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CLÍNICA
PASTORAL
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CLÍNICA PASTORAL
CONTEÚDO
CAPÍTULO 01 .............................................................................................................................. 5
A IGREJA E O ACONSELHAMENTO ................................................................................................... 5
A. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 5
B. A DIFÍCIL ARTE DO ACONSELHAMENTO ................................................................................... 6
C. O EXEMPLO DE JESUS NO ACONSELHAMENTO ....................................................................... 8
CAPÍTULO 02 ............................................................................................................................ 12
A IGREJA COMO UMA COMUNIDADE TERAPÊUTICA .................................................................... 12
A. A IGREJA CUMPRINDO O SEU PAPEL TERAPÊUTICO .............................................................. 12
B. A RAZÃO DE SER DA IGREJA ................................................................................................... 14
CAPÍTULO 03 ............................................................................................................................ 16
A PSICOLOGIA PODE AJUDAR? ...................................................................................................... 16
A. A PSICOLOGIA NA ÁREA DO ACONSELHAMENTO .................................................................. 16
B. A VERDADE DESCOBERTA E A VERDADE REVELADA .............................................................. 18
C. A BÍBLIA NÃO É UM LIVRO DE RECEITAS ................................................................................ 19
CAPÍTULO 04 ............................................................................................................................ 20
O NÚCLEO DO ACONSELHAMENTO .............................................................................................. 20
A. AS NECESSIDADES HUMANAS ................................................................................................ 20
B. A VIDA ABUNDANTE ............................................................................................................... 22
C. ALVOS A SER ALCANÇADOS NO ACONSELHAMENTO ............................................................ 23
CAPÍTULO 05 ............................................................................................................................ 26
QUALIFICAÇÕES DOS CONSELHEIROS EFICAZES ........................................................................... 26
A. UM BOM CONSELHEIRO......................................................................................................... 26
B. OUTRAS QUALIFICAÇÕES DE UM CONSELHEIRO EFICIENTE .................................................. 27
CAPÍTULO 06 ............................................................................................................................ 29
TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO ................................................................................................ 29
A. O QUE É ACONSELHAMENTO? ............................................................................................... 29
CAPÍTULO 07 ............................................................................................................................ 37
O PROCESSO DO ACONSELHAMENTO ........................................................................................... 37
A. O QUE O ACONSELHAMENTO NÃO É ..................................................................................... 37
B. TAREFA-DE-CASA NO ACONSELHAMENTO ............................................................................ 38
CAPÍTULO 08 ............................................................................................................................ 43
O CONSELHEIRO E O ACONSELHAMENTO .................................................................................... 43
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CAPÍTULO 01
A IGREJA E O ACONSELHAMENTO
A. INTRODUÇÃO
Algum tempo atrás um pastor escreveu um artigo provocante sob o título, "O
Aconselhamento é Uma Perda de Tempo". Frustrado pelo seu pouco êxito no
aconselhamento, o escritor queixou-se de gastar “horas e mais horas”...
falando ad infinitum com grande número de pessoas que simplesmente não
seguem seus “conselhos pastorais”.
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problemas?
"Ora, nós que somos fortes, devemos suportar as debilidades dos fracos,
e não agradar-nos a nós mesmos" (Rm 15.1).
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A fim de ser mais eficaz o terapeuta deve ser uma pessoa real,
humana... Oferecendo um relacionamento genuinamente humano...
Grande parte da atuação dos terapeutas é supérflua ou não tem
relação com sua eficiência; de fato, muito de seu sucesso não tem
qualquer ligação com o que fazem ou acontecem do que fazem desde
que ofereçam a relação que os terapeutas de opiniões muito diferentes
parecem fornecer... Trata-se de uma relação que não se caracteriza
tanto pelas técnicas usadas pelo terapeuta, mas pelo que ele é; não é
tanto pelo que ele faz, mas pela maneira como o faz.
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É indiscutivelmente mais exato afirmar que Jesus fez uso de várias técnicas
de aconselhamento, dependendo da situação, da natureza do aconselhado e
do problema específico. Ele algumas vezes ouvia cuidadosamente as pessoas
sem dar muita orientação, às claras, mas em outras ocasiões ensinava
incisivamente. Ele encorajava e apoiava, embora também confrontasse e
desafiasse. Jesus aceitava pessoas pecadoras e necessitadas, mas também
exigia arrependimento, obediência e ação.
Ele dedicou-se a servir seu Pai celestial e seus semelhantes (nessa ordem),
preparou-se para sua obra mediante períodos frequentes de oração e
meditação, conhecia profundamente as Escrituras, e buscou ajudar as
pessoas necessitadas a se voltarem para ele, onde podiam encontrar paz,
esperança e segurança.
