Você está na página 1de 74

UFCD 6651 PORTUGAL E A EUROPA

Formador: Rui Silva Marques


Índice
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................................... 2
2. METODOLOGIA ....................................................................................................................................................... 3
3. OBJETIVOS .............................................................................................................................................................. 4
CIDADANIA ................................................................................................................................................................. 4
A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA ........................................................................................................10
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO: A NOSSA DEMOCRACIA .......................................................................13
ELEMENTOS DO ESTADO ..............................................................................................................................................13
OS FINS DO ESTADO ....................................................................................................................................................14
FUNÇÕES DO ESTADO ..................................................................................................................................................14
OS ORGÃOS DA SOBERANIA ......................................................................................................................................15
ENTREVISTA ..........................................................................................................................................................22
ÓRGÃOS DO PODER LOCAL ........................................................................................................................................27
ATIVIDADES DE REVISÃO .......................................................................................................................................30
FICHA DE CONSOLIDAÇÃO DE COMPETÊNCIAS ...................................................................................................................31
UNIÃO EUROPEIA ......................................................................................................................................................36
ESTADOS MEMBROS DA UE ..........................................................................................................................................36
SÍMBOLOS DA UNIÃO EUROPEIA.....................................................................................................................................37
OBJETIVOS DA UNIÃO EUROPEIA....................................................................................................................................40
AS ORIGENS DA UNIÃO EUROPEIA E DO SEU PROJETO..........................................................................................................40
CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS TRATADOS E DOS ATUAIS ESTADOS MEMBROS............................................................................41
AS INSTITUIÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA ............................................................................................................................44
CIDADANIA EUROPEIA .................................................................................................................................................45
PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO ........................................................................................................................46
O MULTILINGUISMO DA UNIÃO EUROPEIA .......................................................................................................................49
3. QUAL A VANTAGEM DE APRENDER LÍNGUAS? .................................................................................................................50
O EURO- MOEDA ÚNICA PARA VÁRIOS PAÍSES DA UNIÃO EUROPEIA .........................................................................................52
ADESÃO DE PORTUGAL À UE .........................................................................................................................................57
FICHA SÍNTESE ...........................................................................................................................................................59
FICHA DE CONSOLIDAÇÃO DE COMPETÊNCIAS ....................................................................................................................63
5. AVALIAÇÃO ............................................................................................................................................................71
6. CONCLUSÃO...........................................................................................................................................................72
7. BIBLIOGRAFIA/ WEBGRAFIA ..................................................................................................................................73

1
1. INTRODUÇÃO

Este manual tem como principal propósito acompanhar um programa de formação no qual o modelo
adotado consiste na identificação de problemas, na exploração de possíveis soluções e na ajuda de seleção
de uma resposta adequada.
O estudo da UFCD Portugal e a Europa destina-se a facultar aos formandos a possibilidade de
sistematizarem, aprofundarem e alargarem os seus conhecimentos e apoiar a sua compreensão no mundo
em que vivem, em termos de se posicionarem geográfica, política e culturalmente.
É importante que os formandos comecem por saber caracterizar os órgãos de soberania do sistema
político português, para posteriormente compreenderem as transformações provocadas pela integração da
política de Portugal na União Europeia.
Com as atividades realizadas nesta UFCD, pretende-se que os formandos desenvolvam competências
de respeito por si e pelos outros e de afirmação da sua identidade nacional e de cidadãos europeus.

2
2. METODOLOGIA

As atividades foram concebidas numa linha metodológica que enfatiza o desenvolvimento de


aprendizagens promotoras da autonomia pessoal e conducentes à construção progressiva de um quadro de
referências orientador da intervenção crítica na vida coletiva.
Este processo, que visa desenvolver nos formandos a apropriação consciente de formas de pensar
estruturadas e de modos de agir criativos, implica a conceção:
- da aula como um espaço aberto às dinâmicas individuais e de grupo, num equilíbrio entre iniciativas
individuais e cooperação;
- da formadora como uma orientadora atenta, conciliando o cumprimento do referencial com respostas
pedagogicamente adequadas às necessidades dos formandos, procedendo à diversificação de estratégias e
à necessária individualização do ensino.
As sessões socorrer-se-ão de uma metodologia expositiva para apresentar de forma sistematizada a
informação, recorrendo à linguagem oral, aos conhecimentos dos formandos e aos meios audiovisuais
disponíveis; de metodologias ativas que envolvam a participação dos formandos na construção do saber
dentro da sala de aula; da leitura de textos que contribuam para aprofundar a compreensão dos temas em
estudo; de entrevistas e debates.
Para que os formandos atinjam os objetivos propostos e venham a evidenciar as competências
consideradas desejáveis, toda uma variedade de recursos e de atividades irá ser mobilizada pela formadora,
no sentido de:
- incentivar e orientar a pesquisa individual em suportes diversos;
- estimular a organização e a recolha de dados recorrendo, nomeadamente, às novas tecnologias;
- promover contactos, devidamente programados, com a realidade envolvente;
- programar a realização de tarefas que estimulem capacidades de intervenção crítica;
As atividades foram concebidas com o intuito de dar aos formandos um papel protagonista, implicando-
os em questionários, reflexões, desafios cognitivos, curiosidades, confronto de ideias e aprofundamento
autónomo de saberes. Pretende-se ainda que, ao mesmo tempo que se constroem e se consolidam saberes,
os formandos se apropriem dos dispositivos e das metodologias de pesquisa e de ação usados.

3
3. OBJETIVOS

▪ Reconhecer os direitos da cidadania


Estruturação do módulo
▪ Identificar a importância dos direitos de cidadania num Estado democrático.
▪ Conhecer a noção de Constituição.
▪ Reconhecer a Constituição como LeiTemas Fundamental do Estado de Direito português.Duração
▪ Apresentação da UFCD
Entender o Estado como uma sociedade politicamente organizada. 2h
▪ A importância dos direitos de cidadania
Identificar os órgãos de soberania. num Estado democrático 2h
▪ O Estado de
Distinguir os Direito – a órgãos
diferentes Constituição
de soberania. 2h
▪ Organizaçãoodo
Demonstrar Estado Democrático:
conhecimento a nossa
da hierarquia Democracia
e das 2h
competências dos órgãos de soberania.
▪ Os Órgãosode
Conhecer Soberania
género - composição,
textual entrevista. competências e interligação 2h
Entrevistar para conhecer melhor 2h
▪ Reconhecer funções de uma entrevista.
▪ Desenvolver as capacidades de argumentação e de reflexão.
▪ Identificar os órgãos de poder local.
▪ Conhecer a importância dos órgãos de poder local.
Identificar competências específicas dos órgãos representativos das freguesias e dos municípios.
▪ Definir União Europeia.
▪ Identificar os estados membros da UE.
▪ Conhecer as condições de adesão à União Europeia.
▪ Identificar os símbolos da UE.
▪ Identificar e localizar os países que formam a União Europeia.
▪ Identificar as capitais dos estados membros da UE.
▪ Identificar os objetivos da União Europeia.
▪ Conhecer os passos de construção da UE.
▪ Distinguir os diferentes Tratados.
▪ Caracterizar as principais instituições da União Europeia.
▪ Reconhecer as vantagens e desvantagens da adesão de Portugal à União Europeia.
▪ Identificar as línguas faladas na União Europeia.
▪ Indicar as vantagens de aprender línguas.
▪ Conhecer alguns direitos dos cidadãos da UE.
▪ Localizar os países da União Europeia.
4. COMPETÊNCIAS
▪ Identificar algumas especificidades dos países da União Europeia.
▪ Relacionar a realidade geográfica com a realidade linguística.
▪ Ter consciência da existência de possíveis estereótipos face a determinados países.
Cidadania

4
▪ Identificar direitos de cidadania na Constituição da República Portuguesa.
▪ Analisar direitos, liberdades e garantias pessoais.
▪ Saber assumir os direitos e responsabilidades no quadro do Estado de Direito.
▪ Justificar a importância dos direitos de cidadania num Estado democrático.
▪ Nomear os princípios fundamentais da Constituição da República Portuguesa.
▪ Elaborar um guião de entrevista.
▪ Aplicar a estrutura da entrevista.
▪ Utilizar o vocabulário específico da UFCD.
▪ Transcrever entrevistas.
▪ Apropriar-se das técnicas fundamentais de escrita.
▪ Escrever com correção ortográfica, morfológica e sintática.
▪ Esclarecer a importância da existência dos órgãos de poder local.
▪ Compreender o funcionamento dos órgãos de poder local.
▪ Especificar algumas diferenças entre órgãos do poder central e órgãos do poder local.
▪ Referir os órgãos que compõem a Freguesia e o Município.
▪ Identificar algumas relações entre a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia.
▪ Especificar algumas formas de participação cívica na resolução de problemas da respetiva área de
residência.
▪ Justificar a criação da União Europeia.
▪ Nomear os estados-membros da EU e respetivas capitais.
▪ Explicar as condições de adesão à União Europeia.
▪ Identificar os símbolos da UE.
▪ Conhecer algumas especificidades dos países da União Europeia.
▪ Identificar as línguas faladas na União Europeia.
▪ Indicar as vantagens de aprender línguas.
▪ Conhecer direitos dos cidadãos da UE.
▪ Referir as diferentes etapas da construção europeia.
▪ Distinguir os diferentes Tratados.
▪ Identificar algumas alterações provocadas pela integração política de Portugal na Europa.
▪ Utilizar as tecnologias de informação e comunicação.
▪ Assumir responsabilidades em atividades individuais e de grupo.
▪ Participar em dinâmicas de equipa, contribuindo para o estabelecimento de relações harmoniosas
e profícuas.
▪ Disponibilizar-se para ampliação e aprofundamento da sua formação.

5
A palavra «cidadão» começou por significar habitante de uma cidade. Mas depois, com o tempo, adquiriu
um significado mais rico. É cidadão quem pertence a um país onde há leis que protegem as pessoas e onde
as pessoas, além de direitos, têm também deveres a cumprir, ou seja, quem pertence a um país politicamente
organizado. A palavra «cidadania» é ainda mais ampla porque abarca tudo:

• O direito que cada cidadão tem de exigir que os outros respeitem os seus direitos, que aceitem o
Bem Comum como mais importante que os interesses pessoais e que cumpram as obrigações
impostas pela lei;

• O dever que cada cidadão tem de respeitar os outros, de aceitar que o Bem Comum é mais
importante do que os seus interesses pessoais e de cumprir as obrigações que lhe são impostas pela
lei;

• O privilégio de pertencer a um Estado organizado e a responsabilidade de contribuir para melhorar


a vida de todos.

DIREITOS E DEVERES

Todas as pessoas pertencem a grupos: família, grupos de amigos, colegas de escola ou de trabalho,
vizinhos do prédio ou da rua, etc. A maneira como cada um convive com os outros depende dos laços afetivos.
Por exemplo: entre irmãos, primos, grandes amigos, os laços são profundos. Entre vizinhos, a relação pode
resumir-se a um conhecimentos superficial, ou seja, um «conhecimento de vista». Em todos o caso existe
uma relação.
Em cada um destes grupos as pessoas têm deveres a cumprir e também têm direitos a exercer. Na família
não há regras escritas, os direitos e deveres são naturais e surgem do convívio. A alimentação, por exemplo,
é um direito dos filhos e um dever dos pais. Quanto ao respeito de uns pelos outros, é dever um de todos.
Em cada país, os direitos, as liberdades, as garantias e os deveres dos cidadãos estão afixados por escrito
na lei fundamental que se chama Constituição.

Atividade

1. Das questões que se seguem escolhe a alínea correta.

1.1. Dever significa:


a) Particular;
b) Variável;
c) Encargo;
d) Temporário.

6
1.2. Um direito é:
a) Uma obrigação;
b) Uma regalia;
c) Uma imposição;
d) Uma restrição.

2. Enumera direitos que consideres fundamentais.

Responsabilidades do Cidadão

Ao contrário da ditadura, um governo democrático existe para servir o povo, mas os cidadãos nas
democracias também devem concordar em seguir as regras e os deveres pelos quais se regem. A democracia
garante muitas liberdades aos seus cidadãos, incluindo a liberdade de discordar e de criticar o governo. A
cidadania numa democracia exige participação e civismo.

Os cidadãos democráticos reconhecem que não têm apenas direitos, têm também deveres.
Reconhecem que a democracia requer investimento de tempo e muito trabalho — um governo do povo
exige vigilância constante e apoio do povo.

