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UNIDADE II

A CIDADE

Obra de Burle Marx


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Português II – Profª. Flavia Mozo

A CIDADE
CONCEITO
Ao observarmos fotos, revistas, jornais e filmes
antigos vemos como os fatos eram diferentes
do mundo de hoje. As roupas das pessoas,
os projetos de suas casas, os móveis, os carros,
dentre outros. Fazer visitas e passeios a museus
também nos ajuda a descobrir essas diferenças,
pois nestes são encontrados objetos que
retratam diferentes épocas e fatos históricos.
As cidades existem desde a pré-história, e vêm
sofrendo transformações em razão das
necessidades do homem.

No século XIX, surgiram as primeiras indústrias,


as facilidades que trouxeram para a vida do
homem aceleraram o crescimento das cidades.

Onde havia indústrias a população era maior,


pois era uma forma das pessoas procurarem
emprego.
Outro motivo que influenciou no crescimento
das cidades foram as grandes plantações de
café. Nas fazendas também havia grandes
concentrações de pessoas para cuidar das
lavouras e fazer a colheita. Os imigrantes,
pessoas de outros países que vieram para o
Brasil, foram os grandes responsáveis por esse
trabalho, pois ofereciam mão-de-obra mais barata para os senhores do café.
Coroa de D. Pedro II e Indústria do século XIX

Hoje em dia é muito diferente. A


modernidade deixou a vida mais
agitada e as cidades mais completas.
Nelas podemos encontrar esportes,
lazer, cultura, arte, trabalho, um grande
comércio, várias indústrias, além dos
governantes que cuidam dos problemas
e dos interesses de seu povo.

Imigrantes em colheita de café e uma


cidade dos dias de hoje
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Singularidades no mapa
Escrito por Bruno Hoffmann
Que o Brasil é um país original está todo mundo cansado de saber. Mas o que dizer das
curiosidades, particularidades e esquisitices dos nossos municípios?

Dizem que Deus fez a natureza. E o homem, as cidades. E por aqui parece que resolvemos
caprichar: as fizemos de todos os tipos e para todos os gostos. São mais de 5.550 municípios
espalhados por nossos 8,5 milhões de quilômetros quadrados, cada qual com suas peculiaridades e
encantos – além de nomes pra lá de inusitados. Tem uns que soam como verdadeiros alertas:
Quebra-Freio, Corta-Mão, Não-Me-Toque. Outros parecem mais convites aos viajantes: Venha-Ver,
Passa-e-Fica, Passe-Bem. E tem ainda os bucólicos: Bela Solidão, Chá de Alegria, Bem-Bom. Outros
são simplesmente inclassificáveis. O que dizer, por exemplo, de Jacaré dos Homens, Recursolândia,
Vai-de-Cães, Pintópolis? É que nem goiabada com queijo: só mesmo no Brasil.
Mas não são apenas nomes esquisitos que fazem algumas cidades brasileiras absolutamente
originais. Tem município em que todas as ruas têm nome de vegetais, lugar em que há mais
presidiários do que homens livres, território onde caberiam quatro Holandas ou onde basta caminhar
dois quilômetros para atravessar a cidade.
Conhecer todas elas, nem para o mais dedicado dos viajantes. Mas a singularidade de
algumas você pode visitar simplesmente seguindo o mapa do Almanaque Brasil. Aperte os cintos,
que a viagem já começou.

Qual é o endereço?
Algumas cidades brasileiras batizam as ruas de forma curiosa. Em Rubiataba, interior de Goiás, todas
as ruas têm nomes de árvores e plantas. Já na paulista Rio Claro os logradouros são numerados: rua
Um, rua Dezessete, rua Vinte e Três, e por aí vai. Na fluminense Conservatória, autoproclamada
“capital nacional da seresta”, o inusitado não está no nome das ruas, mas das casas. Desde a década
de 1960, boa parte das fachadas deixou de ter números para ter nomes de música. E cada um
escolhe a sua.

A primeira cidade
Enganam-se quem acredita ser São Vicente, no litoral paulista, a cidade mais antiga do País. Apesar
de ter sido povoada a partir de 1532, ela só foi oficializada como município em 1895. O título cabe a
Salvador, fundada em 1549, também sendo a primeira capital brasileira. Já a caçulinha é Nazária, no
Piauí, que se emancipou de Terezina em 2008.

Borá não encheria um avião


Toda a população de Borá caberia num Airbus A380. A cidade paulista possui 837 habitantes. Em sua
configuração mais otimizada, o superjumbo tem capacidade para transportar até 853 passageiros. A
cidade é tão calma e pequena que bastam dois policiais para fazer a ronda das ruas. E para quem
quiser comprar um pãozinho, há apenas uma padaria.

A cidade mais extensa...


Altamira, no Pará, é a maior cidade do Brasil. E a segunda de maior extensão do mundo. Com quase
160 mil quilômetros quadrados, é 105 vezes maior do que a cidade de São Paulo. Em sua área
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caberiam quatro Holandas. Mas sua população não faz jus a tanto espaço. Somente 105 mil pessoas
vivem na cidade. Se ela tivesse a mesma densidade demográfica de São Paulo, a população seria por
volta de 1,2 bilhões de pessoas, quase o mesmo que a gigantesca China.

...e a menorzinha
A menor cidade brasileira é Santa Cruz de Minas, com cerca de três quilômetros quadrados. Colada a
São João del-Rei, a cidadezinha também é um tanto jovem: foi fundada em 1995. Para atravessá-la,
o visitante não percorre nem dois quilômetros. Não tem desculpa para não visitar o parente que
mora do outro lado da cidade.

