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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE


INSTITUTO DE ARTE E COMUNICAÇÃO SOCIALDEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA
INFORMAÇÃO
GRADUAÇÃO EM BACHAREL EM BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO

ELISÂNGELA COELHO DE MORAIS

BIBLIOTECAS PÚBLICAS

Niterói
2016
2

ELISÂNGELA COELHO DE MORAIS

BIBLIOTECAS PÚBLICAS

Trabalho de conclusão de curso


apresentado a Universidade Federal
Fluminense, como requisito parcial para
conclusão do curso de Bacharel em
Biblioteconomia e Documentação.

Orientadora:
a
Prof. Dra. Esther Hermes Lück.

Niterói
2016
3

M827 Morais, Elisângela Coelho de.


Bibliotecas públicas / Elisângela Coelho de Morais. – 2016.
50f. : il.
Orientadora: Esther Hermes Lück.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biblioteconomia e


Documentação) – Universidade Federal Fluminense, 2016.
Bibliografia: f. 42- 50.
1. Bibliotecas públicas. 2. História das Biblioteca Pública Brasileira. I. Lück,
Esther Hermes. II. Universidade Federal Fluminense. Instituto de Arte e
Comunicação Social. III. Título.
4

ELISÂNGELA COELHO DE MORAIS

BIBLIOTECAS PÚBLICAS

Trabalho de conclusão de curso


apresentado a Universidade Federal
Fluminense, como requisito parcial para
conclusão do curso de Bacharel em
Biblioteconomia e Documentação

Aprovada em 21 de Dezembro de 2016.

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________
Profª. Drª Esther Hermes Lück (Orientadora)
Doutora em Políticas Públicas e Formação Humana pela UERJ

_____________________________________________
Prof. Rodrigo De Sales
Doutor em Ciência da Informação pela UNESP/MARÍLIA

______________________________________________
Profª. Drª Michelly Jabala Mamede Vogel
Doutora em Ciência da Informação pela ECA-USP

Niterói
2016
5

A todas as pessoas que estiveram do meu lado em todos os momentos de minha vida.

Aos meus pais, familiares e amigos.


6

AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.

A Universidade Federal Fluminense, junto ao seu corpo docente, direção e


administração que abriram esta janela de oportunidades que hoje iluminou um horizonte
superior, eivado pela acendrada confiança no mérito e ética aqui presentes.

A profª orientadora Esther Hermes Lück, pelo suporte no pouco tempo que lhe
coube, pelas suas correções e incentivos.

Aos meus pais, familiares e amigos, pelo amor, incentivo e apoio incondicional
durante este período de estudos, estágios, concursos e cursos. Sem a base que me
proporcionaram, jamais escreveria estas linhas.
7

O futuro pertence aqueles que acreditam na beleza de seus sonhos.

Eleonor Roossevel
8

RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso de curso é uma pesquisa bibliográfica que trata da
biblioteca pública no contexto brasileiro. Apresenta duas seções principais. Primeira seção é
dedicada às características, funções, definições, e responsabilidades das bibliotecas públicas
na sociedade. Traz, também, a importância do Manifesto da UNESCO para as Bibliotecas e o
papel delas no desenvolvimento intelectual humano. A segunda seção trata da história das
bibliotecas públicas no Brasil, incluindo, questões ligadas aos programas e políticas de
desenvolvimento das bibliotecas públicas e à importância da difusão do hábito de leitura.
Destaca o Plano Nacional de Leitura, o Programa Nacional de Incentivo à Leitura – PROLER
e o Projeto Mais Bibliotecas.

Palavras-chave: Biblioteca Pública; História da Biblioteca pública no Brasil.


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ABSTRACT

This job completion paper presents two main sections. First section, Public Library is
dedicated to the characteristics, functions, definitions, and responsibilities of public libraries
in society. Raises also the question of the importance of the UNESCO Manifest for Libraries
and their main role in human intellectual development. The second section deals with the
history of public libraries in Brazil, including issues related to public library development
programs and policies and the importance of disseminating the reading habit. It highlights the
National Reading Plan, the National Reading Incentive Program - PROLER and the More
Libraries Project.

Keywords: Public Library; History of public libraries in Brazil.


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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Funções e atividades culturais das bibliotecas públicas 18


Quadro 2: Distribuição das bibliotecas públicas no Brasil por região geográfica 35
11

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa das Bibliotecas Públicas Brasileira 34


Figura 2: Biblioteca Municipal Pública Alceu Amoroso Lima 36
Figura 3: Instituto Casa de Leitura (Rio de Janeiro). 36
12

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


BN Biblioteca Nacional
NBR Norma Brasileira Reguladora
SNBP Sistema Nacional de Bibliotecas
UNESCO Organização das Nações Unidas
13

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................……………………………………………………….14

