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Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Retenção e Detenção
Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental
Retenção e Detenção
PHA 2537 – Água em Ambientes Urbanos

Objetivos da Aula:

1. Apresentar os conceitos de armazenamentos natural e artificial


nas bacias hidrográficas.

2. Apresentar algumas medidas de controle na fonte.

3. Discutir a Lei das “Piscininhas” de São Paulo.


Gestão de Águas Pluviais Urbanas
RETENÇÃO E DETENÇÃO 4. Apresentar os reservatórios de retenção.

5. Apresentar tipos de reservatórios de detenção.

Prof. Dr. Kamel Zahed Filho Profª Drª Monica Ferreira do Amaral Porto 6. Apresentar medidas de armazenamento por condução.
Prof. Dr. José Rodolfo Scarati Martins Profª Drª Ana Paula Zubiaurre Brite 7. Discutir os benefícios e eficiência do armazenamento de cheias.
2014

Drenagem Urbana Armazenamento e Infiltração Naturais


Conjunto de obras e medidas cujos principais objetivos
• Água retida pela vegetação
são:
• Água infiltrada e retida no solo

• Minimizar prejuízos por inundações em áreas urbanas • Água retida em depressões do terreno

• Diminuir riscos a que as propriedades estão sujeitas • Água retida em grandes depressões e lagos
• Possibilitar desenvolvimento urbano harmônico e articulado • Água armazenada dinamicamente nos rios e várzeas

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Sobre o Regime Hidrológico
Consequências da Urbanização Bacia Antes
e Depois da
Sobre a Ocupação do Solo Urbanização
Depois da
• Valorização da terra pressiona a ocupação de áreas Urb.
AI= 50%
impróprias
Tc= 3h
AD= 100 km2
• Loteamentos inadequados (super-ocupação)
P= 65 mm
• Invasões, favelas

• Poucas áreas verdes Antes da Urb.


• Ocupação dos leito maior e às vezes do leito menor dos rios AI= 0%
Tc= 5h

Perda do Armazenamento e da Infiltração Naturais

Medidas Estruturais e Não-Estruturais


de Controle de Inundações
Estruturais:
•Tipos:
– Obras de afastamento de cheias
• Micro e Macro-drenagem
Foco da
• Reversão de Bacias aula de
–Controle no lote (piscininhas, pavimentos hoje
A Inundação permeáveis...)
do –Diques de contenção
Anhangabaú
em 1929 – Obras de contenção de cheias
A Inundação do Túnel do Anhangabaú • Soleiras
• Reservatórios
(Centro de São Paulo) em 01.03.1999
• Polderes

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Armazenamento Artificial
Controle na Fonte x Controle a Jusante
Objetivo de repor ou aumentar o armazenamento
Fonte:
perdido pela alteração do uso e ocupação do solo
• Armazenamento próximo à formação do escoamento direto:
(urbanização ou agricultura) para retardar a taxa de – Reservatórios pequenos;

resposta do escoamento superficial das áreas – Permitem utilização mais eficiente do sistema de
drenagem a jusante.
pavimentadas e do sistema de drenagem artificial
– Seu efeito é localizado. Não beneficia uma grande área.
(tubos, canais).

Controle na Fonte x Controle a Jusante Controle na Fonte: Pavimento Permeável


Categorias de Armazenamentos na Fonte:
Disposição local:
• Infiltração filtro de areia,
pavimento poroso,
vala de infiltração

• Controle na entrada armazenamento em telhados,


canteiros de infiltração
áreas de estacionamento e jardins

• Detenção local: drenos,


lagoas “secas” ou “molhadas”,

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Controle na Fonte: Pavimento Concreto Permeável Controle na Fonte: Trincheiras - Filtro de Areia

Controle na Fonte: Calçadas para Infiltração Controle na Fonte: Telhado Verde

Fonte: Matos. A. E., Silv a, A. C. S., Bunn, J., Claro, A. -Drenagem –Trabalho da disciplina Tecnologia de Edif icação I, Curso de
Arquitetura e Urbanismo – UFSC, 2007.