Sol, chuva e neve


Cabrobó, em Pernambuco, é o lugar onde menos chove no Brasil. A amapaense Calçoene é onde
mais cai água. Já a catarinense São Joaquim é onde há mais registro de neve.

Homenagens a ilustres e desconhecidos


Algumas cidades são batizadas em homenagem a gente famosa, como Santos Dumont, em Minas,
ou as capitais da Paraíba e do Acre: João Pessoa e Rio Branco. Mas há também ilustres
desconhecidos que entraram no mapa:

Tio Hugo (RS) É o nome de um comerciante que ergueu um providencial posto de gasolina às
margens da BR-386. De “região do Tio Hugo”, a cidade tornou-se Tio Hugo, dispensando
sobrenomes.

Doutor Pedrinho (SC) Foi durante o governo de Aderbal Ramos da Silva, em 1948, que a região
catarinense tornou-se distrito. O governador achou justo, portanto, que se fizesse uma homenagem
ao tal Doutor Pedrinho, que vinha a ser o seu pai.

Zé Doca (MA) É o apelido de José Timóteo Ferreira, que migrou do Ceará para o oeste maranhense
em 1958. Foi ele que primeiro povoou a região. Afinal, além de sua mulher e 14 filhos, conduziu
mais 10 famílias para o que um dia seria “a metrópole do Alto Turi”.

Custo alto e bolso cheio


São Paulo é a cidade com o maior custo de vida do Brasil. E uma das mais caras do mundo. Viver na
Pauliceia é pior para o bolso do que em Nova Iorque, Paris ou Londres, por exemplo. Em
compensação, é a sexta cidade do mundo em número de bilionários. São 21.

São Paulo dos homens


Dos 10 municípios brasileiros com mais varões, nove estão no estado de São Paulo. A cidade com
mais homens é Balbinos, onde 82% da população é do sexo masculino. Mas há uma boa explicação:
lá está instalado um complexo penitenciário com duas unidades. A cidade abriga 3.932 pessoas, mas
2.556 estão atrás das grades.

De onde vêm esses nomes?


Varre-Sai (RJ) O nome viria de um aviso afixado num dos ranchos de descanso dos viajantes. A placa
anunciava: Varre e sai. Ou seja, os tropeiros poderiam usar o alojamento à vontade, desde que
deixassem tudo limpinho na saída.
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Não-Me-Toques (RS) É um mistério até para os habitantes a origem do nome do município gaúcho.
Há quem diga que era pela abundância da planta homônima na região. Mas há também a
possibilidade de ser pela existência de uma fazenda chamada Não-Me-Toques nas redondezas.

Anta Gorda (RS) O nome foi inspirado numa memorável caçada ao pobre animalzinho no século 19.
Em 1910 houve a mudança de nome para Carlos Barbosa, então governador do estado. Mas a
população não gostou nada da troca. De tanto pressionar, a cidade voltou a ser Anta Gorda. E quem
nasce lá é antagordense.

Cidade(s) planejada(s)
Ao contrário do que se pensa, o Brasil não tem apenas Brasília como capital planejada. Teresina,
Aracaju, Belo Horizonte, Goiânia e Palmas também nasceram nas pranchetas de urbanistas.

Frio e calor separam duas Palmas


Há duas cidades chamadas Palmas no Brasil. Mas o clima delas é um tanto diferente. E justamente
setembro é o mês em que isso fica mais claro. No ano passado, por exemplo, enquanto a capital
tocantinense torrava a 40 ºC, a Palmas paranaense registrava gélidos 10 ºC.

A gigante e as baixinhas
A cidade com maior altura media do Brasil é Campos do Jordão, em São Paulo, localizada a 1628
metros de altitude. Já a cidade mais baixa – que apresenta altitude zero – na verdade não é uma só,
mas 138, todas no litoral. Nenhuma capital está no nível do mar. O Rio de Janeiro é a que mais se
aproxima, numa média de dois metros acima do Atlântico.

Uma cidade, quatro idiomas


Além de português, a amazonense São Gabriel da Cachoeira – considerada a cidade mais indígena
do Brasil – tem três idiomas oficiais: nheengatu, tukano e baniwa. É o único município brasileiro com
esse privilégio, e também o primeiro a eleger um índio como prefeito. Nada mais justo: nove em
cada 10 gabrielienses são indígenas.

O mais germânico dos municípios


A catarinense Pomerode se orgulha do título de "a cidade mais alemã do Brasil". Exalta a condição
até no hino: Ó cidade mais alemã do Brasil, de beleza e graça. Deus te fez. Boa parte da população
se mantém bilíngue – o alemão é ensinado até nas escolas públicas.

Nova Iorque é logo ali


No meio de tantas cidades, há também homenagens a lugares distantes. Pode acreditar: Nova
Iorque fica no Maranhão, Buenos Aires é um município pernambucano. E tem também Califórnia no
Ceará, Flórida no Paraná, Filadélfia na Bahia e até uma Shangri-la, o paraíso perdido. Só que o
brasileiro fica no Rio Grande do Sul.
Os últimos
Há apenas quatro cidades com a última letra do alfabeto no Brasil: Zabelê, no Pará; Zacarias, em São
Paulo; Zé Doca, no Maranhão; e Zortéa, em Santa Catarina.

