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FICHA PARA O MODULO DE: PDOPI

INTERPRETAR E PRODUZIR ENUNCIADOS ESCRITOS E PARTICIPAR NUM DEBATE


COMO ORADOR E COMO INTERVENIENTE

Objectivos Gerais:

✓ Desenvolver competência na produção de textos escritos


✓ Desenvolver a capacidade de resumir textos escritos; elaborar Fichas bibliográficas e
Fichas de Leitura;
✓ Desenvolver a competência de produzir textos expositivos argumentativos;
✓ Desenvolver a capacidade de seleccionar temas e debatê-los.

INTRODUÇÃO AO MÓDULO

Ao iniciar a apresentação dos conteúdos deste módulo que se baseia em grande parte na produção de
pequenos textos, partindo de textos amplos, viu-se a necessidade de recordar alguns aspectos sobe a
leitura e produção de textos.

LEITURA

Ler significa extrair o essencial do texto ou buscar informação.

Ler significa:

➢ Conhecer (texto) – ter domínio do texto


➢ Interpretar (saber) – Saber interpretar o texto
➢ Síntese (poder fazer) – Saber fazer síntese ou capacidade de fazer síntese do texto

IMPORTANCIA DA LEITURA

➢ Alargar novos horizontes de conhecimento, desenvolver o nosso sistema cognitivo;


➢ Adquirir novos conhecimentos (desenvolvimento);
➢ Aquisição da cultura geral (informação)

NATUREZA DA LEITURA

1. Leitura de entretenimento (lazer, descontracção) – Este tipo de leitura desenvolve o gosto e


leitura sobre a pessoa e desperta o hábito de leitura (relaxa)

Ex; Revistas, Patinhas, Romances, etc…

2. Leitura de Informação ou informativa – Este tipo de leitura serve para actualizar o que se
passa no país e no mundo (enquadramento social)

Ex: Jornais, Revistas, etc…

3. Leitura de Formação ou Formativa – Este tipo de leitura é a que desenvolve o cognitivo e exige
toda a atenção e concentração de forma a ser proveitosa. (ajuda a abrir a mente)

NB: Nenhum estudante deve ler só por ler, tem que se ter sempre um objectivo numa leitura.
COMO SE DEVE LER

1. Ler com um objectivo específico


2. Ler obedecendo unidades de pensamento (são divididos por vírgulas)
3. Ler variando a velocidade da leitura

LEITURA PROVEITOSA

1. A Atenção:
• Atentos ao objectivo do estudo;
• Presos ao objectivo do estudo;
• Aplicar a mente sobre o objecto de estudo.
2. A Concentração:
• Centrar-se no objecto de estudo
3. A Intenção:
• Motivação (motivado pelo objecto de estudo);
• Ter um interesse pelo objecto de estudo;
• Ter vontade de estudar ou aprender.
4. A Reflexão:
• Desenvolver capacidade de analisar o que leu;
• Fazer um movimento para traz para relacionar com o presente e projectar o futuro
5. Espírito avaliador:
• Questionar para o sentido de avaliar o estágio
6. Analisar:
• Fazer um estudo pormenorizado, de fundo das ideias do autor
7. Síntese:
• Capaz de resumo da essência

ERROS A ENVITAR NA LEITURA

1. Desconcentração (Distracção): Aqui temos dois focos (externos, internos)

Externos Internos

➢ Barulho Estado de saúde


➢ Ruídos Sono
➢ Conversas Paralelas Stress
➢ Movimentos Preocupações
➢ Cheiro Fome; Problemas; Ansiedade
2. A inconstância: falta de perseverança (só lê quando já não pode não ler)
3. Passividade: não activo, não se envolver, não criativo, não dinâmico, não buscar soluções
4. A Critica Excessiva: Nunca esta bem (acha sempre que o que tem para ler é muito)
5. A Preguiça: Acha-se com muito trabalho; coloca dificuldades.
DIFERENTES FORMAS DE LER

1. Leitura na diagonal (primeiro aspecto)

➢ Fazer uma vista geral do texto de forma a entender o seu significado;


➢ Identificar as palavras difíceis do texto, assinalando sempre que possível com lápis;
➢ Fazer o levantamento para aprofundar o seu conhecimento;
➢ Dar o sentido das palavras difíceis de acordo com o contexto.