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De acordo com a Bíblia, os cristãos devem ensinar tudo o que Cristo nos
ordenou e ensinou. Isto inclui certamente doutrinas a respeito de Deus,
autoridade, salvação, crescimento espiritual, oração, a igreja, o futuro, anjos,
demônios e a natureza humana. Todavia, Jesus também ensinou sobre o
casamento, interação entre pais e filhos, obediência, relação entre raças, e
liberdade tanto para homens como para mulheres. Ele ensinou igualmente
sobre assuntos pessoais como sexo, ansiedade, medo, solidão, dúvida,
orgulho, pecado e desânimo.
Ensinar tudo o que Cristo ensinou, portanto, inclui instrução na doutrina, mas
abrange também ajudar as pessoas a se entenderem melhor com Deus, com
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CAPÍTULO 02
Nos anos que se seguiram foi esta igreja de Jesus Cristo que continuou seu
ministério de ensino, evangelização, serviço e aconselhamento. Essas
atividades não foram vistas como responsabilidade especial de líderes
eclesiásticos do tipo "superstar"; mas sim por crentes comuns trabalhando,
compartilhando e cuidando uns dos outros e dos incrédulos fora do corpo. Se
lermos o livro de Atos10 e as Epístolas torna-se aparente que igreja não era
apenas uma comunidade de evangelização, ensino, discipulado, mas também
uma comunidade terapêutica.
1. GRUPOS TERAPEUTICOS
Em anos recentes, profissionais de saúde mental passaram a apreciar o
valor de grupos terapêuticos em que os membros se ajudam uns aos
outros provendo apoio, desafio, orientação e encorajamento que não
seria possível de outra forma. Como é natural, tais grupos podem ser
prejudiciais, especialmente quando se transformam em encontros não-
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2. GRUPOS DIVERSIFICADOS
Tais grupos terapêuticos não precisam limitar-se às reuniões de
aconselhados e um conselheiro. Famílias, grupos de estudo, amigos dignos
de confiança, colegas de profissão, grupos de empregados e outros
pequenos conjuntos de pessoas frequentemente fornecem a ajuda
necessária tanto nas crises como quando os indivíduos enfrentam os
desafios diários da vida. Em toda sociedade, porém, é a igreja que possui
o maior potencial como comunidade terapêutica. Os corpos locais de
crentes podem oferecer apoio aos membros, cura aos indivíduos
perturbados e orientação quando as pessoas tomam decisões e seguem
em direção à maturidade.
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Tudo isto deve ter lugar dentro dos limites de um grupo de crentes, tendo
cada um recebido os dons e habilidades necessários para edificar a igreja.
Como um grupo, guiado por um pastor, os crentes dirigem sua atenção e suas
atividades para o alto, através da adoração a Deus; para o exterior, mediante
a evangelização, e para o interior através da fraternidade e mútua divisão das
cargas. Quando falta um desses elementos, o grupo fica desequilibrado e os
crentes incompletos.
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CAPÍTULO 03
1. A REJEIÇÃO DA PSICOLOGIA
Isto levou alguns escritores a rejeitarem a psicologia, inclusive a área do
aconselhamento e a concluir que a Bíblia é tudo que o cristão interessado
em ajudar as pessoas precisa. Jay Adams, por exemplo, argumenta que os
psiquiatras (e provavelmente os psicólogos) usurparam o lugar dos
pregadores e acham-se perigosamente tentando modificar o compor-
tamento das pessoas e seus valores de maneira ímpia. Escrevendo aos
pastores, Adams afirma que "estudando a Palavra de Deus
cuidadosamente e observando como os princípios bíblicos descrevem as
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Vamos aceitar o fato de que a psicologia pode ser de grande ajuda para o
conselheiro cristão. Como então atravessar o pântano de técnicas, teorias, e
termos técnicos para descobrir os pontos realmente úteis? A resposta
envolve nossa descoberta de um guia — alguma pessoa ou pessoas que sejam
seguidores dedicados de Jesus Cristo, familiarizadas com a literatura no ramo
da psicologia e aconselhamento, treinada neste mister e nos métodos de pes-
quisa (a fim de que a exatidão científica das conclusões dos psicólogos possa
ser avaliada), e eficazes como conselheiros. Um ponto de crucial importância
é os líderes aceitarem a inspiração e autoridade da Bíblia como o padrão
contra o qual toda psicologia deve ser testada assim como em seu papel de
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Palavra escrita de Deus, com a qual todo conselho válido deve concordar.
