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A importância do estudo

Iniciar com as perguntas:


 O que é estudar?
 Como é o ambiente onde vocês estudam?
 Como vocês estudam?

 “Estudar é, realmente, um trabalho difícil. Exige de quem o faz uma postura


crítica, sistemática. Exige uma disciplina intelectual que não se ganha a não ser
praticando-a” (Paulo Freire).

 “Estudo é aplicação do espírito para aprender” (Aurélio Buarque de Holanda, no


seu Novo dicionário da língua portuguesa). Podemos incluir: buscar
informações, anotações, leituras, busca de trabalhos e memorização.

 Estudar em um ambiente organizado, silencioso, bem iluminado e confortável.


 Não basta ler vários textos, mas sim ter paciência e concentração.
 Sentar-se de forma confortável, não de pé ou deitado.
 Ler ou assistir a vídeos e ir anotando, tanto o mais importante quanto as dúvidas.
Fazer exercícios.
 Organizar o tempo. Às vezes, precisamos deixar outras atividades de lado.
 Realizar exercícios físicos e momentos de lazer, para controlar a ansiedade.
 Intercalar estudo de matérias diferentes e de tipos diferentes.
 Colocar momentos de descanso (Método Pomodoro – 25 min de estudo e 5 de
pausa).

Método SQ3R
Vem das palavras em inglês survey, question, read, repeat e review.
 Survey: um panorama geral. Reconhecimento sobre o que fala o texto.
Algumas dicas são: ver o título do texto; em um livro, a introdução, os capítulos;
em um artigo científico, ler o resumo e as palavras-chave. Ver se é realmente
necessário para aquilo que se estuda.
 Question: perguntar, questionar. Volte ao que está estudando com perguntas
elaboradas. Ter dúvidas faz parte de qualquer boa aprendizagem. Sobre o que
fala o texto? O que já sei sobre esse assunto? Os argumentos do autor são
válidos? Concordo com o que ele diz? Isso fornece uma noção de leitura e
prepara o cérebro para
 Read: ler. Leitura cuidadosa do que está estudando, seja texto, gráficos, figuras.
Marcar os pontos mais importantes que identificar, seja sublinhando ou
destacando. Responder as questões propostas em question.
 Recite: recitar. Somente ler não é estudar. Estudar exige releitura, não para
decorar, mas sim para compreender. Consiste em dizer em voz alta e clara, ou
apenas “mentalmente”, o conteúdo que você acabou de ler. Sintetize o conteúdo
em resumos, mapas mentais, fluxogramas...
 Review: revisão. Algum tempo depois do primeiro estudo, voltar para verificar
o que realmente aprendeu. Se necessário, retomar os estudos sobre o tema.
Apresentar um modelo de plano de estudos.
Atividade para casa: elaboração de um modelo de plano de estudos.

Leitura

A leitura é, sem dúvida, o principal fator que nos leva ao aprimoramento do


conhecimento. Quanto mais lemos, mais nos tornamos conhecedores do mundo, o
mundo é constituído pelas linguagens, ampliamos nosso universo de curiosidades e de
sabedoria.
A escrita é primordialmente correlata à leitura e ao estudo. Não escrevemos bem se não
tivermos em mente informações já adquiridas.
Não existe um bom pesquisador se antes não for um bom leitor.

Recomendações para a leitura

a) Atenção – você, estudante, deve deixar a mente ou espírito em determinado objeto para
haver atenção e facilitar o entendimento, assimilação e apreensão dos conteúdos básicos
encontrados nos cadernos em estudo. Sabe aquela expressão “ficar ligado”? Então
procure realmente direcionar as atenções para aquilo que você está estudando.
b) Intenção – você precisa ser ativo e curioso com o propósito de conseguir algum
proveito intelectual através da leitura. Leia com atitude de pesquisador, de curioso no
assunto em estudo.
c) Reflexão – consideração e ponderação sobre o que se lê, observando todos os ângulos,
tentando descobrir novos pontos de vista, novas perspectivas e relações. Favorece a
assimilação de ideias alheias, o esclarecimento e o aperfeiçoamento das próprias, além
de ajudar a aprofundar conhecimentos. Aquilo que Severino chama de problematização:
dialogar com o texto e com o contexto.
d) Espírito crítico – avaliação de um caderno ou texto. Implica julgamento, comparação,
aprovação ou não, aceitação ou refutação das colocações e pontos de vista. Ler com
espírito crítico significa ler com reflexão, não admitindo ideias sem analisar, ponderar,
nem proposições sem discutir, nem raciocínio sem examinar.
e) Análise – divisão do tema no maior número possível de partes, para determinação das
relações entre elas e entendimento da sua organização.
f) Síntese – reconstituição das partes decompostas pela análise e resumo dos aspectos
essenciais, deixando de lado o secundário e o acessório, mas dentro de uma sequência
lógica de pensamento. Procure observar a aplicação prática daquilo que está sendo
ensinado, a sequência lógica, o que vem antes e depois e os resultados esperados.