2. Leitura de significados (Leitura de estudo): com o apoio de todo o material necessário


(dicionário, blocos de notas e mais) procurar incorporar-se no texto.

REDAÇÃO DO TEXTO

➢ Ser claro e objectivo;


➢ Frases curtas em lugar das longas;
➢ Não ser bastante repetitivo no vocabulário;
➢ Evitar a monotonia;
➢ Nunca usar expressões vagas ou ambíguas;
➢ Evitar uso de linguagem ou expressões formais;
➢ Nunca use gíria ou calão;
➢ Cuidar o aspecto formal e material do trabalho

RESUMO

Resumir, condensar textos, é cada vez mais uma tarefa quotidiana exigida em diversas circunstâncias. O
resumo é um mecanismo bastante necessário para estudantes, já que ajuda na compreensão e memorização
de conteúdos.

O resumo de texto é um mecanismo em que se aponta as ideias principais de um texto fonte, de forma que é
produzido um novo texto, no entanto, de maneira resumida, abreviada ou sintetizada. Portanto, deve ser
objectivo, e tem de prever o conceito geral do texto, com todas as ideias fundamentais e secundarias
consideradas necessárias para a boa compreensão do texto.

Significa que, o resumo é a compilação de informações mais relevantes de um texto original e não uma
cópia do mesmo. Nem pode ser considerado como se tratasse apenas de abreviar parágrafos o texto ficar
menor.

Alguns especialistas indicam que o resumo deve conter pelo menos 30% do documento original.

Em termos conceituais o resumo ê: a condensação em poucas palavras, de algo que foi dito ou escrito.
(Dicionário Michaelis- vol). Portanto, resumir significa criar um novo texto, mais condensado, que
utiliza as informações importantes do texto-base, reduzindo-lhe a extensão e sendo objectivo, na
tentativa de criar uma síntese coerente e compreensível do texto de partida. (Serafini, 1986).

Características de um resumo
Para um texto ser considerado um resumo, ele precisa ser:

✓ Breve e conciso: o resumo deve conter apenas a essência, deixando de lado todas as informações
secundarias. Sendo assim, o texto precisa ser sucinto e preciso.
✓ Pessoal: um resumo objectivamente não deve ter as palavras do autor da obra original, ele deve ser
escrito pelo seu próprio autor, ou seja, se você está a resumir, são seus pensamentos que precisam ser
usados na redacção do texto. Porem deve ser imparcial.
✓ Logicamente estruturado: é preciso estruturar o conteúdo de forma lógica, sempre seguindo uma
linha de raciocínio
✓ Composição do resumo: o resumo de ser coerente, sendo necessário apresentar-se como uma
narrativa estruturada (inicio – introdução, meio - desenvolvimento e fim – conclusão). Significa que
o resumo segue basicamente a mesma estrutura da maioria dos géneros textuais.

Importa salientar que na apresentação dos dados devem ser dados seguros e concisos, apenas com pontos-
chaves e, em princípio, pela mesma ordem em que se encontram no texto do desenvolvimento-resumo
essencial. Sendo imparcial; claro; compreensível; fiel ao pensamento do texto- fonte; fiel a ordem
lógica (plano) do texto-fonte.

O resumo deve ser feito no mais curto espaço possível, (ou a extensão indicada, se tal estiver predefinido);
deve ser reproduzido com fidelidade as ideias essenciais do texto que condensa e deve manter,
igualmente, as relações lógicas entre essas mesmas ideias.

