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Roteiro

preocupa com o envolvimento entre o leitor e


o material lido, levando-o a uma compreensão
mais profunda e incentivando a reflexão. Para
isso, o suplemento tem uma linguagem des-
contraída, exercícios em forma de jogos e brin-
D O P R O F E S S O R cadeiras, desafios e questões opinativas.
Vale ainda ressaltar que as respostas apre-
PARA GOSTAR DE LER j ú n i o r sentadas para os exercícios devem ser tidas como
referenciais, uma vez que o professor poderá
enriquecê-las durante o trabalho em sala de aula.
A Loira do Banheiro – e outras histórias
Ao longo do suplemento busca-se abordar
Heloisa Prieto
todos os textos que compõem o volume e, nas
sugestões didáticas, aprofundam-se algumas
questões centrais, com sugestões de caminhos
de trabalho e abordagem ao professor.
O leitor vai ter a oportunidade de analisar
situações, compará-las com seu cotidiano, ava-
liar o comportamento dos personagens e criar
novos textos, sempre exercitando sua imagina-
A Coleção Para Gostar de Ler Júnior
ção e sua capacidade de interpretação.
A Coleção Para Gostar de Ler é sinônimo de
boa literatura e conquistou os leitores há muito
A Loira do Banheiro – e outras histórias
tempo, com livros agradáveis que estimulam o As 19 histórias reunidas nesse livro trans-
hábito de ler. Sua tradição é despertar o gosto portam o leitor para acontecimentos fantásticos
pela leitura, apresentando coletâneas de contos e outros próximos do cotidiano, para tempos
e crônicas nacionais e estrangeiras, escritas por do passado e para momentos que se aproxi-
grandes escritores de ontem e de hoje. mam de nossos dias. Em todos os textos, a
A Coleção Para Gostar de Ler Júnior chega autora coloca um jeito diferente de ver o
para estender esse trabalho a leitores de 5º e 6º mundo e explora a natureza humana, como
anos, com textos tão atraentes quanto os da que buscando compreendê-la em sua multipli-
consagrada Para Gostar de Ler. Nesta coleção, cidade de feitios.
os livros apresentam histórias mais simples, ilus- A natureza humana é revelada em narrativas
trações coloridas e tamanho maior nas letras e baseadas em nossa realidade, como em “11 de
no formato dos volumes. Com isso, fica ainda setembro” e “A dança da vida”, e, também, em
mais fácil ler e gostar de ler. histórias de pura fantasia, como “Sekmet, a leoa”,
Antologias de autores consagrados ou te- “O lobo da lua” e “Medo de espelhos”.
mas interessantes reunindo vários escritores Os contos estão organizados em cinco blo-
são introduzidos ao leitor iniciante com textos cos distintos: Será que é lenda? traz histórias do
adequados, selecionados com grande cuidado. folclore urbano; Memória do mundo apresenta
A Coleção Para Gostar de Ler Júnior traz uma mitos do mundo e também do nosso povo;
proposta ideal para despertar o hábito da leitu- Histórias de amor ; Aventuras contadas por
ra, com a garantia de sempre oferecer uma boa meu pai ; e Medos inquietantes mostra histórias
amostra da literatura. sobre morte, perda, violência, medo imaginário…
O professor conta com um material bastante
O suplemento de leitura rico para ser trabalhado em conteúdo e forma,
falando de ações e sentimentos comuns a todos
O lúdico e a interatividade são as linhas os homens em qualquer tempo. Heloisa Prieto
mestras que facilitam o trabalho do professor e percorre a vasta gama de emoções humanas,
promovem uma empatia maior do leitor. Sem da mais terna à mais perturbadora, de forma
cobrar detalhes de cada texto, o suplemento se acessível e tranqüilizadora para as crianças.
Sugestões didáticas “Bolachas” e “A dança da vida”. A turma elabora
um quadro relacionando: quando o texto acon-
1. Alguns textos de Heloísa Prieto mos- tece; semelhanças e diferenças com os dias de
tram que a natureza humana é capaz de praticar hoje; detalhes que chamaram a atenção. Depois,
atos cruéis, como o desrespeito à vida, em “O em uma roda, esses dados podem ser compar-