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Controle na Fonte: Valas de Infiltração Controle na Fonte: Reservatórios nos Lotes

Fonte: Tucci, Carlos E.M., “Elementos para Controle da Drenagem Urbana”

Princípios Fundamentais do Controle no Lote


Princípios Fundamentais do Controle no Lote
• O proprietário não tem o direito de provocar inundações
para jusante e passar os custos de controle para a
sociedade.

• As vazões descarregadas não podem ser superiores à


condição de pré desenvolvimento.

• As ações e custos para manter as condições pré


desenvolvimento são de responsabilidade do proprietário.

Fonte: Tucci, Carlos E.M., “Elementos para Controle da Drenagem Urbana”

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Princípios Fundamentais do Controle no Lote Princípios Fundamentais do Controle no Lote

Hidrograma pós
desenvolvimento

Hidrograma pré
desenvolvimento

Ação do
proprietário

Controle na Fonte: “Lei das Piscinhas” Controle na Fonte: “Lei das Piscinhas”
Exemplo da Prefeitura de São Paulo Exemplo da Prefeitura de São Paulo
- Dimensionamento:
- A Lei
A PMSP elaborou a lei 13.276, sancionada dia 04 de janeiro de
• O volume de armazenamento do reservatório obedece à
2002;
equação:
regulamentada pelo Decreto nº 41.814 em 15/03/2002 V = 0,15 × Ai × IP × t
também conhecida como a lei das ‘piscininhas’ • Onde: V = volume do reservatório (m³),
obriga a execução de reservatório para as águas coletadas • Ai = área impermeabilizada (m²),
por coberturas e pavimentos nos lotes, edificados ou não, que • IP = índice pluviométrico igual a 0,06 m/h
tenham área impermeabilizada superior a 500 m² • t = tempo de duração da chuva igual a uma hora.
• Os estacionamentos em terrenos autorizados, existentes e
futuros, deverão ter 30% (trinta por cento) de sua área com
piso drenante ou com área naturalmente permeável.

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Controle na Fonte: “Lei das Piscinhas” Controle na Fonte: “Lei das Piscinhas”
Exemplo da Prefeitura de São Paulo Exemplo da Prefeitura de São Paulo

- Benefícios:
- Destino da água armazenada:

♦ A Lei 13.276 tem função tripla: aumentar a área permeável


A água contida pelo reservatório deverá
do solo, diminuir o risco de inundações e reservar água para
preferencialmente infiltrar-se no solo, podendo ser fins não potáveis nos empreendimentos;
despejada na rede pública de drenagem após uma hora
de chuva ou ser conduzida para outro reservatório para ♦ A lei paulistana apesar de não ser perfeita já é um avanço
ser utilizada para finalidades não potáveis. na legislação pois leva em consideração a possibilidade de
uso da água de drenagem.

Controle na Fonte: “Lei das Piscinhas” Controle na Fonte: “Lei das Piscinhas”
Exemplo da Prefeitura de São Paulo Exemplo da Prefeitura de São Paulo

- Perspectivas: - Críticas:

♦ Toda retenção é válida, pois descongestiona os dutos da ♦ Possibilidade de proliferação de animais transmissores de
cidade, e ajuda a respeitar as vazões de restrição; doenças, se não houver regulamentação de mecanismos
que impeçam acesso de animas e facilitem a manutenção e
limpeza do reservatório;
♦ Com o aumento do número de edifícios com reservatórios,
os resultados benéficos da retenção tendem a ser mais
significativos; ♦ O índice pluviométrico (60 mm/h) usado na Lei 13.276 para
o cálculo do volume do reservatório é o de uma chuva
fortíssima (TR = 10 anos);
♦ Caso o destino da água seja a infiltração no solo, haverá
recarga de aquíferos;
♦ Lei 13.276 não dá diretrizes de execução e mecanismos de
fiscalização do escoamento adequado da água;

