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POSTURA E ATUAÇÃO DO MAÇOM NA SOCIEDADE





Um verdadeiro maçom não se acomodar de ser maçom “só em loja”. Prova disso é a presença da
maçonaria na história da sociedade moderna, e até mesmo nas sociedades antigas.
- Guerra dos tronos: Em 1653, após uma guerra civil ter derrubado a dinastia Stuart da
Inglaterra, o líder militar revolucionário Oliver Cromwell ascendeu ao poder. A maçonaria
entrou para virar a mesa, e conseguiu. Em 1660, após a morte de Oliver, reinstauraram o
parlamentarismo e colocaram Carlos II, um Stuart, no trono. Retomando o poder do trono a
quem o representava antes do poder militar.
- Estados Unidos: A maçonaria, segundo historiadores, estava por trás da “revolta do chá”.
Assim como a guerra da Independência. Também foi importante na Declaração da
Independência. Em destaque, George Washington, o primeiro presidente, que era maçom,
assim como Thomas Jefferson e Benjamin Franklin.
- Inconfidência Mineira: No Brasil a maçonaria foi um dos “agentes” de grande importância
para que a Inconfidência ocorresse. Sugere-se que o triângulo vermelho na bandeira de Minas
Gerais seja, intencionalmente, uma referência à maçonaria.
- Dom Pedro I: tornou-se maçom honorário e por conta de seu padrinho, José Bonifácio
Andrada, teve uma carreira “meteórica”. Há uma crença de que “Independência ou Morte” era o
“tema” das palestras de José Bonifácio aos seus IIr:., onde D. Pedro tinha o posto de “Arconte-
Rei”. (magistrado da antiga Grécia, originalmente com poder de legislar e dignidade vitalícia
próxima à realeza, mas posteriormente reduzido a cargo apenas honorífico.)
- II Grande Guerra: Conta-se que, como outros ditadores de sua época, Hitler não era fã de ter
um grupo secreto com alto potencial conspiratório em seu quintal. O Führer usou sua máquina
de propaganda para ridicularizar a ordem e eventualmente conseguiu prender e executar um
grande número de maçons. Mas os líderes dos Aliados eram maçons dedicados. Entre eles,
Charles de Gaulle, orquestrador da Resistência Francesa; o primeiro-ministro britânico,
Winston Churchill; e até o presidente dos EUA, Franklin Roosevelt.

Mesmo não sendo maçons, os homens e mulheres do mundo profano são nossos irmãos e irmãs. São
todas as crianças, filhas ou não de maçons, nossos sobrinhos.
Devemos tornar o mundo profano o palco de nossa busca de perfeição e justiça.
O maçom verdadeiro deve, em loja, dar testemunho de sua atitude maçônica fora de loja. Isso quer
dizer que uma vez que sejamos maçons, não o devemos ser em loja apenas, pois temos a obrigação de
sermos maçons, em tempo integral, também em nossas vidas no mundo profano.
Ser maçom no mundo profano não significa usarmos nossos trajes, aparatos, símbolos e medalhas. Na
verdade, o maçom verdadeiro, fora de loja, é quase irreconhecível por profanos, pois sua atitude como
membro da sociedade é que o destaca, não sua vestimenta.
Aquilo que se defende em loja, os valores e profissões de fé, justiça e igualdade, esses são os pontos
cardeais norteadores da atitude de um maçom dedicado no mundo profano.
Devemos nos lembrar de que cada Ir:. é uma célula, uma unidade na cadeia de união que devemos ter
como fonte de inspiração e força. Somos, então, maçonicamente, um coletivo.
Mas somos mais que indivíduos. Cada ato maçônico se reflete na unidade e reputação da maçonaria
como um todo.
É árdua e demorada a tarefa de lapidar a imagem maçônica, mas, cruelmente, é rápida e injusta a ação
de destruir o que foi erigido.
Cada irmão que atua com justiça na maçonaria é um “golpe” de malho na ponteira, desbastando a
pedra bruta da vida, pedra esta nos dada pelo Supremo Arquiteto, na árdua lição da vida, de cavar
masmorras aos vícios e construir torres à virtude.
Cabe então, a cada maçom, atuar no mundo profano como um multiplicador dos valores sociais,
morais e humanos, ensinados, propagados e defendidos pela maçonaria.
SER maçom é, acima de tudo, um compromisso, um envolvimento íntimo e verdadeiro. Cabe ao
maçom, sem descanso, lembrar que ele representa algo mais que a si mesmo. Compromisso esse
assumido em sua iniciação.
Ao maçom é dada a dádiva da confiança e honraria de ser abraçado como Ir:., mais do que laço de
sangue, são elos trabalhados na mais pura confiança e respeito, desenhadas há séculos, temperadas
pela tradição e compromisso.
Ao maçom se espera mais “trabalho” que mérito... e é a esse “salário” que devemos atentar... quanto
mais alto o “aumento de salário”, mais compromissado e emprenhado deve ser o maçom, pois, por
maior que seja o grau alcançado, mais perto de ser, de verdade, um leal APRENDIZ do mestre maior, o
S:.A:.D:.U:.

É o quanto tinha...


Ir∴ Erivelto Luís de Souza

28/05/2019

C∴M∴ – CIM: 21063

Loja Maçônica Caminhos da Liberdade – 263 – Or∴ Conselheiro Lafaiete, MG (GOMG)





Referências:
Revista Brasileira de História & Ciências Sociais – RBHCS Vol. 10 Nº 19, Janeiro - Junho de 2018
O que é a Maçonaria – Princípios e valores fundamentais – Carlos Jaca – 2016
LIDERANÇA MAÇÔNICA: A Influência da Liderança na Identidade e Comportamento Maçônico – Kennyo Mahmud Soares Oliveira Ismail – 2013

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