Em alguns governos democráticos, a participação cívica significa que os cidadãos devem ser membros
do júri, ou cumprir o serviço militar ou cívico obrigatório durante um certo tempo. Outros deveres
aplicam-se a todas as democracias e são da responsabilidade exclusiva do cidadão — o principal dos
quais é o respeito pela lei. Pagar os impostos, aceitar a autoridade do governo eleito e respeitar os
direitos dos que têm pontos de vista diferentes, são também exemplos dos deveres do cidadão.

Os cidadãos democráticos sabem que devem ser responsáveis pela sua sociedade para poderem
beneficiar da proteção dos seus direitos.

Democracia

Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas democracias é o povo quem detém o
poder soberano, sobre o poder legislativo e o executivo.
Embora existam pequenas diferenças nas várias democracias, certos princípios e práticas distinguem o
governo democrático de outras formas de governo.

✓ Democracia é o governo no qual o poder e a responsabilidade cívica são exercidos por todos os
cidadãos, diretamente ou através dos seus representantes livremente eleitos.

✓ Democracia é um conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade humana; é a


institucionalização da liberdade.
Proposta de trabalho de pares
7
1. Faz uma breve pesquisa na Internet sobre as principais diferenças em termos de direitos e deveres entre
o regime político anterior a 1974 e o regime político pós Constituição da República.

2. Consulta a Constituição da República e responde às seguintes questões:


2.1. Identifica os artigos que promulgam a proteção dos cidadãos em relação à violência doméstica.

2.2. Identifica o artigo e o ponto que protege os cidadãos de discriminação.

3. Indica o artigo ao qual recorrerias caso te deparasse com uma das seguintes situações:
a. Apropriação, por parte de terceiros, de correspondência pessoal e privada.
b. Desconhecimento da divulgação dos dados pessoais fornecidos a uma empresa.
c. Proibição de manifestar publicamente a sua opinião sobre a atuação do governo.
d. Ser impedido de entrar num local de culto religioso.
e. Proibição de frequência de uma escola privada.
f. Recusa de emprego a um homossexual.

4. Identifica direitos e deveres, com base em experiências da tua vida, em que atuaste tendo em consideração
as regras básicas da cidadania portuguesa.

Atividade

▪ Comentário da seguinte frase: “O poder sem direito é cego, mas o direito sem poder é vazio”.

▪ Reflexão sobre a complexidade da organização política de uma sociedade, especialmente quando se


quer dar um caráter democrático, isto é, que garanta direitos a todos os cidadãos e estabeleça canais
de comunicação entre quem decide e a população.

▪ Formação de grupos de trabalho e é proposta uma questão para discussão: se os formandos tivessem
que organizar politicamente a escola, criando uma estrutura de poder e de gestão, que medidas
adotariam para que essa estrutura não fosse autoritária e garantisse o direito de todos?

Trabalho de grupo

1. Organização de grupos de três ou quatro elementos.

8
2. Leitura do texto – Quem Cala Agride a Cidadania.
2.1.Registo em tópicos das conclusões que tiraram acerca do mesmo.

2.2. Descrição da forma como se organizaram para fazer o trabalho em grupo.

Quem cala… Agride a cidadania

16 mortes por violência doméstica em 2009


2010-04-14

No ano passado, 16 pessoas morreram em consequência de violência doméstica, mais seis do que em
2008. Com "três a quatro queixas por hora", é o "quarto crime mais registado em Portugal".
O relatório da Direção Geral de Administração Interna "Violência Doméstica 2009", a que a Agência Lusa
teve acesso, afirma que entre as 30.543 participações por violência doméstica às forças policiais houve
"diversos casos em que os ferimentos foram graves" e adianta também que se registou "a morte de 16
vítimas".
Com "três a quatro queixas por hora", trata em Portugal" e do "segundo crime mais registado na tipologia
de crimes contra as pessoas.
89% dos casos denunciado
As vítimas de violência doméstica continuam a ser, na sua maioria, mulheres (85 por cento), com uma
idade média de 39 anos, mais de metade casadas ou em união de facto, na maioria dos casos com o agressor.
Destas, 77 por cento não dependiam economicamente do agressor.
Em 89 por cento dos casos foi a própria vítima a denunciar o ocorrido às autoridades. As autoridades
foram chamadas a intervir em 77 por cento das queixas. Segundo o relatório, em 16 por cento das ocorrências
comunicadas, foram armas; em 46 por cento das situações havia registo de "consumo habitual de álcool" e
em 11 por cento de consumo de estupefacientes.
As agressões foram praticadas maioritariamente na casa da vítima (80 por cento dos casos) e foram
presenciadas
Em mais de metade dos casos (51 por cento) tinha havido ocorrências anteriores de violência doméstica,
segundo os dados da GNR.

Perto de cem queixas por dia


Na maior parte das situações (76 por cento) houve violência física, em casos com armas brancas e de fogo,
em 56 por cento dos casos registou-se violência psicológica maioritariamente insultos e ameaças e um por
cento das queixas referiu violência sexual.

9
Junho e Agosto foram os meses mais críticos, com uma média de queixas diárias de 97-98. Os dias em que
se registam mais queixas são o domingo e a segunda feira.

Jornal de Notícias (adaptado)

A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA

Constituição é o conjunto de leis, normas e regras de um país ou de uma instituição. A Constituição regula
e organiza o funcionamento do Estado. É a lei máxima que limita poderes e define os direitos e deveres dos
cidadãos. Nenhuma outra lei no país pode entrar em conflito com a Constituição.
Nos países democráticos, a Constituição é elaborada por uma Assembleia Constituinte (pertencente ao
poder legislativo), eleita pelo povo. A Constituição pode receber emendas e revisões (reformas).

A Constituição da República Portuguesa de 1976 (CRP) é a atual Constituição


portuguesa. Foi redigida pela Assembleia Constituinte eleita na sequência das
primeiras eleições gerais livres no país em 25 de abril de 1975,1.º aniversário
da Revolução dos Cravos. Sofreu sucessivas revisões constitucionais em
1982,1989, 1992, 1997, 2001, 2004 e 2005.
Na organização do poder político, a Constituição consagra um regime
semipresidencialista estruturado segundo as regras da democracia
representativa.
A soberania é exercida por quatro órgãos de acordo com os princípios da
divisão de poderes: O Presidente da República, a Assembleia da República, o
Governo e os Tribunais.

A Constituição Portuguesa está dividida em várias partes, cada uma com artigos sobre diferentes assuntos.
O artigo 1º diz o seguinte: «Portugal é uma República Soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e
na vontade popular.»
O artigo 13.º da CPR consagra o princípio da igualdade afirmando que “Todos os cidadãos têm a mesma
dignidade social e são iguais perante a lei” e que “ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado,
privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua,
território de origem, religião”.
Todos os direitos humanos estão constitucionalmente consagrados, salientando-se os seguintes artigos:

Artigo 25.º
1. A integridade moral e física das pessoas é inviolável.
2. Ninguém pode ser submetido a tortura. [...]

10
Artigo 27.º
1. Todos têm direito à liberdade e à segurança. [...]

Artigo 37.º
1 Todos têm direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento [...]

Artigo 43.º
1. É garantida a liberdade de aprender e de ensinar. [...]

Atividade
1. Pesquisa sobre as principais diferenças em termos de direitos e deveres entre o regime político anterior
a 1974 e o regime político pós Constituição da República.

Proposta de trabalho de grupo

Lê atentamente os artigos da Constituição da República Portuguesa que se seguem e comenta-os.


Se tiveres dúvidas sobre o significado das palavras podes consultar um pequeno glossário no fim desta ficha.
Comenta os artigos explicando com clareza as tuas opiniões.

➔ 1. O artigo primeiro da Constituição da República Portuguesa estabelece que:


Artigo 1.º
(República Portuguesa)
Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e
empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

➔ 2. O artigo vigésimo primeiro da Constituição da República Portuguesa estabelece que:


Artigo 21.º
(Direito de resistência)
Todos têm o direito de resistir a qualquer ordem que ofenda os seus direitos, liberdades e garantias e de
repelir pela força qualquer agressão, quando não seja possível recorrer à autoridade pública.

➔ 3. O artigo trigésimo sétimo da Constituição da República Portuguesa estabelece que:


Artigo 37.º
11
(Liberdade de expressão e informação)
1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por
qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem
impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.
3. As infrações cometidas no exercício destes direitos ficam submetidas aos princípios gerais de direito
criminal ou do ilícito de mera ordenação social, sendo a sua apreciação respetivamente da competência dos
tribunais judiciais ou de entidade administrativa independente, nos termos da lei.
4. A todas as pessoas, singulares ou coletivas, é assegurado, em condições de igualdade e eficácia, o direito
de resposta e de retificação, bem como o direito a indemnização pelos danos sofridos.

➔ 4. O artigo quadragésimo quinto da Constituição da República Portuguesa estabelece que:


Artigo 45.º
(Direito de reunião e de manifestação)
1. Os cidadãos têm o direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público,
sem necessidade de qualquer autorização.
2. A todos os cidadãos é reconhecido o direito de manifestação.

➔ 5. O artigo vigésimo sexto da Constituição da República Portuguesa estabelece que:

Artigo 26.º
(Outros direitos pessoais)
1. A todos são reconhecidos os direitos à identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, à
capacidade civil, à cidadania, ao bom nome e reputação, à imagem, à palavra, à reserva da intimidade da
vida privada e familiar e à proteção legal contra quaisquer formas de discriminação.
2. A lei estabelecerá garantias efetivas contra a obtenção e utilização abusivas, ou contrárias à dignidade
humana, de informações relativas às pessoas e famílias.
3. A lei garantirá a dignidade pessoal e a identidade genética do ser humano, nomeadamente na criação,
desenvolvimento e utilização das tecnologias e na experimentação científica.

Glossário

Fonte: Dicionário da Língua Portuguesa - Porto Editora

12
Basilares – que servem de base; básicos; fundamentais.
Domicílio – Lugar onde alguém tem a sua residência permanente; habitação.
Infrações – Violações da lei; transgressões.
Ingerência – Intervenção.
Ilícito – Contrário à lei.
Poder Legislativo – É aquele que tem num país a tarefa de legislar, ou seja, fazer as leis. É um dos três poderes
do Estado moderno (na divisão estabelecida por Montesquieu na sua teoria da separação dos poderes). Os Poderes do Estado
são: Executivo, Legislativo e Judicial.
O Poder Executivo é responsável pela aplicação das leis. O Poder Judicial faz a interpretação das leis, tendo o poder
de aplicar a lei nos casos concretos submetidos à sua apreciação.
Preâmbulo – Prefácio; prólogo.
Primado – Prioridade; supremacia.
Repelir – Afastar; rejeitar.
Retificação – Ato ou efeito de retificar (corrigir).
Sigilo – Segredo.
Soberana – Que tem soberania; que domina.
Vigente – Que está em vigor.

Atividade
Exploração do site http://www.parlamento.pt/Parlamento/Paginas/default.aspx

ORGANIZAÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO: A NOSSA DEMOCRACIA

Entende-se por Estado a Nação politicamente organizada.


O Estado tem um idioma comum, um conjunto de valores e tradições comuns num território (marítimo,
aéreo e terrestre) que é limitado por fronteiras.

➢ Elementos do Estado:
❑ População;

❑ Território;

❑ Soberania - Capacidade de se organizar politicamente de forma autónoma (ter órgãos para executar
as leis, fazer leis, etc.)

Os fins do Estado são os objetivos que ele se propõe atingir.


13
Os fins do estado são 3:

➢ A segurança;
➢ A justiça;
➢ O bem-estar económico e social.

A nossa Constituição quanto aos fins do Estado refere que são tarefas fundamentais do Estado garantir a
independência nacional; garantir os direitos e liberdades fundamentais e o respeito do estado de direito
democrático; promover o bem - estar e a qualidade de vida do povo e a igualdade entre os portugueses.

A segurança assume um duplo significado. Assim temos a segurança individual e a segurança coletiva.

Segurança individual - Significa que cada cidadão deve saber com o que pode contar dentro das suas
fronteiras e tal ser-lhe-á assegurado através de normas jurídicas criadas pelos órgãos do Estado, definindo
os direitos e deveres de cada cidadão.

Segurança coletiva - trata-se da defesa da coletividade face ao exterior.

➢ Funções do estado

As funções do Estado são as atividades desenvolvidas pelos órgãos do poder político com vista à realização
dos objetivos consagrados na Constituição.
Hoje em dia fala-se fundamentalmente de 4 funções do Estado:
❑ Função legislativa;

❑ Função administrativa;

❑ Função judicial;

❑ Função política.