Antes, porém, de darmos início às nossas análises, vamos fazer uma pausa
para ter uma visão geral das técnicas efetivas de aconselhamento. O capítulo
seguinte servirá de introdução útil para o iniciante, e para o conselheiro
experiente será apresentado como uma recapitulação e atualização.
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CAPÍTULO 04
O NÚCLEO DO ACONSELHAMENTO
A. AS NECESSIDADES HUMANAS
A Bíblia é recheada de exemplos de necessidades humanas. Através de suas
páginas lemos a respeito de:
Solidão
Desânimo
Dúvida
Tristeza
Inveja
Violência
Pobreza
Doença
Tensão interpessoal
1. EXEMPLO DE JÓ
Ele era um homem piedoso, conhecido, rico e grandemente respeitado
por seus contemporâneos. De repente as coisas mudaram. Jó perdeu toda
a sua riqueza. Sua família inteira morreu exceto sua mulher que, sob
pressão, mostrou-se queixosa e implicante. Ele perdeu a saúde, os amigos
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2. CONSELHEIROS INEFICAZES
Há vários anos atrás, um ex-presidente da Associação Americana de
Psicologia calculou que ainda hoje, três entre cada quatro conselheiros
são ineficazes. A proporção cresceu levemente segundo as descobertas de
escritores mais recentes que estudaram a eficácia do aconselhamento. De
acordo com esta pesquisa, podemos estar "bem certos" de que dois den-
tre cada três praticantes são ineficientes e até prejudiciais; desperdiçando
energia, dedicação e cuidado.
3. CONSELHEIROS EFICAZES
Existem, porém conselheiros bem sucedidos, cujo aconselhamento é
grandemente eficaz. Essas pessoas são caracterizadas por uma
personalidade que irradia compreensão, sinceridade e aptidão para
confrontar de maneira construtiva. Esses conselheiros são também hábeis
na aplicação de técnicas que estimulam os aconselhados a se dirigirem
para alvos terapêuticos específicos. Iniciaremos este capítulo com uma
consideração desses alvos de aconselhamento, discutindo as qualificações
de um ajudador eficaz, resumindo algumas técnicas básicas de
aconselhamento, dando uma breve visão geral do processo de
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B. A VIDA ABUNDANTE
Certo dia em que ensinava a seus seguidores, Jesus contou a razão de sua
vinda à terra: “dar-nos vida em abundância e em toda a sua plenitude” – Jo
10.10. Antes disso, no versículo que é hoje certamente o mais conhecido das
Escrituras, Jesus falara sobre o propósito de Deus ao enviar o Filho — "para
que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Jesus
tinha, portanto, dois alvos para os indivíduos:
Vida eterna.
Vamos reconhecer, porém, que existem muitos cristãos sinceros que terão
uma vida eterna, mas não gozam de uma vida muito abundante na terra.
Essas pessoas precisam de aconselhamento que envolva mais do que
evangelização ou educação cristã tradicional. Tal aconselhamento poderia,
por exemplo, ajudar os aconselhados a reconhecer as atitudes prejudiciais
inconscientes, ensinar habilidades interpessoais e novos comportamentos,
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1. AUTOCOMPREENÇÃO
Compreender a si mesmo é, no geral, o primeiro passo para a cura. Muitos
problemas são auto-impostos, mas a pessoa que está sendo ajudada
talvez não reconheça que suas percepções são preconceituosas, suas
atitudes prejudiciais e seu comportamento autodestrutivo.
2. COMUNICAÇÃO
É bem conhecido que muitos problemas no casamento estão relacionados
com uma falta de comunicação entre os cônjuges. O mesmo se aplica a
outros problemas. As pessoas são incapazes ou não estão dispostas a
comunicar-se. O aconselhado precisa aprender a comunicar sentimentos,
pensamentos e atitudes, correta e eficazmente. Tal comunicação envolve
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4. AUTOREALIZAÇÃO
Escritores humanistas recentes têm enfatizado a importância de o
indivíduo aprender a alcançar e manter o seu potencial máximo. Isto é
chamado de "autoealização", sendo proposto por alguns conselheiros
como o alvo de todos os seres humanos quer se achem ou não no ramo
de aconselhamento. Para o cristão, um termo como "Cristo-realização"
poderia ser substituído, indicando que o alvo na vida se completa em
Cristo, desenvolvendo nosso mais elevado potencial mediante o poder do
Espírito Santo que nos leva à maturidade espiritual.