2 BIBLIOTECAS PÚBLICAS ....…….................................................................…......16

2.1 Manifesto da UNESCO e as Bibliotecas Públicas..................……….………………21

3 HISTÓRIA DAS BIBLIOTECAS NO BRASIL E SEU DESENVOLVIMENTO..23

3.1 Plano Nacional de Leitura ……………………………….……………………….…27

3.2 O Programa Nacional de Incentivo à Leitura – PROLER .......................................... 31

3.3 Projeto Mais Bibliotecas Públicas..….………………...………………………….….37

4 CONCLUSÃO........................................................…………...............……......….......40

REFERÊNCIAS ..............………......................................….......................…........42-50
14

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho se propõem a discutir a importância das bibliotecas públicas como


instituições fomentadoras do conhecimento nos processos de disseminação da informação e
de construção de uma sociedade democrática. Além de colocar o seu papel na sociedade, leva
em conta a intenção das bibliotecas públicas de trabalharem no aprimoramento da vida
cultural. Como estimuladoras do hábito da leitura, desempenham com firmeza suas funções
como canais de informação. Tanto na sua função social como na sua função informacional, o
enfoque deste trabalho está na possibilidade de as bibliotecas públicas poderem estimular as
discussões em torno da realidade do país. Aborda as diretrizes colocadas pela UNESCO sobre
o tema das bibliotecas públicas, seu conceito, suas diretrizes e as orientações para a sua
presença em todos municípios.
As bibliotecas públicas tiveram e sempre terão um importante papel no
desenvolvimento social dos povos, pois estão ligadas intimamente à história do
desenvolvimento do conhecimento humano. Por esse motivo, houve a necessidade de buscar
na literatura as formas com que as bibliotecas públicas veem enfrentando seus problemas e o
modo como estas veem auxiliando os cidadãos no processo de desenvolvimento do seu
autoconhecimento, assim como de oferecer a possibilidade destes tomarem conhecimento de
seus direitos e deveres na sociedade a que pertencem.
O objetivo geral é de discutir a real situação das bibliotecas públicas no país.
Descreve um conjunto de informações necessárias para melhor entendermos o conceito de
biblioteca pública e a forma que ela vem enfrentando o desafio de se manter indispensável na
construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Objetivos específicos deste trabalho são:

a) Analisar os conceitos de bibliotecas públicas frentes aos desafios enfrentados para


manter a sua existência;
b) Abordar como as bibliotecas públicas veem desempenhando sua função social e
informacional;
c) Debater a forma com que as bibliotecas públicas vem desempenhando os serviços
prestados a comunidade.

Como pesquisa bibliográfica, a metodologia empregada partiu da elaboração de um


levantamento para tomar conhecimento mais aprofundado da literatura sobre o tema
escolhido. Para a fundamentação teórica deste trabalho, foi realizada uma busca utilizando as
15

seguintes fontes bibliográficas informacionais: Scientific Electronic Library Online (SciELO)


e o catálogo (on-line) do Portal do Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São
Paulo (SIBiUSP/DEDALUS da USP), entre outros. As buscas se deram a partir da utilização
das seguintes palavras-chave sobre os termos relacionados ao tema: Biblioteca Pública,
Diretrizes, Parâmetros, Manifesto da IFLA/UNESCO sobre Bibliotecas Públicas.
Sua realização foi pautada de modo a facilitar cada etapa descrita durante a
interpretação, delimitação, sistematização e desenvolvimento de cada informação. Com vista
ao embasamento teórico, usamos os seguintes autores: Luís Milanesi, Walda de Andrade
Antunes, Philip Gill, Galvão Rmiz (Frei), Jean Foucambert, Clara Maria Fonseca, Gonçalvez
Filho, Aline Pinheiro Brettas, entre outros.
Este trabalho de conclusão de curso, após as páginas preliminares, apresenta duas
seções principais. Primeira seção é dedicada às características, funções, definições,
responsabilidades e o real papel das bibliotecas públicas na sociedade, tendo como subseção,
a importância do Manifesto da UNESCO para as Bibliotecas e seu principal papel no
desenvolvimento intelectual humano. A segunda seção trata da história das bibliotecas
públicas no Brasil, incluindo, nas subseções, os programas e políticas para o desenvolvimento
das bibliotecas públicas e para a difusão do hábito de leitura como o Plano Nacional de
Leitura, o Programa Nacional de Incentivo à Leitura – PROLER e o Projeto Mais Bibliotecas.
16

2 BIBLIOTECAS PÚBLICAS

As bibliotecas públicas constituem-se em são espaços públicos criados e mantidos


pelos Município, Estado e pela Federação (MACHADO, 2009). O órgãos dessas esferas de
governo respondem por elas e por isso são responsáveis pela manutenção dos seus espaços,
bem como fornecer recursos necessários para manter o seu correto funcionamento. Ela podem
possuir acervos especializados, como as bibliotecas públicas temáticas, ou oferecer serviços
especializados para um determinado público, como por exemplo as bibliotecas públicas
especializadas em literatura infantil (biblioteca pública infantil).
Por possuírem vários tipos de bibliotecas públicas “ funções e definições diferentes,
a exemplo das bibliotecas públicas, universitárias, escolares, infantis, especializadas”, Coelho
(2014, p. 26 apud FONSECA, 2007, p.49) afirma:
A biblioteca pública é tão diferente da biblioteca nacional quanto a
biblioteca escolar da biblioteca especializada. Essas diferentes
categorias não existiam na Antiguidade, sendo uma exigência da nossa
época: uma época em que o planejamento se impôs como condição
sine qua non1 do desenvolvimento