Estas funções podem-se caracterizar das seguintes formas:


❑ Função legislativa: É a função que produz os atos legislativos, ou seja, atos com valor de leis. Esta
função é levada a cabo pela Assembleia da Republica; pelo Governo e pelas Assembleias Legislativas
Regionais.

❑ Função administrativa: É uma função que visa a execução das leis e a satisfação das necessidades
coletivas. O Governo é o órgão superior da administração. As autarquias locais também têm
competência administrativa.
14
❑ Função judicial: Visa a resolução de conflitos de interesse. É levada a cabo por órgãos independentes
e imparciais e apenas estão sujeitos à lei.

❑ Função política: Traduz-se na prática de atos individuais e concretos que não são passíveis de recurso
contencioso. Ex.: atos de promulgação, de autorização, etc. A competência política pertence ao
Governo, à Assembleia da República e ao Presidente da República.

OS ORGÃOS DA SOBERANIA

1. Presidente da República
2. Assembleia da República
3. Governo
4. Tribunais

Função - Exercer o poder em nome do povo a quem devem prestar contas designadamente nas eleições.

Ligação - São independentes uns dos outros, mas têm o dever de colaborar entre si.

1 - PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Representa a República Portuguesa

→ Quem se pode candidatar


As candidaturas são propostas por cidadãos eleitores (num mínimo de 7500 e num máximo de 15000) e o
candidato para ser eleito tem necessariamente de obter mais de metade dos votos validamente expressos
para esse efeito, se necessário, realizar-se-á uma segunda votação com os dois candidatos mais votados no
primeiro sufrágio.

→ Como é eleito
O Presidente da República é eleito pelos cidadãos, por sufrágio direto e universal, para um mandato de 5
anos, não podendo ser reeleito para um terceiro mandato consecutivo.

→ Funções

15
Representar a República Portuguesa;
Garantir a independência nacional a unidade do Estado e o regular funcionamento das instituições;
Ser Comandante Supremo das Forças Armadas (por inerência).

→ Competências
o Comando Supremo das Forças Armadas;
a dissolução da Assembleia da República;
a nomeação do Primeiro-Ministro e a demissão do Governo;
a dissolução dos órgãos de governo próprio das regiões autónomas;
a declaração do estado de sítio ou do estado de emergência a declaração da guerra e feitura da
paz;
promulgação das leis, decretos-leis e decretos regulamentares e a assinatura dos restantes decreto
do Governo;
a ratificação dos tratados internacionais e a assinatura dos decretos e resoluções que aprove
acordos internacionais;
a convocação do referendo;
a fiscalização preventiva da constitucionalidade;
a nomeação e exoneração de titulares de órgãos do Estado;
a nomeação dos embaixadores e dos enviados extraordinários;
o indulto (perdão) e comutação (substituição) de penas;
os poderes transitórios relativos a Macau e Timor Leste.

Preside: ao Conselho de Estado, órgão político de consulta do Presidente da República e ao Conselho de


Ministros quando o Primeiro-Ministro lho solicitar.

Designa: cinco cidadãos para integrarem a composição deste órgão pelo período correspondente à duração
do mandato do Presidente da República.

NOTA: O Presidente da Assembleia da República pode substituir interinamente o Presidente da República


durante eventual impedimento temporário mas não pode exercer algumas competências.

2. Assembleia da República

Representa os cidadãos

Legislação exclusiva da Assembleia da República


os regimes de eleições e referendo;

16
cidadania e símbolos nacionais;

regimes do estado de sítio e de emergência;

organização e funcionamento da Defesa Nacional, das forças de segurança, e dos Serviços de


Informação;

restrições a direitos dos militares e agentes das forças de segurança;

regime geral do orçamento do Estado, das regiões e das autarquias.

A Assembleia da República, elege, segundo o sistema de representação proporcional:


cinco membros do Conselho de Estado;

cinco membros da alta autoridade para a Comunicação Social;

os membros do Conselho Superior do Ministério Público;

dez juízes do Tribunal Constitucional, Provedor da Justiça, Presidente do Conselho Económico e


Social, sete vogais do Conselho Superior da Magistratura e os membros de outros órgãos
constitucionais cuja designação seja cometida à Assembleia da República.

3- Governo

É o órgão de condução da política geral do País e órgão superior da administração pública.

→ Formação do Governo
Após as eleições para a Assembleia da República (que ocorrem de 4 em 4 anos), o Presidente da República
ouve todos os partidos que elegeram deputados à Assembleia e, tendo em conta os resultados das eleições
legislativas, convida uma pessoa para formar Governo. O Primeiro-Ministro, convida as pessoas que entende.
O Presidente da República dá posse ao Primeiro-Ministro e ao Governo que, seguidamente, faz o respetivo
Programa, apresentando-o à Assembleia da República.

Primeiro Ministro
 É designado pelo partido vencedor das eleições para a Assembleia da República;

 Forma um novo Governo e apresenta um novo Programa à Assembleia da República;

 Não há limite para o número de mandatos do Primeiro-Ministro.

17
→ Funções do Primeiro-Ministro
 Dirigir o Governo, coordenar a ação dos ministros;

 Representar o Governo junto dos outros órgãos de soberania;

 Prestar contas à Assembleia da República;

 Manter o Presidente da República informado.

Bandeira oficial do Primeiro-Ministro de Portugal

Ministros / Secretários de Estado


▪ São nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do Primeiro-Ministro;
▪ Dependem do Primeiro-Ministro /Ministro;
▪ Ajudam a decidir a política geral do Governo e executar a política para a sua área;
▪ Podem ser demitidos pelo Presidente da República, a pedido do Primeiro- Ministro ou, em certos
casos especiais, os Tribunais.

→ Funções do Governo
Políticas, legislativas e administrativas

Verificação do cumprimento do programa do governo


▪ O Povo nas eleições;
▪ O Presidente da República e os deputados, podem fazer perguntas ao Governo, recusar as suas
propostas, recusar um voto de confiança ou aprovar uma moção de censura (é uma proposta
parlamentar apresentada pela oposição com o propósito de derrotar ou constranger o governo.)

RELAÇÃO ENTRE O GOVERNO E O PRESIDENTE DA REPÚBLICA


➢ Responsabilidade institucional e política do Governo perante o Presidente da República.

➢ O Governo responde perante o Presidente da República através do Primeiro-Ministro.

Mandato de um Governo
➢ Quatro anos após as eleições para a Assembleia da República;

➢ Quando se apresenta um voto de confiança ao Parlamento e este o rejeita;

18
➢ Quando a maioria absoluta dos deputados aprova uma moção de censura ao Governo;

➢ Quando o seu programa não é aprovado pela Assembleia da República;

➢ Quando o Presidente da República entende dever demiti-lo para assegurar o regular funcionamento
das instituições democráticas portuguesas;

➢ Quando o Primeiro-Ministro apresenta a demissão, falece ou se encontra em impossibilidade física


duradoura.

4 - OS TRIBUNAIS

Os Tribunais, administram a justiça em nome do povo, estando apenas sujeitos à lei e sendo as suas
decisões obrigatórias para todas as entidades públicas e privadas.

Tribunais Comuns
• Tribunais de 1ª instância ou de comarca;

• Tribunais de 2ª instância ou da Relação;

• Tribunal de última instância, o Supremo Tribunal de Justiça.

Tribunais Especiais
• Tribunal Constitucional;

• Tribunais Militares;

• Tribunais Administrativos e Fiscais;

• Tribunal de Contas.

19
Significado da imagem da justiça original

Cada detalhe da imagem tem um motivo. A Justiça era representada em pé, jamais
sentada porque ela é ação, atitude. Estar sentada significaria a sua negação, pois daria
impressão de que ela não estava pronta para agir diante do que lhe aparecia. Portanto,
ela estava sempre de pé, com uma perna flexionada para a frente e outra levemente
para trás, ou seja, prontíssima para se defender e atacar a qualquer sinal de ameaça
ou de desobediência.
A imagem representa mitologicamente a deusa Atena que, resumindo nasceu
através da cabeça de seu pai - Zeus, sendo assim puramente racional. Como
não há sentimento os seus julgamentos são imparciais e frios, ela não precisa
enxergar. A balança pesa os prós e contras e com a espada ela cumpre sua
sentença.
A justiça tem numa das mãos a balança em que pesa o direito, e na outra a espada de que se serve
para o defender. A espada sem a balança é a força brutal, a balança sem a espada é a impotência do
direito.
A venda foi invenção dos artistas alemães do século XVI, que, por ironia, retiraram-lhe a visão.
A faixa cobrindo-lhe os olhos significava imparcialidade: ela não via diferença entre as partes em
litígio, fossem ricos ou pobres, poderosos ou humildes, grandes ou pequenos. Suas decisões, justas
e prudentes, não eram fundamentadas na personalidade, nas qualidades ou no poder das pessoas,
mas na sabedoria das leis.

20
Atividade

Aquisição de técnicas argumentativas

O JUIZ DECIDE…?

Situações de constrangimento à liberdade pessoal (senso comum)

Julgamento
Ofendido (1) Acusado (1)

Advogados e ofendido reúnem e Advogados e acusado têm 15 minutos para


identificam as situações de violação da construírem defesa;
liberdade pessoal; (10 minutos) Têm 10 minutos para exporem a defesa;
Fazem a acusação oralmente perante Têm 10 minutos para rebater a acusação, se
todos; necessário.
Têm 15 minutos para construírem
acusação;
Têm 10 minutos para rebater acusação.

Advogados (2) Advogados (2)

Testemunhas (1) Testemunhas (1)

Júri (vários)

Opina, fundamentando a tua opinião

Juiz

Decide, fundamentando a tua decisão

21
ENTREVISTA

Entrevistar para conhecer melhor


A entrevista é uma conversa entre duas ou mais pessoas — o entrevistador e o
entrevistado — através da qual se pretende obter informação sobre o entrevistado
ou algum assunto com o qual este se relacione. Para o efeito, o entrevistador coloca
um certo número de perguntas previamente redigidas.

Estrutura da entrevista escrita


➢ Título e, por vezes, subtítulo (opcional): com o nome do entrevistado e/ou o assunto.
➢ Introdução (opcional): breve apresentação do entrevistado e do assunto a ser tratado.
➢ Corpo da entrevista: conjunto de perguntas e respostas.
➢ Conclusão (opcional): síntese das principais questões abordadas.

Estrutura da entrevista oral (televisiva ou radiofónica)


➢ Introdução: breve apresentação do entrevistado e do assunto a ser tratado.
➢ Corpo da entrevista: conjunto de perguntas e respostas.
➢ Conclusão: síntese das principais questões abordadas e/ou agradecimentos e despedidas.

Como registrar as entrevistas

Gravador: requer a permissão do entrevistado.

Vantagens:
➢ Registro completo da entrevista.
➢ Rapidez e melhor desenvolvimento.
➢ Reprodução para outros membros da equipa.

Desvantagens:
➢ Pode deixar o entrevistado pouco a vontade.
➢ Pode deixar o entrevistador distraído.

Anotações
Vantagens:
➢ Mantém o entrevistador alerta.
22
➢ Pode ser usado para fornecer um roteiro para a entrevista.
➢ Mostra interesse e preparação do entrevistador.

Desvantagens:
➢ Perda do andamento da conversa.
➢ Excessiva atenção a factos e pouca a sentimentos e opiniões.

Processo:
1ª Etapa - Compartilhando os objetivos
A entrevista deve surgir como a melhor forma de obter novas informações e aprofundar os conhecimentos
que se tem.

2ª Etapa - Definir o que se quer saber do entrevistado


As informações que se deseja obter devem ser compreensíveis para os entrevistados; ou seja, as perguntas
contidas no questionário devem respeitar as condições cognitivas (grau de consciência e conhecimento) dos
indivíduos que estão a ser entrevistados.

3ª Etapa - Elaborar um roteiro para a entrevista


Uma vez que todos tenham compartilhado o que tencionam fazer, chegou a hora de elaborar um roteiro
para a entrevista. A preparação de um bom questionário exige do entrevistador conhecimento prévio do
tema ou do objeto de pesquisa.
Para facilitar a condução da entrevista, deve construir-se um guião que respeite alguns procedimentos:
▪ Situar o entrevistado, mediante uma breve introdução:
• Quem é: nome, idade, onde vive…
• A sua atividade: profissão, ocupação…
• Dados curiosos ou de interesse
▪ Elaborar perguntas de acordo com o tema, os objetivos da entrevista, as expetativas do entrevistador
e de possíveis leitores, ouvintes ou espetadores.
▪ As perguntas devem ser:
• Claras, diretas e precisas;
• Estar adequadas ao entrevistado (personalidade, nível etário, nível sociocultural…) e à
situação (momento lugar).
• Abertas (evitar perguntas cuja resposta seja por exemplo, “sim” ou “não”);
• Relacionadas (evitar "saltitar" de um assunto para o outro);
• Respeitadoras (evitar perguntas demasiado pessoais);
• Ordenadas (devem apresentar-se pela ordem com que foram preparadas);
23
• Admitem-se novas perguntas quando a resposta exige alguma clarificação ou
aprofundamento.

