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Notas de aula – 1 Unidade

Disciplina: Metodologia da Pesquisa em Ciências Sociais


Profa. Elizabeth Fiúza Aragão

Assunto: Técnicas de sublinhar. Como elaborar esquemas. Tipos


de resumo

1 A TÉCNICA DE SUBLINHAR:
1.1 Para que serve?
Ajuda a elaborar esquemas e resumos
*Distingue as idéias centrais das idéias secundárias
*Favorece o trabalho de revisão, compreensão do assunto, como também o de
citações.

1.2 O que é fundamental para que se sublinhe corretamente?


*Compreender o assunto. Só compreendendo o texto você consegue selecionar o
que é essencial e o que é acessório. Sabe o que pode ser omitido sem
comprometer o entendimento global do texto.

1.3 Regras para sublinhar:


1.3.1 Leia o texto completo e não sublinhe na primeira leitura; ( leitura textual)

1.3.2 Esclareça dúvidas do vocabulário;

1.3.3 Identifique a idéia central, isto é, a tese, ou proposição fundamental ( ver leitura
temática). Lembre-se, igualmente, que a idéia central pode ser apresentada logo nos
primeiros parágrafos. Contudo, isto não é a regra, podendo a mesma estar inserida
no meio, no final ou diluída ao longo do texto;

1.3.4 Ainda em relação à idéia central, vale ressaltar que, muitas vezes, a idéia
principal retorna em diversos parágrafos. No entanto, é possível descobrir aquele
parágrafo onde o autor atinge uma espécie de clímax;

1.3.5 Em seguida, registre as idéias secundárias que servem de explicação ou


reforço da mensagem principal. Para tal, sublinhe, em cada parágrafo as palavras-
chave, que passam a idéia central e sublinhe os detalhes mais relevantes. Não se
deve sublinhar em demasia;
.
1.3.6 Poderá acontecer de, em um dado texto, alguns parágrafos serem irrelevantes.
Neste caso, não sublinhe as palavras-chave destes parágrafos;

1.3.7 O que o estudante leitor identifica como idéia central deve ser igual ao que o
seu colega apresenta.
ATENÇÃO – Ao escrever um texto, o autor obedece a um plano. Compete ao leitor
identificar o percurso e a ordem hierárquica das idéias.

1.4 A simbologia
*A simbologia que você vai usar para sublinhar é uma escolha pessoal.

1.4.1 Você pode circular ou assinalar com linha vertical a idéia central;

1.4.2 Pode sublinhar com dois traços as palavras-chave da idéia principal e com um
traço os pormenores importantes;

1.4.3 Registre as idéias acessórias ou secundárias com um traço;

1.4.4 Assinalar com um sinal de interrogação, à margem, os pontos de discordância


ou de dificuldade.

2 ESQUEMA

Por que fazemos esquemas?


Para facilitar o estudo, dar uma idéia geral do texto, do capítulo, da seção.

Segundo ANDRADE, “ o esquema corresponde, grosso modo, a uma radiografia do


texto, pois nele aparece apenas o esqueleto, ou seja, as palavras-chave, sem
necessidade de se apresentar frases redigidas”.

Trata-se de um trabalho preparatório para o resumo.

Existem várias maneiras de se fazer um esquema. Pode ser montado em linha


vertical ou horizontal. Podem ser usadas setas, linhas ou curvas, círculos,
colchetes, chaves, símbolos diversos. ( Confira vários modelos de esquema em
Solomon)

FAÇA O CABEÇALHO DO ESQUEMA USANDO AS REFERÊNCIAS


BIBLIOGRÁFICAS CORRETAMENTE

Características do esquema:
• Deve ser simples e claro.
• Deve ser fiel às idéias do autor.
• Deve apresentar claramente a idéia do todo.
• É flexível. Ou seja, adapta-se a diferentes usos: revisão de uma prova é
diferente de um esquemas para uma aula a ser dada ou palestra a ser
proferida.
• Deve facilitar a revisão do assunto.
• Deve ter uma organização lógica de idéias.
• Constitui um trabalho de cunho pessoal. Jamais um esquema de uma pessoa
é igual a de outra. Não há qualquer rigor comum quanto à confecção dos
esquemas. Pode seguir a ordem do texto/autor. Ou pode seguir uma estrutura
lógica de argumentação.
• Podem ser usadas figuras, recursos gráficos ou simplesmente palavras.
• O que o leitor não pode deixar de fazer é o registro das idéias centrais e as
secundárias mais relevantes do texto.

Para compreender mais sobre a construção de esquemas, pesquise:


SALOMON, Décio Vieira. Como fazer uma monografia. São Paulo: Martins Fontes,
2004. Cap. 3.
ANDRADE, Maria Margarida. Introdução à metodologia do trabalho científico. 7.
ed. São Paulo:Atlas. 2006. cap. 2

RUIZ, Álvaro João. Metodologia científica – guia para eficiência nos estudos. São
Paulo: Atlas, 2006. Cap. 2.

3. RESUMO

Resumo não é esquema!!!


.3.1 Tipos de resumo
Segundo Andrade ( op. Cit) há cinco tipos de resumo:
3.1.1 Descritivo

3.1.2 Informativo ou analítico

3.1.3 Crítico

3.1.4 Resenha.

3.1.5 Sinopse

Procure no texto de Andrade as características definidoras de cada um.


Veja qual é o tipo de resumo mais usado nos cursos de graduação.
Identifique o tipo de resumo compatível com o tipo de leitura textual, temática e
interpretativa.

NO CABEÇALHO DO RESUMO FAÇA USO CORRETO DAS REFERÊNCIAS


BIBLIOGRÁFICAS!!!

DICAS
• Comece seu resumo tão somente depois de entender o conteúdo do texto.
• Reconstrua o texto a partir do que foi sublinhado, não dispensando o registro
da idéia principal e das idéias acessórias.
• Facilita a elaboração do resumo quando a tese ou proposição principal é
apresentada no primeiro parágrafo. Contudo, isto não é uma regra.
• Ao redigir use frases curtas e diretas.
• Evite repetir expressões do tipo: “ o autor disse”, “ o autor comenta”. Faça
uso de suas próprias palavras. Se copiar frases do texto, tenha o cuidado de
usar aspas.
• Construa seu texto na terceira pessoa do singular, com o verbo na voz ativa.
• Os resumos do tipo descritivo e informativo são escritos em um só parágrafo,
dispensando o espaçamento inicial. Confira os modelos.

ATENÇÃO – FAÇA USO DE MUITOS EXERCÍCIOS PARA APRENDER AS


TÉCNICAS DE SUBLINHAMENTO, DE CONFECÇÃO DE ESQUEMAS E
DE REUMO.

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