5. APOIO
As pessoas com frequência conseguem alcançar cada um dos alvos acima
e funcionar eficazmente, salvo em períodos temporários de tensão ou
crise incomuns. Tais pessoas podem beneficiar-se de um período de apoio,
encorajamento e "divisão de fardo", até que sejam capazes de remobilizar
seus recursos pessoais e espirituais, a fim de enfrentar eficientemente os
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problemas da vida.
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CAPÍTULO 05
A. UM BOM CONSELHEIRO
O que faz de alguém um bom conselheiro? Num estudo de quatro anos
conduzido com pacientes hospitalizados e vários conselheiros, foi descoberto
que os pacientes melhoravam quando seus terapeutas mostravam um nível
elevado de cordialidade, sinceridade e compreensão empática correta.
Quando faltavam essas qualidades ao conselheiro, os pacientes pioravam.
Essas primeiras descobertas foram apoiadas por pesquisas subsequentes
tanto com pacientes como com aconselhados não hospitalizados. As
qualificações do conselheiro são de tal importância que vale a pena
considerá-las em mais detalhe:
1. CORDIALIDADE
Este termo implica em cuidado, respeito ou preocupação sincera, sem
excessos, pelo aconselhado — sem levar em conta seus atos ou atitudes.
Jesus mostrou isto quando se encontrou com a mulher junto ao poço. As
qualidades morais dela talvez deixassem a desejar, e ele certamente
jamais aprovou o comportamento pecaminoso; mas, mesmo assim, Jesus
respeitou a mulher e a tratou como pessoa de valor. Sua atitude calorosa,
interessada deve ter sido aparente onde quer que fosse.
2. SINCERIDADE
O conselheiro sincero é "real" — uma pessoa aberta, franca, que evita o
fingimento ou uma atitude de superioridade. A sinceridade implica em
espontaneidade sem irreflexão e honestidade sem confrontação
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3. EMPATIA
Como o aconselhado pensa? Como ele se sente na verdade por dentro?
Quais os valores, crenças, conflitos íntimos e mágoas do aconselhado? O
bom conselheiro mostra-se sempre sensível a essas questões, capaz de
entendê-las e comunicar eficazmente essa compreensão (por palavras ou
gestos) ao aconselhado. Esta capacidade de "sentir com" o aconselhado é
o que queremos dizer com compreensão empática correta. É possível
ajudar as pessoas, mesmo quando não entendemos completamente, mas
o conselheiro que consegue empatizar (especialmente no início do
aconselhamento) tem mais probabilidade de tomar-se um ajudador eficaz
de pessoas.
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Allport sugeriu que o conselheiro secular muitas vezes não pode suprir o
amor necessário ao aconselhado e é incapaz de receber o amor que este
quer lhe dar. Será possível, sugeriu ele, que o cristianismo ofereça uma
abordagem para a vida baseada inteiramente no amor e, portanto, possa
ajudar onde o aconselhamento secular fracassa? Isto dá lugar a um desafio
que leva o conselheiro cristão a refletir: um meio básico de ajudar é amar
— pedir a Deus para amar as pessoas necessitadas através de nós e
suplicar que nos conceda mais amor.
2. O AMOR É SUFICIENTE?
Mas, será o amor suficiente? Para algumas pessoas e em relação a alguns
problemas, o amor basta; mas, quanto a outros mais ajuda é necessária.
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CAPÍTULO 06
TÉCNICAS DE ACONSELHAMENTO
A. O QUE É ACONSELHAMENTO?
O aconselhamento é, primariamente, uma relação em que uma pessoa, o
ajudador, busca assistir outro ser humano nos problemas da vida.
1. ATENÇÃO
O conselheiro deve tentar conceder atenção integral ao aconselhado. Isto
é feito mediante:
b. Postura, que deve ser relaxada e não tensa, e que geralmente envolve
inclinar-se em direção ao aconselhado e,
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2. OUVIR
Isto abrange mais do que uma recepção passiva de mensagens. Segundo
o psiquiatra Armand Nicholi, o ato de ouvir eficazmente envolve:
d. Ouvir não apenas o que o aconselhado diz, mas aquilo que ele ou ela
está tentando dizer ou deixou de dizer;
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h. Sentar-se imóvel;
Os conselheiros que falam muito podem dar bons conselhos, mas estes
raramente são ouvidos e terão ainda menos probabilidade de serem
seguidos. Em tais situações, o aconselhado sente que não foi
compreendido. Em contraste, ouvir é um modo de dizer-lhe, "Eu me
interesso". Quando não ouvimos, mas aconselhamos falando, esta é com
frequência uma expressão da própria insegurança do conselheiro ou de
sua incapacidade para tratar de situações ambíguas, ameaçadoras ou
emocionais.
