uni médico legista no
liberada (Código de Etica Médica, art. 102), sc[ii a autorização dos órgãos Brasil no início do século. Crítica Jten1ica. 19:225-36; Gustavo Procópio Bandeira de Meio
competentes e sem a arméncia do paciente ou de seu representante legal etc. (Sigilo médico e a publicidade do assento de óbito - urna Interpretação coníoriiic a COrno-
muiço. Rcvisia Jurídica ('ousidex 247:46-8) observa que o segredo médico perdura
depois da norte do paciente; certos dados cllruico5, por representarem a intimidade da pessoa
16.b) O sigilo médico para a preservação da confidencialidade falecida, só poderio ser revelados judicialmuiemite mediante justa razão, pois filhos do pessoas
e da privacidade do paciente que norrerani acometidas pelo virus HIV poderio ser discriiniiiados
2a alínea, que:
/6b. 1) O sigilo como um dever "prima fac/e" decorrente da natureza 750 O Código de l)eontologia Médica da França estabelecia no art 11,
confidencial da relação médico-paciente 'ir recreí (01w,!' !our ce qui esi teu, a Ia coii,taissance du médeci,, dans Vexei, de sa profession,
c'esi - -Sire no, seu le,ncn 1 cc qu tu a éU canflé, 1 ais —i cc q ii a eu • e,i tendi eu conmprr 5 '' . ()
A obrigação de sigilo médico já se encontrava sedimentada no Jura- atual, de 1995, no ao, 4e dispõe que todo 'nédia, cciii o dever de guardar segredo profissional,
mento de 1-lipôcrates, do séctiloV a.C., que assim rezava:"() que, no exer- preservando o interesse de seu pacierile

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A proteção ao sigilo exige compromisso de garantir a inviolabiljdad&34 co ncerme0te 5 a ele, terá de resistiras pressões que viera sofrer para revelá-las,
das informações obtidas e de impedir o acesso a certas áreas de inforrna ç jo salvo cmi, situações excepcionais,havendojusta causa e amparo legal. De modo
A privacidade vem a ser, nesse caso a restrição ao acesso às iflf0rfl]a ç õ que somente haverá quebra de confidencialidade na ação de revelar, dolosa
relativas ao estado dinico do paciente, a preservação de sua intimidade. POIS teia e injustificadaniente. informações fornecidas em confiança pelo paciente e
direito ao segredo, ao anonimato, a estar só e a não ser observado sem sua t11- v iolação da privacidade no acesso desnecessário ou no uso de informação
ência750 , p rincipalnien te em exames gii recológi cos feitos em liosp ita de efl_ o devido consenso do paciente
sito, onde ,lê,), de médicos e enfermeiras, os alunos pai ticipsi 1 dos Proee_
No uso de dados eni pesquisa ou para exemplificar situações clínicas ou
djinento5757 Por essas razões, toda institui ço hospitalar deve ter u tu sistema
a dnuflistratnas, necessário para o ensino, dever-seá descaracterizar a identi-
seguro de proteção aos documentos relativos ao estado de saúde de Seus
ficação do paciente para preservar o sigilo das informações biomédicas e
pacientes, limitando o acesso de terceiros aos arquivos de prontuarios e uti-
impedir que sejam divulgados ou utilizados inadequadamente. Mesmo cru
lizando senhas de segurança nos sistemas inforni atizados - O acesso às
mações só será permitido em função de necessidade profissional e ciii bene- publicações científicas, imprescindível será evitar a identificação do paciente,
ficio do paciente. e, se isso for necessário, primeiro será preciso obter o consentimento escrito
do paciente (CF, art. 5, X) 759 .
Poderá haver violação da confmdencialidade ou da privacidade rias reLi-
ções das profissionais da saúde com os famnilia res do pacien te ou seguradons Será preciso lembrar que a nova niedicina preditiva traz algumas ques-
se revelarem dolosaniente segredo conhecido em razão de sua profissão SL111 tões complexas sobre o modo de registro das informações obtidas na área da
que haja justa causa para tanto, ou seja, sem que haja interesse de orde,11 genérica, o risco de causar dano irreparável ao paciente e o tempo de lhe
política ou social que autorize o não cumprimento do sigilo.Veda-se a reve- revelar a informação, pois poderá ter anos de vida antes da manifestação de
ação de segrcd o motivada pela n,á-fé e pelo baixo interesse, assi ni t1111111, se 5eLm mal genético Com o escopo de assegurar o respeito à dignidade liunia-
o ii médiCO, por n egligência. esquecer Os Cxaiii es do seu pa e lei' te rui loca] que tia, a Declaração Universal do Genoma Numaiatio e dos Direitos Humanos,
possibilite a terceiros o conhecimento de sua doença ou revelar sigilo por de 1997, estabeleceu no arr. 7c que quaisquer dados genéticos associados a
coação física ou moral a terceiros, ou se fizer confidência a uni colega sobre unia pessoa identificável e armazenados ou processados para fins de pesquisa
a moléstia que aflige seu paciente, pedindo-lhe conselho sobre urna terapi, ou para qualquer outra finalidade deverão ser manridos em sigilo, nas condi-
e for, ocasionalmente, ouvido por terceiro, não cometerá o delito de quebra ções previstas em lei, e acrescentou, no art. 9: "Com o objetivo de proteger
de sigilo profissional" os direitos humanos e as liberdades fundamentais, as limitações aos princípios
O terapeuta tem o dever de lealdade para com seu paciente, nicsmiio que do consentimento e do sigilo só poderão ser prescritas por lei, por razões de
esteja inconsciente ou já falecido, e, para preservar as iriforniações biomii&dicas força maior, dentro dos limites da legislação pública internacional e da lei
internacional dos direitos humanos'' - Consequentemente, fácil será concluir
que ninguém poderá ser discriminado em escolas ou concursos públicos, por
754.Trisram EngelhardtJr.. Nnda;,,encos de t,oética, 1998, p. 419. exemplo, por força de informação sobre se ri código genético, e, principal-
mente, por parte de seguradoras, que não poderão negar ou interromper
753 O Código de Deoritologia Médica da França a esse respeito dispõe, no 1,1 1
Le ii, Mcd,, doi, veilier a 11,11 [es penon nes q "ii ass sten t da is soa trava!) s o nt ia styn i(c de ira cobertura ou cobrar prêmio maior ao portador de moléstia descoberta pre-
ob[,atio,is co matire dc secrel professionuei et s 'y cc'nfornent'', acrescentando, no au 13 Le cocemente pela manipulação de seu material genético760. O uso de informa-
édecirt do rei/ler à Ia p rii tcaio, t coe r -e ao, i, discrétion de ses fldm es ei ia iqi es e t Sex 5oc, ções dos pacientes., por meio de telefone, fax ou rede de computador, poderá
ri ii pci,, Sé ,etr ir co ncerua sex n'a la ães / o rsq ri se se rt pau r des pii 1,/ira ricas sciel'1 rio de
ol,s erra O is iii Mica les ii do it faire Co sorte que 1 éden flca tio,, Sex na/odes e s o, 1 pos » o
756.Goldim, PerquLa eia sa&ie: [es, floreios e diretrizes. Porco Alegre, l-{CPA, 1997, p 77- 759.Carlos Fernando Fraisciscomii e José Roberto Goldim Aspectos hioéticos .....o
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758 c;enivaJvelos, dc França, Direito médico, cit., p. 137-9 Frai,ciscouj e José Roberto Go!dini Aspectos bioéticos., in fniciaç3o à bioética, cc., p. 282

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cjnwn tu de sua noiva, esposa ou conipa ii iii ra quebrando o si gi lo por ju, a) uni sei ao dano ti si co a pessoa identificável e específica tiver alta pro-
causa, com a finalidade de salvar a vida de terceiros (Res. ir 1.665/2003 que babilidade de ocorrer, aplicando-se o principio da não maleficência;
revogou a r&. ,. 1.359 do CFM, de 11-11 -992, art. 2); h) uni beneficio real resultar dessa quebra de confiden cialid ade. por
k) declarações nos registros de livros 1i esp ttalares cri laudos per 1 ciais força do pr inc pio da bei efi cênci a;
pareceres ii êdico -legais, por serem deco rr&nc ia da atividade proli ssioi,al
c) for o íi Ilililo recurso, após ter sido utilizada a persuasão ou urras
1) co ilitini cação da ocorrê no' de sevi eis ou 'lia ti s-tra tos cru crianças b o rdageI1 s, clii virtude cl.i prevalência do principio da autol onuia;
ou adolescei ires (Lei ii. 8 069 / 9{ }, arN. 22 e 1 3) ou de abuso de cõi ij tlge o
d) esse procedimento for generalizável, ou seja, será ele novamente
de fami liaies contra idoso, pois, nesses casos, após unia avaliação k i ta coí
utilizado Cm -lati as situações flui ca racteristicas idênticas, i idependente n'en-
cautela, o profissional da saúde fica rã desobrigado do e tllii pr i meu te do deve.
te da posição soe ai do paciente envolvido, diante do principio da justiça.
de preservar as i nfor ii ações recebidas e obtidas no exerc cio de suas :i tivida_
Mesmo quando tais critérios se fizerem presentes, será preciso apresemi-
des. objetivando o beneficio da sociedade Em tais casos um dever ut,11.1 se
(aro caso ao Comitê de r3ioética, a uni colega ou ao Conselho Regional de
sobrepõe a um outro, passando a ser um novo dever prima /cie. Nessas liip
Mediciila, esclarecendo os fatos e a situação, para que o árgão consultado
teses, será de bom senso a consulta a um Cui ni té de Bi oética ou a guina
outra estrutura do defes., dos direi (os dos pacientes emita uni parecer, evitando-se, com tal medida, quaisquer problemas que
p0 rveii
ttira existei, te na
própria i osti tu i ção, p riu e ipalin ei' te quando se tratar de lesão ou enfer ii i dado possaril surgir sob o prisma ético jurídico.

que requeiram cuidados por parte dos híri ii lajes ou que e iva Ivan i teiei ros:
tu) cointi ii icação da suposiçãc, de preci id ii lento dos
16.c) O principio do consentimento livre e esclarecido como
réi-i os de ri ar-
te encefMic.i (lei n 9 . 4 3 4 / 9 7): legitimação e fundamento do ato médico
ia) revelaçã o de testes genéticos aplicados clii atletas ol í iii picos, e ii vir- 16.c. 7) O consenso informado como manifestação do princípio da
ttide de imposição de normas estabelecidas pelo Comitê Internacional Ei autonomia
relaçao a teste de ferni nilida dc, por exel i iplo, agu is au Cores, por ii ele visIur,
A obtenção do consentimento do paciente após a informação médica
bi—anio ma discr im inação, pois os homens não sã o submeti dos a teste eq
resulta do seu direno de autodeterminação, ou seja, de tomar decisões rela-
valente para coiiiprovar sua masculinidade, insurgein-se co nt ra ele, e, a l&i ii
tivas á sua vida, á sua saúde e á sua integridade fisico-psíquica, recusando ou
disso, a revelação do resultado poderá levar a mulher, ao descobrir sua ijã o
feminilidade ge 1 têtica, a sotivr Luar trauma psíquico". Os testes genéti t - os }tira consentindo propostas de caráter preventivo. diagnóstico ou terapêutico. O
pacien te tem direito de opor-se a uma terapia, de optar por tratamento niai
previsão de doenças ou esc arecimento da susceptibilidade a elas ciii si tu :içõ L'5
adequado ou menos rigoroso. de aceitar ou não unia intervenção cirúrgica,
em que a medicina não pedi- prevenir riem curar só poderão ser executado'
se o paciente anti ir ante a probabilidade de desenvolvimento da moléstia e n'o de mudar ou não de médico ou de hospital etc. O objetivo do princípio do

podei,, ser divulgados, pelo risco de discriminação na obtenção de emprego consentimento informado é aumentar, como diz Mark A. Hall, a autonomia

e seguro e o possível impacto que causará no bem-estar. Esses testes requereu], pessoal das decisões que afetam o bem-estar fisico e psíquico 77 .

pelos problemas que geram, unia garantia da confidencialidade dos dados. Como asseveram Beaucbaiiip e Childress, a pessoa autônoma é a que

Em suma, poder-se-á dizer que a violação de segredo profissional, não somente delibera e escolhe seus planos, 'nas é a capaz de agir com base
velando informações fornecidas em confiança seu, a autorização do pacleil-
te, apenas será admitida sob o prisma ético quando"':
774. Daniel Ronsera Mui\oz e Paulo Antônio Carvalho Fortes, O principio da auto-
nomia..., in ficiciaçao à &ioérka, cit., p. 57 e 63: 1 lail, lnfornied consenr (o rationing decisions,
'Ure Mrlbauk Quanerly, 4:645-8; Paulo Aia&iio de Carvalho Fortes, Reflexões sobre hioética
772. Rrcza R Vieira, Bioérirn e dfreivo, cli., p. 1 3K-9. e o consei,timento esclarecido, Bioética, 2:129 e s.; Genival Veloso de França, Direito ,rí'dic, rir,
773 Franciscoiii e Goldiin,Aspcctos bioêticos..., in fikiaçd, biohfra, etc., p. 276. p. 39; An(onio Jeov Santos, Dano nora! .mdntiúvel, São Paulo. Lejus, 1999, p. 287 e 290-1.

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16. c. 2) Limites condicionadores do consentimento consciente pelo médico com toda a informação necessária; ser revisado e aprovado pelo
comitê de Ética da instituição; ser assinado em duas vias pelo paciente ou
o consenso livre e esclarecido, ou consciente, apenas será aceitavel se
Seu representante legal. Esse termo firmado fará com que os médicos possam
estiver fundamentado na informação acessível no rival intelectual e eu Itural
dar início ao tratamento.
do paciente, na competência, no entendimento e lia voluniai-içdade . Log o
não Podara comportar quaisquer vícios de cousentinien te ou sociais iii O termo dc conseutinaeuto livre e esclarecido deverá conter, cnn suma, os
poderá estar prejudicado por defeitos no controle decisório, devido ao fato seguintes elementos essenciais 783 : a) ser feito cnn linguagem acessível; b) cota-
de o paciente estar dominado por desejos que não quer ter, cliirazão de ter: os procedimentos ou terapêuticas que serão utilizados. bem corno seus
O bjetivos e justificativas; os desconfortos e riscos possíveis e os benefícios
transtorno ir eiital ou de efeito de intoxicação por substáncia quli n ira -
esperados; métodos alternativos existentes; a liberdade de o paciente recusar
Daí ser imprescindível que a informação devida ao paciente esteja con-
ou retirar seu consenso sem que se lhe aplique qualquer sanção punitiva ou
dicionada ao grau atual e aparente de seu entendimento,
sem que haja prejuízo á sua assistência médico-hospitalar; assinatura ou iden-
O médico, ao dar esclarecimentos ao paciente para obreiação de seu tificação dactiloscópica do paciente ou de seu representante legal.
consenso informado, deverá ater-se à sua personalidade, temperamento e
disposição na hora do recebimento da informação relativa ao seu estado 16.cS) Exceções ao dever de obtenção do consentimento informado
clinico, pois em certos casos deverá socorrer-se do consentimento substitut o,
isto é, o enutido pelo seu representante legal ou parente mais Próximo A in- O consentimento livre e esclarecido do paciente somente será dispen-
formação médica é variável conforme a natureza do tratamento, pois quanto sável diante de 784 :
mais exigente for a terapia maior será o esclarecimento dado e a magnitude das a) Necessidade inadiável de prática médica de urgência, em razão de
prováveis consequências negativas e incidêi i ci as de risco Itelativai leu te .10 iminente perigo de vida (art. 22 do Código de Ética Médica), havendo ob-
tipo de informação que o paciente deve receber, utilizam-se três critérios: o jeção do paciente, de seu representante legal ou de parente próximo. Por
que considera a comunidade científica, o que atende àquilo que a pessoarire- estar em jogo o próprio interesse do periclitante, o bom senso, sob pena de
dica deseja saber e o que se atém ao que um paciente pessoalmente quer saber'42 omissão de socorro, exige que o médico execute o ato salvador, realizando
As normas de pesquisa e saúde apontam os seguitites requisitos do coa- tudo que sua ciência e consciência impuserem.
sentimento livre e esclarecido: ser elaborado pelo pesquisador principal cmi b) Impossibilidade, ante a emergência, séria e iminente, da situação e o
perigo da demora, de obter o consenso do paciente ou o de seus familiares.
Por exemplo, se uni cirurgião, durante a operação, descobrir a existência de
Helsinque (1964), revisada em 1989; Diretrizes Internacionais Propostas pais a Pesquisa uma lesão mais grave ou diferente da que previu, não deverá suspender a
Bionrédica clii Seres 1 -lunranos (1985), aperfeiçoada ciii 1993; Normas de I'esqusa ciii S.iúde cirurgia para obter, em razão do estado de inconsciência do paciente, o con-
(1988), estabelecidas pelo Conselho Nacional de Saúde (arcs. 5, e 1); Disposições do Co- sentimento informado de seus parentes, pois isso poderia, pela demora, ser-lhe
niitê Ético-Científico Central da Dinamarca (1993)
779 Hewlett, Consent to clinical rcsearch: adequatcly volunrary or suhsraiicmally 1"
fluenced?j Mod. Etlifr, 22:232-7.
783. Daniel Romero Muoz e Paulo António Carvalho Fortes, O principio da auto-
780. Rantor, A1edica efhics for physiduns-in-training, NewYork, 1989; l-Iarris, 7 'fie i'alue abulia, iii [nidação a hiobica, cii., p. 69.
ife an ii'í,oductior, to medical edmics, Loridon, 985; A. M. E Pitta e Suely G. Dallari, A cidadajiia
dos doentes mentais no sistema de saúde do Brasil, 5a4de ciir de/iate, 26:19-23; 1) ...... Coii'- 784. Genival Veloso de França, Direito tildiro, cit., p 41-2;Jacques Clotet, O consentimen-
petency to give ali informed consent,JAMA, 252:925-7 to informado ., Bioerica cit., p. 53 e 57; Lebacqz e Levine, Infomed coiisent o humnan research:
ethical and legal aspecis, in W. T. Reich (Ed.), Encydopedia of hiochirs Na- York, The Free Press,
781 . (loji s u te: K i rby, Co usem
isen and rhc doc ro r-pa ti erit relarion sh i p, iii Gil'011 1978 p 760; fiiitoi'jojeovã Santos, Demo n'ora/, cit., p. 288 e 292-5; Passero e Espector, Dereduo,
Prinápes f —11h caro ctliks, London, 1994, p. 445-56; Clotet, O consentiilienro informado cii, p. 177 e 180; Manuel Cumplido, RspomsabiIjdad profesrona/ dcl equipo d,1 saud, p. 63; Paulo
B,otica, cit., p 56. Ant6nio de Carvalho Fortes, Reflexôes..., Bichica, cit., p. 132; Daniel Romero Mufioz e Paulo
781 Antonio Jeovã Santos, Dano moral, ciL, p 289 Antõnio de Carvalho Fortes, O princípio da autonomia. -, ita Iniciação à biobica, cit., p. 61 e 67.

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prejudicial, diante da gravidade do caso. O mesmo se diga se Paciente desa- A beneficência e o princípio de não prejudicar justificariam o fato de
companhado não tiver condições de manifestar sua vontade poi- estar ciii o médico sonegar a informação a seu paciente ou mesmo ocultar-lhe a ver-
estado inconsciente ou por estar impedido pela moléstia de manifestar sua dade sobre seu estado de saúde. Esses princípios tornam legítima a atitude do
vontade. Superada a situação ernergencial, o médico deverá informar o pa- médico de não revelar informação que possa deteriorar o estado fisico e
ciente ou familiares sobre a terapia a ser seguida daí em diante. psíquico do paciente. afetando a tomada de decisões
e) Situação especial que leva o médico a dar informação sobre o estad o e) Renúncia ao direito de ser informado, pois o paciente também tem
clínico de seu paciente a seu representante legal, pai-ente próximo, cônjuge o direito de recusar expressam ente a informação bionisidica, caso em que o
companheiro ou até mesmo juiz competente para obter o consenso para o médico devera questioná-lo sobre quais parentes ou amigos quer que sejam
exercicio do ato médico. E o que ocorre cru caso de inconsciência de pa os canais das informações desagradáveis sobre o diagnóstico ou prognóstico,
ciente acompanhado por alguém, de enfermidade mental, surdo_mudez autorizando-os a tomar as decisões relativas ao seu estado de saúde. Nessa
analfabetismo, impossibilidade de exprimir a vontade, incapacidade do do- hipótese o médico estará liberado de prestar qualquer informação ao pacien-
ente etc. Nesses casos será aconselhável que o profissional da saúde obtenha te, respeitando sua vontade, mas deverá deixar esse faro consignado na ficha
o consentimento informado do representante legal, e, se houver conflito clínica e prestar esclarecimentos aos familiares por ele indicados.
entre a vontade do paciente sem discernimento e a de seu representante legal,
a deste último deverá prevalecer, e se, ainda, houver algo subjacente, o inéd 16.d) O erro médico, a má prática, o acidente imprevisível, o
co deverá buscar a intervenção judicial para dirimir a controvérsia. Convéni resultado incontrolável e a responsabilidade criminal e
não olvidar que, se, por exemplo, aquela desarmonia volitiva se der entre civil do profissional da saúde
paciente de 17 anos (relativamente incapaz, ruas com disrernmmiiento para
compreender o ato médico a que será submetido) e seu representante Ietzaj. 764.1) Erro médico noção, fatores concorrentes e meios para sua
prevalecerá a do menor. prevenção
d) Privilégio terapêutico, ou seja, a possibilidade de o médico privar Já nos primórdios da civilização havia legislação atinente a erro lia prá-
paciente de certa informação quando constituir uma ameaça ao seu bem-es- tica da medicina, impondo sanções ao profissional faltoso. O Código de
tar ou um dano à sua saúde. Por isso, em caso de moléstia grave e de proce- Haniurabi (2400 a. C.), nos § 218 e 219, previa que o médico que causasse
dimentos diagnósticos e terapêuticos prolongados, o relacionamento médi- dano ou cegasse membro da classe social superior, ou seja, pessoa livre, deve-
co-paciente, visando à informação e ao consentimento esclarecido, não po- ria ter sua mão cortada, e, se o lesado fosse uni escravo, deveria pagar seu
derá ficar restrito a um só encontro, pois o profissional da saúde deverá preço se ele falecesse, ou metade daquele preço se ficas-se cego. O médico das
averiguar as suas condições psicológicas para não traumatizá-lo. Se o pacien- campanhas militares da Grécia antiga pagava com a vida se falhasse no trata-
te tiver possibilidade de Suportar a notícia, a informação do médico deverá mento de um general ou de seu auxiliar favorito. Pela legislação dos muçul-
ser verdadeira e completa, 'nas seu linguajar não deverá traumatizá-lo, dei- manos, o fracasso médico era punido com prisão, açoite ou morte. No direi-
xando sempre uma margem para esperança e adaptando-se à sua cultura to romano, a imperícia médica ela severamente punida (Digesto, 1, 6,
condições psicológicas, de modo a permitir-lhe a compreensão e aceitação o mesmo ocorrendo na Idade Média. Como, em muitos casos, o resultado
do diagnóstico ou prognóstico. Nem mesmo diagnóstico fatal está excluido lesivo advinha, na verdade, da insuficiência dos conhecimentos da ciência e
do conteúdo do dever de informar, a não ser que o médico verifique que a não da culpa dos médicos, no séc. XVIII reconheceu-se que devia haver
notícia possa acarretar efeito prejudicial ao curso da enfermidade do pacien- certa toleráncia relativamente a tais falhas 75 .

te ou levá-lo ao suicídio. Se o médico entender que a informação biomédi-


o será prejudicial ao seu paciente, agravando seu estado clínico ou causali-
do-lhe perturbação anímica, deverá obter o consenso esclarecido por escrito
785. Júlio Cézar Mcirelles Comes. Erro médico; reflexões, B,oética, 2: 13 1), Edmundo
de seu representante legal ou familiares mais próximos ou, ainda, de quemil o
José de Bastos Jr., precio do livro Responsabi!idadc ética, pena! e civël do médico, de Lê. Meyer
estiver acompanhando. Coutitilio, Brasília, Ed Brasilia Juridica. 1997, p 7; Ca'ios Alberto Menezes Direito, Do erro

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1-jodiernamente, o insucesso médico não tem sido tolerado, eu, razã o Realmente, nos últimos tempos tem-se verificado um grande número
dos seguintes fatores concorrentes: a) utilização da tecnologia, que trouxe de demandas sobre o erro médico, dando origem à febre da culpa do profis-
enorme desenvolvimento à ciência médica,por colocara rua disposição meios s ional da saúde, pois, devido à deterioração da relação médico-paciente,
pra diagnósticos e prognósticos e por permitir tratamentos que possibilitam crescem as ações emjuízo sobre responsabilidade civil do médico. O melhor
a recuperação ou o prolongamento da vida de portadores de nioléstias todas rodo para evitá-las seria estabelecer uma boa relação médico-paciente, pois
como fatais, mas que, por serem de dificil controle, introd uziram um alto o exercício da medicina está seriamente ameaçado pelo risco de pleitos que
risco; b) inassificação da medicina, que fez com que a relação médico , paci n tentam mostrar a culpa do profissional da saúde 77, com base nos arts. 186 e
te se tornasse impessoal, não mais havendo o médico de família, a qu Ciii todo s 951 do Código Civil; art. Iv do Código de Ética Médica e nos anis. 6°.Vlll,
respeitavam e confiavam; c) formação de fundos para cobertura de eventua is e 14, 55 pi a 42• do Código de Defesa do Consumidor.
indenizações por lesões causadas pelo profissional da saúde; d) uso de planos
Mas que seria o erro médico? Seria o mau resultado decorrente de ato
de saúde, cio que o paciente escolhe o médico da lista que lhe & oferecida pela
culposo, comissivo ou emissivo, do médico?
empresa administradora, dc acordo com sua comodidade, por ser, por exemplo,
o mais próximo de sua residência, sem se atei à sua competência, e depois Para Júlio de Moraes,'o erro médico, na medida em que o médico não
verifica, após o pagamento de prestações por longos anos e a ocorrência de é infalível, é aquele que uni profissional de média capacidade, em idênticas
um acontecimento fatídico, a falta de cobertura para determinados exames e condições, não cometeria''.
a limitação dos meios de diagnósticos e de cura impostos pelo segui -o-saúde . O erro médico é, sob o prisma jurídico, o mau resultado involuntário,
e) maior sofisticação no tratamento médico, que submete o paciente a unia oriundo de falhas estruturais, quando as condições de trabalho e os equipa-
bateria de exames até chegar a um diagnóstico, e intervenções cirúrgicas cada mentes forem insuficientes para um satisfatório aten diu-meu to, ou de trabalho
vez mais 011 sacias; h a pressa do atendimento ii édico, principalmente ei II pos- médico danoso ao paciente, que possa ser caracterizado como imperícia,
tos do INSS e cqrels dependentes do Poder 1 'úbIi co, para di !iii rui ir a enor- imprudência ou negligência (Código de Ética Módica, art. 1°), gerando o
me fila de espera; g) a crise do atendimento médico pela despersonalização, dever de indenizar.
pois o paciente nem sequer conhece o médico que irá atendé-lo, pelas péssi- A imperícia é o despreparo técnico ou intelectual, e ocorrerá se o médi-
mas condições de trabalho, pela deficiência de equipamentos e escassez de co fizer mal o que deveria ser bem feito; praticar ato sem saber o que deveria
remédios, impossibilitando um mínimo de cuidado para um tratamento ade-
ter conhecimento em razão de seu oficio; ou deixar de observar normas
quado, principalmente da população de baixa renda, e pela carência de recur-
técnicas por despreparo prático. Assim, imperito seria o módico que opera
sos mínimos. Tudo isso faz com que niti itos profissionais da saúde venhaiii a
seu paciente, causando-lhe lesão, por não ter o perfeito domínio da técnica
trabalhar sob verdadeira espada de l)ârnocles; Ia) a especialização, que trans-
empregada, ou o que cuida de enfermo sem ter nunca exercido a profissão
forma o médico num técnico altamente adestrado, que, em regi-a, recebe pa-
de médico (Código de Ética Médica, cap. 1, n.V). Há quem ache, como Ge-
cientes transferidos de outros colegas;i) a crescente morbimortalidade da
nivalVeloso de França, que o erro médico não pode sertido como imperícia,
população brasileira; j) a capacitação tecnológica para a descoberta de erro
médico, como, por exemplo, a tomografia con-iputadorizada ou a ecografia; k)
o mercantilismo desenfreado, que se dá por ato de médico especializado ou
p. 234-5;AntonioJeová Santos, Dano n'anil, nt., p. 253-9,261; EdrnundoJosé de Bascos Júnior.
por empresa médica comprometida cor]' o lucro ele .7. apud Lê. M. Coutinho, Responsabilidade, cit., p. 7-8; Ricardo Brando, Erro médico na função
pública. Bioérica, 2.180-1; Enio S. Zuliani e Andréa de A. Brunhari, O consumidor e seus
direitos diante de erros médicos e falhas de serviços bospitalares, Revista do Advogado, 114:
55-73;Anronio Paulo N. de Oliveira, Responsabilidade civil do médico, Argumento -Nogueira,
é dico, iii Dou r,-in a - Superior Tribunal de_Justiça - ediçdo co orem ora ti ua - IS an r,s, Brasil ia, 2005D., Elias e Laskowski a. 39/2010, p. 2; Elias Farah,Atos médicos - reflexões sobre suas respnhlsa-
p. 185-97; Caia Descri, Erro médico, Triuolex coo, 1:31-3; Ir-any Novah Moraes Erro médico bilidades kevisia do L4SP, 25:140-196; Décio Policastro, Erro médico e suas consequénciasjremídicas,
as limitações da medicina, ifluolex. com, 1:35-9 Belo Horizonte, Dei Rey, 2010
786. Júlio Cézar Meireiles Comes. Erro riiédico, Bicética, cit., p. 143-4; Scrauss. Ne- 787 Genival Veloso de França, Direito médico, cir., p 232 e 234; Antonio Jeovi Santos,
gligência médica, in Documenta Geigy, 1971, p. 4; Ceruval Veloso de França, Direito médico, rir., Dano moral rir., p. 257.

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estruturais, o pro flssiot ial da si úde não j,odc ra ser responsabilizado por Culpa, 0 ção de comunidade acadêmica ri i ativada e participativa, atuando ama -
nus deverá denun ci ar essa i ttiação ao (9DM, pois seta si Iênci o iinplki rã ,,ente nos programas de formação e gestão de escolas médicas; iiifiaestrti-
',uu,cu,la e otnis.i o. tu ra adequada às atividades elas faculdades de medicina, com programa de

Para prevenir o erro ntedtco seria possí ' -cl apontar .iIgu iii is sti gestõeç: a) 1aflUtCnÇ0 eficaz e racionalização do uso de equipamentos; g utilização de

ti Legração das escolas de medicina coo o SUS e a con 1 ti Ti dade,


p;i arque esta modelo pedagógico que integre os ciclos básico e profissional e que apreseil-

última possa participar na luta pela mel] torta das cnn dicoes de saúde e de vida ie eu rri cui o iii rerdisciplinar adequado à realidade social, orientando-se por
da popuaç5o brasilei 1a; b) avaliação co ii ri ii ua e global d.is escol Is i i&dj eis cri rér mos epi tiemniológi cos; li) o xis ré ncia de uma política educacional
aI do Pá r,
exigi ido dos órgãos de fiscalização p rolissi Ou ai ii n 'nfocu, parti e ti lar co 'ii que flivo reça as universidades e as escol as médica, i) revisão da grade cm I 1-

relação à do titrinaçilo, a ação pedagógica e ao r ível de ensino; c) p ronloção culal iii trodu 'ia ndo matérias mi is atuais, técnicas ii tais avançada,, e ii Corp ü -
de a rualizaçiio e aperfei çoame ao ciencitico dos pro 5510 lia is por alicio do no do tecnologia de forma adequada, relido como padnietro a dignidade da
ensino médico coli ruiu ado; d) ato ação efertva dos CRM s ( do CA M e) to,_ pessoa li uniaria; j) imposição de um código de ética nos serviços efetua dos
pelos profissionais da saúde; k) não aceitação do sistema liospitalocêntrico; 1)
busca de erra justiça salarial que Vise unia reniuti tração condigna por meio
subses1ticiite iiiorR da doente. apôs ter nitrado c,n estado Ir coma. Prova pericial um coar- de uni plano de cargos, carreiras e salários; m) contratação pelos hospitais e
r previa cociiti]iicaçao da paciente ou de seus fai,uliares acerca Lia alergia. 1r clinicas de profissionais capacitados; n) for riecinie ii to de dotações orça
relevãitcia.AplicaçJo da Teoria da C.irga I)iuiãiiiic., Lias I'rov.is, que 'n' liga a regra geral
tárias stifmcientes:; o) ato de proporcionar ao profissional da saúde condições
culpida lio art 331-hoje rir. 373-tio Código de Processo C,vil. Midicos e hospitais FIJI,
adequadas de trabalho; p) fortalecimento da relação médico-paciente, tor-
podem exiniir-çc da responsabilidade. Fios casos li iiisurcsso Tio atciiçlniie,ito dc paciente
.1 ,,]egação de que dc seus arqtliviis uno coiiit:iiaui cstc•s oti aqttL•ie dado' cs\eici.Iii au nando-a cada vez menos impessoal; q) fiscalização do exercício proflssional
desluitic da cauts.i Ananinese mal el.tbtir.,ula. Precedente do Ii dtiuir,,il, 1.I da cl ass e medir , pelos Co iseibos Regio i ais de Medicina, que devei i co ii -
te da cjticsúo. Seiitçiiça de nnproccdc,ic,a. Reci,no p]rcla]niclite p' -oviclsi (TJSI 1 ', 1 Cliii.
ferir a qualidade da assistê ncia; i') zelo, pelo doce u te ou auto, de p ti hi cações
de Dirçius' Púbhco,ACi o. 31,9006 3/8-Ou-S2'<cl. i)es. RciiiaLdo Mitttzz',j. 2-0 l00S;v. u
() erro ni&fxco diflr,e da afl,5'flia, pois esli ocorre quiaiide o ni&dico causa e,iu seu pacier'te urna
cleficiéiicua (isica para salvar-lhe a vida;p ex..anipuriço de perna para cuidar de g.inizi -eria 011

de seio para trataiiie,ito de cãncer. Devera, lia niedico ciii que a ]cciti e Tieces 792. Júlio Cêzar Meirelles Gomes e Gemval Veloso de Eratiç;', Frio 1 tédico. iii hiíriaçâo
sária para a crapiapor ex., incisijo cirú' -gica.Tal iatmgenia uao gera respoiis:'bilid'de ( - 'n'por bitéticr,it,p 247 e 254-3;A (. Ljcl,oa. Erro ,iiêdico; de seiilor da vida a senl Ter da nio, -te, AkS,
ser previsivel e decorrente de Citores do proprio pane inc (hCt, Stoco. 1 atrogenia e responsa- age 1993, p. 111 -6. lide o art. 1 da Lei n. (i932/S1, ;ierescmda dos 3Q , 4Q —Sa-5a par força da Lei
bilidade civil do niedico, R, c o ta dos 7u1 ou, 781- lOS- 10, 20(1) Fitas 1 - n'ali (0 diic,io e a ir 12871/2013 sobre residência uiiédira; Portaria tnterniinisrer,al ti 863, de IS de seitiiibro de
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t,stiça c,n lace dos'iti,sos ou das lesões u:,troge,iicas,Iij[ti,-;unl,ii' IAS)', SI, p 24-25) —lar—
2009 1 do Ministério ti., Educaç3o, que ap,ova o Punieto Piloto de revalidação de diploi na de
a iaut,ienia é 1 lesão fisica Ou psit11ca piovsieida por proccdiinetitn iiiêd,co. pie não médico expedido po' universidades estrangeiras e disponibiliza exanie de aval,açiic, coei base em
cotifig%i'v culpa (neizligéncia, unipericia, iiitprudêiicia). por ISSO se impõe a s'brigaço êiica dc
,ivatriz referencial de correspondência curricular, com a finalidade dc subsidiar os procedimentos
iiiíoriiiação sobre riscos da terapia a ser enipm -egada.Um, lembrar aqui que a Lei ii. 10,223/2IJ(il
de r'alidaçilo conduzidos por universidades públic?s. (lotiiissão tJ4cionai de Residência Muilti-
altera a Lei li. 9.656/98, inipomido obrigatoriedade de cirurgia plsiia reparadora de iiiania
proússioiial em Saúde: Resolução ii.?, de 4 de maio de 2010, que dispõe sobmt a o"gu'iização, o
por planos e seguros privados de assistência à saúde rios casos de iitutilaçi(i dccorre,itc de
fuiicio,iai,ieiito e as atribuições da Comissão de Residência Multiprofissional (COREMIJ) das
trauniento de cãncer Além d5i;'rrogeriia. conduz a erro imnagimiãriO: o , it , ti /ririil ,sinii do pa-
instituições que oferecem piognnias de residência multiproGssional ou em irei profiçio,ial da
ciente ou de seus fa,nil,ares, no aceitando que a medicina teu) limitações e que a Ocorrência
saAdc e R.eçoluçio n, 3, de 4 de mamo de 2010, que dispõe sobre a duração e a carga horária dos
imputada como crio ,iiédico é, na realid.idc, tinia evolLmção natural da doeiiç:'; o dscn ,uifkío-
,~a— de Residência Mulopiofissional ciii Saúde e de Residência em Área ProGssioi,al da
do iii&dico relat,vo a acidentes inesperados ocorridos tanto tio dtaostico como n., lera-
Saúde e sobre a avaliação e a frequê icia dos profissionais da saúde residentes.
''a (p cx., fragilidade do tecido que o leva a rompe, se durante n'na teu, cotii 1 , 1 -
nica e habil,dade;a ni,p'p)icaçào e,ii razào de ,itercorré,icia inespi_'rida (p ex, exposkmn de Vide: Resolução o. 3, de 16 de setenil,m de 2011, da CNRM, dispõe sobre a processo
visceras que ocorrc em paciente iiialiiutrido após cirurgia abdominal); a [it!ia de rcs/iaJ do de seleção púbhca dos candidatos ias Pira,iias de Residência Médica; Resolução CN 1kM ir
iiniirns:ni' a tinia técnica. É a lição de Irany Novah Moraes, Erro médico e as limitações da Ide 16 deju,ilio de 2011, dispõe sobre o estabeleci nento e condições de descanso obrigatório
edicina, 'ümniile_'c.coni,p 36-9- I)e',ianda por cri-o niéd,co incide 'ia prazo lsre%cricioli,11 li para o residente que tenha cumprido plantão noturno; Decreto n. 7.562. de IS de setembro de
anos (CD(:, art. 27) e não no prazo de 3 anos, previsLo iio CC, art 206, 3-,V (Bj iAM 2011, da ANVISA, dispõe sobre a Comissão Nac,onal de Residência Médica - CNRM e
2720:1966-ti]). cxercicmo das íuinçôes de regulaçan, st,pervisão e avaliação de instituições que ofertam residência

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execuço de pena de norte (Código de Ética Médica. art 29); na retirada de pois apenas excepcional inc ri re terú natureza dcli tual. qual ido o niédic o co-
órgão de doador vivo incapaz (Código de Etica Médica, art. 45); na partici meter uni ilícito penal ou violar normas regulamentares da profissão. Assim.
pação na coiilerc ali zição de órgá os ou tecidos hui lia os (Código de Étic a se o médico operador for experiente e tiver usado os meios técnicos iii di cri -
Médica, ari. 46) ou tia experiência em ser hu ii ano para ri tis bélicos, po li ti co dos. não se explicando a origen da eventual sequela, ri ão li avcrh ohr i O
ri riais ou ei gél ii cos (Código de Ética M éd a - a, a ri. 99) t ia obtençá o de vau - por risco profissional, pois os serviços: médicos sã o, em regra, de meio e caie
tagens pessoa is ou colhe riais e na reli ú ncia à sua i ndepei ide lei a profi 551 alia] de -esultado. Se nenhuma modalidade de culpa -- negligência. irnpru d uc a
ei n i,lação a financiado res de pcsqti isa iiiédi ca da qual participe (Código de ii iperi ria - ficar denio ii sirada, como não hu risco p rofi ssi ou ii, i id LII Cfl-
Ética Médica, a rt 1 04); lia exploração financeira do pari cii te, ao cxige rar na dente de cul lia, deixará de ii aver base para a fixaçi o de respon saiu1 idade civil,
gravidade do diagnóstico para a Lii "cri tar o iii 'neto de coi isti Lias ou Na lues pois as correi ações org ii icas ainda são pouco conhecidas e surgem às vezes
(Código de Etica Médica, art. 33); rio desrespeito ao pudor de paciente para resultados inesperados desconhecidos (TJSP, ADCOAS. 1981. ri. 80.418),
de e aproveitar-se fisic a o o enioc ron, liii elite (Código de E ti cri Médica, arr. h3uereC) aprescllra-nosos seguintes exemplos de atividade inédica que
38); na tomada de decisões que são da alçada do paciente (Código de Ética geunin responsabilidade civil aquiliana, por não haver relação contratual: a)
Médica, art. 42); ria prática de feru ri da çào artificial sem au t,ência dos pri rti - nulidade do contrato celebrado entre médico e paciente; b) prestação espomi-
cipantes (Código de Lura Médica, ari. IS. § 3C) etr'. t3miea da serviço profissional pelo médico que socorre vitima de acidente ciii
No aadei,re iiiipinsírtI há iii]] dano à integridade do paciente catisrLdo via pública: c) prática de criliue por parte do pre›fissional da saúde; d) irnposi ção
por caso fort ti i co ou força j 1 aior riu -ri ii te a ali vida de médica insuscetível de da relação médico-paciente por força de serviço militar ou pari ii gresso ciii
cr citado por não poder ser previsto. alguni emprego; e) exercício da atividade médica contra a vontade do pacien-
O ,es,iluidui ijuo,inolíi'rI é o que id,énu de tiiui:i situaçio gi-ave e inexu,_ te. co iia ocorre no caso do suicida que vem a receber asistéi i cia médica; O
rá'el, ou seja. da própria tvolriçao da iiiol&stia, ri L]L,a! a cleilciri iiédica riRia] atendi Ii Ci ito niédico feito a 11111 paciente ciii razão de pedido de pessoa qt e
I130 &Iipoe de iiueios para iiiupedii- não 'ela sua represemu lan te legal ou convti 1 (ional; g) prestação de serviço rire
O acidente imprevisível r o rest,l tido inca' itiolável não geram respuii- a incapaz. em virtude da iii ipossibili da 1e de obter autorização de seu re-
sibi idade civil médica, por [ião haver nexo presentante legal; li) prejuízo i imaterial ou ri oral sofrido pelo paciente cai razão
No de causalidade entre a conduta do
prctissional da saúde e o dai à sofri do pelo pacien te ciii sua saúde ou vida de incêndio ocorrido rio consultório, por ocasião de arria consulta médica.
O médico também responderá extracontratualnieiite quando, por exeni-
16. d. 4) Responsabilidade civil médica por dano moral e patrimonial e pio: a) foi n ecer atestado falso; b) consentir, podendo i nipedir, que pessoa ruão
a socialização do risco médico habilitada exerça a iiedicimia; e) pe rmi rir a circulação de obra por ele csrr (a
com erros de revisão relativos à dosagem de medicamentos, o que vem a
Ei n hora ri osso Código Civil (a rt. 86) tenha regulado a responsabilida- ocasionar acidentes ou mortes (Código de Ética Médica, art. 109); cl) não
de médica
ira no capítulo referente aos atos ilícitos, tal responsabilidade, a nosso ordenara imediata remoção de ferido para tun hospital, sabendo que não será
ver, é contratual, o que vem a ser reconhecido 110 art. 951 do n,csnao diplo- possível sua melhora nas condições em que o paciente está sendo tratado; e)
Fila legal l&ealinente, nítido é o caráter contratual do exercício da medici ria operar seiii estar habilitado para tanto; O lançar mão de tratamento cientifi-
camente condenado, causando deformação no paciente (RT, 180:178).
O médico que-atende a um chamado determina, desde logo. o nascinuen-
79-1 Itutre r, S. o,ia;,'orí,t!a qni,,do /r{I,,rfly eh' jioii, doder - reraj,eIliçI.ç, l&drfllS
to de um contrato com o doente ou com a pessoa que o chamou em benefi-
11101050. jn,fcs'res e 1,1,0 - fraco' a .ifl. ,n (a i, i a ju Paulo. 1 99 1 Leoriard Mcli je 1 Mj r-
tin, O erro médico L, a irá pririca 'los Códigos Ir,sileiros de Et,cn Médica, Bi,,i'ka, 2:16-7
Gciiiva! Veloso de Fra'iç.i, l)frdfo ,,ildfro. clr , p 242.
795 ( enival VeIoo de Franç, i),ni,o n'dín, cii p 242 Rir., rdo Braiidjo, Frio ,iiécIi- 796, A 1h e rio Doeres. kesponsa 'lida 1 civil de os ,m5diws p - 16 3 - Co 'is o 'te: M ir ,,i i & egi na
corn, Biohuia, c',, p 1 79 Vide Instrução Normativa da ANVtSA ii. 4Q12009, sobre Guia dc lusa Cadore Weber. Responsabilidade e vil - n'édico-hospiral. Revisa Si,, ~~ dc Di,eifo Cir'i! e
1 ispeção ciii Bois l'rticas Clinicas Prnresc,ijl Civil, 36:138-53.