Para entendermos o que são bibliotecas públicas, precisamos compreender melhor a


base da sua estrutura e as suas particularidades antes de conceituá-las como bibliotecas
públicas. Segundo Biblioteca Nacional (1995, p. 16) seu significado é bem amplo, e quanto a
isso, ela destaca que:
[...] o que melhor a caracteriza é ela ser plenamente aberta a toda
população local; é ser comum a todos; é destinar-se não a determinada
comunidade (como é a biblioteca escolar, a universitária, a especial, a
especializada e a infantil), mas toda a coletividade”. Ela deve ter todos
os gêneros de obras que sejam do interesse da coletividade a que
pertence. É nela, também, que se deve encontrar, além da literatura em
geral, as informações básicas sobre a organização do governo e sobre
serviços públicos em geral, tais como produtividade, saúde pública,
fontes de emprego etc. Além disso, uma biblioteca pública, por
extensão, deve, constituir-se em um ambiente realmente público, de
convivência agradável, onde as pessoas possam se encontrar,
conversar, trocar ideias, discutir problemas, saciar curiosidades,
instruir-se, criar, ter contato direto com escritores, organizar teatro e
outras atividades culturais e de lazer. As bibliotecas públicas podem
ser, segundo o âmbito da coletividade em que estão implantadas,
federais, estaduais e municipais.

O objetivo principal das bibliotecas públicas está em atender por meio do seu
acervo e seus serviços, diferentes interesses de leitura e informação da comunidade em que

1Sine qua non é uma locução adjetiva, do latim, que significa “sem a qual não”. O significado da frase […] se
impôs como condição sine qua non desenvolvimento, diz que nos dias atuais , sem planejamento não existiria
desenvolvimento. Para tanto, considera o planejamento essencial para propiciar o desenvolvimento
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está localizada, na garantia de ampliar o acesso à informação, à leitura e ao livro, de forma


gratuita a todos os públicos.
A finalidade das bibliotecas públicas, está em dar melhor suporte a todos usuários,
atendendo as demandas de acordo com as necessidades de informação que estes possuem,
levando em conta a sua também a sua “localização” (COELHO, 2014, p. 26) .
Azevedo (2012, p.4) declara que as bibliotecas públicas viveram momentos de grande
tensão, enfrentando sérios problemas por falta de delimitação clara de sua missão, função,
objetivos, por desenvolverem “poucos estudos sobre a formação de seus acervos, e estudos de
usuários”. Quanto a esta questão, Fonseca (2006) salienta que as bibliotecas nos dias atuais,
estão pouco preocupadas em se conceituarem como coleção de livros e exímios
classificadores de catálogos. O foco é a orientação de seus usuários e não limitadas somente a
adquirir, reunir, organizar, tratar, armazenar e conservar seus fundos bibliográficos).
Os autores Machado, Elias Junior e Achilles (2011, p. 117) afirmam que em relação à
importância que as bibliotecas públicas assumem na sociedade, é importante ressaltar o
conceito, o lugar e as funções das bibliotecas públicas brasileira. Segundo a Fundação
Biblioteca Nacional, o conceito de bibliotecas públicas implica a implementação das
facilidades oferecidas pelas novas tecnologias da informação (registros eletrônicos,
comunicação e transferência de arquivos), e a disponibilização dos modernos meios de
comunicação e informação, através do treinamento e orientação dos usuários para o seu uso
cotidiano” (FBN, 2000, p. 23).
Os artigos publicados nos periódicos nacionais de Ciência da Informação sobre
algumas tipologias de Bibliotecas Públicas nos levam as definições e especificações que são
compreendidas como fundamentais a cada uma delas. O desenvolvimento do conceito de
bibliotecas públicas nos remete a repensar o contexto sócio-histórico que se formou durante a
evolução do tipo de classificação ou da forma como cada uma foi classificada. Esta evolução
trouxe uma oportunidade maior de aproximação com a comunidade viviam em seu entorno.
Essa evolução levou a inclusão de mais serviços e atividades, despertando um novo jeito de
interagir com seus usuários. Segundo Bastos, Almeida e Romão, as funções de atividades
vinculadas às bibliotecas públicas são destacadas conforme Quadro 1.
18

Quadro 1: Funções e atividades culturais das bibliotecas públicas


FUNÇÕES DE ATIVIDADES VINCULADAS AS ATIVIDADES CULTURAIS
BIBLIOTECAS PÚBLICAS

Centro de Aprendizado Curso de curta duração, voltados para as áreas de


artesanato, tele salas de alfabetização, palestras e
discussões, entre outros.

Centro de Informação Painel com informações sobre as atividades das


associações e organizações das comunidades e outras
atividades culturais, etc.

Centro Cultural Conferências, debates, exposições(locais itinerantes


de outras entidades retratando a herança cultural da
comunidade), feiras culturais, maratonas culturais,
entre outros.

Centro de Lazer Apresentações musicais, clubes do idoso, exibição de


filmes, audiovisuais ou multimídias, teatro de
fantoches e de sombra, etc.

Fonte: Funções de atividades vinculadas as Bibliotecas Públicas (Bastos; Almeida; Romão, 2011, p. 89).