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Controle na Fonte: “Lei das Piscinhas”
Exemplo da Prefeitura de São Paulo Controle na Fonte x Controle a Jusante

- CRÍTICAS:
JUSANTE
♦ Se a rotina de bombeamento não for regulamentada, já que • Redução nos custos de construção, operação e
em geral, está a cargo dos zeladores, as bombas podem ser
manutenção (efeito de escala)
ligadas aleatoriamente, lançando água quando ainda estiver
chovendo em áreas críticas; • Dificuldade em encontrar local adequado
• Grandes barragens ou reservatórios podem encontrar
♦ Aumento de custos à construção civil (há controvérsias!!);
oposição pública

♦ Aumento no consumo de energia.

Tipos de Armazenamento a Jusante


Tipos de armazenamento a Jusante RETENÇÃO:

• O escoamento de um dado evento de cheia é armazenado


• Retenção e NÃO É DESCARREGADO no sistema de drenagem a
jusante durante o evento.

• Detenção • A água armazenada pode ser utilizada para irrigação,


manutenção de vazão mínima ou para ser evaporada ou
infiltrada no solo.
• Condução
• O reservatório é permanentemente preenchido com água
(reservatório “molhado”)

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Reservatório de Retenção Reservatório de Retenção

Lago Permanente - Uso Recreacional Lago Permanente - Uso Paisagístico e Recreacional

Reservatório de Retenção Reservatório de Retenção

Lago do Ibirapuera – São Paulo

Lago Permanente - Uso Paisagístico e Recreacional Lago Permanente e Rio com calha variável - Uso para lazer
Parque Campolim – Sorocaba, SP, vista de montante da barragem

9
Reservatório de Retenção Reservatório de Retenção “in stream”

Reservatório

Barragem

Lago Permanente e Rio com calha variável - Uso para lazer


Parque Campolim – Sorocaba, SP, vista de jusante da barragem

Lagoas de Retenção em Série


Tipos de armazenamento a Jusante

• Retenção

• Detenção

• Condução

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Tipos de Armazenamento a Jusante Tipos de Armazenamento a Jusante
DETENÇÃO: DETENÇÃO:

• O armazenamento é de curto prazo, com atenuação do pico • O armazenamento é de curto prazo, com atenuação do
de vazão de saída a um valor inferior ao de entrada. pico de vazão de saída a um valor inferior ao de entrada.

• O volume de água descarregada é igual ao afluente, apenas • O volume de água descarregada é igual ao afluente,
distribuído em um tempo maior. apenas distribuído em um tempo maior.

• Usualmente, esvaziam em menos de um dia. • Usualmente, esvaziam em menos de um dia.

• A área é seca e pode ser utilizada para fins recreacionais. • A área é seca e pode ser utilizada para fins
recreacionais.

Tipos de Reservatório de Detenção Reservatório de Detenção“in stream” ao Ar Livre

Reservatórios “in Stream”


Reservatórios “off Stream” Rio
Amortecimento
Reservatórios subterrâneos
Reservatórios ao ar livre

Vazão amortecida
“Polderes”

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Reservatório de Detenção – Uso para Lazer Reservatório de Detenção “in stream” subterrâneo

“Piscinão do Pacaembu”
Bacia de Detenção Praça Júlio Andreatta, Porto Alegre – RS’

Bacias de Detenção Subterrâneas


Reservatório de Detenção “in stream”

Durante a
construção

Bacia de detenção de Tai Tai Hang Tung Capacidade de 100000 m 3 - Hong Kong

Fonte: Chu, H. C. K. – Flood Prev ention and Drainage Modelling in Hong Kong, Drainage Serv ices Department, Hong
“Piscinão do Pacaembu” Após a construção Kong, Sept. 2005

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Bacias de Detenção Subterrâneas Bacias de Detenção Subterrâneas

