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GLOSSÁRIO
Parte 1
• abordagem clássica: forma de administrar dando ênfase à maneira correta de se
definir a estrutura organizacional e as responsabilidades dos administradores,
determinadas por meio de uma compreensão precisa e metódica do trabalho a ser
executado. (Ver escola clássica da administração).
• abordagem comportamental: Forma de administrar que prioriza a importância de se
compreender e conhecer os subordinados e suas necessidades de modo a motivá-los
e a obter melhores resultados por meio deles. A ênfase desta abordagem são as
pessoas e suas formas de comportamento, as maneiras de integrar os objetivos das
pessoas com os da organização, as melhores formas de motivá-las e as melhores
formas de administrar e liderar considerando as pessoas que compõem a organização.
Mary Parker Follet foi a pioneira desta abordagem com estudos que, realizados na
década de 1920, são atuais ainda hoje. Esta abordagem ganhou grande ímpeto com os
estudos realizados em Hawthorne pela Western Electric Company. Os estudos,
iniciados em 1924 e terminados no final da década dos trinta sob a supervisão de Elton
Mayo, mostraram que, além da remuneração e das condições de trabalho, algo mais
importante influenciava a produtividade. Os pesquisadores concluíram, após estudos e
entrevistas com o pessoal da produção, que o que realmente motivava os empregados
era a tenção que lhes era dada pelos experimentadores e pela alta administração da
empresa, bem como a identificação dos empregados com os administradores e a
empresa. A partir daí começou a tomar vulto a preocupação com as formas de motivar
os empregados e com as relações entre as pessoas. Esta abordagem teve outro
ímpeto com a publicação do livro Administrative Behavior de Herbert Simon em 1945.
Entre os autores desta abordagem encontram-se Maslow, McGregor, Likert, Chris
Argyris, Herzberg, Blake, Mouton, Reddin e muitos outros.
• abordagem contingencial: forma de administrar que diz que o melhor estilo gerencial
e as melhores decisões dependem, em cada caso, de muitos fatores, como do
ambiente em que se encontra a empresa, do seu pessoal e da situação específica em
que ela se encontra. Ela estimula os administradores a diagnosticar a situação
cuidadosamente antes das decisões. Um aspecto importante dessa teoria é a
conclusão de que as condições do ambiente é que causam as transformações no
interior das organizações e a de que não se consegue alto nível de sofisticação
organizacional com a aplicação de um só modelo.
• abordagem sistêmica: a teoria dos sistemas foi idealizada pelo biólogo Ludwig von
Bertalanffy num esforço para criar princípios gerais aplicáveis a todos os ramos do
conhecimento. A abordagem sistêmica compreende o estudo das organizações e das
formas de administrar baseados no conceito de que a organização é um sistema aberto
que interage permanentemente com o ambiente no qual está inserido e é composto de
subsistemas que interagem entre si. O foco é a interação da organização com o
ambiente. (Ver visão sistêmica).
• ação ordinária: título que caracteriza ao seu possuidor a propriedade de uma parcela
da companhia. As ações ordinárias dão direito a votos nas assembléias gerais
proporcionalmente ao número de ações possuídas. Os proprietários de ações
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ordinárias são sempre os últimos a receber distribuições de lucros e, em caso de
liquidação da empresa, os ativos remanescentes.
• ação preferencial: ação que tem prioridade em relação às ações ordinárias quanto ao
pagamento de dividendos. Dão aos seus proprietários também prioridade, em relação
aos proprietários de ações ordinárias, no recebimento dos ativos remanescentes em
caso de liquidação da companhia. Em geral, as ações preferenciais não têm direito a
voto nas assembléias gerais.
• ação: 1. documento que indica que seu possuidor é proprietário de uma fração da
empresa que emitiu aquela ação; 2. ato; medida tomada.
• acionista: pessoa física ou jurídica que possui uma ou mais ações de uma companhia.
• administração: 1. conjunto de esforços que tem por objetivo: (a) planejar; (b)
organizar; (c) dirigir; (d) coordenar e (e) controlar as atividades de um grupo de
indivíduos que se associam para atingir um resultado comum; 2. conjunto de princípios,
normas, decisões e ações visando a aproveitar da melhor forma as circunstâncias
externas, de modo a utilizar o mais eficientemente possível os recursos de que dispõe
a organização (pessoas, máquinas, materiais e capital) para fazê-la sobreviver e
progredir; 3. é o conjunto de esforços e ações de planejamento, organização, liderança,
coordenação e controle das atividades de uma unidade organizacional, área, empresa
ou grupo de empresas, diagnosticando as suas deficiências e identificando os seus
aspectos positivos; estabelecendo metas, planos e programas para sanar as
deficiências e expandir e desenvolver os aspectos positivos; tomando, dentro do seu
âmbito, as decisões e providências necessárias para transformar em realidade esses
planos e programas, controlando os seus resultados, visando ao cumprimento das
metas estabelecidas; 4. processo de administrar.