Fonte: http://almanaquebrasil.com.br/curiosidades-cultura/11362-singularidades-no-mapa.html
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A CIDADE
ESPAÇOS PÚBLICOS E PRIVADOS

As cidades e seus espaços:


públicos e privados

Quando pensamos em o que


é uma cidade, vários
pensamentos, imagens e
reflexões aparecem em nossa
mente. Sabemos que as cidades são compostas por ruas, bairros, casas, prédios, comércios,
indústrias e por pessoas. A população de uma cidade pouco se pergunta, ou quase nunca, sobre os
espaços que formam a cidade, os espaços públicos e os espaços privados. O que são eles?
Toda cidade está dividida entre os espaços públicos e os privados. Os espaços públicos são os
lugares administrados pelo governo e pertencem à população.
São exemplos de espaços públicos: as praças, as ruas, os parques, as avenidas, as praias que existem
em cidades litorâneas, etc.
Espaços públicos Espaços públicos Espaços públicos
(passeios públicos) (vias) a polícia federal
o jardim botânico a rua (paralela) a delegacia de polícia
o zoológico a travessa a prefeitura
o parque a avenida a penitenciária
a praça (perpendicular) o cartório
o aquário a quadra / o quarteirão o palácio de governo
o serpentário a faixa pedestre o palácio de justiça
a alameda a calçada o ministério
o calçadão a legislatura
o cruzamento a alfândega
a esquina
a passarela
a via expressa ...
a estrada
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Os espaços privados pertencem a alguém, como pessoas ou empresas. São exemplos de espaços
privados: casas, lojas comerciais, escolas particulares, Shopping Centers.
Geralmente, os espaços privados ou particulares são mantidos pelos proprietários. Eles cuidam e
fazem a manutenção para a sua preservação.
Espaços privados Espaços privados
a casa o hotel / os hotéis
a loja o spa
a escola particular o cassino
o shopping center o restaurante
a agência de viagem / de viagens
o centro de informação turística
a banca de jornais e revistas

Os espaços públicos são responsabilidade do governo; as prefeituras, por exemplo, cuidam das
praças, fazendo a manutenção dos bancos e dos jardins.
Espaços públicos Espaços públicos Espaços públicos Espaços públicos
o hospital (religiosos e culturais) (esportivos) o aeroporto
o posto de saúde a igreja a academia de (internacional e
o posto de gasolina a catedral ginástica doméstico)
o cemitério a basílica o clube náutico a estação rodoviária
o correio central o santuário o clube de futebol a estação ferroviária
a escola o cinema o clube de golfe
o colégio o teatro o clube de tênis
o instituto o museu o hipódromo
a faculdade a galeria de arte o autódromo
a universidade o consulado o velódromo
o centro de a embaixada o estádio de futebol
congressos e a biblioteca a piscina
exposições
Mas quem ajuda a preservar e cuidar dos espaços públicos?
A população é a responsável por manter os espaços públicos preservados. Entretanto, muitas
pessoas contribuem para a destruição desses espaços, muitos monumentos são estragados e
deteriorados por essas pessoas.

Sabemos que os atos de destruição e deterioração dos espaços públicos é crime e o infrator pode
ser preso. Dessa maneira, como cidadãos, temos o papel de garantir que os espaços públicos sejam
preservados. A conscientização dessa preservação deve fazer parte da rotina e da vida da população.

Vimos anteriormente a diferença entre espaços públicos e privados, mas falamos somente em
relação a quem pertence esses espaços, agora falaremos sobre a utilização desses espaços pela
população; veremos que alguns espaços privados são utilizados como espaços públicos.

O supermercado, no qual fazemos nossas compras, é um espaço privado, ou seja, ele é uma
propriedade privada, possui um dono. Porém, ele é utilizado como espaço público, pois qualquer
cidadão que queira realizar suas compras pode ir ao recinto a fim de adquirir ou não alguma
mercadoria.
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Lojas Estabelecimentos Estabelecimentos


o shopping center de serviços comerciais
a butique o banco o supermercado
a adega – a vinícola o salão de beleza o shopping Center
a cava etc. o açougue
a drogaria / a farmácia etc.
a loja de calçados
(sapataria)
a loja de conveniência
a loja de
eletrodomésticos
a loja de móveis
a papelaria
a livraria
o café
o bar
o botequim
o pub
a lanchonete
a padaria
a quitanda
o açougue
o mercado
o quiosque
a relojoaria
a perfumaria
a barbearia
o salão de beleza
o cabeleireiro
Mas, as pessoas podem ir aos supermercados em qualquer horário?
Não, todos os espaços privados que são estabelecimentos comerciais (supermercados, shopping
centers, açougues) e estabelecimentos de serviços (bancos, salão de beleza) possuem horários de
funcionamento, portanto as pessoas podem utilizar esses espaços respeitando seus horários.

Existem também espaços públicos que possuem horários de funcionamento, como escolas, museus,
bibliotecas, parques, instituições públicas de serviços à comunidade (bancos, postos de saúde). Os
cidadãos somente podem utilizar esses espaços dentro dos horários de funcionamento. Ao contrário
das ruas, das praças, que são espaços públicos, que não possuem horários de funcionamento.
Espaços públicos Instituições públicas
a escola de serviços à
o museu comunidade
a biblioteca o banco
o parque o posto de saúde
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BANCA DE JORNAIS SUPERMERCADO

SHOPPING CENTER
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URBANIZAÇÃO
CONCEITO
A urbanização resulta fundamentalmente da transferência de pessoas do meio rural (campo) para o
meio urbano (cidade). Assim, a idéia de urbanização está intimamente associada à concentração de
muitas pessoas em um espaço restrito (a
cidade) e na substituição das
atividades primárias (agropecuária)
por atividades secundárias (indústrias)
e terciárias (serviços). Entretanto, por
se tratar de um processo, costuma-se
conceituar urbanização como sendo "o
aumento da população urbana em
relação à população rural", e nesse
sentido só ocorre urbanização quando
o percentual (taxa) de aumento da
população urbana é superior a da
população rural.