Sublinhar
Costuma-se sublinhar ou marcar uma palavra ou expressão quando se quer chamar a
atenção para alguma passagem importante de um texto.
 Usar com moderação, pois se for muito utilizado perde a sua função. Somente
ideias principais. Ao sublinhar uma frase inteira, além de sobrecarregar a
memória e o aspecto visual, corre-se o risco de, ao resumir, reproduzir as frases
do autor, sem evidenciar as ideias principais, visto que o resumo deve ser uma
condensação de ideias, não de frases ou palavras.
 Sublinhe somente após fazer uma primeira leitura. Caso vejas algo muito
importante, faça algum outro sinal no texto: “x”, “*”, “[]”.
 Sublinhe após ler um ou dois parágrafos em sequência, para saber o que irá
sublinhar.
 Tópicos que vocês considerem mais importantes devem ser sublinhados com
uma cor especial em relação a outros ou com um duplo sublinhado.
 Atenção com os instrumentos de coesão que criam ideias de oposição (mas,
embora e outros), estes devem ser destacados.
 Havendo passagens obscuras ou de difícil compreensão, ou argumentos que são
opostos a outros textos, colocar um ponto de interrogação à margem.
 Reconstruir o parágrafo a partir das palavras e expressões sublinhadas. Outra
não seria a finalidade de sublinhar do que possibilitar a visualização imediata
das ideias principais.

Resumo

Após a leitura e a separação das ideias principais, pode-se fazer um texto menor que
servirá para uma compreensão mais rápida do que foi lido. Isto é o resumo.
“É uma apresentação sintética e seletiva das ideias de um texto” (MEDEIROS, 2004)
Para o pesquisador, o resumo é um instrumento de trabalho. Um resumo pode ter
variadas formas: apresentar apenas um sumário das ideias do autor, narrar as mais
significativas, condensar o conteúdo de tal modo que dispense a leitura do texto
original.
Nele devem aparecer as principais ideias do autor. Reproduz, em poucas palavras, o que
o autor expressou amplamente. O resumo abrevia o tempo dos pesquisadores.

Em sua elaboração, devem-se destacar, quanto ao conteúdo:


 o assunto do texto;
 o objetivo do texto;
 a articulação das ideias;
 as conclusões do autor do texto objeto do resumo.

Formalmente, o redator do resumo deve atentar para alguns procedimentos:


 ser redigido em linguagem objetiva;
 evitar a repetição de frases inteiras do original;
 respeitar a ordem em que as ideias ou fatos são apresentados;
 deve ser compreensível por si mesmo.

Tipos de resumos:

a) Resumo indicativo ou descritivo (abstract) – faz referência às partes mais


importantes do texto, mas não dispensa a leitura do mesmo. Não detalha
aspectos, como dados quantitativos ou qualitativos. Só descreve sua natureza,
forma e propósito. Exemplos: sinopses de filmes ou novelas.
b) Resumo informativo ou analítico (summary) – contém as informações
principais apresentadas no texto; informa o conteúdo e as principais ideias do
autor. Um resumo informativo, no caso de um relatório de pesquisa, não diria
apenas de que trata a pesquisa (como seria o caso do resumo indicativo), mas
informaria também as finalidades da pesquisa, a metodologia utilizada e os
resultados atingidos. O que facilita na pesquisa bibliográfica.
c) Resumo crítico ou analítico – condensa o texto original, mantendo as ideias
fundamentais, mas permite opiniões e comentários do autor do resumo. Antes de
começar a escrever seu resumo crítico, você deve, no mínimo, ter conhecimento
do autor e da obra e ter feito uma boa leitura do texto, identificando o tema
tratado pelo autor, o problema que ele apresenta, a posição defendida pelo autor
com relação a este problema, os argumentos centrais e complementares
utilizados pelo autor para defender sua posição.
O resumo conhecido como resenha permite, ainda, julgamentos de valor, tais
como comparações com outras obras do mesmo gênero, a relevância da obra.

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