Bacia de detenção de Tai Tai Hang Tung – (vista interna) - Hong Kong

Bacia de detenção de Tai Tai Hang Tung em construção (2005) - Hong Kong
Fonte: Chu, H. C. K. – Flood Prev ention and Drainage Modelling in Hong Kong, Drainage Serv ices Department, Hong Fonte: Chu, H. C. K. – Flood Prev ention and Drainage Modelling in Hong Kong, Drainage Serv ices Department, Hong
Kong, Sept. 2005 Kong, Sept. 2005

Reservatório de Detenção “in stream”


Reservatório de Detenção “off stream”
Rio
Volume Armazenado

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Reservatório de Detenção “off stream” Reservatório de Detenção “off stream”

Bacia de Detenção “off stream”


Reservatório de Detenção “off stream”
120

Volume Armazenado
Entrada da água 100
Afluente
Efluente ( In Line )
Efluente ( Off Line )
80

Vazões (m3/s)
60

40

20

0
0 5 10 15 20 25 30
Tempo ( horas)

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Criação de “Polderes” Criação de “Polderes”

Canal de
Estação Drenagem
Elevatória
Reservatório
de Detenção

Descarga
da
Elevatória
Barragem

Esquema de bombeamento em Kiiu Tau Waii– Hong Kong


Fonte: Chu, H. C. K. – Flood Prev ention and Drainage Modelling in Hong Kong, Drainage Serv ices Department, Hong Fonte: Chu, H. C. K. – Flood Prevention and Drainage Modelling in Hong Kong, Drainage Services Department, Hong Kong, Sept. 2005
Kong, Sept. 2005

Opções de Estruturas de Entrada e Saída


Opções de Estruturas de Entrada e Saída

Entrada por Gravidade: Saída por Gravidade:


Quando a área do reservatório está abaixo da cota da água a Condição típica de reservatórios criados com barramentos nos
ser armazenada. cursos d’água

Entrada por Bombeamento:


Saída por Bombeamento:
Este tipo só é vantajoso quando há um local privilegiado para
o reservatório. Quando a escavação é feita abaixo do nível do curso d’água.
Exige custo de energia e cuidados na operação.

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Detalhe de Entrada com Grade Detalhe de Entrada com Grade

Vertedor de Emergência
Manutenção das Bacias de Detenção

Reservatório de Detenção de Concreto - Enterrado

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Sistema de Lavagem de Reservatório
de Detenção Escada de
Acesso para
Manutenção

Problema : Acúmulo de Resíduos Problema : Acúmulo de Resíduos

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Problema : Acúmulo de Resíduos
Tipos de Armazenamento a Jusante

• Retenção

• Detenção

• Condução

Armazenamento por Condução


Tipos de Armazenamento a Jusante Rio com Calhas Variáveis

CONDUÇÃO:

• O armazenamento é feito de forma transitória, quando os


canais, várzeas e drenos conduzem o escoamento
superficial.
• Construção de canais de baixa velocidade, com seções
transversais largas ajudam nesse armazenamento.

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Armazenamento por Condução Requisitos Gerais
Soleiras – Rio Aricanduva – São Paulo
•As obras devem devem ser avaliadas em relação aos
eventos normais (T = 5 a 10 anos) e aos eventos menos
frequentes (T = 100 anos), para provar que não pioram
as condições de inundação a jusante.

•As obras devem ser coordenadas, considerando os


cenários futuros de desenvolvimento e uso do solo.

•As obras devem ser projetadas com base na topografia,


solo e geologia do local.

Requisitos Gerais Benefícios do Armazenamento de Cheias


• As obras devem ser projetadas, considerando toda a
bacia hidrográfica e não só a porção imediatamente a • Reduz os problemas de enchentes localizadas.
jusante. Cuidado com o SINCRONISMO dos • Reduz os custos das galerias de drenagem.
hidrogramas.
• Melhora a qualidade da água, desde que haja
manutenção.
• As obras devem ser projetadas para reduzir o máximo
• Minora a erosão em pequenos tributários pela redução
possível as necessidades de operação e manutenção.
das vazões.
• Reduz assoreamentos a jusante
• As várzeas a jusante não devem ser estimuladas a
serem ocupadas nas áreas anteriormente inundáveis. • Cria oportunidade de reúso e recarga de aquíferos.
• Permite concentrar resíduos sólidos transportados pelos
rios, para sua remoção
• Permite a criação de áreas de lazer