3. RESPONDER
Não se deve supor, porém, que o conselheiro nada faz além de ouvir. Jesus
era um bom ouvinte (lembre-se do seu encontro com os dois discípulos
confusos na estrada de Emaús, por exemplo), mas a sua ajuda também se
caracterizava pela ação e respostas verbais específicas.
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4. ENSINAR
Todas essas técnicas são na verdade formas especializadas de educação
psicológica. O conselheiro é um educador, ensinando através da instrução
e orientando o aconselhado à medida que ele ou ela aprende a enfrentar
os problemas da vida. Da mesma forma que outros tipos pessoais de
educação, o aconselhamento é mais eficaz quando as discussões são
específicas e não vagas, focalizando situações concretas ("Como posso
controlar meu gênio quando sou criticado por minha esposa?") em lugar
de alvos nebulosos ("Quero ser mais feliz").
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Tal expressão sincera e direta de como alguém se sente numa situação são
terapêuticas e tratam com os sentimentos antes destes deteriorarem e
crescerem negativamente. As respostas imediatas também ajudam os
aconselhados (e conselheiros) a compreenderem melhor como as suas
reações afetam outros e como eles respondem emocionalmente aos
relacionamentos interpessoais. Tal compreensão é um aspecto
educacional importante do aconselhamento.
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CAPÍTULO 07
O PROCESSO DO ACONSELHAMENTO
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Uma das razões para isto é que os estágios são raramente identificados com
tanta clareza ou tão facilmente como os parágrafos anteriores talvez sugiram.
Sem levar em conta quão eficaz possa ser a hora de aconselhamento, sua
influência pode ser diminuída se o aconselhado sair da sessão e esquecer-se
ou ignorar o que aprendeu. A fim de enfrentar este problema, muitos
conselheiros dão tarefa de casa — projetos destinados a fortalecer, expandir
e estender o processo de aconselhamento para além do período que o
aconselhado passa com o conselheiro.
B. TAREFA-DE-CASA NO ACONSELHAMENTO
Em seu excelente livro sobre a ajuda, o psicólogo Paul Welter nota que cada
pessoa tem um modo especial de aprender.
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1. TESTES
Isto inclui questionários, formulários para completar sentenças, testes
padronizados, e trabalhos escritos (tais como preparar uma breve
biografia, fazer uma lista dos alvos na vida, fazer uma lista daquilo que
gosta ou não gosta sobre o emprego, e assim por diante). Essas respostas
escritas são devolvidas ao conselheiro e discutidas com ele.
3. TAREFAS COMPORTAMENTAIS
Os aconselhados são às vezes encorajados a modificar suas atitudes de
maneira leve, mas importante, entre as sessões de aconselhamento. Dizer
"obrigado", fazer elogios periódicos, não queixar-se de certo hábito
aborrecido do nosso cônjuge, chegar ao trabalho na hora, ler a Bíblia
durante dez minutos diariamente — esses são os tipos de sugestões de
mudança de comportamento dadas pelos conselheiros e depois discutidas
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com os aconselhados.
4. LEITURA
Os livros e artigos com frequência contêm informação útil que pode
completar as sessões de aconselhamento. Existe sempre o perigo dos
aconselhados interpretarem mal o que foi escrito ou que algo seja tirado
de seu contexto.
5. TERAPIA MUSICAL
A terapia musical — uso da música para ajudar as pessoas com seus
problemas — é pelo menos tão antiga quanto as melodias calmantes que
Davi tocava para serenar o perturbado rei Saul. Muitas pessoas relaxam
ligando o seu aparelho de som depois de um dia pesado de trabalho.
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CAPÍTULO 08
O CONSELHEIRO E O ACONSELHAMENTO
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B. A MOTIVAÇÃO E O CONSELHEIRO
Por que você quer aconselhar? Alguns conselheiros cristãos, especialmente
pastores, foram praticamente obrigados a exercer essa ocupação devido às
pessoas que os procuraram espontaneamente para pedir ajuda com seus
problemas. Outros conselheiros encorajaram as pessoas a procurá-los e
talvez tenham feito um treinamento especial, baseados na suposição válida
de que o aconselhamento é uma das maneiras mais eficazes de servir aos
outros. Como vimos, a Bíblia ordena o cuidado mútuo e isto com certeza
envolvem o aconselhamento.
Quase nunca é fácil analisar e avaliar nossos motivos. Isto talvez se aplique
especialmente quando examinamos nossas razões para praticar o
aconselhamento. Um desejo sincero de auxiliar as pessoas a se
desenvolverem é uma razão válida para tomar-se um conselheiro, mas
existem outras que motivam os conselheiros e que interferem com a eficácia
de seu aconselhamento.