4ª Etapa – Definir os papéis de cada formando na realização da entrevista


Quando o roteiro estiver pronto, define o que ocorrerá na entrevista: fazer as perguntas, gravar, acompanhar
e assinalar numa lista as perguntas já feitas.
Deverá haver pelo menos:
• Uma pessoa responsável pela utilização do gravador;
• Uma pessoa responsável por tomar notas sobre aspetos não percetíveis na gravação, como
uma expressão facial ou um gesto que complementa a fala, uma palavra mal pronunciada.
Estas anotações também ajudarão no momento da transcrição.
• Uma pessoa que irá acompanhar a lista das perguntas, a fim de verificar se alguma pergunta
ficou esquecida ou se seria interessante incluir uma nova pergunta, não prevista no roteiro.

5ª Etapa - Ensaio da entrevista


Define os papéis de cada elemento do teu grupo e faz um ensaio. Promove uma simulação na qual um será
o entrevistador e outros, os entrevistados. Nessa simulação, cria situações possíveis de serem vividas numa
entrevista para ver como os elementos do grupo se saem, tais como: responde às questões com
monossílabos; desvia o assunto perguntado; fala sobre muitos assuntos; antecipa um assunto ainda não
perguntado, de forma a que tenham que ajustar as perguntas previstas no roteiro. De seguida, analisa a
forma como ocorreu.

6ª Etapa - Realização da entrevista


As perguntas devem estar, mais ou menos, memorizadas para que a conversa com o interlocutor ganhe
naturalidade e vida. Não se pretende com esta memorização que sigas escrupulosamente a ordem das
perguntas tal e qual as registaste no papel. Podes achar oportuno alterar a ordem das perguntas. Tudo
depende da conversa e das declarações do entrevistado. Todavia, não deves perder de vista tudo o que
pretendias perguntar inicialmente.

7ª Etapa - Transcrição
A transcrição da entrevista, embora trabalhosa, é muito importante, pelas aprendizagens que pode
promover, pois consiste num trabalho de transposição da linguagem oral para a linguagem escrita.
Depois da entrevista transcrita, poderás fazer alguma modificação, respeitando sempre as respostas:
modificar para aclarar ou tornar algo mais compreensível, suprimir repetições desnecessárias…
Um aspeto que deve ser considerado é o que pode ser eliminado sem comprometer o conteúdo (as
repetições e gaguejos, algumas interjeições como por exemplo, "é é", ou "então" ou "ui", etc.)
O mais importante é que o entrevistador não adultere o pensamento do entrevistado.
É costume redigir-se um parágrafo final (despedida, síntese, agradecimento…)

24
Proposta de Trabalho de Grupo

CONTEÚDO
Órgãos de soberania do sistema político português

OBJETIVOS
▪ Desenvolver a linguagem oral, apropriando-se dos seus recursos característicos: gestual, entonação e
tom de voz, postura corporal;
▪ Identificar os órgãos de soberania do sistema político português;
▪ Conhecer as competências dos órgãos de soberania;
▪ Conhecer as interações entre os diversos órgãos;
▪ Utilizar a estrutura da entrevista;
▪ Utilizar o vocabulário específico da UFCD.
▪ Participar em atividades interpessoais e de grupo obedecendo a regras e critérios de atuação e de
convivência em diversos contextos;
▪ Respeitar os diferentes pontos de vista e a pluralidade de opiniões;

METODOLOGIA DE TRABALHO
▪ Dividir a turma em cinco grupos de quatro elementos;
▪ Produzir um guião de entrevista dirigido à população local sobre os órgãos de soberania do sistema
político português;
▪ Realizar entrevistas;
▪ Apresentar as entrevistas produzidas através da edição de um vídeo ou em suporte de papel;
▪ Relatar a experiência da atividade.

Recursos
▪ Ficha informativa sobre os órgãos de soberania do sistema político português;
▪ Equipamento de vídeo;
▪ Computador;
▪ Gravador;
▪ Bloco de apontamentos;
▪ Videoprojetor.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS


Tendo em conta o desempenho dos formandos na realização das tarefas propostas, irá proceder-se à
avaliação, usando a grelha apresentada na próxima página.

25
Insuficiente Suficiente Bom Muito Bom
Parâmetro
(5-9) (10-13) (14-17) (18-20)
PESQUISA, RECOLHA E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

A informação recolhida Foi recolhida a informação Foi recolhida e trabalhada


Informação Foi recolhida informação
ficou aquém do que foi essencial para a elaboração bastante informação e de
recolhida adequada ao tema.
pedido. do trabalho. excelente qualidade.

A informação recolhida
A informação recolhida A informação encontra- está organizada com uma
Organização da A informação recolhida está
está desorganizada e -se organizada com estrutura bastante
informação organizada coerentemente.
não é coerente. alguma coerência. coerente e é explícita.

CONCEÇÃO

Revela insuficiente Revela excelente rigor


Rigor científico informação sobre o Revela rigor científico. Revela bom rigor científico. científico e uma boa
tema. seleção da informação.

Revela excelente
Revela alguma Revela criatividade e criatividade e muita
Criatividade É pouco criativo.
criatividade. originalidade. originalidade.

Apresentação clara e
Linguagem Apresenta uma escrita Apresentação clara. Apresentação objetiva e
objetiva.
pouco clara. motivadora.

Razoável escolha de Aspeto atrativo, materiais Aspeto bastante atrativo,


Aspeto gráfico Aspeto pouco atrativo.
materiais. bem escolhidos. materiais bem escolhidos
e bem compilados.
TRABALHO DE GRUPO
Pouca sincronização Alguma sincronização Excelente coordenação
Boa coordenação
entre os elementos entre os elementos e dinâmica de grupo;
entre os elementos
do grupo; do grupo; Excelente distribuição e
do grupo;
Má distribuição das Distribuição aceitável sequencialização
Boa distribuição das
Desempenho tarefas; das tarefas; das tarefas;
tarefas;
do grupo Fraco desempenho Desempenho Excelente desempenho
Bom desempenho das
das tarefas; satisfatório das das tarefas
tarefas propostas;
Não cumprimento tarefas; propostas;
Cumprimento de
dos prazos de Cumprimento de Cumprimento de
prazos.
entrega. prazos. prazos.
Participativo e Muito participativo e Bastante participativo,
Desempenho Pouco participativo no
respeitador das regras de respeitador das regras de consensual e respeitador
individual trabalho de grupo.
trabalho de grupo. trabalho de grupo. da dinâmica de grupo.

26
ÓRGÃOS DO PODER LOCAL

O poder local integra as freguesias e os municípios.

Porque razão é tão importante o poder local?


Este poder encontra-se mais próximo das pessoas, conhecendo os seus problemas e as suas necessidades.
Por esta razão, os Concelhos, possuem órgãos representativos que são eleitos e que garantem a
concretização dos interesses da população.

Por que é que se chama poder local aos concelhos?


Porque existem outras formas de poder, como por exemplo, o Poder Central (Governo) que governa o País .
O Poder Local é formado por:

Câmaras Municipais, onde trabalham o Presidente e os Vereadores;


Juntas de Freguesia, onde trabalha o Presidente da Junta.

Todos eles procuram resolver os problemas das pessoas que habitam num determinado concelho.

No continente as autarquias locais são:


• As Freguesias
• Os Municípios

Aos órgãos do poder local podem candidatar-se grupos de cidadãos organizados em listas independentes dos
partidos.
Cada cidadão é chamado a votar para os três órgãos de poder autárquico: Câmara Municipal, Assembleia
Municipal e Assembleia de Freguesia.

A Freguesia
Os órgãos representativos da freguesia são:

▪ A Assembleia de freguesia, que é o órgão deliberativo da freguesia.


A lei pode determinar que nas freguesias de população diminuta a assembleia
de freguesia seja substituída pelo plenário dos cidadãos eleitores.
As assembleias da freguesia são eleitas, sendo o presidente da Junta de Freguesia o primeiro
candidato da lista que reunir maior número de votos, e sendo-lhe dada a possibilidade de escolher o

27
executivo que o acompanha entre os restantes membros eleitos para a assembleia de freguesia, quer
pertençam à lista apresentada pelo seu partido quer por qualquer outra força política.

▪ A Junta de freguesia, que é o órgão executivo da freguesia.

As suas atribuições, ou seja, os fins postos por lei a seu cargo, são as seguintes:
▪ Equipamento rural e urbano; abastecimento público; educação; cultura, tempos livres e desporto;
cuidados primários de saúde; ação social; proteção civil; ambiente e higiene; desenvolvimento;
ordenamento urbano e rural e proteção da comunidade.

▪ As atribuições das freguesias e a competência dos respetivos órgãos abrangem o planeamento, a


gestão e a realização de investimentos nos casos e nos termos previstos na lei.

Município

Os órgãos representativos do município são:


▪ A Assembleia Municipal, que é o órgão deliberativo do município, e é
constituída por membros eleitos diretamente em número superior ao dos
presidentes da Junta de freguesia, que também a integram.

▪ A Câmara Municipal, que é o órgão executivo do município.

28
Órgão Câmara Municipal Assembleia Municipal

A assembleia municipal é o órgão deliberativo


do município. É formada pelos presidentes
É o órgão executivo, responsável pelo das juntas de freguesia e por vereadores
governo do município. O executivo é
Definição eleitos por sufrágio universal, direto e
representativo, incluindo vereadores
secreto. O número de vereadores, sempre
eleitos pelos diferentes partidos. ímpar, pode variar entre 5 e 17, de acordo
com a população do concelho.

Ação Social Ação Social


Educação Educação
Ação Social Ação Social
Atribuições Habitação Social Habitação Social
Reabilitação Urbana Reabilitação Urbana
Cultura Cultura
Desporto Desporto

Os Municípios dispõem de atribuições nos seguintes domínios:

▪ Equipamento rural e urbano*; energia; transportes e comunicações; educação; património, cultura


e ciência; tempos livres e desporto; saúde; ação social; habitação; proteção civil; ambiente e
saneamento básico; defesa do consumidor; promoção do desenvolvimento; ordenamento do
território e urbanismo; polícia municipal e cooperação externa.

▪ O município, através da delegação de competências, mediante protocolo, pode transferir tarefas


inseridas no âmbito das suas atribuições para as freguesias, devendo, no entanto, facultar o seu
exercício a todas as freguesias que nisso tenham interesse.

* as atribuições a negrito são comuns à freguesia

Cada cidadão é chamado a votar para os três órgãos de poder autárquico: Câmara Municipal, Assembleia
Municipal e Assembleia de Freguesia.

➢ As atribuições das autarquias locais e a competência dos seus órgãos, estando associadas à satisfação
das necessidades das comunidades locais, respeitam, nomeadamente, ao desenvolvimento sócio -
económico, ao ordenamento do território, ao abastecimento público, ao saneamento básico, à saúde,
à educação, à cultura, ao ambiente e ao desporto.

29
➢ As autarquias locais têm pessoal, património e finanças próprios, competindo a sua gestão aos
respetivos órgãos, razão pela qual a tutela do Estado sobre a gestão patrimonial e financeira dos
municípios e das freguesias é meramente inspetiva e só pode ser exercida segundo as formas e nos
casos previstos na lei. Deste modo, encontra-se salvaguardada a autonomia do poder local.

➢ A legitimidade das decisões das autarquias locais decorre da eleição dos respetivos órgãos, sendo a
câmara municipal e a junta de freguesia órgãos executivos e a assembleia municipal e a assembleia
de freguesia órgãos deliberativos. Excetuando a junta de freguesia, os demais órgãos referenciados
são eleitos por sufrágio universal. Os municípios e as freguesias são, portanto, elementos
constitutivos da democracia e da cidadania portuguesa.

Ficha de trabalho

1. Distingue órgãos de poder local de órgãos de poder central.

2. Explica de que forma podes contribuir como cidadão ativo para a melhoria das condições de vida da tua
freguesia/município.