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Eficiência dos Reservatórios de Eficiência dos Reservatórios
Retenção e Detenção de Retenção e de Detenção

MEDIDA PREVENTIVA:
• Medida efetiva para pequenos cursos d’água.
• Menores custos
• Efeito maior junto ao reservatório; diminui para jusante.
• Legalidade pacífica (não agrava situação pré-existente)
• Pouco efetiva em rios grandes.
• Custos por conta do empreendedor
• Eficiência maior quando constituem medida preventiva.
• Desencoraja desenvolvimentos indevidos

Eficiência dos Reservatórios


de Retenção e de Detenção
MEDIDA CORRETIVA:

• Maiores custos

FIM
• Legalidade pode ser contestada

• Necessidade de novas leis

• Desgastes políticos

• Desapropriações mais caras e complexas

• Custos por conta do governo

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Cálculo do Reservatório Exemplo de Resultado

Dados de entrada: Hidrogramas

400
350
300
• Hidrograma afluente ao reservatório

V az ão (m3/s )
250
200
• Curva cota-volume do reservatório 150
100
• Equações de descargas dos órgãos de extravasão da 50
0
0:00 15:00 30:00 50:00 65:00 85:00 105:00 125:00 145:00 165:00 185:00 205:00 225:00
barragem Intervalo

Afluente Efluente

Hidráulica da Estrutura de Controle Coeficientes de Descarga

Q = C d * A * 2 * g * (h − a) Válida para
h > 4a
Q = vazão
Cd= coeficiente de descarga
A = área do orifício
g =aceleração da gravidade
h = profundidade da água junto à saída
a = metade da altura do orifício

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Tempo de Esvaziamento
h2
1 AR
t=− .∫ .dh Nomograma
Cd .A. 2g h h para orifício
1
retangular
Quando a área do reservatório AR é constante : com h < 4a

2.AR
t= .( h1 − h2 )
Cd .A. 2g

Curvas de Descarga de Vertedores

Nomograma Q = CLH 3 / 2 Vertedor de soleira livre

para orifício  3 3

2
circular com h Q= 2 g cL H 12 − H 22  Vertedor com comporta
3  
< 4a
3
Q = C 0 (2πRS )H 2
Vertedor Tulipa

Q = CWD 2 gH Bueiro

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Curvas de Descarga de Vertedores Algoritmo de Cálculo
Onde:
• Equação da continuidade
Q = vazão de descarga; Qe1 + Qe 2 Q Q
C = coeficiente de descarga; ∗ ∆t + V1 − s1 ∗ ∆t = V2 + s 2 ∗ ∆t
L = largura da crista do vertedor; 2 2 2
H1 = carga total referente à crista do vertedor; •Reordenando-se os termos da equação, obtém-se:
H2 = carga total referente ao topo da abertura;
C0 = coeficiente que relaciona H1 e RS; V1 V
RS = raio de abertura do vertedor; Qe1 + Qe 2 + − Qs1 − Qs 2 = 2
D = altura da abertura; ∆t 2 ∆t 2
W = largura da embocadura.