• administrador: pessoa responsável pelos resultados do trabalho de outros
empregados que lhe são subordinados e que, portanto, ele dirige. O administrador
obtém resultados por meio da sua equipe.
• administrar: 1. planejar, organizar, liderar, coordenar e controlar as atividades de uma
unidade organizacional, conjunto de unidades, empresa, ou grupo de empresas,
diagnosticando suas deficiências e os seus aspectos positivos, estabelecendo metas,
planos e programas para sanar as deficiências e expandir e desenvolver os aspectos
positivos; tomando, dentro do seu âmbito, as providências e decisões necessárias para
transformar em ações e realidade esses planos e programas, controlando os seus
resultados, visando ao cumprimento das metas estabelecidas; 2. processo de tomada
de decisões dentro dos critérios e do escopo aprovado na sua área de
responsabilidade. Inclui também a execução das políticas e planos aprovados; 3. tirar o
melhor partido das circunstâncias externas, de modo a utilizar o mais eficientemente e
eficazmente possível os recursos disponíveis; 4. o ato de trabalhar com e por meio de
pessoas para realizar os objetivos tanto da organização quanto de seus membros.
• ambiente externo: tudo aquilo que cerca ou envolve um sistema e que o influencia ou
recebe sua influência, de forma direta ou indireta. Os fatores ambientais podem estar,
em alguns casos, fora do controle do sistema.
• ambiente interno: tudo aquilo que compõe um sistema, seus órgãos e recursos. Numa
empresa, os recursos organizacionais, de informação, financeiros, humanos e
tecnológicos.
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• análise sistêmica: análise de um sistema considerando corretamente todas as
variáveis de todos os seus elementos e as inter-relações entre eles, bem como as
relações do sistema com o meio ambiente.
• artesão: trabalhador altamente qualificado que com o uso de ferramentas simples e
flexíveis produz exatamente o que o consumidor deseja: um item de cada vez,
geralmente de natureza artística.
• assembléia geral de acionistas: reunião dos acionistas de uma empresa, convocada
e instalada de acordo com a lei e o estatuto. A assembléia assim convocada e
instalada tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao objeto da companhia
e tomar todas as resoluções que julgar convenientes à sua defesa e desenvolvimento.
• atividade: qualquer ação ou trabalho específico.
• atividades adjetivas: o mesmo que atividades meios.
• atividades de direção: atividades que constituem o conjunto de esforços no nível
hierárquico mais alto da instituição, visando a determinar os seus objetivos e promover
sua realização por meio do acionamento de recursos de qualquer tipo como: humanos,
materiais, financeiros e informação.
• atividades fins: atividades que constituem o conjunto de esforços visando a realizar os
fins a que se propõe a instituição. Em geral, abrangem as atividades vinculadas ao
ciclo de produção da empresa, isto é, as que se iniciam com o pedido de cotação,
passando por todas as etapas produtivas e terminando com o controle da cobrança. As
atividades de direção são sempre, por definição, atividades fins, uma vez que estão
diretamente vinculadas à determinação e realização dos objetivos.
• atividades improdutivas: terminologia alemã para atividades meios.
• atividades meios: atividades que constituem o conjunto de esforços com o objetivo de
apoiar ou facilitar a realização dos fins ou das atividades fins da instituição.
• atividades produtivas: terminologia alemã para atividades fins.
• atividades quase-fins: atividades ligadas ao ciclo de produção de uma empresa, que
não são consideradas atividades fins, mas que não podem ser consideradas atividades
meios.
• atividades substantivas: o mesmo que atividades fins.
• bolsa de valores: instituição de direito privado, regulada pelo governo, na qual são
efetuadas as trocas de ações e demais títulos mobiliários, públicos e privados,
corporificando o mercado para estes títulos.
• bonificação: distribuição gratuita de ações novas aos atuais acionistas na proporção
das ações que cada acionista já possui, em virtude de aumento de capital pela
incorporação de reservas.
• burocracia: 1. agrupamento social em que rege o princípio da competência definida
mediante regras impessoais, estatutos, regulamentos; da documentação; da hierarquia
funcional; da permanência obrigatória do servidor na repartição, durante determinado
período de tempo; e da subordinação do exercício dos cargos a normas abstratas
(Weber). O burocrata decide em função de experiências anteriores, de precedentes e
da falta de confiança nas pessoas. As regras, regulamentos e técnicas de controle
estão definidos com precisão; 2. administração da coisa pública por funcionário de
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ministério, secretarias e repartições, por exemplo, sujeito à hierarquia e regulamento
rígidos, e a uma rotina inflexível — complicação ou morosidade no desempenho do
serviço administrativo (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira).
• capital aberto: característica de uma sociedade anônima em que o capital,
representado por ações, está dividido entre muitos acionistas. Para ser considerada de
capital aberto, a empresa deve estar registrada na bolsa de valores e ter suas ações
negociadas em bolsa.