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Portanto, a responsabilidade civil dos médicos somentc decorre de cul- tuição estatal ou pela própria classe médica, por exemplo, sob a responsabi-
pa provada, constituindo urna espécie particular de culpa. Não resultando lidade da Associação Médica Brasileira, corno niutualizadora ou como con-
provadas a imprudência. imperícia ou negligência. "ciii o erro grosseiro, fica cessionária exclusiva do Estado.Tal sistema deverá ser financiado por contri-
afastada a responsabilidade dos doutores da medicina, com virtude mesmo da buições pagas pelos segurados, criando uru fundo coillurn disponível aos
presunção de capacidade constituída pelo diploma obtido após provas regu- contribuintes que dele necessitarem. Isso deve ser asnrn porque em vários
lamentares (TJftJ, ADCOAS, 1982, n. 84019). Cabe ao médico (CDC art. países o sistema securitário falhou cru mãos de grupos particulares. Havendo
14 e 62,V li ) provar que irão agiu culp osaniei) 1e, a dniitindo-se a inversão do esse seguro social estatal, o médico teria mais coragem em seu trabalho, au-
ônus da prova, uma vez determinada pelo órgão judicante (STJ. 3rL, rei. Mio. nientaria sua produção, pois teria mais liberdade e segurança ciii seus atos,
Waldeniar Zveitcr, REsp 171 .988/Í&S,j. 24-5- 1999) urna vez que teria a cobertura do seguro, já que sua atividade não poderia
Havendo dano decorrente de atividade médica, oriunda de obrigação deixar de criar riscos, ante a falibilidade da medicina e do médico. Logo, a
contratual ou aquiliana, surge o dever de indenizar o paciente lesado. Se a teoria do risco seria, então, uma forma de reparação do dano capaz de bene-
lesão advier de cirurgia efetivada por unia equipe médica, a responsabilidade ficiar todos os envolvidos, direta ou indiretamente. Socializar o risco médico
civil será solidária, pois todos os médicos atuam cio situação de igualdade, é unia forma de justiça social, garantindo a vítima, por independer da situa-
embora o operador-chefe possa ser alcançado nos casos em que deveria vigiar ção econômica do lesante e por evitar a insolvência. Nos Estados Unidos os
(RT, 796:214) os atos de seus colaboradores. 1 )c,cul haver unia respoflsa médicos e hospitais vêm se utilizando do seguro contra riscos operatórios,
hilidade compartida entie todos os membros da equipe, por ser a tarefa por considerá-lo uma forma de pagamento de indenizações na hipótese de
executada por todos. E, além disso, já se decidiu que há dever de indenizar insucesso cirúrgico ou clínico.
dano 'noral e patrimonial imposto sol i dari ai ii eu te não só à equipe niédi ca Sem embargo dos beneficios que traz, esse seguro apresenta algumas
que realizou a ci ai rgia, criar tani béiii ao hospital e ao plano de saúde do qual desvantagens, como: interferência negativa lia relação médico-paciente; esti-
a utru,s era com eniada (4Â Turma do STJ. REsp 232380, rei. Min - César mulo aos processos contra n iédi cos: possibilidade de a unientar casos cl e erro
Asfor Rocha). médico e de fomentar a indústria de indenizações; proteção aparente para o
Atualmente, parece-nos que a socialização do risco médico atenderia a profissional da saúde; criação de um cenário cativo para o médico e não co-
urna reparação civil do dano causado por profissional da saúde mais imedia- bertura ao dano moral. Mas, por outro lado, suas vantagens são bem maiores,
ta e menos confrontante com o lesante, assegurando a tranquilidade no por: liquidar melhor o dano; trazer condições de liberdade e segurança ao
exercício da medicina. Além disso, o sistema de seguro livraria o paciente trabalho do médico; assegurar o equilíbrio social e a ordem pública; ser uma
lesado de um processo penoso. Esse seguro deveria ser feito por uma ii isti- forma de justiça social; constituir uma previdência; livrar o médico e o pa-
ciente de processos judiciais demorados; evitar explorações, iniquidades e
injustiças; independer da situação econômica do causador do dano; corrigir o
O cirurgião recorreu ao SE, arguruermtaudc, que a cirurgia havia sido prescrita. A Qkiait.] aviltamento patrimonial da vítima; contribuir com o superávit do sistema em
Turma entendeu que a quesrân da culpa náo podia ser revista peio STJ, mas excluiu o umédi- programas de prevenção do dano; estimular a solidariedade social; corrigir o
co de pagar por danos materiais, já que os custos foram pagos somente a A' e os honorários fato de o paciente ser totalmente esquecido e o médico falsamente lembrado'.
do cirurgião pelo SUS. O cirurgião pagará apenas pelo dano moral, pois deveria ter alertado
o paciente que a cirurgia 'no restituiria a visih). Os mi'iistmos também reduziram a indenizaçe
por danos morais para R$ 80 mil, baseando-se na jurisprudência (1< Esp 436827)
798.Vazquez Ferreyra. Da,h,s y ,os J 110(15 <vi el cjcrdcio dc la ,ijcdiciva, p. 50; Antonio Jeovi 799. (knivalVeloso de França, Socializaçáo do risco médico, Panoranra da Justiça,23:31-4.
Santos Dano n, oral, a,, , p. 263 e 266-70. São cumuláveis as indenizações por dano material Já se decidiu que empresas de plano de saúde podem responder civilnlente por erro cometi- .- )

floral oriuiidos do 'liesijio fato (STJ, Súmula 37), c a quantificação do dano deverá ter caule do por médico e hospital credenciado (3a'Furrna do STJ).
parâmetros: a incapacidade temporária e permanente, inclusive a laborativa; o prejtiizo de No Brasil o processo por erro médico pode demorar vinte anos, e a indenização varia
afirniaçào pessoal ou quebi -a da alegria de viver; o dano estético etc. Consulte: Fernando de 20 a 1 mil salários mínimos segundo a Associação deVítimas de Erros Médicos (Avernies),
Oliveira Sí, Clínica médico-legal da reparaço do dano corporal em direico civil, iii Associaoio 60% das denúncias são alusivas a hospitais públicos já nos EUA, o vaiar médio da indenização
para a A tailiaçao do Dano Corporal,1992. chega a US$ 800 mil e os médicos têm seguro contra crio, que cobre de US$ 100 mil a

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Em regra, a responsabilidade civil de hospital e clínica (fornecedores de de saúde que não o satisfizerem. Somente a observância dos direitos do pa-
serviço) é objetiva (CDC, art. 14), embora possa haver responsabilidade so- ciente-consumidor resgatará aquela confiança e respeito e diminuirá os
lidária do médico ou da equipe cirúrgica (RJTAMG, 51:168). Tal se dá motivos para questionar aqueles serviçOS. Assim sendo, que medidas se deve-
mesmo que o paciente procure a rede pública hospitalar (CDC, ar. or, 1 e riam tomar para prevenir os questionamentos do paciente-consumidor rela-
VI, 14 e 22; CF, a,t,. 23, 11, e 197; Súmula 37 do STJ).A apuração da respon- tivos aos serviços de saúde utilizados por ele, eliminando ou reduzindo as
sabilidade independe da existência de culpa, bastando o nexo causal e o dano causas que os provocariam? Tais medidas seriaiu o gerenciamento de riscos
sofrido em razão de defeito da prestação de serviços ou de informações rir- esrritamermte técnicos e o gerencianiento de riscos de conduta°.
suficientes sobre os riscos. A entidade hospitalar tem direito de regresso O gereiacianiento de riscos cstn(anie te técnicos refere-se à adoção de medi das
contra o profissional da saúde culpado. tendentes a eliminar ou diminuir a falta técnica em si mesma, ou seja, o cri-o
médico. O gerenciarneuto de riscos de conduta consiste no emprego de medidas
16.e) GerenciamentO de riscos e o crescente aumento dos ques- amplas para eliminar ou reduzir outras causas que levam o paciente a questio-
tionamentos judiciais de pacientes contra os prestadores nar os serviços de saúde, independentemente da existência do erro, mas ligadas
de serviços de saúde a conflitos de relacionamento ou de falha de comunicação, ou melhor, por
desinforniação, o que requer que o profissional da saúde procure cumprir seu
A razão primordial do crescente questionamento dos serviços de saúde
dever de esclarecer devidaniente seu paciente sobre o tratamento, cirurgia,
tem sido, sem dúvida, a despersonalização da relação médico-paciente, pro-
diagnóstico e prognóstico, para que ele possa decidir livremente sobre seu
vocada pelo progresso tecnológico, pela massificação dos serviços de saúde e
destino ou sobre o procedimento de saúde a que irá se submeter A obtenção
da medicina e pela hegemonia dos planos e seguros de saúde, eliminando o
do prévio consentiniento esclarecido seria a riedida mais eficaz no que se
respeito, a confiança e o temor reverencial que, otrora,todo paciente sentia
refere ao gerenciaii hei, to de 1-iscos de conduta, diminuindo, certamente, o nú-
pelo seu médico, impedindo-o de questionar o ato médico Atualmente, remos
'neto de processos judiciais sem fundamento técnico. Deverá o médico evitar
o paciente-consumidor, que é o titular do direito de questionar os serviços
as justificativas pós-comlsequêmicias, que trazem ao paciente e a seus familiares
enorme desconfiança. unia vez que soam como tentativas de cobrir unia falha
profissional. E, além disso, deverão médico documentar todos os procedimen-
Mdira; e de escolas de governo em saúde pública ao Programa Mais Médicos para o Brasil;
Resoluço n 22/200 do Conselho Nacional de Arquivos (Coaiai -q). que dispõe sobre as diretri- tos realizados em seu prontuário, evitando, assim, o uso de pmvas testeniunhais,
zes para a avaliação de documentos em instituições de se úde: Portaria n. 1/2005 da Secreterii de que, cnn regra, são feitas por pessoas interessadas no desfecho do lití g io Ho7 .
Vigilãiicia em Saúde, que regulanvriita a implantação do Subsistenia Nacional de Vigil-'ncLa
Epideniiológica em Ambito Hospitalar, integrando o Sistema Nacional deVigiláncia Epideiiiio-
lôgica;Resolução -. RDC n. 38,de 4 dejtiiiho de 2008, daANVISA.dispõe sobre a instalação e
o fhncionamento de Serviços de Medicina Nuclear ifx vivo; Portaria n. 2.648/2011 do Ministério 806.Trata-.se do que nos Lsrado Unidos denomina-se risk nJauagenJeizr.
da Saúde, estabelece diretrizes para a implantação do componente pré -hospitalar fixo pari 807- ()ctavuo Luiz Monta Ferraz, Questionainentos judiciais e a proteção contra o
ganização de redes locorreonais de atenção integral às urgéncias em conformidade com a Po- paciente; um sofisma a ser corrigido pelo gereiiclanienuco de riscos, Bioflica ,S: 7-12; Chalian,
faia Nacional de Atenção às Urgéncias; Porcaria n- 1-429, de 12 dejulho de 2013, do Ministério
da Saúde, estabelece regras complementares aceita dos critérios de fixação do quantitativo nu- Maconnell e \Valsh, Risk managenicnit in heal rIa crc; whe' -e dicín come froin and where is
Xinlo de plantões permitido para cada unidade hospitalar e instituto e os critérios aras iinple- it going?, Aí- Sinaij Mcd., 1993, v. 60, n 5, p. 359-62. l&esoIt'ço Normativa ti. 275, de I-
nientação do Adicional por Plantão Hospitalar (APH) no ánibito do Ministério da Saódt da cm,,ridou de 2011 da ANS, dispõe sobre a Instituição do Programa de Monitoraineiito
Consulte, ainda: RT, 606:186, 6051 93, 526.216, 5 22 90, 500:227, 546:200, 556:190, 590-193. da Qualidade dos Prestadores de Serviços na Saúde Suplementar - QUALISS: Resolução
572101 e 568:157; Súmula 341 do STF; Ciéi,ciaJurúiica, 32:127; RJ7JS 41:115; RT], 62255, ir 1990, de 10 de maio de 2012, do CEM, regulamenta a apuração do procedimento ad-
54:92, 78:452 e 75:209; EJS'JZ 12:89;TER, ADGOAS, 1982, n. 87.982: Responde o órgn mm istrativo quanto à existência de doença incapa citante, parcial ou totai, para o exercício
previdcnciârio pelas despesas efetuadas em estabelecimento particular feitas pela segurado qus. da Medicina
portador de doença grave, não recebeu a devida assistência médico-hospitalar". Sobre responsa-
bilidade solidária da clínica e do médico que não atendem adequadamente parturiente, causando Portaria ii. 837, de 26 dc julho de 2013 da Secretaria de Atenção à Saúde- Estabelece
normas para o cadastramento no SCNES de estabelecimentos e equipes que farão parte do
morte do feto: Ciê,iciaJrn'dica, 57:140- Deve-se elaborar previamcnte o orçamento e obter lan-
rorização do paciente (CDC, ara 39V], 40,56, 1, e 57; C6,1 de Etica Médicaaru 61). Programa deValorização dos Profissionais na Atenção Básica PROVAB) no SUS.

868 1 869
16.f) Direitos do paciente procedimentos cirúrgicos, diagnóstico, tratamento a que será submetido,
A medicina tem como escopo primordial a restituição da saúde de mediante autorização escrita por meio de uni termo de consentimento. Se
pacientes crônicos ou agudos, tendo como base o Juraniento de Hipôcmte s ,ião puder dar seu consenso, tal informação deverá ser dada a seu represen-
tante legal ou a algum de seus familiares para que tome decisão sobre a te-
que não pode submergir em razão da inversão de valores e da decadêici a
rapia a ser empregada:
moral dos tempos modernos. Por isso. em Lodos os países há a preocupaçã o
de regulamentar cii ri or i ri as jurídicas as atividades dos profissionais da saúde e) possibilidade de requerer sempre uma cutia opinião sobre seu
i mp o ii do-lhes responsabilidade civil e c rinunal pelos danos que causarem aos Problema;
pacientes. Para evitar a multiplicação de ações relativas à questão da respoi1_ conhecimento sobre os serviços de saúde existentes, para que possa
sabilidade médica. urge a observância dos direitos do paciente, que constituem fazer o melhor uso deles;
uma extensão (los direitos da personalidade, acompanhados pelo principio g) obtenção de seu consentimento informado antes de qualquer pro-
do respeito à dignidade humana, e até mesnio a criação de um Comitê Mé- cedimento de diagnóstico ou de terapia;
dico dos Direitos Humanos, como se deu nos Estados Unidos, com o obje- h) recusa de algum tratamento ou não aceitação da continuidade tera-
tivo de possibilitar aos pacientes uma participação mais ativa em sua assistê,i_ pêutica nos casos incuráveis ou de sofrimento atroz;
cia médica. Naquele país surgiram o Serviço Legal de Assistência aos Pacien-
i) continuidade do tratamento que lhe for benéfico ou de seu interesse:
tes e um Projeto de Libertação dos Pacientes Mentais, com a finalidade de
impedir sua exploração pelas instituições que os acolhem, e, mais recente_ j) cooperação de todos os profissionais da saúde do estabelecimento em
mente, a Associação de Hospitais Americanos divulgou a 'Carta de Direitos que estiver internado, desde que envolvidos no seu tratamento:
dos Ri cientes'' - A Á fi-i ci do Sul, por sua vez, taiiihém procura difundir os k) terapia de conformidade com os 1 iíveis médicos mais acenáveis ciel 1-
direitos dos pacientes no que ta' ge ao atendi in ento médico e hospitalar, para tifica e tecwcainentc;
que isso possa trazer-lhes maiores beneficios. 1) anuência prévia e esclarecida para que seu tratamento possa ser apre-
Desde o atendente de hospital ou de consultório médico até o médico sentado cnn congresso médico ou estabelecimento de ensino da medicina;
deverão respeitar os direitos básicos do paciente. m) proteção de toda informação confidencial que possa identificá-lo,
Dente os principais direitos do paciente poderíamos enumerar os incluindo todas as partes componentes do corpo humano;
seguintes: n) confidencialidade da informação e discrição absoluta sobre seu
a) liberdade de escolha do médico que irá tratar de seu mal; trata inc n t o
b) conclusão do contrato de prestação de serviços médicos no momen- o) sigilo ou omissão dos registros médicos de sua moléstia, quando isso
to em que julgar conveniente, dando início a uma relação médico-paciente, vier a comprometer seus interesses mais diretos, desde que não acarrete riscos
fundada na confiança e respeitabilidade; a terceiros ou à saúde pública;
c) acordo sobre os custos concernentes à prestação dos serviços, inclu- p) respeito a uma decisão tomada previamente, se ficar em estado de
sive aos referentes aos honorários médicos; inconsciência ou impossibilitado de exprimir sua vontade;
d) informação clara, objetiva, compreensível e detalhada sobre seu esta- q) relatório escrito de todos os fatos concernentes ao seu estado de
do de saúde e o tratamento a ser seguido, para que possa dar, ou não, o seu saúde. TeTil o direito de ter anotado em seu prontuário, principalmente, se
consentimento livre e esclarecido. Logo, deverá receber informações sobre inconsciente durante o atendimento, todas as medicações utilizadas, com as
diagnóstico, finalidade dos materiais coletados para exames, terapias, beneficios respectivas dosagens e a quantidade de sangue recebido, além dos dados que
e riscos provenientes dos exames e dos tratamentos propostos; ser consultado permitam identificar a sua origem, as sorologias efetuadas e os prazos de
quando houver necessidade de escolher entre duas ou mais terapias; e con- validade;
sentir, ou não, de forma livre, esclarecida, após aquela informação, sobre r) ajuda espiritual ou moral por um ministro de sua religião;

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fraternidade 3 -

3. DonuniqueRousseau, Les d,.,, de l'homme de la troisiõme génération, iii £p,,1


CAPITULO III u drpirç dc I'Iw,rinxe, Paris, Eco,iomnica, 1987,. 125, , KarclVa,ak Poirr les droits
de Plrouimnc dc Li rnii mcgé riiI iw , J les dvoirs d,'so/irlariI.aiiIa inaugural, proferida ciii 1-7- 1979,
no Instituto Internacional dos Direitos do Homens, cio Srrashotirg;Tlden Q. de Farias, Cou-
MACROBIOÉTICA E PRESERVAÇÃO DO figuração j indica do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, iii Direito e Ial,er-
- Reuisrn da ESMARN 4:431 -58; le,lo, S. Ferreira, A ética ambiemical. RLA SP 29:253-
MEIO AMBIENTE SADIO E 66. De acordo com a Conferência das Nações sobre o Meio Ambiente Humano, reunida cm
Estocolmo de 5 a 16 de j tinIu de 1972, proclama-se que: "1 - O litorrou é ao iliesnio teilipo
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO obra e construtor do niemo ambiente que o cerca, o qual lhe dá sustenta material e lhe ofere-
ce oportunidade para desenvolver-se intelectual, moral, social e espiritualmente. Em larga e
tortuosa evolução da raça humana neste planeta chegou-se a unia etapa em que, graças à rã-
pista aceleração da ciência e tecnologia, o hotnem adquiriu o poder de transformar, de inú-
meras maneiras e ',rem, escala .sem precedentes, tudo que o cerca. Os dois aspectos do meio
1. CRISE AMBIENTAL E ECODESENVOLVIMENTO
ambiente humano, o natural eu artificial são essenciais para o bem-estar do hoiiieiim e para o
gozo dos direitos humanos fliniclaimientais, inclusive o direito a vida mesma. 2-A proteção e
A bioética e o biodireito estão intimamente relacionados com o meio
nielhoranienro do meio ambiente humano é uma questão Rio danienral que afeta o bem-estar
ambiente, por ser este um bem essencial â sadia qualidade de vida. A so-
dos povos e o desenvolvimento econômico do mundo inteiro, una desejo urgente dos povos
ciedade e o Poder Público deverão preservar e defender o meio ambiei- de todo o intimido e uma dever de todos os governos. 3 O homem deve fazer constante
te para que seja possivel atingir o equilíbrio ecológico, tão imprescindível avaliação de sua experiência e continuar descobrindo inve,ita:mdo,criamido e progredindo. Hoje
cm dia. a capacidade do llouieui de transfoeisar o que t, crava, utilizada com d,sccrxim'ncnro,
à vida em todas as suas formas. Unia vida saudável, portanto, implicaria o
pode levar a todos os povos os beneficios do desenvolvimento e oferecer-lhe a oportunidade
direito a um ambiente ecologicamente equilibrado, que, por ser corolário de enobrecer sua existência. Aplicado errónea e impruden reiliente, o mesmo poder pode
daquela, deverá ser garantido tendo em vista as presentes e futuras gerações'. causar danos incalculáveis ao ser humano e a seu ni cio ambiente. Em nosso redor vemos

O direito ao meio ambiente sadio é um direito humano, consagrado pela


nuiltiplicar-se as provas do dano causado pelo homem em limitas regiões da Terra, níveis
perigosos de poluição da água, da a, da terra e dos seres vivos: grandes transtornos de equi-
norma constitucional como um dos direitos fundamentais. Com isso, todos librio ecológico da hiosfera; destruição e esgotamento de recursos insubstituíveis e graves
têm a obrigação de reconhecer o direito ao meio ambiente e de proteger deficiências, nocivas para a saúde finca, mental e social do homem, no meio ambiente por ele
os interesses ambientais, pois os demais direitos humanos básicos pressupõe,,, criado, especialmente naquele em que vive e trabalha. 4 Nos países em desenolvmnaento, a
maioria dos problemas anibiemirais estão iiaotivados pelo subdesenvolvimento. Milhões de pes-
uni meio ambiente saudável'. Dessa forma, a doutrina tem identificado o
soas seguem vivendo muito abaixo dos níveis uiniinos necessários para unia existência humana
digna, privada de alimentação e vestuário, de habitação e educação, de condições de saúde e de
higiene adequadas. Assim, os países em desenvolvimento devem dirigir seus esforços para o
desenvolvi,nento, tendo presentes suas prioridades e a necessidade de salvaguardar e melhorar
I. GuilhermeJosê Punia de Figueiredo e Solange Teles da Silva. Elementos balizado- o n'cio ambiente. Com o mesmo fim, os países industrializados devem esforçar-se para redu-
res da ação estatal na defesa dos bens anibientais para as presentes e futuras gerações, in Tenias zir a distância que os separa dos países cio desenvolvimento. Nos países industrializados, os
de direito amhienta e ur,a,iísticc, organizado por Guilherme José Purvin de Figueiredo, So Paulo, problemas ambientais estão geralmente relacionados com a industrialização e o desenvolvi-
Max Li'nonad, 1998, n. 3, p137. Consulte: .Edson E de Carvalho, Ateia ambiente & direitos hui,ra- niento tecnológico. 5-O descimento natural da população coloca, condnuamente,problemas
nas, Cur,tiba,Juruã, 2005;José Renaro Nati'ii, Fúca anibiental, Rrvisra do Jnsit,?ro dos Adtçridos relativos à preservação do meio ambiente e deveu-se adotar as normas e medidas apropriadas
de São Paulo, 14:268-77;Antônio 13. de Almeida Jr. e Francisco S Nôbrega Coutinho, A matriz para cnfrentar esses problemas. De rodas as coisas do mundo, os seres humanos são a mais
teórica do direito amubiental: urna reflexão sobre o fiiridaiaiexito da necessidade de preservação valiosa. Eles são os que promovem o progresso social, criam riqueza social, descorrolvelo a
do meio ambiente, Direito e Liberdade, Revista da ESMARN, Natal, n 3, p 71-82; Heron José ciência e a tecnologia e, com seu árduo trabalho, transfeririam continuamente o meio am
biente humano. Com o pmosqesso social e os avanços da produção, da ciência e da tecnologia,
de Sanrana, Direito ambi cata! pós-moderno, Curitiba,Jurud, 2009,
a capacidade do homem de melhorar o meio anabiente aumenta a cada dia que passa. 6 - Para
2. Schrader-Frechette, Ética y media ambiente, Pan, Mmmd. SaIS, 12:329-39; Norber- chegar á plenitude de sua liberdade dentro da natureza, e, em harmonia com ela, o homem
to l3obbio, Á era dos direitos. Rio de Janeiro, Campos, 1992, p. 6; Maurício Mota, Função social deve aplicar seus conhecimmmermtos pais criar um meio ambiente melhor. A defesa e o melho-
do direito anmbicntal, São Paulo, Campus-Elsevic, 2009. ramento do nieio ambiente humano para as gerações presentes e futuras se converrerani na

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O desenvolvimento ecoiiôiflicO e a sobrevivência da espécie human a universal de todos, adverte, nos versos de Cora Coralina, seus filhos:"Eii sou
da fauna e da flora requerem o saneamento da terra e urna boa adrninistraçã a terra/sou a vida - de meu barro primeiro/veio o hoineiri/a nuilher/o
dos recursos '1 aturais 4 . amor/a árvore/a fonte/, fruto e a flor/Eu sou a fonte origina] de toda a
Essa ideia de consciência ecológica não é nova, pois, já em l8S5 nca vida/sou o chão que se prende à tua casa/sou a telha da coberta de teu lar/a
oque Seattle, da tribo Duwarnisk, com muita sabedoria, ao dirigir-se a Prankhj mina constante de teu poço/a espiga generosa de teu gado/e a certeza tran-
Pierre, Presidente dos Estados Unidos, disse: ''De unia coisa sabemos: a terra quila ao teu esforço a inior vieste pela mão do Criador/e a mim tu volta-
não pertence ao homem; é o homem que pertence à terra, disso temos cer rás no fim da lida/só etia mim achar5s descanso e paz'''.
teza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une unia família Mas parece que o ser humano, a sociedade co Poder Público não se cons-
Tudo está relacionado entre si.Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da cientizaram da importância da preservação da natureza. Ramôn Martb Mateo
terra; não foi o homem quem teceu a trama da vida. Ele é meramente uni f io observa, com muita propriedade, que: "ei iaombre de hoy usa y abusa dela natura-
da mesma. Tudo que ele fizer à terra, a si próprio fará". A Gata, a Terra, mãe
leza como si hubiera de ser ei último inquilino de este desgraciado planeta, como si detrás
de é1 flO se anunciara un futuro, La naturaleza se convierte aí eu el chivo expiatorio dei
progresso". Deveras, em todas as partes do mundo, denota-se uma crise anibiental,
meta imperiosa da hu inanidade, que se deve perseguir, ao mesmo tempo cm que se matirêni provocada pelas agressões à natureza para atender às necessidades humanas e
as metas fundamentais já estabelecidas, da paz e do desenvolvimento econômico e social ciii
todo o mundo, e em conformidade com elis. 7 -Há um número cada vez maior de problemas sociais. Em nome do progresso econômico e social, desenvolveram-se técnicas
relativos ao 'iieio ambiente que, por ser de alcance regional ou mundial ou por repercutir rio que, por explorar inadequadamente a natureza, causam poluição de toda sorte
âmbito iiitenacional co'miiii, exigeili uma ampla colaboração entre naçàes e a adoção de me- e degradação do meio ambiente, colocando em risco a vida do homem e das
lidas para as olganizações inteniaciuliais, no interesse de todos. A Conferência encarece aos demais espécies que povoam a Terra', dando origem à crise anibiental.
governos e ao povos que u'iaui esfotos para preservar e melhorar o meio ambiente liuiiiamio
ciii he ncíino do homiiemn e de sua posterIdade" Por isso, todos os setores da sociedade, orga
Ilizaclos ou 'iào, dccciii couscientizar -se da necessidade de preservação do meio ainbicure
Porcaria n. 360, de 4 de julho de 2012, da Fundação Nacional de Saúde, institui o 5. Apud Elio Figueiredo. Políticas para conservação acordadas com respeito da soberania
Programa de Fomento âs Ações de Educação em Saúde Ambiental, do Departamento de nacional, Revista do Mü ,istdrim, Público do Rio Go ide da Sul 3 1: 11; Cora Coral i ria, as dos
Saúde Arnbiexital - Dosam, da Fundação Nacional de Saúde, que tem a finalidade de pronio- becos de Goiás e est3ríns mais, São Paulo, Global, 1993, p. 21 3;James Lovelock eM'illiain Goniding
ver a saúde e contribuir para a melhoria da qualidade devida de diferentes comunidades e (Cala uni novo olhar sobre a vida na Terra, Lisboa, Edições 70, 1987. R 27-8) potiderani que Caia
grupos populacionais, com ações financiadas pela FUNASA; Decreto o. 7.957, de 12 de é:entidade viva que abrange a biosfcra, atmosfera, os oceanos e o solo da Terra, os quais, 50-
março de 2013, inistitu' o Gabinete Permanente de Gestão Integrada para a Proteção do Meio nudos, constituem tini sistema cibernético ou de realimentação que procura uni meio fisico e
Aiiibientc; regulamenta a ituação das Forças Armadas na proteção ambiental: altera o Decre- químico ótimo para a vida nesse planeta"- Se Gata existe como unidade viva. 'a sua relação
to ir 3.289. de 29 de novembro de 2004; Decreto n. 7.992, de 24 de abril de 2013, promulga c ora o homem, uma espécie animal dominante no complexo sistema da vida, e a possivel al-
o Iristruniento de Criação do Fundo Reestruturado do Meio Ambiente Global, firmado clii ternância do equilíbrio do poder entre unia e outro, são questões de manifesta imnporúmmcia".
Genebra, cmii 16 de março de 1994; Decreto n. 7997, de 24 de abril de 2013, promulga a
Proposta de Particiação do Brasil na Quarta Recomposição dos Recursos do Fundo para o 6- Raniôn Martin Mateo, Dercclro arnbicntal, Madrid, 1977, p. 21.
Meio Ambiente Global - GEF-4, firmada em 10 de dezembro de 2009; Lei ir 12.805, de 29 7. Consulte : Fernando da Costa Tourinho Neto, Dano ambiental, Cansr,lex, 2: 19-20;
de abril de 2013. institui a Política Nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e alte- Antônio Silveira R. dos Santos,Vida selvagem: importância e proteção, ReeistaAPMP, 31:71-3;
ra a Lei n. 8,171, de 17 de Janeiro de 1991; Instrução Normativa Conjunta n- 1/2013 Mapa, Portaria n.341/2011,do Ministério do Meio Ambiente, que aprova o Regimento [morno do
Anvisa e lhama dispõe sobre alteração de formulação de agrotôxicos e afins. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recurso-s Naturais Renováveis (IBAMA); Porta-
ria ti. 78/2004, do ifiAMA, que aprova o Regimento Interno das Comissões de Etica do
Lei n. 13.1 23, dc 20 de maio dc 2015, com a regulamentação do Decreto n 8.772/2016,
Instituto Brasileiro do Meia Ambiente e dos Recursos Naturais Renovâveis;Portaria n. 11/2009,
disciplimr o inciso II do § 12 e o § 4 do art 225 da Constituiço Federal, o arr. l. a aliiieai do I13AMA, que aprova o Regulamento Interno da Fiscalização (RIF), do IBAMA; Portaria n
datei 3°. a alínea c do art. 10,0 art 13 e os §Ç e 4° do art 16 da Convenção sobre Diver- 452/2011, do Ministério do Meio Ambiente, que aprova o Regimento Interno do CONAMA
sidade Biológica, promulgada pelo Decreto n. 2,519, de 16 de março de 1998;dispõe sobre (Conselho Nacional do Meio Ambiente); Portaria n. 9. de 5 de junho de 2012, do IBAMA,
acesso ao patrimônio genénco. sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional as- que institui a Política de Segurança da Informação, Enformâtica e Comunicações (Posic) do
sociado e sobre a repartição de beneficies para conservação e uso sustentável da biodiversida- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e revo-
dc; revoga a Medida Provisória n. 2.186-16, de 23 de agosto de 2001 ga a Portaria o- 23/2007. do IBAMA; Decreto n 7794, de 20 de agosto de 2012, que institui
4. Édms Milaré,Tutela jurisdiciorial do ambiente, Revista do Advogado. 37:5. a Politica Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica; Decreto n. 7.830/2012, que dispõe

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nos processos de elaboração de normas ambientais, na formulação e n q ualidade, somente poderá ser conquistado pela conformação das atividades
cução de políticas ambientais, nas ações p o p u l ares 17, nos Conselhos do Meio s ocioeconômicas no sentido de que se deve respeitar a biodiversidade para
Ambiente, nas audiências públicas, nos estudos de impacto anabicutal e nos evitar a degradação ambiental. Só a obediência ao princípio da defesa do
processos de licenciamento ambiental, para que haja transparência nas decisões mero ambiente possibilitaria a concretização do direito ao meio ambiente
da Administração alusivas ao direito ambiental. e cologicamente eqiiilihrado ° para as gerações presentes e frituras. A atual
Algumas empresas procuraram criar programas de reciclagem traca_ geração não tem o direito de destruir o meio ambiente, pois dele poderá
meu to de água e reflorestamento, tendo em vista a preservação do meio retirar frutos e produtos indispensáveis à sua sobrevivência, tendo o dever de
ai nbi ente, obtendo lucros co tu tais inici atavas. A FIAT, por exemplo. investiu protegê-lo e conservá-lo, para transmiti-lo à geração fritura, fundando-se,
cerca de US$ 10 milhões 'urna estação de tratamento, para que 92% da água portanto no princípio da perpetuação das espé ci es iO.
por ela utilizada fosse reaproveitada, economizando, com isso, anualmaien O direito à vida situa-se na base da última milo legis da seara do direito
cerca de US$ 3,5 milhões, e alétis disso, conseguiu reciclar 90% dos reside- internacional dos direitos humanos e do direito ambiental, voltado à tutela e à
os gerados durante o processo de produção dos automóveis, o que lhe ren- sobrevivência da pessoa humana e da humanidade", daí a necessidade do reco-
de, mensalmente, US$1,2 rnilhão.A Peugeot-Citroên, com o projeto Poço
de Carbono, pretende minimizar o efeito estufa, agravado pelo diáxido de
ca,-boiao, por meio do plantio, durante três anos, de 10 milhões de árvores 19 Cristiane 1 )eranl, Meio an,I,iei,tc ecologicamente equilibrado: direito fliti da'iieiimal
uni Juruelia (MT), retirando da atmosfera 50 mil toneladas de carbono por e principio da atividade económica, in iemas de direito anr,ieimta/ e uyhaitísrfto, organizado por
ario Seu exemplo deverá ser seguido por todos, pois a Conferência das Guilliernie José Purvui de Figueiredo, ti - 3, p. 96-1
Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio 20- Cuillieruie José Purvin de Figueiredo e Sola'ige Teles da Silva, Eleta menro Lializado
de Janeiro, rui 1992, acrescentou novos princípios regentes do meio amai- ris - - - in ihnas, cir, p 143-4, Juliana Sautilli, Direito ao anibiente sadio.jurispriidéncia nacio-
bi era [e desenvolvimento sustentável, sendo que "una deles propõe a cor- nal e internacional, Direitos lwnanOs tia om4etij wiíIetiJptrárUvJ (coords. Di,,ela lkawa Flávia
relação de dois direitos humanos fundamentais: o direito ao desenvolvinaen Piovesaji, Melina G, Fachiii), (luritiba,Jurud 2010, p. 77-98
to e o direito a urna vida saudável, ao enunciar que: 'Os seres humanos 21 Antônio Angus Lo Cançad o tr indade. Direitos Inito oute e i ,xeio attibien n p a, a ir1,, dos
sistemas inrernacioiiais de proreçéo, p. 81; Rui C Pica, Imaterialidade do bem ambientei, Rei'isIa
constituem o centro das preocupações relacionadas com o desenvolvimen-
Juro da Es AP 2, p. 16-21 Seria interessante lembrar que, cru defesa da saúde e do meio
to sustentável. Têm direito'a urna vida saudável e produtiva em harmonia ambiente, a Lei de Segurança da Saúde Pública e Prevenção e Resposta contra o Bioter'orisma
o meio ambiente" (Princípio 1) (moterroriMa Acm o!' 2002 dos EUA) poderá trazer reflexos nas exportaçôes Gui's destino aos ECA,
O direito ao ilieio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado é o voltadas ao agronegúcio em todos os paises que, com eles, tenham relações comerciais, porqu e
direito à vida e à preservação de tudo o que for imprescindível para sua boa haver controle das impor rações de gêneros alimentícios, bebidas e medicamentos nos EUA, e,
além disso, exigir-se-á rcgisrro, por meio eletrônico ou por escrito, pelo correio convencional,
de estabelecimento, a'1erica'aos e estrangeiros, que fabricam, processam, empacomaiil. d,striliueni,
recebeu, .,i ar na me nam ali nie ii tos para consumo humano ou animal no teci inizo o nor te-a ii ie-
17- Edis Milarê, t'articipaçáo comunitária na tutela do ambiente, KE, 31 7:79-87 ricano. e, ainda. co,nunicaçda pr&'ia (por meio eletrônico. pelo Sistema de Coniia'iicaçào prévia.
18.Saiidra AzedoRespeiro ao meio aiiibiente dá lucro, Folha os, £I'au!o, 22-8-1999. Corno colocado na internet pela F-DA ou fax ou correio eletrônico, ao escritório da EDA responsável
o Protocolo de Kyoto expira em 2012 mpmsentantes de 192 governos tentam, na Conferência pela área geográfrca do porto de entrada) de iinportaçàes aiüneutares, contendo informação sobre
de Copenliague, chegar a um acordo para substitui-lo e combater o aquecimento global, p'n- -
o produto, seu fabricante, o produtor agricola, o pais em que o produto foi embarcado e a
curando fazer com que cada pais reduza, evitando desmatamento e acidificação do oceano, até indicação do porto de entrada, sob pena de ter sua entrada recusada e de ficar retido até que o
2020 entre 26% e 40% as emissões de CO 2 (principal gás do efeito estufa) A Portaria n. 143, de importador, proprietário ou consignatário formalize o aviso e se faça a averiguação de possivel
9 de naio de 2016, do Ministério do Meio Ambiente, apresenta o regimento interno da Co- risco de carregamento à saúde ou á tda hununa e anunaLTal comunicação prévia deverá ser
rissão Nacional para Redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa Provenientes do l)csma- apresentada antes de cinco dias da data prevista para a chegada do alimento ao porto de entra-
Lamento e da Degradação Florestal, Conservação dos Estoques de Carbono Florestal. Manejo da e até o meio-dia do dia anterior àquela cbegadaA execução da Lei de Bioterrorismo está
Sustentável de l-loresLls e Aumento de Estoques de Carbono Florestal (RLDD+) do Brasil- sob a responsabilidade da FDA (Food & Dn, Adininisfral,oii - Adniinistraç5o para Alimentos e
CONARFDD - Hi, ainda, a Portaria ii. 150, de 10 de maio de 2016, do Ministério do Meio Medicamentos), que poderá: reter alimentos que possam causar dano à saúde ou risco de 'nor-
Ambiente, que imrrituiu o Plano Nacional de Adaptação á Mudança do Clinia te; proibir importação de alimentos por pessoa que tenha antecedente histórico de importação

890 1 891
nhecimento do direito a um meio ambiente sadio, entendido corno sendo Seria necessária, para canto, uma adequação do Estado à expectativa dos
direito às condições devida que assegurem a saúde fisica, mental, .,oral e Social, a gentes econômicos e da comunidade no que atina ao desenvolvimento
a própria vida, assim corno o bem-estar das gerações presentes e fucuras2
o ecologicamente sustentável e unia efetiva proteção jurídica ao meio ainbien-
direito ao meio ambiente hído e ecologicamente equilibrado é o pressupost o te, mediante instru naen tos civis, administrativos e penais que atuem na pre-
para o exercício dos demais direitos fundamentais, considerando-se que o seta venção e na repressão do dano ecológico.
objeto é o direito 3 vida, abrangendo o direito de viver e a qualidade de vida 23

2. CONSTITUCIONALISMO ECOLÓGICO E DIREITO


AMBIENTAL
de alio soutos adulterados ou que tenha sido condenada, judicialmente, por erivolviniento ciii
Se os direitos fundamentais do homem são os que ele possui peio sim-
ilícito relativo 3 impornç3o de aliineiitos. Essa Lei de Biorerrorismo n3o coiifiita cana acordo
s
internacionais firmados pelos EUA, corno a OMC e o NAFTA. pies fato de ser homem, por sua natureza humana e pela dignidade que lhe

Resolução - RDC o. 26, de 2 de julho de 2015. da ANVISA dispõe sobre os requisit as é inerente, não resultam eles de unia concessão jurídico-estatal, e, por essa
para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que caresarar alergias alinleiitares razão, a sociedade política tem o dever de consagrá-los e de garanti-los 24 São .
Resolução - RDC n. 60. de 3 de fevereiro de 2016. da ANVISA dispõe sobre a prom-
hição da utilização do ingrediente ativo Procloraz em produtos agrotóxicos, em decorrénci, i
da sua reavaliação toxicolôgie-a.
24 .João Harista Herkei,hotr, Curso de din&iros /uuluuanos, São Pailo,Acadéinica. 1994, v. 1 p.
22. Kroniarek, Le droit a ,e, cnviromsnienc équihbré et saiu, considcré coilailie tio drog de 311-1: lÁ Helena l)iniz_ Cnnsritucio,aalisiiio ecológico, iii Estudos de Direito Cousrirmmcuoua/ - em
'lua miii e 52 o use en-oeuvre ria tio nal e, e urop é e iii ue et iii ternati onale, iii 1 i,tifeel ei n)/aéei 1 hoinenageni à Maria Garcm:i (otg Laura Luiz C. Ribeiro e Luciana A-A. Berardi), Sã. Paulo.
Péui'iyo,,uuiu r/ ir dri,its de /'/roumnxe, realizada pelo lmlstitsire for Furopean Environiaienra! l'olkv, 1013 - 1 luomaisou. 2007. p. 3' 7-30. José Joaquim C. Canotilho e José Rubetis Morato Leite
Straslinurg. 1979, p. 2-3, 31 e 34 Ana Paula Martins Amara], A Inlportãncia do desenvolv i _
(org.), Diyciro ciii,s(i/umcio,mci/ auilnrwl.ii/ &rai/eiro, São Paulo, Saraiva, 2007; Claudio A. B.frevizami,
n'eito social e a sustenrabilidade anibiental para a iniplemileotação dos direitos huniatmos em Das origens e da natureza das narinas constitucionais sobre o direito fundamental ao meio
nível global. uiii estudo da dec]a ração do tniknio das Nações Unidas, iii Globaiizacid,r y Urre-
a mIa i ei ate, Revista de Direto Caco rucio 'ai e 1, Seru 'aciona1 , 60:35-64; Cc Is o A. P. Focal., Funud a-
e/lo (coord. Jesus L. Torrado, Enrique Olivas e Antonio Ortiz-Ante de Ia Fuente) Madrid, iii e mitos constitucionais do direito a na iii eia tal brasileiro, Remis fa do Tri Ou 'ai Regional Federal - 35
o
Dilex, 2007, p. 409 a 426; l-lcron J. de Saotana Princípios e regras de so late novas fontes de
Região, nu. 76, p. 67-100; Regina Vem VilIas Boas e outros, Questões contemporãneas envo]-
direito inrerilaciona! ambiental, Revista da Academia Pauiisma de Oiteiro, 5:127-68,
verites da classificaço dos bens jurídicos trazido no Côdigo Civil e do conceito abrangente
23. Kadna Houat I1ath, 1 )ireitos humanos e meio ambiente Rer;sta da AP(; (PIJCSP). do heixu atisbiemital, RIASP, 35:389-1 12. Vide Decreto ".4.339/2002, sobre princípios edite-
16:79-80; Luis Paulo Sirvinskas, Manual (Ir direito an,hic,mra/, Sã. Paulo Saraiva, 2002; Anrômiio Sil- trires pata iIupIeii)eiitaÇai) da Política Nacional da Biodiversidade; Decreto mi. 4.703, de 21 de
vei ia Rib eito dos San Los, Direito atubien tal: surgimento, i nipordnc ia e situaç o atual, i o Edu;itdo maio de 2003, que dispõe sobre o Programa Nacional da Divensidade Biológica . PRONA-
C B Bittar (cootil.). Histsína do direi/o bra.siiciro,São Paulo,Atlas,2003, a. 294-323;AJooso Grisi Neto, 510 e a Comissão Nacional da Biodiversidade; Decreto is. 4.340, de 22 de agosto de 2002,
A soberania do Estado e o direito amnbirntal internacional, Infiirmarivo do LIS)', 6& 10-1. que regulamenta artigos da Lei ri. 9.985. de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema
As Resoluções is. 323, 324, 325, 326, 328, 329, 330,331 e 332/2003 do CONAMA Nacional de Unidades de Comisetvação da Natureza - SNUC; Poruria mi.319, de 13 de agos-
instituem as Câmaras Técnicas de: Biodiversidade, fauna e recursos pesqueiros de florestas e o de 2003, do Ministério do Meio Ambiente, que estabelece os requisitas mínuinios quanto
atividades agrossilvopastoris; atividades minerãrias, energéticas e de infraestrutura; de gestão ao credenciamento, registro, certificação, qualificação, habilitação, experiência e treinamento
territorial e biomas; educação anibiencal; economia e meio ambiente, assuntos jurídicos: saú profissional de auditores anibienrais pata execução de auditorias anibientais que especifica;
de, saneamntoe ambiental e gestão de resíduos; unidades de conservação e demais reas pro- Decreto o. 6.848/2009, que acrescenta dispositivos ao Decreto o. 4.340/2002, para regula-
tegidas; assuntos internacionais. iiaentar a cainpemasação aiuibieutal; Portaria n. 1.683, de 28 de agosto de 2003, do Ministério
da Saúde, que instituiu a Comissão de Biosseguraiaça em Saúde; Decreta n. 4.680, de 24 de
A Instrução Normativa do IBAMA n. 66/2003 cria o Programa Agentes Amuibienrais
abril de 2003, que regulamenta o d'reato ã informação, assegurado pela Leio. 8.078, de 11 de
Voluntários, com a finalidade de propiciar a toda pessoa fisica ou j utidica que preencha os
setembro de 1990, quanto aos alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo
requisitos necessários i participação de forma voluotãria, auxiliando o IBAMA em atividades
humano ou animal que conterdesei ou sejam produzidos a partir de ot-ganisnlos genetica men-
de educação ambiental, pmteço. preservação e conservação dos recursos naturais cmi Unida-
te modificados, sem prejuízo do cumprimento das demais norms apliciveis; Lei n. 10.650, de
des de Conservação Fedei -al e Arcas Protegida,
16 de abril de 2003, que dispõe sobre o acesso público aos dados e informações existentes nos
Vide Decreto n. 7.572/2011 sobre Programa de Apoio Conservação Anibiental -
õrgãos e entidades integrantes do Sisnania (Sistema Nacional do Meio Ambiente) relativos a:
Programa Bolsa Verde.
a) qualidade do meio ambiente: h) políticas, planos e programas porencialmente causadores

892
1 893
direitos do homem j urídico-i i sritucionalmente garantidos e limitados espa Surge um constitucionalismo ecológico, pois a maioria dos países, em
ciotemporalmente ou seja, vigentes, objetivamente, numa ordem jurídica n orma constitucional, impôs ao Estado o dever de defender o meio ambiente e
concreta 25 . O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado e sadio de controlar as advidades que o possam poluir e a todos a obrigação de abster-se
é um deles, por estar intimamente ligado ao direito ao respeito a vida e ao de ações atentatórias ou lesivas ao ambiente, conferindo aos lesados o direito de
fundamento do Estado Democrático de Direito, que é a dignidade da Pessoa fazer cessar, por meio do emprego de medidas não junsdicionais, ou jurisdicio-
humana (CF. art. 1, III), penetrando, por isso, em todos os setores j u ridico5 - riais, esses atentados e de pleitear indenizações por danos patnmoniais e morais 27 .
O direito ao meio ambiente é instrumento para a obtenção da sadia qualm Os textos contidos nas Constituições portuguesa e espanhola são mo-
dade de vida, do exercício do direito de viver em condições dignas e de de1ars. A Constituição portuguesa, no art. 66, delineia, com precisão, as
bem-estar". atribuições estatais na tutela do meio ambiente, ao dispor que:
Quando a Declaração de Estocolmo, no seu primeiro princípio, deixou "1.Todos têm direito a um ambiente devida humana, sadio e ecologi-
claro que o meio ambiente deveria ser tutelado, relativamente ao homem, camente equilibrado, e o dever de o defender.
como um meio onde vivem seres humanos, os juristas, os organismos inter- 2. Incumbe ao Estado, por meio de organismos próprios e por apelo a
nacionais, os pactos, os tratados, as Constituições de diversos países do niun- iniciativas populares: a) prevenir e controlar a poluição e os setas efeitos e as
do e normas infraconstitucionais passaram a proclamar e assegurar o direito formas prejudiciais de erosão: b) ordenar o espaço territorial de forma a
ao meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado, considenndo-o conio construir paisagens biologicamente equilibradas; c) criar e desenvolver reser-
uni direito difuso, vas e parques naturais e de recreio, bem como classificar e proteger paisagens
e sítios, de modo a garantir a conservação da natureza e a preservação de
valores culturais de interesse histórico ou artístico; d) promover o aproveita-
dc impacto aiiil,,eiiia]; c) resultados de iliouitoramer,to c auditoria mios sistema, de controk mento racional dos recursos naturais, salvaguardando a sua capacidade de
ele poi miiçaci e de atividades potencialmente poluidoras, bem como de planos e ações de rec - u- renovação e a estabilidade ecológica.
eraço de ãrcJs degradadas; d) acidentes, situações de risco ou de emergência a,nbicnuis: e)
3.0 cidadão ameaçado ou lesado no direito previsto no n. 1 pode pedir,
emissões de efluentes líquidos e gasosos, e produção de resíduos sólidos;!) substancias tóxicas
e perigosas: g diversidade biológica; h) organismos geneticamente modificados; Decreto ir nos termos da lei, a cessação das causas de violação e a respectiva indenização.
6.043, de 12 de fevereiro de 2007, que dá nova redaço ao art. 72 do Decreto n. 4.703, de 21 4. O Estado deve promover a melhoria progressiva e acelerada da qua-
de halo de 2003, que dispõe sobre o Programa Nacional da Diversidade Biológica - PRO- lidade devida de todos os portugueses".
NAI3IO e a Comissão Nacional de Biodiverçidade; Portaria n 153/2004 do Ministério do
Meio A siibieiite, que aprovou o Regulamento da Connssào Nacional de Biodiversidade: A Constituição da Espanha, por sua vez, 110 capítulo terceiro, sob o tí-
Decreto n 4.984, de 12 de fevereiro de 2004, sobre o eticerraniento dos trabalhos de inveti- tulo "Dos princípios regentes da política social e econômica'', estabelece, no
tarianca da Superi nteiidencia do Desenvoiviineiito da Amazônia - SUDAM, que acualniecice art. 45, que:
foi '-ecriada pela LC ii 124/2007; Decreto 4.946/2003, que alcei -a o Decreto n. 3.945/2001:
"1Todos têm direito a desfrutar de um meio ambiente adequado para
Lei ti. 1 0.973/2004, que dispõe sobre incentivos a inovação e à pesquisa cientifica e tecnoló-
gica no ambiente produtivo; Portaria n. 901, de 4 de dezembro de 2008, que institui, mio o desenvolvimento da pessoa, assim como o dever de conservá-lo.
ámbito do Ministério da Ciência eTecnoiogia, a Rede de Biodiversidade e Biotecnologia da
Amazônia Legal - BEONORTE. cujo Regimento Interno foi aprovado pela Portaria n.9/20I0
da Secretaria de Politua, e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento.
27. M Alexandre Charles Kiss, no seu curso sobre direito ao remo ambiente, ministra-
25 .JoséJoaquiiii Comes Canotiliio, Direito co,,stitjicicnal. Coi,nbra t.ivn Alinediria, 1993. m
do, cria 1979, em Strashourg, arrolo" algumas nt
Constituições que coemplaram o direito ao
p. 529: vau L de Carvalho, Estudo comparativo da proteção concentrada do meio anibietite meio ambiente, como: Constituição da República Democrática Alemã de 6-4-1968, ais 15,
nos sisten eis constitucionais do Brasil e da Colômbia, tia Direito e liberdade - Rerisra da ESNIARPÇ ai. 2; Constituição da Bulgiria de 16-5-1971, arL 31; Constituiço da Suíça de 6-6-1971, art.
4: 173-80, 24; Constituição da Iugoslávia de 21-2-1974; Constituição da Grécia de 11-6-1975, ari. 24,
26 Karina FI. Harb, Direitos humanos., Reeista, cit., p. 70-81. A Lei o. 10.257/2001 ai- 1; Constituição da Polônia de 10-2-1976, art 12; Constituição de Foi -rugal de 2-4-1976,
também tutela o meio ambiente. na área urbana;Juraci P. Magalhães, Erioluçdo do direiro aniMei,- arr 66; Constituição soviética de 4-10-1977 (não mais vigente), arL IS; Constituição da Es-
Ia! nu Brasil, São Paulojuarez de Oliveira Ed., 2002. Vide Lei n. 12.852/2013, arts. 34 a 36. panha de 28-10-1978, arr. 45.