Algoritmo de Cálculo Algoritmo de Cálculo


Int Q e1 Q e2 V1/(∆t/2) Q s1 NA2 Qs2 V2/(∆t/2) NA2calc
Int Q e1 Q e2 V1/(∆t/2) Q s1 NA2 Qs2 V2/(∆t/2) NA2calc
1 60 84 157778 0.00 200.00 0.00 157922 200.09
1 60 84 157778 0.00 200.00 0.00 157922 200.09 200.09 1.02 157921 200.09
200.09 1.02 157921 200.09 2 84 150 157921 1.02 200.09 1.02 158153 200.24
2 84 150 157921 1.02 200.09 1.02 158153 200.24 200.24 4.43 158150 200.24
200.24 4.43 158150 200.24 3 150 216 158150 4.43 200.24 4.43 158507 200.46
3 150 216 158150 4.43 200.24 4.43 158507 200.46 200.46 11.74 158500 200.46
200.46 11.74 158500 200.46
6. Se a diferença entre NA2 calculado e NA2 estimado for
1. Com o nível inicial NA1, calculam-se V1 e Qs1 ;
grande , adota-se um novo NA2 estimado como sendo
2. Adota-se uma primeira estimativa para NA2 = NA1 ; igual ao NA2 calculado ;
3. Calcula-se Qe2 em função de NA2 estimado; 7. Se a diferença entre NA2 calculado e NA2 estimado for
4. Somam-se os termos do lado esquerdo da equação e pequena , encerra-se a iteração do período.
obtém-se V2 calculado; 8. Atualizam-se os valores iniciais do período seguinte
5. Com a curva cota-volume obtém-se NA2 calculado; com os valores do final deese período ;
9. Volta-se ao passo 1.

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Referências
Sistema G-Cans (Tóquio – Japão)
• Urbonas, Bem & Stahre, Peter - Stormwater - Best management
practices and detention for water quality, drainage, and CSO
management - PTR Prentice Hall, Inc., 1993, 449 pg. O ‘Metropolitan Area Outer Underground Discharge
Channel’ (também chamado de “Projeto G-Cans”,
(em japonês 首都圏外郭放水路 Shutoken Gaikaku
• Sheaffer, John R. et al. - Urban Storm Drainage Management - Marcel Housui Ro), é uma enorme estrutura subterrânea
Dekker, Inc. - 1982, 271 pg. localizada principalmente em Saitama-ken.
Foi construída para prevenir enchentes em Tóquio,
• Tucci, C. E. et al. - Hidrologia : Ciência e Aplicação - Ed. da durante eventos chuvosos e de tufões.
Universidade - UFRGS/ABRH ,2a ed. 1997, 943 pg.

• Tucci, C. E. - Drenagem Urbana, - Ed. da Universidade -


UFRGS/ABRH ,1a ed. 1995, 428 pg. http://megastructure.org/post/show /36-tokyo-underground-storm-drain

Sistema G-Cans (Tóquio – Japão) Sistema G-Cans (Tóquio – Japão)

O Conselho Central de Gerenciamento de Desastres de


Tóquio projetou o sistema para uma chuva de 550mm O projeto iniciou-se em 1992. Consiste em 5 “Silos” de concreto,
em três dias sobre Tóquio (T=200 anos). Sem o localizados próximos dos 4 principais rios, conectados por
sistema, para esse evento, o Rio Arakawa extravasaria, túneis e um grande reservatório (chamado de “A Catedral” ou “O
com a possível inundação de 97 estações do metrô. Grande Templo”), conectado a uma Estação Elevatória que
http://megastructure.org/post/show /36-tokyo-underground-storm-drain recalca para o Rio Edogawa.
http://w ww.ipmotor2011.com/g-cans.html

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Sistema G-Cans (Tóquio – Japão) Sistema G-Cans (Tóquio – Japão)

A construção terminou em 2004.


O custo total da obra ficou por volta de US$ 2 bilhões.
http://w ww.ktr.mlit.go.jp/edogaw a/project/gaikaku/outline/index.html
Topo de um dos Silos
http://en.w ikiarquitectura.com/index.php/File:G- Cans_Project_silo_a_nivel_suelo.jpg

Sistema G-Cans (Tóquio – Japão) Sistema G-Cans (Tóquio – Japão)

Cada silo possui 32m de diâmetro e 65 m de altura.