• capital fechado: característica de uma sociedade anônima em que o capital,
representado por ações, está dividido, em geral, entre poucos acionistas. Mesmo que a
empresa tenha muitos acionistas, se ela não estiver registrada na bolsa de valores e
não tiver, portanto, suas ações negociadas em bolsa, ela será de capital fechado.
• capital: 1. tudo aquilo que pode ser usado para gerar renda ou produzir riqueza,
inclusive dinheiro, ferramentas, máquinas, direitos de propriedade sobre um bem
tangível ou intangível, tempo do trabalhador; 2. instalações, máquinas e ferramentas
usadas no processo produtivo de um bem.
• capitalismo: sistema econômico em que cada pessoa tem o direito à propriedade
privada e, dentro de regras definidas, pode usar a sua propriedade da forma que lhe
pareça mais conveniente; em particular ela pode investir dinheiro e receber juros, criar
empresas com finalidades lucrativas, trabalhar em negócios, vender e comprar, sem
ser impedida pelas autoridades públicas, desde que sejam respeitadas as leis vigentes.
• capitalista: pessoa que possui capital e o investe num negócio.
• cliente: 1. usuário de bens e serviços proporcionados pela empresa; 2. aquele que
decide sobre a compra dos bens e serviços vendidos pela empresa; 3. aquele que
paga os bens e serviços que são comprados da empresa.
• companhia aberta: companhia cujas ações e debêntures são admitidos à negociação
em bolsas de valores ou no mercado de balcão.
• companhia: o mesmo que sociedade anônima, isto é, uma sociedade em que o capital
é dividido em ações e a responsabilidade dos sócios ou acionistas é limitada ao preço
de emissão das ações subscritas ou adquiridas, exceto no que diz respeito aos
acionistas que têm o controle acionário da empresa e a dirigem diretamente ou
escolhem seus dirigentes.
• conselho de administração: órgão de deliberação colegiada, eleito pela assembléia
geral de acionistas, com poderes para fixar a orientação geral dos negócios da
companhia; eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as atribuições;
fiscalizar a gestão dos diretores e deliberar sobre os assuntos mais importantes da
companhia.
• conselho fiscal: órgão de uma sociedade anônima, cujas pessoas são escolhidas
pelos sócios, a quem cabe fiscalizar e aprovar as contas da sociedade.
• controlar: 1. acompanhar ou medir alguma coisa, comparar resultados obtidos com
previstos e tomar as medidas corretivas cabíveis; 2. medida do desempenho em
comparação com os objetivos e metas predeterminados, incluindo a coleta e a análise
de fatos e dados relevantes, a análise das causas de eventuais desvios, as medidas
corretivas e, se necessário, o ajuste dos planos; 3. assegurar que as atividades da
organização levam-na em direção aos objetivos definidos. Isso envolve: medir o
desempenho, compará-lo com o desejado e tomar as medidas corretivas necessárias.
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• controle: função administrativa que consiste em medir e corrigir o desempenho de
subordinados para assegurar que os objetivos e metas da empresa sejam atingidos e
os planos formulados para alcançá-los sejam realizados.
• cooperativa: empresa formada e dirigida por uma associação de usuários ou de
fornecedores de um produto, os quais se reúnem com o objetivo de desenvolver uma
atividade econômica de interesse dos associados ou de prestar serviços comuns,
eliminando os intermediários.
• coordenar: 1. balancear, sincronizar e integrar as ações das pessoas e as atividades
das unidades organizacionais, de acordo com certa ordem e método, a fim de
assegurar o seu desenvolvimento harmônico e equilibrado; 2. cooperar com todas as
demais unidades da organização para que as atividades sejam executadas de forma:
(a) balanceada (equilibrada, isto é, na quantidade correta); (b) sincronizada (isto é, no
momento certo); (c) integrada (isto é, na direção certa).
• diretor: pessoa eleita por uma assembléia de acionistas ou pelo conselho de
administração de uma empresa para participar da sua direção no mais alto nível
hierárquico.
• diretoria: conjunto dos diretores de determinada empresa.
• dirigir: liderar; comandar; dar ordens; determinar o rumo da instituição. A direção
requer autoridade e, portanto, implica em poder para aplicar sanções em caso de
desobediência. Além disso, presume-se que a ação de dirigir é exercida nos níveis
hierárquicos mais elevados da organização. (Ver atividades de direção).
• dividendo: quantia paga por uma sociedade anônima aos seus acionistas, em geral
em função de lucros obtidos, por determinação da assembléia geral de acionistas,
geralmente em função de recomendação do conselho de administração. O dividendo é
pago aos acionistas proporcionalmente ao número de ações que cada um possui.
• divisão de trabalho: 1. Amplitude e diversidade das tarefas exercidas numa
sociedade. 2. Fragmentação de uma atividade em componentes, de modo que cada
pessoa seja responsável por um conjunto limitado de atividades, permitindo, com isto
maior especialização, maior eficiência e desenvolvimento de habilidades específicas. 3.
O processo pelo qual cada tipo de trabalho é executado pelas pessoas que são mais
produtivas na sua execução, ou que possuem o menor custo de oportunidade ao
executá-lo.