Você está na página 1de 7

INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, IP

DELEGAÇÃO REGIONAL DO NORTE


Centro de Emprego e Formação Profissional de Bragança
Serviço de Formação Profissional de Bragança
Educação e Formação de Adultos (EFA – B3)
Formadora: Paula Calçada
Curso: Operador/a florestal 03 / Mirandela
LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO – B3 A
Conteúdos: A importância da pontuação; a comunicação interpessoal e a comunicação assertiva…
Nome____________________________________________________________. Data: _____/_____/______
FICHA DE TRABALHO Nº 3

A PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são utilizados na escrita para representar pausas, entoação e ritmo da
língua falada. O uso da pontuação é fundamental dado que uma pontuação incorreta pode levar a
interpretações erradas.

Eis alguns exemplos em que a pontuação pode salvar vidas:

1) Matar ou não matar?


 Conta-se que, num reino distante, vivia um rei bondoso e generoso para o povo. Todos o
amavam.
Certo dia, uma pessoa não identificada colocou uma placa na porta do castelo, na sombra da
noite, com o seguinte dizer:

“Matar o rei não é crime.”


 Quando amanheceu, o rei foi alertado pelos guardas para não sair do palácio, pois alguém estava
a tramar contra a vida dele.
 Assustado, ele mandou chamar o sábio do reino e pediu-lhe conselhos. O mesmo ponderou e
chegou a uma conclusão. Rapidamente, pegou num pincel e num balde de tinta e modificou um
pequeno detalhe na placa:

“Matar o rei não, é crime.”


 Assim, todos do reino entenderam que a placa era uma homenagem ao seu bondoso rei e que a
sua vida não corria mais perigo.
2) Comer ou não comer?
 Observe as duas frases a seguir:
Vou ali comer, gente.
Vou ali comer gente.
 O efeito de humor nessa comparação dá-se pela utilização errada da vírgula. Na primeira frase,
ela isola o vocativo. Isso quer dizer que alguém está a avisar os colegas de que vai comer.
 Na segunda frase, a falta da vírgula dá a entender que a pessoa vai-se alimentar de outras
pessoas.

Como surgiram os sinais de pontuação?

O mais antigo sinal de pontuação de que se tem notícia é o ponto. Este era usado no Egito
Antigo para ensinar as crianças a escrever.
Antes e durante a Idade Média, os monges copistas faziam cópias manuais dos escritos
existentes. Essa tarefa era realizada nos mosteiros.
Os monges foram os responsáveis por guardar o conhecimento e transmiti-lo às gerações
posteriores. Naquela época, alguns livros contavam com a inicial maiúscula diferenciada, como
aquela que aparece nos livros de contos infantis.
O restante dos manuscritos era escrito com as palavras “ligadas”, não havendo espaço entre
elas. Os espaços entre as palavras surgiram apenas no século VII, na Europa.
Nessa época, a escrita era um privilégio de poucos, sendo praticada apenas pelos nobres e
pelo clero. O restante da população desempenhava atividades braçais para sustentar as outras duas
classes com os impostos que pagava.
Não era, portanto, necessário nem conveniente que a escrita fosse ensinada a estes, pois
muito além de meramente ensinar a registrar, ela é capaz de abrir os olhos.

“A pessoa conscientizada tem uma compreensão diferente da história e do seu papel nela. Recusa a
acomodar-se, mobiliza-se, organiza-se para mudar o mundo.”

Quando surgiu cada sinal de pontuação:


Ponto final (.): 3000 a. C.
Interrogação (?) e exclamação (!): século XIV.
Vírgula (,) e ponto e vírgula (;): século XV.
Dois pontos (:): século XVI.
Aspas (“”): século XVII. 