A Inglaterra foi o primeiro país do


mundo a se urbanizar (em 1850 já
possuía mais de 50% da população
urbana), no entanto a urbanização
acelerada da maior parte dos países desenvolvidos industrializados só ocorreu a partir da segunda
metade do século XIX. Além disso, esses países demoraram mais tempo para se tornar urbanizados
do que a maioria dos atuais países subdesenvolvidos industrializados.

Vemos, então, que, em geral, quanto mais tarde um país se torna industrializado tanto mais rápida é
sua urbanização. Observe esses dados:
Em 1900 existiam no mundo dezesseis cidades com população superior a 1 milhão de
habitantes. Dessa, somente duas (Pequim e Calcutá) pertenciam ao Terceiro Mundo.

Em 1950 havia vinte cidades no mundo com população superior a 2,5 milhões de habitantes.
Dessas, apenas seis (Xangai, Buenos Aires, Calcutá, Bombaim, Cidade do México e Rio de
Janeiro) estavam situadas no Terceiro Mundo. Observação: a cidade de São Paulo nem
constava dessa lista.

Para o ano 2000, as estimativas mostram que,


das 26 aglomerações urbanas com mais de 10
milhões de habitantes, nada menos que vinte
delas estarão no Terceiro Mundo. A maior
aglomeração urbana mais populosa do mundo
será a Cidade do México, com 32 milhões de
habitantes, o equivalente à população da
Argentina em 1990. São Paulo aparece como a
segunda aglomeração urbana, com 26 milhões
de habitantes.
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A CIDADE
URBANIZAÇÃO
As primeiras cidades surgiram na Mesopotâmia
(atual Iraque), depois vieram às cidades do Vale
Nilo, do Indo, da região mediterrânea e Europa
e, finalmente, as cidades da China e do Novo
Mundo.

Embora as primeiras cidades tenham aparecido há


mais de 3.500 anos a.C., o processo de
urbanização moderno teve início no século XVIII,
em consequência da Revolução Industrial,
desencadeada primeiro na Europa e, a seguir, nas
demais áreas de desenvolvimento do mundo atual.

No caso do Terceiro Mundo, a urbanização é


um fato bem recente. Hoje, quase metade da
população mundial vive em cidades, e a
tendência é aumentar cada vez mais.

A cidade subordinou o campo e estabeleceu


uma divisão de trabalho segundo a qual cabe
a ele fornecer alimentos e matérias-primas à
cidade, recebendo em troca produtos
industrializados, tecnologia, etc. Mas o fato
de o campo ser subordinado à cidade não
quer dizer que ele perdeu sua importância,
pois não podemos deixar de levar em conta
que:
Por não ser autossuficiente, a sobrevivência da cidade depende do campo;
Quanto maior a urbanização, maior a dependência da cidade em relação ao campo no
tocante à necessidade de alimentos e matérias-primas agrícolas.
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Editoria de Arte/Folha Imagem


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A CIDADE
ZONA URBANA
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define zona urbana como toda sede de
município (cidade) e de distrito (vila). Essa classificação, zona urbana, não leva em consideração o
tamanho da cidade nem a quantidade de habitantes.
Algumas características básicas de uma zona urbana são:
• Edificações contínuas
• Habitações
• Meio-fio
• Calçadas
• Rede de iluminação
• Serviços de saúde
• Educação
• Saneamento ambiental
• Lazer, entre outros.

Sendo assim, a população urbana tem mais facilidade de acesso a:


Hospitais
Escolas
Tratamento de esgoto
Água encanada e
Lazer
Outro elemento que atrai milhares de pessoas para as cidades é o processo de industrialização e a
mecanização das atividades rurais, desencadeando o êxodo rural (migração do campo para a
cidade).

No entanto, a expansão urbana sem o devido planejamento tem gerado uma série de problemas
sociais e ambientais. A ocupação de lugares
indevidos para a moradia é um deles, pois casas
são construídas em encostas de morros, áreas
próximas a rios, etc.

Outro ponto negativo é a grande produção de


lixo e o destino inadequado desses
resíduos. Lixões são formados a céu aberto, fato
que provoca a poluição do solo, da atmosfera,
da água subterrânea, além de gerar muitas
doenças.

Os congestionamentos no trânsito, a violência,


moradias em locais inadequados, desigualdade
social e população em situação de rua são
outros problemas comuns nos grandes centros
urbanos brasileiros.
O destino e o tratamento do lixo são problemas das cidades
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A CIDADE
ZONA RURAL
Zona rural é uma região que não
integra o perímetro urbano, ou
seja, é uma área do município
não classificada como zona
urbana ou zona de expansão
urbana.

A zona rural é de fundamental


importância para nossas vidas,
pois nela são desenvolvidas as
atividades agropecuárias, como o
cultivo de vários alimentos (arroz,
feijão, frutas, legumes, etc.) e a
criação de animais (bois, vacas,
porcos, entre outros).

Outra característica econômica da


zona rural é o ecoturismo, também
chamado de turismo rural. Esta é uma atividade realizada de forma consciente e ecologicamente
correta, que segue os princípios elementares de desenvolvimento sustentável.

Muitas pessoas buscam sair da rotina estressante da zona urbana e encontram na zona rural uma
forma de descanso.
Entre as atividades realizadas no campo
estão:
Trilhas ecológicas
Cavalgada
Banhos em cachoeiras, etc.