As quatro atividades relacionadas no Quadro 1 (Aprendizado, Informação, Cultural e


Lazer) apresentadas são relacionadas às quatro funções (Informacional, Educacional, Cultural
e Recreativa/Lazer) exercidas pelas bibliotecas públicas. Envolvem um intenso esforços para
satisfazer as necessidades dos usuários, na tentativa de aproximarem-se deles, sem perder o
vínculo com as comunidades mediante as suas demandas diariamente.
Conforme Coelho (2014, p.28) “Ao unir e filtrar as definições de bibliotecas públicas
se vê claramente que algumas funções se destacam na estrutura deste tipo de biblioteca,
funções estas ligadas à educação, recreação, cultura e informação”. Arruda (2000, p. 9) ainda
declara que “para que uma biblioteca se torne verdadeiramente pública, faz-se necessário
assumir as seguintes funções: educativa, cultural, recreativa e informacional”. Para ele, estas
são “funções estão intimamente ligadas e todas são de extrema importância para o bom
funcionamento de uma biblioteca pública” (COELHO, 2014 , p. 28).
Na opinião de Ávila (2011, p.7), incentivo a leitura se liga às quatro funções, sendo de
grande valor, porque se deve a elas a formação do conhecimento de cada indivíduo tanto
relativo à vida pessoal quanto profissional.
A função informacional foi acrescentada às outras funções da bibliotecas nos anos 60
considerando o interesse da própria biblioteca em lutar por uma ampliação dos equipamentos
culturais (FONSECA, 2006). Essas grandes conquistas se deram por esforços das bibliotecas
19

americanas, que “copiaram uma grande quantidade de material extraídos após a segunda
guerra Mundial, tornando seus espaços importantes centros sociais” (FONSECA, 2006, p.
27). No Brasil, essa prática informacional foi exercida pelas das bibliotecas públicas, através
das práticas da busca por informação do usuário e a preocupação das bibliotecas na obtenção
de materiais de qualidade informacional, com a intenção de procurar atender as demandas
informacionais dos usuários.
À medida que a questão da disseminação da informação, da leitura, dos saberes e do
conhecimento passam a ser trabalhados desta maneira, esse fato agrega valores às Bibliotecas
Públicas, de modo a torná-las espaços expressivos para seus usuários, através de respostas
criativas mediante as interações com seu público (ALBERTO, 2008 apud ALMEIDA; MACHADO,
2006).
A função recreacional ou de lazer ligada às atividades de lazer, promove e intensifica
as atividades de “entretenimento ligada a empréstimo de livros”(FONSECA, 2006, p. 28).
Ao lado do atendimento usuários cidadãos do município, as bibliotecas públicas se
ocupam, também do atendimento de alunos (migrados de bibliotecas escolares).
O empréstimo de livros é uma das atividades mais antigas das bibliotecas públicas.
Com o tempo, a Biblioteca passou a deixar a imagem de um local meramente para guardar
livros e o bibliotecário deixou de ser “um mero guardião do acervo” (FONSECA, 2006, p.
28).
A função educacional das bibliotecas públicas não podem ser comparada com as
funções das bibliotecas escolares, embora essas exerçam práticas de incentivo a leitura,
como fundamento as suas práticas de orientação à pesquisa. À esse respeito, Fonseca (2006)
diz que “existem discussões que defendem que o atendimento à educação formal” deva ser
exercida somente por bibliotecas escolares. No entanto, enfatiza que a inexistência de
bibliotecas escolares, devido as suas “condições precárias de seus espaços nas escola”
(FONSECA, 2006, p. 26), vem obrigando as bibliotecas públicas a fazer as vezes da função
que deveria ser exercida por este tipo de biblioteca.
Cunha (2003, apud CUNHA JR; CORREIA, 2007, p. 2) ressalta que:
a função educativa predomina nas bibliotecas públicas do Brasil e de
outros países da América Latina, por força da inexistência ou
precariedade das bibliotecas escolares. Sabe-se que a biblioteca
pública não é exclusivamente uma instituição atrelada ao ensino, ainda
que desempenhe uma ação expressiva nesta área. É preciso valorizar
outras funções, colaborando com o processo de edificação da
sociedade.
20

A função cultura foi agregada à função educacional, segundo Fonseca (2006),


compreendida como sinônimo de erudição. Segundo a autora, a Biblioteca deveria
proporcionar à população meios para seus usuários ampliarem a cultura através do livro.
O livro pode se ligado à função de cultura, porque ele oferece entretenimento as
pessoas. Quando um usuário leva o livro como empréstimo para dentro de sua casa, este
proporciona novos caminhos de busca do conhecimento. Ao mesmo tempo, o livro cria
oportunidades para que o indivíduo desenvolva a criatividade, o discernimento através da
formação do senso crítico desenvolvido por meio do hábito da leitura, levado pela cultura do
livro.
As funções ligadas à cultura propiciam novas formas da expressão do conhecimento
identificadas durante a transmissão da informação. Os usuários das bibliotecas públicas
fazem a busca da informação desejada, as bibliotecas públicas procuram obedecer as
demandas de acordo com as suas necessidades.
Eco (1987), fundamenta a necessidade de as bibliotecas públicas estabelecerem
diálogo com a população de usuário, promovendo o incentivo à educação, à leitura, ao livro e
à cultura. A intenção é promover da integração das comunidades com as Biblioteca,
revelando a “identidade da população” (FBN, 2000, p. 23).
A cultura, neste caso, é posta como elemento transformador. Embora a realidade de
cada comunidade seja diferente, reviver os elementos ligados a sua identidade pode trazer
novas perspectivas de vida para sua população, liberando antigas ideias de cultura, durante a
formação de “novos tipos de sujeitos” (HALL, 2003, p. 43), a partir do compartilhamento de
ideias. Os debates teóricos são criados para centralizar e representar os valores atribuídos a
cultura, pois estes promovem uma “melhor integração das comunidades com as com a
finalidade de centralizar e representar os valores atribuídos às bibliotecas públicas, através das
quais se liga a identidade da população” (FBN, 2000, p. 23).
Para que isso aconteça para Hall (1993, p. 45) afirma que as bibliotecas precisam
“manter um diálogo com a sociedade para se estabelecer a narrativa do um discurso que
sustenta a identidade de um povo”. Esta percepção coloca a visão do conjunto de usuários
como um todo, levando em conta a finalidade de centralizar e representar os valores
atribuídos a sociedade para valorizar também as bibliotecas públicas.
Os autores Bakhtin (1992), Marcus Chi (2003), Rojo (2004), Shneuwly(1997),
Halliday (1885), Koch (1993), Dozl (1997), Castilho (1998), citados por Lins ( 2007, p. 1);
concordam que o princípio midiático, traz a percepção que o homem é um instrumento
21