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3. A NECESSIDADE DE PODER
O conselheiro autoritário gosta de "endireitar" os outros, dar conselhos
(mesmo quando não solicitado), e desempenhar o papel de "solucionador
de problemas". Alguns aconselhados do tipo dependente podem desejar
isto, mas não serão ajudados se suas vidas forem controladas por outra
pessoa. A maioria das pessoas, no entanto, irá eventualmente opor
resistência a um conselheiro autoritário. Ele ou ela não será verdadeiro
ajudador.
4. A NECESSIDADE DE SOCORRER
O conselheiro deste tipo tira a responsabilidade do aconselhado ao
demonstrar uma atitude que diz claramente: "você não é capaz de
resolver isso, deixe tudo comigo". Esta foi chamada de abordagem do
messias benfeitor. Ela pode satisfazer o aconselhado por algum tempo,
mas raramente fornece ajuda duradoura. Quando a técnica de socorro
falha (como acontece muitas vezes), o conselheiro sente-se culpado e ina-
dequado — como um messias incapaz de salvar os perdidos.
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CAPÍTULO 09
A EFICÁCIA DO CONSELHEIRO
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B. O PAPEL DO CONSELHEIRO
O aconselhamento, especialmente o pastoral, toma-se às vezes ineficaz
porque o conselheiro não tem uma ideia clara do seu papel e
responsabilidades. Numa série inteligente de artigos publicados há vários
anos atrás, Maurice Wagner identificou várias áreas potenciais de confusão
de papéis.
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O conselheiro deve manter uma atitude vigilante caso deseje evitar esses
oito riscos. Como ajudadores cristãos honramos a Deus executando nossa
tarefa da melhor forma possível, desculpando-nos ao cometer erros, e
usando nossos erros como situações de aprendizado e degraus de acesso
para o nosso desenvolvimento.
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CAPÍTULO 10
A VULNERABILIDADE DO CONSELHEIRO
1. MANIPULAÇÃO
Algumas pessoas são mestras em impor a sua vontade controlando ou-
tros. Conta-se a história de um jovem conselheiro que se sentia inseguro
e queria agradar. Não desejando ser rotulado como o "conselheiro
anterior que não se importava", o jovem conselheiro achava-se decidido
a ser útil. As sessões de aconselhamento encompridaram e tornaram-se
mais frequentes. Antes de pouco tempo o conselheiro estava dando
telefonemas, fazendo pequenos serviços e empréstimos e até compras
para o aconselhado, que constantemente expressava sua gratidão e
chorosamente pedia mais.
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1. RESISTÊNCIA
As pessoas algumas vezes buscam ajuda por desejarem alívio imediato da
dor, mas quando descobrem que o alívio permanente pode exigir tempo,
esforço e maior sofrimento ainda, elas resistem ao aconselhamento.
Noutras ocasiões os problemas fornecem benefícios que o paciente não
quer perder (atenção pessoal de outros, por exemplo, ou compensações
pela sua invalidez, menor responsabilidade, ou gratificações mais sutis,
tais como castigo ou a oportunidade de tornar a vida difícil para os
demais).
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Por que acho ser esta a pior (ou melhor) pessoa que já aconselhei?
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CAPÍTULO 11
A SEXUALIDADE DO CONSELHEIRO
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B. O AUTOCONTROLE DO CONSELHEIRO
A atração sexual por um aconselhado é coisa comum e o conselheiro
prudente deve esforçar-se ao máximo para exercer autocontrole.
1. PROTEÇÃO ESPIRITUAL
A meditação sobre a Palavra de Deus, a oração (incluindo a intercessão de
outros) e a confiança na proteção do Espírito Santo, são elementos
importantíssimos. Além disso, os conselheiros devem vigiar sua mente. A
fantasia muitas vezes precede a ação e o conselheiro sábio cultiva o hábito
de não demorar-se em pensamentos luxuriosos, mas focalizá-los naquilo
que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável e bom.
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3. ESTABELECIMENTO DE LIMITES
Quando a atração sexual se faz presente e é reconhecida, o conselheiro
pode interromper o aconselhamento, transferir o trabalho para outra
pessoa, ou até mesmo discutir esses sentimentos com o aconselhado.