A zona rural também tem as importantes


funções de:
Preservar a biodiversidade de um
determinado local
Garantir a qualidade da água e
Manter as terras indígenas

Nesse sentido, as Unidades de Conservação


foram criadas com o intuito de preservar o
patrimônio ambiental e cultural do país.
Passeio a cavalo é uma alternativa de lazer na zona rural
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URBANIZAÇÃO
ALGUNS CONCEITOS

Urbanização é o deslocamento de um grande contingente de pessoas que saem da área rural (sítios,
chácaras, etc.) para os centros urbanos (as cidades). Para que um país seja considerado urbanizado,
a quantidade de pessoas que vivem nas cidades deve ser maior à quantidade que vive do campo.

As cidades podem ser classificadas de acordo com seu tamanho, atividade econômica, importância
regional, entre outras características:

Municípios: são as menores divisões político-administrativas. Todo município possui governo


próprio. Sua área de atuação compreende a parte urbana e rural pertencente ao município.
Cidade: é a sede do município, independente do número de habitantes que possa ter, as
atividades econômicas nas cidades diferem das do campo, as atividades principais são
centralizadas nos setor secundário. (O setor secundário é o setor da economia que transforma
produtos naturais produzidos pelo setor primário em produtos de consumo, ou em máquinas
industriais/ produtos a serem utilizados por outros estabelecimentos do setor secundário) e
terciário (o setor terciário no contexto da economia envolve a comercialização de produtos em
geral, e o oferecimento de serviços comerciais, pessoais ou comunitários, a terceiros).
Cidades formais: são cidades planejadas, que comportam rede de saneamento básico e ruas
planejadas com suporte ao trânsito.
Cidades informais: são compostas pelas regiões periféricas, regiões onde não existe infra-
estrutura suficiente.
Conurbação: é a unificação da malha urbana de duas ou mais cidades, em consequência, de seu
crescimento geográfico. Geralmente esse processo da origem à formação de regiões
metropolitanas. A região metropolitana de São Paulo é um exemplo de grande conurbação que
continua a ocorrer entre seus 39 municípios. Outro exemplo é a conurbação entre as cidades da
região metropolitana do Rio de Janeiro.
Hierarquia urbana: é estabelecida na capacidade de alguns centros urbanos de liderar e
influenciar outros, por meio da oferta de bens e serviços à população. Pode ser uma metrópole
nacional (se influencia todo o território nacional) ou uma metrópole regional (se influencia certa
porção ou região do país).
Macrocefalia urbana: caracteriza-se pelo crescimento acelerado e desorganizado dos centros
urbanos, principalmente nas metrópoles, provocando o processo de marginalização das pessoas
que por falta de oportunidade e baixa renda residem em bairros que não possuem os serviços
públicos básicos, e com isso enfatiza o desemprego, contribui para a formação de favelas,
resultando na exclusão social.
Megalópole: refere-se à conurbação de inúmeras metrópoles ou regiões metropolitanas.
Atualmente são as maiores e mais importantes aglomerações urbanas. Como exemplo pode-se
citar a região que vai de Boston até Washington, na qual Nova York é o centro.
Metrópoles: são as cidades que sediam regiões metropolitanas. Exemplo: São Paulo, Rio de
Janeiro, Belo Horizonte.
Rede Urbana: o processo de urbanização compõe a chamada rede urbana, um conjunto
integrado ou articulado de cidades em que se observam a influência e a liderança das maiores
metrópoles sobre as menores (centros locais).
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Região ou Área metropolitana: é o agrupamento de dois ou mais municípios próximos uns dos
outros formando uma grande malha urbana. Possui uma integração em relação aos serviços
públicos de infra-estrutura comuns. É comum nas cidades sedes de estados. Exemplo: Goiânia,
Aparecida de Goiânia e cidades do entorno. As metrópoles são as maiores e mais bem equipadas
cidades de um país.
Segregação espacial: é o foco do poder público às regiões onde a parcela da população possui
melhor poder aquisitivo, e omissão às regiões periféricas desprovidas dos serviços públicos.
Tecnopólos: ou cidades-ciência, são cidades onde estão presentes centros de pesquisas,
universidades, centros de difusão de informações. Geralmente os tecnopólos estão alienados a
universidades e indústrias.
Verticalização: é a transformação arquitetônica de uma cidade, ou seja, a mudança da forma
horizontal das construções (casas), para a verticalização (construção de prédios).

O TRANSPORTE
CONCEITO

A palavra “transporte” vem do latim


trans- (de um lado a outro) e -portare
(carregar). Podemos dizer que, em
síntese, transporte é o movimento de
pessoas ou mercadorias de um lugar
para outro.
Os transportes podem se distinguir pela
possessão, onde o transporte público é
destinado a qualquer pessoa e o
transporte privado é restringido
somente a quem os adquiriu.

Os transportes contêm três elementos: infraestrutura, veículos e operações comerciais.


− Infraestrutura é a malha de transporte: rodoviária, ferroviária, marítima, fluvial, lacustre, aérea,
etc.
− Veículos são automóveis, bicicletas, ônibus, trens e aeronaves, que utilizam essa malha.
− As operações são as formas como esses veículos utilizam a rede, como leis, diretrizes, códigos,
etc.

Os meios de transporte ainda podem ser divididos em:


− Terrestre: carros, ônibus, trem, etc.
− Aquático ou Hidroviário: Nnavios, canoa, barcos, etc.
− Aéreo: aviões, helicópteros, balão, etc.
− Tubular: gasoduto, oleoduto, etc.