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que, pela Organização glucidial da Saúde, a saúde não seria tão sonleute a à saúde, à alimentação etc.; no art. 225, garantindo a todos o direito ao meio
ausência de urna moléstia, mas também o bem-estar fisico, mental e social); ambiente sadio e ecologicamente equilibrado.
nos arts. 205, 215, 216, 218 e 219, assegurando a todos a educação, o acesso Considera-se o meio ambiente corno bem de uso comuna do povo e
à cultura, protegendo o patrimônio cultural e incentivando a ciência e a essencial à sadia qualidade de vida, obrigando o Poder Público a: preservar e
tecnologia (assim sendo, preserva o património cultural como um direito restaurar os processos ecológicos essenciais; prever o manejo ecológico das
difuso);nos arts. 220 a 224, traçando o reginiejurídico da comunicação social espécies e ecossistemas; preservar a diversidade e a integridade do património
resguardando a todos não só o direito de antena ou o direito de ser informe- genético do País; fiscalizar as entidades destinadas à pesquisa e manipulação de
dei ou comunicado no âmbito jornalístico, cultural, educativo e artístico, como material genético; definir espaços territoriais a serem protegidos; exigir, para
também o de defender-se de propagandas de produtos, práticas e serviços instalação do obra ou atividade potencialmente causadora de significativa
lesivos à saúde e ao meio ambiente; no art. 208, Ul, protegendo os portado- degradação do meio ambiente, escudo prévio de impacto ambiental; controlar
res de deficiência fisico-mental, cujos interesses são difusos e coletivos, sendo a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias
dever do Estado atender à sua educação especializada"'; nos arts. 226 a 230, que comportem riscos para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
amparando a família, a criança, o adolescente e o idoso, vinculando direitos promover a educação anabienral e a conscientização pública para a preservação
difusos com absoluta prioridade ao atendimento de seus interesses voltados ambiental e proteger a fauna e a flora. Além disso, esse mesmo artigo atribui
a obrigação de recuperar o meio ambiente degradado a todo aquele que ex-
plorar recursos minerais: sujeita os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a
,ri Ilistalaçoes nucleares; Decreta ii. 93,413/86, que promulgou a Convenção ri. 148 da OIT sanções penais e administrativas, sem prejuízo de dever de ressarcir o dano
coiiccrncfltc a pioteção contra riscos profissionais devidos à con caiinação do ar ao ruído e causado ao i,,cio ambiente; nomeia patrimônio nacional a Floresta Amazôni-
viht-jcões no local de trabalho, e Instrução Normativa o - 1/93 da Secretaria de Segurança e ca brasileira, a Mata Atiantica ,a Serra do Mar, o Parmtam,al Mato-Crosençe e a
Saií de no Trabalho, do Ministério do Trabalho, relativa aos equipamentos de proteção dos irmo- Zona Costeira; declara a indisponibilidade das terras devolutas ou arrecadadas
fiadoras ciii face tia existência de ambientes de trabalho com exposições e poeiras de silica, as- pelo Es tado necessárias à proteção dos ecossistemas naturais e estabelece a
bestas e cãdr,,io; Resolução do edF ii 4/2008, que revogou a Resolução n 357, de 23-3-2004 1
do Conselho de Justiça Federal, que regulamentava, no seu âmbito, a concessão dos adicionais possibilidade de instalação de usinas nucleares nos locais definidos por lei. Se
pelo exercício de atividades insalubres ou perigosas, pela prestação de serviço extraordiiúrio, assim é. ao lado do dano individual, que constitui lesão a patrimônio (dano
bem corno do adicional noturno; Portaria o. 202, de 22-12-2006, do Ministério do Trabalho e patrimonial) ou a direito da personalidade (dano moral) da pessoa, temos o
Emprego, que aprova a Norma Regulamcntadora n. 33 (NR-33), que trata de segurança e dano social (seja patrimonial ou moral), que, dentre outros casos, pode atingir
saúde nos trabalhos em espaços confinados; Portaria liaterininisterial n. 2.647, de 4 de dezeni- o meio ambiente e a alimentação, o que repercute na educação e saúde do povo,
bro de 2014. do Ministério da Saúde, do Trabalho e Emprego, regulamenta as condições de alcançando toda a sociedade, podendo provocar insegurança, intranquilidade
isolamento, ventilação e exaustão do ar e medidas de proteção ao trabalhador, cru relação à
ou redução da qualidade de vida da população. E unia lesão à sociedade no
exposição ao fumo nos ambientes estabelecidos no art. 32 do Decreto ".2.018, de P de ou-
tubro de 1996, alterado pelo Decreto n. 8.262, de 31 de maio de 2014. seu nível de vida, tanto por rebaixamento de sua segurança quanto por dimi-
O lrisiitijto Nacional do Seguro Social (INSS) expediu a Resolução n. 485/2015, es- nuição de sua qualidade de vida. Na lição de Antonio Junclucios de Azevedo,
tabelecendo procedimentos a serem adotados pela perícia médica na inspeção no ambiente constitui causa de: a) indenização punitiva por dolo ou culpa grave do agente,
de trabalho dos segurados, elevando a importância da gestão das empresas quanto à prevenção cujo ato reduziu as condições coletivas de segurança, tendo por escopo res-
de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e à preservação de um ambiente de trabalho taurar o nível social de tranquilidade, diminuído por aquela infração culposa
sa si ddvel. ou dolosa; e b) indenização dissuatória, se ato em geral praticado por pessoa
O Ministério de Estado do Trabalho e Emprego estabeleceu mudanças para a prorro- jurídica trouxer diminuição do índice de qualidade de vida da população para
gação de jornada em atividade insalubre, na Portaria o. 702/2015, que em seu art. 1 , dispõe que não haja repetição, pelo agente ou por outros, daquele ato aL
que quaisquer prorrogações no período de trabalho em atividades insalubres só poderão ser
praticadas mediante autorização da chefia da unidade de segurança e saúde no trabalha da
Superintendência Regional do trabalho e Emprego correspondente.
30. Carla E Fuentes e Rita de Cassia Z. Quilis, Educação ambiental ima família urbana, 31. Celso Antonio P Fiorilio, A ação civil pública e a defesa dos direitos constitucionais
Reiista de Direito Consrituciona e Internacional, 65:49-78. difusos, Caderno Especial da Escola de A4agistrados Alinistro Cid Flaquer &artezzini", set. 1998, p.

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até 300 gi-Iz, visando garantir a proteção da saúde e do meio ambiente; Lei n (PNAP); 5.795/2006, sobre composição e funcionamento da Comissão de
11.959/2009, sobre Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável de Gestão de Florestas Públicas; 6.063, de 20 de março de 2007, que regulamen-
Aquicultura e da Pesca; Leis n. 12.187, de 29 de dezembro de 2009, e n. ta, no âmbito federal, dispositivos da Lei n. 11.284, de 2 de março de 2006,
12.114/2009. sobre Polirica Nacional sobre Mudança do Clima; Lei n. que dispõe sobre a gestão de florestas públicas para a produção sustentável; Lei
12.512/2011 que institui o Programa de Apoio à Conservação Anibierital e 6,514/2008 sobre infrações e sanções administrativas ao meio ambiente; Lei
Lei Ir 12651 - Código Florestal - alterada pela Lei n. 12.727/2012, e regula 6.899, deiS de julho de 2009, que dispõe sobre a composição do Conselho
rnentada pelo Decreto n. 7.830/2012; Lei n. 12.852/2013, ares. 34 a 36 asse- Nacional de Controle de Experimentação Animal - CONCHA, estabelece as
gura juventude o direito ao meio ambiente. normas para o seu funcionamento e de sua Secretaria Executiva, cria o Ca-
e) Decretos-leis federais: Decretos-leis n. 25, de 30 de novembro de dastro das Instituições de Uso Científico de Animais - CIUCA, mediante a
1937 - patrimônio histórico e artístico nacional; 221 de 28 de fevereiro de regulamentação da Lei n. 11.794, de 8 de outubro de 2003, que dispõe sobre
1967 - proteção e estímulos à pesca; e 227, de 28 de fevereiro de 1967 - procedimentos para utilizaço científica de animais; 7.404/2010, art. 77, que
Código de Mineração. traça diretriz para educação ambiental na gestão de resíduos sólidos; 7,830/2012,
que institui os Programas de Regularização Ambiental dos Estados e do
d) Decietos federais: Decretos n. 89336, de 31 de janeiro de 1984 -
Distrito Federal; 8.158, de 18 de dezembro de 2013, que regulamenta os
reservas ecológicas, áreas de preservação permanente e ARfE - áreas de re-
critérios e procedimentos para a progressão e promoção na Carreira de Es-
levante interesse ecológico; 94.076. de 5 de março de 1987 - Programa
pecialista em Meio Ambiente de que trata a Lei ir 10.410, de 11 de janeiro
Nacional de Microbacias Hidrográficas; 97.632, de 10 de abril de 1989 -
de 2002; 8.235/2014, que estabelece normas gerais complementares aos
Regulamenta o art. 2, incisoVili, da Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981
Programas de Regularização Ambiental dos Estados e do Distrito Federal e
(Plano de Recuperação de Arca Degradada em Empreendimentos Minerã-
institui o Programa Mais Ambiente Brasil; Decreto ii, 8305, de 20 de agosto
rios); 4.074/2002, que revogou o Decreto n. 98.816, de 11 dejaneiro de 1090
de 2015, dispõe sobre o Programa Arcas Protegidas da Amazônia, instituído
- regulamentador da Lei n. 7.082, de 1989 (agrotóxicos); 99.274, de 6 de
no âmbito do Ministério do Meio Ambiente.
junho de 1990- regulamenta a Lei ti. 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei
ri. 6.938, de 31 de agosto de 1981 (estações ecológicas, áreas de proteção e) Resoluções CONAMA: ri. 303/2002, que revogou a Reso'ução n. 4,
ambental e Política Nacional do Meio Ambiente); 6.660/2008, que revogou de 18 de setembro de 1985- reservas ecológicas (art. 18 da Lei n. 6.938/81); n.
o Decreto n. 750, de 10 de fevereiro de 1993 - Mata Atlântica; 4.074/2002, 1, de 23 de janeiro de 1986- estudo prévio de impacto ambiental; n. 6, de 16
que revogou o Decreto n. 991, de 24 de novembro de 1993, que alterou o de setembro de 1987- licenciamento ambiental do setor elétrico; n. 371/2006,
Decreto n. 98.816, de 11 de janeiro de 1990 (agroróxicos); 1.752, de 20 dc que revogou as Resoluções alusivas a licenciamento e ressarcimento de danos
dezembro de 1995 - regulamenta a Lei ti. 8.974, de 5 de janeiro de 1995 ambientais causados por obras de grande porte; n. 428/2010, que revogou a
(engenharia genética e biossegurança); 2661, de 8 dejulho de 1998- regu- ri. 13, de 6 de dezembro de 1990 - licenciamento de obras no entorno das
lamenta o parágrafo único do art. 27 do Código Florestal (uso de fogo); Unidades de Conservação; P. 10, de 10 de outubro de 1993 - parâmetros
Decreto n. 6.514/2008 (que revogou os arts. 26 e 27 do Dec, n. 5.975/2006 básicos para análise dos estágios de sucessão da Mata Atlântica, convalidada
e os arts. 12 e 13 do Dec.n, 6.321/2007), com as alterações dos Decretos n. pela Resolução CONAMA n. 388/2007; n. 1, de 31 de janeiro de 1994-
6.686/2008, 6.695/2008 e 7.640/2011, sobre infrações e sanções adminis- regulamenta o art. 6 do Decreto n.750/93 e define vegetação primária e
trativas contra o Meio Ambiente e processo administrativo federal para apu- secundária nos estágios pioneiro, inicial, médio e avançado de regeneração
ração dessas infrações; 3.420/2000, alterado pelos Decretos n. 5.794/2006, da Mata Atlântica; n. 12, de 4 de maio de 1994- glossário de termos técnicos
sobi'e criação do Programa Nacional de Florestas PNF), e n. 5.975/2006; 5.746, da Mata Atlântica; n. 3, de 18 de abril de 1996- define vegetaç5o remanes-
de 5 de abril de 2006, que regulamenta o art. 21 da Lei n. 9.985/2005, que cente de Mata Atlântica; n. 7, de 23 de julho de 1996 - vegetação de restin-
dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza; ga; n. 9, de 24 de outubro de 1996 - regulamenta o art. 7e do Decreto n.
5.591/2005, que regulamenta a Lei n. 11.105/2005; 5.577/2005, que institui 750/93 (corredores entre remanescentes na Mata Atlântica"); e n. 237, de
o Programa Cerrado Sustentável, com a alteração do Decreto n. 7,302/2010; 19 de dezembro de 1997, e n. 305, de 12 dejunho de 2002- complementam
5.758/2006, que institui o Plano Estratégico Nacional de Arcas Protegidas a Resolução n. 1/86 (licenciamento e estudo prévio de impacto ambiental).

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mente equ ilib rad o " . Será necess(trio, ainda, esclarecer que o direito arnbje_ XII — intervenção no estabelecimento; e
tal não pertence à seara do direito público, nem à do direito privado, por ser XIII - proibição de contratar, comia a adrninisação pública, por pemiodo de até cinco anos".
multidisciplinar, relacionando-se com todas as áreas jurídicas, inclusive CO. Nos ar. 15 a 19 prescreve as segtl intes infrações contra o patr Inlônio genético:
o biodireito 33 .
"Art. 15. Acessar componente do patrimônio genético para fins de pesquisa ci enrifica
sena autorização do órgão competente ou em desacordo com a obtida:
Multa minima de PS 10.000 (dez mil reais) e Iiiáximna de R$ 100.000.00 (cciii lou
32. Consulte: M. Helena Diniz. Direito ambientaL iii Dicioisá rio jurídico, Sio PaulO Si- reais), quando se tratar de pessoa jurídica, e multa n'mima de RS 200,00 (duzentos reail) e
raiva. 1998, v 2, p. 141. niáxuna de It$ 5.000.00 (cinco mil reais) quando se tratar de pessoa 6s,ca.
33. Vide Maria A. Arrais Herna,is, Direito a»xbie,ifai E rasilia, Brasilia Jud,ca, 2002. Pau- 1 2 A pena prevista no capuz seri aplicada em dobro se o acesso ao patrimônio genético
lo Miguel de Campos Petroni, Direito ecológico, lixfornratiwo IASP, 29:7; Antônio Silvei ta for realizado para práticas nocivas ao meio ambiente ou práticas nocivas à saúde humana.
Ribeiro dos Santos. Direito ambierita!: surgimento, importância e situação atual, ri Eduardo 22 Se o acesso ao patrimilónio genético for realizado para o desenvolvimitento de atinas
O B. Bittar (coord.). HisMri, do direito brasileiro, São Paulo, Atlas, 2003, p. 294-323 biológicas e quimicas, a pena prevista no capar será triplicada e deverá ser aplicada a sanção de
Decreto n. 4.281 de 25 de junho de 2002, que regulamenta a Lei n. 9.795/99, que inscitL,i a interdição parcial ou total do estabelecimento, atividade ou empreendimento.
Política Nacional de Educação Ambiental; Resolução Recomendada n. 22, de 6 de dezemb ro Art. 16. Acossar componente do patrimônio genético para fins de bioprospccção ou
de 2006, do Conselho das Cidades, emite orienrações quanto à regulamentação dos ptucedi desenvolvimento tecnológico, sem autorização do ôrgão competente ou em desacordo com
alentos para aplicação dos recursos técnicos e financeiros, para a elaboração do Plano Djrerur a obtida:
dos municipios inseridos em área de "fluência de empreendimentos ou atividades cena sig- Multa mníninla de R$ 15.000.00 (quinze mil reais) e máxima de R$ 10.000 000,00 (dez
nificativo i rnpacro ainbienral, de âmbito regional ou nacional, com referência nas diretrizes milhões de reais), quando se tratar de pessoa jurídica, e multa nainrina de RZ 5.000,00 (cinco
constantes dos incisos II. IX e XIII do art. 22 e inciso V do art. 41, do Estatuto da Cidade: md reais) e máxima de R$ 50.000.00 (cinqueilta mil reais), quando se tratar de pessoa fisica.
Instrução Normanva n lO, de 7 de dezembro de 2012, do ifiAMA, que regula os procedi_ l Incorre nas mesnias penas quem acesas componente do patrimônio genético .i fina
me ritos para apu ração de infrações adiiiinistrativas por condutas e atividades lesivas ao nie,o e constituir ou integrar coleção cv sjIu para bioprospecção ou desenvolvi isento tecnológico,
, ribeiro, a imposição das sanções, a defesa, o sistema rccursal e a cobrança de multas no sen,au torizaçõO do drgào co,aapctemlte ou eni desacordo cmii a autorização obtida.
i,iibito do IBAMA:Decrero n. 5.459/2005, que regulamenta o art. 30 da MI' o. 2.186-16/2001. 20 A pena prevista no capul será aumentada de um terço quando o acesso envolver
disciplinando sanções aplicáveis ás condutas e atividades lesivas ao patrimônio geilêtico. reivindicação de direito de propriedade industrial relacionado a produto ou processo obtido
Por este Decreto o. 5.459/2005, art. 10: As infrações administrativas contra o patriliió_ a partir do acesso ilícito junto ao ôrgão competente.
Inc genético ou ao coiilaecinxento tradicional associado serão punidas corri as seguintes sanções, 3 A pena prevista no caput será aumentada da metade se houver exploração econô-
aplicáveis, isolada ou cumulativamente, às pessoas fisicas ou juridicas: mica de produto eu processo obtidos a partir de acesso incito ao patrimônio genético.
— advertência; § alo A persa prevista no cput será aplicada em dobro se o acesso ao patrimônio genético
II - niulta; for realizado para práticas nocivas ao miaeio ambiente ou práticas nocivas á saúde humana.
III - apreensão das amostras de componentes do patrimônio genético e dos Itistrumeji- 5ia Se o acesso ao patrimônio genético for realizado para o desenvolvimento de armas
tos utilizados na sua coleta ou no processamento ou dos produtos obtidos a partir de infor- biológicas e quinaicas, a pena prevista no cape será triplicada e deverá ser aplicada a sanção de
mação sobre conhecimento tradicional associado; interdição parcial ou total do estabelecimento, atividade ou empneendimnento.
IV - apreensão dos produtos derivados de amostra de componente do patrimônio Art. 17. Remeter para o exterior amostra de compo nente do patrimônio genético sem
autorização do ôrgão competente ou erra desacordo com a autorização obtida:
genético ou do conhecimento tradicional associado;
Multa nmmnimna de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e máxima de R$ 5.000.000,00 (cinco
V - suspensão da venda do produto derivado de amostra de componente do patriniô-
milhões de reais), quando se tratar de pessoajurídica, e multa mínima de KS 5.000,00 (cinco
n'o genético ou do conhecimento tradicional associado e sua apreensão; mil reais) e máxima de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), quando se tratar de pessoa fisica.
VI — embargo da atividade; § F Pune-se a tentativa do cometimento da infração de que trata o caput com a multa
VII - interdição parcial ou total do estabelecimento, atividade ou empreendimento: correspondente à infração consunjadao diminuida de uni terço,
VIII - suspensão de registro, patente, licença ou autorização; § 22 Diz-se tentada unta infração, quando, iniciada a sua execução, não se consuma por
IX - cancdamenco de registro, patente, licença ou autnrização; circunstáncias alheias à vontade do agente.
32 A pena prevista no rnpur será aumentada da metade se a amostra for obtida a partir
X - perda ou restrição de incentivo e beneficio fiscal concedidos pelo governo;
d e espécie constante da lista oficial da fauna brasileira ameaçada de extinção e do Anexo 1 da
Xl - perda ou suspensão da participação em linha de financiamento em estabelecimnen- Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Seh'agemas em
to oficial de crédito; Perigo de Extinção - CITES.

906 1 907
3. MEIO AMBIENTE E PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE ruár os, ø mar terr rori ai, o solo, o subsolo, os elemcil tos da biosfera, a Lan na

DOS ECOSSISTEMAS a flora". Para José Afonso da Silva 34 , seria a ''interação do conjunto de ele-
ti (os nato rais, a rtificia is e co turais que p roplcielfl o desenvolvi u mio
Pelo art. 3, 1, da Lei n. 6.938/81 o meio ambiente é o co nj ti n Lo de eqtl ii, brado da vicia ciii todas: as suas formais", podendo apresentar-se co 'no:
condições, e is, influências e ntcrições de orde ii fisi cri quíni ira e li iologlc a
que pertiütc, abriga e rege a vida ciii todas as suas formas' sendo rn nç
ai ,zbin7tajs 'a au noskra, as águ as iii teriort's, super6 riais e subterri 'e:' s, o'. c-
ca
» A pena prevista rio ('piif sei.T aumentada de iiietade se houver exploração econd'
nica dc produto ou processo obtido a partir de acesso ilisito ao conbcciriseiatsi tiadicii,ilal
.1510 cia do.
st 4e A pena penviai tio cui,;pa seca aplicada ei 1 dobro s e a amostra for oh rida a partir dc Art. 22. l)ivulga, transmitir ou retransmiti, dados ou inioriliações que integram 01]

espécie constante da lista ofic,al de ÍaLtlia brasileira anie.içada de exnnçiu edo Anexo II di Ci ts eonstittiem co,iliecx,iie,iuo tradicional assocrado,seiil autorizaçao do Orgao competente culto
§ 5a A pena pres -ista no cap'd será aplicada em dobro se a amostra foi obtidaa ,,,,,c tIL' desacordo com a autorização obtida, quando exigida:
espécie calmante da lista oficial da flora brasileira ameaçada de extiiiç3o
Multa mininla de R$ 20.000.00 (vinte iii' reais) e máxima de liS 500.000.00 (c1u1
Art. IS. Deixar de repartir, quando existeliris, os be,ieíkios resultante, da ex}'loraç:io ,,henros mil reais), quando se tratar de pessoajurídica, e multa tliínima de R$ 1.000,00 (flui

econoilsica de produto ou processo desenvolvido a partir do acesso ,iillostr.i do p.ilrirtiônfl, leais) e nixiili.0 de R$ 50.000.00 (cinquenta mil reais), quando se tratar tIo pessoa tisica.
genético nu, do cotiheciinetito (r.idiciori'jl associado COEi) (1LiCili de direito, d, acordo 10111 o
Art. 23 ()niitir a original de conhecimento tradicional associado ciii publicaçao, regis-
disposto ii;, Medid:, Provisória ti. 2.186-16. dc 2001, ou de acordo com o Coiitrato de Uni-
tio, inventario, sitiÉizaço, exploração, trailsiflissào ou qualquer forma de divulgação em que
zação do l>.itriniôiiio Genético e de Repartiço de fle,ieflcios anuido peno Conselho dc
G cii ão do I'a tri fl1ii 110 Genético este coiiiieeitnento seja dimeta ou ,i,diretaniente mencionado:

Mtilt:i iiiíriitiia de R$ 50.00fl,0() (cixitjLielula ''iii reais) e iliaxilua de I&S Sii (1111 Multa i,iiiiiiiia de lk$ 10 000,00 (dez mimil re:us) e inriri1a de liS 200.000.00 (duzentos
(ciiuqueiit.i riiiiliôc1 de iclis), quando se ('atar do pessoa jurídica, e iliilta cri 'itnia de fluI reais), quando se trata' de pessoa timidica, e muita tninin,i de ft$ 5.0hl(i.0C} (siiico nu]
R$ 20.000,00 (viiilc ,i,il reais) e iiidxiiiia de IC$ 100.000,00 (cclii uni reais), quando çc tratar re,iis e niaxiill.m de RS 20 (100.0(1 (vinte nul reais), quando se tratar de pessoa fisic:m.
de pessoa tisica. Art. 24. Oitiitir, ao Poder Público iIt&,rniaçào essencial sobre atividade de acesso a co-
ArE. 19. Prestar falsa informação ou onhitlr ao Poder Público i,iforniaço essencIal sohre LLlmeciiiieiito tradicional associado, por ocasião de auditoria, fiscalização mi requerimento de
atividade de pesquisa, bioprospecção ou desenvolvimento tccnologirca relacionada ao patri- motorização de acesso ou, remessa:
nônio genético, por ocasião de auditoria, (iscalização ou rcqtleriiiie, ao de a utorlzaç :10 de
Multa rniuiiva de I&$ 10.000.00 (dez mii reais) e máxima de R$ 100.000,00 (cem nul
acesso ou reltiessa:
reis), quando se tratar de pessoa jtiridica, e multa nimnitn, de R 200,00 (duzentos reais) e
Multa niíninla de R$ 10.0011,00 (dez iiiil reais) e Iliaxicila de P5 l{)Í).íi0tI,(Xi (cuii
inãxinma de RS 5.000.01 (cinco mil reais), quando se tratar de pessoa fisica''.
reais), quando se trat.ir de peOa luildica, e iimlta ilijililila de R$ 200.00 (duzentos rt'.LJs)
Consulte: Decreto n. 6.514/2008 (com as alteraç5rs dos Decretos o. 6.686/2008,
nax,iiia de 1k5 5.000,00 (cinco mil reais). qti:iiido se tratar de pessoa Iisica''.
6.(c95/2008 e 7640/2011) sobre iii frações e sanções administrativas ao 'iieio ambiente, que
E nos ar. 20:124 trata das infrações ao coiiheciriieiito tradic,on,d assocrdo;
iam ibém estaheieet o processo adniiiaistrativo federal para apuração destas i mifrações; 1 i]srrução
'Ar'. 20. Acessar conheciiiiento tradicional associado para fins de pesquisa cirlitiliei Normativa ii. 6/2009. do Instituto Chaco Mendes de Conservação da Biodivt'rsidadc. relativa
sem a autorização do órgão ct,inpeteiitt ou ciii desacordo com a obtida ao processo e aos procedimentos para apu ração de infrações administrativas por condutas e
Multa Eitiunte, de lt$ 20.000,00 (vinte ind reais) e ni5xi,na de R$ 500. 100,00 (qui- atividades lesivas a o me i o anil, iene
nhentos mil reais), quando se tratar de pessoa jurídica, e muita iiiiniina de R$ 1.000,00 (ind 34. José Afonso da Silva, Oiteiro al,iI,ielttal ccnsitucionaI, cir., p. 2 Consulte: António de
reais) e máxima de 1< $ 50.000,00 (cinquenta mil reais) quando se tratar de pessoa listei.
Pdtia Ribeiro, l3iodiversidade e direito, Revisza APM, 2:44-6; Eliana Cainion, Diieitos do
Ali 2] Acessar conhecimento tradicional associado para fins de hioprospecção ou dee,i- Quarta Geração - hiodiverçidade e hiopirataria. RetLçta A PM. 2:47- 53;'Wellimagroxa 1k Barros,
volviniento tecnológico em a autorização do ôrgiio competente ou em desacordo com a obtida: O ser e o dever ser do meio ambiente, Esfado de Dirdfo, 27:21

Multa ,cio inia de R_$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) e máxima di, lt$ is 000.000,00 Resolução o. 420, de 28 de dezembro de 2009, do Conselho Nacional do Meio Ani-
(quinze niilhões de reais),quando se tratardepessoajuridica.e multa rnixiiiia de RS 10.000.00 biente, dispõe sobre crithios e valores orientadores de qualidade do solo quanto àpresença
(dez iiiil reais) e inãxima de R$ 100.000,00 (cciii mil reais), quando se tratar de pessoa fisica. de substáiacias quínncas e estabelece diretrizes para o gerenciainento ambietital de áreas cml-
ta,imi,iaduas por essas substáricias caia decorrõncia de atividades ancrópicas.
A pena prevista no capuz será aumentada de um terço caso haja rciviiidicaç5o de
direito de propriedade industrial de qualquer natureza relacionado a produto ou processo A Lei n. 11.762/2008 fixa o limite máximo de chumbo permitido na fabricação de
obtido :u partir do acesso ilícito Junto a cargo nacional estrangeiro Conlpelcnte. tintas imobiliárias e de uso iiifntil e escolar, vernizes e materiais sinlii;ires.

908 1 909
a) meia ambiente natural, integrado pelo solo, água, ar atmosférico, flora, proteção da classe trabalhadora no local de trabalho e dentro das normas de se-
fauna, ou seja, pela interação dos seres vivos e seu meio; gurança, fornecendo-lhe uma qualidade de vida digna e zelando pela sua inco-
h) meio ambiente ar4ficial, constituído pelo espaço urbano construíd o lumidade flsico-psíquica. Exige intervenção tutelar do Poder Público, que deve-
rá encontrar formas de diminuição de riscos laborais, por meio da edição de
consubstanciado no conjunto de edificações, equipamentos urbanos e coiu U ,
normas de saúde, higiene e segurança e da percepção do adicional de remune-
nitários, arquivos, pinacotecas, museus, registros, bibliotecas e instalaç 5
ração para atividades perigosas ou insalubres, cabendo ao Sistema Unico de
científicas (espaço urbano fechado) e dos equipamentos públicos (ruas, praças,
Saúde (SUS) a execução das ações de saúde do trabalhador e de colaboração na
áreas verdes, espaços livres em geral, hipótese em que se configura o espaço
proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho (CE anis. 72, XXII
urbano aberto). Com ele o direito urbanístico se preocupa, por conter normas
e XXIII, e 200, II eVIlI; CLI, arrio 139 a 197). Como pondera Liliana Allodi
relativas à poluição, ao trânsito, ao direito de antena, á comunicação etc.; Rossit:Destarte, é impossível alcançar qualidade devida sem qualidade de tra-
c) meia ambiente cultural, formado pelo patrimônio histórico, artístico, balho e, do mesmo modo, não se pode atingir o meio ambiente equilibrado sem
arqueológico, paisagístico e turístico, que, apesar de ser artificial, por resultar, atentar para o meio ambiente de trabalho. Isto porque o ser humano passa a maior
em regra, de obra humana difere do meio ambiente artificial pelo valor es- parte de sua vida no rrabalFio,justamente quando está na plenitude de suas forças
pecial de que se impregnou por vincular-se à dignidade da pessoa humana, mentais e físicas, de modo que o trabalho definirá seu estilo de vida, seus concei-
à etnia, à colonização etc.`; tos, sua atitude perante a vida, podendo determinar até sua morte''. Na mesma
d) meio ambiente do trabalho bCE art. 200,VIJl, e Dec. ti. 7.602/2011), que linha de pensamento, Raimundo Simão de Meio escreve :'O meio ambiente do
o local em que se desenrola boa parte da vida dos trabalhadores, cuja qualidade trabalho adequado e seguro é um direito fundamental do cidadão trabalhador
de vida, por esse motivo, dependerá da qualidade daquele ambiente. Integra a (lato sensu). Não é um mero direito trabalhista vinculado ao contrato de trabalho,
pois -a proteção daquele é distinta da assegurada ao meio ambiente do trabalho,
porquanto esta úlflma busca salvaguardar a saúde e a segurança do trabalhador
35 BA/ISP 2600: 1596-16 - Direito Trihotrio - Área de preleção de anibinile n'IIurat --
no ambiente onde desenvolve as suas atividades''. O diieito ambiental contém
Delimitação de área e identgicaçdo especifica e expressa de iu'dvel de preserva çào perIulaeente em razã, normas que visam a proteção do trabalhador da degradação e poluição do local
de seu uaor li iscórico - [seução (ri hut4 ria - Sua natureza declaratória e nãoconstitutiva. "A preserva- onde exerce seu labor, fiscalização e controle da insalubridade e do perigo, for-
ção do património cultural brasileiro é interesse do Estado e da sociedade e garantido pela necimento do necessário material de proteção e investimento em segurança e
Constituição Federal (art. 216). Dever constitucional imposto a todos os demais nernhros da treinamento, concretizando o direito de todos a um meio ambiente de trabalho
Federação. Lei Complementar Municipal ri. 16/1992, que estabeleceu distinção entre o bens saudável, limpo e seguro. O desenvolvimento socioeconômico do empregado,
preservado e o bens meramente tutelado para efeitos de interesse histórico e cultLlnl e sua
repercussão tributária, Decreto Municipal n. 16.419/1997. Identificação e nomeação expres- no meio ambiente do trabalho, requer uma política preventiva de riscos laborais
sa do imóvel do contribuinte corno sendo de preservação permanente. Natureza declaratôria para proteção da sua saúde e segurança (Diretiva n. 391/89, da Comunidade
do ato normativo e não meramente constitutivo. Desnecessidade de se requerer a isenção do Europeia. art. 5°, 1) e para garantia da higidez desse niicroantiente, que deve ser
tributo, eis que decorre da própria declaração legal (bem de carãter particular).Apenas os bens ecologicamente equilibrado. Para tanto urge fomentar a responsabilidade social
tutelados ou que se localizem na área de preservação necessitam de procedimento adminis- da empresa, mediante o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual
trativo próprio de Isenção tributária. Se o particular é displicente na manutenção do imóvel (EPI) - por exemplo: capacete para proteção contra choques elétricos; capuz para
preservado, & dever constitucional do Poder Público impor-lhe sançàes e compeli-lo a realizar
obras de restauração e permanente manutenção. Se o imóvel encontra-se bem caracterizado, proteção do cr5nio, face e pescoço contra respingos de produtos químicos; ócu-
faltando apenas poucos detalhes (limpeza de cantaria, pintura de portas), é evidente que o los para proteção dos olhos contra radiação infravermelha e ultravioleta; respira-
contribuinte cumpriu com a sua obrigação de manutenção e preservação do bem de valor dor purificador de ar motorizado; vestimentas para proteger tronco contra riscos
histôrico. Decisão administrativa que não se encontra fimdamentada, que não realizou vistoria de origem radioativa; colete à prova de balas para vigilantes; luvas para proteção
do imóvel e que faz referência a decreto revogado é ilegal. O ato administrativo pode ser das mãos contra agentes abrasivos, escoriantes, cortantes, químicos, radiações
controlado e revisto pelo Poder Judiciário, mormente quando é ato motivado. Direito do ionizantes; calçado para proteção dos pés contra agentes térmicos, abrasivos, per-
contribuinte de obter a desconstitLiição do débito tributário decorrente de IPTU, eis que seu
imóvel é isento por determinação legal. Conhecimento e provimento do Recurso" (TJRJ. 18 flirantes; cinturão de segurança para proteção contra riscos de queda em trabalho
Cãm. Cível4Ci 2008.001.21052-RJ,rel. Des. Rogério de Oliveira Souza,j. 22-7-2308,vu.). em alturas etc. - e o controle da produção de certos bens, dos ruídos e vibrações,

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Os aspectos urbano e rural do meio ambiente também deverão ser con_ Observam Guilherme José Purviri de Figueiredo e SolangeTeles da Silva
siderados. O Poder Público zelará tanto pela tutela do rneic, apnbie,zte urbano que o equilibrio que se pretende alcançar em relação ao meio ambiente é re-
ordenando o pleno desenvolvimento das funções socioainbientais da cidad, lativo ao homem e suas relações sociais, de trabalho e de lazer. Nesse sentido,
garantindo o bem-estar da população mediante o emprego de uma política de continuam eles, ''a exposição a gases e vapores irritantes ou anestésicos, a ina-
desenvolvimento urbano, como pela do meio ambiente rnra/, para que haja o lação de sílica, a exposição a radiações, a ruído, a vibrações ou a bruscas altera-
cumprimento da função social da propriedade rural, atendendo-se à adequada ções de temperatura constituem claros elementos de desequilíbrio ecológico
utilização dos recursos naturais, à preservação do meio ambiente e à observãn_ no arnbi e' te de trabalho. A destruição de bens culturais paisagisticos constitui
cia da legislação trabalhista e ao favorecimento do bem-estar dos trabalhadores da mesma rnan eira unia agressão à qualidade de vida,pois há unia incontestável
Somente um meio ambiente ecologicamente equilibrado poderia res- diminuição das possibilidades de lazer do homem. O mesmo se diga da falta de
urna política efetiva de desenvolvimento urbano, que gera uni caos incontor-
guardar a diversidade biológica, ou seja, a "variabilidade de organismos vivos de
todas as origens e os complexos ecológicos de que fazem parte: comnpreen nável nas grandes metrópoles. Ou. ainda, do desflorestamento irracional para o
dcndo, ainda, a diversidade dentro de espécies,entre espécies e do ecossistema" estabelecimento de imensas áreas de pastoreio no meio ambiente rural"".
(sistema ecológico) (Convenção sobre Diversidade Biológica, art. 2). Se a
diversidade biológica é a variedade de indivíduos, comunidades, populações
espécies e ecossistemas existentes em determinada região, seu resguardo cxi- Lago e José Augusto Pãdtma, O que erologio, São Paulo, Brasiliense, 1995, p. 20;joào P Miguel,
Luis R. Rosa, Susana Barros e Francisco Palma, Gani .har cour a lJ?Odii)ersJdari Actual Editora, 2008.
giria a proteção da flora, da fauna, do ar, dos rios e mares etc., ou seja una Diveiidade hioi4ka é a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo
equilíbrio dinãrnico do meio ambiente, para que não venha a ser lesado pela os ecossistemas terrestre e aquático e os complexos ecológicos de que fzeni parte, bem como
ação humana em seu processo econômico evolutivo, buscando a harmonia das a diversidade genética e a divers,dade de espécies e ecossistema, 1 l recente medida provisória
que, ao regulamentar o inciso II do 5 1 2 e o § 42 do art. 225 da Consticu iço, os ara. l.°, 8,J. 10,
relações e interações dos elementos do habitat e, principalmente, ressaltando
IS e 16, o. 3 e 4, da Convenção sobre Diversidade Biolôgica, d'spôe sobre o acesso ao patri-
as qualidades do meio ambiente mais favoráveis à sadia qualidade de vidas. momo genético, a proteção e o acesso eu conhecimento tradicional associado, a reparriç.io de
be'ieficios e o acesso a tecnologia e a transferência de tecnologia para sua conservação e utiliza-
ção. O Decreto ia. 3.607/2000 dispõe sobre a iniplenieTamaçán da Conve,aço sobre Comércio
Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens cm Perigo de Extinção; Resolução o. 4,
la) '0 dano moral se caracteriza quando se atinge o patrimônio ideal, protegido pelo de 19 de dezembro de 2002, do Conselho de Gestão do Património Genérico, estabelece pm-
que a doutrina denomina de dignidade constitucional, constirudo pelos valores inerentes à cedimentos para o transporte de amostra de componente do patrimônio genético coletada em
pessoa humana. O ato do empregador que manda que empregada grávida permaneça em sua condição lu sua, no território nacional. plataforma continental e aorta econômica exclusiva,
residência, a fim de aguardar o transcurso da gestação sob a justificativa de o seu desempenho mantida em condição ex sifu exclusivamente para desenvolvimento de pesquisa sena fins conter-
não corresponder às expectativas da empresa, pratica nítido assédio moral e, cotia isso deve cais, que não preveja depósito definitivo na instituição onde será realizada a pesquisa; Decreto
repararo dano causado"(TRT-5'Rcgião,2T..RO n.01164_2006_029-05-80-2-SalvadOr-13A, n- 4.284, de 26 de junho de 2002, institui o Programa Brasileiro de Ecologia Molecular para o
ReI. Des. Federal do Trabalho Claudio Brandão,j. 27-9-2007, u.); Uso Sustentável da Biodiversidade da Amazônia PROBEM); Resolução n. 9, deis de dezembio
e) "A atitude da empresa que, diante das denúncias promovidas por seu empregado i de 2003. do Conselho de Gestão do Painàn,o Genético, estabelece diretrizes para a obtenflo
Procuradoria Regmdiial doTrabalho, e à Delegacia Regional do Trabalho, passa a agir de for- de anuência prévia junto a comunidades indígenas e locais, a fim de acessar componente do
ma tendenciosa em relação a sua pessoa, isolando-o na empresa, proibindo que qualquer património genético para fins de pesquisa científica, sem potencial ou perspectiva de
outro empregado com ele se comunique, segregando-o, ferindo sua dignidade e sua coroes cial; Resolução n. 28/2004 do CONADE sobre parecer n. 5/2004 acerca do Projeto de Lei da
cima, com o nítido escopo de fazê-lo desistir do seu contrato de trabalho, configura nitida- Cknara dos Deputados w 9/2004, visa regulamentar ipicisos 11,1V cv do g P do art. 225 da
mente o assédio moral apto a ensejar a condenação em indenização compensatória por danos Carta Magna, estabelecer normas sobre atividades que envolvam 0(oM, e revogar a Lei n.
morais" TRT-19 Regio,Tribunal Pleno, RO n .010852006.001.19.00.0_Maceió_AL,RCl &974/95 (atual Lei n. li .105/2005); Instrução Normativa 11.1 46/2007 do ifiAMA sobre cri
térios para procedimentos relativos ao nianejo de fauna silvestre no ámbiro do licenciamento
Des. Federal ti. Trabalho Pedro ¶nkio,j. 23-10-2007,v u.).
ambienral de einpreendinaenros e atividades que causam impacto sobre essa ratina; Resolução n.
37. Guilherme José Purviri de Figueiredo e Solange Teles da Silva Elementos balizado- 394,d, 6 de novembro de 2007, do Conselho Nacional do Meio Ambiente estabelece os critérios
res...,in 7mas,cit..p. 140, Vide Resolução n. 416,de 30 de setembro de 2009,do CONAMA. para a determinação de espécies silvestres a serem criadas e come,rializadas como animais de esti-
que dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inserviveis e sua rnação;Resolução n.301,de 8 d dezembro de 2012. do CFBio.que dispõe sobre os procedimen-
destinação ambientalmente adequada. tos de capmra, contenflo, marcação, soltura e coleta de animais vertebrados in siu e ex aio..
38.José Afonso da Silva. Direito arnbientai constitucional, cit., p. 60; Guilherme José PI-11i,i 39. Guilherme José Purvin de Figueiredo e Solange Teles da Silva, Elementos balizado-
de Figueiredo e Solange Teles da Silva. Elementos balizadores... ia Tejuas, c,t., p. 140; Antônio in Temas, cir, p. 141.