transformador do mundo e da linguagem que se constitui em um papel fundamental as


interações humanas.
A linguagem de interação (linguagem interacionista) que este utiliza é responsável
pela construção do conhecimento e da informação.
Os processos de socialização dos indivíduo, na sociedade e na cultura, são
responsável pelo desenvolvimento de novas atividades na formação do pensamento intelectual
humano. Por consequência disto, as classes distintas de pessoas que formavam as
comunidades, passam a socializarem-se com os ambientes públicos das bibliotecas públicas,
criando a necessidade da formação de novos nichos e a diversidade informacional.
As bibliotecas públicas e a informação são importantes agentes de desenvolvimento
social, geradores de insumos responsáveis pelo crescimento da população Brasileira, estes
podem afetar os sujeitos(usuários) que a cercam caso sejam utilizados de maneira errada. O
desenvolvimento de novas tecnologias e as suas novas formas de interações passou a formar
novos canais de comunicação de mediação entre o usuário e a informação e o conhecimento
(DIONÍSIO, 2005, p.159), formando diferentes habilidades de linguagens para os
usuários/leitores.
Bastos, Almeida e Romão (2010) enfatizam que as […] “bibliotecas são conceituadas
de formas diferentes em nações desenvolvidas” elas se encontram em processo de
desenvolvimento”, […] “o que, no Brasil, não é uma exceção, visto que ainda é um país com
sérios problemas sociais e que possui uma relação complexa com as bibliotecas e com a
leitura” (INSTITUTO PRÓ-LIVRO, 2008; BASTOS, 2010). Estas afirmações reforçam a
tese que coloca a necessidade das bibliotecas públicas continuarem a integrar a sociedade
como parte da estrutura educacional e cultural dos países, sendo impossível construir e
levantar uma nação democrática e consciente sem a existência das bibliotecas públicas.

2.1 O Manifesto da UNESCO e as Bibliotecas Públicas

O Manifesto da UNESCO e as Bibliotecas Públicas foi preparado em cooperação


com a Federação Internacional das Associações de Bibliotecários e de Bibliotecas – FILA,
aprovado pela UNESCO na sua sede, em Paris, em 29 de novembro de 1994. Este manifesto é
responsável em proclamar a crença na entidade conhecida como biblioteca pública, em todo
mundo, considerado essencial para promover a paz e bem estar de toda Humanidade.
22

O Manifesto trouxe a questão da participação construtiva de uma sociedade


democrática e dependente da educação satisfatória de qualidade em igualdade para todos, sem
distinção, propondo dar condições de “acesso livre sem limite de conhecimento, ao
pensamento, à cultura e à informação” (SNBP, 2016).
Os princípios do Manifesto estão atrelados à liberdade, à prosperidade e ao
desenvolvimento da sociedade e dos indivíduos e são compreendidos como valores humanos
fundamentais, que devem ser expressos a todos os governantes de todo mundo, em todas as
instâncias de leitura. O Manifesto (IFLA/UNESCO, 1994) reconhece a biblioteca pública
como centro de cultura, o qual apresenta como objetivos principais:

A) Criar e fortalecer os hábitos de leitura em crianças (desde a


primeira infância); B) Apoiar a educação individual e a autoformação,
assim como a educação formal a todos os níveis; C) Assegurar a cada
pessoa os meios para evoluir de forma criativa; D) Estimular a
imaginação e criatividade das crianças e dos jovens; e) Promover o
conhecimento sobre a herança cultural, o apreço pelas artes e pelas
realizações e inovações científicas, possibilitando o acesso a todas as
formas de expressão cultural; das artes de espetáculos; F) Fomentar o
diálogo intercultural e a diversidade cultural; G) Apoiar a tradição
oral; H)Assegurar o acesso dos cidadãos a todos os tipos de
informação da comunidade local; I)Proporcionar serviços de
informação adequados às empresas locais, associações e grupos de
interesse; J) Facilitar o desenvolvimento da capacidade de utilizar a
informação e a informática; L) Apoiar, participar e, se necessário, criar
programas e atividades de alfabetização para os diferentes grupos
etários.