Estatística dos tipos de transportes no Brasil (1999):


1º - Rodoviário: 61,82%; 2º - Ferroviário: 19,46%; 3º - Aquaviário: 13,83%; 4º - Dutoviário: 4,58%;
5º - Aéreo: 0,31%
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MEIOS DE TRANSPORTES

O transporte rodoviário é o mais usado no Brasil mesmo sendo menos vantajoso que os demais.

Em qualquer operação com meios de transporte devem ser levados em conta os seguintes fatores:
carga transportada (quantidade, peso e valor), distância a ser percorrida e tempo de percurso. As
unidades físicas utilizadas são passageiro-quilômetro e tonelada-quilômetro.

Em função do volume e tipo de carga podemos destacar que:


• Para cargas de grande volume, mas de baixo valor unitário (minérios), dá-se preferência aos
meios de transportes ferroviário e aquático;
• Para cargas de pequeno volume, mas de alto valor unitário (ouro, joias), a preferência recai nos
transportes de maior rapidez e segurança (o aéreo, por exemplo);
• Para cargas de produtos perecíveis, a maior preferência é também pelos transportes de maior
rapidez.
Nos países desenvolvidos, seja de grande seja de pequena extensão territorial, o transporte de
mercadorias é feito de maneira predominante por meio de ferrovias e hidrovias. Esses tipos de
transporte proporcionam uma maior capacidade de carga e são muito mais econômicos.
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No Brasil e em outros países subdesenvolvidos, onde a influência da indústria automobilística


(norte-americana, em especial) tem sido preponderante, verifica-se o predomínio do transporte
rodoviário. Esse tipo de transporte, como sabemos, oferece pequena capacidade de carga, maior
consumo proporcional de combustível e dependência de petróleo, sendo, portanto, bem mais caro
que o ferroviário e o hidroviário.

TRANSPORTE FERROVIÁRIO – Estação ferroviária


O trem foi o principal
meio de transporte do
século XIX, tendo sofrido
grande expansão
mundial entre a segunda
metade do século XIX e a
primeira metade do
século XX,
principalmente na
Europa e na América do
Norte, áreas que
concentram cerca de
70% do total mundial.
Grande número de
ferrovias foi construído
na Europa, ligando as
áreas portuárias ao
interior, bem como as
capitais às diversas
regiões, promovendo a integração nacional, estimulando o comércio e facilitando a circulação de
pessoas e mercadorias.
Em países de grande extensão territorial, como os EUA e o Canadá, foram construídas grandes
ferrovias (transcontinentais), algumas delas cruzando o território de leste a oeste, ligando os
oceanos Atlântico e Pacífico. Na União Soviética foi construída a Transiberiana (a maior ferrovia do
mundo), ligando Moscou a Vladivostok, no litoral do Pacífico. Essas ferrovias foram de grande
importância na ocupação territorial de áreas distantes, na dinamização econômica e comercial, no
maior controle governamental e na própria unidade e integração nacional.
Entre 1940 e 1960, verificou-se certa paralisação e até mesmo declínio das ferrovias, chegando
muitas delas a ser desativadas. A causa dessa estagnação foi a expansão das estradas de rodagem
em consequência do uso de novas fontes energéticas (petróleo, por exemplo).
Entretanto, a partir da década de 70, deu-se uma reativação do transporte sobre trilhos, em razão
das novas conjunturas decorrentes de fatores como a crise do petróleo, o desenvolvimento
tecnológico no setor de transportes (trens modernos e velozes, metrô, turbotrem), a expansão
populacional e urbana exigindo transportes de massa etc. Na verdade, com o aparecimento de trens
ultravelozes, que já atingem velocidade de 200km/h a 300kmIh (turbotrem) e até 400km/h
(hovertrem), o transporte ferroviário começa a concorrer com o aéreo.
De qualquer modo, o transporte ferroviário mundial apresentou grande expansão nos últimos 150
anos, passando de 8.000 km em 1840 para 1.245.000 km em 1988.
No caso do Brasil temos: 1854: 14,5 km; 1920: 28.000 km; 1989: 30.350 km.
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Embora simplificados, esses números relativos ao Brasil mostram que, até a década de 20, as
ferrovias apresentaram grande expansão no país, ao passo que após essa década verificou-se uma
verdadeira estagnação do sistema ferroviário. Os atuais 30.350 km de ferrovias, se comparados com
a extensão territorial do país (8.511.965 km2), resultam numa densidade ferroviária extremamente
baixa (0,3 km de trilhos para cada 100 km2 de área), inferior à de países como Argentina (1,0), Índia
(1,5), Bélgica (17,0) e EUA (3,5).
Eis algumas características e vantagens do transporte ferroviário:
• Grande capacidade no transporte de cargas e passageiros;
• É mais econômico que o rodoviário;
• Possui diversas opções energéticas (vapor, diesel, eletricidade);
• Material rodante é de longa duração;
• Os trens modernos podem atingir grandes velocidades;
• Estimula o desenvolvimento das indústrias de base.
De modo geral, o transporte ferroviário é o mais utilizado no deslocamento de cargas nos países
desenvolvidos.
Os EUA dispõem da maior rede ferroviária do mundo (296 mil km). Pode-se atravessar o país de
leste a oeste (Washington - São Francisco, por exemplo) ou de norte a sul (Chicago — Nova Orleans)
por meio de trens.

SITUAÇÃO ATUAL NO BRASIL


O Brasil possui 29.899 km de ferrovias para tráfego, resultando numa densidade ferroviária de 3,7
metros por Km2. Se comparado aos EUA (150m/km2) e a Argentina (15m/km2), a rede ferroviária do
Brasil é considerada pequena.