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Se não houvesse olo controle ou urna Iiini taçâo legal às condutas hu - melo ambiente. Se unia floresta, que abriga i núi iaeros eco:'siSte nas diferentes,

manas, a flora e a fauna correriam o risco de extinção e, até mesmo, poderiam tendo cada uni deles essencial papel na natureza, for devastada, não afetaria
tal fato as gera çõc's presentes e R,turas?
perder sua Ri lição eco lógica (C art - 225. 1-XII).
ou seja, sua parrici paçã o
na nu ti te ilção e equilíbrio do ecossi sienia acai-retan do desequilíbrio do O desnu tanie ato provoca desec]u j líbr ao a iabiei til. em virtude das /u,i -
ç5es desci np en Nadas pela, florestas no meio ana hien te. conto: a c/imática na
i tiedida em que assi lula o dióxi do de carbono, c orn a li be 'ação de oxig&nio.

p,cininud. a e xistn cia de áreas de p nuca refle (151 d,ule 1 alta aborção de
Pet1tiisa - CIAI1P das instittiiçôt's que prodiizeiii. Lit]lCz;iiii lIiiIiI;lJs pai, CI!SLIIO
Tii.Litlêili 01

ou pesqLLis;L cieiirffica; akcra e revoga (ILSpOSRIVOS dlis Resoluçises .Norni.ttivas 1i 3, de 14 de calor, interc optara do a uni i riade do ar e induzindo 3s preci pitaçõ es. Nas nion-
dezembro de 21O 1 (ora i -cvogada), o. 1 i}, de 27 de Iliarço de 2013 (01-a revogail.t), e i - i. dc tanhas, exerce, n im portan te papei na proteção contra missa, de ar frio ou
2 de outubro de 2013 Üd revogada); Portaria ii. 460, de 30 de .,bril de 2014 do Ministêrio ventras,aléiii de quebrar e bloquear aval anches e erosões; /, (dro/óqira, por servir
ia iccnologia e Inovação, aprova o R egiiiicntn Interno do Conselho Nacional de
como divisor de águas, pela acumulação, limpeza, regulação e distribuição
Co iitrolc de Experimentação Animal - C( )NCEA: Portaria iL 1332. de 3 de dezc'iihro de
2014 do Ministrrio da Ciéncia, Tecnologia e Inovação, dispõe sobre o Iiceiiciainei, to das dos recursos hídricos e por itipcdir a sedimentação em lagos e represas; eco-
atividades desrii iadas u
produção, à niaflutetiçãO 051 à utilizaçao de aiiilIiais para ensino ou lógica, pela preservação e formação de solos, pela manutenção de elementos
pesquisa cientííica,de que nata o au. 11 da 1 ei n - 11 .794, de 8 de outubro de 2008, realizada s básicos para a preservação dos habirats e pela produção de alimentos e habirars
em instalações de instituiçôes públicas OLI privadas previamente credeiietadas ire Cotasel}to
para animais selvagens, e económica, pela produção de madeira, lerili, e pro-
Nacional de Controle de Experimentação Animal -- CO NCEA; Oriemação Tcisica ii - 4, dc
dutos químicos, pelo forneci ri 1 ela Lo de oportunidades de i'ecreação, pelo fato
20 de março de 2015, do CONChA dispõe sohi -e as reponsahilidadcs das ilistutuições que
produzem, nornen, ou utilizam aninlais cm auv,d;'des de ensino ou pesquisa cientifica e de de frua cio!, ar como cinturão de pi-oteção, aumentando, portanto, qualitativa
suas Comissões de Ética no Uso de Anhii,ais CBUAs; Resolução Normativa ti 21 de 20 dc e quantitativamente as plantações e criações e pela redução da poluição
Liiarço de 2(115,do CONCEA altera os Critérios e procedinienros para eqticrioleilto,eiilissist, unia e visu ar'. Dai a enorme ilnportá lida da reposição (ie llorestaiaa en to ou
i - Lviç:Io, exIL'IIsào, I151il'iIbdt) e eaIlcehIilciIto do Crcdeilci.IiiieIito lnstitttcin'i.d pliL Ais idades
replantio). dand o -se preferência às espèci es nain,al, na iiiedlcía viu que p ud e-
-o'ii Aiiiiii,uç CIII Ensino ou Pesquisa - CIAI Ir dis instittiiçõc qt'e produzem. niailteili 011
tiulizain aiiirnais pata ensino ou pesquisa científica; altera os dispositivos da ResoIlição Nor eu' ser reposta5 4 -

inativa iil, de 9 dejullio de 2010,e revoga as Resoluções Normativas o 3. de 14 de dczeiii -


bro dc 201' n 1 cl, de 27 de março de 2013,0- 14, de 2 dc outubro de 2013. e o 16, de 30 de
abril de 2014, Orientação 'l'écnica n 5/2015 do CONCEA (com alteração da Orientação
a 29, de 13 de novembro de 2013. do CONCEA, baixa o Capítulo "Anfibios e serpentes
Técnica ti. 7/2016) sobre dados que devem constar de aLi torizaçan, concedida pelas CItUAs:
manridos em instalações de instituições de ensino 01' pesqLmmsa cieiitiiic,1 do Guia Brasileiro
Resolução hornianva ii, 22. de 25 de junho de 2015. do CONCEA baixa o Capitulo 'Estu-
de Produção, Maiitircnçao ou Ur'liziçJo de Aiiniiais cl" Atividades dc l-nsimio 01' Pesquisa
(los conduzidos com ailnhiais doniesticos 'nantidos fora de instalações de miist'ttuções de cosi-
6, do (101N CiA. baixa a
Crcnti6c a; Rç'soluç.in Normativa mm - 30, di 2 (te fevereiro de 2016,
lO DII pesquisa científica'' do Guia Brasileiro de l'rodtiçio. Manutenção ou Utilização dc
I)iretriz Brasileira para ti Ctimdatlo e -1 Utilização de Animais em Atividides dc Ensino ou de
Aniiii,iis cmii Atividades de En,ino ou Pesquisa Científica do Conselho Nacional de Controle
Pesquisa Cicm,ti6ca - DBCA e revoga a Res- Noitnati'a n. 1212013; Resolução Norriiutiva
e Experimentação Alia i,iil - CONCEA; Resolução Normativa it 23, de 23 dc julho de 2013.
o. 32/2 ) 16 dc, CON CEA, sobre D ii-c trizes de Integridade e de Boas Príticas para Produção.
do CX )NJCIiA baixa o Capítulo 1 iitroduçào Gera!" do Guia Brasileiro de Produção, M anti-
Manutenção oti Utilização deAnimams em Atividades de Ensino ou PesqLnsa Cientffien,Tereza
colação ou Utilizrção de Animais para Atividades de Ensino ou Pesquisa Cietititica do Comi
sdho Nacional de Controle e Experimentação Animital -. CON CEA; Resolução Noi niltiva R, Vieira e Camilo li. Silva. Animais - BioIica e íi,retro, Brasília. Portal Jurídico, 2016-
1i24, (te 6 de agosto de 2015, do CONCEA dispõe sobre os procedimentos para abertura de 45 Celso Antonio Pacheco Fiorilio e Marcelo Abelha Rodrigues, Manrial, nt , p 140;
processo ad,aiiiaiscracivo no Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal - Teresa C de Deus, ijitela da flora. São Paulo, EdJtiarez de Oliveira. 2005 Decreto n 4.864, de
CONCEA para apuração de infração administrativa; Resolução - Rl)C ti. 35. dc 7 de agos- 24-10-2003. acresce e rt'voga dispositivos do Decreto ii. 3.420, de 20-4-2000, que dispõe
to de 2015, da ANVISA dispõe sobre a aceitação dos métodos alternativos de experiineillação sobre a criação do Programa Nac iou.d de florestas - PN E O l )ecrcto n 6.514/2008 (arts 43
atilnnIl reconhecidos pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal - a 60) trata das infrações contra a flora -
(;ONc:EA; Resolução Nornianva ia. 25, de 29 de setembro de 2015, do CONCEA baixa o
46. Kai Lindalil-Curry. Eci,!oia - conserial, ;,a,a sobreviw,. p 149, apud Celso A- P Fiorillo
Capítulo Ii 1 crodti çáo Geral do Guia Brasileiro de Produção, Manutenção ou Utilização de
e Marcelo A. Rodrigues, Ma,,i1a1, cir., p 349-50; Portaria n 652, de 25 de outubro de 2011, da
Animais para Atividades de Ensino ou Pesquisa Científica do Conselho Nacional de Contra-
FUNASA, define percentua) de contrapartida pan as entidades privadas sena fins lucratavos
e e Experimentação Aoiinal - CONGEA; Resolução Normativa n. 28, de 13 de novembro
voltadas diretamente à coleta de materiais recicláveis
de 2015, do CONCEA baixa o Capitulo 'Primatas não humanos mantidos eira instalações de
instituições de ensino ou pesquisa científica" do Guia Brasileiro de Produção, Manutenção OU 47. Celso A. 1 1 , Fiorillo e Marcelo A- Rodngues, Manual, cit., p. 337 Vide: Nonaaa de
Utilização de Animais em Atividades de Ensino ou Pesquisa Cientifica; Resolução Noma Uva Execução ir 93, de 19 dejullio de 201(1, do INCRA, que dispõe sobre a aprovação de modelos

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Com o desrespeito ao iii ei o ti ii bien te s iic u mbi 'á .1 hiodiversi dade Fácil é perceber que o bem ainbiental não é res iii liii is, por ser, diante
valor tão i ii] portante como fui, danien tal pari a vida li LIII) ali a, por Ci) ej ar do comando co, ist itucio nal, O lfl res eouj ''mui oinuium. A sua tini la ridade é do

ti eequ ii brio cc ológi co, pi'ej udi cali do todo o ecoss istei ii, o pró p r o povo. O nie,o a n ibi ente sadio e ecol ogi cani ente equilibrado é um bem de uso
ii ciii - 1 nipresc 1H cliveI será evitai 1 extinção tias espécies e respeitar o 1 do por 'o, 1 ão integrando o pitriiiiôiiio particular de qualquer pessoa
leio
au' b i ente, pois cada ecoss iste 'lia desempenha verdadeira fui ç ão na i ar, rc - fisica ou juridica . O direito a! nhi ental é, portanto, iiiii direito de todos, por

sob peia de acarretar o deseqtr i ] ibr i o a iii bi e ti tal, que (onstnnj grave ser esselicial à sadia qualidade de "ida O bem a mbi e utal. por consequência,

.nneat- a 5 rica biodiversidade do planeta Terra e à llu,na,,idade. que, eiit\o possui a natureza jurídica de direito difiist' ISSU mmd ti a feição de direito Iran -
sind ividu ai, teu do com o titulares pessoas ligadas apenas por ci rcu nstá n tias
perderia o que tem de iiais Precioso: seu direito i vida, ou ineibor- 5
ticas, podendo, portanto, ser desfrutado por qualquer pessoa dentro cI;is
q Li lidado dc vi da 5
restrições impostas constitue i onaInicntc.
A preservação da bi odiversi dade dos ecossis tem as sou lei 'te seria possi «cl
O Poder Público deverá, portanto, proteger e preservar o nicio anibien-
pelo uni susleu ável, ou melhor, pela utilização de coinpone li res da diversid a -
te natural (ar. solo, fauna, flora e água) e o construído (o meio rural, as cida-
de biológica de inodo e em r tino tais que não leve, na longo prazo, à diu
des, o patr iniónlo cultural e o local de trabalho). não co no bens integrantes
'LIção da diversidade biológica, niai] te lido assina seu poten c LI pai -a atei Li
de seu patrimônio, lias corno bens pertencentes a iodos'
às ecessidades e aspirações das gerações prescritosv futuras (a rt. —ps da 1 ci
estadual do Acre ri. 1.235/97).
S. IMPACTO AMBIENTAL PROVOCADO PELA BIOTECNO-
LOGIA
4. NATUREZA JURÍDICA DO MEIO AMBIENTE ECOLOGICA-
MENTE EQUILIBRADO E HÍGIDO Atu .il mente a engenha: ia genética te, n provocado unia vertia d eira 'e-
vofução científica, pois a teci] ologi a do 1) NA reco, ubi na Inc e o iii a p cai lei'
Q Lial ido o a ri. 225 da Constituição federal de 1988 estabeleceu L3 1 e
to scqueii cia! de gei ionas, dentre eles o hu n'ano, corno ntini passe de Inágl-
''todos têm direito ao meio ambiente ecoi ogi ca mel 'te equii ib nu e, hei,, de
ca, vêm resolvendo a cura de certas moléstias e o problema da falta de gêne-
uso coii ti m do povo e essencial à sadia qualidade de vida, iiiipoi)do-se ao ros alimenricios, niedlante a alteração da coiflposiçao genética da flora e da
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as fauna, tornando-asnais resistentes a pragas ou a agentes que lhes são nocivos,
presei) (es e futuras gerações'', cOi sagro il O direito iiiibiental, que [ciii por ciii busca de nialor produtividade agropecuária.
bases fi 1 lida Ilielita is: o direito de Lodos ao eq iii ibric, ecológico do ii ei o ai,, -
Com isso, a biotecnologia veio causar um impacto ainbiental. por re-
bien te; o ii cio ai b cii te considerado orno h e,) de uso CO') LI ii do povo e percutir na si úde. lia agricultura, na avicultura, ia pecu ária, no meio ali] hi en-
essencial 5 sadia qualidade de vida e a defesa e preservação do hei' ai 1 hi eI] -
te e na indústria de alinieritos e de remédios.
tal para as presentes e fliruras gerações cornoo dever do Poder Publ,,co e de
toda a coletividade ou das ONU,.

52 Celso Antonio Padre ~~Fiorilio. Fundamentos eo,istitucionais: da Política Nacional


do Meio Ambiente: cornentarios ao art. 1 da Lei n. 6.938/81 , Caderno Especial, cit. p. 45-6,
51. Vide Erika Iecl,ara,A pn'teão. cri ..p_261. '.,tilo Magalbks (Sistema cliiiiico. Egia- e Revista do !'nra na de Pis- Gnid, açào em Direito da PLJCS 1? n - 2, 1 995, (Ti nt' de direi o a,iihini-
dc Direi',, 33:16-17) considera o sistelila cIii))t,co til,] patriiliô,iu,t- oniuni da I,LIi,ufljdid(' 1311, c,t., p. 45-54; Celso Antonio Pacheco Fior Ilo e Adriain D'afEria, firodi,,ersidade, CII - R 27;
por isso deve ser gerido por unia autoridade que esteja acun:L dos Estados. (is ,i,a,nikros Celso Antonio Paclieco FiorilIo e Renata M Ferreira, C,nso dc d,reio da encrqia - nilcfau:Jdr-
pivd.dores tip'tos da ['n'la b' -asilcira,a'uejçados de extii,çiti,terão banco gerlétiec),cc - 'atiu pelo ai da ôçíea, do j,ci rgilií, e do hi< a'.,ifiustír'rI, Sã,, Pa ti lo, 5 a raiva. 2009; José A Nu n so tia Silva. 1 )ircit<,
lHAMA, conte,,do sEme,, e embriões co'igelados A 1t'rt.'ria n 153/21004 do Mit,,strio do anií,iniral co,içíi'rcunal, So Paulo, Malheiros Ed., 1994, p13; t&osal,na Corréa de Araújo, P,
Meio Ainbje,,rc aprovou o lk.cgula,nento Interno da (k,iniçço t'Ljçio,'al de B,od,vers,I.ide ,ao, da natureza io Brasil, ci , C ap. 1, p. 1 3-46 Wagner Costa 1< i be i nu (o rg.) , 1 n,iinb 00 aH -
(Decretos ri. 4.703/2003 e 4.957/2001). A lei n 1 2.533/2t 11 msurtii o dia naclon,, 1 de coas- l,ioual brasileiro. So Paulo, El) LIS P, 2004.
cient'zaço sobre i,udançnç cliniticas a ser comemorado ei,r 16 de Liial-Ço, ocaçiac, t'iii que LX 53. Guill,er n'e José Purvii, de Figueiredo e Solange Teles da Silv,, Elementos balizado-
escolas prol fl ovi i- o evei 1 tos lv] dc o, 'ad os ni e d das pmt e (iva dos eco ss sie' nas bra lei' res .in Temas ci,., 142,

924 1 925
Não será dificil que, dentro de algui IS MIOS,
haja, com a recoclificaçã o Não se pode negar o forte impacto da engenharia genética ou da mo-
genética, criações inusitadas como: vacas corta músculos que se transforma ni tecnologia 110 meiO ambiente ao criar, mediante a rilanipulação de molécu-
em gelar na; galinhas e perus sei ii pena ou ca'i tantes; munais qui 11Cr1 ç05 A) N IA RN recornhi ria ires ou de fusão cclula r. organisinos geneti cal n en -
las
como os da mitologia grega, alface funcionando como vacina contra lejsh_ te pnod,hcados (OGMs).
a a niose, teunsfrcIorando a expressão ''tomar vacina" em comer vacila''; e
No cair p0 da saúde, bastante útil é a enge ri mi' ia gen ética, c orn: a (era;' (ii
Ives que b r tiniu no escuro para facilitar o tia balho dos fazendeiros ou Para
çêi fra, que possibilita a retirada de geles humanos defeituosos para serei a
evitar que eles as poriam nas ri os Les escuras. J;i se tem notícia de ;Iti imais
reparados e reinj e tados no organismo o do paciente e a detecção, e in enibi' 'ão,
1 mdi fi cados geneticamente para produzir nem carne, lã, OVOS OU
leite bodes de t•ta te rmidades 1 ereditârias, etirari do- is a ates do i iasciincnto ou evitand o-as
ovelhas ou porcos cci, genes humanos, para que seus órgãos possa ii ser
P., natio do aconselhamento genético, dando orientações a respeito do re-
utilizados. se'" rejeição, em transplantes em seres humanos ou para que ve
gime alimentar a ser seguido, do ritmo de exercício fisico OLI da carga de
n'uni a secrerar proteinas humanas, em seu sangue ou leite, com aplicaç es trabalh o a ser suportada etc.; e a i,tihaçào de métodos bic,tec,io/óicos no apri -
medicinais bastante úteis 5 humanidade 54 ; alimentos transgétiicos, como soja
morailientO dc vegetais, cotam o ro,arnte e o brôcolis, que, por conterem
feijão e milho; clones de animais etc.
agentes anticancerígenos, podem ser nm clifl cados para que tenham as pra -
priedades certas e possam melhorar a saúde da populaçio; na descoberta de
vacinas para moléstias endêniu'as ou não; lia obtenção de bactérias produto-
54_Tini Radíord e l)a'itiy Peia,nari, 1)NA dá novo iiiipulso a unia velha arte. O E'ab
de S Pa,é, 21-12-1997, p 1) -1; Erika Nakagawa,A tecnologia e a bioét,ca - ode xosjurítI,t-n ras de 1 ior mànios ou de proteínas humanas de iii tecesse médico, como, por
Rcv'ryia do IAS!', 10:203-33; Cesare Triberri. '1h, iioelica e drruto, Ld. Maro, 2004, p 211 e scg\ exemplo, a insu 1h a humales produzida pela glând ti 1:1 inaniria de ovelha
Bruno 'Ibnus Job Meira. II rilascio irregol.,re di Orgailisilio Ceiicric,nncnre tran sg&ia ca, a ser usada por diab éticos, pois a oriunda do pâncreas de porcos
nelI,,,iili,e,lte nt' conresto dclI't,rdiiai,iiento pc,ijlc brasiliano cons'derazioni IeLzi ativo - e de bois ja rovo ca'a - lhes rciciç.io
trina1, e eii'risprudciiv,i]i L'?nrhn ;n',i,de, Mi!sr,o, Cedam, o.?. a. S'64-80 (2{)07):Ihe prcv'iati'
r,sk Ire,trnient oftlae Lriiosgenic erops in de Bnizilian hiosaktv regulatory 5ysrena. Re,•i,,,i de
Dewc/ii y Co—,nc, í!Ii,nauo, 28: 159-74 (2008), Pira o controle ax,ibiental criou se, no
do Minkrério da Ciica eTecnologia.a COÍIIÍSS&iTéC,IWa Nano',af de Bi,s,e;ra,,ça - CTNB4O.
55. Celso A. Pacliçco Fiorilio e Marcelo Abelha <odrigues. Di'cito a,i,bie,iial e paIri
instáxici., colegiada ii,ultidisciplinar, com a finalidade de prestar apoio téco consultivo e
miii ge,iélfrii, p. 170,177 e 179; :%unnil. cii p. 463-4 e 471-2; Carlos M . R. Casabona, Bwtecno-
assessoramento ao Governo Federal na formula - 5o. att'alizaçáo e inipleinentaçio da Politic.,
IoØa, 4frero e h,ohira, Belo lorizonte. Dei l&ey, 2003. Ai'd, é o macaco ,hes,15 transgéflico,poiS
Nacional de Biossegira, iça relativa a OGM, bem como no estabelecimento de normas técn,
recebeu sim gene de água-viva, para servir de rob,,ia ciii pesquisas sobre Aids, cáncer, diabetes
cal de segurança e pai - eceres técnicos conclusivos rekrentes á proreçSo da s;iúde litiil,aiaa, (Ii,'
etc., tendo eu, vista que scsi gcniouiia 9S'G igual iis do }ionie,n. Nos EUA , se criaraiu
orgatiisiiaos vivos edo 'icio anihie,ire,e àautOritiçán para atividades que envolv,iui a consrru
macacos e ratos com células do cérebro humano par.i a [tira do mil de A]zheinier O Ectado
ção. cxperinieratação, ctiltivo, manipulaçào, transporte. coiiierc - ialização, cotisuilio, arnuze,L,-
niento, lil,eraçáo e descarte de 0CM e derivados. Cona base 'ia ;ivaliaçâo de scsi risco zooli ii,' S. Paulo (Cenentechi quer ser a primeira em drogas .miicàuccr, 11-3-2004, p.A-l3) noticia:
tossailitáris, saúde e ao miieio ambiente, tendo por diretrizes o estiniulo ao avanço cienrilico A Geneotecli. a segunda i)als)r enipresi de biotecnolugi:i do iitstiitlo, triunciou essa semana
na área de bi osseglirali ç a e bica tecnologia, a pro teçáo à vida e à ando Em ala a a,, .naa 1 e seus planos para se tornar o nisior fabricante dos EUA (Te drogas ,it,ticdncer até 2010.A Cc-
e a observância do princípio da precaução para a proteção do meio ambieiate.A Pot Latia o, 146, iientecb - que produz herceptina, para cá cicer de niain.,, e o recém-aprovado Aviso", para o
de 6 de mimrço de 2006, apmvou o Regimento Interno da CTNBio, que traça iaoriiias para i;i de cólon - teni mais dez drogas anrcáiaccr cria diferentes estágios de pesquisa. A empresa vai
cornpctê'ic ia, composição, finalidade e fuilcionaniemito. Tal Regiiiiento sofreu alterações pela, Investir pesado também ciii n,edicanaencos para combate à asma e psoríase''. Salvador Noguei-
Portarias do Mixsist&ric, da Ciência, Tecnologia e Informação mi. 616/2014. 929/2014 e
ra (Brasileiros criam dente ciii abdome de raro. Folha de ,S. Paulo, 25-6-2004. p. 14-A) noticia:
1.102/2014.0 Decreto 'a. 6.041/2007 instituiu a Política de Desenvolvimento de Biorecno- cientistas brasileiros, com ii cooperação de cientistas americanos do Instituto Forsyth e do
logia, criou o Comitê Nacional de Biorcc ,iologia . A Portaria n. 240. de 12 de ícverci ro de 201 }, pes qu isador hr i tini co Paul Si a rp e_ co nsc gui raial fazer rol,, que dcii es mia tu ais crescesse ii no
do Ministério da Saúde rastitui no âmbito da Cona,sso de Biossegui -ança eia' Saúde do Mi
abdome de ratos, a parur de uni número de células E. para substituir, funcional e esteticanlen-
nistério da Saúde o Grupo de Trabalho de Biossegu lança de Org.iiaisnios (icrieticamente
e os perdidos pelo lio,i,ena. pretende"' aplicar a ncs,ii;i técnica 1,11se,ts humanos.
Modificados, com o objetivo de fornecer ubsídios técnicos e científicos aos membros da CliS
aos representantes do Ministério da Saúde na Comissão técnica Nacional de Biossegurança Ojovual da iàrde (Brasi] cria l mosquito transgénaco, 2 abr 26, p. 6-A) noticia:Cientistas
- CTNBm0. A Resoluçflo Normijaciva ii.], de 27 de abril de 2009, da CTNB'o, dispôs sobre as brasileiros consegui ram criar ti ii ii iosquito trama sgê nico. Eles desci ivolvera, n ti maia variedade do bens'
normas para liberação planejada no n'elo ambiente de Micro-orgataisnios e Animais Ceneti- da espécie de Acdes. o Antes fitwiatilis, que Imosnaite mm forma de malária para as aves, O código
caniente Modificados (MCM e AnCM) de Classe de Risco 1 e seus derivados. genético desse inseto foi niodificado para produzir, unia eTUinia chamada fosíolipase A2, pivsente

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Diante da gravidado da questão, para elucidá-la. transcrevemos o seguii assim entendida a coniparibilização entre os bens juridtiameiute tutelados, e ambos
te julgado, publicado na Consu/,'.v. 33:4 -8 ser - 1 999 de grai de relevn eia -
Estas, ciii sílitese. a dispc,siçôis constitilcioliais relevantes para o caso concreto.
A çã o Ci utela r Ince, .. ada - Dcc isão ri 260/99
Nessa medid, relhos c]tie o Poder Público, atado que está ao principio da le-
Pi cx esso ii 1 998.34.{)0.02768-8-Classc 9200 galidade, não pode arLiar de for lia diversa, sendo certo que a ri não pode extrapolar
Rcqti creu te: II) EC - Instituto Brasileiro de Defesa do Consu niidor os li iii ites de sua aLi ação - (fis - 1 AX / 139 do 1 'Fac. Cautelar) -

Advogados. Ora. Fláv i Lef?vre Giiiii urã es e o t tios Em decisão Íiimduiuentada (fis. 246/253 aquela ilustre niagistrada declarou-se
Requeridos: União Federal e outro mncoluipetelmle, pai -a processar e ]tll:lr o feito, reiieterudo os autos à Y Vira desta
Seção Judiciária do Distrito frcleral.
Advogados: l)r. Aldir (rirniarãcs Passarinho e outros
Atendendo req uerinenro do digno Representan te do Ministério l'úbliço
Federal, o ccii iriente Juiz l 'itular da Y Vara desta Seção Judiciária, através de decisào
de fis. 460/463. ordenou a remessa dos autos ao Jtm 20 desta Sexta Vara FederaL em
Cuida-se de medida cautela, originalrnente ajuizada pelo Instituto Brasileiro
face da conexão caiu o Processo n,97.36170-4, que, por aqui, tramita.
de Defesa do Consumi dor - 1 DEC contra a União Federal visando impedir, ime-
d, atainente, a autorização para qualquer pedido de plan cio da soja transgili ica (Reioid io
Aportando os autos, nesta Sexta Vara, o o obre Juiz Substituto, Dr. Antônio

Hp Ready) antes que se proceda à devi da regulaili cotação da ri 'atéria e a prévio Es- (')swaldo Scarpa proferiLi a seguinte decisão:
tudo de Impacto Ainbieirtal. Em face das petiçôes de lis. 144/1 52 e 220/221 , defiro o ingresso na presente
Distril,u dos os autos ao Juízo da 11a Vara da Seção Judiciária do Estado de São ação cal itelar --- e no feito principal, eti, apenso - da Associação Civil (heemi peace e
Paulo, a doutajuiza Federal substituta, Dra. Raquel Feriiandez Perrini. defcriki.1 Uni - da Monsanto do Brasil SÃ.. como assistentes do autor e rés, respectivainentc.Justi-
narrilente e eni c,irãter provisório, a medida cautelar, cc,in este fundamento. lei-se a d., pri me t ra por 'er a Li tora ia Ação Civil Pública n. 97/36170-4
l&eii'vaiites os arrtilnentos trazidos pelo Il.)EC, sendo de todo locivávl e s.lIku.ir ecu curso neçiavara tecido o1 leio SiiiiIl.ir e t]tic: gerou a pi&veilçat, deste Juízo; e, da
sLia acLI;lçao o.' dcksa dos direitos do coiisuiiiidor, entre os quais todos iios IiiCIL]iiiios, segunda (Mocisaiito), flice o inegável ilitcres'c econôuueo lia deiiiamd.i. l'rocecl.imii-se
e. ao itienos nesta cognição sulilória do pedido, a liiiiinar comporta dek'riuieitto. às devidas anotações.
Com efeito, a Constituição Federal e rigiu o meio ambiente coi no bem de 'se Passo a a mialisar o reqtl erini roto feito pelo ilustre Representante do Miii istétio
comerei do 'ovo e essencial à sadia qualidade de vida (arr. 225). Determinou, ainda, l'úbico Federal às Eis 471/477 -
ncuiiibir ao Poder Público preservar a diversidade e a integridade do patriuiôii in
Dc inicio, quanto ao pedido formulado te itein 11-a' (fi. 476). no sentido de
genético do Pais e fiscalizar as entidades dedicadas à pesq eisa e Inaniptilação de iii a-
qtie a Moo,aiito coiul},r<JvL' ser possuidora dci registro cio herbicida round o;, read
teria1 genético (art. 225,11, CF).
penso não ter relação direta CDIII .1 matéria ciii debate. Adentais. se houver alguma
1 )e igual forciia. impõe o Estudo Prévio de Impacto Ainhieiril - EIA pala
ir regular idade, mio tocante comercia li/ação do aludi do produto, caberá aos órgàos
instalação de obra ou atividade potericialmeliti eatisador.i de significativa degradação
de fiscalização do Poder Executivo adotar as i nedidas cabíveis.
tio meio ambiente (art. 225, IV, C E)
ihinbéiii incumbe ao Estado promover e incentivar - o desenvolvimento cien- 1 gualmeci te i,ao me parece jtutificável que se determine ao liAM A a nu edia-
tifico, pesquisa e capacitação ternológicas, tendo em vista o bem público e o pio- ta realização de Estudo de Impacto Ambiental. porquanto estudo dessa natureza serã
gresso (ias ciências, bem como o desenvolvimento do sistema produtivo Ilaclocial (art. objeto de perícia, no momento processual oportuno.
218,5 l e 2,CF). O pedido de expedição de of'icios a órgàos e elites públicos será apreciado na
Diante de dois valores aparentem co te antagônicco, é que a legislação de regêli- fase probatôria.
eia e as convençôes intermiacionflis fazem menção ao desenvolvimento susteiltavel,
Todavia, parece-lixe, de faro, razoável que se estabeleçam, desde logo, algumas
medidas, a fim de assegurar a eficácia da decisão que determinou a rotulagelil de
todos os produtos feitos à base de soja transgéElica
cana tratisgén,r.i. O Esiado de 5. Paulo, 28- 11-2004, p. 22-A) alerta que cana tramisgénica é '-
Assium i , determino à Monsa iito (Iti e: a) ao vender sementes e mudas da soja
lo-cada há dez anos, co laboratório, cru Piracucaba, para elevar produtividade, reforçar rcsisl&nCi.i
transgêniea, colha do comprador compromisso de que em todas as etapas (p)antio,
às pragas, à seca e ao frio; reduzir custos de produção e preços de mercado; riailter a COEiipetiCi
armazenagem e transporte) o produto seja mantido segregado, de modo a não se
vidade Para tanto, estio experiiuiencando inserir gene de peixe ou de arroz na cana.

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República, para a proteção do patrimônio público e social, do meio atirbiente e A alegação de ilegitimidade do 1 DEU também irão merece acolhida. Os ilustres
de outros interesses difusos e coletivos (C E, art. 129, III), atuando, obrigatorjanje ti _ advogados da Monsanto esqueceram que a questão ambiental não tem dono, não
te, como fiscal da lei, se irão intervir, corno parte, no processo, vindo de assu, pode ser apropriada por este ou aquele grupo. O si t. 225 da Constituição Federal
ti tu laridade ativa, em caso de desistência OLI abandona da ação por associação 1 30 deixa iiiargeni à niterpretaçan iijodcsta de sua abrangência:
gititn.ida (Lei ii - 7347/85, arr. 5, §Ç e 3Q), podido, ínalnicrite, i iistatirar, sob Todos téiIi direito ao neto ,imi,biente ecologicamente eqiiilibrado.bein de uso
sua presidén cii, iii qu éri (o civil, o ti requisitar, de qual quer org.i nisirio público ou com tini do povo e essel eial à sadia qualidade de vida, i nipon do-se ao Poder PúI,li-
particular, certidôes, inforriiações, exames ml pericias, no prazo que assinalar (lei co e coletividade o diver de deIi'iid-lo e preservá-lo para as presentes e frituras
7.347/85, art. H, § 1 gcr:iÇOeS....
Portant, e,se direito pode se,. em principio, delèiidmdo por todos. Isso quer dizer
iii por qualquer cidadão ou pessoa sujeira de direi LOS, conto as crianças ou rnesnlo os que
ainda vão nascer. em njào de qLit esse direito difuso se estende ás gerações flituras,
No uso ciesas prerrogativas cori stitu cioliais e legais, o douto Representante do
sendo, portant, impossível restringir a legitimidade para o processo da n'ais prestigia-
Ministério Público Federal, Dr. Aurélio Virgílio Veiga Rios, sem afastar-se das da associação de defesa dos consumidores do país em defesa do meio ambiente.
aias do pedido inicial, expõe, com o brilho e a cultura, que lhe são costumeiros, o
Além disso, .i Monsanto não deu a devida importãncia ao fato de que a roto-
seguinte.
[agem de produtos para coinumo humano ou animal & a últinn etapa de um pro-
As preliminares de mci LisO na lide foram acolhidas plenamente pelo Juiz. As cesso, que Se liIici;i COIlI plantio da seilleiire de soja, trigo, julho, arroz e termina com
partes já estão identificadas cmos autos, restando tinia rápida análise sobre as propostas o produto beneficiado. pro i ' Lo, etiibalado e rotulado nas prateleiras dos supe
de exclusão, solicitada pdo l I)EC, eco relaçãoá M onsanto e desta última, ciii relação dos á espera do consumidor.
participação do Ministério Público Federal, como parte e a legitimidade do [DEC.
A i- otulagclli de aliinemitos traJisnicos deve ser feita de modo que o cotisi-
por não €azer parte de suas atrihuiçõe defender processos hioloqicos ou o iliciO
iiiidor saiba d e rodas as características e do processo que resultou aquele produto,
1 ifl hicaite em caráter gera!
para que se pos.i distinguir iiiii ali neuto orgáiico daquele geneticamente inodifi-
Nenhuma das propostas de exclusão merece acolhida. A Mousanto teiii cite cado. Para que isso ocorra eesscrici;ml que se saiba a ol-igelil do produto, de onde ele
esse de agir porque teria, segundo ela diy, investido muito dinheiro na divulgação e vem, conoto foi produzido e de que stibsráncias ele é composto_
comercialização dos seus produtos (soja RR), sendo que já obteve em seu favor
Esse faro reconhecido por este juizo ao conceder, parcialnieiite, a liniiiiar (fis.
Parecer Técnico da CTNBio, autorizando o plantio da soja transgénica, em escala
478/9) assegun a legitimidade do Il)EC para ajuizar a ação civil pública para exigir do
coiiiercial. Ademais, está sendo questionada nesta ação a regularidade dessa autoriza-
Poder Público a realização tio Estudo Prévio de limipacto Amiibiental antes de se autori-
ção pelos .i mores. Além disso, ê fato incontestável que a empresa CIII destaqu o seria
lar o plantio, em esc,ilfl coo creial. de qualquer, produto geneticamente modificado.
a principal prejudicada em caso de eventual procedência da ação.
No que diz respeito à obrigatoriedade do Estudo Prévio de Impacto A,iibien-
Em relação à suposta intronnssão indevida do Ministério Público Federa] ciii
tal - EIA, o ingresso do IBAMA no polo ativo da ação traz um novo alento ao
ação de outros, é preciso lembrar á Monsanto que o Ministério Público Federal
processo. Diga-se de paisageni que ao IBAMA não havia outra atitude a tomar no
oficia obrigatoriamente eu' toda e qualquer ação civil pública, seja naquelas por ele
caso, e por isso merece aplausos a atitude corajosa do IBAMA, de não aceitar a ino-
diretamente propostas ou corno custos fris naquelas por associações ou entidades
vação feita pelo Decreto n. 1.752/95, que facultou ao Presidente da CTNBi0 exigir
civis representativas de determinado sewuento social (art. 5a, Ç 10, da Lei ti. 7.347/85).
o EIA apenas quando Sua Excelência entender conveniente.
Além disso, o Ministério Público Federal, na qualidade de a.stos legis, poderá
O EIA não é unia formalidade de menos; unia faculdade, arbítrio ou capricho
auxiliar na coniplernentação das provas, suscitar questões preliminares coirio conuxão.
que possa ser dispensada no exame tão delicado das consequências cio descarte de
prevenção, competência, legitimidade, pode opinar favoraveliiiente ou não à conces-
são de liminares e também relatar ao juiz fatos que ainda não foram levados ao seu OGM no meio anibiente.A exigência constitucional não pode ser, evidenteniente,
conhecimento CIO curso da instrução processual. Não fosse bastante, o parquei insta,'- limitada por uni decreto regulainentador.
inquérito civil público para apunr, em toda a sua extensão, as consequências do O ai t, 225,1V. da Constituição Federal exige, lia forma da lei, estudo prévio de
ingresso de organismo geneticainente modificado no país, tendo este órgão, crio impacto ambiental, para instalação de qualquer obra ou atividade potencialmente
particular, evidente interesse tio deslinde da questão. causadora de significativa degradação do meio ambiente, incluindo-se nesse rol a

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análises do pedido formulado pela Monsanto junto ao EPA (Eiiui ronn:entaf I',-o rccrfr,j 14. Em face da falta de Notificação ao Poder Executivo Estadual, da existência
Agency) e ao EDA (Food and DrugsAdminis(rariony
da lavoura, esta foi interditada pelo DI`V, conforme anexo, com base no Decreto rn
Não obstante esses fatos, por si sós, suficientes à ampliação da liminar para 39314/99 e Lei Estadual rn 9.433/91.
obrigar as rés Monsanto e Monsoy ao prévio Estudo de Impacto Ambiental, a Se- IS - Também há irregularidades relativas às normas de Biossegurança e relativas
cretaria da Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul constatou as seguin à perspectiva de conmrcialização da produção de semente pré-básica, atividade que
tes irregularidades na Notificação Administrativa que fez à Monsoy pela plantação não é permitida pela CTNl3io'
em voluni e comercial, de soja transgénlca: A Secretaria de Agricultura não aceitou as razões expostas pela Monsanto, nos
4. O Departamento de Produção Vegetal desta Secretaria compareceu àsede lermos do Oficio o. 010/DPV/SAA/RS (documento em anexo), no trecho que
da Empresa e a Fazenda Palnieirinha, comprovando a existência das culturas nas merece transcrição:
quantidades a seguir: De acordo cons notificação administrativa da Monsoy Ltda., vimos por meio
Variedade Arca deste informar o segulri te:
M-S0Y6363 RR 300 hectares Com relação ao atendimento do Decreto n. 39.314, de 3 de março de 1999,
temos a informar que, mesmo a Monsoy Lida apresentando notificação, esta não foi
M-S0Y6565 Rl& 135 hectares
aceita por estar em desacordo com o art. 2 a do referido Decreto não acendendo aos
Total 435 hectares quesitos exigidos, tais conlo:
5-As- lavouras acima foram formadas co!» semente de soja geneticaniente mnodi - Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB) por área individualizada
ficada, trazida do Estado de Goiás.passando pelo Paraná conforme documentos aneXOs. concedido pela CTNBi0;
6. É de se ressaltar que a área de 460 hectares de lavoura para senientes fica - Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e Relatório de Impacto Ambiental
caracterizada como lavoura para produção comercial de senlentes j que p i -odu 4rS - RIMA exigidos peio referido decreto.
a quantidade suficiente para o cultivo de 23.000 hectares de área na safra do ,IEIO
Eu ruIa çã o à Instrução iNorili ativa n. 10 da C INBio, a Monsoy apresenta
agrícola de 1999/2000.
apenas as informações do parecer técnico conc!usivo da CTNBio, que não contens-
7.É certo que a Monsoy não possui área própria de 23.000 hectares de terra pIam o exigido pelo Decreto n. 39314/99.
para plantar toda essa soja, devendo venda-la para semente.
Neste sentido, não foi aceita a notificação, permanecendo a empresa sujeita às
8. Assim, a lavoura vistoriada não se caracteriza como área de experimento, penalidades previstas na legislação.
ensaio ou teste.
Vale ressaltar que a própria Monsoy, eni sua defesa administrativa, admitiu não
9. As culturas encontram-se nesta data na fase de enchimento de grão, estando ter realizado - e nem pretende. em tempo algum, apresentar - prévio Estudo de
a colheita prevista para o mês de Abril-Maio/99 Impacto Ambiental -. EIA, conforme se constata no trecho a seguir:
10. As lavouras estão sendo cultivadas, mediante Contrato de Cooperação '3 Quanto à exigência prevista no item IV do § 2c do arr. Iv do Decreto n.
para Multiplicação de Semente Pré-Básica no seguinte endereço: Fazenda Palmei- 39.314/99. vale dizer apresentação de Estudo de Impacto Ambiental - EIA e Re-
rinha de propriedade de João Osório Dumoncel, RS 508,1Cm 35, Palmeira das latório de Impacto Ambiental - RIMA, relativo às atividades desenvolvidas' pela
Missões - RS. Notificante, vimos informar que a Notificante não se encontra obrigada a apresen-
11. Os responsáveis técnicos pelas lavouras são os seguintes profissionais: tação do referido Estudo, e respectivo relatório.
- Eng. Agr.Joacir Ernesto Zardo Tal inexigibilidade decorre do fato de ter sido, a realização do EIA/RIMA,
- Eng.Agr. Elton Salata. dispensada pela CTN1310 nos termos do que dispõe o art. 2, XIV, do Decreto n.
1.752/95, quando da apreciação do pedido de registro da soja Round up Ready e da
12. Segundo informação verbal do responsável da Monsoy, Eng Agr Elton
emissão do parecer técnico conclusivo por aquele órgão.
Salata, O Cultivo da Soja Transgênica destina-se à produção de semente básica, para
ser fornecida a todo o Brasil. 4 Ademais, a exigência de EIA/RIMA foi expressamente considerada dispen-
sável por força de decisão do juízo da 6 1 Vara Federal da Seção Judiciária de Brasília,
13.Também o cultivo das lavouns não obedece as normas de Biossegurança em sede das açôesjudiciais intentadas pelo IDEC - Instituto Brasileiro de Defesa do
da CTNBi0 Consumidor e Associação Civil Greenpeace contra a União Federal e outros'.

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ambiental, excluindo a exigência de ElA/RiMA prevista na Lei n. 6.938/81 (alte caução Tio direito ambiental dadas pelo velho c bom professor Paulo Affonso Leme
rada pelas Leis n. 11651/2012 e n. 12.727/2012) e a Resolução CONAMA n, Machado:
237/97, que seria incompatível com a lei especial que regula a autorização para O posicionanierito preventivo tem por fundamento a responsabilidade no
cultivo de plantas transgênicas; causar perigo ao meio ambiente. E uni aspecto da responsabilidade negligenciado
c) a CTINBi0 teria poder discricionário para decidir, livremente, sobre todos por aqueles que se acostumaram a somente visualizar responsabilidade pelos danos
os aspectos referentes à introdução de 0CM rio país, sendo que o seu Parecer Têc. causados. Da responsabilidade de prevenir decorrem obrigações de fazer e não fazer.
nico Conclusivo sobre a matéria vincularia toda a administra çõ o pública.
Na. é preciso que se tenha prova científica absoluta de que ocorrerá dano
O primeiro grande equívoco consiste em descaracterizar o princípio da pre- anibiental, bastando o risco de que o dano seja irreversível ou grave para que não se
caução como principio de direito internacional, insistindo em uma distinção formal deixe para depois as medidas efetivas de proteção ao ambiente. Existindo dúvida
entre declaração e convenção; entre princípios e normas internacionais vinculances sobre a possibilidade fritura de dano ao homem e ao ambiente a solução deve ser
De início, vamos começar enfatizando a importância do principio da precau- favorável ao ambiente e não a favor do lucro imediato - por mais atraente que seja
ção como regra fundamental de proteção ambiental no direito internacional O para as gerações presentes.
próprio pmfessor1bshio Mukai não nega esse caráter, em sua conhecida obra Direi- Mas a principal critica dos eméritos consultores da empresa Monsanto refere-
to Arnbienra! Sistematizado, ao concordar com o eminente professor português Fer- -se ao fato de que a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
nando Alves Correia, que sobre o assunto ensina: será uma soft Iaw, tinia declaração de princípios sem o poder de vincular ou obrigar
'seguindo de perto a doutrina alemã, poderemos dizer que o direito do qualquer país ao seu cumprimento.
biente é caracterizado por três princípios fundamen tais: o princípio da preven ç -ão Sobre este ponto, a divergência não está em identifica,- a natureza da Declara -
Vorsoçepríiizij), o princípio do poluidor pagador ou da responsabilização ( V, cio do Rio como unia carta de principies e compromissos que não tem por obje-
clierpriuzip) e o princípio da cooperação ou da participação. tivo criar normas precisas, específicas, de cumprimento obrigatório ou mesmo esti-
pular sanções aos países que venham a descumprir os seus mandamentos. Evidente-
(Sobre o princípio da precaução) é o autor português quem tios oferece o mente, a Declaração do Rio estabelece princípios a serem seguidos pelos países
seguinte significado deste principio, com base cm Schinüsdt: pode ser visto como signatários para alcançar as metas previstas para a proteção do meio ambiente e para
uni quadro orientador de qualquer política moderna do meio ambiente. Significa o desenvolvimento sustentável do planeta. como se lê do seu preâmbulo.
que deve ser dada prioridade às medidas que evitem o nascimento de atentados ao Pois sim, o que parece dividir a opinião dos doutrinadores internacionais, dos
meio ambiente. Utilizando os termos da alínea a do art.3 da Lei (portuguesa) de pares cristas que auxiliam a empresa ré nesta empreitadajurídica seriam os efeitos no
Bases do Ambiente, as atuações com efeitos imediatos ou a prazo no meio ambien- direito interno de uma declaração internacional assinada por apenas 174 países. Di-
te devem ser consideradas de forma antecipada, reduzindo ou eliminando as causas, zem eles que esses principios não são princípios de direito internacional.
prioritariamente à correção dos efeitos dessas ações ou atividades susceptíveis de Phiflipe Sands, einédto professor de direito internacional e uma das maiores
alterarem a qualidade do ambiente'. autoridades no assunto, inata a charada esclarecendo que a Declaração do Rio, ao in-
Curiosamente, antes niesmo do advento da Conferência Mundial sobre Meio corporar vinte e sete princípios de cooperação entre Estados e povos, tem a finalidade
Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, onde foi ges- de estabelecer as bases para o direito internacional ao desenvolvimento sustentado.
tada a Declaração do Rio, que contempla em seu Princípio n. 15, o princípio da Apesar de não ser estritamente vinculante, muitas das regras (da Declaração
precaução, o professor Mnkaijá dizia que a Lei n. 6.938/81, de 31 de agosto de 1981 do Rio) refletem princípios do direito costumeiro internacional, outras refletem
(hoje alterada pelas Leis n. 12.651/2012 e 12.727/2012), que dispõe obre a Política principies emergentes no direito internacional e, ainda, outras preveem orientações
Nacional do Meio Ambiente, teria contemplado, no Direito positivo brasileiro, o a serem incorporadas nos sistemas normativos internos e internacionais. A Declara-
princípio da prevenção. ção do Rio é a mais importante referência para se avaliar os futuros desdobramentos
Entretanto não é suficiente citar o autor Mukai para refutar o parecerista, do direito internacional ao prover as bases para a definição do desenvolvimento
porque, entre nós, merecem transcrição as preciosas lições sobre o princípio da pre- sustentável e sua aplicação no plano do direito interno'.

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dos SeUs consultores. apõs a stipercoiiiissão aprovar o Parecer 1 écii co Conclusivo o relação ao potencial de ser a linhagem 5 [G 403-2. A partir de nosso exame deter-
ato administrativo aprovado passa a ser viticu lado, obrigando aos M inisté rms da n inati'os que a linhagem ra STC. 40-3-2:(1) não mostra possuir quaisquer propriedades
Agricultuni Saúde e Meio Arnb ente adotá-lo sem criticas ou reservas. vegetais patôgenas; (2) sua improbabilidade de se tornar, uma planta dal imiler é igual

Mais n'na vez, vamos iios socorrer das pi-eciosas lições do mestra Paulo Aílbi,_ das variedades não modificadas com linhagem progenitora comum: (3) não aLi-

50 Leuie Machado, que estudou a fuii do a questão da competência da C [NRi o. em mentira o potencial de herbosidade de qualquer outra planta cultivada ou de quais-

especial a clirigação genérica dos M ri istério referidos no co/irEi do a ri. 7 da 1 quer espécies nativas silvestres COlO as quais possa conseguir crLrz.ir; (4) rijo causará

8974/95 de realizar a fiscali aç:ão e ,iinnitora',ieiito de todas as atividades rel.wio_ danos aos proclLLtos agr(colas prt,cessados.e (5) é ixiiprovvel que prciudique quaisquer

nadas com 06 M. Diz ele: outros sirgailIsilios, coiii4) as abelhas e niinhocas, que são benéficas para n.,murulto -

As a, (0 rizaçôcs IiI(flt /1, ria das só podei-ão ser xpedMas 'pé' u'r sido ou da a Co i issã, ra' (Dou. ii. 5, pg. 22)

Téci rica ]Vacíoii ai de Bioss eg Id ra içci, a q ai deverá e,, (ir Parecer Pré0 jo Caireii /19. Oç .t 1- Se tudo o pie foi dito pela empresa em relação aos: supostos danos a,ubien tais
eis1 'rios deverão coar er coura na ni,umoia das apito rizaçães ti referido ja ccc r ri ic à, que poderiam ser causados pela soja R ound mip Ready for de fato verdade, e vamos
vinculados ao 'resina. Para não sequir o i'arccer da Cfl\TBio, a A dininustraçdo Federal dei 'e aqui admitir, em teoria, que a nova variedade seja mesmo inofensiva do ponto de
apresn tar razões funda,nc,rtadas ira interç.çe da vida e da saúde do ho,ne,u dos anirixais da, vista ai nbiental, então, qual é a razão para não se apresentar o EIA, se se trata do
plantas, bani co,,o do kieio anibiente (au. Ia da Lei e. 8_974195. primeiro caso di' aprovaçào de OGM no país?

Ora, a si rnples realização do ELA demonstrando os acertos de suas premissas

O regLs (ri do p rodj to coe te udo O CM ii os (iCfl p 'udos 5e O G\ E para libe 'ação no a nibieii tais darei à Moi j santo e à C'FN Ii o o argumento defini tive sofre O assun -
te, afasta rido qualquer dúvida sobre eventuais efeitos danosos decorrentes do
i,,,birn,e é una fase pirlinrhiar que antecede à auiorizaçào. O Simples reçisfro nãii eqrlivale o
dizer q te o pra dx lo pode . ci- 5csca 'la da n o ltreio a, ti b je te. descarle de 0CM no incio ambiente. Os seus adversrios perderiam o palanque
político e a opinião pública seria agraci;ida com Lima satisfação pública por parti
,ia erii1'resa quinto a tini e.nprcendiniento anibieritalmc,ite correto. O princípio
/nsiçtinlos que não se pode a/,star a decisão luta! da liberação de )GM do Gmpo II
constitucional teria sido rigorosaliiefltc cumprido e o Ministério Público Federal
dos A'Íix 1 isér,os co, rp etc,, (es a ei is são dica to rização ja n'ais po derã se' a ri, tra da. Nece p -
daria, por finda, no caso especifico, a sua jortiada cívica em favor da análise de
(a de p ou ,uçãe, isto é a cx eriorizaçã o dos ri
da o ei nos da ni co rdência da A di' o s tração
risco e de medidas de precaução anibiental; e esta incansável Vara Federal se livra-
Pú Mica. 1 çta ae e tu noii e dos itt teresses pá hlieos e, e, caso, ii, teresses pi 1,!, cos ut,po, ...... ..
ria da pressão de ter que decidir rapidamente sobre a necessidade ou não do FIA
a proteção da saúde do ljo.ne,ir, dos a,iimals elas plantas beiit coroo do hino a,nhit',,te'çoiui,
(fis. 1358/1369).
.vpressaii'ernc açsinaia o au, l da Lei de liuce,rbaría Ceuélira -. a lei ,,. 8.974195
Porta,,t O, os n-j térios 1 tiliza los pela Adi o íeis ir rção Públuai, isto é, pelos ,'ãos do.i A-li nus 'é,10, Nessa inteligência, ciminhain estudiosos do assunto, tais como, Miguel Pedro

li Ci miou a los, para ei, (ir q na iSq Mel (las ai iohi •zaçÕci podei ii e de iena pelo P0 rir', Guerra, professor titular e coordeci;idor do curso de pás-graduaçio em Recursos

) fie/á r ia, através das açõesji. ti/riais apropriadas. Não ' ustit, i ii varão das cofri 1j eh 1 , teias Si enéticos Vegetais da UFSC e Secretário Regional da SBPC/SC, itubens Onofre

Poder, Executiva o reexame das autorizações nÂ, só para constatar se destsio de poder, lima Nodari, professor titula' da UFSC e presidente da Sociedade Brasileira de Genética
para auerkivar se as finalidades de proteção constantes da lei [oram efetii'a,nerrre aiei,didas Regional de SC e (flaci Zancan, professora titular e Chefe do Depananwnto de
(grifanios) Bmoquiniica da UPOR eVice-presidente do SBPC que, em artigo publicado, sob o
titulo A Soja 1'rai,sguica e a Cidadania, assim concluíram:

Neste ponto, deve,,,os fazer uma reflexão sobre essa incessante polêmica sobre 'Estamos convencidos de que é preciso esmdar com atenção e discutir publi-

a obrigatoriedade ou n
Si,
do EIA corno condição para aLitorização de plantio ou caiu ente o caso da soja nu tes de sua liberação, até porque este será um caso que

coinercializaçao de 0CM. Afirma a empresa, na sua manifestação de fis. 887 e se- cr rara juris1rudêncri' sobre o assunto. Existem várias questões no processo apresen-

guintes, que: tado em que pião há nilorniaçoes ou estas não estão completas.