Enigma da herança: a importância da pontuação


Um homem rico estava muito mal, em agonia. Dono de uma grande fortuna, não teve tempo de
fazer o seu testamento. Lembrou, nos momentos finais, que precisava fazer isso. Pediu, então, papel
e caneta.
Só que, com a ansiedade em que estava para deixar tudo resolvido, acabou por complicar ainda mais
a situação, pois deixou um testamento sem nenhuma pontuação!
O homem escreveu o seguinte:

“Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou
aos pobres”

Para quem o falecido deixou a sua fortuna? Eram quatro concorrentes (a irmã, o sobrinho, o
padeiro e os pobres):
Exercício nº 1: faça a pontuação do testamento de modo a encontrar o beneficiário da herança.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Soluções:

1) Em benefício do sobrinho
- Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada
dou aos pobres.
2) Em benefício da irmã
- Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada
dou aos pobres.

3) Em benefício do padeiro
- Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro.
Nada dou aos pobres.

4) Em benefício dos pobres


- Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro?
Nada! Dou aos pobres.
E agora? A herança pode ser de qualquer um deles, só mesmo o autor do testamento para esclarecer
essa dúvida.
_______________________________________

Comunicação Interpessoal
A Comunicação Interpessoal é importante em diversos segmentos ao longo de nossas vidas, visto que
este é o método que desenvolve a troca de informações entre duas ou mais pessoas.
Sabemos que cada interlocutor (Pessoa que toma parte da conversação) troca informações baseadas em
seu contexto cultural, vivências e emoções.

Exercício nº 2:

Assinale o caráter verdadeiro (V) ou falso (F) das seguintes afirmações:

1. Não é possível comunicar sem que se conheça o significado daquilo que se comunica.
2. A relação interpessoal é possível, sem comunicação.
3. Só comunicamos através da linguagem falada.
4. Temos sempre consciência de que estamos a comunicar.
5. O modo como os outros reagem e respondem à nossa comunicação vai orientar a nossa
comunicação.

6. Todos os estímulos têm valores para nós, independentemente de lhe atribuirmos ou não um
significado.
7. Só podemos comunicar aquilo a que atribuímos significado.

8. É importante para a relação interpessoal estarmos atentos ao significado que os outros atribuem
à nossa comunicação.

9. A comunicação é independente do sistema social onde ela se processa.

Respostas:
1 V
2 F
3 F
4 F
5 V
6 F
7 V
8 V
9 F

Comunico com eficácia?

Através da sua experiência de comunicação verificou que comunica melhor numas situações que
noutras e melhor com umas pessoas que com outras.

Exercício nº 3:

Responda às seguintes questões de acordo com o seu ponto de vista pessoal.


1. Será que sou eficaz quando comunico numa situação em que estou perante um grande número
de pessoas?
a. Quais são as minhas maiores dificuldades?
b. Quais são as minhas maiores habilidades?
2. Será que sou eficaz quando comunico em pequenos grupos de trabalho?
a. Quais são as minhas maiores dificuldades?
b. Quais são as minhas maiores habilidades?
3. Será que sou eficaz quando comunico face a face com uma pessoa?
a. Quais são as minhas maiores dificuldades?
b. Quais são as minhas maiores habilidades?
4. Será que sou eficaz quando comunico ao telefone?
a. Quais são as minhas maiores dificuldades?
b. Quais são as minhas maiores habilidades?

A comunicação assertiva

A comunicação assertiva é baseada na atitude pessoal positiva na hora de se relacionar com os demais e


consiste em expressar opiniões e avaliações evitando desqualificações, reprovações e enfrentamentos.
Isto mostra que a comunicação assertiva é o meio mais adequado para interagir com as pessoas.

A Importância da Comunicação Assertiva


“Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, uma vez, um sultão sonhou que havia perdido
todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.
- Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho. Cada dente caído representa a perda de um
parente de vossa majestade.
- Mas que insolente – gritou o sultão, enfurecido. Como te atreves a dizer-me semelhante coisa?
Fora daqui! Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites.
Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão
com atenção, disse-lhe:
- Magnífico senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de
sobreviver a todos os vossos parentes.
A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao
segundo adivinho. Quando este saiu do palácio, um dos cortesãos disse-lhe admirado:
- Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não
entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.
- Lembra-te meu amigo – respondeu o adivinho:

“tudo depende da maneira de dizer as coisas...”

DILEMA MORAL

Você também pode gostar