Além disso, são mal distribuídas mal localizadas. A maior parte das ferrovias do Brasil estão situadas
em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Os principais fatores que dificultam o desenvolvimento das ferrovias no Brasil são:
- Material rodante deficiente;
- Pessoal ineficiente;
- Diferença de bitolas;
- Tipos de relevo;
- Concorrência das rodovias;
- Alto custo de instalação;
- Escassez de combustível.

Considerando esses fatores, podemos dizer que a rede ferroviária do Brasil apresenta déficits, com
exceção das linhas: Santos-Jundiaí, Vitória-Minas, Sorocaba, Central do Brasil e Teresa Cristina.

Algumas medidas governamentais foram tomadas a fim de resolver os problemas do transporte


ferroviário, tais como:
- eliminação de estradas deficientes;
- reorganização da administração;
- reaparelhamento das ferrovias;
- substituição das locomotivas a vapor por outras de maior rendimento (diesel e elétrica);
- desestatização.
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Mesmo com essas atitudes, ainda falta muito para o país atingir o plano ideal, condizente com a
necessidade da nossa economia.

TRANSPORTE RODOVIÁRIO
A utilização do
automóvel como meio de
transporte data do início
do século XX (modelo
Peugeot de 1901). Sua
produção em maior
escala iniciou-se em
1902, na Alemanha, e em
1903, nos EUA. Com a
Primeira Guerra Mundial,
tanto a produção quanto
a diversificação dos tipos
de veículo (carros de
passeio, caminhões,
ônibus, tratores etc.)
sofreram enorme
aumento. No início, o
transporte rodoviário
funcionou basicamente como complemento do transporte ferroviário. Entretanto, com o decorrer
do tempo, tornou-se concorrente das ferrovias, acarretando inclusive a desativação de inúmeras
delas, por se tornarem deficitárias.

As causas principais que explicam a maior preferência do transporte rodoviário em relação ao


ferroviário no caso de médias e pequenas distâncias em alguns países são:
• O caminhão possui maior flexibilidade e facilidade de acesso aos diversos lugares;
• O caminhão pode entregar a mercadoria porta a porta;
• As operações de despacho (papéis), de carga e descarga das mercadorias são mais
simplificadas em relação à ferrovia;
• Maior rapidez na entrega das mercadorias.

Do inicio do século XX até os dias atuais, a expansão do transporte rodoviário foi espetacular. No
Brasil, que até a Segunda Guerra Mundial só possuía uma rodovia pavimentada (a Rio - São Paulo) e
menos de 300 mil km de estradas, os números atuais mostram o quanto esse meio de transporte se
expandiu entre nós.
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AS RODOVIAS NO BRASIL
Rodovias
Entre 1860 e 1920, as rodovias brasileiras passaram por uma fase de colapso, em razão do
desenvolvimento das ferrovias. A partir de 1920, com a chegada dos automotores, o país passou a
viver a “era da rodovia”, presente até os dias de hoje.
As estradas antigas começaram a ser restituídas, e foram construídas outras novas em todas as
regiões do país. Em 1937, foi criado o Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), e a
partir daí a pavimentação e a produção de asfalto e cimento passou por um processo de
aperfeiçoamento, por parte das indústrias brasileiras.
Atualmente, as rodovias brasileiras apresentam uma extensão de 1.824.392Km. A frota nacional de
veículos acompanha esse crescimento da extensão das rodovias.

TRANSPORTE MARÍTIMO – O porto


Este tipo de transporte
sofreu grande evolução
ao longo do tempo. Das
primitivas embarcações
movidas a remo e a vela,
evoluiu para
embarcações movidas a
carvão, a petróleo e já
está entrando na fase da
energia atômica. Quanto
à capacidade de carga, a
evolução foi também
espetacular: de 1.000
toneladas no século
XVIII, hoje já existem
navios com capacidade
de transporte de 500 mil
toneladas.
Apesar de ter sido
suplantado pelo avião no
transporte de passageiros, continua sendo o principal meio de transporte de mercadorias a longas
distâncias.
O transporte marítimo depende principalmente de fatores como disponibilidade, qualidade e das
embarcações, bem como de instalações e eficiência portuárias. Poucos são os portos marítimos em
condições de receber navios de 300 mil toneladas ou mais.
No Brasil, um dos principais problemas que afetam o transporte marítimo é a ineficiência portuária,
responsável pelos grandes congestionamentos e pela deterioração de muitos produtos, acarretando
enormes prejuízos. Os navios permanecem cerca de 70% do tempo útil parados, problemas
portuários, seja por reparos técnicos.
O transporte marítimo divide-se em dois tipos:
− Internacional ou de longo curso (de grandes distâncias) e
− Navegação costeira ou de cabotagem (ao longo do litoral)
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NAVEGAÇÃO MARÍTIMA NO BRASIL


Se considerarmos a posição do Brasil no Oceano Atlântico e a economia voltada para o litoral,
poderíamos imagina que a Marinha Mercante Brasileira fosse bem desenvolvida. No entanto, isso
não ocorre. O Brasil possui 376 embarcações, com mais de 100 toneladas, que deslocam 144.000
toneladas.

Existem vários fatores que embargam o desenvolvimento da marinha:


- embarcações velhas;
- deficiências das instalações portuárias;
- problemas tarifários;
- desorganização administrativa.