Na análise da composição da soja rransgênica a agência declarou que a decisao Acima de tudo, não hfi informações claras sobre os graus de toxidade do pro-
da agência está fi,ndanientada na análise dos dados fornecidos ao APHIS pela Mon- dtito para a espécie humana - o que é exigido pelas Instruções Normativas da pró-
santo, bem como outros dados científicos e comentários recebidos do público com pria CTNBi0.

950 1 951
Também não sc informa, no docuniento, sobre o efeito da rransgêriia rio pro-
cesso dc fixação siinbiótica de nitrogênio intermedido pela bactéria Rhizohju, ji
Tampouco se informa sobre o impacto do cultivo destas variedades transgêni cas na
inicrobiota dos solos brasileiros.
Ao contràrio do que diz a empresa rio processo. trabalhos científicos publicados
1: três décadas. Na. se roventanteu todas as regras de proteção ao ambiente humano e
natural nesse período. A preocupação com a higiene urbana, uni certo controle sobre
as florestas e a caça já datarmi de séculos. Inovou-se no tratamento jurídico dessas
questões, procurando-se interligá-las e sistematizá-las, evitando-se a fragmentação e
até o antagonismo de leis, decretos e portarias.
Demorou-se muito para procurar-se evitar a poluição, e a transformação do
atestam que o herbicida Round up acunu la-se no solo e é prejudicial a peixes e a
ratos. Os referidos trabalhos demonstraram ainda que o produto é prejudicial a riu- inundo natural fazia-se seu i atentar-se aos resultados. No Brasil, desbravar', povoan-
nhocas e a insetos, além de causar prohleiiias reprodutivos cm ratos. do novos territórios, com a expulsão ou a conquista das populações autóctones,
Na vei-dade, não hã referências ao processo de degradação do herbicida nos desmatando e explorando minas era sinônimo de coragem, de progresso, de cnn-
diferentes solos e regiões brasileiros onde esta espécie é cultivada. quecimnento público e privado. Do que ia acontecer ou o que podia acontecer
natureza não se queria cogitar, pois acreditava-se que a natureza desse pais imenso se
Também não se trata das reações tóxicas que o herbicida poderia causar à es-
arranjaria por si mesma. O moderno 'desbravamento' continuou o passado, agora
pécie humana. Na Califórnia, por exemplo, o produto é a terceira causa mais fre-
com métodos mais agressivos, empregando niotosserras e tratores para desmnatar,
quente de reações tóxicas
poluindo os cursos de á gua com mercúrio e outros metais pesados, concentrando
É verdade que as implicações das plantas transgênicas na agricultura ainda são,
indústrias contaminadoras, como 001 Cubatão, ou danificando o ar com a poluição
na sua maioria. chia incógnita. Contudo, algumas delas são possíveis de se ailtever,
dos veículos, conto em São Paulo. No final do século XX, novas fortins de ativida-
usando-se apenas o bom senso e o conhecimento biológico. Como consequência
des, que podem desequilibrar definitivamente o já precário equilíbrio da vida no
do cultivo em grandes extensões dessas plantas transgênicas, tecemos uni aumento
planeta, são ainda fomentadas: a disseminação avassaladora dos pesticidas, a e.vpaiisão
da unifori i idade genética. É elementar prever-se que a homogeneização auiil entarã
de usinas nucleares e de seus rejeitos radioativos e a iii trodução precipitada de orga-
a viii nerabilidade genética, podendo facilitar a ocorreu cia de grandes epidemias -
como a que afetou o milho há 18 anos, nos EUA. nismos geneticamente modificados.
A Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, no Brasil (Lei ti. 6.938, de 31
de agosto de 198 1) inseriu como objetivos dessa política pública - compatibilizar o
A decisão de desrcgulanientar a soja e, por extensão, todos os outros eventuais
desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do t1eio am-
produtos engenheirados, deve ser analisada também do ponto de vista político e
biente e do equilíbrio ecológico e a preservação dos recursos ambientais, com vistas
econômico. Há que resguardar a soberania tecnológica nacional, protegendo os in-
à sua utilização racional e disponibilidade permanente (art. 4, 1 e VI) Entre os i os-
teresses e direitos dos agricultores e dos pcsquisadores
trumentos da política nacional do meio ambiente colocou-se a 'avaliação dos impac-
Maior produtividade e o consequente auineiito da capacidade de competição
tos ambientais' (art. r, 111).A prevenção passa a ter fúndai lei) ro no direito positivo
do Brasil no num.ido interilacion ai (principais vantagens associadas à soja transgê- nessa lei pioneira na América Latina. Incontestável passou a ser a obrigação de pre-
nica) são conquistas que não podem se sobrepor aos direitos dos cidadãos. venir ou evitar o dano ainbier,ral, quando o mesmo pudesse ser detectado antecipa-
Para a SBPC, que completa 50 anos de luta cm favor do conhecimento como daniente. Contudo, no Brasil, em 1981, ainda não havíamos chegado claramente ao
ferramenta de cidadania, a desregulamentação da soja transgénica resistente ao her- direito da precaução.
bicida Round ip, com o atual grau de informação disponível sobre seus riscos à
O princípio da precaução (Vorsorgeprinzij') está presente no direito alemão
saúde humana e ao meio ambiente, seca decisão lesiva aos interesses da população desde os anos 70, ao lado do princípio da cooperação e do princípio poluidor-pa-
brasileira (Injornal da Ciência - edição de 28.8.98 - fis. 98). gador. Eckard Rehbinder, Professor da Universidade de Frankfui't, acentua que 'a
O renomado Professor Paulo Affonso Leme Machado escreveu notável estudo política amnhiental não se limita à eliminação ou redução da poluição já existente ou
sobre o Pzine(pio da Preca'ão e o DireiloAn,biental, dc que niereceni destaque os tó- iminente (proteção contra o perigo), mas faz com que a poluição seja combatida
picos seguintes: desde o início (proteção contra o simples risco) e que o recurso natural seja desfru-
'A Prevenção e a Inftodução do Princípio da Precaução no Direito A,nbiental tado sobre a base de um rendimento duradouro'. Clerd Wititer. Professor na Univer-
Prevenir a degradação do meio ambiente no plano nacional e internacional é sidade de Bremen, diferencia perigo ambiental do risco annhiental. Di? que 'se os
unia concepção que passou a ser aceita no mundojurídico, especialmente nas últimas perigos são geralmente proibidos, o mesmo não acontece com os riscos. Os riscos

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não pedem ser excluídos, porque sempre permanece a pi -obabilidade de um dano fá cil o confronto com esses comportamentos, porque eles estão corroendo a socie-
menor. Os riscos podem ser niinimizados. Se a legislação proíbe ações perigosa5 'lias dade contempodnea. Olhando-se o inundo das Bolsas, aquilata-se o quanto a 'cul-
possibilita a mitigação dos riscos, aplica-se o 'princípio da precaução', o qual requer tura do risco contamina os setores financeiros e os governos, jogando na maior
a reduç-ão da extensão, da frequência ou da incerte7a do dano'. parte das vezes, com os bens alheios. O principio da precaução não significa a pros-
A iniplemnentação do principio da precaução não tem por finalidade mniobiliar tração diante do medo, não elimina a audácia saudável, mas equivale á busca da se-
as atividades h uni alias - Não se trata da precaução que tudo impede ou que em tudo gurança do meio ambiente, indispensável para a continuidade da vida.
vê catástrofes ou inales O princípio da precaução visa a durabilidade da sadia qua- A necessidade do adiamento das medidas de precaução em acordos adnunis-
lidade de vida das gerações humanas e a continuidade da natureza existente ilo ti-ativos ou em acordos efetuados pelo Ministério Público deve ser exaustivamenre
planeta. A precaução deve ser visualizada não só em relação ás gerações presentes, prosada pelo órgão público atnhiental ou pelo próprio Ministério Público. Na d&-
como em relação ao direito ao meio ambiente das gerações futura, como afirma vida, opta-se pela solução que proteja imediatamente o ser humano e conserve o
Michel Prieur, professor da IJmnversidade de Linioges meio ambiente (eu di il,io, pra sali te ou in du bio, pro imatura) -
O Princípio da Precaução e a Engenharia Genética O Princípio da Precaução e os Princípios Constitucionais da Administração PrbUca

Na França, o Conselho de Estado concedeu medida liminar (sursis a Brasileira


em uni processo movido pela Association Greeispeace Franca contra a empresa INovar- O princípio da precaução abraçado pelo Brasil com a adesão, ratificação e
tis, suspendendo a portaria do Ministro da Agricultura, de 5 de fevereiro de 1998 promulgação das Convenções Internacionais mencionadas, com a adoção do art. 225
que permitia o cultivo do 'milho transgên ico', ou obtido através de manipulação da Constituição Federal e com o advento do nu 54, 32, da Lei n. 9.605, de 12 de
genética. O Tribunal francês acolheu a argumentação de que o processo estava in- fevereiro de 1998, deverã ser mnipleinentado pela Administração Pública, tio cuni pri-
completo no referente 'ã avaliação de impacto sobre a saúde pública do gene de nienro dos princípios expostos no art. 37, capta, da Constituição Federal,
resistência á ariipicilitia contido nas variedades de milho transg&nico',catiro, tampe e , Contraria a moralidade e a legalidade admiiinistrativas a postergação de medidas
o iaã o respeito ao 'princípio da precau çi o', cii uticiado no art. L. 20( }- 1 do Código de precaução que devam ser tomadas inediatam ente,Viola o principio da publ ici-
i&u ra E - A ex-ministra do meio ambieii te, jurista Corinne Lepage afirmou que o dade e ria imiipessoalidade administrativas os acordos e/ou licenciamentos em que o
posicionamento do Conselho de Estado 'ulrrapassa ocaso do milho traiisgênico, pois cronograma da execução de projetos ou a execução de obras não são apresentados
o princípio deverá ser aplicado para todos os organismos genetiraniente modificados previamente ao público, para que os setores interessados possam participar do pro-
(OGM) (20) O arr. L. 200-1 do Código Rural mencionado no julgado tem a se- cedimento das decisões.
guinte redação: o princípio da precaução segundo o qual a ausência de certeza, le-
Deixa de buscar eficiência a Administração Pública que, não procurando
vando em conta os conhecimentos científicos e técnicos do momento não deve
prever danos para o ser humano e o meio ambiente, onute-se no exigir e no pri.
retardar a adoção de medidas efetivas e proporcionais visando prevenir o risco de
ticar iiiedidas de precaução, que, tio futuro, ocasionarão prejuízos, pelos quais ela
danos graves e irreversíveis ao meio ambiente, a um custo economicamente aceitável.
será rorresponsável.
Jníp/enientação Imediata das Medidas de Prevenção: o Na, Adianiento
Não apenas a existência dos princípios constitucionais apontados são impor-
Os docunietitos internacionais citados entendem que as medidas de prevenção tantes, rio sadio funcionamento da Administração Pública ambiental. A prática dos
não devem ser 'postergadas' (Declaração do Rio de Janeiro/1992, Convenção da princípios da informação ampla e da participação ininterrupta das pessoas e organi-
Diversidade Biológica e Convenção — Quadro sobre a Mudança do Clima) zações sociais, no processo das decisões dos aparelhos burocráticos, é que alicerçam
Postergar é adiar, é deixar para depois., é não fazer agora, é esperar acontecer. e tornam possível viabilizar a implementação da prevenção e da precaução para a
A precaução age no presente para não se ter que chorar e lastimar no futuro.A pre- defesa do sem humano e do rrmeio ambiente.
caução não só deve estar presente para iriipedir o prejuízo amnhiental, mesmo incer- A Jnvr.ção do Onus da Proua e o Princípio da Precaução
to, que possa resultar das ações ou omissões humanas, como deve atuar para apre -
Em certos casos, em face à incerteza científica, a relação de causalidade é
venção opoituna desse prejuízo. Evita-se o dano ambiental, através da prevenção 'to
presumida com o objetivo de evitar a ocorrência de dano. Então, uma aplicação
tempo certo.
estrita do princípio da precaução inverte o ônus normal da prova e impõe ao autor
O princípio da precaução, para ser aplicado efetivamente, tem que suplantar a potencial provar, corri anterioridade, que sua ação não causará danos ao meio am-
pressa, a precipitação, a rapidez insensata e a vontade de resultado imediato. Não biente', ensinam os pmofessores Alexandre Kiss e l)inah Shelton. Citam o exemplo

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da (1 NBics desprezou a Convenção da ])ivenodadc Biológica ciii vi 9.1 11. Brisi liaridades locais ausentes ia espécie'. 5117 Pleito - ALI) n o 1 .086-7 / SC - Peno -
e, assi tu, agiu ilegalmente. A poli tica ''aciona' dc biossegu rariça deve começar 'ia É medida lijuin ir - ReI. Miii. lImar Galvão, Diário da Justiça, Seção 1, 16.09.94' (in
Direito Consfl tiwio,iaI -- 9 cd., revista, aiiipliada e atualizada com a EC o. 19/98 -
própria Comissão que a propõe (art. 2s, 1, do Decreto n. 1.751 de 20.12.05) (lis
Rerorlila Adiuiiiistranva -- Editora Atlas SA. - SI', 1999 - págs. 604/605).
198/512).
O princípio da precaução, pelo visto, resulta li puJais protetiva do text,
constitucional, ao cuidar do r,,ao ambiente, com natureza vinculativa. colho parri
nônio difuso e côsiiiico (Li Iiuiiiaindade. No eco de tantas voes autorizadas, no mundo da bioteciiologia, a exigir pru-
dêncid e segurança nu trato de orgaiiiSnlOS geneticamellle modiricados (0CM), com
Nesse e,itido, observa Alexandre de Montes:
vistas ,i proteger a vida e a saúde do homem, dos animais, das plantas, dos seres vivos
A Constituição proclama que todos rérn direito ao meio ambiente eco]ugica_ em geral e de todo o meio ambiente, impõe-se a observáncia rigorosa do princípio
Dente equilil'rado,bein de uso coniuru do povo e essencial à sadia qualidade de vida. da precaução, ria espécie.
impondo-se ao poder público e coletivídade o dever de defendê-lo e preser vá_lo A apresentação cientificamente ftmdarne,irada do Estudo Prévio de l iiipacto
para as presei ires e futuras gerações (CE, art. 225); prescrevendo as scgu 'ires normas Ainbicntal, na forma preconizada pelo art. 225, IV, da Constituição da República
obrigatórias de atuação da Administração pública e dos particulares, tinia vez que Federativa do Brasil, corno condição indispensável ao plantio, ecu escala comercial.
condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os iii ri -atores da soja Riunid up Readb resu lta , ciii termos vi,eulativos, dos direitos fundaiiientais
pessoas fisicas ou jurídicas,a sanções penais e administrativas, independenteniciite da da, i herdade, segurança e iii cio ambiente ecologicamente equilibrado) de primei-
<ibrigação de o,para, os danos causados (CV; a rt. 225, 3). ri e quarta diuicnsão.
• Preservação e restau ração dos processos ecológ ices essenciais e provinienro Nessa convicção, escreve Ingo Wolfgang Sariet: No que diz com a relação
cio manejo ecológico las espécies e ecossistemas. ciltre o' órgãchs da adiiunistração e os direitos fuiidaiaicntais, no (pial vigora o vii-
cípio <la constitucionalidade iinedi;ita da ;idmii,isiração, a vinclilação aos direitos
• Preservação à divenidadc e à icitegridacle (lo patrimônio genetico d pais
itais significi que os órgàus administrativos devem executar apenas as leis
e scalização d.n entidades dedicadas à pesquisa e ilanipulação de material genético.
qe àqueles sejam conrormes, bens como executar estas leis de forma constitucional,
• Def oiço, cl i todas as unidades di Federação, dc espaços territoriais e seus isto é, aplicando-as e interpretando-as em conformidade com os direitos fundainen-
coinpoiieiites a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supiessão t.us. A não observância destes postulados poderã, por outro lado, levar a invalidação
permitidas: somente por meio de lei, vedada qualquer utilização que co iiiproneta a judicial dos atos administrativos coi 1 trários aos direitos fri ndamentais, pro hlcina que
integridade dos atributos que justifiquem sua proteç5o. diz rol" o coii trole j urisdicio nal dos atos administrativos (..)' (Iit Efic4cia dos direitos
• Exigência, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencial- /undanieita's - Ed. Livraria do Advogado - Porco Alegre - 1998 - pág.32?).
lente causadora de sagniricativa degradaço do meio ambiente, de estudo prévio dc Nesse pai- ti cular, o princípio da precaução é imperativo constitucional, que não
inipacto ambiental, a que se dará publicidade. Aualisaiido esse tema, o Supremo dispensa o Estudo Prévio de 1 iipactt) Ambiental, para o plantio, ciii escala comercial,
lriI,unai Federal declarou, limiiinarnieiite. a ixiconstilucionalidack do art. 182, da soja trliisgêuica (Rouud up Ready).
da Constituição cio Estado de Santa Catarina, que exclua a obrigatoriedade de es- Com a máxima vênia, não posso concordar, assim, com o respeitável entendi-
tudos prévios de impacto ambiental, em relação às áreas florestadas ou objeto de monto do ilustre Juiz Federal Substituto destaVara, no sentido de que 'a questão há
reflorestamento para fins empresariais. Assin 1 SC ina n festou, entendendo que se re- de ser equacionada por prova pericial, imprescindível, na espécie', na convicção de
veJavajuridicainente relevante a tese de inconstitucionalidade da norma estadual que que o direito do consumidor, a meu sentir, está suficientemente resguardado pela
dispensa o estudo prévio de impacto arnhiental no caso de áreas de florestanaentt, ou liiiunar deferida às fis. 208 da ação civil pública n. 97.36170-4, determinando a na-
reúorestainen to pala fins empresariais, pois M esmo que se admitisse a possibilidade tulagem de todo e qualquer produto feito á base de soja tiaiisgênica, esclarecendo
de tal restrição, a lei que poderia viabilizã-la estaria inscridi na conipetêlicia do 1c- quanto às suas camncteristicas e riscos para o consumo' (sk - fls 472).
gislador federaljã que a este cabe disciplinar, através de normas gerais, a conservação A simples rotulagem dos produtos rransgénicos afigura-se insuficiente ao pre-
da natureza e a proteção do meio anil ente (art. 24, iitc.Vl, da CE). não sendo pos- enchimento da cficãcia do princípio da prevenço, nesse contexto, em que se busca
sível, ademais, cogitar-se da competência legislativa a que se refere o 5 3 do art. 24 proteger, prioritarianiente, a sadia qualidade devida, para as presentes e futuras ge-
da Carta Federal, já que esta busca su1rir lacunas noriiiativas para atender às pec Li- rações, como ordena o comando constitucional.

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senvolvjmcnto equilibrado, o direito 'paz, o direito sobre o património coiiiui,i da não poderã nunca mais comprar
humanidade e o direito de comunicação passaram a ser buscado, mesmo no plano
o sol das manhãs vindouras.
constitucion ai, uma proposta ou, o que é mais, uma nova inaposição se com ei - eu
fazer sentir na ordeira econõmica: a que forçava a kx incrcatcria sem regula meflraç0 Expulso do grande baú do medo,
e sem a presença do Estado no plano das experiências políticas. A prioridad e dos o dinheiro se transformará cru uma espada fraternal
mercados e suas leis a cnfiuiizar a presença de consumidores para a obren ção de fluI para defender o direito de cantar
lucros, de um lado, e a sua inserção na prática polirica dciiti-o do Estado ou 1111ni0
H a festa do dia que chegou:
acima dele, por outro, ensejaram o que se deu a conhecer corno .i tendência neo]i_
heral do processo de globalização. Note-se que não se cuida, aqui, de renega r o (Faz L so,o 'nas eu Canto, Os Estatutos do Homem, Ato Institucional Perma-
mercado como organização que guarda inequívoca in-iportáncia na orgaxiizaçào da nente, Ed, Civilização Brasileira, Sa d., 1978, págs. 19/20)
sociedade ocidental e mesmo mundial e tia diriômica da vida económica O que se
põe em relevo, contudo, é que o mercado há que estar a serviço de lucras sociais e VI
não a sociedade a serviço do mercado. Nem a lei do mercado haverá que dominar
Com estas considerações, acolho o pedido formulado pelo douro representan-
o homem e conduzir a sua necessidade. Atires ter-se-ia então, unia lei totalitá ria
te do Ministério Público Federal, às fls 802 destes autos, na linha de formulação do
sem fundamento de humanidade ou de humanismo E, no entanto, c o honieiii que
pedido inicial e dos posteriores requerimentos das entidades autoras, para determinar,
deve livremente afirmar, a sua necessidade para que em sua direção se conduza o
mercado. Principalmente, haverá que se elaborar sempre irni Estado de Direito e nu, ciii caráter mandamental inibitório, sem prejuízo das medidas de natureza cautelar
l)reito do Estado no qual o homem não seja a moeda, mas o proprietário dela Sc1j já adoradas pelo ilustre juiz Substituto desta Vara, na decisão de fls.478/479, que:
o homem valor maior da vida social e ri ão mero valor de troca de produtos' Ii - as empresas promovidas, Monsanto do Brasil Ltda. e Monsoy Ltda. apre-
Coo sriruição, Soberania e MERCOSIJI. - Rer;ista Tíi,nesrral de j)i ,ríto Pd lilr•ri, - sentem Estude, Prévio de Impacto A,iibienta, na forma preconizada pelo art. 223,
21/1998 - Milheiros Editores - págs. 14 e 17). IV, da Constituição Federal, como condição indispensável para o plantio, em escala
As questões resultar, tes da engenharia genética não se resolvam, apenas, colho comercial da soja Round up Ready;
as leis de mercado, n'as, sobretudo, cnn, a ohservnria rigorosa das leis de proteção 11 - ficam impedidas as referidas empresas de coinercializareni as sementes da
vida, como, assim, preordena nosso ordenamento jurídico-constitucional. soja geneticamente modificada, até que seja regulamentada e definida, pelo poder
Sem contabilizar exageros, creio que a velocidade irresponsável que se prereil- público competente. as normas de biossegurança e da rotulagem de organismos
de imprimir nos avanços da engenharia genética, nos dias atuais, guiada pela dcsrc- genericainente modificados;
gulailienração gananciosa da globalização econ6niica, poderá gestar, nos albores do III -fica suspenso o cultivo, em escala comercial do referido produto, sem que
ovo milénio, unia esquisita civilização de 'aliens hospedeiros', com fisi o, oiliui pc sejam suficientemente esclarecidas, no curso da instrução processual, as questões
çorrhenta, a comprometer, definitivamente, em termos reais, e não fictícios a sobre- técnicas suscitadas por pesquisadores de renome, a respeito das possíveis falhas apre-
vivência das futuras gerações de nosso planeta. sentadas pela CTNBi0 em relação ao exame do pedido de desregulamnentação da
Sem ofensa ao rigor cientifico do terna em debate, onde os 'arguimiemilos de soja Rownd up Rcody;
autoridade' não devem prevalecer sobre a autoridade dos argumentos, aqui, colhidos. lv - as empresas promovidas apresentem, nestes autos, no prazo de 10 (dez)
no meio autorizado da Biociência, convém que se conclua este arrazoado coili as dias, fotocópia autêntica do Certificado de Qualidade em Biossegurança - CQB, a
palavras do biopoera,Thiago de Mello, nesta partitura: que se referem o S 3 do art. r da Lei o- 8974/95 e o arr. 8, caput. do Decreto n.
'Artigo 1 - Pica decretado que agora vale a verdade, .752, de 20.12.95:
que agora vale a vida V - a CTNBio apresente a este Juízo, no prazo de dez dias, cópias autênticas
e que de mãos dadas, dos cmirriculuni virae de seus membros efetivos, e suplentes, para aferição judicial da
trabalharemos todos pela vida verdadeira. qualificação exigida pelos §S Isi e 2 do art. 3- do referido Decreto n. 1,752/95, bem
assim, em igual prazo, devem ser remetidas cópias autênticas das peças que compõem
o processo n- 1200.002402/98-60, a que se refere o Comunicado n. 54, de 29 de
Artigo li - Fica decretado que o dinheiro setembro de 1998;

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de frangos de corte mais resistentes, con -i menos gordura e mais carne de produtos que contenham organismos geneticamente modificados, permitin-
forma que ganhem peso rapidamente, consumindo menor quantidade de do-lhe uma consciente opção de adquiri-lo ou não, evitando assim prática
ração, e de galinhas poedeiras, associando iiianipulações genéticas com o enganosa (CDC, anis. 4°, (, 82,30 e 36; Lei n. 11.105/2005, art. 40; Decreto
renciamento do espaço, condições térmicas e balanceamento nutric,u,,aI»s ia. 4.680/2003, art. 2°).A rotulagem é obrigatória para produtos que apresen-
Com isso aumenta-se a produção de carne, barateando seu preço, tra?endc, tem mais de 1% de transgenia no seu conteúdo final. Bruno Tanus job
heneficios à alimentação do ser humano. Meira observa que: "Na União Europeia a rotulagem de transgênicos é pre-
O consui'io de ração, baseadas ei]] soja tr-ansgênica, por vacas, fez coili vista pelo Regulamento 1.830/2003, que determina, para os produtos que
que a produção de leite aumentasse, mas, por outro lado, bezerros por elas superem o limite de 0,9% de presença de material geneticamente modifica-
paridos ipresentariin malfornuações e, além disso, sofreram inflamaçõ es nos do acidental ou tecnicamente inevitável', a inclusão nos seus rótulos da
úberes e adquiriram moléstias ligadas ao inetabolismojoaninhas, que coil]e menção 'este produto contém organistnos geneticamente modificados' ou
ram pulgões de batatas transgénicas, tiveram sua fecundidade afetada e passa- este produto contém (nome do(s) organismo(s)) geneticamente modificado(s)',
ram a pôr menos ovos- Porcas alimentadas corri milho tnnsgênico apresei, sem o uso de qualquer simbologia que faça alusão a elementos de
taram falsa gravidez. p ericulosidade ''.
Dúvida não há que a engenharia genética traz, de um lado, muitos he_ O Decreto n. 4.680/2003 regulamenta o direito à informação quanto
iaeficios à humanidade. Grande parte dos alimentos resulta de processos de
a alimentos que contenha,i, ou seja,,] produzidos a partir de organismos
melhoramento genético; cerca de 60% de alimentos industrializados té'n
geneticamente modificados. Por isso, a Portaria n. 2.658/2003, do Ministério
algum tipo de matéria-prinu transgênica. Podem ter soja transgênica: sorve-
da Justiça, aprova o Regulamento para o emprego do sniholo transgênico (a
tes, achocolatados, balas, salsichas, biscoitos, cereais, bebidas com soja, queij os
letra 'f etn preto dentro de uni triângulo amarelo) que comporá a rotulagem
Feitos com leite de soja, mine de soja, leite em pô, alimentos Los para bebés -
Sucr ilhos, pipoca, óleo de ii till, o podem ser derivados de milho uarisgéii iço. dos alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou
Catchup, molhos e sucos são produtos industrializados que podem advir de
animal embalados, vendidos a granel ou in natura, que contenham ou sejam
tomates transgêlaicos' 7 . E como, por exemplo, a soja transginica não pode ser produzidos a partir de organisnaos geneticamente modificados, na forma do
identificada entre os grãos comuns e como não se pode saber se produtos Decreto n. 4.680/2003 (no mesmo sentido a Lei n. 11. 105/2005, art. 40). O
industrializados contêm, ou não, seres transgênicos, seria conveniente, para símbolo terá a seguinte apresentação gráfica:
sua comercializaç5o, a rotulagem de todos os produtos geneticamente niodi-
ficados para que o consutnidor saiba o que está cortiendo.
A rotulagem, portanto, tem por escopo permitir utna conicLi]icaçào
transparente entre fornecedor e consumidor, informando a este último sobre

65 Celço Antonio Pacheco Fiorillo e Marcelo Abelha Rodrigue,Ma'iunI. cii, p. '166.


66. Vide Celso & 1k FiorilIo e Adriana Diafria, Biodiversidade, ci!., p. 6!. Sal'uôes, CCII-
tendo gene de peixes do Artico, para maior resistência ao frio, c rescerani niais do que o eslie
nado (htcp: www.dw-world. de©Deutschewelle) - A Portaria o - 26312010 do Mini,trit, da
C'&ncia e TccnoIoga apniva o Regimento Interno do Conselho Nacional de Controle de
Experirnentaço Animal (CONCEA).
67 Lesa Fredja Szklamwsky, Trai]sgénicos. Consuicx, cit., p. 18 Há projeto de Lei (Ir 68.Aua Eli-beta L.W. Cavalcanci, A mnulagem dos alimentos genecica'neiace modifi-
hiossegurança que cons'dennS como crime o cultivo, produção, comercializas 5°, ar iilaze'ia- cados e o direiro à inforniaçáa do consumidor, in O direito na sociedade de hifoniiaçao (coord.
niento e transporte de ornis'iios genetica'iien e modificados sem autorizaç5o, ape'iado cnn i Liliana M. Paesani); Bruno 1 JoU e Meira, Rotulagem de produtos 'biotech", Folha de S
reclusão de tiin a três anos Paulo, 7-12-2009,p.A-3. Sobre rotulagem de transgénicos: PI, 4.148/2008.

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humanas e vacinas foram obtidas com a biotecnologia, trazendo iriestj
niável auxilio á saúde.
1 com a introdução dessa civilização transgênica ou com a criação de organis-
nios geneticamente modificados? Será que o ser humano teria o direito de
Produz i napacto no II Cio ana ble; te Ia[14 TQI, pois bactér ias inodifi ca das alterar geneticamente uni vegetal ou um animal, criando espécies diferentes
geneticamente podem despoluir rios e mares, decompor hidrocai -boriet 05 das existentes, para atender a seus interesses ou a carência de alimentos? Po-
do petróleo. limpar lençóis frcáticos contaminados, tornar certos Solventes deria o homem pôr em xeque o que a natureza levou milhões de anos para
tóxicos inofcnsivos Por exemplo, o teflon biológico, biopolini ero oriundo de construir? Poderia o ser humano saciar sua ganância desafiando a natureza,
célula sanguínea, pode auxiliar na prevenção do enlanacaniento no casco causando danos ao niero ambiente e às gerações frituras? Seria possível ad-
de navios e na emissão de ferrugem na gua. Mas a produção de organismo5 mitir o transporte de genes de unia espécie a outra? A formação de novas
transgênicos e teratogênicos pode ameaçar a extinção de espécies cxisten_ espécies n'ais resistentes riso seria uni modo de fazer unia seleção natural
(es. No meio ambiente cultural, pode ajudar a descobrir a história da evolução artificial? Qual o verdadeiro impacto ao meio ambiente e à saúde produzido
da humanidade, pois, pelo exame do DNA de quatro esqueletos encontra- pela planta transgênica? Poder-se-ia acatar a criação da vida em laboratório?
dos no Egito, no Vale dos Templos, provou-se que se tratava tios filhos do A terapia gênica não seria urna forma disfarçada de eugenismo, por conter
faraó Ranisés II'' cm seu bojo o melhoramento genético? Como resolver a questão da paten-
Por outro lado, muitos são os riscos que o emprego da engenharia ge- tealidade dos OGMs? Não haveria uni perigo no aumento da longevidade
nética podem trazer ao meio ambiente. Quais as reais consequências, a longo da vida pelo conserto de genes deletérios, pela cura de determinados tipos
prazo, das transformações biotecnológicas? Quais os efeitos que, no futuro, de nio]éstias, pela melhoria da qualidade dos alimentos, fazendo colar que
poderão advir das mutações genéticas artificiais, praticadas ciii laboratório, bebês nascidos em 2018 possam viver por mais de cem anos, estando na
em animais e plantas? Quais os riscos que o 1 leio ambiente pode rã sofrer adolescência aos 30 e 40 anos de idade, atingindo a maioridade aos 50 e 80
e ficando velhos lá pelos seus 90, 100 e até mais tarde, se herdaram genes mais
resistentes? Isso não levaria à questão de pensar num itielhoraniento de es-
e projetos com 0CM e seus derivados ciii contenção; a Instrução Normativa n. 42 dc 12 de paço habitável no globo terrestre, diante do considerável crescimento popu-
dezembro de 2006. do Ministério da Agrtcultura, Pecuária e Abastecimento resolve aprovar lacional provocado pela resistência humana aos azares da vida? Diante dos
o regulamento para extensão de escopo de credenciarneiato dos larrocatórios de amlãlLsc de avanços biotecnológicos, como manter o respeito à dignidade da pessoa
senen tes públicos e privados, credenciados pelo MAPA, para realizarem amiãl'ses ou ensaios humana? Com a identificação de todo o código genético do ser humano, no
para detecção qualitativa ou quantitativa e idemi tificação de sementes de Orgarlismos Cener, - meio previdenciário e empregaricio, não poderia haver uma discriminação,
canien te Modificados - 0CM autorizadas para uso comercial; a Resolução Norm nativa mi. 6 1
de 6-11 -2008. da CTNBio, dispôe sobre as noririas para liberação planejada no meio arnhm eia - mediante a seleção dos contratados de acordo com seus gene5? 72 .

te de Organismos (eneticanienre Modificados (0CM) de acrigou ergestal e seus derivados O Instituto Brasileiro de Defesa dos Consumidores (IDEC), atualmente,
O STE recenremnence, j ulgoil procedente a A1)l 3645, relatora a Ministra Elien Crccie, pro- vem solicitando ao Poder Público maior rigor no controle de alimentos trans-
posta pelo Partido da Frente Liberal (PFL), declarando a inconstitucionalidade formal da Lei
gênicos, entendendo ser necessário que o Governo Federal crie regulamentos
Estadual n 14.861/2005, que dispõe sobre o direito à infruinanção quanto aos alimentos e
ingredientes alimentares que contenham ou vijann produzidos a partir de organismos geneli- e procedimentos que garantam a proibição de produtos que possam provocar
cameute modificados, e do Decreto n. 6.253/2006, que a regulamenta, ambos do Estado do no consumidor algum dano à saúde como, por exemplo, alergia alimentar ou
Parand Entendeu nossa Supreina Corte que o Estado-Membro não pode transbordar de sua resistência bacteriana a certos antjl,ióticos.A pedido do IDEC ajustiça Federal
competência legislativa suplementar com reação à legislação federa' de regéncia.A ilnportân- concedeu liminar aplicando o princípio da precaução, proibindo o governo de
ria do acerto radica no fato de o STE ter rcconliecido a imiconstirrcionalidade da Lei EsradLi-
autorizar o plantio da soja transgênica, uma vez que não há estudos sobre o seu
aI e, não, como vinha fazendo, a sua ilegal idade perante a lei federal correspondente. Assina,
houve mudança do entendimento do Plenário quanto à matéria
71. Celso A- R Fiorillo e Adriana Diafëria, Biodiersjjade cit., p 65-6; Descoberta bac-
téria que ajuda a despoluir ,.a, O Estado de 5 Paulo, 14-6-1 997;Teflon biológico é testado 72. Celso A Pacheco Fiorillo e Marcelo Abelha Rodrigues. D,etto ambiental. cit.. p
como proteção de casco de embarcação, O Estado de S. Paulo, 26-5-1997; Ciência conta lus- 181-91; Drauzio Varella, Asara dos genes, Vja, abr. 1993, p 202; Leôn Frejda Szklarowsky,
tória da evolução humana, O Estodo de 5, Paulo, 12-11-1997, Transgênicos. Consulex, cit., p. 16-7

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É preciso assegurar, não só o direito iii mlai à atimen (ação adequada, inc - art. 92 1 aVI, o SISAN tem como base as seguintes diretrizes: promoção da
rente à dignidade da pessoa, mas também os necanisinos para Sua exigibi- intersetorialidade das políticas, programas e ações governamentais e não go-
lidade, Pelos arts. 3 e 42 da Lei ii. 11 .346/2006, a segurança alin,cIlt;Ir e vernainentais, descentralização das ações e articulação, em regime de colabo-
nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular ração, entre as esferas de governo; n]onitorarnento da situação alimentar e
permanente a ali rnenros de qualidade, em quantidade suficiente, seu i (o ni - Ilucricional, visando a subsidiar o ciclo de gestão das políticas para a área nas
pro meter o acesso a outras necessidades essericia i, tendo do c 01110 base p ráti c a, diferentes esferas de governo: conjugação de medidas diretas e imediatas de
cii tares proi notoras de saúde que respeitem a di versida de c u Itu r,i 1 e que garantia de acesso a ilimentaçao adequada, com ações que ampliem a capa-
sejam anibi erital, cultural econ õinic a e soe ialnlente sti sten t vei s - A setii ran - cidade de subsistência autónoma da população; articulação entre orçamento
ça alimentar e iiLitricioii.il abrange: a) a ampliação das condições de acesso e gestão; e estimulo ao desenvolvimento de pesquisas e à capacitação de re-
aos alimentos por meio da produção, em especial da agricultura tradicional cursos humanos. Portanto, o SISAN tcni por objetivos formular e implemneu1
e familiar, do processamento, da industrialização, a co!' lercia lização. ii e lui ri- ular a inte-
rar políticas e pIa ri os de segurança alimentar e tiutricional, estimular
do-se os acordos internacionais, do abastecimento e da distribuição dos gração dos esforços entre governo e sociedade civil, bem corno promover o
alimentos, abrangendo-se a água, bem corno da geração de emprego e da acompanhamento, o iiioriilorarliento e a avaliação da segurança alimentar e
rcdiscribu,ç5o da renda; b) a conservação da biodiversidade e a utilização nutricional do País (au. 10 da Lei o. 11.34612006).
sustentável dos rec ursos: e) a pra ii ia ção da saú cl e da t tu triç ão e da a) i meu Como não se pode prever, com certeza, quais os efeitos da engenharia
ração da população, incluindo-se grupos pop ula ciouis específicos e pop genérica no meio ambiente, a Constituição Federal brasileira, no art. 225,
lações em situação de vulnerabilidade social; d) a garantia da qualidade II incumbe o Poder Público de preservar a diversidade e a integridade
biológica, sani t ria, nu trio alia! e tecti ológi ca dos ai mi LI tos, hen 1 conio sei' do património genético do Pais e de fiscalizar as entidades dedicadas à pes-
a pmveitani cli tu. estimulando
práticas iii miciares r e estios de vida san dá vei quisa e manipulação de material genético. A nor tiL' col isti tu cional ordena a
que respeitei] a diversidade Ln i ca, racial e cultu 1-a] da pop tição; e) a p ro- preservação da diversidade biológica j5 existente e do patrilmiônio genético
cl Lição de co nhe c inien to e o acesso à i rifor n ação; e a mi plerne rita ção de de todos os seres vivos, inclusive dos organisinos geneticamente modificados.
políticas públicas e estratégias sustentáveis e participativas de produção, desde que haja não só um controle pelo Poder Público da sua produção e
comercialização e consumo de alimentos, respeitando-se as múltiplas carac- comercialização, bern corno do emprego das técnicas, métodos e subsràncias
terísticas culturais do País. E, por essa mesma Lei (aut. 1 Q) , pelo Sistema que comporteni risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente
Nacional de Segurança Alimentar e Ntuiricior,al (SISAN), o Poder Público, (Cf art 225V), inas tamnhéui, uni resguardo da função ecológica dos OCMs
(011] a participação da sociedade civil organizada, forn tu Ind e irup le ni cii
derivados da associação de genes da mesma espécie (C1 art. 225,V11). Com
cá políticas, planos programas e ações com vistas a assegurar o di rei tu 1] u - isso proibidas estão as práticas que coloquem em risco a função ecológica
n'ano 5 alinient. ção adequada. Para tanto o SISAN reger-se-r pelos seguiu-
dos organismos que provoquem a extinção das espécies ou que submetam os
tes princípios: universalidade e eq ci idade no acesso à alimentação adequada,
animais à crueldade, mediante o emprego de métodos inadequados e impró-
sem qualquer espécie de discriminação; preservação da autonomia e respei-
prios à pesquisa ou de procedimentos que não sejam indo lores 4 . Regulamen-
to à dignidade das pessoas; participação social na forlitulação, execução,
tando os incisos El cv do § Pr do arr. 225 da Constituição Federal de 1988, a
acompanhamento, inonitoranlento e controle das políticas e dos planos de
1_ei n. 11. 05/2005 (Lei da Biossegurança ou da Engenharia Genética) esta-
segurança alimentar e nutricional em todas as esferas de governo; e transpa-
belece normas de segurança e mecanismos de fiscalização no uso de técnicas
rência dos programas, das ações e dos recursos públicos e privados e dos
de engenharia genética na construção, cultivo, produção, manipulação, trans-
critérios para sua concessão (art. S, n. 1 a IV, da Lei ti. 11 .346/2006). Pelo
porte, transferência, importação, exportação, arnuzenarnento, pesquisa, comer-
cialização, consumo, liberação no meio ambiente e descarte de organismo
de obter '''formações que possam indicar çtèios adversos decorrentes da hbeu,à. COuiiCrC]al
do 0CM solir o -ainb.en ou sobre a saúde buniana ou animal, em consoilánci.L com sua
aplicaçao de uso. 74. Celso Antonio Pacheco Fiorillo e Marcelo Abelha Rodrigues, Manuwl. cit., p. 475-8.

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XIII - definir o nível da biossegurança a ser aplicado ao 0CM seus usos, e 05 respec- - analisar, a pedido da CTNBio, quanto aos aspectos da conveniência e oporiuriida-
tivos procedimento e medidas de segurança quanto ao seu uso, conforme as normas estabe de socioeconómicas e do interesse nacional, os pedidos de liberação para uso comercial de
lecidas neste Decreto, bem como pia no aos seus derivados: 0CM e seus derivados;

XIV- classificar os 0CM segundo a classe de risco, observados os critérios estabelec i Ill avocar e decidir, em últiruia e definitiva instância, com base em manifestação da
dos neste Decreto: CTNBio e, quando Julgar necessário, dos órgãos e entidades de registro e fiscalização, no
imaibiro de suas competências, sobre os processos relativos a atividades que envolvam o uso
XV - acoitipanliar o desenvolçiniento e progresso lia biossegu rau comercial de 0( ;M e selas derivados''.
ça de 0CM e seus derivados;
Arr 53, Caberá aos órgãos e entidades de registro e fiscalização do 'Ministério da
XVI -emitir resoluções, de natureza 'iormativa,sobre as matérIas de sua conipeten cu ,
Saúde, do Miriistêri o da Agricultura, Pecuária e Abastecinieti to e do Ministério do Meio
XVII —por., tectuicamente 05 ôrgãos Conipetentes no processo de prevenção e inves- Anibience, e da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República entre
tigação da ccidentes e de enfermidades verificados no curso dos projetos e das anvidades com outras atribuições, no campo de suas competências, observadas a decisão técnica da CTNl3io,
técnicas de ADN/ARN recombinanre; as deliberações do CNBS e os mecanismos estabelecidos neste Decreto:
XVIII - apoiar tecnicamente os ôrgos e entidades de registro e fLscalização no e\er- - fiscalizar as atividades de pesquisa de 0CM e seus derivados;
cício de suas atividades relacionadas a 0CM e seus derivados:
II - registrar e fiscalizar a liberação comercial de 0CM e seus derivados;
XIX - divulgar no Diário Oficial da União, previaruierrte a anâRse, os etraros dos III - emitir autorização para a importação de 0CM e seus derivados para uso co-
pleitos e, posteriormente, dos pareceres dos processos que lhe forem submetidos, bem como ii e rc ia 1,
dar ampla publicidade no Sistema de Informações cio 13 osseguraruça - .SIB a sua agerid,i,
IV - estabelecer normas de registro, autorização, fiscalização e licejicianienco anibiental
processos ciii tráxn,te, relatórios anuais, atas das reuniões e deosais informações sobre suas de 0CM e seus derivados,
atividades, excluídas as informações sigilosas, de interesse comercial, apontadas pelo propo-
V - fiscalizar o c Litisprimento das normas e medidas de biossegurança estabelecidas pela
nerite e assini por ela consideradas: CTNBio;
XX - identificar a(iidades e produtos decorrentes do uso de 0CM e seus deruv.udo VI . puoruover a capacitação dos fiscLis c técnicos iticu inbidos de regist lo, autorização,
potencialmeute causc dores de degraclaço cio meio aiiibietite ou que posseira caL'sar riscos à fiscalização e licenciamento anibiemiral e 0CM e seus derivados,
saúde liulualia;
VII - instituir comissão interna especializada alia hmossegu rança de 0CM e seus deri-
XXI - reavaliar suas decisões técnicas por solicitação de seus membros ou por real no vados;
dos ôrgãos e entidades de registro e fiscalização, fundamentado em fatos ou conliecinieuuo5
VIII - manter atualizado no 5113 o cadastro das instituições e responsáveis técnicos que
cientificos novos, que sejam relevantes quanto à biossegurança de 0CM e seus derivados: tal realizam atividades e projetos relacionados a 0CM e seus derivados,
reavaliação 'será solicitada ao Presidente da CTNBio em petição que conterá o noim e e qua-
IX - tornar públicos, inclusive no Sf8, os registros, autorizações e licenciamentos ans-
lificação do solicitante, o fundamento instruído com descrição dos raios ou relato dos conhe-
bientais concedidos;
cimentos científicos novos que a ensejeni e o pedido de nova decisão a respeito da hiosscgu -
rança de 0CM e seus derivados a que se refiram' - (parágrafo único). X - aplicar as penalidades de na trata este Decreto;

XXll - propor a realização de pesquisas e estudos científicos tio campo da biossegcu Xl - subsidiar a CTN]3io na definição de quesitos de avaliação de biossegurança de
rança de 0CM e seus derivados; 0CM e seus derivados".