Antes de qualquer coisa, porém, é melhor estabelecer certos limites
definidos, prescrevendo claramente a frequência e duração das sessões
de aconselhamento e apegar-se a esses limites;
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4. ANÁLISE DE ATITUDES
Não existe proveito algum em negar os seus instintos sexuais. Eles são
comuns, com frequência embaraçosos e bastante estimulantes, mas
controláveis. Lembre-se do seguinte:
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que "o diabo me obrigou a isso", mas o diabo só tenta. Ele nunca nos
obriga a fazer nada. Nós decidimos pecar, deliberando e agindo
contrariamente à orientação do Espírito Santo, que reside no interior
do crente e é maior que Satanás. É importante que tanto conselheiros
como aconselhados compreendam isto.
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CAPÍTULO 12
A ÉTICA DO CONSELHEIRO
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B. A “QUEIMA” DO CONSELHEIRO
Os alunos que se diplomam em aconselhamento com frequência supõem que
o trabalho de ajudar pessoas irá prover uma vida inteira de satisfação e
realização vocacional. Algum tempo depois de formados, a maioria dos
conselheiros descobre, porém que seu trabalho é árduo, que muitos
consulentes não melhoram, e que o envolvimento constante com os
problemas e misérias de outros é psicológica e fisicamente extenuante.
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CAPÍTULO 13
AS CRISES NO ACONSELHAMENTO
Vários escritores comentaram que a palavra chinesa para "crise" inclui dois
símbolos. Um significa perigo e o outro oportunidade.
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O que o indivíduo faz com essa ajuda e como resolve a crise tem:
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2. CRISES DE DESENVOLVIMENTO
As crises de desenvolvimento surgem no curso do desenvolvimento
humano normal. Entrada na escola, ida para a faculdade, ajustes no
casamento e na paternidade, aceitação de críticas, enfrentar a
aposentadoria e o declínio da saúde, adaptação à morte de amigos, todas
essas podem ser crises que exigem novas abordagens para a solução de
problemas e de como superar dificuldades. Abraão e Sara, por exemplo,
tiveram de enfrentar mudanças, críticas, muitos anos de esterilidade,
tensões familiares e até a ordem de Deus de que o jovem Isaque fosse
sacrificado. Poderíamos ficar imaginando como um casal idoso como Za-
carias e Isabel trataram um filho tão peculiar como João Batista, ou como
Maria e José puderam criar alguém tão diferente e brilhante como o
menino Jesus. Houve com certeza crises de desenvolvimento — pontos
críticos que exigiram períodos prolongados de tomada de decisões sábias
mas que também proporcionaram crescimento progressivo.
3. CRISES EXISTENCIAIS
As crises existenciais, que quase sempre se sobrepõem às acima, surgem
quando somos forçados a enfrentar verdades perturbadoras, tais como a
compreensão de que:
Sou um fracasso;
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CLÍNICA PASTORAL
Estou aposentado;
Depois de uma grande vitória espiritual, Elias foi perseguido por Jezabel
e fugiu para o deserto aonde chegou à conclusão de que não passava de
um fracasso. Jonas teve esses mesmos pensamentos enquanto lutava
com Deus. Depois de seus infortúnios, Jó certamente debateu a pergunta:
"O que aconteceu comigo e o que mais ainda vai acontecer?"
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CAPÍTULO 14
2. DIMINUIR A ANSIEDADE
Diminuir a ansiedade, apreensão e outros tipos de insegurança que
possam persistir depois de ter passado a crise;
3. ENSINAR
Ensinar técnicas para a solução de crises, a fim de que a pessoa fique mais
bem preparada para antecipar e tratar das crises futuras; e
4. CONSIDERAR
Considerar os ensinos bíblicos sobre as crises, a fim de que a pessoa
aprenda com as mesmas e cresça como resultado dessa experiência.
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1. FAZER CONTATO
As pessoas em crise nem sempre procuram a ajuda de um conselheiro. Na
maioria das vezes somos nós que devemos nos aproximar delas,
mostrando cordialidade, compreensão e interesse genuínos. E preciso
entender que o aconselhamento nas ocasiões de crise pode levar tempo,
e que o ponto de vista do aconselhado deve ser compreendido antes de
serem feitas quaisquer sugestões.
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CLÍNICA PASTORAL
2. REDUZIR A ANSIEDADE
Os modos calmos e descontraídos do conselheiro podem ajudar a reduzir
a ansiedade do aconselhado, especialmente quando esta calma é
acompanhada de segurança. Ouça com paciência e atentamente
enquanto o aconselhado descreve a sua situação, forneça fatos que lhe
dêem segurança ("Existem meios de tratar desse problema"), mostre
aprovação quando algo for feito eficientemente ("Penso que tomou uma
boa decisão - isso mostra que está no caminho certo"), e quando possível
ofereça um prognóstico do que vai acontecer ("Sei que é difícil, mas penso
que você vai resolver tudo muito bem").