A forma de usar informação na produção de um texto resumo, depende em grande parte do modelo
ou tipo de resumo que se pretende produzir

Tipos de resumo
❖ Indicativo: resume somente os factos importantes (aspectos relevantes), as principais ideias, sem
que haja exemplos oferecidos do texto original (em geral não apresenta dados qualitativos e
quantitativos). É o tipo de resumo mais pedido nas escolas. Todavia, exige a consulta do texto
original sempre que for necessário o seu aprofundamento.
❖ Informativo: o resume informativo, é um pouco mais elaborado e contem mais informações e/ou
dados qualitativos e quantitativos expressos no texto original. (podendo descrever a finalidade,
metodologia, os resultados e conclusões do documento original), permitindo, assim, a não
necessidade da leitura da obra original para o aprofundamento do conteúdo. Este tipo de resumo Se
confunde com os ficheiros e geralmente são utilizados em textos académicos.
❖ Critico: chamado de resenha ou recensão, ele resume as informações do texto original, aos quais são
acrescentas as opiniões do autor e de quem escreve o resumo. (é o tipo de traz o ponto de vista do
autor sobre o tema abordado). Dessa forma, além de sintetizar a texto, o resumo é uma forma de
análise.
❖ Síntese: é o resumo de diversos textos que abordam um mesmo tema ou temas vinculados, ela
constitui uma técnica de redução textual que permite reunir os elementos essenciais de mais de um
texto com intuito de obter um resumo coerente.

Como fazer um bom resumo de texto

Pode parecer tarefa fácil, mas muitas vezes sintetizar algo pode ser trabalhoso e requer algumas técnicas
importantes, embora a técnica mais eficiente seja a prática.

Tome cuidado, no resumo não devemos acrescentar ideias novas, ou seja, expressar opiniões ou fazer
comentários pessoais sobre o assunto tratado. Esse tipo de apreciação e feita nas resenhas críticas, também
chamadas de resumo critica

Convém não copiar trechos ou frases de texto original. Portanto, tenha autonomia para escrever com suas
próprias palavras.
De acordo com a forma mais usual de realizar um resumo, são sublinhadas as partes principais do texto,
tomando nota das ideias mais relevantes e apontando as palavras-chave. A seguir, são esquematizadas as
partes previamente destacadas (sublinhadas)

Competências exigidas pelo resumo ou técnicas de redacção de resumo a partir de um


texto escrito
1. Leitura
Compreensão da estrutura global do texto a resumir- esta manifesta-se no resumo através da:
a) Apresentação do elenco de todas as ideias fundamentais do texto-fonte;
➢ Leia atentamente o texto original (leitura com incidência especial nas primeiras
palavras de cada parágrafo, quando estas constituem o tópico do paragrafo)
selecção – isto ajuda a se familiarizar com o tema ou o assunto a tratar.
➢ Marque as principais ideias do texto – marcar as ideias principais de cada
parágrafo. E, tenha cuidado para que não fi que muito extenso.
➢ Sublinhe as palavras-chave - geralmente cada parágrafo apresenta uma palavra-
chave
b) Manutenção da relação lógica entre as ideias fundamentais (ou tópicos);
✓ Tenha poder de síntese – organize as ideias, escreva de forma claro e coeso; sempre
atento no tema e na conclusão oferecido pelo autor de texto original
✓ Cuidado com a coesão e coerência – estes são dois aspectos básicos e muito
importantes na produção de textos. Pois, de certa forma são os factores
determinantes.
• A coesão está intimamente relacionada com as regras gramaticais e o bom
uso dos conectores.
• A coerência implica a lógica e o contexto em que está inserido o texto.
c) Manutenção da rede semântica relativa ao tema, no todo ou em partes.
Faca uma leitura final- - esta leitura do resumo ajuda a comparar se as ideias
sublinhadas estão todas contidas no texto.
• A semântica – conjunto de palavras/conceitos específicos ou próprios ao
desenvolvimento de um tema; vocabulário e significados específicos
habitualmente usados na apresentação de um tema
2. Contracção de informação
Expressa na extensão indicada e num discurso correcto nos planos lexical, morfológico, semântico e
ortográfico, esta contracção de informação exige o uso de estratégias discursivas e linguísticas que
podem ser:
Opção por construções mais económicas – supressões de expressões sintácticas ou lexicais
repetitivas; uso de vocabulário genérico que substitua expressões nominais mais específicas
e expressões englobantes com valor anafórico.
Manutenção do registo discursivo do texto-fonte – isento de marcas de enunciação do
sujeito produtor do resumo
A utilização de articuladores discursivos - que dêem coesão ao resumo e nele evidenciem,
reproduzam, os nexos, isto é, as ligações lógicas, com que as ideias principais estão ligadas
no texto-fonte
Encurtar as frases sem que as ideias e os sentidos sejam prejudicados é uma tarefa que requer atenção, nesse
sentido, vamos conhecer algumas técnicas que podem ajudar a sintetizar as frases de um resumo como o
caso de:

❖ Delegação – este processo consiste em excluir partes dispensáveis do texto. (normalmente os


adjectivos e advérbios são cortados).

Por exemplo:
Texto original texto sintetizado (resumido)
“ As ruas eram estreitas. Havia pouco espaço para os carros “As ruas eram estreitas e as
passarem ou para as pessoas andarem. Além disso, algumas calçadas dificultavam o percurso”.
calçadas eram muito inclinadas ou esburacada, e dificultavam o
percurso”.

❖ Generalização – esta baseia-se em generalizar os elementos por meio da semântica. Ou seja,


atribui-se outras palavras que dão o mesmo significado.
Por exemplo:

Texto original Texto sintetizado (resumido)


“Arroz, linhaça, aveia, cevada, milho, trigo, feijão, ervilha, “As fibras ajudam a normalizar a
lentilha, grão-de-bico e soja em grão ajudam a normalizar a função intestinal”.
função intestinal”.

❖ Construção – esta técnica baseia-se na criação de uma nova frase a partir do que é presumido da
narrativa.
Por exemplo:

Texto original Texto sintetizado (resumido)


“Paulo estendeu o lençol, afofou os travesseiros, pegou um “ Paulo foi dormir’.
coberto, programou o despertador para às 6h do dia seguinte se
jogou na cama”.

O desenvolvimento da técnica de sublinhar passa por algumas etapas, que podem ser úteis, pois são noções
básicas e essências para esta técnica, a dizer:

1. A primeira leitura serve para compreensão do assunto e como forma de esclarecimento das dúvidas
que surgiram na leitura, nesta fase é preferível não sublinhar, no entanto se as ideias importantes
forem encontradas, coloque à margem um sinal convencional: (“x”,”*”, “(.)”, “l” etc);
2. Reler o texto e identificar a ideia principal, os detalhes importantes, os termos técnicos, as
definições, as classificações, as provas, e mais;
3. O leitor deve habituar-se a sublinhar depois que releu um ou dois parágrafos, para saber exactamente
o que irá sublinhar. Usando como ajuda, os sinais colocados à margem, para escolher o que sublinhar
com mais segurança;
4. Sublinhar as ideias centrais, utilizando dois traços para as palavras-chaves e um para os detalhes
mais importantes;
5. Nos tópicos mais importantes deve-se assinalar, à margem do texto, com uma linha vertical. E nos
argumentos discutíveis deve-se assinalar um ponto de interrogação, também abeira do texto;
6. Cada palavra não compreendida deve-se consultar o dicionário e, se necessário anotar o significado
para melhor entendimento do texto;
7. Ler o que foi sublinhado, para verificar se há sentido assim cada parágrafo deve ser reescrito a partir
das palavras destacadas;
8. E por fim, deve-se reconstruir o texto, em forma de esquema ou resumo, baseando-se nas palavras
sublinhadas.