3. Pesquisa as seguintes informações sobre o teu concelho:


▪ Nome
▪ Brasão
▪ Nome do Presidente da Câmara
▪ N.º de vereadores da Assembleia Municipal
▪ Área
▪ Localização Geográfica
▪ Concelhos limítrofes
▪ Freguesias que abrange
▪ População
▪ Principais atividades económicas

ATIVIDADES DE REVISÃO

Questionário interativo site http://www.minerva.uevora.pt/publicar/ctcidadania/ctquest10.htm

30
Ficha de Consolidação de Competências

Grupo I

1. Completa as frases com as palavras da caixa:

 democracia  governo  chefe de estado  cidadãos


 Presidente  eleições  república  povo

Uma República é uma forma de ____________________ na qual um representante, normalmente chamado


_____________________, é escolhido pelo ____________________ para ser o ____________________,
podendo ou não acumular com o poder executivo. Numa ____________________o povo é visto como fonte
originária do poder político.
Afirmar que vivemos numa ____________________ significa dizer que o nosso sistema político o povo é
soberano, é ele a fonte da soberania nacional, pois é ele que decide, através de ____________________,
quem chefia o estado, quem representa os____________________, quem governa e quem o representa nos
órgãos do poder local.

2. Refere qual é a função de cada um dos órgãos de soberania.

3. Diz se são verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações.


3.1. Qualquer cidadão português com mais de 25 anos pode candidatar-se a Presidente da República.
 Verdadeiro
 Falso
3.2. O Presidente da República é diretamente eleito por quatro anos, por maioria absoluta, sob
candidatura direta de cidadãos.
 Verdadeiro
 Falso

3.3. A Assembleia da República tem função legislativa.


 Verdadeiro
 Falso

3.4. O Presidente da Assembleia da República tem competências para dissolver a Assembleia da República.
31
 Verdadeiro
 Falso

4. Corrige as respostas falsas.

5. Assinala com X a resposta correta.


5.1. A primeira constituição da República Portuguesa ficou conhecida pelo nome de:
a)  Constituição de 1910.
b)  Constituição de 1911.
c)  Constituição de 1912.

5.2. A Constituição da República Portuguesa


a)  é o texto fundamental do Estado Português.
b)  é a Assembleia da República.
c)  é obtida por referendo.

5.3. Quem tem competência para declarar o estado de emergência/estado de sítio é


a)  o Primeiro Ministro.
b)  o Governo.
c)  o Presidente da República.
d)  a Assembleia da República.

5.4. O Órgão de Soberania que garante a independência nacional e a unidade do Estado é o Presidente da
República.
a)  Não, é o Governo.

b)  É o Presidente da República e a Assembleia da República.

c)  Sim, e representa a República Portuguesa.

5.5. O Órgão de Soberania que assegura a condução da política geral do país é


a)  a Assembleia da República.

b)  o Governo.

c)  os órgãos de soberania em conjunto.

32
5.6. O Primeiro Ministro é o Comandante Geral das Forças Armadas.
a)  Sim, o Primeiro Ministro é por inerência o Comandante Geral das Forças Armadas.

b)  Não, é o Presidente da Assembleia da República.

c)  Não, é o Presidente da República.

5.7. Os Órgãos de Soberania desempenham as suas funções de uma forma autónoma, não existindo entre
eles vínculos hierárquicos.
a)  Sim, cada um age segundo os seus interesses.

b)  Não, existem entre eles vínculos hierárquicos.

c)  Sim, é o princípio da separação dos poderes.

5.8. Os direitos dos cidadãos são assegurados


a)  pela Assembleia da República e pelos Tribunais.

b)  pelos Tribunais.

c)  pelos órgãos de soberania.

5.9. Quem fiscaliza a atividade do Governo é


a)  a Assembleia da República.

b)  o Presidente da República.

c)  os Tribunais.

d)  o Governo.

5.10. O poder Legislativo é


a)  o poder de julgar quem não cumpre as leis.

b)  o poder de fazer as leis.

c)  o poder de aplicar as leis.

33
6. Associa cada um dos elementos da Coluna A ao único elemento da Coluna B que lhe corresponde.

COLUNA A COLUNA B RESPOSTA

(1) As autarquias locais são (a) Câmara Municipal (1) ____

(2) A autarquia local de base é a (b) órgãos deliberativos


(2) ____
(c) Assembleia Municipal
(3) O órgão executivo do município é a
(d) Freguesia (3) ____
(4) A Câmara Municipal e a Junta de
(e) os municípios e as freguesias
Freguesia são (4) ____
(f) a Junta de Freguesia, os municípios
(5) A Assembleia Municipal e a e a Assembleia de Freguesia (5) ____
Assembleia de Freguesia são
(g) órgãos executivos

7. Liga os órgãos de poder mencionados na coluna da esquerda, conforme o tipo de poder, central ou local,
mencionado nas caixas à direita.

Câmara Municipal 
Presidente da República 
Região Autónoma dos Açores  Poder Central
Assembleia Municipal 
Governo 
Junta de Freguesia 
Assembleia de Freguesia  Poder Local / Poder
Descentralizado
Região Autónoma da Madeira 
Tribunais 

8. Atenta na imagem.
8.1. Descreve-a e interpreta o seu significado.

34
Grupo II - Produção escrita

Redige um texto narrativo (mínimo 10 linhas, máximo 15), desenvolvendo apenas um dos títulos propostos.
Tem em atenção a correção formal da tua produção, no domínio da expressão escrita.

Título 1- Se eu fosse Presidente da República


Título 2- Se eu fosse Primeiro Ministro

35
UNIÃO EUROPEIA

O que é a União Europeia?

Conjunto de 27 países
que funciona como uma
equipa:

As mesmas ideias As mesmas regras As mesmas finalidades

A União Europeia é uma associação de Estados Democráticos que estabeleceram entre si um mercado
comum, com políticas comuns cada vez mais aperfeiçoadas e abrangendo um maior número possível de
domínios. É um grande projeto económico, social e político, que reúne atualmente 27 estados europeus (os
seus Estados-Membros). Com o passar do tempo, o número de países interessados em fazer parte da UE foi
aumentando. Atualmente, a UE é constituída por 27 países. O Reino Unido saiu da União Europeia em 31 de
janeiro de 2020.
De facto, a União Europeia não é apenas um projeto económico, dado que intervém em domínios como a
cidadania europeia, a justiça social, o ambiente, a cultura ou a educação.

Estados Membros da UE
(ano de adesão)

• Alemanha (1952) • Hungria (2004)


• Áustria (1995) • Irlanda (1973)
• Bélgica (1952) • Itália (1952)
• Bulgária (2007) • Letónia (2004)
• Chipre (2004) • Lituânia (2004)
• Croácia (2013) • Luxemburgo (1952)
• Dinamarca (1973) • Malta (2004)
• Eslováquia (2004) • Países Baixos (1952)
• Eslovénia (2004) • Polónia (2004)
• Espanha (1986) • Reino Unido (1973)
• Estónia (2004) • República Checa (2004)
• Finlândia (1995) • Roménia (2007)
• França (1952) • Suécia (1995)
• Grécia (1981)

36
Adesão à UE
Para se poder candidatar à UE, um país tem de começar por satisfazer as condições de adesão. Estas
condições, conhecidas como «critérios de Copenhaga», incluem a existência de uma economia de mercado
livre, de uma democracia estável e de um Estado de Direito, bem como a aceitação de toda a legislação e
regulamentação da UE, incluindo o euro.

Símbolos da União Europeia

➢ Bandeira
A bandeira europeia é constituída por doze estrelas douradas dispostas em círculo
sobre um fundo azul.
O círculo de estrelas dourado da bandeira representa os princípios da unidade,
solidariedade e harmonia entre os povos da Europa. A bandeira contém 12 estrelas
porque esse número simboliza a perfeição, a plenitude e a unidade (veja-se os doze
meses do ano, os doze símbolos do zodíaco, etc). O número de estrelas nada tem a ver com o número dos
estados membros. Assim a bandeira mantém-se inalterada, independentemente dos alargamentos da UE.

➢ Hino
O Hino da União Europeia é o início do Hino da Alegria do quarto andamento da nona sinfonia de Beethoven,
adotado em 1985.
Sem qualquer letra, utilizando apenas a língua universal da música, este hino exalta os ideais europeus da
liberdade, paz e solidariedade e é tocado em cerimónias oficiais ou outros eventos importantes da UE.

➢ Dia
As ideias que estão na base da União Europeia foram pela primeira vez formuladas em 9 de maio de 1950
pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros francês Robert Schuman. É por esta razão que este dia é
comemorado anualmente como uma data fundamental para a UE, celebrando-se a paz e a unidade na
Europa.

➢ Lema
O lema da UE é Unida na Diversidade, isto é, unidos, apesar das diferenças culturais dos países membros. Ao
integrarem a União Europeia, pretende-se que estes países cooperem, mas mantenham a sua identidade.
1. Localiza geograficamente os países da UE e fá-los corresponder às respetivas capitais.

37
28 Croácia Zagreb

38
2. Descobre 27 países (a Croácia não está presente) que fazem parte da União Europeia. Para te ajudar,
tens uma pista sobre cada país.

Horizontais:
1. A capital deste país é Sófia.
3. Mozart, um dos génios da música, é natural
deste país.
6. Um dos símbolos deste país é a Porta de
Brandenburgo.
10. O ponto mais ocidental da Europa fica neste
país.
13. Este país entrou com a Bulgária na UE, no dia
1 de Janeiro de 2007.
14. A capital deste país é Tallin.
15. A bandeira deste país tem três riscas
horizontais de cor amarela, verde e vermelha.
18. Este país tem como vizinhos a Polónia,
Alemanha, Áustria e Eslováquia.
20. Hans Christian Andersen, famoso autor de
histórias para crianças, é natural deste país.
23. O Tribunal de Justiça das Comunidades
Europeias fica sediado neste país.
24. Vincent van Gogh é um conhecido pintor
deste país.
25. Este país é conhecido como o país dos mil
lagos.
26. A capital deste país é Bratislava.
27. O prémio Nobel é atribuído por este país.

Verticais:
2. Neste país podemos visitar a Capela Sistina, pintada por Miguel Ângelo.
4. A Harpa Celta é típica deste país.
5. A capital deste país é atravessada pelo Rio Danúbio que a divide em duas partes:
Buda e Pest.
7. Este é um dos países que foi criado após o desmembramento da Antiga Jugoslávia.
8. O compositor Chopin, o astrónomo Copérnico e o Papa João Paulo II são algumas
das personalidades mais famosas deste país.
9. Este país é o mais pequeno da União Europeia.
11. Este país faz fronteira com a Estónia, Lituânia, Rússia e Bielorússia.
12. Este país é conhecido como o berço da civilização europeia.
16. Este país é composto por quatro territórios: Inglaterra, Escócia, País de Gales e
Irlanda do Norte.
17. Este país é famoso pelo seu chocolate e pelas suas bandas desenhadas, como o
Tintin.
19. A paella e a tortilla são pratos típicos deste país.
21. As línguas oficiais deste país são o grego e o turco.
22. É o maior país da União Europeia.
39
Objetivos Da União Europeia

Atividade 1
Reflexão individual seguida de reflexão em grupo.

Propõe-se aos formandos a seguinte reflexão:


• Imagina que no espaço europeu a que chamamos União Europeia não está consagrado o direito de
livre circulação.
• Tenta assinalar as vantagens e desvantagens que resultariam da ausência desse direito.

Os objetivos que estiveram na origem da atual União Europeia, eram sobretudo de ordem económica, mas
foram-se progressivamente estendendo a outros domínios, nomeadamente a aspetos de ordem social e
política.

Livre circulação:
de pessoas (qualquer pessoa pode trabalhar e residir nos países que fazem parte da UE);

de mercadorias ( livre circulação de produtos entre os vários países);

de serviços (qualquer cidadão, como médico, advogado ou qualquer empresa pode exercer a sua
atividade em qualquer país da União Europeia);

de capitais (qualquer cidadão pode investir o seu dinheiro no país que quiser);

Estes objetivos traduzem-se em aspetos práticos, como por exemplo:


Se quiseres viajar dentro da União Europeia, não precisas de apresentar passaporte;

Um português que resida, por exemplo, em França, tem direito ao voto e pode também ser eleito
para os órgãos do poder local;

Muitas obras construídas em Portugal têm sido financiadas, em parte, por fundos comunitários;

Se viajares para outro país da União Europeia que já tenha adotado o euro não precisas de trocar o
dinheiro, nem de te habituares a outra moeda.