XXEII - apresentar proposta de seu regimento interno ao Ministro de Estado da Ciên- "Art. 58. O SIB (Sistenia de Informações em Etossegurança), vinculado á Secretaria
Executiva da CfNBio, é destinado àgestão das informações decorrentes das atividades de
cia eTecnologia".
anãlise.autorização, registro, monmtorai,lento e acompanhamento das atividades que envolvam
Esse mesmo Decreto prescreve: 0GM e seus derivados.
Art. 45.A instituição de direito público ou privado que pretender realizar pesquisa eira § Ia As disposições dos aros legais, regulamentares e administrativos que alterem, com-
laboratório, regime de contenção ou campo, como parte do processo de obtenção de 0CM plementem ou produzam efeitos sobre a legislação de biossegurança de 0CM e seus deriva-
ou de avaliação da biossegurança de 0CM, o que engloba, tio ámbito experimental, a dos dever-ão ser divulgadas am SIB concomitanteniente com a entrada em vigor desses atos.
trução, o cultivo, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação,
§ 2a Os órgãos e entidades de registro e fiscalização deverão alimentar o SIB com as
arrnazenatnento, a liberação no meio ambiente e o descarte de 0CM, deverá requerer. iii nto
informações relativas ás atividades de que trata este Decreto, processadas no ámbito de sua
á CTNBi0, a emissão do CQB (Certidão de Dualidade de Biossegurança), competência"
Art. 48.
'Art. 59. A CTNBio dará ampla publicidade a suas atividades por intermédio do Sf8,
§ F Compete ao CNBS (Conselho Nacional de Biosseguratiça): entre as quais, sua agenda de trabalho, calendário de reuniões, processos em trainitação e seus
1- fixar princípios e diretrizes para a ação administrativa dos ôrgãos e entidades fede- respectivos relatores, relatórios anuais, atas das reuniões e demais informações sobre suas ativida-
rais com competências sobre a matéria; des, excluidas apenas as informações sigilosas, de interesse comercial, assim por ela consideradas:'

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to An]haental, requisito imprescindível para que aquele llcclicianiento Possa ecologicamente equilibrado sem que a norma jurídica apresente não só as
ser dado (art. 225,5 1, IV, da CF)' fontes de recursos que, de fato viabilizassem o implemento de políticas pú-
Como se pode ver, grande é a preocupação legislativa Com O i]llpacto bi i cas voltadas à tutela do meio ambiente, lalas tal nbém os intrienotin,, Inábeis
ambiental que pode ser causado peio emprego de técnicas da eiigen} ar j de responsabilização do Poder Páblico pela sua omissão ante os impactos
genética e pela criação de organismos geneticaniente rI iodificados diante do ambiemitais? Será que se teria o esgotamento do modelo liberal de Esrado,
direito de todos a uni meio ambiente ecologicamente equilibrado, eselicial diante do aumento de bens tutelados, que exigem a eficiência de um Estado
à sadia qualidade de vida, impondo ao Poder Público o ôiius de conservar e de bem-estar social ou intervencionista?
restauiar os processos ecológicos essenciais, prover o manejo ecológico das
espécies e dos ecossistemas, a diversidade e a integridade do patrimônio ge- 6. BIOPIRATARIA E PATENTEAMENTO DO ORGANISMO
nético do País; fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de GENETICAMENTE MODIFICADO (OGM)
material genético; exigil, na forma da lei, para instalação de obra e atividade
potencialmente degradadora do meio ambiente, o estudo prévio de impacto A biodiversidade foi considerada pela Convenção sobre Biodiversidade,
ambiental, dando-se-lhe ampla pubhcidade; controlar a produção, a colher- em 1992, quando representantes de 150 países reuniram-se no Rio dejanei-
cialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que coloquem em ro para tratar da importância do meio ambiente ecologicamente equilibrado,
risco a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; promover a eduraço como a'herança comum da humanidade". Nesta mesma ocasião, cederam-se
ambiental e a conscientização pública para a preservação ainhieiital e prote- direitos de soberania sobre ela a cada nação. Com isso, a utilização da hiodi-
ger a fauna e a flora (CF. art. 225,5 ?. 1 aVil). versidade de alguma região, seja por parte dos próprios habitantes, indústrias,
nacionais ou niultinacionais, e cientistas, seja por meio de parcerias co'',
A humanidade não está preparada para o impacto ainhiental provocado
entidades estrangeiras, levantou muitas controvérsias. Poder-se-ia usar a bio-
pela bro tecnologia, que pode trazer consequé ii ci as e riscos sem li,] ii tes pai -a
diversidade como uni instrumento para obter vantagem econômica, fazen-
a saúde dos seres humanos e para o meio ambiente; por isso, imprescindível do-se concessões para extração da madeira ou para mineração? Essa biopros-
será unia avaliação daquele impacto antes de se liberar a utilização de produ- pecção, que é, corno ensina Antônio Silveira Ribeiro dos Santos, a forma de
tos geneticamente modificados e unia tomada de consciência pelos órgãos localizar, avaliar e explorar sistemática e legalmente a diversidade de vida
políticos e legislativos quanto a esse grave e sério problema. Não estaria a • existente em certo local, auxiliaria o desenvolvimento da capacidade científi-
gestão dos impactos ambientais vinculada à do próprio território? Não seria ca local? Possibilitaria a preservação dos recursos naturais? Facilitaria a docu-
necessária a implantação de políticas compreensivas de desenvolvimento mentação dos conhecimentos já obtidos pelos moradores da localidade?
urbano e rural, que controlassem as atividades econômicas predatórias e que Proporcionaria incentivos à conservação da biodiversidade? Enfim, em que
obtivessem unia melhoria da qualidade de vida das cidades a curto prazo? medida a bioprospecção, cujo objetivo é a busca de recursos genéticos para
Como reduzir os impactos ambientais se o direito ficar inerte á devastação fins empresariais, seria uni meio para que se pudesse agregar o valor econô-
ecológica? Se sem proteção ambienta] não há direito à saúde, nem a tinia vida mico à biodiversidade? Os países amazônicos deveriam fazer uso da biodiver-
digna, como assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente sadio e sidade para conseguir dinheiro, mediante a outorga de concessões para explo-
ração da floresta, ou deveriam administrar seus recursos biológicos de modo
a incentivar a conservação,junto com a transferência de tecnologia, o treina-
76.Antõnio Herman dev e Benjamin, Ititrodução., in MaoraI, cit., p. 75-6. Na União niento e a educação? Se concessões forem feitas para a exploração da Amazô-
Europeia, o controle dc organismos rransghiicos é nais rigoroso, pois Rã suspensão dc auto- nia, não haveria o risco de descontrole ou dilapidação de seus recursos naturais,
rização para plantio ccomercialização de rransgênicos Ci»'sufre: Andressa Aloisi Cyri!lo, sem que ocorram lucros significativos ou, até mesmo, progresso tecnológico? 7 '
Transgénicos e o direito à inforxnação,Jorual do Adrogado, cit, abr. 2003, p 18, AR e,olu,ao
Normativa a. 1/2006 da CTNBi0 dispõe sobre a instalação co funcionamento das Coinisões
lnterrns de Biossegurança (G lares) e sobre os critérios e procedimentos para requeri i)e]hto,
emissão, revisão, extensão, suspensão e cancelamento do Certificado de Qualidade em D'os- 77 lideAntõnio S.R,heiro dos Santos.Biopmspecçãonmportãrmcia e aspectosjurídicos,
segurança (CQB). do Direito, 'i 90, p. 8;Andrea KauEmann-Zeh, Faltam recursos para salvar a bmodiver-
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intel cc tua' e iii bi o tecnologia (7o,' tratos dc » rop ,-kdade in nus rra e novas ren 'alogias 5. Com relação aos prazos:
(co ord - Pere i -
ra dos Santos e Pinheirojabur), Série GVfarv, São Paulo, Saraiva, 2007, p 273_306 AnaVikt n
a) deverão set especificados os períodos previstos para o acesso, a bioprospecção, o de-
Araújo, Proteção aos conh eci'neiitos tradicionais associados à biodiversidade - mapas505
seuvolvimento do produto ou processo e a exploração comercial, sempre que tais etapas esti-
biopirataria e violação de direitos, Controlos o propriedade, cit.. p. 349-86 -, Marcelo Autist
o verem contempladas no projeto;
Scudeler, Biod,versidade e hiopirataria ,Jnii ti/ex, 18:28-9. Israel Fontes Outra (I. isco e
b) salvo se diferente e expressanaence acordado entre as partes, o prazo pata rcccbiinen-
táncia da pesquisa científica no contexto da Amazônia e dos povos indígenas, Ética em
to dos hencficios será contado a partir do inicio da exploração econômica do produto ou
qi'isa, R,'visia Pus ,4,ei, ia. 7:47-54/2006) rela ta que laboratórios estrangeiros se apropriam de
processo dcsens olvido.
]nateria--pritaaa da flora nacional e de con] lei inieiitas indigeiaas. A substátacia capteor li, retira-
da do veneno da jararaca, époderoso auxiliar no controle da pressão arterial e soa pai elite 6. Com relação à forma de repartição de beneficias e, quando for ocaso, acesso à tec-
pertence ao Squibb (laboratório norte-americano); o csirare, veneno usado pelos índios na nologia e transferência de tecnologia:

ponta de flechas lançadas para imobilizar tias presas, é útil na técnica de anestesia cirúrgica e a) o Contrato deve guardar coerência coro a anuência prévia obtida;
sua patente é de propriedade dos laboratórios aiaaetica nos E], Lilly, Wellconae e Abbot. É
b) na hipótese de beneficio pecuniário calculado cmii percentual, o Contrato deverá
preciso combater a biopirataria, protegendo os coiiheciiiietitos dos índios; elabora udo plano esclarecer a base e a forma de cálculo e, quando for o caso, determinar se o percentual será
para combatê-la em terras iiadigenas com acompanhamento da FUNAI, IBAM A Policia calculado sobre a receita ou o lucro decorrente do projeto, bruto ou líquido, devendo, ainda.
Federal, Ministério Público Federal: criando banco de dados dos conhecimentos do povo neste último caso, especificar clarataselate as deduções a seremil efetuadas;
indígena da biodiversidade; buscando inecaiiisnios de tutela da propriedade intelectual daque-
c) as formas de repartição de beneficias deverão estar expressas e claras, ou outras esco-
les conhecimentos; assegurando o patririlôruo indígena por meio de progl -anaas para diagiios_
lhidas pelas partes, ainda que anteriores à exploração económica de produto ou processo
ricar o potencial da biodiversidade das terras indígenas, das riquezas ili,iicrais, da Tniiia e da
derivado do acesso realizado;
flora. lide Decreto n - 6M0%, de 29 de dezembro de 2006, que regulaniciata o 60 do a' -t 7°
do Decreto-lei n 288, de 28 de fevereiro de 1967,n art. 20 da Lei n 8.387. de 30 dc doazeni- d) ao eleger as formas de repartição de beneficias, as partes deverão procurar o equilíbrio

bro de 1991, e o art. 40 da Lei ir 11.077, de 30 da dezembro de 2004, que tratant do benefi-. entre benefictos de curto, inédira e longo prazo, determinando o momento de sua execução,

cio fiscal concedido is cuipresas que produzam bens de int 'orisiitiL- a ai 7ona Franca de Manaus e) contratos ou acordos que, de algu na modo, afetem a repartirão de beneficio, deverão
que inestirena em atividades de pesquisa e desenvolviiiieuno isa ATuazônia; Resoluçici ser apresentados jtiiitamiielite com o Contrato de Utili7ação do Patrimônio Genérico e de
12/2001 do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético que tem por finalidade orientar o Repartição de Benef'icios, e, quando foro caso, corei a comprovação de ciência da parte não

processo de obtenção de anuência prévia pana fins de h'opnospecção ou desenvol vinscnco signatária acerca da existência destes contratos ou acordos.

tecnológico, por instituições nacionais interessadas em acessar componente do património 7. Os deveres da instituição responsável pelo acesso, inclusivo o de não transml tir a
genético situado clii: terras indigenas; áreas protegidas; áreas privadas; áreas indispensáveis à terceiros qualquer informação ou direito decorrente do Contrato de Utilização do l'atrinaõ-
segurança nacional; e no luar territorial brasileiro, lia plataforma continental e na zona eco- maio Genético e de Repartição de Beneficios sem prévia anuência do provedor do patrimônio
ô'nics exclusiva. genético ou do conheci niento tradicional associado, salvo por imposição legal.

A Resoluçáo n, 11, de 25 de março de 2004, do Conselho de Gestão do Patriuiôuio 8. O Contrato deverá definir, quando couber, a titularidade dos direitos de propriedade
Genético, estabelece diretrizes para a elaboração e análise dos Contratos de Utilização do iritelectLial ou outios direitos relacionados ao seu objeto, bem conao os deveres decorrentes
Patrimônio Genético e de Repartição de Beneficios que envolvam acesso a componente do destes direitos.
pa triniónio genético ou a conheci niento tradicional associado piovidos por comunidades 9. O Contrato estipulará claramente as formas de rescisão, as quais não poderão preju-
iiadigenas ou locais. Logo, a elaboração de Cn,,,rraros dc Utilizaçao do Patri'rjdnuio (;rnerre, e dc dicar direitos adquiridos anteriorliae'sre à rescisão.
Reparti çâo de Beiteflcros pautar-se-á pelas seguintes diretrizes, seita prejuízo de outras exigê ncias
10. O Contrato fixará as penalidades a serena aplicadas ás partes no caso de descu',ipri-
previras na legislação vigente:
mente de suas cláusulas, salvaguardada, em todo caso, a aplicação das penalidades previstas na
1. Presença das cláusulas essenciais dispostas ciii lei. legislação vigente.
2. Identificação e qualificaçáo de todas as partes envolvidas 11. O foro competente para a resolução de controvérsias derivadas do Contrato será o
3. Regularidade do i'lstruxiaento de procuração, quando as partes constituírena procu- de donaicílio do provedor do componente do patrimônio genético ou do conhecimento

radores para representá-las em qualquer etapa da negociação do Contrato tradicional associado, salvo quando as circtmnstãticias evidenciarem a autosstmficiéncia deste para
defender-se cita foro diferente do seu, hipótese em que o foro poderá ser livremente escolhi-
4 Com relação ao objeto do Contrato;
do pelas partes.
a) discriminação do componente do patrimônio genético ou do conhecimento ti adi-
12- Eventual cláusula de exclusividade deverá ter objeto e prazo determinados, estabe-
ciolial associado a ser acessado e quantificação aproxinaada de amostras a serem obtidas;
lecidos pelas partes de comum acordo, segundo critérios de razoabitidade a serem aferidos
b) descrição do uso pretendido.
caso a caso.

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código cquilihrado de conduta científica, que possibilitasse a livre circulaçã o químicos externos (art. 6°, parágrafo único)? Novas leis na Europa e nos Es-
de informações e de conhecimentos c preservasse os interesses nacionais e tados Unidos garantem ao explorador os direitos exclusivos sobre sua produ-
regionais. ção e a arrecadação de royalties, mas, no direito brasileiro, não há possibilidade
de patentear OGMs, no todo ou em parte, ou quaisquer produtos oriundos
Todos os países têm soberania no que concerne aos seus próprios re-
do emprego de técnica biotecnológica, por força dos arts. 225, § 1 2,V, 218. e
cursos biológicos ou genéricos, tendo responsabilidade pela preservação da
5°, XXIX, da Constituição Federal de 1988, e pelo fato de serem micro-or-
biodiversidade, pelo uso sustentável de sua flora, fauna e riquezas minerais
ganismos, que são seres vivos, integrantes do bem ambiental, considerado pela
para atender às necessidades de saúde ou de alimentação da população mun-
norma constitucional como bem de uso comum do povo; além disso, há o
dial, e pela decisão legislativa tornada relativa ao acesso e a repartiço dos
direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado e hígido pelo uso
referidos recursos.
de recursos decorrentes da biotecnologia ou de organismos geneticamente
Seria possível patentear organismos geneticamente modificados diante modificados, mesmo que criados industrialmente, por serem essenciais à qua-
da omissão da Lei n. 11.105/2005, art. 6, VII, que, genericamente veda o lidade do vida. Se os OGMs são bens de uso comum do povo, ou seja, patri-
patcntearnento de tecnologias genéticas de restrição do uso, ou seja. de qual- mônio da coletividade, como se poderia admitir,juridicamente, que alguma
quer processo de intervenção humana para geração ou multiplicação de empresa biotesnológica tenha exclusividade ou algum monopólio sobre eles,
plantas geneticamente modificadas para produzir estruturas reprodutivas esté- retirando de seu titular o direito de deles usufruir? Diante do Texto Consti-
reis, bem como qualquer forma de manipulação genética que vise à Itivaço tucional, parece-nos que patentcáveis poderiam ser, tão somente, as técnicas,
ou desativação de genes relacionados à fertilidade das plantas por indutores processos ou procedimentos científicos usados para a obtenção de ceita espé-
cie de OGMs83 , desde que haja alguma atividade de caráter inventivo e apli-
cabilidade tndustrial, seja ela farmacológica ou de hiotecnologia. Mas a Lei 11-
KI. E a lição de Andrea KatiUfiu,anii--7,eli, IaItain recurso...,No,j-ias, cii., p. 12. 11.los veda, corno vimos, no art. 6, Vfl, a utilização, a comercialização, o
82, Afonso Grisi Neto (A soberania do Estado co direito anihieiit:iI interni:rciniial !,i_ registro, o pateiteanaeuto e o licenciamento de tecnologias genéticas de restri-
fotuiüi'xi EAS1, 60:10-1) observa que pela Conferência das Nações Lriiidas sobre o meio ção de uso (parágrafo único do ajt. 6). Excepcionalmente, porém, pelo art.
ambiente e desenvolvimento de 1992, cada pais ciii o direito de explorar setas próprios iv 18,111, da Lei mi. 9.279/96, certos micro-organismos transgénicos serão susce-
cursos segundo sua polirica e desenvolvimento, responsabi lizarido-se pelos danos ao meio tíveis de serem patenteados se constituírem um invento, para tutelara proprie-
ambiente de outros Estados. Mas tem havido intervenção de certos países em prol do patri- dade intelectual para o seu uso; logo, não haverá patenteamento sobre os
'nônio conluni da hun,iculick e de intervenção hu'uauiríria, para preservação de reservas próprios OGMs. Deveras, reza o art. 18,111 e parágrafo único, da Lei n. 9.279/96
ecológicas admissível apenas se houver respeito r soberania e à integridade territorial do
Estado. Consulte;Vânia NoveIli, Lei poderá impedir pirataria genética, Tribuna do J)irciro, 46:7;
Carlos Alfredo Joly, Curupira x hiopira tarja, Pesquisa Fapcsp,547; Mãncia E 5. Picanclli e Mir-
cio 1 Aranha (org.). Polírwa de patnies no saúde IJiwj000, São Rau!o,Atlas 2001 z Fernandes de 83. Consulte: Celso A. Pacheco Fiorillo e Marcelo Abelha Rodrigues. Direito a,ob,enra,
Araújo, Krstic e Catonhn Ribeiro, Anàlise hioética da quebra de patentes (Biodíxca estm,dt' e cir., p. 211-26. Vide Resolução n. 82/2001 do lNPl, sobre as condições para a habilitação de
4iexões, cit., p. 109-24) ensinam que a quebra de patentes de isedicamentos emmolve o di rei- instituições como centros depositários de material biológico para fins de procedimentos ciii
to à saúde, garantindo o seu acesso â população uni caso de epidemias, mediante concessro de matéria de patentes. As empresas que clonanm a ovelha Doll)ç a vaca Gene, os touros George
licença compulsória (Decreto n. 1201 /99, sor 2°), acatando-se o principio da beneficência e Charlie estão disputando o pioneirismo da clonagetn para obter o Lucro. A Administração
da justiça distributiva, da responsabilidade esta tal de garantir a todos a saúde (CF, art. 1 96). de Drogas eAliinentos (FDA) dos EUA deverá autorizar a comercialização de carne e laticinios
Resolução n. 34, de 12 de fevereiro de 2009, do Ministério do Meio Ambiente estabelo derivados de animais clonados. Quem tiver a patente da cloilageni, portanto, podem embolsar
cc a forma de comprovação da observància da Medida Provisória n 2. 186H 6, de 23 de agosto milhões de dólares com a venda de vacas clonadas e geneticaniente modificadas pua a pro-
de 2001, que rcgulamenca o inciso lido § if co 4° do art 223 da Constituição, os arts. 1°. 8°. dução de mais leite, vacinas enzimas e outras moléculas terapêuticas. A Dupont dos EUA
alínea). 10, alínea c, is e 16, alíneas 3 e 4 da Convenção sobre Diversidade Biológica, dispõe patenteou, no Departamento Europeu de Patentes, em Munique, sob o n. EP 744888, milho
sobre o acesso ao patrimônio genético, a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional asso- advindo de cruzamento de urna variedade em outra, mediante processo de rnutaginese. O
ciada, a repartição de beneficios e o acesso à tecnologia e transferéncia de tecnologia para sua Departamento Europeu de Patentes, em Munique, retirou a patente n. EP 695391 do proces-
conservação e utilização, para fins de concessão de patente de invenção pelo Instituto Nacional so de manipulação genética de células-tronco e a clonagenn de animais e seres humanos (http://
da Propriedade Industriale revoga a Resolução mi. 23, de lo de iiovcnihro de 2006. www.dw-world.de©Deutschewelle).Trata-se da patente de animais transgénicos.

990 1 991
que não se permite o patenteairiento do todo ou parte dos seres vivos, exce humanos perderiam grande pai tede sua qualidade de vida e teriam, conse-
to os micro-organismos transgênicos que atendam aos três requisitos de pa quentemente, certos danos cru sua integridade fisica e psíquica. sem falar no
tenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial, que não sentimento de alienação de sua própria terra". Daí a necessidade de normas
sejam mera descoberta. Para os fins dessa lei, nücro-organismos transgêniç o, jurídicas alusivas às medidas não jurisdicionais e jurisdicionais de proteção
são organismos, salvo o todo ou parte de plantas e animais. que expresse ambiental, viabilizando os preceitos constitucionais de defesa ao meio am-
mediante intervenção humana direta em sua composição genética, unia ca- biente e garantindo o equilíbrio ecológico. Dado o caráter difuso do bern
racterística normalmente não alcançável pela espécie eu' condições naturais ambiental, tanto o Poder Público como a coletividade têm legitimaÇão para
Claro está que somente poderiam ser patenteáveis invenções que não tenham preservá-lo e defendê-lo. ftealmeiate, pelo princípio da participação, Estado
vida, uma vez que seres vivos não são, nem poderão ser, criados ou inventados e sociedade civil deverão atuar, conjuntamente, na escolha dos meios preven-
pelo h omem b4.As patentes, por si sós, não têm o condão de assegurar o repas- tivos, para a preservação ambienta], e dos reparatórios, para recomposição e
se da tecnologia, mas dão às empresas a possibilidade de efetuar contratos proteção do meio ambi ente 8t .
seguros com instituições voltadas às pesquisas científicas e de investir rio de-
O direito ambiental, por ser regido pelo princípio da precaução ou da
senvolvimento do produto ou da técnica inventados, protegendo a sua pro-
prevenção, contêm normas impondo meios para afastamento dos riscos,
priedade intelectual, impedindo a exploração por terceiros ou transferindo os
buscando a segurança das gerações presentes e futuras e a sustentabilidade
direitos da patente a terceiros, mediante compensação financeira, ou, ainda,
a,nhiental das atividade, humanas e evitando que ocorram lesões ao meio
concedendo licença de patente a terceiros, em troca de pagamento de roya/ties.
anabiente 87 . E. como taiuhérn se baseia o princípio do poluidor pagador,
abrange prescrições que visam coibir o poluidor de dar continuidade à prá-
7. TUTELA JURÍDICA DO MEIO AMBIENTE tica lesiva ao meio a nibi ente e inipo r ao lesam te a obrigação de assu 1 ni r as
7.a) Considerações iniciais despesas de prevenção, reparação e repressão do dano (Cli art. 225, 55 2° e
3Q; CC, art. 1.228, § 1°; Lei n.6.938/81 - alterada pelas Leis n. 12.651/2012
O inundo jurídico já tomou consciência da grande importância de uni
n. 12.727/2012—, arts, 4,V11, e 1 4).
incio ambiente ecologicanaente equilibrado e hígido, pois sem cic os seres
Tanto os mecanismos jurisdicionais como os não jurisdicionais são
idôneos para a prevenção ou reparação do meio ambient&. A tutela do meio
84- Consulte: Celso A. P. Pionilo e Adriana Diafria, Riodir;crsidade, rir., p 68; Carda •Mi-
ján, El derecho de patentes y las iriveilciones bio recuolôgicas, Revista de Det-eclio y (e,ÍWtJ,t
Hitjinrto, Bilbao, Espanlu, BBV fotindation, ii. 9, p. 143-61; Virrono Metiesiui, 1.e iuveiizioin 85.Andreasj. Krell,A situação arual...,Jortial do l)rn'fto. nt., p. 4
biotecnoloclae fia scoperte scientiflc]ie; applicazioiu indtistriali; preocupazioni hioetiche. Ro'tsai 86. Celso Antonio Paclieco Fiorillo e Adriana Diaféria. Biodrt,'cnuloíie, nt., p 35-6.
til Diritto I',dxrsfyiale Milano, Giuffté, n 4-6, p 191-226,1996: e Portaria n. 316 de 25 dejutilio
87.GeLo Antonio P 1- iordlo e Adriana Diaf6ria, Biodiverridade, rir, p. 34.
de 2002, do Ministério do Meio Ambiente, que aprova o Regimento Interna do Conselho
de Gestão do Patrimônio Genético. No Brasil, o patenteamenro de genes no é permitido 88. Antônio H erinara de V. e 8emij nauta, ])ano A iii bxeiita - prevenç3o, reparação e
legalmente. A Le, o. 9.279/96 proibe concessão de patentes de principios ativos enco'irradc) repressão, v. 2, p. 226-36; Celso Antonio Pacheco Fiorilio e Adnan a ) iaféria. Biodiecrsi-
na hiodiversidade, sendo certo, observa Marcelo Augusto Scudeler (Biodiversidade...Jmatik-x. cl rufe, cit., p. 32-3; Paulo Affonso Letime Manha do, Princípios gerais de direito a nabiental
cir., p. 29) que apenas organisinos modificados gen eticamnente podem ser objeto de paten- internacional e a política anibiental brasileira, Boletw, de Dire,Io Adnmh'istratio, 4:241-52;
teaniem,to.lbdavia, o mesmo não ocorre em outros locais, como nos LUA, que permitem a Teresa Kwiatkowska e Jorge lssa. Etira atuih eia tal, política saiu d, iii Rodolfo Vzquez,
concessão de patentes para micmo-orgaiiisrnos e princípios ativos encontrados no sistema Bioéfica y derecho, cir., p. 234-72; Flávio Alinied e Ronaldo Coutirmho (coord.), Tutela jur(-
isoladamente, o que significa, em termos práticos, que o material genético de orgailismons dma das á,ea.s protegidas - Lei n. 9.985/2000. Rio de Janeiro, Lunuema Jiiris, 201 J.Já se deci-
encontrados no País pode ser patenteado nos EUA. Contudo, o Brasil não reconhece essas diu (S'I], Rlisp 765.872. . 12-1 2-2006) que adquirente de inudvel em Teserva aiubiental
patentes, por expressa contrariedade ás disposiçôes da legislação nacional " . Marcus Vmnicitis me ciii direito a indenização.
Marinho (Nobel questiona patentes e exagero em células-tronco, Folha de S. Paulo, 25-6-2004, 89. Celso Antonio Pacheco Fiorilio, Marcelo Abelha Rodri gues e Rosa Maria Andra-
p. 14-A) relata que Sulstom, propõe unia lei de patentes internacional e restritiva e tini lendo de Nery, Direito processual a,nbic,ira! braSii('Jflt, Belo Horizonte, Dei Rey, 1996,
p. 53; Marcos
internacional público para financiamento de pesquisas sem apoio empresarial 1. de S. Miranda, Arcas de proteção especial, vabosos e pouco conhecidos imistri' ,auentos de

992 993
atibientc é um ato de altruísn -io, por atender, principalmente, 'aos interesse s linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 Kv; obras hidráulicas
das gerações futuras, para que não sofram com a degradação ambiental, para exploração de recursos hídrico, corno barragem para fins hidroelétricos
acima de lO MW de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para
7.b) Mecanismos não jurisdicionais de tutela ambiental navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de
barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; extração de combustível
Há instrumentos de tutela amh,ental, visando a reparação e a prevençã o
fóssil (petróleo, xisto, carvão); extração de minério; aterros sanitários, preces-
do meio ambiente, que não se si tualri na órbita processual, mas na seara civil
sarnento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos: usinas de geração
a dnuni strativa, tais como:
de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10
a) O esiiido prévio de iJnpacto ambiental (EPIA), que & unia medida de MW; complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, si-
precaução e de ordem preventiva prevista no art. 225, § l, IV, da Const,ttji_ derúrgicos, cloroquírnicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de
ção Federal de 1988, exigida sempre que houver uma significativa possibili- recursos humri cos) ; distritos industriais e zonas estritaniente industriais (ZE 1)
dade de degradação do meio ambiente na instalação de urna obra ou na exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 lia ou
execução de certas atividades, O EPIA é elaborado por urna equipe rnulti_ menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de
disciplinar de técnicos (Resolução CONAMA ri, 237/97, art. 11) que esta- importância do ponto de vista ambiental; projetos urbanísticos acima de 100
belecerá um diagnóstico ambiental da área onde por meio de lei haverá obra, Fia, ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental, a critério do
ou atividade humana, que possa causar impacto anibiemital, ou seja. qualquer IBAMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes: qualquer atividade
alteração das propriedades fisicas, químicas e biológicas do meio ambiente, que utilize carvão vegetal em quantidade superior a dez toneladas por dia.
afetando, direta ou indiretamente, a saúde, a segurança e o bem-estar da po. Esse rol do art. 2 da Resolução CONAMA n. 1/86 é exemplificativo e não
p ulação, as atividades sociais e eco' ôniicas, a broca, as condições est& ticas taxatvo: coiasequemiteii lente, o órgão ambiental licenciador poderá exigir o
sanitárias do meio ambreri te e a qualidade dos recursos ambientais (R esolu- EPIA sempre que houver obra, a céu aberto ou cm laboratório, ou atividade,
ções CONAMA n, 1/86, art. 1°, e n. 30s/2002, arts. 7 e 8°). Assina sendo, no setor público ou privado, potencialmente causadora de significativa de-
dependerá da elaboração do estudo de impacto ambiental e respectivo rela- gradação do meio ambiente (CF, art. 225, § 1°, IV), mesmo que não esteja
tório de impacto anibiemital (RIMA), submetidos à aprovação do órgão es- compreendida, de modo explicito, pelo art. 22 da mencionada Resolução
tadual competente e do WAMA em caráter supletivo, o licenciamento de CONAMA O EPIA é. sem dúvida, um mecanismo constitucional funda-
atividades modificadoras do meio ambiente, como: estradas de rodagem co'ii mental à tutela do meio ambiente, e seus objetivos, que colimam o controle
duas ou ruis faixas de rolamento; ferrovias; zona costeira (art. 11 -A, § 31, 1 da álea discricionária daAdministração PúblicaAmhiental,podeni classificar-se
a III, da Lei n. 12.651/2012, acrescentado pela Lei n. 12.727/2012); portos em: prevenção e precaução do dano ambiental; transparência administrativa
e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; aeroportos; oleodutos,
quanto aos efeitos anibientais de empreendimentos públicos ou privados;
gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários:
consulta aos interessados e decisões administrativas informadas e motivadas
A exigibilidade do EPIA é um dever imposto ao Poder Público, sendo que
o juízo a ser feito pelo administrador público não é o do risco de dano efe-
defesa do meio ambiente, do ordenarnento urbano e do patrimônio cultural, MPMCJI1n'dko. tivo ou identificado, pois bastará que tenha dúvida sobre a potencial causação
5:32; Terence Trenriepobi, Operações amobiJirias; alguns aspectos anibien cais, Direífo
de dano anibiental. O EPIA será imprescindível ao procedimento de liceu-
b,/iá,o arua!, cüord Daniel Áureo de Castro, Rio de Janeiro, Elsevier, 2014, p. 249-266.
Instn,ção Normativa do Ministério do Meio Ambiente n. 2/2014 sobre procedimentos pan' ciainerito ambiental sempre que estiver em jogo unia possível degradação
i'1tegraço, execução e compatibilização do Sistema de Cadastro Ambiental Rural e proce - ambiental. Consideram-se, segundo a Resolução CONAMA n. 237/97 (art.
12, III), estudos anibienais aqueles relativos aos aspectos ambientais relaciona-
dinientos gerais do CAR; Resolução n. 24, de 6 de março de 2014, do Conselho Diretor do
Serviço Floresta' Brasileiro, estabelece diret,,zes técnicas para elaboração e apresentaço do dos à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou em-
Plano de Proteço Florestal para áleas sob colicessão florestal federal. Vide Lei rn 7j47/85, preendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida,
ara. 4 e S, V, b, sobre proteção ao meio ambiente. corno: relatório anibiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório

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e) A criação de unidades de conserva ção, ou melhor, de áreas de domínio
peração entre Estados e Murdcipios para o Licenciamento Aanbiental na Amazônia Lega] apôs a privado ou público, protegidas pelo Poder Público com o intuito de assegu-
Lei Coriip!ementat ii. 140, de 2011- Rm'sia 77iesrsJiir,s. 5439-458; Antônio fnag& de A. Oliveira. rar ou resguardar espaços representativos dos recursos naturais do Paí, rnan-
Lx rrod, rçào a lcislaçdo ar, ib ien tal 1,rasilusae líce, 'eia,, rente le,utesar Rio de janeiro, Liciara J uri s, 2003 tendo processos e sistemas vitais essenciais, como a regeneração e a proteção
287;1percnce Trerinepolal, O Iiccnciaiiientn ainbierirLd e o direito imobiliário: quem é eQuipe- do solo, a reciclagem dos nutrientes e a purificação das águas; preservando a
tente para licenciar exnp rcendij ai e nto urbanos' os? Direi te ou,bihÚnio ti aí, Rio de Janeiro, Elsev id:
2014, p 147-170; Cristina C. de Faria, Licenciamento ainbici,ral de parcelarnenco e uso do sola diversidade genética, da qual depende o funcionamento dos processos e sis-
para sinos recreativos em Minas Gerais. Dc jrir, 8.182-221; Fernando C. E Reis e Flivio Ribeiro ternas acima mencionados. os programas de cruzamento necessários para a
Liceuciarnelato aiiibienrat, produção mais limpa e melhoria de desempenho das iridústriar a proteção e melhoria das plantas cultivadas, dos animais domésticos e dos
aEenda cliiiaática lia licença renovável no Estado de Sio Paulo. Rer;isro]uris da FAAP, v. 2, p. 23_31 micro-organismos, o progresso médico-científico, a inovação técnica e a
Marcelo B. Dantas e Marcos A. B. Saes, Autorização pela o liceiiciaraiento amnbienta] de enipreen
segurança das indústrias biotecnológicas, e assegurando o aproveitamento
diinentos e au' idades que afeteui unidades de conservação, iii iitela ngWdica..., cit. (coord
Ahnied e Cotitinho), p. 37-46, Lua de P Silva, Fracionamento de empreendimentos no licencia- sustentado das espécies e dos ecossistemas, particularmente da fauna silvestre,
ueilto arnb,ental, Revístajurídica DeJrrre, 25:293-318. Pela Resolução CONAMA 'a. 237/97 au. inclusive da aquática, das matas e dos pastos, que sustentam as comunidades
1 2 , II, a licença a inbt eu ai é 'o ato administrativo pelo qual o ôrg o a mia iental co napeteri te esta- rurais e industriais. As unidades de conservação integrantes do SNUC (Sis-
belece as condições, restrições e medidas de controle anibieiital que deverão ser obedecidas pelo rema Nacional de Urudades de Conservação da Natureza) dividem-se cair
nip meu dedo, pessoa fisi e a o iii u rid 1 ca. para local iz ar, i ns ralar, a nip1 i ar e operar cmp rceia dma eu o
ou atividades utilizado ras dos rec unos a-mi, eu ta is e onisi dei-a das efetiva ou p oten cial rue ri te polui- dois grupos: a) o das unidades de proteção integra), que visa a preservação da
dons ou aquelas que, sol, qualquer forma, possam causar degradação ambiental''. Jide Resolução natureza, admitindo apenas o uso indireto de seus recursos naturais, e abran-
n. 385, de 27 de dezembro de 2006, do C0NA1MA. que estabelece procedimentos a sereili ge as seguintes categorias de unidade de conservação; estação ecológica; re-
adotados para o 'Icei sc ia meia co ama ienral de a roindús ri a s de p eq treno porte e baixo potencial serva biológica, parque nacional, monumento natural e refúgio de vida sil-
ele muipacto anabieiiral; l&esohiçdt' mi. 397, de 27 de dezembro de 2006, do CONAMA, que esta
vestre; e b) o das unidades de uso susteitiável, que procura compatibilizar a
belec e procedi na e latos para o Li ceia: ia Falua to Arai bit- rata de P roj e ros de Assenta, i rentos de R e o
Agniria; Resolução u. 413, de 26 de' uiilao de 2009, do CONAMA, sobre o licenciamento
a nabie Fira da aqui cultu ia. e 1 nstr ti ç oes Nor inar.i vas ia. 20. de 3 dei olho de 2009, e ia. 22, de 1 (.1 de
julho de 2009, do ifiAMA, dispõem sabre o licenciamento arubiental para instalação de recifes vação da Biodiversidade - Instituto Chico Meados e o Serviço Florestal Brasileiro .- SF13 para a
al,ti ,c r us rio Mar Territorial lia Zona E con 6' iii ca Exclusiva brasilei rrs; a Instrução Normativa gestão das Florestas Nacionais que eleuea. visando a sua miaiplantação efetiva para firas do manejo
n. 11/2003 do IBAMA traça o roteiro da procedimentos a serem adorados para expedição da florestal sustentável de senis recursos por meio da instituição da Comissão de Apoio a Gestão das
licença ambienral para ativida des ou empreendimentos de pesquisa cita campo, envolvendo Org,l- Florestas Nacionais; Instrução Norniativa n. 7, de 3 de novembro de 2014, do Instituto Chaco
nisi aios C e raetiea meu te Modificados e seus deriva dos Sobre as ri ar' nas de li cc nu ian iento ai nU ir ri- Mendes de Conservação da Biodiversidade. estabelece Procediiiientos do Instituto Cinco Men-
tal federal; a Partiria lnteriiuiiisterial u. 419. de 26 de orirularsa de 2011, regulanienta a atuação des de Conservação da Biodiversidade rios Processos de Licenciainc'iro Ainbiejarnl; Resolução n.
dos t asu, e e lati da ides da Acha cuirmultuo Pública Federal crivo lvi das rio ii cc uciani lema to a mii areia til, 470,de 27 de agosto de 2015, do CONAMA estabelece critérios e diretrizes para o licenciamen-
de que trata o art. 11 da Lei n. 11516, de 29 de agosto de 2007; a Porcaria n. 422, de 26 de ou- to ambienta] dos aeroportos regionais.
tubro de 2011. do Ministério do Meio Ambiente dispõe osiste, procedimentos pata o licencia-
nemito ambiental federal de atividades e eiiipreendinieuros de exploração e produção de petrôleo 92. É a lição de Celso Antonio Pacheco Fiorilio e Adriana Diafria. Biodiversi Jade cit.,
e gás namni no ambiente niari abo e eu, zona de transição terra-mar; Instrução Normativa ia - 14. p. 37-40;José Eduardo R. Rodrigtues, Unidades de conservação não integrantes do Sistema
de 27 de outubro de 2011, do IBAMA, altera e acresce dispositivo à Enstrução Normativa ii. Nacional de Unidades de Conservação, 7útela jurídica..., cit., p. 21-36; Beatriz S. Costa, Em-
184/2008. que dispõe sobre procedimento de licenciamento an,bietital Portaria Inrerministerial preendimentos em Unidades de Conservação, Tutela jurídica... cit..p. 4?-62;Vanessa M.AgrelU,
n. 288/2013 (Ministério do Meio Ambiente e Mirusténo dos Transportes) institui o Progranu Declaração expropriatória ajusta indenizaço como coodicionautes para a criação de algumas
de Rodovias Federais Anibienralnaente Susterirãvers - IROFAS, pari fins de regularização alia- categorias de unidade de conservaço, Tutela jurídica..., cir., p. 75-80; Leoxaardo daS. Campos
hiental das rodovias federais; Porraria ri. 289/2013 do Ministério do Meio Ambiente, sobm proce- e Mauren Lazzaretti, Atividades agricolas e unidades de conservação, Tutela jurídica..., cit., p.
dirnentos a serena aplicados pelo tRAMA iao licenciarncrico anabiental de rodovias e lia regulari - 137-1 52; Ana Lúcia Camphora e Analuct Freitas, Auãlise da situação financeira atual e das
zação anibiental de rodovias federais; Resolução CONAMA n. 458/2013,escabelece procedinieii- lacunas para o planejamento financeiro do Sistema Estadual de Unidades de Conservação do
tos para licenciamento ambienral ciii assentamiienro de reforma agrária. Vide art. IS, SS 1 a S, da Rio de Janeiro, Tutela unsfrar cir., p. 167-86; Flávio AFmmed, Unidades mie conservação e
...,

Lei n. 1 L284/2(6,an. 10, la 1,di Lei 1L6.938/Sl ,coria a redação da LC a. 14012011,sobre liceu- hiodiversidade: usos e valoração, Tu tela jurídica..., cit., p. 187-210; Rorialdo Coutinlio, Unida-
ciamento ambiental; Portaria Conjunta n. 472, de 9 de dezciiabro de 2011, do Ministério do Meio des de Conservação: da iluso dos santuários ecológicos à realidade dos conflitos sociais no
Ambiente, estabelece o apoio e cooperação mútua entre o Instituto Chico Mendes de Comer- capitalismo perifkico, Tutela jurídica..., cit., p. 219-37.

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da cuidada com o uso da terra e dos recursos naturais do local pelos proprie_ proteção arribierital disporá de uni conselho presidido pelo órgão responsável
tários. Se houver incompatibilidade entre as finalidades da área e as atividades por sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, de
particulares ou falta de aceitação do proprietário 3s condições impostas pelo organizações da sociedade civil e da população residente, conforme se dispuser
órgão responsável pela administração da unidade para a coexistência do refú no regulamento da Lei n. 9.985/2000 (art. 15, SS lia a 51). Essas áreas restringem
gio de vida silvestre com a utilização da propriedade, a área deve ser desapro- o direito de propriedade, pois o proprietálio do imóvel atingido ficará preju-
priada. A visitação pública deve atender às normas c restrições estabelecidas dicado em suas prerrogativas de usar, fruir e dispor do bem (apenas no que
no Plano de Manejo da unidade e às impostas pelo órgão responsável por sua atina a atos depredatórios), não podendo utilizar sua área como quiser (p ex.,
administração.A pesquisa cientifica requer autorização prévia do órgão raspou não poderá derrubar matas), em razão da proibição contida na lei de proteção
sável pela administração da unidade (Lei n. 9.985/2000, a. 13, 55 ls a 42). ainbiental. Há quem ache que o imóvel perderá sua utilidade econômica em
Quanto às categorias de unidade de couservaçõo do grupo das unidades dc uso vista da extensão da lirrntação imposta, que é uma verdadeira interdição da
sristentável, esclarecemos que: propriedade (R7 602:84, 61/:71; R]T]SP, 146:220, 177:227), dando direito a
1) Áreas de proteção ambiental (APA5) são as que se destinam à promoção uma indenização.Já para outros se trata de uma limitação administrativa ao uso
do desenvolvimento sustentado em regiões portadoras de importantes recursos da propriedade, sem direito a indenização, por constituir um ônus que o pro-
naturais ou seniinaturais. E uma área Clii regra extensa, com um certo grau de prietário deverá suportar (RJTJSP. 136:101), uma vez que, no conflito entre a
ocupação humana, dotada de atributos bióticos, abjóticos, culturais ou estéticos garantia constitucional da reparabilidade e a do meio ambiente equilibrado, esta
especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das popula- última deverá ter prevalência, por se tratar de um direito difuso. Se se conside-
ções humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica. rar que o proprietário teria direito a uma indenização seria necessário: criar
disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos paránietros de avaliação que considerassem não só a real e efetiva possibilidade
recursos naturais (Lei ri - 9 985/2000, art. 1 3) Perinueni o exercício de ativida de utilização da ARA, mas também os fatores de custo de exploração e aferição
das económicas compatíveis com a preservação dos referidos recursos. Tais da viabilidade económica de eventual aproveitamento da referida área, com-
áreas têm por escopo, como ensinam Celso Antonio Pacheco Ejorillo e Adria- parando o montante do patrimônio florestal menos o custo de sua exploração.
na 1)raria: conservar e melhorar as condições ecológicas locais, preservar Antonio Silveira Ribeiro dos Santos apresentava-nos diretrizes avaliatórias para
paisagens e atributos naturais e culturais, fomentar o uso sustentado dos recur- que essa estimativa se operasse: o perito judicial, baseado no valor do mercado,
sos naturais, manejar recursos da fauna e da flora, proteger e melhorar a quali- deveria avaliar o imôvcl, as benfeitorias que nele se encontrassem, a vegetação
dade da água, manter regimes liídricos, propiciar pesquisas científicas relacio- e a madeira "em pé" que possuir, chegando a um valor bruto por n'cio da
nadas à conservação e a atividades antrópicas, contribuir para o monitoramen- utilização de um critério legal, baseado em inventário florestal atualizado. No
to ambiental, manter a população local, promovendo a melhoria de suas con- valor bruto da vegetação não se deveria incluir o porte da floresta, a quantida-
dições de vida, e incentivar o desenvolvimento regional 94 . Como exemplo de e a qualidade do produto e as áreas de preservação permanentes: reserva
podemos citar a APA da Serra do Mar (Decreto paulista n. 22.717/84 que legal e mata ciliar, nas nascentes e nas restingas, como fixadoras de dunas, nos
pretende a proteção da Mata Atffintica). A área de proteção ambiental é topos de morros, e nas áreas íngremes que não podem ser aproveitadas (anis. 2,
tituída por terras públicas ou privadas. Respeitados os limites constitucionais, 32 e 16 da Lei n. 4.771/65, ora revogada pela Lei n. 12.651/2012), por serem

podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de urna proprie- restrições administrativas não indenizáveis. Encontrado esse valor bruto, em
dade privada localizada em unia área de proteção ambientalAs condições para separado dever-se-ia proceder à avaliação do custo da exploração da vegetação,
a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio abatendo-se o valor da cobertura florestal para averiguar a viabilidade econô-
público serão estabelecidas pelo árgão gestor da unidade. Nas áreas sob pro- mica do uso da área. Corno custos da exploração deverão ser considerados:
priedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para pesquisa condições de acesso às áreas e dos fatores naturais, conto declividade, cursos
e visitação pelo público, observadas as exigências e restrições legais. A área de d'água, distanciamento da malha de escoamento de produtos: gastos com a
implantação de estrutura ou infraestrutura econômica de exploração para a
retirada da madeira; custo com os equipamentos para a exploração, como a
94. Celso Antonio Pacheco F-iorillo e Adriana Diafria, Biodivcnidadc, cit, p. 41-2, compra de maquinários, como tratores, mão de obra disponível na região, ou

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interesses locais e de acordo com o disposto no Plano de Manejo da ãrea tal, sujeitando-se à prévia autorização do árgão responsável pela sua adnii 'ii-
assina como a pesquisa ciendbca, mediante prévia autorização do órgão res- tração e às restrições normais; equilíbrio dinâmico entre o tamanho da popu-
ponsável pela ad' ninistra çã o da ti, idade, a rendo-se s condições e restriç ó, lação; e, ainda, a conservação e exploração de componentes dos ecossistemas
jorniativas. Nessa área são proibidas a exploração de recursos minerais e a ri atura is em regi inc de manejo sustentável e a substituição da cobertura vege-
caça ainadorisrica ou profissional, e a exploração co])) ercial de recursos fia- tal por espécies culrivSveis, desde que sujei las ao zoneaniento, às 1 imitações
deireiros só ser.i a dnirtida enl bases sustentáveis e ei 1 situações especiais e legais e ao Plano de Manejo da área (lei n. 9.985/2000,art. 20, § la a 6v).
rompi ei 1 iltares às dei na is atividades desenvolvidas lia reserva extra (lvi sr.i
7) Reserva pariluilar do património natural (I&PPN) é tinia área privada,
confor inc o dispoao ciii rCt4U laniei 'to e si o Plai o de M ariejo da unidade (Lei
gravada com perpetuidade, coiii a finalidade de conservara diversidade bio-
9.985/2000, art. 18, § l a 7Q).
lógica, ibi gravame deverá constar de termo de compromisso assinado pe-
3) Reserva de fliu ao é ti na área natural corri poptilaçõesani niais de es-
rante órgão ambiental, que verificará a existência de interesse público, e
péci es nativas, terrestres Cii aquáticas, residentes ou migratórias, adequada s
averbado à margem do assento do Registro Imobiliário". Admitem-se a
para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de
recursos fliunísticos. E de posse e doiiiíriio públicos, logo, as áreas particulares
i nclu idas ciii seus limites deveria ser desapropriadas. Admite-se a visitação
97. Vide Paulo de B.Aiii''iies_Àmeas deptt-scrv.'flo perilunente e reservatôrios irtific,a,ç.
pública se con for, ic ao ii iii ej o da unidade e às n orn las estabelecidas pelo
dc Diiio !i,'rp 'esa ria! JBMEC. 1k o de Janeiro. Lunien J uns, 2003. 225-56; Isabelia E
órgão responsável por sua adiuninstração, roas proíbe-se o exercício da caça Guerra: Gabriela G. Pinheiro: Maria C, E da Conceição, Arca de preservação pernianeuce e
aiiador!stica ou profissional. A coiiiercialização dos produtos e subprodutos reserva legal florestal no Código Florestal brasileiro; Iiilelajie,id,cacim_.p SI a 102: Latira!, de
resultantes das pesquisas obedecerá ao disposto lias leis sobre fiiti na e rego la- M. Vicexit rAverbação de reserva florestal legal como condiç5o para retificação dc irca dc
iiientos (Lei n. 9.9S5/2000, arr. 19. § Na 4°), iinôvc-1 rural. Ti,,,?,, iiiddpca.cit., p. 109-36: Saniirj. Miirad, P,itjt'e Nacional dos Leciçóis Ma-
a'ihetiscs - uni ctp'do de cisc,, Lada jurídica, c't p 211 -218. Pela In, Norcnitiva
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6) Reserva de druiivoji'jIu'ii(c, sitcuná rei é tinia área natural que abriga 45. dc 4 clejaneirti d, 2007. do II1AMAsobre criaçao de Reserva Particular do I'.itriiiionlo
populações tradicionais, cuja existéri cia baseia -se em sistei nas sustentáveis de Natural (IkPPN),Art_ 12 A pusoa fisiCa 01] jtiridica i'iienessacll ciii criar Reserva Particular
exploração dos ,corso, iatti rais, desci ivolvidos ao longo de gerações e adap- do Patri,iiônio Natural R1'I']"J deverã :ipitsciitar,iLis Superi'itt'iider'cias Estaduais dci RAMA.
tados is condições ecológicas locais e que desciiipenhain rimia papel fu ndainei - os seguintes documentos:
tal tia proteção da natureza e na Inaiititenção da diversidade biológica. 'ftIll Requeri nento ao LHAMA, solicitando a cr,aço da 1k PPN, ia totalidade oti em
parte cio seu imóvel, segundo o niodelo do Anexo 1. e na for,iia seguinte
por finalidade preservar a natureza e, ao iliesnio tempo, assegurar as condições
a) O requeritiieiito relativo a propriedade de pessoa fisica deverã conter a assiii.ittira do
e os c,edos t L-cessári os para a reproduÇãO e a nelhoria dos modos e da qu :i li - proprieci rio, e do cônjuge 011 companheiro de união esmâvel, houver;
dade de vida e exploração dos recursos naturais das populações tradicionais,
b) O requeriniciato relativo a propriedade de pessoa juridira deverã ser assina lo pelos
bem cairia valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas dc Inc o laos ou Te}, rese fia ii te s co rn poder de cl ispos i çã o de iii 6 vei s co nformtr ice ato
manejo do aiibiente desenvolvidos por essas populações. E de domínio pú- constitutivo e alterações posteriores; e
blico, sendo que as arcas particulares incluídas ciii seus limites devem sei, r) quando se tratar de copidoininio, todos os condôminos devero assinar o i eqtieri-
quando necessário, desapropriadas. O uso das áreas ocupadas pelas populações Inen lo ou indicar uni reprsentaiite legal, mediante a apreentaç5o de pmciiração por i pistru-
tradicionais será regulado legalmente. Essa área será gerida por um conselho "lento particular.
deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e consti- II - cópia autenticada das cEdulas dc identidade dos propriclrios; do cônjuge ou com-
tuído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade panheim; do procurado, se for o caso, e do representante legal quando se tratar de pessoa
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civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se depuser ciii
''E - cópia autenticada dos atos constitutivos e suas alterações, no caso de requeri inen-
regulamento e no ato de criação da unidade. As atividades nela desenvolvidas
ro relativo a área de pessoa juridica;
obedecerão às seguintes condições: permissão e incentivo não só à visitação
IV - certidão do órgão do Registro de Empresa ou de Pessoa Jurídica, ipidicando a data
pública, desde que conforme ao Plano de Manejo da área e aos interesses das últinisis alterações nos seus atos co nst i tu ti vos;
locais, nas também à pesquisa científica voltada à conservação da natureza, à
V - certido negativa de débitos relativos ao inlóvel expedida pelo 6rg5o de adiiiiiais-
melhor relação das populações residentes caiu seu "leio e à educação anibien- tração tribuiria coliapetente;

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ao longo de cursos d'água naturais, será obrigatória a recomposição das res- § li. A realização das atividades previstas no caput observará critérios
pectivas faixas marginais: técnicos de conservação do solo e da água indicados no PRA previsto nesta
- (VETADO); e Lei, sendo vedada a conversão dc novas áreas para uso alternativo do solo
li - nos demais casos, conforme determinação do PRA, observado o nesses locais.
mínimo de 20 (vinte) e o máximo de 100 (cem) flietros, contados da borda § 12. Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutuia
da calha do leito regular. associada à atividades agrossilvipastoris, de ecorurismno e de turismo rural,
52 Nos casos de ái-eas rui-ais consolidadas em Áreas d e Preservaçã o inclusive o acesso a essas atividades, independentemente das determinações
Permanente no entorno de nascentes e olhos d'água perenes, será aclnutida a comidas no capta e nos §§ 1° a 70, desde que não estejam em área que ofe-
manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecolurismo ou de turismo reça risco à vida ou à integridade fisica das pessoas.
rural,sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de 15 (quinze) metros § 13. A recomposição de que trata este artigo poderá ser feita, isolada
6° Para os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em Áreas de OU conjuntamente, pelos seguintes métodos:
Preservação Permanente no entorno de lagos e lagoas naturais, será admitida a - condução de regeneração natural das espécies nativas;
rnaiiuteiição de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural,
sendo obrigatória a recomposição de faixa marginal com largura minima de: II - plantio de espécies nativas;
- 5 (cinco) metros, para imóveis rurais com área de até 1 (umi) inôdulo III -- plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regene-
fiscal; ração natural de espécies nativas;
II - 8 (oito) metros, para móveis rurais com área superior a 1 (o mn) IV - plantio intercalado de espécies lenliosa, perenes ou de ciclo longo,
nódulo fisca] e de até 2 (dois) módulos fiscais; exóticas com nativas de ocorrência regional, em até 50% (cinquenta por
II - - 15 (q nu] ze) metros, pai-a imóveis rurais com área superior a 2 (dois) cento) da área total a ser recomposta, no caso dos imóveis a quem se refere
módulos fiscais e de até 4 (quatro) módulos fiscais; e o inciso '/ do capta do art. 3°.
IV —30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (qua- § 14. Em todos os casos previstos 'leste artigo, o poder público, verifi-
tro) módulos fiscais. cada a existência de risco de agravamento de processos erosivos ou de inun-
dações, determinará a adoção de medidas mitigadoras que garantam a esta-
72 Nos casos de áreas rurais consolidadas em veredas, será obrigatória
a recomposição das faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a bilidade das margens e a qualidade da água, após deliberação do Conselho
partir do espaço brejoso e encharcado, de largura mínima de: Estadual do Meio Ambiente ou de órgão colegiado estadual equivalente.
1 - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área de até 4 (quatro) § 15. A partir da data da publicação desta lei e até o término do prazo
módulos fiscais; e de adesão ao PRA de que se trata o § 20 do art. 59, é autorizada a continui-
dade das atividade, desenvolvidas nas áreas de que trata o capta, as quais de-
li - 50 (cinquenta) metros, para imóveis rurais com álea superior a 4
verão ser informadas no CAR para fins de monitoramento, sendo exigida a
(quatro) módulos fiscais.
adoção de medidas de conservação do solo e da água.
§ S Será considerada, para os fins do disposto no caput e nos a 70,
§ 16.As Arcas de Preservação Permanente localizadas ema intóveis inse-
a área detida pelo imóvel rural em 22 de julho de 2008.
ridos nos limites de Unidades de Conservação de Proteção Integral criadas
§ 9 A existência das situações previstas no capta deverá ser informada por ato do poder público até a data de publicação desta Lei não são passíveis
no CAR paia fins de monitoramento, sendo exigida, nesses casos, a adoção de ter quaisquer atividades consideradas como consolidadas nos termos do
de técnicas de conservação do solo e da água que visem à mitigação dos capta e dos § 1° a 15, ressalvado o que dispuser o Plano de Manejo elabo-
eventuais impactos. rado e aprovado de acordo com as orientações emitidas pelo órgão compe-
§ lOAntes mesmo da disponibilização do CAR, no caso das interven- tente do Sisnama, nos termos do que dispuser regulamento do Chefe do
ções já existentes, é o proprietário ou possuidor rural responsável pela con- Poder Executivo, devendo o proprietário, possuidor rural ou ocupante a
servação do solo e da água, por meio de adoção de boas práticas agronômicas qualquer título adotar todas as medidas indicadas.