As ações descritas acima devem ser desdobradas em serviços gratuitos para a


população, e oferecidos em instalações acessíveis a todos os membros da comunidade local,
com edifícios condições apropriadas para a realização de leitura e estudo. Esses serviços
devem ser disponibilizados em horários adequados, convenientes para os usuários e com
acesso à tecnologia, como também devem ser criados serviços destinados àqueles com
dificuldades para frequentar tal ambiente, adaptados às diferentes necessidades das
comunidades das zonas rurais e das zonas urbanas (UNESCO/ FILA ,1994).
Para que isso aconteça a rede de bibliotecas públicas precisam estar fortalecidas como
um vínculo a outras Bibliotecas (Biblioteca Nacional, regionais, de investigação e
especializadas, escolares e universitárias). Essas ações estratégicas de planejamento de
produtos e serviços devem assegurar o acesso à informação para promover uma rede de
bibliotecas com padrões de serviços previamente acordados (FILA/UNESCO, 1994) .
23

De acordo com o manifesto da IFLA/UNESCO (1994), as bibliotecas públicas devem


ser objeto de uma legislação específica, financiadas pelos governos nacionais e locais;
produzindo meios de proporcionar um bom funcionamento dentro de suas unidades, ao
mesmo tempo sintam a necessidade de gerir “uma gestão pautada sob uma base sólida de
políticas públicas”(IFLA/UNESCO,1994), definidas por uma forma clara.
O objetivos principal do manifesto da UNESCO tem por prioridade dar atenção à
necessidade da comunidade local, organizando-se dentro dos padrões profissionais de
funcionamento, os quais devem assegurar a cooperação de parceiros relevantes (por exemplo,
grupos de usuários e outros profissionais em nível local, regional, nacional e internacional).
A formação qualificada de profissionais do bibliotecário precisa ser continuada, pois é
indispensável e permitir a disponibilidade e a utilização de serviços adequados aos usuários , a
partir da implantação de programas de capacitação de usuários, assegurados pela plena
utilização de recursos disponíveis na biblioteca (IFLA/UNESCO,1994). Para que isso seja
possível, os profissionais bibliotecários precisariam atuar mais como intermediários ativo
entre os usuários e os recursos disponíveis.
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3 HISTÓRIA DAS BIBLIOTECAS NO BRASIL E SEU DESENVOLVIMENTO

No período colonial do Brasil pouco se conhecia a respeito de livros. E por ainda não
estar emancipada da Colônia de Portugal, onde tudo era controlado pela coroa portuguesa, não
podia ser realizada no Brasil qualquer impressão de simples folhetos, quanto menos de livro
(SILVA, 2009). De acordo com Silva (2009, p.79):
Se a impressão de simples folhetos era difícil, quando se pensa no
livro a situação não é muito diferente. Esse objeto cultural não era
popular nas terras da Colônia nesse período. Era para poucos
afortunados sociais, por isso, a partir daí, o seu valor surgirá entre os
colonos. Não era fácil obter um livro, mas quem o possuísse gozaria
de certo prestígio social.

Segundo Moraes (1979, apud SILVA, 2009), na primeira metade do Século XVI,
pode-se dizer que praticamente inexistiam livros no Brasil. Os colonos que aqui chegaram
estavam mais preocupados com as demandas do país “em formar lavouras e cortar o pau-
brasil do que ler e estudar” (MORAES, 1979 apud SILVA, 2009, p. 80).
Com a chegada da Família Real de Portugal (1808), a biblioteca passou a ser usada
como um instrumento de poder para dominar o povo, onde poucos tinham o previlégio de ler,
e ter livros; o acesso era restrito a poucos da nobreza […] “devido à pequena e dispersa
população da época. Aliado a isso, existia o projeto português de proibir a impressão para
melhor controlar e manter a colônia sob o seu jugo”(SILVA, 2009, p. 78).
Conforme Almeida Júnior (1997 pud SILVA, 2009, p. 78) [...] “o público, que
dependia necessariamente de alfabetização e do gosto pela leitura, deveria ser formado,
implicando ações muito mais amplas e que ultrapassavam o mero acesso físico ao livro”. No
Brasil colônia, formava uma […] ”conjuntura político-social emperrava o desenvolvimento da
impressão e do acesso de maior parte da população à escola, ao impresso e,
consequentemente, à leitura” (SILVA, 2009, p. 78).
As políticas de dominação do livro durante esse período (vindas das instituições
nessa época) trouxeram uma série de programas de distribuição de livros, onde seus discursos
foram marcados com obras de pouco interesse de seus leitores, assim como afirma:
[…] em meio a instituições marcadas por um discurso de proibição,
com obras de pouco interesse para os sujeitos/leitores, voltadas para a
satisfação da vontade de um discurso autoritário e dominador de
governos religiosos e, posteriormente, militares que acabaram por
afastar os brasileiros da leitura, permitindo que o livro permanecesse
como um objeto de luxo e onde os sujeitos ainda estão longe de ver a
informação como uma necessidade, um fator diferencial em suas
realidades (LIMA, 2006 apud BASTOS; ALMEIDA; ROMÃO, 2011,
p 625. ).
25