Você pode querer sugerir às vezes uma pausa para tomar fôlego, a tensão
e relaxamento consciente dos músculos ou o uso periódico de outras
técnicas para reduzir a tensão muscular. O efeito calmante dos versículos
bíblicos, tais como I Coríntios 10.3 pode ser também útil. Cada um desses
métodos de redução de ansiedade é por vezes usado em excesso, fazendo
com que o aconselhado sinta-se preso numa armadilha ou sufocado, mas
eles podem igualmente reduzir os efeitos da tensão e tornar mais fácil
tratar construtivamente dos problemas envolvidos nas crises.
3. FOCALIZAR OS PROBLEMAS
Em épocas de crise é fácil ser vencido pelo que parece um amontoado de
fatos e problemas confusos. Ajude o aconselhado a decidir quais as
questões específicas que devem ser enfrentadas e os problemas a serem
resolvidos. Tente focalizar a situação como se apresenta no momento e
não naquilo que poderá acontecer no futuro.
4. AVALIAR OS RECURSOS
A disposição do conselheiro em prestar ajuda é um recurso importante
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5. PLANEJAR A INTERVENÇÃO
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6. ENCORAJAR AÇÃO
Certas pessoas são capazes de decidir qual a melhor atitude a tomar e
depois ficam com medo de prosseguir com o plano. O conselheiro deve,
portanto, encorajar o aconselhado a agir, avaliar o seu progresso, e
modificar os planos e atos sempre que a experiência indicar a sabedoria
desta atitude.
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7. INSTILAR ESPERANÇA
Em todo aconselhamento é mais provável haver melhora quando é
transmitido ao aconselhado um senso realista de esperança para o futuro.
A esperança traz alívio ao sofrimento, baseado numa crença de que as
coisas serão melhores no futuro. A esperança nos ajuda a evitar o
desespero e liberta a energia para enfrentar a situação de crise. O
conselheiro cristão instila esperança de três maneiras (que não são citadas
aqui necessariamente na ordem em que devem ser usadas).
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8. INTERFERIR NO AMBIENTE
Às vezes é necessário modificar o ambiente do aconselhado —
encorajando outros a orar, dar dinheiro ou suprimentos, fornecer ajuda
prática, ou assistir de qualquer outra forma a pessoa em crise.
9. ACOMPANHAMENTO
O aconselhamento em tempos de crise é, no geral, de curta duração.
Depois de uma ou duas sessões o aconselhado volta à rotina da vida e não
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CLÍNICA PASTORAL
continua com a terapia. Mas, será que alguma coisa foi aprendida? A
próxima crise será enfrentada com mais eficiência? A pessoa está vivendo
satisfatoriamente agora, depois de passado o ponto crítico? Essas
questões devem preocupar o conselheiro, que quase sempre pode
acompanhar o caso com um telefonema ou visita. Mesmo quando o
aconselhamento não é mais necessário, tal interesse de
"acompanhamento" pode encorajar o aconselhado e fazê-lo lembrar-se
de que alguém ainda se importa com ele.
C. ENCAMINHAMENTO
Algumas vezes podemos ajudar melhor os aconselhados encaminhando-os
para outra pessoa cujo treinamento, perícia e disponibilidade talvez os
assistam melhor. O encaminhamento não significa necessariamente que o
conselheiro seja incompetente ou que deseje livrar-se do aconselhado. Pelo
contrário, pode refletir o interesse do conselheiro pelo seu paciente e
mostrar a compreensão por parte dele de que ninguém é suficientemente
hábil para aconselhar todo tipo de pessoas.
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CAPÍTULO 15
O FUTURO DO ACONSELHAMENTO
A. A DIVISÃO DO ACONSELHAMENTO
O aconselhamento foi classificado em três áreas: terapêutica, preventiva e
educativa.
1. ACONSELHAMENTO TERAPÊUTICO
O aconselhamento terapêutico envolve a ajuda ao indivíduo, a fim de que
ele trate dos problemas existentes na vida.
2. ACONSELHAMENTO PREVENTIVO
O preventivo procura impedir que os problemas se agravem ou evitar
completamente a sua ocorrência.
3. ACONSELHAMENTO EDUCATIVO
O aconselhamento educativo envolve a iniciativa por parte do
conselheiro, no sentido de ensinar princípios de saúde mental a grupos
maiores.
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BIBLIOGRAFIA
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York: Harper and Row, 1967); John MacArthur, Jr., The Church: The Body
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Commi-tted (New York: Harper and Row, 1961).
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1962).
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