As Origens da União Europeia e do seu Projeto

Na sua origem, este era essencialmente um projeto económico, envolvendo apenas seis países (a Bélgica, a
Holanda, o Luxemburgo, a França, a Itália e a Alemanha) que procuravam a reconstrução das economias

40
europeias no pós-II Guerra Mundial, ao mesmo tempo que procuravam garantir a paz e a estabilidade das
suas sociedades, através da promoção de interdependências económicas e da cooperação.
Hoje, fruto de múltiplas transformações (desde logo introduzidas por diversos tratados e pelos alargamentos
a sucessivos países) este projeto espelha muito mais do que motivações económicas.
Espelha sobretudo a vontade conjunta dos seus estados membros de tornarem a União num forte ator da
política internacional capaz de responder aos grandes desafios económicos, políticos, ambientais,
tecnológicos, demográficos e sociais que caracterizam uma era de crescente globalização.

Cronologia dos Principais Tratados e dos Atuais Estados Membros

1951- Depois da destruição da Segunda Guerra Mundial, alguns países europeus uniram-se para evitar novas
guerras e preservar a paz. Nascia assim a primeira comunidade europeia CECA (Comunidade Europeia do
Carvão e do Aço). O tratado da união foi assinado em Paris em 1951. Os países fundadores foram: a Bélgica,
a Holanda, o Luxemburgo, a França, a Itália e a Alemanha.

1957- Neste ano os países membros da C.E.C.A assinaram dois tratados importantes que deram origem a
duas comunidades importantes, a CEE (Comunidade Económica Europeia) e a EURATOM (Comunidade
Europeia de Energia Atómica).

1973- A Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido passaram a fazer parte da Comunidade Europeia.

1981- A Grécia junta-se à comunidade.

1986- Portugal e a Espanha aderiram e a Comunidade Europeia passou a ter 12 países membros.

1993- A 1 de novembro de 1993, entrou em vigor o Tratado de Maastricht. Com este tratado a CEE deu lugar
à UE (União Europeia).

1995- Foram admitidas a Suécia, a Áustria e a Finlândia. A União Europeia perfazia 15 países membros.

1999- Fez-se o lançamento da moeda única- o EURO. Os países membros que adotaram o Euro foram:
Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Irlanda, Luxemburgo, Itália, Holanda e Portugal.

2001- O tratado de Nice foi assinado neste ano e entrou em vigor a 1 de fevereiro de 2003. O objetivo era
adaptar o funcionamento das instituições europeias, antes da chegada de novos estados membros.

41
2004- Passou a integrar a Estónia, a Letónia, a Lituânia, a Polónia, a República Checa, a Hungria, a República
Eslovaca, a Eslovénia, o Chipre e Malta.

2007- A Roménia e a Bulgária integraram a União Europeia, sendo 27 os países membros. Neste ano Portugal
assumiu a presidência da UE e assinou-se no Mosteiro dos Jerónimos, a 13 de dezembro o Tratado de Lisboa.
Este novo tratado veio implementar novas regras quanto ao funcionamento das instituições europeias, para
que estas se tornem mais próximas dos cidadãos europeus e mais eficazes nas relações com outros países.

2013- Entrada da Croácia.

42
Atividade 1

Escolhe a resposta correta.


1. As comunidades instituídas pelo Tratado de Roma foram:
a)  Comunidade Económica Europeia (CEE) e Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA).
b)  Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e Comunidade Europeia da Energia Atómica
(CEEA ou EURATOM).
c)  Comunidade Económica Europeia (CEE) e Comunidade Europeia da Energia Atómica (CEEA ou
EURATOM).

2. Os principais contributos do Tratado de Roma foram:


a)  criação da moeda única e reforma das instituições comunitárias.
b)  estabelecimento de um mercado único e elaboração de políticas comuns.
c )  instituição da cidadania europeia e estabelecimento de uma Constituição para a Europa.

3. A criação de um mercado único já prevista pelo Tratado de Roma assenta:


a)  na existência de quatro liberdades fundamentais (pessoas, mercadorias, serviços e capitais).
b)  na criação de uma união económica e monetária.
c)  numa colaboração mais estreita no âmbito da Justiça e Assuntos Internos.

4. O Tratado de Maastricht é também conhecido como:


a)  Tratado da União Europeia (TUE).
b)  Tratado da Comunidade Europeia (TCE).
c)  Tratado Europeu (TE).

43
Atividade 2
Preenche o esquema que se segue com o nome dos países que aderiram à União Europeia nas várias etapas
de alargamento.

As Instituições da União Europeia

Para o bom funcionamento da UE foram criadas instituições, que trabalham em conjunto, para que as
decisões sejam justas para todos.
44
As principais instituições da União Europeia são os seguintes:

Parlamento Europeu
Conselho da União Europeia
Comissão Europeia
Tribunal de Justiça

Funções das Instituições da UE

Parlamento Europeu: representa os cidadãos e é por eles eleito.

Conselho da União Europeia: representa os países da União.

Comissão Europeia: representa o interesse geral de toda a União.

Tribunal de Justiça: garante que as leis europeias são respeitadas.

Além das instituições referidas, a União conta ainda com diversos órgãos nomeadamente:

Comité Económico e Social Europeu


Comité das Regiões
Banco Europeu de Investimento (BEI)
Banco Central Europeu (BCE)

Cidadania Europeia

Cidadania europeia, instituída pelo Tratado de Maastricht, é um conjunto de direitos e deveres especiais que
os cidadãos têm pelo facto de pertencerem a um dos países da União Europeia, promovendo uma identidade
comum.

45
Direitos dos cidadãos

✓ Liberdade de circulação e permanência


Qualquer cidadão europeu pode viajar, residir, estudar e trabalhar
em qualquer país da UE.

✓ Direito de voto
Qualquer cidadão europeu tem não só o direito de votar, como de se candidatar, no seu estado membro
de origem ou de residência, às eleições ao Parlamento Europeu e também às eleições municipais.

✓ Direito à informação/transparência
O cidadão europeu pode, em certas condições e com a respetiva autorização, ter acesso à consulta de
documentos das instituições e dos estados membros da UE.

✓ Direito de petição e de recurso ao Provedor de Justiça Europeu


Qualquer cidadão europeu pode apresentar queixas ou pedidos ao provedor, no caso de se sentir
injustiçado pela atuação das instituições ou dos organismos do seu país.

✓ Direito à proteção diplomática


Um cidadão europeu tem o direto de receber ajuda de qualquer país da UE, mesmo estando em países
que não pertençam à União.

✓ Direito do consumidor
Tem como objetivo proteger a saúde, a segurança e os interesses económicos do consumidor.

Programas de Educação e Formação

A União Europeia tem como objetivo criar condições para estimular o desenvolvimento económico, social e
científico dos estados membros, para aprofundar a formação e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos.

46
Estes programas destinam-se a propiciar oportunidades de mobilidade e de enriquecimento pessoal e
social, apoiar a formação dos cidadãos, em particular dos mais jovens. Destacam-se os seguintes:

ERASMUS → financia a mobilidade de estudantes do ensino superior.

LEONARDO DA VINCI → proporciona a recém-licenciados em formação


profissional inicial, a pessoas presentes no mercado de trabalho e a
profissionais de educação e formação profissional a possibilidade de
realização de uma experiência em contexto de trabalho numa organização noutro país participante
no programa que não o seu.

COMENIUS → visa o intercâmbio de saberes entre escolas da UE.

47
Atividade 1

Para cada uma das seguintes afirmações escreve a letra correspondente a Verdadeira (V) ou Falsa (F) e
corrige as falsas.

 a) A União Europeia apoia financeiramente quem decidir estudar temporariamente noutro país.
 b) O Parlamento Europeu reúne os chefes de estado e do governo de todos os estados membros da
UE.

 c) Os estudos efetuados noutro país são reconhecidos no nosso país.


 d) Os alunos do ensino básico não podem participar em programas comunitários.
 e) Só posso fazer um estágio num país da UE se o estabelecimento de ensino participar no programa
europeu Leonardo da Vinci.

 f) A sede da comissão Europeia está sediada no Luxemburgo.


 g) A criação da Europol (polícia europeia) foi uma medida tomada para combater o crime organizado.
 h) Um cidadão de outro país da UE não pode ser Presidente de uma Câmara Municipal em Portugal.
 i) Um dos direitos europeus é ser eleito nas eleições ao Parlamento Europeu e também nas eleições
municipais.

Atividade 2

Visita o site http://europa.eu, pesquisa os separadores abaixo mencionados e regista as informações mais
pertinentes:
• Trabalhar na UE;
• Educação e juventude;
• Viajar na UE;
• Compras.

48
O Multilinguismo Da União Europeia

A União Europeia assenta no princípio de que a diversidade de línguas dos seus estados membros é uma
riqueza que deve ser protegida e valorizada.
A aprendizagem de línguas e a diversidade linguística contam-se entre as prioridades do programa «Erasmus
para Todos» de 2014-2020.
Na UE falam-se cerca de 60 línguas das quais 24 são línguas oficiais:

UNIÃO EUROPEIA

24 Línguas Oficiais

Alemão Esloveno Húngaro Maltês

Búlgaro Espanhol Inglês Neerlandês

Checo Estónio Irlandês Polaco

Croata Finlandês Italiano Português

Dinamarquês Francês Letão Romeno

Eslovaco Grego Lituano Sueco

O primeiro regulamento da UE sobre o seu regime linguístico foi aprovado em 1958. Especificava que as
línguas oficiais e de trabalho da União eram o alemão, o italiano, o francês e o neerlandês, isto é, as línguas
dos países membros da altura. À medida que mais países foram aderindo à União Europeia, o número das
línguas oficiais foi aumentando. Todavia, o número destas é inferior ao dos Estados-Membros, uma vez que
algumas são comuns a mais do que um país.
Devido a condicionalismos de tempo e orçamentais, relativamente poucos documentos são traduzidos
para todas as línguas. Regra geral, a Comissão Europeia utiliza o inglês, o francês e o alemão como línguas
processuais, enquanto as línguas das traduções que o Parlamento Europeu fornece variam consoante as
necessidades dos deputados.

As línguas mais faladas na União Europeia são: inglês, alemão, francês, espanhol e italiano.
Cada estado membro, quando adere à União, decide a língua ou línguas que pretende declarar como
línguas oficiais da UE.
A pessoa mais multilingue na Comissão Europeia é o tradutor da Comissão Europeia Ioannis Ikonomou,
que fala 32 línguas.

49
O Português no espaço da UE
Na União Europeia, cerca de 3% da população fala português. A língua portuguesa é falada em Portugal,
no Luxemburgo e Andorra (onde é uma importante língua minoritária) e ainda, em comunidades da Bélgica,
França, Suíça e Alemanha.

Atividade 1

Faz corresponder a língua ao país onde é falada.

PAÍS LÍNGUA PAÍS LÍNGUA


Alemanha Alemão Hungria
Áustria Irlanda
Bélgica Itália
Bulgária Letónia
Chipre Lituânia
Croácia Luxemburgo
Dinamarca Malta
Eslováquia Países Baixos / Holanda
Eslovénia Polónia
Espanha Espanhol Portugal Português
Estónia Reino Unido Inglês
Finlândia República Checa
França Francês 2. Roménia
Grécia Suécia
Seria uma única língua uma solução para todos?

3. Qual a vantagem de aprender línguas?

50
Atividade 2
Completa os retângulos.

51
Atividade 3
Acede ao site www.storyboard.pt/multilinguismo, separador Jogos, e parte à descoberta das línguas da UE.

O Euro- moeda única para vários países da União Europeia

No ano de 1999 vários países da União Europeia adotaram uma moeda única, o euro (€), que entrou em
circulação em 2002. A pouco e pouco houve adesões e atualmente são 18 os países da zona Euro.
O nome desta moeda foi escolhido na sequência de vários debates. Ficou euro por ser fácil de pronunciar em
todas as línguas e por não ser derivado do nome de nenhuma das moedas nacionais.
Por outro lado, o símbolo do euro foi inspirado na letra grega “épsilon”, invocando assim o berço da
civilização europeia e a primeira letra da palavra Europa.

PAÍSES DA ZONA EURO

Alemanha Espanha Irlanda


Áustria Estónia Itália
Bélgica Finlândia Letónia
Chipre França Luxemburgo
Eslováquia Grécia Malta
Eslovénia Holanda Portugal

A Zona Euro
A zona euro compreende a área formada pelo conjunto dos estados membros que adotaram o euro como
moeda oficial, e engloba atualmente 18 países.
A adesão à zona euro é exclusiva a estados membros da UE e extensível a todos, requerendo no entanto o
cumprimento dos critérios de convergência estabelecidos pelo Tratado da União Europeia.