Segundo Galvão (1889), parte da coleção da Família Real Portuguesa foi enviada, em
1811, trazendo exemplares que incluíam boa parte de todas as obras criadas nas áreas do
conhecimento humano (filosofia, religião, direito, etc). No ano anterior, já aberta ao público,
a Biblioteca Imperial, era disponibilizada somente a estudiosos que tinham consentimento
antecipado para frequentá-la.
Em 1814, as bibliotecas passaram a ser abertas totalmente a população, pois a
biblioteca Nacional2 (Primeira Biblioteca Pública da época) era gerenciada por religiosos, que
tinham a função de Bibliotecários, os quais chegaram junto com a família real. Esta Biblioteca
sofria fortemente a influência das bibliotecas populares da Europa:
O aparecimento de livros, instituições de ensino e, posteriormente, as
bibliotecas, só ocorrerão a partir de 1549 com a instalação do Governo
Geral, em Salvador (Bahia). A partir dessa data começou, de fato, o
sistema educacional no Brasil e são, com o estabelecimento dos
conventos de diversas ordens religiosas, principalmente da Companhia
de Jesus - os Jesuítas - que serão formados os primeiros acervos no
país(SANTOS, 2011, p. 52).

Do final do século XVIII ao inicio do século XIX, a leitura e os livros se tornaram


objeto de contestação e desenvolvimento de ideias. Neste dado momento iniciou-se uma
grande mobilização para construção de espaços de organização de leitura e debate de livros.
Como destaca (GONÇALVEZ FILHO,1952, p.12):
[…] No Brasil, as bibliotecas só tiveram um acesso direto com o
público geral a partir do fim do século XVIII, quando ideias
iluministas levaram vários brasileiros a uma ostensiva oposição ao
governo, criando nessa mesma época a primeira Biblioteca Pública, na
Bahia.

No século XVIII, houve grande esforço de parte do Brasil (Período colonial) para se
criar uma biblioteca que atendesse as necessidades dos usuários. Naquela época por pressões
políticas, foram enviadas as primeiras obras, vindas de Portugal pela Família Real, destinadas
a formação da primeira Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro):
A instalação da Família Real na cidade do Rio de Janeiro trouxe
benefícios para cidade, dentre elas, a criação da Biblioteca Real (hoje
Biblioteca Nacional), cujo acervo continha 60 mil volumes
(HALLEWELL, 1985 apud SILVA, 2009, p.82).

2Segundo Santos (2010, p.51) “a história das bibliotecas até o início do século XIX pode ser resumida em três
etapas sucessivas”. A primeira fase se iniciou com as bibliotecas dos Conventos e Artigos 52 Particulares,
passando da fundação da Biblioteca Nacional até a criação da primeira biblioteca Biblioteca pública da Bahia.
26

Conforme Silva declara (2009, p.82) […] “ o acesso do público à Biblioteca Real”,
mesmo que indireto, viria como objeto de reafirmação da necessidade de instalar esta
instituição por terra nacionais:
A biblioteca foi oficialmente inaugurada no dia 13 de maio de 1811,
data de aniversário de D. João, nas instalações do Hospital da Ordem
Terceira do Carmo, sendo franqueada apenas aos estudiosos mediante
prévia solicitação. Em 1814, a biblioteca foi aberta ao público, tendo
como “prefeitos” designados Frei Gregório José Viegas e Frei
Joaquim Dâmaso, além de três “serventes” portugueses, todos vindos
da Biblioteca d’Ajuda – José Joaquim de Oliveira, José Lopes Saraiva
e Feliciano José e um auxiliar Luís Joaquim dos Santos Marrocos. Em
1821, foi publicado seu estatuto, o qual surpreende pelo conteúdo de
seus 32 artigos, os quais pouco difere da maioria dos regimentos de
algumas de nossas bibliotecas (SANTOS, 2010, p.54).

De acordo com Souza (2005 apud SANTOS, 2010, p. 55):

[…] “A biblioteca permaneceu por quase 50 anos em um prédio


inadequado, enfrentando problemas de orçamento, graves deficiências
no tratamento do acervo, despreparo e má remuneração dos
funcionários e falta de segurança. Somente em cinco de agosto de
1858, a Biblioteca Nacional se mudou para o Largo da Lapa, depois
da insistência de um dos seus diretores, o monge beneditino Camilo de
Montserrat. Mesmo sendo melhor que o anterior, o novo prédio
novamente se mostrou insatisfatório, não obstante as obras de
expansão e adaptação. Com o desenvolvimento da produção editorial,
a generalização do depósito legal, as compras e doações de grandes
coleções, além do crescimento da população letrada, foram exigidos
espaços mais amplos e acondicionamentos apropriados às diferentes
espécies documentais”.

O acervo desta biblioteca encontrava-se em constante crescimento, não podendo


comportar toda a sua expansão. Havia a necessidade de se pensar em uma nova sede que
pudesse acomodar adequadamente todas as coleções e atender às demandas. O projeto do
prédio atual da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, assinado pelo engenheiro militar Sousa
Aguiar e ornamentados por grandes artistas, entre eles, Eliseu Visconti, artista que projetou o
emblema da Biblioteca Nacional, o ex-libris. Foi iniciado pelo então governador Rodrigues
Alves, em 1905 e após 5 anos, no governo de Nilo Peçanha, o novo prédio finalmente foi
inaugurado, em 29 de outubro de 1910.
O prédio localizado na Avenida Rio Branco, nº 219, fica próximo ao Museu Nacional
de Belas Artes e o Teatro Municipal do Centro do Rio de Janeiro, ao lado da praça da
Cinelândia. O prédio destaca por sua beleza arquitetônica cultural (FBN, 2016). A fachada do
prédio possui um estilo eclético com elementos neoclássicos em art nouveau.
27