Existem dois órgãos relacionados ao transporte marítimo:


SUNAMAM – Superintendência Nacional da Marinha Mercante: visa reorganizar o setor de
transporte marítimo.
GEICON – Grupo Executivo da Indústria de Construção Naval: trata do planejamento, da execução e
renovação das embarcações.

A política da SUNAMAM, que determina a ampliação de estaleiros, deve solucionar a questão das
embarcações, e espera-se que futuramente toda a frota marítima esteja renovada.

TRANSPORTE FLUVIAL
É um dos mais antigos
meios de transporte
que se conhecem,
tendo desempenhado
importante papel na
penetração,
povoamento e
ocupação do interior
dos continentes. Nesses
casos, os rios
funcionaram como
verdadeiros caminhos
naturais.
A navegação fluvial é
praticada, com maior ou
menor intensidade, em
todo o mundo. Destaca-
se, no entanto, na
Europa, onde grandes e
importantes obras (canais artificiais, instalações portuárias, barragens, etc.) foram construídas para
permitir melhor aproveitamento no transporte de mercadorias diversas. Os rios europeus
navegáveis são muitos: Reno, Danúbio, Ródano, Sena, Volga, Don etc.
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Na América a navegação é praticada nos rios Amazonas, São Lourenço, Mississipi, Ohio, Tennessee,
Orenoco, Madalena, São Francisco, Paraguai, entre outros.
Na África, destaca-se a navegação nos rios Nilo, Níger, Zaire ou Congo, Zambeze etc. Na Ásia,
destacam-se os rios Ganges, Indo, Mekong, Yang-tsé Kiang, Huango-ho etc.

Dentre os diversos fatores que influenciam a navegação fluvial destacamos os seguintes:


− Relevo: enquanto os rios de planície são ótimos para a navegação, os de planalto costumam
apresentar cachoeiras. Entretanto, com a evolução da engenharia, esse entrave já é
superável com a construção de comportas.
− Clima: nas áreas muito frias, os rios são utilizados para navegação somente na primavera e
no verão; no outono e inverno, devido ao congelamento, a navegação fica paralisada. Nas
áreas com seca prolongada, a navegação também é prejudicada por causa da grande
variação do nível das águas. Nesse caso, a solução para unia navegação permanente está na
construção de represas ou barragens para regularizar o nível das águas.

Eis algumas características e vantagens do transporte fluvial:


Seu custo operacional é muito baixo, pois depende basicamente das operações de carga e
descarga;
Possui grande capacidade de carga;
É muito econômico para grandes distâncias;
Apresenta pequeno consumo de energia.

TRANSPORTE AÉREO – O aeroporto


A utilização do avião no
transporte de passageiros
data de 1919. Entretanto,
a invenção do avião pode
ser situada no período
entre 1890-1900. Em
1898, Santos Dumont
realizou o primeiro voo
em balão mecanicamente
dirigido e, em 1906, bateu
o recorde de voo com o
14-Bis, de motor a
explosão, voando 220
metros em 21 segundos.
Na Primeira Guerra
Mundial o avião começou
a ser utilizado para fins
bélicos e, no final da
década de 20, a aviação comercial já estava definitivamente estabelecida, apresentando daí até os
dias atuais grande desenvolvimento.
Tanto a multiplicação dos aeroportos, em todo o mundo, quanto o desenvolvimento e
aperfeiçoamento da aviação em termos de maior segurança, maior capacidade e maior rapidez
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Português II – Profª. Flavia Mozo

fizeram do transporte aéreo um sério concorrente aos demais meios de transporte. Nos EUA, por
exemplo, cerca de 85% das viagens externas e 60% das internas são feitas por transporte aéreo.

ALGUNS MEIOS DE TRANSPORTES


A Carroça; o charrete

A van; o furgão

A motocicleta; a moto;
o triciclo

MEIO DE TRANSPORTES PELO MUNDO


Lisboa tem muitas colinas. Na Veneza as pessoas vão em Na Thailandia muitas pessoas
Muitas pessoas vão no eléctrico. gôndolas. São uns barcos muito usam o tuk-tuks para ir pela
compridos cidade. É como um táxi.
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As pessoas que sobem ao Pão de Que meio de transporte usam na Para ir de uma ilha a outra, as
Açúcar sobem no elevador ou Alaska? Cães e skis. pessoas vão de barco. Mas se
bondinho. precisam ir rapidamente, usam o
hidroavião.

OUTROS MEIOS DE TRANSPORTES

CARRO AVIÃO BARCO

MOTO CAMINHÃO DE BOMBEIRO CAMINHÃO

BALÃO DE AR QUENTE CANOA BICICLETA

AMBULÂNCIA TRATOR HELICÓPTERO


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Português II – Profª. Flavia Mozo

COMPREENSÃO LEITORA
45% dos brasileiros usam ônibus
para se locomover
O carro aparece em segundo
lugar, com 23,8% da
preferência dos brasileiros

O ônibus ainda é o meio mais


utilizado no país

1 São Paulo - O transporte público, principalmente o ônibus, é o meio de locomoção


2 mais usado nas cidades brasileiras, de acordo com o estudo Sistema de Indicadores de
3 Percepção Social: Mobilidade Urbana, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
4 (Ipea).
5 Segundo o estudo divulgado nesta segunda-feira (24) na capital paulista, 44% dos
6 brasileiros se locomovem dessa forma.
7 Em segundo lugar aparece o carro, com 23,8%, seguido por motocicleta com 12,6%. O
8 levantamento feito com 2.770 famílias em todo o país constatou ainda que 12,3% se
9 locomovem a pé.
Fonte: Agência Brasil - 24/01/2011 - 12:41 - EUGÊNIO MORAES

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