lobo da lua”, e o terrorismo, em “11 de setem- tilhados e discutidos. Numa atividade individual,
bro”. Em “Medo de espelhos” uma reflexão pro- os alunos podem conversar com pais, tios e avós
funda é proposta ao leitor: o ser humano pode e coletar histórias de sua infância e juventude,
mudar ou será sempre aquilo que sua natureza escolher um dos relatos e transformá-lo em tex-
lhe impõe? Para aprofundar essa reflexão, sua to, a ser compartilhado em sala de aula.
turma pode discutir os acontecimentos desses
dois primeiros textos, expondo o que pensam 4. Algumas histórias reunidas refletem si-
sobre a forma de agir das pessoas. Vale desta- tuações em que o medo determina a ação hu-
car que “11 de setembro” descreve um evento mana. Seus alunos podem relacionar quais são
real e que, como ele, muitos outros acontecem esses textos e analisar o que dá medo em cada
no dia-a-dia, ainda que com menores propor- um deles, discutindo do que eles mesmos sen-
ções. É interessante propor a questão: o que tem medo e por quê. Vale debater a situação
leva o ser humano a agir assim? Qual o prazer de descrita em “Palhaçada”, em que o menino
uma caçada em que se provoca dor e sofri- sente medo de palhaços e vergonha de revelar
mento a um animal? O que faz uma pessoa, ou esse temor. Depois, em grupos, podem criar
grupo, ter coragem para matar tantos inocentes uma história de suspense ou terror baseada em
num ato terrorista? Após a discussão, você mitos ou boatos, ou que tenham ouvido de
pode reler a história do sapo e do escorpião conhecidos e familiares. Essas aventuras po-
que abre o texto “Medo de espelhos” e questionar dem ser apresentadas numa roda e os alunos
os alunos: o ser humano pode ou não mudar? podem criar o clima adequado para narrá-las
utilizando elementos cênicos, como objetos,
2. Para aprofundar a discussão sobre o ter- músicas, sons, luz etc.
rorismo, questão tão presente em nossos dias,
seus alunos podem pesquisar sobre o tema na 5. Histórias antigas como as do Mago Mer-
internet, em jornais e revistas. As matérias re- lim, da mitologia clássica e do folclore de nossa
colhidas podem ser trazidas para a sala de aula e de outras culturas atravessam os séculos emo-
e compartilhadas, servindo de base para a reda- cionando e envolvendo os leitores. Seus alunos
ção de um poema que reflita o caráter violen- podem discutir as que conhecem além das que
to da natureza humana. Para estimular o proces- aparecem no livro e identificar as que mais gos-
so criativo, eles podem ouvir músicas que fa- tam. Em grupos podem pesquisar essas histórias,
lem do tema, como “O beco” (Paralamas do realizar uma leitura compartilhada e transformar
Sucesso) e “Refém da violência” (Tribo de Jah). a aventura escolhida em uma peça teatral.
Para concluir ou ilustrar, apresente para a classe
o poema “Rosa de Hiroshima”, de Vinícius de 6. “Romeu e Julieta” e “Pacto” são histórias
Moraes e musicado pela banda Secos e Molha- que se complementam. Você pode discuti-las
dos. Explique o que significa o título (alusão ao com seus alunos, avaliando a atitude dos per-
formato da fumaça causada pela bomba nuclear sonagens: Dedé agiu certo ao assumir o compro-
lançada sobre a cidade de Hiroshima, no Japão, misso de nunca gostar de alguém? Isso é algo
durante a Segunda Guerra Mundial) e leve os que ele pode controlar? É correto fugir de um
alunos a refletir sobre o desfecho do poema: sentimento? E o que pensam sobre a reflexão
“Sem cor sem perfume / Sem rosa sem nada…”. de Paulinha: “Quando o amor é de verdade, dá
vontade de fugir”? Essa discussão pode servir de
3. Muitas das histórias narradas por Heloisa ponto de partida para a criação de um texto,
Prieto acontecem em um tempo passado e che- em prosa ou verso, em que os alunos descre-
gam a trazer referência de datas. Seus alunos po- vam o que pensam sobre gostar de alguém e se
dem avaliar os textos “Raça pura”, “Dia de boto”, é realmente possível evitar o sofrimento.

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