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"Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomjni o 22 de julho de 2008; e § 42 Sena piejuízo das sanções administrativas, cíveis
ou coletiva entre propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art. penais cabíveis., deverá ser iniciado, nas áreas de que trata o § 30 deste arti-
12 em relação a cada imóvel; "Art 17, § 32 E obrigatória a suspensão ime- go, o processo de recomposição da Reserva Legal em até 2 (dois) anos con-
diata das atividades em 5rea de Reserva Legal desmatada irregularmente após tados a partir da data da publicação desta Lei, devendo tal piocesso ser coo-
cluído nos prazos estabelecidos pelo Programa de Regularização Ambietital
- PRA, de que trata o ali 5Q'
A partir da adesão ao PRA, ciii cada cava s se sanções aplicadas a determinado ptoprie_ Pelo art. 35 da Lei n. 11.428, de 22 de dezembro de 2006, piasse a vigo-
tino podem ser suspensas, e as multas, convertidas em serviços de preservação, rnel]iorja e rar com a seguinte redação dada pela Lei n. 12.651/2012: ''A conservação.
recuperação da qualidade do meio aiiibieiite (5 5
em itnóvel rural ou urbano, da vegetação primária ou da vegetação secun-
A iTistruçao 101 mativa do Ibania define os procedimentos relativos a o requerimento de
dária em qualquer estágio de regeneração do Biomna Mata Atlântica cumpre
stspeiisào dc multas De acordo com o art. 20, a suspensão pressupõe a celebração de tenho
de coluprornisso específico pelo interessado no PRA com o órgão competente integrante do função social e é de interesse público, podendo, a critério do proprietário, as
Sisretiia Nacional de Meio Ambiente (Sisnarna). áreas sujeitas ú restrição de que trata esta Lei ser computadas para efeito da
O termo de compromisso ambiental é o documento pelo qual o interessado for ma l iza , Reserva Legal e seu excedente utilizado para fins de compensação ambiental
perailte o ôngào conipete IUC III tegrasli e do Sisnania a sua adesão ao PRA, podendo ser romi_ ou instituição de Cota de Reserva Ambiental - CR iAs ", prevista no art. 44.
feccionado ciii 'miodelo sugerido pelo fhaina Nele devem constar, dados da parte coiiiproilns Pelo art. 18, 4,da Lei n. 12.651/2012,conm aalteração da Lei n. 12.727/2012,
sida, sobre a propriedade e a relação de infrações passiveis de suspensão pela adesão ao PRA;
''o registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório de
deve-se lazer referência aos ii ú lucros relativos aos retos de infração expedidos e aos demais
ermos próprios, assim conic, os processos administrativos de apuração e constituição que Registro de Imóveis, sendo que, no período entre a data da publicação desta
lonruanuano Ibania. Lei e o registro mio CAI&, o preprietário vil possuidor rural que desejar fizer
Devem constar nambáni do termo de conlpl -oiiiisso, entre outras informações a locali- a averbação terá direito á gratuidade deste ato."
zaço da irca de preservação pci lilanetite ou de reserva legal ou de uso restrito a ser reconi- Mediante anuência do órgão amnbaental competente, o proprietário
posta, recuperada, regenerada ou conipelisada, em conformidade com a infon'iiaçào constan-
te do Cadastro Anibiental Rural (CAR); a descrição da proposta de recomposição, recupera- rural pode instituir servidão ambiental (Lei n. 6.938/91, art. 92, XIII) pela qual
ção, regeneração ou cnnlpeilsaçao; os prazos pata atendiiiierrto das opções; as multas ou sanções voluntariamente renuncia, em caráter permanente ou temporário, total ou
a serem aplicadas aos proprietários ou possuidores; o ,encero da matrícula e do respectivo parcialmente, a direito de uso, exploração ou supressão de recursos naturais
recibo de i nscriçao no Sicar do imóvel rural; e o foro competente para di rim ir eventuais li existentes na propriedade. A servidão ambiental (Lei n. 6.938/91, art. 9i
gios. Nesse cadastro ficam armazenadas informações sobre as propriedades rurais de todo o
alterado pela Lei n. 12651/2012) não se aplica às áreas de pieservaço per-
território brasileiro. Relativamente à adesão ao PRA, configura o compromisso assumido pelo
produtor rtiral de recompor e conservar ateus dc preservação. manente e de reserva legal. A limitação ao uso ou exploração da vegetação
Em conjunto com as regras de suspcnso de multas, o lhama divulgou o i,iodeo a ser da área sob servidão instituída em relação aos recursos florestais deve ser, no
utilizado para rrquerinhen no de suspenso de multas. Após o seu preeiicliiinento, o documel1 mínimo, a mesma estabelecida para a reserva legal. O instrumento ou termo
to deve ser enicantiuliado à autoridade competente pelo julgamento de autos de infi -ação de instituição da servidão ambiental, bem sorrio o contrato de sua alienação,
(incisos ri e lEt do art. r da Instrução Normativa Ibama n 10/2012). cessão ou transferência, devem ser averbados no registro de imóveis cotnpe-- -

Atendidas as condições estabelecidas pela lei de 2012 e pelos Decretos n. 7.830/2012 tente. Na hipótese de compensação de reserva legal, a servidão deve ser
• 8.235/2014, formulado o requerimento de suspensão e enquanto estiver em cumprimento
averbada na matricula de todos os imóveis envolvidos.. E vedada, durante o
• termo de compromisso firmado no PRA, as sanções serão Suspensas.
prazo devigência da servidão anibiental, a alteração da destinação da área,
Por outro lado, se, no curso do prazo para cumprimento das obrigações assumidas no
termo de compromisso, o Ibaina identificar o descunipnimnento pelo autuado das condições nos casos de transmissão do imóvel a qualquer título, de desmembramento
ali estabelecidas, mil agente de fiscalização nonficarã a ocorrência em até 20 dias, conforme ou de metificação dos limites da propriedade. As áleas que tenham sido insti-
previsto no art. 62, cabendo à autoridade julgadora competente decidir pelo restabelecimento tuídas na forma de servidão florestal, nos termos do art. 44-A da Lei n. 4.771,
da execução das sanções suspensas ou levantadas" (84ASí 2906: 7), de 15 de setembro de 1965, passam a ser consideradas, peio efeito desta Lei,
Sobie Reserva Legal: Lei n. 12.651/2012 arcs. 53 a 57, 66 a 68. como de servidão ambiental (art. 9°-A, §Ç 1 a a 70, da Lei mi. 6.938/91, com

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implantação de áreas de proteção aurbiental (APA5), como vimos alhures (Processo n. 182/93 da Comarca de Juquiá-SP).Tanto a desapiopriação di-
também tem motivado por parte de seus proprietários pedidos de indeni_ reta, na qual o Estado dá inicio ao devido processo legal, corno a indireta,
zação por desapropriação indireta, mas, por ser um espaço de manejo sus- feira ao arrepio da lei, desde que dela advenha a mesma consequência, den-
rentável, que atinge tão somente atividades degradadoras do meio ambien tre do devido processo legal instaurado pelo particular, sofrem a aplicação
te (art. 92 da Lei n 6902/81), pode conviver com o do,níi-iro privado, do art. 34 do Decreto-Lei n. 3365/41 e dão ensejo a uinajusta indenização
sendo meras limitações decorrentes da ifinção socioanihiental da proprie- diante da perda sofrida pelo proprietário relativamente aos poderes ineren-
dade, não gerando qualquer direito a indenização por desapropriação mdi- tes ao do niíi liol , descontando -e do cálculo do qnaiiriii)i in den izatór i o
reta 1 ° Pai-a que haja desapropriação indireta, medianrejusta indenização, cm devido a álea das APPs e da Reserva Florestal Legal.
área de interesse ainb,ental, é preciso que a Adnunistração Pública, atingin- e) O tombamento, que visa conservar bens móveis ou imóveis de inte-
do a integralidade do bem ao interferir no direito de propriedade, aniquile resse público, mesmo que tecnicamente não sejam espaços ambientais, por
o direito de exclusão, dando ao espaço privado fins de uso comum do povo, estarem vinculados a fatos memoráveis da história ou por terem excepcional
como se dá com a visitação pública nos parques estatais, por exemplo; cli- valor arqueológico, etnográfico, bibliográfico ou artístico (CF, ares, 23, III e
mine, por inteiro, o direito de alienação e inviabilize a atividade econômica IV, 24V11, 216V, § 1, 40 e 52) Não poderão ser demolidos ou alterados, e
do proprietário naquilo que lhe pertence o. Quando o Estado de São Pau- seus reparos devem obedecer á sua caracterização. Colocam-se sob a proteção
lo instituiu os parques da Serra do Mar e de Jacupiianga em terras particu- especial do Estado os locais de valor histórico ou artístico e as paisagens
lares. não se deincurnbindo do devido processo expropriatório e ocorren naturais notáveis, bem como as jazidas arqueológicas, limitando o direito de
do, em relação ao proprietário, o impedimento ao exercício dos poderes do propriedade Seus proprietários não perdem o domínio pela inscrição do
domínio, caracterizou-se a desapropriação indireta. Todavia, corno os atos tombamento. 'rias têm o seu exercício restrito, não tendo liberdade de alie-
nor mii ativos que i ri plantara rn tais parques não seguii-a,n as leis que os fu n-
nação, uma vez que esta dependerá de autorização do l)epartai ne'to do
da,nentaraiii, visto que o Estado não se apossou diretamente do bem, e, além
Patrimnôiiio Histórico e Artístico Nacional. O Poder Público indenizará o
disso, a inviabilidade da utilização econômica da propriedade não decorre, proprietário que com isso sofrer piejuízo econ ôni ico H .
em muitos casos, da criação dos parques ou das restrições legais, mas sim da
própria situação fisica do bem de raiz, que possui acesso impossível, por fl O zo,-,eo,nento ambiental, que é, segundo Celso Antônio Bandeira de
exemplo, em razão disso, e da função socioanibiental da propriedade, con- Mello"'', "a disciplina condicionadora do uso da propriedade imobiliária
sagrada constitucionalmente, nossos tribunais não estão conferindo indeni- mediante delimitação de áreas categorizadas em vista das utilizações urbanas
zação aos proprietários que sofreram limitações com a criação desses parques, .ela admitidas", retido por escopo proteger o meio ambiente, limitando o
pois não haverá qualquer responsabilidade sem prejuízo ou dano, ante o uso do solo particular por meio das seguintes formas: zoneaniento industrial,
principio que veda o enriquecimento sem causa (TJSP, 1' Câm. Cív. de alusivo á localização de indústrias prejudiciais à saúde e ao meio ambiente,
Férias, Embargos Infringentes n. 277209-2/0-01, rei. Des. Felipe Ferreira, em áreas que diminuam o risco de poluição; zoneaniento de pesquisas eco-
j. 11-3-1 997)1 Nem mesmo se poderá conceder direito a indenização aos lógicas, onde possam ser criadas estações ecológicas para proteção e comer-
adquirentes de imóvel cientes das restrições legais impostas à sua utilização

107, Marcelo Duarte Daneluzzi e Paulo Pentcado Teixeira júnior, Desapropriaçáes,


104 Marcelo Duarte Daneltiazi e Paulo l 3en reajo frixeira Júnior, Dcsaprnpriações in Manual, e,, , 318-9.
ii Ari auua!, cfl., p 111). 108-Maria Helena Diniz, Curso de direito civil brasileiro, v 4, p. 209; Marcelo Figueiredo,
105 - Antôn o Her,iiaii de V e Benjamin, l)esapropriaço. - -, iii Tenras, cit., p 72-1 Vide Tombamento - unia análise constitucional e aspectos da discricionariedade aplicveis ao
RE 134297-8-SIReIMi'iCelso de Mello,. 13-6-1995, Ler 207:142. instituto, in Trnias de direito i4r1;anístico p. 52 e
Vide Decreto ii. 6.514/2008, arts 72 a 75.
106, Marcelo Duarte Dancluzzi e Paulo Penteado Teixeira Júnior, De,apropriaçôes.,
in Manual, cit., p. 110-1 Consulte: Manco! de Queiroz Pereira Calças, Desapropriação mdi - 109-Celso Antônio Bandeira de MelIo, Natureza jurídica do zoneamento - efeitos,
reta c o Parque Esmadual da Serra do Mar, Rerjista de DireiroAmbienral, 662-70. RDI 6134.

1022 - 1023
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ir 2 651/2012 e 12.727/2012. complementada pela Lei n. 9.605/98, arts. criras na Lei n. 8.027/90, que, no art. S, parágrafo único, inciso IV, prevê a
72 a 76, pela Lei n. 8.078/90, arts. 55 a 60 e Decreto n. 6.514/2008, com as demissão de servidor público civil federal faltoso no dever de diligência no
alterações dos Decretos n. 6.686/2008, 6695/2008 e 7319/2012, e variam cumprimento de suas atribuições, e na Lei ri. 8.429/92, que no art. 11, II,
entre multa simples ou diária, suspensão ou interdição de atividades, embar- caracteriza como improbidade administrativa o fato de retardar ou deixar de
go administrativo de obra, advertência, restrição de direitos etc."'. praticar, indevidamente, ato de oficio. A eficaz aluação do Ministério Públi-
Paula proteção arubiental em sede administrativa varies órgãos públicos co no acionamento do Podei judiciário para a solução de questões anibien-
estatais foram criados e vinculados tanto à União como aos Estados e Mu tais não tem, contudo, o condão de encobrir a falta do dever funcional de
nicipios, como, por exemplo, o IBAMA, as Secretarias de Estado, o Ministé- agentes públicos envolvidos com o trato anibientalista, ensejando o emprego
rio do Meio Ambiente, as Fundações do Meio Ambiente, estaduais e muni- de meios coercitivos processuais para a tutela anabientaP
cipais, as Promotorias de justiça de Meio Ambiente. No exercício de seu
poder de polícia, o Estado deverá tutelar o meio ambiente mediante sua 7.c) Proteção jurisdicional do meio ambiente
atividade fiscalizatória, limitando direitos, suspendendo, paralisando, interdi- Na seara processual vários são os instrumentos processuais para a pro-
tando ou vedando o exercício de certos atos, para preservar o meio ambien- teção do meio ambiente e da hiodiversidade, pois a tutela ambiental não se
te e evitar algum resultado danoso ou, ainda, coibindo ações lesivas ao impor limita aos atos adni ii i strativos.
sanções que impeçam o prosseguimento do dano ambicntal ou que obriguem Como o meio ambiente é um bem de uso comum do povo (CF, art. 225)
o lesante a recuperá-lo. No que atina às atividades que envolvem o meio não só qualquer cidadão, para rua defesa, pode provocar a iniciativa do Minis-
anihieiae, a ação adiiiinistrativa é mais preventiva do que repressiva Tal tute- tério Público (Lei ti 7347/85, anis. 6 e 72) e mover ação, mas também os
la consistiria numa policia de segurança, de higiene e de estética (Lei n grupos sociais intcrnaediári os ou organizações não governa! nentais têm direi-
6.938/81. art 9°, IX). Havendo, por exemplo, exploração indevida de áreas to aos instrumentos da tutela j urisdi cional do meio anibiei te no ánibito civil -
de proteção ambiental por extração ou exploração animal, vegetal ou mine- Os mecanismos proccsssais na esfira civil são:
ral, por loteamento, irregular, por utilização desordenada de recursos lúdricos
a) Ação civil pública ambiental, que é movida contra poluidor por danos
ou por projetos de assentamento e urbanização ou descontrole nos agentes
causados ao meio ambiente após uni inquérito civil, medida adnünistrativa
de poluição sonora, atmosférica, aquática etc., o Estado Administrador deve-
preparatória, levada a efeito pelo Ministério Público (LACP, art. 8°; Cl'art
rá impedir que essas interferências na natureza venham a transformar-se cio 129,111, e Lei n. 8.625/93, art. 25,1V, a e li) sempre que não houver elemen-
violação ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, adotando medidas tos suficientes para o julgamento daquela ação ou para o arquivamento das
próprias e sancionatórias tendentes a enfrentar o problema ambiental. Se peças informativas. Se houver tais elementos, o Ministério Público poderá
houver omissão do agente público competente, poderá dar origem ao crime ajuizar, de imediato, a ação civil pública ou arquivar as peças de informação,
de prevaricação previsto no art. 319 do Código Penal, sendo que, pela Lei se não for caso de propositura da ação' 1c Essa ação é um meio de tutelar
6.938/81 art. 15, 22, incorrerá em crime a autoridade competente que interesses difusos e coletivos, indisponíveis ou vitais da pessoa física e da se-
deixar de promover as medidas tendentes a impedir que se exponha a perigo
a incolumidade humana, animal e vegetal ou mesmo que não impeça tornar-se
mais grave a situação de perigo já existente. Além disso, a omissão das auto- 115 Alex.audreVidigal de Oliveira, Proteção a'iibiental, Gosulex, 23:30-3
ridades ambientais teria repercussão de índole administrativa, como as pies- 'ló CeIo Antonio Pacheco F-iorillo, Marcelo Abelha Rodrigues e Rosa Maria Andra-
de Nery, Direito processual, cit.. p. 174; Edis Milaré, Tutela processual civil do ambiente, in
Mannal pr:icci da Promotoria dajustiça do MeoAmbienre,cii., p. 379-95; GeLo Antonio Pachcco
Fiorillo, Princípios do dirciro processual a,nbieraal,São Paulo, Saraiva, 2009; Marcelo Abelha P0-
114 Vilidiriu, Passos de Freitas, Direito adniinistrativo, cit > p 76; Celso Antonio Pacheco drigues, Processo civil a,nbie,ital, São Paulo, Revista dos Tribunais, 2011 ;Vinicius L. Cavalleiro,
Fiorilio e Adriana DiafEja, Biodipersidade, cit.. p. 46-7. Vide, ainda: Lei n. 9.983/2000, com A possibilidade de o Ministério Público estadual propor ações civis públicas ambiencais pe-
reguIanicntaço dos Decretos ii. 4.340/2002 e 6.848/2009. rante a Justiça federal, Rcr;is:a da Academia Paulista de Direito,5:239-60,

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de !ii,ailciatnetlto em estabelecimento oficial de crédito; proibição de con- impedir sul constru çã o, mesmo que não acarrete dano atual, bastando que
tratar com a administração pública, por período de até 5 anos. Competirá aos permita amover algum resultado turbativo se vier a conipletar-se' 27 .
á rg:iOS e entidades de registro e fiscal i zaç ão, referi dos no a rÉ. 16 da Lei ii h) A ação intentada pelo prejudicado corri o mau liso de propriedade
11 1)5/2005, definir critérios, valores e aplicar multas de RS 2.000,00 (dois para impedir que perdure o dano ao prédio, pois a Lei ri *099/95, ai t. 3, 1
mi 1 i-ca is) a Ri 1 .5(0.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais), proporcio- e II possibilita que se n'co rra ao Juizado Especial CíveL O CPC /201 5, ai
mliii ei teâ gravidade da i nfraçiio As tini Itas poderão ser aplicadas ci, ri u lati-- 1.00, Inari t&] li até edição de lei especifica a competência dos Ju i zados Es-
mcii e com as demais sa nçoes previstas tio a rt. 21 No caso dc' rei ncidn Cl .1 pec iai\ Civeis paia julga n'e uro de cail sa. que dever iam tra iii ta r sob o pio-
a runita será aplicada em dobro. No caso de infração continuada, caracte ri -
cedi niento sul ii rio (previsto nos a rts. 273, II, (, e 287 do C PC /73), extinto
zada i1 a periia nê 1 leia da ação Ou onhissão liii ciaili 'ente Punida, será a res-
pelo CPC de 2015.
pectiva penalidade aplicada diariamente até cessar sua causa, sei,, prejuízo da
Salienta tinda, Nelson Nerv Jui ti.,' 2' que para a prevenção do dano
para lisas ao imediata da atividade ou da interdiço do laboratório ou da imis-
ambiental será possível o ajuizamento de qualquer ação cautelar (Lei n.
rituição ou empresa responsável. Tis multas serão aplicadas pelos órgãos e
7.347/85, art. 40, com a redação da Lei o. 12.966/2014; CPC/2015, arts. 294,
entidades de registro e fiscalização dos Ministérios da Agricultura. Penúria
parágrafo único, 301 e 311) ou de conhecixuetito (CDC, ai 1. 83, e Lei
e Abastecimento, da Saúde, do Meio Ambiente e da Secretaria Especial de
7.347/85. art. 21). E Marcelo Buzagk Damas ressalta a aplicabilidade da
Aquicultura e Pesca da Presidência da República, referidos no art. 16 da Lei
tutela antecipada a,ubiental.
ti - 1 11)5/2003, de acordo cm]] suas respectivas conipet&ncias. Os recursos
arrecadados com a aplicação de multas serão destinados aos órgãos e entida-. A tutela penal do meio a (fie, ir, ser5 i upresci udível, principalmente quan -
des de registro e fiscalização, referidos no arr. ló da Lei ri. 11.105/2005, que do os ii lecanisi ii os administrativos e civis ia rein i uso licieti tes ou não prod ti -
li care a multa. Os órgãos e entidades ti s calizadores da ad ti ii is [' -ação zireili o efeito esperado. A Lei n. 9.603/98. COifl .1 alteração da Lei n.
pública I'deral poderão celebrar co, vênias co iii os Estados, 1) istr i to Federal 11.284/2006,e o Decreto ii. 6.541/2008 (que revogou ti Dcc. n.3. 179/99), a..
e Municípios, para a execução de serviços relacionados á atividade de fisca- defini reli i os cri'] es. •It1biel ai is, procura ai ii, ,guindo a moderna te ndén cia
lização prevista na Lei n. 11.105/2005 e poderão repassar-lhes parcela da da doutrina penal, evitar, na medida do possível, a aplicação de pena privati-
receita obtida com a aplicação de inultas.A autoridade fiscalizadora encami- va de liberdade aos infratores, impondo-lhes penas alternativas. Tal tutela
nhará cópia do auto de infração à CTNBio. Quando a infração constituir urisdicional, convéi] i repetir, deverá ser o úl tino recurso, pois somente depois
crime ou contravenção, nu lesão à Fazenda Pública ou ao consumidor, a de esgotadas as medi das intini idatôrias cíveis e adri ii i strativas é tltie se bus-
autoridade fiscaLizadora representará junto ao órgão competente para apura- cará, no in,luto do direito penal, a eficácia punitiva (CF, arL 225, Ç 3
ão das responsabilidades administrativa e pena]

g Ação de nuiuia(ão de obra nova, para impedir que o domínio ou posse


de uni imóvel seja prejudicado em sua natureza, substáncia, servidão ou fins, 127. M. Helena l),i,iz. Cirsi,. nt., v. 4. p. Xl. O CPC/201 5 um reproduz a discupliru
procediiueiital da ação de rauriciação de obra nova. Logo. io iitai prevalece como procedi-
por obra nova no prédio vizinho (CI'C/201 San. 47. l, inflne;arr. 318 e
incuta especial, devendo seguir o pmcediiiento coitatilir
como a que pretende desviar águas de um córrego que há anos é utilizado
128. Nelson Nery jr.. Responsabilidade..., Rrrisla, cit., p. 45; Marcelo Buzaglo Damas,
pelo proprietário de um imóvel rural. Só caberá tal ação se a obra contígua
Tarja de e ida ias lides a,,, b na rais, Piode Ja riciro, Fo re use Lii ive rs i mãria, 2006 1 ai t 7 Gui -
estiver cru vias de construção, pois seu objetivo é embargar a obra, ou seja. IliermeMarinoni, O direito anibierital e is ações ir,ibitôria e de reitinçio do iliciio. D,jitiz,
Revista Jurídica do Ministério Público do Estado de Minas Gerais 793-121.
129 Luis Paulo Sirvi,,skas.Crin,es contra o nielo an,hiente:a]guinas considerações sobre
26. Dalvaney Ara4jn, Da responsabilidade objetiva do Estado em face do dano çausJ- os crinles contra aflora, o enfie de poluIção e outros cruilles aiubicxita,s, un Manual Pyífico da
do ia niejo anibiexice em virtude de conduta anussiva Dejnre, Revista ,h, Mi.iisséfio Prhhco de Pro,iiororia de !usliça do Mci,, A ,nbicizte, São Paula, Irnesp, 1999 p. 455-6; iietela pe'ial do "cio
Minas Gerais, 12:313-24 O i)ecrcro ii. 6.514/2008, além de dispor sobre infrações e sailções a,,'hicnte, São Paulo, Saraiva, 2002; Ada 1k Grinove, 1nfeisèws amhiei,cais de menor potencial
adxii'ii'stravas ao n'cio ambiente, estabelece o plocesso administrativo federal pan apuração ofensivo. Prática Jurídica. 2:42-4; Edis Milaré e PauloJosé da CostaJr, Di,rito peito? a,nI;inrtal, Mil-
destas r,fraçôes lenuitun, 2003; Horon José de Saniauia, (1) futuro da direita penal anihici,tal; legalidade e tipici-

1 034 1 035
Claus Roxin a respeito pondera: "Onde bastem os meios do direito civil destruição, inutilização ou deterioração de bens protegidos normativamente;
ou do direito público, o direito penal deve retirar-se", O bem tutelado pela alteração de edificações ou de locais tutelados por normas; promoção de
Lei n. 9.605/98, segundo Paulo José da CostaJn e Giorgi Gregori, é normal- construções em solo não edificávcl em razão de seu valor ecológico, paisa-
n'elite constituído "pela limpeza e pureza da água, do ar e do solo. Seme- gísticoa turístico, artistico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográ-
lhante definição de elementos naturais indispensáveis à vida humana conhe-. fico ou monumental, sem a devida autorização ou em desacordo com a
ceu, porém, com o progredir da legislação anibiental, ulteriores especificações concedida; pichação ou qualquer conspurcação de edificação ou monumen-
e enriquecuncntos. Ao lado dos elementos constitutivos do ambiente - água, to u,bano"'. A crirninalização de comportamentos lesivos ao meio ambien-
ar e solo - passaram a ser objeto de tutela fatores essenciais ao equilíbrio te tem por objetivo primordial freei, com a imposição de penas privativas de
natural, como aqueles climáticos ou biológicos, afora aqueles alusivos a con- liberdade ou restritivas de direitos (Lei n. 9.605/98, arts. 7Q a 13,18,21 a 24),
tenção de ruídos ou à preservação do verde""'. O bemjuridico tutelado é o o instinto devastador das pessoas. O crime ambiental é, no dizer de Luiz
meio ambiente, com a preservação do patrimônio natural, da qualidade de Topara, ''a conduta típica e antijurídica, descrita em lei, tendo como objeto
vida do ser humano, da flora, da fauna, do solo, do ar, das águas, da paisagem da tutela penal o meio ambiente, em todas as suas manifestações""'.
e da sonoridade suporrável. Além dos crimes contra a flora crimes de polui- Na seara do direito penal a defesa do meio ambiente está nas mãos do
ção, considera-se crime: execução, pesquisas. avia ou extração de recursos Ministério Público, que tem a função institucional de, privativamente, pio-
minerais 5cm a devida autorização, permissão, concessão ou licença; produção. mover a tção pen/ páblica incondicionada (CF, art. 129, 1; Lei ii. 9.603/98, arts.
processamento, embalagem, importação, exportação, comercialização, forne- 26 a 28), sendo que apenas na hipótese de sua inércia caberá a ação privada
cimento, transporte, abandono, guarda e uso de produto ou substância tóxica, (CE art. 9, LIX; CPP, art. 29, e CP. a't. 100, 32).
perigosa ou nociva à saúde li uii ia'] a ou ao i n cio auibiente, nuclear ou radi o- Cvoi a Lei n. 9603/98, a i iaioria das co,] travenções penas passou a ser
ativa; construção, aiiipliação, instalação ou funcionamento de estabelecirnen- crime, e, cotar a exceção cio crime de incêndio cair florestas ou njata (Lei n.
tos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou autorização 9.605/98, art. 41), todos os crimes ambientais inserem-se nos crimes de menor
dos órgãos ambientais competentes ou contrariando as normas legais e re- potencial ofensivo, sujeitos à suspensão antecipada do processo (art. 89 da Lei n.
gulamentares pertinentes; disseminação de doença ou praga que possam 9.099/95, c/c o art. 28 da Lei n. 9.605/98). Nem sempre a competência para
causar dano à agricultura, à pecuária, à flora, à fauna ou aos ecossistemas; julgar crimes ambientais será da justiça Federal (CE art. 109, IV), pois há compe-
tência concorrente na tutela do meio ambiente dos elites políticos (CE arts. 23,
24 e 225). Nos crimes contra a fauna (Lei n. 9.605/98, ares. 26 a 28) e a flora (Lei
dado na Lei de Crimes A,ubienm.us, ke JsIa Jurídica da (lERA. v III, p. 265-92; Reriato Marco, n.9.605/98,ar.38 a 53);de poluição e outros crimes ambientais (Lei mi. 9.605/98,
C r ilnes a mUi e utais - a i, Ici d6 o c 'a do p rio cíp 'o da i ,isig'i,fi o3 ii cia, Revista Jurídica Co, zsulex, 306:63- arts. 54 a 61); contra o ordenamnento urbano e o patrimônio cultural (Lei n.
4; Bruno 1i,nt,s Job e Meira, Alguns reflexo' da biorecnologia no direito penal, Revista Port,í- 9.605/98, arts. 62 a 65) e nos crimes contra a administração ambiental (Lei n.
gr lesa de Ci&xcia Cri,,' mal, 18:33-46 (2008); Daniel L. Pimenta, Crimes ajubi e ntais; nor 'lias 9.605/98, aro. 66 a 69-A) a competência será da Justiça Federal se o bem do
penais era branco, elementos normativos do tipo e conipetência estadual em matéria ambien- crime for de domínio da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas
tal, De juro. 15:211-17; Rodrigo [e'inacode Moraes, Impossibilidade de processar exclusiva-
públicas; logo, nos demais casos a competência residual será dajustiça Estadual' 34 .
mente a pessoa jurídica por crime ambiental, De jure, 14:186-96; ijanielie M Levorato, Res-
ponsabilidade penal da pessoa jurídica nas airties ambientais,São Paulo, Revista dos Tribunais, 2006.
Segundo o TICE - Y Região .- 1Tur,na (Processo n. 0003025-60.2013.4.03.6106/
SP) o principio da insignif'mcáncia não se aplica a crime ambiental. O direito penal aiiibien- 132.Luis Paulo Sirvinskas, Crimes..., in Manual, cit., p. 457-67. 1/ide lvetc Senise Fer-
tal 6 regido pelo principio da prevenção ou precauço posto que a degradação ambiental 6 reira, O direito petial ambierital, C<,nsulex, 7:28-31.
irreversivel. 133.Luiz 'Ibpan. Da legitimação executória ativa do Ministério Público em razão dos
130 Claras Roxin, Problcniasfi.ndanxentais do di 'eito penal, Lisboa,Vega, p. 28; Cristovarn J efeitos civis processuais da sentença penal coridenatória, Revisla de Estudosjurídicos, 3:122 es.
E Ramos Filho. Conceito de floresta para cíeiro de crime ambiental, MPMC Jurídico, 22:38-9. lide Fernando da Costa Tourinho Neto, Dano ambicntal, Consulex, 2;21.
131- Apud Luiz Regis Prado, Direito penal ainhiental, São Paulo, Revista dos Tribunais, 134.Rcné Anel Dote, Os atentados ao meio ambiente: responsabilidade e sanções
1992, p. 68. penais, Revista Brasileira de Cibicias Cn,,,ivais 7:121; Greice Patrícia Fuiler e Patricia lilson

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da Lei ii. 9.605/98 seria constitucional ou inconstitucional? Corno concilia, 8. RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANO ECOLÓGICO
o art. 5, XLV, cciii o art. 225, § Y, da CF? Pelo princípio da especialidade, a 8.a) Notas preliminares
especial prevalecerá sobre a geral; logo, não se poderá legar a possi-
bi 1 idad t. de um a 1,esçoa jurídica col neter cri! nes e a sua responsabilidade O direito não pode ficar inerte a ti te a triste realidade i;i ti evastação
penal, por estar isso previsto na norma constitucional especial, art. 225 ecológica, pois o h omen L'Çtá coni suas co, quistas ci ei lifi cas o ti rec nolôgi-
que terá prep o ncler3 ncia sobre ci :1 rt. S, XI _V, por conter este ..,lu Ii Or na as Li L'srru indo os bei s da 1 ar ti reza, que existem para o seu b em-estar, alegria
contaii 1:1 ndo ri os lagos, despejos 'ti dtitr ti n, c otite titio resi -
e asúuh;
geral aI tisiva à proteção dos direitos fundam cii tais do homeiii. Conseque iite
duos tia destilação do álcool, de pVisrico. de a rsén, co. de eh ti n±o ou d, o ti tra
mente, o arE - 3 da Lei n. 9.605/9K, tine é i lor ti ia especial, é co "sri tu cio, ial
substãncias 'e, ieii osas; devasta ii do florestas; destruindo reservas biológicas;
por estar conforme ao previsto no art. 225, § 3, da Carta Magna.
represando rios usando energia atômica ou nuclear,
A Lei ii. Ii - 105/2005, por sua vez, sendo mais rigorosa > r eli, a iii ipn
Não há dúvida que o crescimento da produção de bens e o avanço da
pena restritiva de liberdade- como se pode ver nos seguintes artigos:
tecnologia se fazem acompanhar de um aumento de flagelos sociais. Mas,
27 Liberar ou descartar OGM no meio ambiente, em desacordo corno pontifica sabiamente I3errrand de Jouvenel, essa "produção do flagelo
corri as normas estabelecidas pela CTNB10 e pelos órgãos e entidades de começa como uni ligeiro fio d'água que passa despercebido até o tu Otii erito
registro e fiscalização: em que se trai] sforma em rio e, então, suprirui-lo ti torna-se ti In probi ei lua de
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) at]o, e multa. Estado''. Com isso está causando graves riscos à humanidade Por cxci liplo:
na Baía de Minainata, rio Japão, entre 1953 e 1960, 100 pessoas Ir orrera n e
§ JQ (VETADO).
2000 fierain inutilizadas pela doença dci gato'', com cotivulsõci, cegueira,
2 Agrava-se a pena: 1 oucti ri e ilesa rti e til ação motora, ciii razão de c O iitanii ii aç ão por n e 'e ú ri o,
- de 1/6 (um sexto) a 1/3 (ti in terço), se resultar dano à propriedade resulta ii te de despejo industrial. Se ho tiver ti ti acidente nutria usina 1 II lear,
alheia; esse fato poderá ocasio lar a morte de nia, s de 150 mil pessoas, destruir ou
ii - de 1/3 (um terço) até a metade, se resultar dano ao meio ambiente: danificar propriedades numa área de 1.000 km, provocando ainda mutações
genéticas i nlprevisívei 5.
III - da iiietade até 2/3 (dois terços), se resultar lesão corporal de natu-
re-zi grave ciii outrem: O dano ecológico tem causado graves e sérias lesões às pessoas, às coisas
ou ao meio ambiente. urgindo sua reparação, por envolver i ão só abuso tio
IV - de 2/3 (dois terç os) até o dobro, se resultar a morte de outrem.
exercício de ul ii direito (CC, art. 188, l), mas tai nb&m perigosos riscos, pois,
Arr. 28. Utilizar, comercializar, registrar, patentear e licenciar tecnologias nas paI avias de Coul o ,nl,el, o verdadei tu probici ia para num ercisos indivíduos
genéricas de resrriçáo do uso: atingidos em sua pessoa e rios seus interesses não é saber 9 que vale sua causa,
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. rio plano jurídico, mas verificar se são bastante fintes social, pecuniária e cio-
Art. 29. Produzir, armazenar, transportar, comercializar, importar ou ralmente para afrontar uni adversário que nada será capaz de fazer recuar.
exportar OGM ou seus derivados, sem autorização ou em desacordo com as Por essa razão, mesmo que o dano ecológico acarrete luta desigual,
normas estabelecidas pela CTNBio e pelos órgãos e entidades de registro e competirá ao legislador ou ao órgão judicante restabelecer o equilíbrio. co"-
fiscalização: sider-arido o Fenônieno sob o prisma da gravidade de seus efiiros, de suas
anormalidades, das repercussões que posa ter, de sua continuidade, pois não
Pena - reci uso, de 1 (uni) a 2 (dois) anos e multa
deverá apreciá-lo se passageiro ou acidental, e do grau de tolerabilidade,
sempre levando em conta as condições da vida nuoderna
lista cxii nielo aiiibtctice. Interessante é a obra de Walter Polido, Poderia haver responsabilidade subjetiva do causador do dano ecológico,
5curos para riscos aiii,it, raS,
Sã. Paulo. Revista dos Tribunais, 2005. se se verificasse que o evento danoso poderia ter sido evitado mediante pro-

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ilio culposos, se todos co!! tri buirani para o evento danoso, que cão ocor rez- ia nucas, luas poderá resp ou sabi liza r severamente aquele ciii ct ij o proveito se
se não houvesse a conjugação deles, todos serão tidos como causas colcor- transporta pe cróleci e impedir
pedir que o risco da explosão atônneo ameace a
te ri Les, lias se u iii deles, podendo e' i (ar o dano, ii' t erveio e c.itiOu o p ]ej ri-- destruição progressiva ou paulatina da limo., in d.id L' No 3 iili it o do di Cito
izo só ele é ram.], devendo, por isso, ciii ação regressiva, reembolsar os demais internacional, nmitos órgi os, para g.ii.ilitir a cada ti iii o di te te de gozar de
Logo, seri imprescindível apurar, para fins de regresso, se a atividade incr ii 1- utii au] bientc são e de viver na dignidade e no bem-estar, têm proc Li rado
nada e alisou o prej Li izo, pois j usto não Ser ia que os derinis lesa n (es arcasse, 1. fornias para assegu lar consagrar co Iii O legitimo iii teresse de agir em j ti ZO
Sela 1 se ciii ree ii bolsados, pelo que poder a ter cvi taci o a polui ç o, com dai in a p 'e tensão individual ou coletiva à (III irimi dade Lol tra os da ti is à ecologia,
por e es causado p:i rcialiileil te. impedindo a a ti idade po1 o doma ou cxi giiido que & a tome mii edidas para
Os prejudicados terão direito a una reparação ilimitada, ei nbora 1 aja - assegurar a ii col tu ni dade pública ou da sua vizinhança. Mas não seria mi,, -
hodieruaniente, tendência a adotar unia indenização tarifária a flui de evitar presci ii clivei a criação de ni ecanismos i doneos para e li ninar Ou Di ninliza r as
a ruilu das empresas, Cuja conservação é necessária. Seria de boa política a causas conducentes à degradação anibiental? A ONU, por exemplo, estuda a
adoço de uni seguia obrigatório de responsabilidade civil para assegurar ao criação de um o,nbrds,,,a,i n,tnidial para a defesa da ecologia''".
lesado o pagan cii co do qi anti mi i ndenizató rio, qti anjo for impossível deter-
'ninar o agente p ol LI idor.
A pretensão indenizatória é insuscetivel de prescrição (Rfl 655:83) 116 Esse é o eclsItlaTuento de Aguiar l)I.,s (Da ,rsp,ivaI'ilidadc (rriI. tio de Janeiro,
Forense, I')lQ,v 2,n. I86-A),qtic aqui rcsuiinmos. Consulte a obra de Diogo t.cicc de (lacu-
desde que tal pretensão seja alusiva à indenização por dano moral direto ciii
pos. Aci,iiie1ire e responsabilidade clvii. Reisra de l)r,vit, Co,,tj,—do Lr,so-B,.oiieiro, 2:60-77.
razão de lesão a direito da personalidade (p ex. à vida, à saúde, à niregridade José Alfredo de O. Biraclio, A prOIeÇanjLiridica tio iiseio animbietire e a Iaberaç" lo nienliol.
tisica O LI psi quica) M as se a pretensão for a de oh ter unia repara çãci civil por CiiuíijnrínIxca ,3 135. lorilio e I&t,tlriiwes. Doei lo inibie,it.ii. CI! 1' .'Li'nI,tf. li . (> Iso
dum pai, . ii lonial ou dano moral incInim, o prazo prese ricional será de trôs tomo Pa- Lieco liorilio. l'.sraclo e preWI '-açao:apcicctiva anbicc,'.i] 11(1 álilhito la Iegisl,iç3o
anos (C(, are 206, § 3 2,V). Isto porque a prescrição alcança os ditos parr 1- cIn vigui. Djreiro. 19-12. Funda,iic,iros Coils(iLL,cjoIIa,s da Polínzui Nacinn.,l iii, Meio Ali,
iiioniais de ações iniprescritíveis, como as referentes às pretensões oriundas bieiite - colIle,ltarios do nt lis da Lei lI (i938/9' (ader,sos de t)r,-nt, Co,ntiiigcii'nai
ria Poluira, 13:145-57:Viror Rolf LatLl,é, Perfil roc,stitucionai.., (.'aden,, cir ir 216-26:
de violação a direito da personalidade.
Flávia l'i ovesar,. O da—to . . Cade, ,,in, ci!. p. 75-97 C,sclda Mar' Fe i nau de' Ni,,,,, Niro-
O magistrado, para restabelecer o equilíbrio, devera impor 1 reparação naka, Uni matiz ecológico. A propriedade agi -iria rotI, rcsponsah, idade ecolôgpc:I vista pelo
para os casos de necessidade e inievitabilidadc' da atividade danosa e a inter- -
moderno angui. constirmiciozial brasileiro, Rev,si,i L,fniria de Di,rita, /:14-5: Jose Vicente
SIlva Cainalini, A poltiiçio , Tr,iij' '6' direito ,rrI.inístri,, cit., e. 1. ;1 107-22. it.,itit Malta
dição para os casos que o ato pernicioso seja incompatível com a conservação
Moreira. A preservação i,,,llietital a rcM.orisabilidade civil p01 1.100 ecoiôgico e .1 att!3ç.o
da vida ainb e ri te rol eráveL Ante os abusos cometidos, é preciso inti] ii dar os
tutelar do Ministério Público. o 7,,ja ir direi:,, d,,ístj,c, Sâo Paulo. Revista cinlslribu,iais,
agentes do dano ecológico, pois a simples perspectiva do ônus da reparação 1987 v Ip. 123-36; Cer;'Ido E Lamiírcclp. Política ,,,,,lpr,'iai - I,tisra d, eféiiiiíIacle de wirs in,s
é insatisfhtória, daí a imposição da responsabilidade penal, inclusive par, pes- rrer,ios,So P,Itilo,Revista di,çfrihullats, 20(}2;José ItIcileus Morato l_eite,Da,,o a,nfnrntal— do
soas jurídicas (Lei ti. 9.605/88 e CE art. 225, 32). Não basta a promulgação uiduidual ao odor/co extraparrinronial, .35o Paulo, Revista dos TrrIjuIuis. 2003; A. A. Cançado
de leis que os condenem severamente, prestigiadas pelo sentimento geral de Tr uda de. Di reii os li um a nos e a, rio a,,, e, ''e - para/cio dos is tenras de /m, i.Tao li, frua, ia 'ai Porto
sua necessidade e por entidades de defesa do meio ambiente, que tenham à Alegre, Sérgio A. Fabris, Editor, 1993; LI lia I',nienrel, itoberta D. Leoxiliardt eVera R .Vidigal,
O íortalec incito do co' qfam cc anil,, cii tal no Brasil por naeto das i st itt, içâ Ci 5111,1 iceiras,
sua disposição meios judiciais que as habilitem a agir, corrigindo o classicis- Anuário 2014 do CESA, p 59-64. Vide: I&csoluço ri. 452/2012, que revogou a t&esoluçiio n.
mo das normas de legitimação processual, por sua ampliação à condiçao de 23/96 do Ministério do Meio Ambiente, Recursos 14 itiricos e A,Iiaaônia Legal. sobre Cor,-
ação popular. A ação popular, ao lado dos remédios reparatórios, é uni glan- Bole e banin,crmto da estrada de residuos perigosos no Brasil; Lei n 7 797/89 e 1 )rcrcmo n.
de instrumento para proteger o interesse coletivo na seara do dano ecológi- 1524/03,que a regubmenla.sobre o fundo Nacional de MeioAinbicntc, Portaria o. 71/2007,
co, ao lado da ação civil pública, do mandado de segurança coletivo, do que revogou a Portaria Ii. 509/2003 do Mi Insterio da Saúde sobre aircir,do te apridâo sa,,irria
para os novos projetos de asseritrnentos do INCRA e para liceiicia,imento arubienral de
mandado de iiunção, da ação de inconstitucionalidade por ação ou por
ctnpreend,rneriro, nas regLocs endêmicas de malária; EJS7J. 14:35, 1 .37 e 71:113, RSTJ,
omissão etc. E óbvio que a norma jurídica não pode impedir que um navio 82:124: Maria Adelaide de Citrupos França,A reparaç5o do dano ecolôgico, Repisia da Esco-
derrame petróleo no mar ou que uni avião caia carregado de bombas nó- la Paulista da fliist,a:i,ra 1:105-1 O; Sálvio de Figueiredo Teixeira. A dcksa do meio aiiibie,i-

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certos gases tóxicos na at, iosfcra, decorreu tes da qucilila de conibi, sríveis (car-
doiii6ticos como forma de indicação do nível de potência sonor;!. AR ese-
vão e petróleo), florestas e pastos. A destruição da cantada de ozônlo, que ab-
luç,io CONAMA n. 2/90 criou o Programa Nacional de Educação e Co,1-
sorve os raios selares ultravialeta. provocada pela poluição atmosférica, agrava
trole da Poluição So, ora; a n. 1 /93 estabeleceu limites i náxi ni os de ruido
aind.i "tais esse c1uadro. A cli uva .í ci da, cau sada pela po1 cii ção, libera ii iet ais tó-
para veículos au toniotores; a ii - 1 7 / 95 dispôs sobre o controle da emissão de
xicos. c 0mb ci câ dmio e o t nercú rio, que se íi X;I n ao solo, afetando florestas,
ruídos til 1 til os auto] loto res que se irerari ml iodifica ções: a n. 2(1/96 tratou
lagos, rios e a sa ti de humana, chega udo, até nies É no. a oxidar peças de netal.
do controle de missão de polue'' tes -acmosféri cos e ruidos emiti dos por
242/98 Essa ci luva é p roncada p,la presei 1 ç.i de ácido su ifi rico o ar, restil la ii te de
- dc ilos auton io (ores; a n. estabeleceu li ii,ites imi.\inios de ruídos em
reações com os coi i postos de enxofre proveri i ei tes da qtleii na de ca vão mi-
ve ciii os com caraCteres C5 e ciais pai;! uso Éora de es tra (ias; a ri. 4 1 8/2009
neral na, fornal li is industriais e ciii sistenaas de aquecinten to doméstico"'.
revogou a Resolução ir 252/99, que estabeleceu critérios específicos para
fiscalização das emnissões s onoras dos veículos que circulam por vias públicas, A poluição atmosférica (JB, 159:270, 165:171) é extremamente nociva,
e a ri. 256/99 dispôs sobre prazos e procedimentos pertinentes às inspeções pois os gases poluentes (inoiióxido de carbono, tlióxido de enxofre e dióxi-
de segurança veicular, inclusive nível de ruídos do de nitrogênio), despejados continuamente na atmosfera pelas chaminés de
fábricas e veículos automotores (LJSTJ, 8:43. 3:24), comprometem os inte-
A poiLnçào at»i osférica e' o lan ç ainento, i lO in ecosi st e", a, de agentes
grantes naturais do ar (oxigêilio, azoto, gás carbónico e vapor de água), tão
poluidores, como gases, fumaça, poeira provoca i do sérios pro blcnias para o
equilíbrio ecológico e, canse quenteti ente, para a vida h ri uni na: efeito estu fn.
indispensáveis à v ida, à sa ti dc do honi Ciii, à fi ii na, à flora—] proteção da terra,
à conservação do calor iriadiado pelo sol etc.Aca rie La várias patologias, corno
chuvas [te idas, bu nico na cai] tada de oy ti nio, alterações tu eteorológicas, nver-
cáncer, esterilidade, arteriosclerose, b o nquite, e!] fisenta. r miii te alérgica e de-
são térmica, snJ og etc.'' t57 . O
I)rog, que se caracteriza pela ii assa de ar estar ,-
ftciênc ias cardiovasculares OLI visuais, podendo ta, ibéni provocar aborto, pois
nado, composto por diversos gases, vapores de ar e fu maça ,a&' la os pu li iões,
t.i (exa ii es comprova nu ii
o feto ii ão esr5 total iii ente protegi do pela placenta
as respiratc5 ri as e até ti esmo a moi ti. Cmulo oco r-
podendo acarretar moléstias
ior polil 1 ç ão, o sa igue do cordão
que ciii receni-o ascid os, em di as de maior
re u, ciii 1952, em l_ oiidres ;ifeta udo. ciii razão de sua cuinu ação pelo p
u nibilical co ntinlua 1 uiaior co, icentração (te carhox, -heinoglobina do que os
odo de cinco dias sobre a cidade, nu is de 4M00 pessoas, p,me,palcoente
crianças e idosos, e eni 1980 no México, matando, em três setilanas, nI;i is de nascido, eni dias de menor co,] centra ção de polue tes) 1 O Como herbi c idas

800 pessoas e deixando inúmeras afetadas por doenças respitatórias'.