QUADRO RESUMO DAS TÉCNICAS QUE FACILITAM A CONSTRUÇÃO DE UM BOM DE


RESUMO

1- Ler o texto;
O trabalho de 2- Sublinhar as palavras-chave para identificar a rede semântica (significado das
análise do texto palavras ou/e interpretação de frases);
3- Identificar os articuladores do discurso e as relações que estabelecem entre si;
4- Identificar as ideias essenciais (as partes que constituem um texto); colocar alíneas
na margem e atribuir-lhe um título (de preferência nominal).
O trabalho de 1- Distinguir o essencial do acessório;
Organização 2- Organizar a sequência estrutural de um texto
O trabalho de 1- Respeitar a ordem por que o autor apresenta as ideias;
Redacção 2- Evitar qualquer opinião pessoal ou comentário. O resumo deve ser impessoal;
3- Respeitar a extensão do resumo; se não forem indicadas as palavras ou as linhas do
resumo, este deverá ser um quarto do original;
4- Não usar expressões ou frases inteiras (citações) do texto base; pode usar-se a rede
semântica identificada, colocando aspas;
5- Não utilizar o dialogo
Regras 1- Supressão de repetições, de fórmulas, interjeições; de exemplos, citações …
2- Generalização: substituir alguns elementos, como palavras ou ideias, por outros
mais gerais;
3- Selecção: distinguir bem o essencial do acessório, suprimindo os elementos que
exprimam pormenores …;
4- Construção: manter tempos e pessoas, respeitar a ordem do texto, fazer tantos
parágrafos quantas as partes que contiver o plano (as alíneas, as ideias-chave …),
conservar a estrutura do texto de partida, ligar logicamente as frases redigidas
Técnicas 1- Substituir um grupo de palavras por uma única palavra:
1.1. Substituir um grupo de palavras por um nome;
1.2. Substituir um grupo de palavras por um adjectivo;
1.3. Substituir por verbo, advérbio, etc..
2- Substituir uma enumeração por ou vários termos englobantes;
3- Saber utilizar sinónimos;
4- Manter o sistema de enunciação (utilizar o mesmo sistema pronominal – manter os
mesmos pronomes pessoais;
5- Estabelecer as redes lexicais.

EXERCICIO

1. Depois de ter lido esta ficha, faca o resumo dos conteúdos nela tratados, e especifica o tipo de
resumo feito
2. Leia o texto abaixo e produz o seu respectivo resumo
a) Indica o modelo de resumo por usado explicando a sua dinâmica.
TEXTO

Os portugueses, como os outros povos, foram utilizando o mar de acordo com o conhecimento e a imagem que dele
iam tendo, também, na medida em que as sociedades foram evoluindo, de acordo com as modas, as necessidades e as
possibilidades que se lhes foram oferecendo. Desde cedo, muito antes de se aventurarem pelos horizontes atlânticos,
na fase em que o mar era visto com muita curiosidade, mas também com prudente reserva, já os nossos antepassados
retiravam do mar alguns alimentos, para o que foram inventando artefactos apropriados,

Desde o projecto nacional das Grandes Viagens que o mar foi progressivamente perdendo o seu mistério e se tornou
numa importante fonte directa e indirecta de criação de riqueza e emprego. Os sistemas de pesca aumentaram,
diversificaram-se e tornaram-se mais complexos. A construção naval floresceu. Ser marinheiro era uma profissão cada
vez mais procurada. Eram muitos os que viviam do comercio marítimo. Os portos e as cidades portuárias
desenvolveram-se extraordinariamente, marcando os sistemas de povoamento e a própria estrutura da red urbana; o
sentido inicial da projecção da terra para o mar teve, assim, uma espécie de retorno de influência, que a Revolução
Industrial aproveitou e acentuou.

Numa fase mais recente, foi a energia do mar que despertou interesses positivos. Depois de as vagas marés terem
assustado dezenas de gerações de pescadores, marinheiros e populações do litoral. Percebeu-se que elas contêm uma
energia imensa que se pode aproveitar. Assim foi nos moinhos de maré, e assim vai sendo nas centrais de produção de
energia eléctrica que utilizam esta força motriz. Em várias regiões do Mundo vai-se recorrendo também à
dessalinização da água do mar, para depois a utilizar em consumos domésticos, industriais e de rega,

Nos últimos anos, as actividades de recreio e lazer ligadas ao mar têm mostrado força suficiente para gerar
extraordinárias correntes migratórias, de durações variadas, que são o suporte de um pujante sector económico – o
turismo associado […] a espaços e projectos de animação.

Jorge Umbelino e João Figueira de Sousa “Os Portugueses e o Mar:


roteiro de imagens e usos”, Revista da Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas, Lisboa, Colibri, 1998

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