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A revolução

neolítica
• Após cerca de 250 mil anos de resfriamento, o
planeta experimentou um aquecimento global que
provocou alterações no meio ambiente em torno de
10.000 a.C.
• O derretimento das geleiras elevou o nível dos
mares, favoreceu a formação de rios e lagos de
água doce. Como a umidade atmosférica
aumentou, também as chuvas começaram a
acontecer com mais frequência.
• No continente africano aconteceram grandes
mudanças. O deserto do Saara, que até esse
período era seco e inóspito, teve então períodos de
chuvas, que reduziram sua área.
• Os grandes maciços do Tibesti e do Hoggar, hoje
sem vegetação, eram cobertos por florestas de
carvalho e nogueiras. As encostas mais baixas,
como a de Tassili, Ennedi e Air eram cheias de
oliveiras e pinheiros.
• Com os novos rios e lagos aparecendo, a pesca
tornou-se maior, permitindo que as pessoas
estabelecessem moradia fixa.
• A região também teve maior presença de elefantes,
hipopótamos, rinocerontes, crocodilos, aves
aquáticas, girafas, búfalos e leões.
• O modo de vida das populações ribeirinhas fez
dessa região o cenário de transição da coleta para o
cultivo.
• Mediado por relações sociais e divisões nas
comunidades, o trabalho surge como processo de
constituição da humanidade e torna-se uma
característica da condição humana. A série de
transformações feitas pelo homem através do
trabalho chama-se revolução neolítica.
• Dominando conhecimentos elementares da
agricultura, o homem aproveitou os terrenos
irrigados e desenvolveu a horticultura, o plantio de
tubérculos e cereais.
• Ao lado das pequenas hortas, desenvolveu-se a criação
de animais, provavelmente pela entrega de filhotes aos
cuidados das mulheres e filhos. Cães, aves, porcos,
renas, camelos, ovelhas, cavalos e bois podem ter sido
os primeiros animais a serem domesticados.
• Isso favoreceu o aumento populacional. Os grupos
humanos dividiam-se sempre que havia crescimento no
bando. Essa dispersão oferecia melhores condições de
sustento do grupo, além de evitar brigas.
• Quando a extensão de terras cultiváveis não era
suficiente para alimentar a todos, geralmente os
homens mais jovens com suas mulheres se retiravam e
criavam outra aldeia.
• A criação de vínculos de solidariedade mais
permanentes ocorreu com a regulação das relações
sexuais: incesto e poligamia. Essas transformações
revelam a passagem do acasalamento natural para
a união social(da fecundação realizada no período
do cio para a prática sexual com restrições).
• Até então, os homens encarregavam-se da caça e da
fabricação de ferramentas, e as mulheres da coleta
e cuidado dos filhos. Agora os homens
encarregavam-se também da derrubada de árvores,
a preparação da terra, o cuidado dos animais e a
proteção do grupo, e as mulheres semeavam,
colhiam, preparavam alimentos, fiavam, teciam, e
produziam utensílios.
• A vida sedentária favoreceu o aperfeiçoamento das
construções, com moradias construídas de barro
misturado com palha, modelado em forma de
madeira e seco ao sol. As construções ficavam
próximas às áreas de plantação.
• A concentração de produtores e o aperfeiçoamento
de técnicas favoreceram a fabricação de
ferramentas, como enxadas e foices, bem como de
utensílios, sobretudo para cozinhar, como vasos,
jarros e potes feitas de cerâmica.
• A marcenaria rudimentar permitiu a criação de
depósitos e silos para a armazenagem de grãos.
• A conversão de fibras naturais em fios, que então
viravam tecidos, também aconteceu nesta época. As
vestes feitas de lã, linho e algodão, que eram mais leves
que as feitas com peles de animais, eram mais
apropriadas para o trabalho.
• A partir de 6.000 a.C. aconteceu uma nova mudança
climática, que levou ao progressivo ressecamento de
grandes territórios, desde o Saara até a Ásia Central,
forçando assim as populações a migrarem.
• Na região saariana as populações se deslocaram para
os vales fluviais: ao norte, em direção ao Mediterrâneo;
ao sul, em direção ao lado Chade e ao vale do rio Níger;
ao leste, em direção ao vale do rio Nilo. As populações
que ficavam na península Arábica foram em direção ao
vale dos rio Tigre e Eufrates.
• Os vestígios mais antigos da transição das culturas
de caçadores e coletores para a de agricultores
foram encontrados no vale do rio Jordão, em Jericó,
na Palestina. Escavações arqueológicas permitiram
demonstrar a sucessão dos vários períodos de
ocupação do local. Por volta de 9.000 a.C. uma
população habitava as proximidades das nascentes
de água. As cabanas onde moravam eram feitas de
tijolos de barro, que eram feitos a mão, secos ao sol
e arredondados na parte superior.
Exercícios:
• 1) Quais foram as consequências das mudanças
climáticas que aconteceram a cerca de 250 mil
anos?
• 2) Como surge o trabalho?
• 3) Como era a vida do homem nesse período?
• 4) Quando os bandos costumavam se dividir? E
como acontecia essa divisão?
• 5) Como eram dividas as tarefas entre homens e
mulheres nesse período?
• 6) O que aconteceu a partir de 6.000 a.C.?

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