Vantagens da moeda única Euro


• É mais fácil viajar pela UE;
• Facilita as trocas comerciais;
• Assegura a transparência dos mercados;
• Contribui para o desenvolvimento das atividades económicas;
• Diminui os custos de transação, devido à eliminação dos câmbios;
• Diminui os riscos nos negócios com países não pertencentes à UE (o euro é uma moeda forte);

52
Desvantagens do Euro
• Perda de soberania sobre a taxa de câmbio e a taxa de juro;
• Perda de autonomia, por parte dos governos, na condução das políticas monetária e cambial, pois as
decisões a este nível são tomadas pelo Banco Central Europeu (BCE);
• Problemas de arredondamento nos preços;
• Antes da adoção do Euro, alguns países, como é o caso de Portugal, recorriam à desvalorização da
moeda como estratégia para aumentar as exportações, tornando-as mais competitivas, e,
simultaneamente, desencorajar as importações, e agora já não o podem fazer.

Notas e moedas

As notas de euro são iguais em todos os países da zona euro. As moedas possuem uma face comum e
uma face nacional específica para cada um dos países. Apesar das diferenças de cunhagem nas moedas,
podem ser utilizadas indistintamente em toda a zona euro.
A responsabilidade sobre autorização de emissão de notas e aprovação da cunhagem de moedas pertence
ao Banco Central Europeu. Aos bancos centrais nacionais cabe a responsabilidade de emissão e colocação
em circulação das notas da zona euro.

Características específicas das notas e moedas Euro

As notas de euro têm características que facilitam a sua utilização por cidadãos com deficiência visual:
▪ As notas de euro possuem dimensões, em função da sua denominação. Quanto maior for o valor da
nota, maior é a sua dimensão.

▪ Cada denominação possui uma cor própria, que contrasta com as cores das notas de denominação
imediatamente inferior e superior;

▪ Os algarismos referentes ao valor das notas são impressos em caracteres de grande dimensão;

▪ A frente das notas de 200 e 500 euros incluem marcas táteis, cuja localização varia consoante a
denominação: as marcas foram impressas no bordo inferior das notas de 200 euros e na margem
direita das notas de 500 euros.

As moedas apresentam variações em diâmetro, massa, cor e composição, assim como um bordo diferente
em cada denominação.
A estreita cooperação com a União Europeia de Cegos assegurou que as moedas de euro fossem fáceis de
utilizar pelos cegos e amblíopes. Para tal contribuem as seguintes características:

53
As diferentes formas, cores e bordos: serrilhas, ondulações e ranhuras tornam mais fácil distinguir os valores.

Nota (euro) Estilo arquitetónico representado


O que representam as notas de euro?
5 Clássico
Os desenhos das notas reproduzem estilos 10 Românico
arquitetónicos de sete períodos da história 20 Gótico
cultural europeia. 50 Renascentista
100 Barroco e Rococó
200 Arquitetura em Ferro e Vidro
500 Arquitetura moderna do século XX

Outras características que se podem observar nas notas de euro

Bandeira
da UE

O que representam as faces comuns das moedas?


As faces comuns representam três mapas diferentes da Europa. No fundo são representadas as 12 estrelas
da UE. As moedas de euro foram desenhadas pelo belga Luc Luycx, que concebeu três desenhos para a face
comum das moedas, com base no tema “Objetivos e ideais da União Europeia”. O desenho original apresenta
variações do mapa da União Europeia, num fundo de linhas paralelas que unem as 12 estrelas da bandeira
da UE.

54
Atividade 1

Assinala a resposta correta.

1. Quando entraram em circulação as notas e moedas do euro?


a)  1986.
b)  2002.
c)  1999.

2. Os países que não fazem parte da zona euro são:


a)  Espanha e Eslovénia.
b)  Eslováquia e Chipre.
c)  Suécia e Dinamarca.

3. Quantas notas de Euro diferentes existem?


a)  seis.
b)  sete.
c)  oito.

4. É possível identificar, pelo número de série da nota, o país onde foi produzida. Que letra identifica
as notas produzidas em Portugal?
a)  J
b)  L
c)  M

5. O nome euro da moeda europeia foi escolhido:


a)  por causa do campeonato europeu de futebol.
b)  porque é uma palavra fácil de pronunciar em todas as línguas.
c)  porque é um nome fácil de fixar.

55
6. A adoção do euro tem várias vantagens. Qual das afirmações é verdadeira?
a)  Torna mais baratas as viagens entre os países que adotaram o euro porque deixaram de
existir os custos com os câmbios.
b)  Todos os cidadãos da zona euro aumentaram automaticamente os salários.
c)  A economia europeia fica mais forte e estável.

7. Que instituição emite as notas de Euro em Portugal?


a)  Direção Geral do Tesouro.
b)  Banco de Portugal.
c )  Governo.

8. No dia 2 de maio de 2013 entrou em circulação uma nova nota. Qual o seu valor?
a)  5 euros.
b)  10 euros.
c)  500 euros.

9. Que imagens aparecem na face comum das moedas?


a)  Imagens da União Europeia ou da Europa, simbolizando a unidade da UE.
b)  Símbolos nacionais de cada país.
c)  A arquitetura tradicional dos países europeus.

Atividade 2
Parte à descoberta do interessante mundo das notas e moedas de euro.
Visita o site https://www.bportugal.pt/pt-PT, correspondendo aos seguintes passos:
• notas e moedas
• material educativo
• eurocorrida

56
Adesão de Portugal à UE

 Porquê aderir?
Portugal aposta no
Após a instabilidade social e política vivida antes e
setor de
depois do 25 de abril, gerada por autoritarismos
desenvolvimento
de sinais contrários, a integração de Portugal
industrial
numa comunidade de nações que vivem, nalguns
casos há séculos, numa democracia estabilizada
contribuiu para o enraizamento e consolidação da
nossa jovem democracia.

Perspetiva económica

Vantagens para Portugal da Integração Económica


Intensificação da concorrência
Viabilização de projetos pelo redimensionamento do mercado
Aumento do poder negocial perante terceiros
Formulação mais coerente da política económica
Premência de introdução de reformas estruturais
~

Atividade

1.Lê atentamente os textos que se seguem.


História de Sinem:

57
Decorrido um ano após a sua viagem de estudos a Londres, Sinem anseia pela chegada a Ankara das quatro
amigas que ali a acompanharam. Desde que saiu de Londres, apenas têm falado através do Messenger e do
Facebook.
“Estou feliz pela Sinem, mas ao mesmo tempo muito preocupada. A nossa família não olha com bons olhos
para este contacto tão próximo com raparigas que não usam o véu islâmico. Acham que pode ser uma má
influência para a nossa filha”, desabafa a mãe de Sinem.

História de Gravail:
Meses depois do sequestro que o deteve longe da família durante duas longas semanas, Gravail não
consegue ainda sair de casa sozinho. Este rapaz de 14 anos, habituado a jogar à bola nas ruas de Sófia com
os amigos, foi uma das vítimas de um dos sérios problemas da Bulgária: o crime organizado. “A entrada para
a União Europeia tranquiliza-nos. Para cumprir as metas impostas, o governo tem exercido uma enorme
pressão no combate a este grave problema”, afirma Ivan Stoichkov, dirigente da polícia búlgara, responsável
pela resolução do sequestro de Gravail.

58
Ficha Síntese

1. Completa a legenda com o nome dos países da UE.


1. __________________________
2. __________________________
3. __________________________
4. __________________________
5. __________________________
6. __________________________
7. __________________________
8. __________________________
9. __________________________
10. __________________________
11. __________________________
12. __________________________
13. __________________________
14. __________________________
15. __________________________
16. __________________________
17. __________________________
18. __________________________
19. __________________________
20. __________________________
21. __________________________
22. __________________________
23. __________________________
24. __________________________
25. __________________________
26. __________________________

27. _________________________ 28. ________________________

59
2. Completa as frases.

A União Europeia nasceu após a ________________________________________ com o objetivo de


preservar a _____________________ e a _____________________ na Europa. Este princípio pressupõe
que os países economicamente mais _____________________ ajudem os países que têm
maiores_____________________.
3. Completa os marcos importantes do processo da construção europeia.
a) Em 1951, nasceu a primeira Comunidade - a Comunidade _________________do________________ e
do_________________ (CECA) - Tratado de Paris.
b) Em ________ são criadas duas novas comunidades, com a assinatura do Tratado de Roma: a
___________________ e a __________________.
c) Um alargamento da União Europeia consiste no ________________ do número de ____________ da
União.

4. Assinala a resposta correta.


I) A bandeira da União Europeia tem doze estrelas douradas em círculo sobre fundo azul porque:
a)  "Ouro sobre azul" é sinal de harmonia, paz e equilíbrio universal.
b)  Um círculo de estrelas é sinal de vitória.
c)  As estrelas num fundo de céu simbolizam estar voltado para o futuro.

II) O Hino da Alegria, que foi escolhido para ser o hino da União Europeia, foi composto por:
a)  Rossini.
b)  Mozart.
c)  Beethoven.

III) O tratado que criou a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço é conhecido por:
a) Tratado de Roma.
b) Tratado de Paris.
c) Tratado de Maastricht.

IV) Portugal aderiu à Comunidade Europeia em:


a)  1983.
b)  1986.
c)  1990.

V) O dia da Europa é:
60
a)  5 de outubro.
b)  25 de abril.
c)  9 de maio.

VI) Quantos países utilizam o Euro?


a)  12.
b)  18.
c)  15.

VII) A data de nascimento do Euro foi:


a)  1999.
b)  1998.
c)  2002.

VIII) A partir do Tratado de Maastricht, em 1992, a Comunidade alterou a sua nomenclatura para:
a)  Comunidade Económica Europeia.
b)  União Europeia.
c)  Comunidade Europeia.

IX) A moeda Euro:


a)  É igual para todos os países da UE.
b)  Tem uma das faces diferente em cada país.
c)  Tem um rebordo diferente em cada país.

X) Ao conjunto dos países que aderiram ao Euro chama-se:


a)  Sistema Monetário Europeu.
b)  Zona Euro.
c)  Moeda Única.

XI) Estes são alguns países onde circula o Euro como moeda nacional:
a)  Eslovénia, Eslováquia, Estónia, Chipre, Países Baixos.
b)  Finlândia, Espanha, França, Dinamarca, Bulgária.
c)  Alemanha, Áustria, Lituânia, Letónia, Grécia.

5. Refere duas vantagens da utilização da moeda única nos países que a adotaram.

6. Diz o que é a cidadania europeia.

7. Identifica os países fundadores da UE.


61
8. Estabelece a ligação correta entre as colunas A e B.

A B
1) A Comissão Europeia . . a) representa os cidadãos e é por eles eleito.

2) O Conselho da União Europeia . . b) garante que as leis europeias são


respeitadas.

3)O Parlamento Europeu . . c) representa os países da União.

6) O Tribunal de Justiça . . d) representa o interesse geral de toda a


União.

62
Ficha de Consolidação de Competências

Grupo I

1. Apresenta os símbolos da União Europeia.

1.1. Identifica o lema adotado e refere o seu significado.

1.2. Nomeia o hino e o seu compositor.

1.3. Descreve a bandeira e apresenta a simbologia dos elementos que a compõem.

1.4. Refere a data comemorativa da União.

2. Aponta duas vantagens da moeda única, ilustradas em cada uma das imagens.

A moeda oficial da UE é o euro, adotado por _____dos _____


países-membros da organização.
Entrou em circulação em ____/____/_______.
Com o Euro é mais fácil ________________ nos países da
União Europeia porque não temos que ________________
dinheiro.
Também é muito mais fácil fazer _________________ na UE.

2.1. O mercado comum, também designado por mercado único, constitui uma das maiores realizações da
União Europeia.

2.1.1. Indica as quatro liberdades de circulação caraterísticas do mercado comum.

63
3. Assinala Verdadeiro (V) ou Falso (F).

 a) Ao entrar em vigor o Tratado de Maastricht, a CEE passou a designar-se CE.


 b) A UE começou com seis estados membros.
 c) A UE funciona como uma equipa: as mesmas ideias, as mesmas regras e os mesmos objetivos.
 d) A Suíça faz parte da Europa e da União Europeia.
 e) O país da UE com maior superfície é França e o menor é a Lituânia.
 f) A ideia que deu origem à União Europeia foi avançada pelo francês Robert Schuman.
 g) O inglês e o polaco são línguas oficiais da União Europeia.
 h) As línguas oficiais da União Europeia são 28.
3.1. Corrige as afirmações falsas.