Interior de um dos Silos O volume armazenado nos 5 silos é de 260.000m3.


http://megastructure.org/post/show /36-tokyo-underground-storm-drain http://megastructure.org/post/show /36-tokyo-underground-storm-drain

25
Sistema G-Cans (Tóquio – Japão) Sistema G-Cans (Tóquio – Japão)

Detalhe de entrada a um silo,que recebe água de duas


Detalhe de um poço de acesso para a obra. Destaca-
galerias. A construção de uma guia helicoidal evita o
choque dos dois fluxos de entrada. -se a dimensão do caminhão perante a obra.
http://planetoddity.com/g-cans-tokyo-storm-w ater-discharge-channel/
http://planetoddity.com/g-cans-toky o-storm-water-discharge-channel

Sistema G-Cans (Tóquio – Japão) Sistema G-Cans (Tóquio – Japão)

A construção do sistema iniciou-se em 1992 e terminou em


Detalhe de um poço de acesso para a obra. 2004. O custo foi por volta de 2 bilhões de dólares.
http://planetoddity.com/g-cans-tokyo-storm-w ater-discharge-channel/
http://megastructure.org/post/show /36-tokyo-underground-storm-drain

26
Sistema G-Cans (Tóquio – Japão) Sistema G-Cans (Tóquio – Japão)

O túnel interliga Showa em Tokyo e Kasukabe em Saitama.


http://megastructure.org/post/show /36-tokyo-underground-storm-drain
O volume total dos túneis é de 495.000 m3. http://planetoddity.com/g-cans-
tokyo-storm-w ater-discharge-channel/

Sistema G-Cans (Tóquio – Japão) Sistema G-Cans (Tóquio – Japão)

Os túneis, com 10 m de diâmetro totalizam 6,3km de extensão.


http://megastructure.org/post/show /36-tokyo-underground-storm-drain
Os túneis foram construídos 50m abaixo da superfície.
http://w ww.secret-japan.com/forum/g-cans-project-(saitama-ken)-t723.html

27
Sistema G-Cans (Tóquio – Japão) Sistema G-Cans (Tóquio – Japão)

Túnel de acesso aos túneis principais.


http://planetoddity.com/g-cans-tokyo-storm-w ater-discharge-channel/

http://planetoddity.com/g-cans-tokyo-storm-w ater-discharge-channel/

Sistema G-Cans (Tóquio – Japão) Sistema G-Cans (Tóquio – Japão)

O grande reservatório (“A Catedral” ou “O Grande Templo”)


possui 25.4 m de altura, 177 m de comprimento e 78 m de
http://planetoddity.com/g-cans-tokyo-storm-w ater-discharge-channel / largura (com 59 pilares). Possui um volume de 350.000m3.
http://planetoddity.com/g-cans-tokyo-storm-w ater-discharge-channel/

28
Sistema G-Cans (Tóquio – Japão) Sistema G-Cans (Tóquio – Japão)

O grande reservatório está conectado com 78 bombas (10Mw)


que podem recalcar até 200m3/s no Rio Edogawa. http://w ww.secret- Sala do Centro de Controle do Sistema.
japan.com/forum/g-cans-project-(saitama-ken)-t723.html http://en.w ikipedia.org/w iki/Metropolitan_Area_Outer_Underground_Discharge_Channel

Sistema G-Cans (Tóquio – Japão) Sistema G-Cans (Tóquio – Japão)


http://www.youtube.com/watch?v=RfNvgWIap3M&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=zUGFa6Kw7Xo

Vídeo Promocional

http://www.youtube.com/watch?v=zUGFa6Kw7Xo
•Fontes:
•http://megastructure.org/post/show/36-tokyo-underground-storm-drain
•http://planetoddity.com/g-cans-tokyo-storm-water-discharge-channel/

•http://en.wikipedia.org/wiki/Metropolitan_Area_Outer_Underground_Discharge_Channel
•http://www.youtube.com/watch?v=zUGFa6Kw7Xo
•http://www.secret-japan.com/forum/g-cans-project-(saitama-ken)-t723.html
http://planetoddity.com/g-cans-tokyo-storm-w ater-discharge-channel/ •http://en.wikiarquitectura.com/index.php/File:G-Cans_Project_silo_a_nivel_suelo.jpg

29
FIM

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