O efeito estufa é o fenómeno de isolamento térni i co ou alio cciii] eiito


159 ( elso A. 1 1. ILtIrlilo e Mi, aio A. Rodrigries. .i4aiiieal, nt., p. 299-303.
lura na superficie do planeta, cria virtude da
global da temperatura j)TCSCT1 ça de
16,1 Juiz Albe, tu Ajiiadoi Poluição ,OdC clti,,lr aborto e doenças carilí;,cas,
iria! tia Tirite 28-6- 19U9. p. 14-A-A l&coIuçãu (X )N AMA ti 31 3, de 29 de ou rubro dc 2002,
dispõe sobe c a 'lava etapa do l'rognuna da Controle de Eniissàe Veiculares - PROCONVE;
156. (:elso Antonio P Fiorilio e Marcelo Abelha l&odiigtics, Manual, rir., p. 433-46; Resolução ii. 354, de 13 de dezciiihro de 2004, do ( ONAMA, dispõe sobre os equ isi Los ia
F'Iippe AtiiztistoVicira de Atidrade, Poluição sonori, II Manual Poe. da l'ri,,,wforia de li tiça idoção de sislci]ias de diagnose de bordo - CIII) 'los veicttlos ;l,ltoinotOres leves objetivando
do Meia Anibien,v, cir., a. 289-305;Valdir de Arruda Miratida (larmueiro, 14TnUbaÇÕe sO,JllriiC Iii preservar .i (tuicionalidade dos sisteiii;] de controle de eimss3n; Resolução ii. 418, de 25 de
ediflcaçôcs uyh,i,ias, São Paulo 2001; J. Nasci-ecoo Franco, Pol'iç5o sonora e direito de vizi - novembro de 2009. do CONAMA, dispõe sobre critrios 'ara a elaboraçio de Planos de
''liança, 7ibi,,ii J. Dél.', ruov. 2001, 6;Talde,, Qt.eiroz de Farias.A,iálise da poluição so Controle de Poluição Veicular - PCI>V e para a , 'uplantação de Programas de Inspeço
nora. Diiriia (il,eidade, Revista da ESM ARN, n .3, p. 557-74, 2006. Susan C Uorster. (1) Manutenção de Veiculos ciii Uso - 1 /M pelos ôrgios estaduais e i]]iIi]icipa!s de meio anihic,i-
na, FMU - S5o Paulu,2008;LuciannJ.Alvarcuga e Sirtione Q. daS. HiraslilLitaArgsiliiemi- Ice deteruiiimia novos limites de e,,iisção e procediiiienros para .L avaliação do estado de aia-
Los urídicos e pcvnxissas ée,iico-cienrificas sobre .i classificaç.io da poluiçio OliOfli conto 'anreilção de veículos cm uso; Lei n. 12.490/2011 acresce e dá trova redação a tïispos,ti' os
cririle ainbieiital. Revista Defini, IS, p. 357-69- Vide RI 1 687:76. Leis ii. 9.478, de 6 de agosto de 1997, e 9.847, de 26 de outubro de 1999, que dispõem sobre
157. Gilberto Passos de Freitas, l)o crime dc poluição, lii Direito anibienic,l eu' a po li rica e a use a lização das a clvi dad es relativas ao atcaeeirronto nacional de cnn, bust vei
vãrios autores, Curitiba, Ed.Jiiruã, 1998, p. 128 altera O § 1 do art. 92 da Lei i. 8.723, de 28 de outubro de 1993, que dispõe sobre a redução
decnnsso de poluentes por veículos ,iuta ei otores, It esoltição o. 432. de 13 de julho de 2011,
138. Celsc, A. P. FiorilIo e Marcelo A. Rodrigues. Afanieai, cir. p. 299; Resolução
do Coelho
ns Nacional do Meio Ambiente - CONAMA estabelece novas fases de controle
CONAMA n.382. de 26 de dezembro de 2006, que escibelece os limites nháxl,nos de e,iiis-
de emissões de gases poluentes por cielo,notores. ,iiotociclos e veiculos similares novos; Re-
são de poluentes a rniosfhicos para fontes fixa,

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scgu idos por ci is, com vistas à con patibilização da po liii ção co 'ii a área e iii ,,ieiistrua çáo) , cii doiuict riose, ou seja, cresci i lento de células de revestimeni co
que se situani; i) tornar efetiva a Lei n. 9294/96, que cOiflén a proibição do útero no abdômen. E, ainda, lia o perigo de a gestante ser contaminada
de fumar em locais coletivos fechados, salvo se neles houver áreas destinadas pelos RAM; com isso, çeu leite conterá DIXU ou outro interruptor endócri-
a fu mantes, isolada, e arej a das . no, podendo prejudicar, com o aleitamento 'lia terno, seu filho'
A polUição espacial precisa ser evitada e requer que os veiculos espaciais A poluí -ãc' do solo é o despejo de detritos sólidos ou liqu idos, nuteria 1
e satélites de co ti 'ti ri icação reduzam a quantidade de detritos por eles produ - orgânico ou i norganico, a&tando o solo e o stikolo. inclusive o lençol freãtico' .
zidos, para Juninuir risco de ccli sã o de naves com o li XL) em órbita Viu
1 )eu no, iii d ustri a is,rcsiduos sól dos, fertilizantes qu ítuaicos, agrotá xicos
pequeno fragmento de entulho espacial pode, segundo a NASA. provocar (lei o. 7.802/89), pesti cm Lias, lixo e material radioativo podem coo ta ninar o
arranhões e desintegração de nave espacial ao reentrar na atmosfera e causar solo e o inc i o aol bi ente natural. com lpromiuete i ido a incolu midade fisi co-psí-
danos letais, visto que esta viaja numa velocidade orbital de 31000 kin por
quica da população. Mas os principais poluentes do solo e do subsolo são os
hora. Os radares e telescópios da Força Aérea procuram rastrear e detectar
resíduos sólidos gerados lias atividades agricolas, industriais, comerciais, do-
tais detritos, mas só conseguem descobrires maiores. Por isso é preciso cons-
nu ésticas, hospita lares., ferroviflr ias, rodoviárias, portuárias, nucleares etc- (Re-
truir naves que não gereiii detritos 5 .
solução CONAMA n. 5/93) e os resíduos quhiiiicos, como tóxicos, drogas
A poluição hormonal é a provocada por subst 1 cias tóxi ci s designadas e,' - qu iii o terápi cas. medicamentos vencidos ou rot ita,iii nados, corrosivos infla-
docrine disrrrprers (interruptores endócr 1105 ou lesionadores lior Inonais), coo ,o 1,)v,, s e reativos, por ser i mivivel seu ] muçatu e ri tu na rede pci blica de esgotos
inseticidas DDT, dioxinas e tucanos oriundos da produção de plásticos, c oino ou corpos d'água: (,b Deveras, resíduos liospualains, qu nu cos e radioativos,
o PV C, tu ngicidas, herbi cidas, produtos de limpeza, aditivos alimentares etc., em regra >por sua l' ic imiosi tiade. são Cli terra dos. ( ) lixo nuclear é tão adio-
porque esses In, nno,,ahly active g11, ,i, iu file {'nviron7llcflt ( agentes liortnonalnieii- ativo 11111 pode ii a L;ir ciii u,as ou eni J oras, deveu do ser j og;i do ei nhauso das
te ativos n o ambiente - HA As) têm a capacidade de imitar fluidos si nau udo- calotas polares ou ciii buracos pro [ti tu na ter ri, corno teu , feito o governo
res do organismo iurnano, sobretudo o estrógei o (horniôn o [em ititi) o), norte-ali Cri cano, no meio cio deserto, ria nuon Lan lia de Yti cca, a 150 k nu de
causando certa fenuinilização da população masculina, por provocar desordens Las Vegas, ou, au ida, em contai,Icr especifico ou ciii cilindros u Itrarresistentes,
reprodutivas, como c3ncer testicular ou redução do número de esperrnaro- que ofereçam uni escudo contra a ação da água, terremotos etc, para que,
zoides, pela presença de hexaclorobenzeno (HCI3) no sangue de funcionários com o isolamento, a radioatividade vá, com o tenipo,enfraquecendo, tornan-
de determinadas íbricas. Fetos expostos a esses poluentes poderão nascer com do-se inofensiva
ii ialíormações. Os nico inos poderito ter, por exemplo, criptorqu idia, O Li a,
Etuu relação a o lixo, para evitar que venha a degradar o mi leio aro hicrite,
seus testículos não descerão para o escroto, permanecendo na cavidade abdo-
(leve-se cliii 1 na r o ti so de es deposição a céu aberto, em espaços ambientais,
minal, ou apresentar desenvolvi incuto insuficiente da uretra, que se abrirá
antes da ponta do pénis. As meninas, por sua vez, como o estrôgene influi no
funcionamento cerebral, poderão sofrer atraso no desenvolvimento neuropsi-
comotor ou diminuição do desempenho intelectual ou da memória, além de 166 Marcelo Leite, Pais ainda ignora aiuueaç.i fernilidjL{e - contamuiuiado tem pouco
espermarozoide - poluiçiio liorniorial é 1111 assunto novo, Folha de S. Pauto, 12-9-1999, p. 9.
distúrbios no aparelho repioducor, como antecipação da menarca (primeira
167. Luís Paulo Siiv,nskas, Cr''iies, iii Ma,rrwl, rit.,p. 464; Fernando lt.VidalAkjoui,
Residuos sôlidos, o Munu,) Pnyict, da J'n',,,otona de Jastiça do MeioAnienw, cit., p. 269-79.
16M (>lso A. l'acbcco fiorillo e Marcelo A. Itodrigiies Manual, cit., p375. 389, 391,
164.Celso A. P. Fionilo e Marcelo A. Rodrigijes. Manual, cii.. p 305-l0; M. Adelaide 393-4 e 411 José Roberto Manques, Agrotóxicos. iii :\ ia'ival (),cinn, da Pwnpoforia deJnsiiça do
dc Campos França. Enssõcs veiculares como fontes de poluição atmosférica, Revista da Ecn- Al- , A 1eis., p. 2S 1 -K. lide sobre .lgrotóxicos: RT, 719266, 708192, 640:193,677:173,
la Paulista da Magisrrafura, 4:138-9; Marcelo Dawalibi, Poluiçao do ar, in Pda,ivaI Pratico di. 629336, 630 203. 673; 2.625:196e634:169e 177.
Pn,,iiororia dejusriça do Ateia A ,nliienre, cir. p. 239-45. 169. Marcelo Gleiser. A grande lixeira nuclear, Folha de S. Paukj 10-10-1999 p 12;
165.Andrew C. Revkin, Cientistas querrn controlar poluição espacial ) O Estado de Teillac, Les déchcçs nuckaires. Qi.eje sais?. Paris, P(JF, 1 98S;Jean Paul Schiapira, Que fazer com
S. Paulo. 9-3-2003, p.A-14. o lixo nuclear?, 1. Ciência e lIncki, hoje, 1995, p. 68.

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grupo de dez habitantes da ftrra não possa observá-las. Dois terços da po- causados por poluição e de adotar regras e procedimentos uni for 'les tu ii
pulação norte-americana não podem ver nada fora do Sistema Solar, ncir, plano internacional pra definir as questões de responsabilidade e garantir,
conseguem visualizar a faixa da Via Láctea . Na Europa, metade cli população em tais ocasiões, unia reparação equitativa". Deveras, essas afirmações cons-
é incapaz de ver a Via Láctea e unia cria cada seis pessoas não consegue ver tituemn unia parte dos considerandos da Convenção Internacional sobre
nada fora do Sistema Solar. No Brasil a visibilidade é rui"] nos gra ides ccii - Responsabilidade Clvii em Danos Causados por Poluição por óleo, conclu-
tros. nas po,sui grande parte do território livre de polui çii o luminosa - ida ciii Bruxelas a 29 de novembro de 1969, que entrou em vigor, para o
Ii, ainda, telHas a po!uiçJo ei, Iro,naçiiética, co lis isten te no CXC CSO de o" das Brasil, sendo promu ] g.i da pelo 1 )ecretc, ii. 79.437/77, regtilan, ei mtado pelo
elerroniagné ti cas oriundas de equipamentos eletrônicos que podem influa Decreto n. 83.540/79. O Decreto ir 83.540/79 apresenta sugestões para
no conIporhl, cri r, das células iiri ,anas, provoca id o. por ex., catarata, mal de medidas preventivas e corretivas nos arts. S, 6 e parágrafo único e 72 .
Parkiiison, derrame, redução de glóbulos vermelhos e aumento dos brancos, O direito brasileiro não ficou alheio ao problema. A Lei n. 5.318167
falta de tnemó ria rec ente etc.. tio (inicial asreirto de apaelIi elétricos, amando institui ri a Política Nacional de Sanca ii ento, co',, o intuito de controlar a
disparos involuntários de alarme de veículo em local de muita propagação, poluição ambiental, as inundações, as erosões, as modificações artificiais das
lo vov de certas aves, desorientando-as. massas de água e de tratar do saneamento básico, compreendendo abasteci-
A poluição, portanto, produz sérias e graves alterações fisicas, químicas mente de água, sua fluoreração e destinação de dejeros, cuidando, ainda, dos
ou biológicas do meio ambiente, prej u di ci ais: a) i saúde, segurança e bem- esgotos pluviais e drenagem. Para planejar, coordenar e controlar a Política
-estar do borne' ii b) a flora, à fauna e a outros recursos naturais; c) as ativ i - Nacional de Saneamento criou, ii o Mi ri i st&rio do Interior, o Consd iio Na-
dades sociais e econôn,icas. cional de Saneamento (Consane). A Lei n. .357/67 estabeleceu penalidades
para embarcações e ter niin ais lua riti nos ou fluviais que lançarem detritos ou
agua,
Será que a riqueza geiada pela polui çã o coil 1 pensar a OS danos causados?
óleo cru brasileiras.
Ante os graves mcci ilvenie! ires da po lo ição. o governo te, n-se ii -

pado com o assunto, emiti, ido noriuras Mii lei tes à proteça o ai ,bien til, rendo O Decreto ii. 73.030/71 que criou, no Ministério do Interior, a Secre-
como finalidade precípua a preservação do meio ambiente e a obtenção de taria Especial do Meio Anihienre (SEMA), con,o órgão autônomo de admi-
melhores condições para que o homem possa ter unia qualidade superior de nistração direta, orientada para a conservação do meio ambiente e uso dos
vida para seu berii-estar e segurança. recursos naturais, foi revogado pelo Decreto ti. 99.604/90, que, por sua vez,
A parte mais importante do direito internacional do ambiente encon- perdeu sua vigência por força do art. 3 do Decreto n. 1.205/94. Consequen-
tra-se ciii convenções internacionais, tais como: a Convenção de Londres de reinei te, a competência sobre o assunto passou para a esfera do Ministério
1954, para a prevenção da contaminação do iiiar por liidrocarburetos, revista do Meio Ambiente e da Aniazônia Legal. A 1-ei n. 6.151/74, estabelecendo
ciii 1962; a Convenção de Washington de 1973, relativa ao comércio inter- o 1 E Plano Nacional de Desenvolvimento (PN D), traçou as diretrizes e prio-
nacional das espécies da fauna e da flora anmeaçadas de extinção; a Convenção idades sobre a preservação do nicio amnbieiitc.
de 1974 entre a Dinamarca, a Finlândia, a Noruega e a Suécia, sobre a pro- O Decreto-Lei ti. 1.413/75 dispõe sobre o controle da poluição do
teção do ambiente; a Convenção de Paris de 1974, sobre a contaminação meio ambiente provocada por atividades industriais, admitindo aos Estados
telúrica do mar; e ainda a Convenção de Helsinque de 1974, para a proteção
do ambiente marítimo do l3áitico.
Os signatários da Conferência das Nações tinidas sobre o meio aln- 172. Antônio Chaves, l&eçj,o',sabiljdjd ... ii Enrwlapédia, cir.. v. 65, p. 488 e 498-500.
hiente de 5 a 16 de junho de 1972, em Estocolmo, resolveram: A proteção Vide, ainda, A g Li ar ) as, Da 'espanca É; ii, da dc civil, cit., v. 2, p. 151. Knock Ci md, La rpaya,M.'
d'e foi, J ti age &m'lagiq te; J. 1. Sa x, MIU1, 11,111 e ,issa ice dcimi'j i ks t,iln,uímx ,mrriwi'is, Le Cou rv 'e
a melhoria do meio ambiente humano constituem desejo premente dos
Uncsco,jul. 1977, p. 20; Diogo Figucinedo Moreira Neto, Introdução ao dítril,, ecológico e a,, di-
povos do globo e dever de todos os governos, por constituírem o aspecto
,rilo ',,baníslico; 'tio de Ja iieiio, Porense 975 Eagkcon, fie rrsponsibility of 5/ates iufrrnario-
n'ais relevante que afeta o bem-estar dos povos e o desenvolvimento do "ai larv, New York, 1932, p. 202 e s.; Eugemic Odurn. Fp,nda»mc,,toç de &olia Lisboa. 1988;
mundo inteiro"- Nas Convenções Internacionais há, pois, firme propósito de Gianipietro. Divirto afia saliebritd deüanibien,e. Mitano, 1980; Paulo Aílbnso Leme Machado,
'garantir tinia indenização adequada às pessoas que venham a sofrer danos Direito ainbie,i ai brasilci ri) cli

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de nova prova. Prevê, ainda, o anteprojeto que em caso de litigãncia de má-fé, liberação de polu cii (es nas aguas. no ar ou no solo. ou qualquer outra iorn, 1
a associação autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão de energia que, direta ou indmretaiiiemice, acarrete poluição do meio ambien-
sob daria,' ente co, denados ao décuplo das custas, seio prejuízo da responsa - te, prescrevendo flOS ai ts, s's t' 8° sai i çõ es a quem infringir
gir suas deter iii liações,
hilidade por perdas e d arias 1 13 . (lei xa n do, a ssim, he iii claro q Lie nifl guén i poderá poluir o meio, aiii da que
Esse intento Foi conseguido com a aprovação da Lei ri. 7.347/85, que por acidente. pois esta obrigado a il edidas de segurança, capazes de evitar
co, fere às associações civis, autarquias e soe ied des tio economia justa IN, , - efet ivanie ii te prej ti í zos à fim iii, à flora e à saúde da população 174
ti in idade para propor ação de resp ,nsabj 1 idade por prej ti 705 causa dos a o A 13 cc laraçã o sobre A iii btei itt 11, .. nai,,,, 1 Con íè rência de Estoc Dli 10,
parrinirarrio artístico e cultural, ao iu elo ambiente e lo COTI su n i dor. Com isso, a Estratégia Mundial para Conservação da Natureza e dos Recursos 1-1 uma-
a lei veio permitir às associações civis a defesa do interesse lesado ciii nome nos, de 1980,
foram aderidas pelo CONSF.MA (Conselho Estadual do Meio
de um grupo de pessoas (atividade antes da competência exclusiva do Mi- Ambiente), em 1984, que as transformou nos principios da Política do Meio
nistério Público), criando assim, condições para medidas preventivas e não Ambiente e dos Rec ti rsos Na rui-ais de Sã. Paulo. o.
apenas de ressarcimento do dano causado, o que veio a ser confirmado pela A Lei n. 126, de 10 de maio de 1977, do Estado do Rio de Janeiro, dis-
Lei n. 8.078/90, em relação a dano causado ao consunudor.A lei n. 8078/90 põe sobre a proteção contra i poluição sonora ao estatuir, no art. 22, I. que se
aprimora a lei ao definir o conteúdo material dos intere5ses cri direitos difu- 'consideram prejudiciais à saúde, à segurança ou ao sossego públicos quaisquer
sos como direitos transindividuais de natureza indivisível, pertencenres ruídos que a ti ,j aol, no ali hiei ite exterior ao recinto em que têm origem,
coletividade, como o direito ao ambiente n niral etc. nível sonoro superior .i 85 decibéis, nu.didos no curso 'C do Medidor de
A Constituição Federal de 1988, art. 5Q, LXXIII. dispõe que qualquer Intensidade de Som'de acordo com o método M13-268, prescrito peIaABNT''.
cidadão é parte legítima para propor açio popular que vise anular alo lesivo to porque o efeito nocivo do ruído está em função de sua do ração. de sua
repeti ç5 o e de na intem sidade, ., enda cmii dcc mbéis, que nada n lai s são que a
ao meio anibi eiite.
unidade de '''cdi Lia equ iva] e' te 5 inceo, de in tem,sidad e de um SOl ii
A Lei pernambucana n. 6.058/67 dispõe sobre o controle da poluição perceptível por uma pessoa, sendo que o zero" decibel não corresponde ao
das águas interiores do listado de Peri,a,,ihuco. silêncio absoluto, nus ao limite iu 1 nimo de percepção de uni ouvido icei
Procuram, 'o Estado de São Paulo, estabelecer normas sobre a preven- A zona de fadiga, em regra, inicia-se ao redor de 75 decibêis (a faixa de aler-
ção e o controle da poluição do meio ambiente: o Decreto-Lei n. 211/70, ta atinge a 85 decibéis); logo, o perigo está a 90 decibéis, e a intensidade o-
arr. 22; o Decreto n. 12.342/78, arts. 74 e 77; o Decreto o.8.468/76, arts. 57 nora se torna dolorosa .i partir de 120 dcc ibéis. As leis preventivas do rindo
e s., e a Constituição do Estado de São Paulo de 1989, arts. 191 a 215. são flexíveis ao abranger os ruidos de au tc,mnóveis, de fábrica,, de aviões etc.
Ainda cm São Paulo, por exemplo, para combater a poluição atmnosfè- A Lei n. 8.106/74, regulauemitada pelo Decreto n. 11.467/74. do Mti-
rica, há a Lei n. 3.798/57, regulamentada pelo J )ceceio n. 31231/58, proi- nicípio de São Pado, dispõe sobre ruídos urbanos localizados e o Rio cicia-
bindo a emissão de resíduos gasosos pelas indústrias; a Lei n. 997/76, atiner,- mento de indústrias incói oda 5, nocivas ou perigosas.
te ao controle da poluição do meio ambiente, proibindo o lançamento ou

171. António Claves, Ikesponsaliibdade .....o Enciclopédia, dc.. p. 500.


173. Antônio Chaves. Responsabilidade..., ia Eucicfopédia, cit-, p. 493-5; Ada Peilegrini 175 Vide Porta ria Nor marit ii. 125-N/93 do lHAMA, sobre desniatanien to
Cri nover,Tiitela jur,sdtciona] do meio a''ib,ente, Ajr.ris, 29:204-10; Eros Roberro Grau. Pro- venda de prod'itos (lo, estais; 1 ice reto ii. 1,205/94,,.b,, Estrutura l& egimental do Minis-
teção jur'dicional do meio unbiente, O listado de S. Paulo, 8-1-1984,, 50;Anroi,io A. McHo t&rlo do Meio A,nhiri te e da A'', i;, Legal; Portarias do M iiiisrr o do Meio Ambien-
de Camargo Ferraz, Edis Milaré, Nelson Nery Jr., A ação ai',! pública e a n'ela jierisdjcional dos te e da Amazónia Legal 326/94, sobre o reginielito interno do Conselho Nacional do
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interesses difusos, São Paulo, Saraiva. 1984; Nelson Nery Jr., Responsabilidade. - -, Revista, cit. Meio Ambiente; 313/94, sobre o regimento interno do Conselho Nacional da Amazônia
36-47; Celso Antonio Pacheco Fiorilio, Os sindicalos e a dçksa dos interesses difusos na direiio Legal; e 139/95; Decreto o. 2.959/99, sobre medidas a serem implementadas na Amazô-
proressíeal diU brasileiro, São Paulo, 1993. Sanções: CP, arr 271; te, o. 9.605/98 LCI>, art. 3S; 'lia Legal para mori itorame,lto, prevenç 5o, edt'caço arnbicntal e conibare dc incëndios
Código de Aguas. arÉs. 109 e 110; CNT, art. 5, XVI CU, ,no. 220 a 223; CPC de 2015. art- florestais; e Portaria n. 21512006, do INCRA, sobre procedimentos metodológicos para
814. Vide R7 461:27-30; CC,arts. 186,927,942, L228, § la , 1274.1280 e 1.309. riaço e exccuço de projetos de asseiltainen to florestal.

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A proteção arribiental poderá ser preservada por iiieio dos seguintes te, na fo nua dl lei, ri as também o patrimônio genético, estabelecem do, ainda,
instru nentos jurídicos 177: diretrizes c punições às condutas lesivas ao meio ambiente, como o fez a Lei
1) Normas que: ri. 0.605/93;
b) fixem os li, ni tes ináxinimel,i poluição. não nocivos à saúde e bem-es-
a) recon heçatil e recuem efetivo ao ser liii lia tio o decerto a n'ai ai' ibi en -
tar da pessoa, a partir dos quais se desencadearão medidas repressivas e mdc-
te sadio (CF. arts. 170,Vl, 200,VIIl, e 225), na medida de seus
tiizatórias contra os agentes:
inte i-eses Sem prej tidicar a defesa der i a reresses ge 1- ais pelas entidades públi-
c) reduzam o nível de polui yio sonora, provocada pelo excesso de ruído;
cas e assoei ações p.i rti culares. A Constituição de 1988 co ii rtiII preceitos (au.
225, §§ la a 6Q) para assegurar não só a efetividade do direi to ao ruela an d) adote, n a teoria da responsabilidade objetiva, fundada no risco, esta-
biente ecologicamente equilibrado,preservando-o e defendendo-o, vedando belecendo presunções de (ausalidade e definição prévia de zonas afetadas;
práticas contra sua degradação e obrigando a recuperação do ambiente de- e) exijam a adoção do seguro obrigatório da responsabilidade civil e o
gradado, conforme soluções técnicas exigidas pelo órgáo público coi-npercn- estabelecimento de fundos de garantia aos beneficiários de atividades peri-
gosas, assegurando, assim, a indenização do lesado, mesmo quando não for
possível determinar a pessoa do responsável;
177Ar'nando 1 lciirique l)ias C:ibral, a, nhirniat cic., p. 12-5: '-cinda i,iciiroç nws- 1) controlemia a produção, comercialização e emprego de técnicas e mé-
I,rucioi,ais do irreito aiiJflírl(raI. tese de douroramei,ro. aprcsentad.' ,i.i UFMC. ciii 1988, I>]Ogo todos que coloquem em risco a qualidade e o equilíbrio do meio ambiente;
leite de Cainpos,Ambiei,te... . Revi'. cit..p. 77; I&osalina (Jorr&a de Araújo, Di,ritosdan,eu-
g) definam mais áreas que devam ser preservadas, transformando-as em
nza no BrasiL cit; Roxan. C li l3orge, função iiibierit-al d.i propriedade. CixiriaJiiríSíüi,
80 31 3-38. M II Diniz, (:yço cit, v. 7, li. 495-505; Luís Paulo Sirviciskas, 7 iimeLj paR] ues e reservas ecológi t:as;
luenie, SJo Paulo, Saraiva, 2002; Antonio Carlos Morno, A iroteço jtiridica do hei,' mi- li) aumentem as áreas verdes para diminuir a poluição atmosférica e
l,icntal, keivsia do LIS!', 9:24 a 39, Luiz [&egis lqad., Cni'pi, (fllIra o ai,jbjt'ii,e, São Paulo,
regenerar o -ar, por filtrarem a poeira, reterem o gás carbônico e liberarem o
Revista dos Tribunais, 2(01 Viadimir Passos de Ireiras e Gilberto Passos dc Freitas, (7ri,ties
(afliTa a nar,g,cza - de acorjo cnn, a Lei li. 9. 605198, São Paulo, 1< evista dos Fributiais, 2001 cxi gê 1 o;
VI a di mi r Passo s de rei tu s, Constitu içao [clero e a d ívida de das nene, aio; ti, si is São Paul.' i) promovam uma efetiva educação ambiental e aurncraein, no 3tnbito
Saraive, 2{) 08 1 'at ríc ia B ia no Iii, Efrcdcia da s,ornras a id, o riais. São 1 'auio, Sara, vi • 201 O 3 obre o processual, as possibilidades de a coletividade preservar e defender os bens
tema vide os comentários à Consti Iulç3o feitos pel.t equipe do CEPAM;JB 151 278 e 281: ainbientais, outorgando às ONGs papel de maior destaque;
Lei ir 7.957/89; Portaria "-.383/98 dolhhunal de Contas da União que aprova a cstrargia
de atuação para o controle da gestão aiiiI,icntal_ restilcinre da irtipleenentaçio do Preto de j) vinculem .i gestão dos impactos anibientais à do próprio território;
1 )csciivotvirnciito da fiscalização Ambiental - PI) VA, Portaria ii. 2.253, de II dc dezenibri, e k) ti plantei ii políticas voltadas ao desenvolvimento urbano equilibrado
2001. do MirlisterLo da Saúde, dispõe 'obre a criaçio da Coiinssão Peruianerite de Saúde
ecologicamente, exigindo a eficiência de um Estado de bem-estar social
Ati,hietatal, Instrução Norniativa n 1, do Ministério das Crdade, de 13 de janeiro de 2004,
intervencionista, para que, em curto espaço de tempo, se obtenha a melhoria
que regulamenta no âmbito do Ministério das Cidades, os procedimentos relativos ao cnc]ua-
draniento prévio e habilitação das operações de crédito para a execuçio de ações de sanca- da qualidade de vida das grandes cidades;
mento ambiental a que se refere a Rcsoluço 3.153, de 11-12-2003, do Banco Central; bis- 1) criem mecanismos hábeis que possibilitem uma maior participação
truçio Normativa o. 3, do Miraistêrio das Cidades, de Gde fevereiro de 2004, que regulamen-
dos Estados federados para garantir o direito ao meio ambiente sadio e a
ta o enquadramento prévio e habilitação }ara contratação de operaçôes de crédito pan a
responsabilização do Poder Público pela sua omissão;
execução de ações de saneamento ambiental a que se refere o art 9-f3 da Resolução n. 2827.
de 30-3-2001, do Conselho Monetário Nacional, observando a sistemática denominada to) concedam incentivos fiscais e sanções premiais aos que contribuírem
Scleçáo Pública de propostas de financiamento para saneamento ambienta]. Os Decretos para a tutela ambientaIia;
Legislativos ii. 1 e 2/94 apiovain respectivan,ente o texto da Convenção - Quadro das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima - adotada em Nova [orque em 9-5-1992 e o teflo da
Convenção sobre Diversidade fliológica assinada na Conferência das Nações Unidas soba
Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 14-2-1 992Jusdf,ca-se a paralisa- 178. Vide Decreto ii. 6.565, de 15-9-2008, que dispõe sobre medidas tributárias apli-
ção lililinar de obras para impedir findado receio de dano ao meio ambiente (R7 629:118). cãveis às doações em espécie recebidas por instituições financeiras públicas controladas pela

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Iodas essas medidas deverão ser tomadas para que se tenha ''vida digna, boj o M2, pois pode destruir cidades, poluir vastas regiões, provocar sérios pro-
que é a vida com saúde, com qualidade e com equilíbrio - ' ao. Saúde, na lição blemas a longo prazo, atingindo gerações inteiras, pela influência lenta e
de Dalmo de Abreu DaIlarP, ''é o direito de estar livre de condições que paulatina das emanações radioativas'.
impeçam o completo bem-estar físico, mental e social, verificando as condi-
A atividade nuclear está regulamentada não só por convenções e trata-
ções do meio ambiente, isto é, do lugar onde as pessoas vivem, trabalham,
dos iii ternacionais, "ias tai nhétn pelas leis de nações niai s desenvolvidas
estudam e exercem outras atividade. Para que seja respeitado o direito à
tecn o] ogicai nen te, da mi do orige 1" a um novo ramo j uddi co - o direito udcar,
saúde ê preciso que o ar seja puro, que não haja excesso de barulho, que a
que consiste, nas palavras de Cuido Soares, no ''conjunto de princípios e
ilurninaçao não seja fraca ou forre demais, que as pessoas não sejam forçadas
normas que regem as atividades relacionadas à utilização de energia nuclear
a ficar vendo e ouvindo coisas que achem feias ou desagradáveis, nem sejam
com fins pacíficos" m.
forçadas a suportar mau cheiro ou sujeira".
Devido às consequências danosas e aos grandes perigos das arividades
O combate à poluição seria tutelar a dignidade da pessoa humana,
nucleares, as convenções internacionais e as legislações optaram pela respon-
proporcionando a todos unia sadia qualidade devida e um meio ambien-
sabilidade objetiva, fundada na teoria do r i sco 1S5.
te ecologicamente equilibrado. Realmente, para que serviriam a riqueza
e o progresso econômico sem urna sadia qualidade de vida e sem bem-es- O Brasil, seguindo as diretrizes das convenções internacionais existentes

tar social? e as orientações definidas no direito comparado,promulgou a Lei n. 6.453/77


e outros diplomas legais e regulamentares alusivos à atividade nuclear ou
atômica (Lei n. 4.118/62; Dcc. n. 51.726/63; Lei n. 6.189/74;Lei n. 6.151/74;
8.c) Responsabilidade civil nas atividades nucleares
Dcc. ii. 75.569/75; Lei o. 6.433/77: Dcc. ri. 84.411/80, ora revogado pelo
Ante o crescente desenvolvimento das atividades nucleares. oriundas da Der ri. 4 17/ 1)2; Lei mi. 6.571/78; Dcc. n. 82.829/78, revogado pelo Dic. s/n,
fissão do átomo, da utilização, nos campos médico, agrícola e científico, de de 5-9-1991; Dcc. n. 7L977/76, revogado pelo Dcc n. 417/92; Lei n.
radioisótopos e da aplicação industrial de seus produtos, principalmente na
obtenção de energia, surge a preocupação em estabelecer as linhas mestras
do reginiejurídico da responsabilidade civil por danos nucleares, em virtude 182. Cailos Alberto Birtar, Responsabilidade civil nas atividades ,iucleares, tese de livre-do-
do alto grau de periculosidade e dos riscos que tal atividade traz em seu cncia apresentada na 051' cru 1982, p. 6 e 100; M - Helena Di-z, Curso, cit., v. 7, p. 506-13;
CeRn Antonio Pacheco Fiorilia e Marcelo Abelha Rodrigues, Mani,a, cir., p. 483-94.1'an,hénj
escreveram no direito alienígena sobre esse tema, dentre ('urros; Micl,eIA. Cuhin. Niídear I-
rados : ao city risks f ti? p—ifui to, Washington, A mor ic an Ei, terp risc 1 iistitute for PubI i
180. Celso Antonio Pacheco PiorilIo e Adriana Diaria. Biodiversidade cit. p 23 Police l&esearch 1976; Paul Piérard, Responso bil,té civiI energie ato'nique et droit conq,aré. Bruxel-
181 Dalmo de A. Dailari, Vi&er em sociedade. São Paulo, Ed. Moderna, 1987, p. 33. les, Bruvla,ic, 1963; Vittorio Di Mai'ti,ie, La responsabil,td avile 'adia attuvit2 pericolosc e nw/eari,
apud Cielso A. P. Fiorillo e Adriana l)iaria, Biodivenidade, cjt., p. 23. Interessantes são as Milano. Citiflr, 979; Grasserti, Dieta dei/e energie ,uurleare, Milano, Giuffté, p. 429 e s.; Isabel
Tocino Biscarolasaga. Riesgo y daío nuclear de Ias centra/es nucleares, Madrid, 1975; Alessandra N.
obras: Vera Lúcia R. S. Jucovsky, Responsabilidade civil do Estado por danos anibieniais, São
Paulo, Juarez de Oliveira, Ed., 2000; Sérgio Luis Mendonça Alves, Estado poluido,, São Reis, Seria assim Fukusliima, se não houvesse Chernobyl?, Estado de Direito, 31:16.
Paulo,Juarez de Oliveira Ed., 2003; Anthony Allison Brandão Santos, O direito da gestão 83, Irineu Streiiger, O ressarcimento do dano no direito internacional, São Paulo, Revista
do espaço ecológico-econômico c seus institutos como uma das ferramentas para a tran- dos Tribunais, 1973, p 242, apud Carlos Alberto ]3ittar. Responsabilidade civil, cri ,p. 101.
siço paradigmática da teoria e prãtica do direito, Revista da Fundaçio Escola Superior do 184. Carlos Alberto Birtar, Responsabilidade civil, cir., p. 101-2; Cuido Fernando Silva
Ministério Publico do Distrito Federal e krrirórios, 20:11-20, 2002; Danielie M. levoraco, Soares, Direito nuclear, iii L'iwicIopéda Saraiva di, D,reito, 27, p. 382; Nonnenn,acher, Vers un
Responsabilidade penal da pessoa jurídica nos crimes ambe'u rui,São Paulo, Revista dos Tribunais, doas atomique, 1965, p44-
2006;Juliana Ferraz da Rocha Santilli, Biodiversidade e conhccirneiitos tradicionais asso- 185. Strenger, O ressarcimento cit., p. 243. lide Decretos Legislativos n. 64/98, que apro-
ciados: novos avanços e impasses na criação de regiines legais de proteção, Revista do Fuoi- va texto doTratado de Proibição Completa deTestes Nudeares. concluído ciii 1996 em Nova
daçdo, cit, 20:50-75, 2002; DanielaV Gomes, A solidariedade social e a cidadania na efeti- lorque. e o. 65/98, que aprova texto doTratado sobre a Na. Proliferação de Armas Nucleares,
vação do direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, Direito e liberdade, concluído em 1968; Decreto n. 2.7S0/98, que promulga Acordo para Cooperapo nos Usos
Revista da ESMARN, n. 3, p. 175-S4,2006 Pacificos da Energia Nuclear, celebrado entre Brasil e Rússia em 1994.

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a uma tornada de consciência de cada cientista em direção ao respeito da
dignidade da pessoa humana; a preservação da ética no direito para que ele
e a vida humana possaria ter existência; urna avaliação segura das atividades
oriundas da prática biotecnocientífica e das consequências delas advimidas 2; a
promoção de uma forma de controle democrático do processo de inovação
CAPÍTULO IV hiotecnocientífico c de unia ética da liberdade e da responsabilidade, estabe-
lecendo os limites exatos de sua licitude, indicando até onde podeni chegar;
O FUTURO DA BIOÉTICA E DO BIODIREITO com isso, haverá o avanço de unia ciência eticamente livre pala outra etica-
mente responsável; a priorização da tutela da pessoa huniaria; a criação de
COMO UM DESAFIO PARA O SÉCULO XXI comitês de ética que auxiliem as ciências da vida" a encontrar melhores
soluções para os criticas problemas ético-jurídicos provocados pelo progres-
so técnico-científico; a inclusão de todas as pessoas e povos como benefici-
O século XX. apesar das guerras 1 dos crimes, foi o século da vida por ários daquele progresso, encontrando urna forma n'ais adequada de justa
melhorar, com as descobertas cientfficas, a saúde da espécie humana por distribuição de recursos de saúde'.
valorizar o ser li unlan o ciii seus direitos, mas deixou à li Oman ida de iam ]e- O grande desafio do século XXI será desenvolver urna hioética e uni
gado repleto de dilemas ético jurídicosem razã o de fatos como: o avanço hiodireico que corrijam os exageros provocados pelas pesquisas científicas e
irreversívcl da biologia Iliolecular e da engenharia genética o Projeto Geno- pelo desequilíbrio do meio ambiente, resgatando e valorizando a dignidade
nu H Ul ] tal io, a AIDS, as ri ovas e podei-os,, intervei ições tet-apê titi ( -as; O iii ci - da pessoa li uma 'ia, ao considerá-la como o novo para digna hio mnédi co
picote ri erca tio ge 'aé rico; o risco do eugen 'sub; a exploração do corpo li O lan ista, datado-lhe u iria visão verda dei rani emite ai ter nativa que possa
humano e alienação da saúde etc. enriquecer o diálogo multicultural entre os povos, encorajando-os a uni-
Tal legado não mais constitui mera ficçio ou exercício de inaaginacão rem-se na empreitada de garantir urna vida digna para todos, rendo em
à moda de Aldeias Huxley, o que faz com que tenha uni potencial perigoso vista o equilíbrio e o bem-estar futuro da espécie humana e da própria vida
para que o mundo deságue numa terrível c enorme confusão e, ao mesmo no planeta.
ceniipo, traga esperanças à humanidade, sem olvidar que deixa a dignidade da Tal desafio seca desenvolver uma mística libertadora para a hioética e para
vida humana à mercê do manejo eticamente correto ou incorreto das práti- o biodireito, que inclua a convicção: da transcendência da vida; da capacidade
cas biocieiitíficas. de viver a vida cio solidariedade, aceitando-a como um dom ou dádiva divi-
A bioética e o biodireito não poderão ficar de viés ante essa realidade e na; da inconveniência da sobreposição dos interesses individuais egoístas; da
o fato de os conceitos jurídicos terem ficado ultrapassados, pois, corno bem obrigatoriedade da substituição do imperativo técnico-científico posso fazer
acentuou liabernias, ''ria medida em que ciência e técnica penetram nos âmn- pelo imperativo ético devo fazer, do cultivo de uma sabedoria que desafie não
bicos institucionais, começam a desmoronar-se as velhas legitimações" , reque- só o imperialismo ético dos que usam a força para impor sua verdade aos
rendo: urna adaptação do direito ao estado atual das situações inusitadas en- outros, mas também o fiindamentalisnio ético daqueles que se recusam a
gendradas pelo progresso biotecnológico; a imposição de urna ética para a efetuar um diálogo aberto'; da necessidade de avançar de unia tecnocracia que
era biocecnológica c de novas condutas e regras deontológicas conducentes

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A bioética e o biodircito constituem pontes para o futuro da hurnani-
dade, qLIe deveir ser pensadas e repensadas neste novo nnlôn10 12 , para que
in êdj cos enfer iii caros, ci ei i ti stas, filósofos, jaristas, advogados, promotores da
justiça, niagistrados, antropólogos, sociólogos, psicólogos e teólogos tenham
uni 6irol que lhes indique o caminho a percorrer eni nome da dignidade tia
pessoa ii ui i a na. So iii ente ussiiii será possive 1 acender à proposta do MovI -
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Universal dos 1) irei ias do 1 lei nem a seguinte precricào: ''Os conhccii nen tos
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