4. Associa cada elemento da coluna A ao único elemento da coluna B que lhe corresponde, de modo a
identificares a função de cada uma das instituições da UE.

COLUNA A (Instituições da UE) COLUNA B (Função das Instituições da UE)

(a) O Conselho da União Europeia (1) representar o interesse geral de toda a União.

(2) representar os estados membros da União.


(b) O Parlamento Europeu
(3) representar os cidadãos.

(4) verificar a legalidade e a regularidade das receitas e


(c) A Comissão Europeia despesas da União.

(5) garantir que as leis europeias são respeitadas.


(d) O Tribunal de Justiça
(6) distribuir verbas para os países da União.
a) ____ b) ____ c) ____ d) ____

5. Assinala com  a resposta correta.

5.1. O país que não foi membro fundador da União Europeia é:

64
a)  Alemanha.
b)  Itália.
c)  França.
d)  Espanha.

5.2. A Cidadania Europeia é:


a)  o conjunto dos cidadãos pertencentes à UE.
b)  o conjunto de direitos e deveres dos cidadãos pertencentes à UE.
c)  o conjunto de todos os cidadãos europeus.

5.3. Estes são alguns países onde circula o Euro como moeda nacional:
 a) Eslovénia, Eslováquia, Estónia, Chipre, Países Baixos.
 b) Finlândia, Espanha, França, Dinamarca, Bulgária.
 c) Alemanha, Áustria, Lituânia, Letónia, Grécia.

5.4. A Zona do Euro refere-se:


 a) à economia dos países da União Europeia.
 b) aos países que utilizam o Euro como moeda comum.
 c) à moeda utilizada pelos países da União Europeia.

6. Ao longo do tempo a União Europeia foi palco de sucessivos aprofundamentos dos seus objetivos e de
sucessivos alargamentos.

6.1. Define alargamento.

7. Refere em que é que consiste um tratado da UE.

7.1. Nomeia quatro tratados da União Europeia.

7.2. Identifica o último tratado acordado pelos países membros da UE.

65
Grupo II
A União Europeia (UE) está empenhada no desenvolvimento sustentável.
1. Lê Para
atentamente o texto que
tal é necessário se segue. cuidadoso entre a prosperidade económica, a justiça social e um
um equilíbrio
ambiente saudável. De facto, quando visados em simultâneo, estes três objetivos podem reforçar-se
15
10 mutuamente. As políticas que favorecem o ambiente podem ser benéficas para a inovação e a
competitividade. Por sua vez, estas impulsionam o crescimento económico, que é vital para atingir os
objetivos sociais.
O desenvolvimento sustentável envolve assim a proteção e a melhoria da qualidade do ambiente. À
escala global, isso significa proteger a capacidade da Terra para albergar a vida em toda a sua diversidade,
respeitando os limites dos recursos naturais do planeta.
Inquéritos realizados têm demonstrado invariavelmente que a vasta maioria dos cidadãos da UE espera
que os responsáveis políticos prestem tanta atenção à política ambiental como à política económica e à
social.
É por isso que a UE se esforça por assegurar que as suas decisões em cada um destes três domínios –
económico, social e ambiental – não produzam efeitos adversos nos outros dois. Em consequência,
quando são tomadas decisões, por exemplo, sobre agricultura, pescas, transportes, energia, comércio ou
desenvolvimento, as implicações ambientais são sempre tidas em consideração.
As decisões da UE sobre política ambiental baseiam-se numa série de princípios fundamentais. É
melhor prevenir que remediar: é melhor tratar a poluição na fonte do que tratar do seu impacto. Os
poluidores devem pagar pela poluição que causam – e, se houver indicações fortes de um problema
ambiental emergente, são tomadas medidas de precaução, mesmo sem confirmação científica completa.
Uma política ambiental ao nível da UE faz sentido, dado que todos os seus cidadãos têm direito ao
mesmo nível de proteção do ambiente e que as empresas têm direito a desenvolver a sua atividade em
condições equitativas de concorrência. Contudo, um princípio-chave é a flexibilidade. Tanto quanto
possível, devem ser tidas em conta circunstâncias nacionais diferentes, sendo preferível que algumas
decisões sejam tomadas a nível local.

http://www.ec.europa.eu (25/03/2007) (texto adaptado)

GLOSSÁRIO:
albergar (linha 8) – conter, acolher
emergente (linha 20) – que emerge, desponta, começa a surgir.
equitativas (linha 24) – em que há equidade, que são justas, imparciais.
66
2. Escreve a letra correspondente a Verdadeira (V) ou Falsa (F), de acordo com o sentido do texto.

____ 2.1. O desenvolvimento sustentável é um compromisso da União Europeia.

____ 2.2. Preocupações económicas, sociais e ambientais são incompatíveis.

____ 2.3. As políticas económicas, sociais e ambientais da UE pretendem constituir-se como um sistema
interdependente e equilibrado.

____ 2.4. O desenvolvimento sustentável tem como objetivo encontrar formas de tornar infinitos os
recursos naturais da Terra.
____ 2.5. Os cidadãos europeus esperam que seja dada atenção semelhante à política ambiental, à
económica e à social.

____ 2.6. É relevante ter em consideração, ao serem tomadas decisões sobre agricultura ou pescas, as
suas consequências em termos ambientais.

____ 2.7. Embora esteja instituído o princípio do poluidor-pagador, a UE privilegia uma política de
prevenção.

____ 2.8. Uma confirmação científica absoluta da causa de um problema ambiental é indispensável à
atuação da UE.

3. Assinala com  a resposta correta.


3.1. No quarto parágrafo (linhas 10-12), a utilização do advérbio «invariavelmente» revela que os
resultados dos inquéritos têm sido…
 A. contraditórios.
 B. constantes.
 C. inconclusivos.
 D. divergentes.

3.2. A palavra «flexibilidade» (linha 24) significa a qualidade do que é…


 A. frágil.
 B. débil.
 C. sensível.
 D. adaptável.

3.3. Na política ambiental da UE pretende-se…


 A. um compromisso entre as normas europeias e os contextos nacionais.
 B. o respeito absoluto pelas normas da UE.
 C. o cumprimento exclusivo das normas de cada país.
67
 D. a aplicação restrita das políticas económicas dos países da UE.

Grupo III

1. Seleciona 10 capitais e indica em que países da União Europeia se encontram, assinalando no mapa o
respetivo número.

1- Sófia 5- Berlim 9- Madrid 13- Riga 17- Valeta 21- Lisboa 25- Helsínquia
2- Bruxelas 6- Tailim 10- Paris 14- Vilnius 18- Amesterdão 22- Bucareste 26- Estocolmo
3- Praga 7- Dublim 11- Roma 15- Luxemburgo 19- Viena 23- Liubliana 27- Londres
4- Copenhaga 8- Atenas 12- Nicósia 16- Budapeste 20- Varsóvia 24- Bratislava 28- Zagreb

68
Proposta de Trabalho Individual

TEMA
Países da União Europeia

OBJETIVOS
• Localizar os países da União Europeia.
• Conhecer algumas especificidades dos países da União Europeia.
• Relacionar a realidade geográfica com a realidade linguística.
• Ter consciência da existência de possíveis estereótipos face a determinados países.

TAREFA
• Selecionar um país da UE;
• Apresentar o país escolhido investigando a informação que se segue: bandeira; capital; população;
países vizinhos; idioma(s) falado(s); ano de adesão à UE; moeda e cultura (tradições, gastronomia,
música, dança).

METODOLOGIA DE TRABALHO
1. Realização de um trabalho individual em suporte de PowerPoint.
2. Inserção de vídeos, mapas, gráficos e/ou imagens.
3. Utilização de uma linguagem clara (português de Portugal e não a variante do Brasil).
4. Elaboração de introdução, conclusão e referência a fontes.

69
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS
Tendo em conta o desempenho dos/as formandos/as na realização das tarefas propostas, irá proceder-se à
avaliação, usando a grelha apresentada na página seguinte.

Insuficiente Suficiente Bom Muito Bom


Parâmetro
(5-9) (10-13) (14-17) (18-20)

PESQUISA, RECOLHA E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

A informação recolhida Foi recolhida a informação Foi recolhida e trabalhada


Informação Foi recolhida informação
ficou aquém do que foi essencial para a elaboração bastante informação e de
recolhida adequada ao tema.
pedido. do trabalho. excelente qualidade.

A informação recolhida
A informação recolhida A informação encontra- está organizada com uma
Organização da A informação recolhida está
está desorganizada e -se organizada com estrutura bastante
informação organizada coerentemente.
não é coerente. alguma coerência. coerente e é explícita.

CONCEÇÃO

Revela insuficiente Revela excelente rigor


Rigor científico informação sobre o Revela rigor científico. Revela bom rigor científico. científico e uma boa
tema. seleção da informação.

Revela excelente
Revela alguma Revela criatividade e criatividade e muita
Criatividade É pouco criativo.
criatividade. originalidade. originalidade.

Apresentação clara e Apresentação objetiva e


Linguagem Apresenta uma escrita Apresentação clara.
objetiva. motivadora.
pouco clara.

Aspeto bastante atrativo,


Razoável escolha de Aspeto atrativo, materiais
Aspeto gráfico Aspeto pouco atrativo. materiais bem escolhidos
materiais. bem escolhidos.
e bem compilados.

70
6. AVALIAÇÃO

Parte integrante da linha metodológica selecionada, a avaliação será entendida como elemento
regulador da aprendizagem. Assim, a planificação das práticas de avaliação não se reveste de um carácter
autónomo; ela faz parte do processo de gestão das aprendizagens, contribuindo para o fornecimento de
informação relevante na perspetiva da formadora e na dos formandos.
Por outro lado, importa que os formandos possam perspetivar os seus progressos, envolvendo-se na
construção progressivamente mais consciente das aprendizagens.
Assim, tornados claros para os formandos, num processo de corresponsabilização, os objetivos a atingir,
as tarefas a desenvolver e os critérios de execução esperados, a formadora ajudará cada formando a
encontrar os domínios em que, eventualmente, seja necessário modificar o seu desempenho. Releva-se, pois,
o carácter formativo da avaliação, em que o diagnóstico tem uma função instrumental.

71
7. CONCLUSÃO

Este manual visou constituir uma ferramenta pedagógica, no âmbito da UFCD Portugal e a Europa,
de apoio aos formandos na descoberta do sistema político português e na viagem pelos países da União
Europeia.
Ao longo deste documento enunciaram-se as linhas orientadoras para a aplicação da metodologia
promovendo, desta forma, a uniformização de conceitos e linguagem entre os intervenientes do projeto.
Acreditando que o processo de ensino-aprendizagem é multifacetado e passível de diversas
interpretações conforme o meio em que se desenvolve, este manual não pretende ser “receita acabada”;
ele, apenas sugere atividades sobre os conteúdos numa perspetiva construtivista e coletiva do
conhecimento.

72
8. BIBLIOGRAFIA/ WEBGRAFIA

BIBLIOGRAFIA
OLIVEIRA, C. (dir.) (1996). História dos Municípios e do Poder Local (dos princípios da Idade Média à União
Europeia). (2 vols.). Lisboa: Temas e Debates.
BÉRENGER, J. et al. (1996). História Geral da Europa. Do Começo do Século XIV ao Fim do Século XVIII. (vol.
2). Mem Martins: Publicações Europa-América.
ROSA, Maria João Valente; CHITAS, Paulo (2013).Portugal e a Europa: os Números. Editora Fundação
Francisco Manuel dos Santos
ROCHA, Isabel.(2013).Tratados da União Europeia. Porto Editora
VALÉRIO, Nuno. (2010). História da União Europeia. Editora Presença

WEBGRAFIA
http://dre.pt/
http://www.dge.mec.pt/educacaocidadania
http://www.portugal.gov.pt/
http://www.parlamento.pt/Parlamento/Paginas/default.aspx
http://www.eurocid.pthttp://www.seap.gov.pt/vozes
http://www.presidencia.pt/
http://www.min.nestrangeiros.pt/politica/europeia/portugal
http://www.minerva.uevora.pt/publicar/ct_cidadania/ct_quest10.htm
http://www.eurocid.pt.
http://europa.eu
http://www.sitiodosmiudos.pt
http://users.erols.com/mwhite28/20centry.htm
http://www.euroatlas.com
www.youtube

73

Você também pode gostar