O conjunto bibliográfico e documental de guarda da Biblioteca Nacional procura


acompanhar a evolução tecnológica mundial e passou a adotar novas tecnologias voltadas a
conservação e desenvolvimento da informação e do conhecimento, no propósito de garantir o
direito do acesso e qualificação do cidadão (FBN, 2016).
A História das bibliotecas públicas, ligada a história da Biblioteca está intimamente
relacionada à história do conhecimento humano nos dias de hoje. Com o crescimento da
população de leitores, surge quando conhecimento a fim de desperta no leitor um desejo de
se libertar, tanto para contestar como para expor ideias. A partir do momento que o
conhecimento passa a ser preservado e disseminado, e o conhecimento é levado a todos
através do tempo.
Nos dias atuais, as bibliotecas públicas lutam para manter a sua função democrática
para atender as diversas camadas da sociedade; elas passaram a colocar a disposição de
públicos em novos espaços de convívio, aprimorando com maior esforço seus serviços (antes
restrito a poucos), passando a diversificá-los. Com o passar dos anos, diferentes opiniões
foram se formando quanto à qualidade dos produtos, causando uma série de preocupações a
respeito de como relacionar a real função a ser exercida pelas bibliotecas públicas.
A diversidade de visões sobre o papel da bibliotecas públicas é múltipla, assim como
da sociedade e dos indivíduos que dela fazem parte e suas diferentes expectativas, etc. Como
a biblioteca pública responderia a cada segmento da sociedade a respeito do seu verdadeiro
significado?
A diversidade de interesse do comportamento dos membros da comunidade é outro
fator que dificulta fixação dos objetivos determinados pelo tipo de função que as bibliotecas
públicas exercem sobre eles. Como afirma Andrade (1979, p. 51), isso seria considerado
como um fator de dificuldade:
[…] “enquanto um estudante recorre a Biblioteca Pública para
complementação de seus estudos e tarefas escolares, a dona de casa
solicita informação sobre jardinagem, o velho procura uma leitura
recreativa, e a criança quer ver um filme e o deficiente visual quer se
preparar para o vestibular”.

Percebe-se que por mais que as bibliotecas públicas se esforcem em aplicar cada uma
das necessidades dos usuários, seria quase impossível aplicá-las em sua completude. Para se
chegar a um ponto de equilíbrio, as bibliotecas públicas teriam que traçar novos objetivos,
priorizando somente as demandas mais necessárias de informação.
Ao presenciar este contexto, é essencial que as bibliotecas públicas ofereçam maior
qualidade dos serviços e das coleções e todo o tipo de suporte e tecnologias, sem descartar a
28

existência dos materiais tradicionais. Para isso, deve-se traçar metas para propiciar uma
busca correta e adequada para atender as demandas de cada indivíduo elementos chaves a
manutenção de todo sistema informacional), bem como manter a existência de materiais
isentos de qualquer modo de censura (ideológica, religiosa ou política).
Entre os anos de 1937-2004, o acesso do cidadão ao livro e á leitura, vem se
tornando uma realidade, através da criação do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL),
sobre o qual falaremos a seguir.

3.1 O Plano Nacional do Livro e Leitura

Ao longo dos anos, inúmeros projetos governamentais foram formados com a


intenção de fortalecer as bases para viabilizar o acesso do cidadão ao livro e à leitura, sendo
realizados através de leis, em função da criação de programas de incentivo a leitura, a cultura
e a educação (BRASIL, 2003).
Em dezembro de 1937, por iniciativa do ministro Gustavo de Capanema, com a
maior atribuição de edições de obras literárias, foi criado o Instituto Nacional do Livro, pelo
qual buscava estabelecer a uma identidade nacional da cultura brasileira:
Até 1945 não foram concluídos nem o dicionário nem a enciclopédia
brasileira; mas o número de bibliotecas públicas, principalmente nos
estados menos prósperos do país, cresceu muito graças ao apoio do
Instituto Nacional do Livro, que as auxiliava na dispendiosa tarefa de
constituição de acervo e capacitação técnica (FGV, 2016).

A principal intenção de sua formação possuía o objetivo de realizar atividades para


compreender os interesses da formação cultural da população, contando com a formação de
uma enciclopédia e um dicionário nacional (propriamente dito); contribuindo expressivamente
para o desenvolvimento da Biblioteca Pública no Brasil, como diz (SUAIDEN 2000, p.56):

[...] as políticas adotadas pelo Instituto Nacional do Livro, ao longo


dos seus 52 anos de atuação, somaram contribuições expressivas e
alguns percalços impostos ao desenvolvimento da biblioteca pública
no Brasil. A grande contribuição […] foi a contribuição para a
incorporação da biblioteca pública à agenda governamental. O
crescimento dos acervos e o apoio dado ao desenvolvimento da
biblioteconomia no país também foram contribuições notáveis.

Mesmo diante da grande contribuição notáveis para a fundamentação da cultura do


país e o desenvolvimento das bibliotecas púbicas, o Instituto Nacional do Livro foi extinto
29

por apresentar sucessivas falhas, como por exemplo, falta de “acompanhamento nas
transformações ocorridas na sociedade brasileira e uma política”(SUAIDEN 2000, p. 56).
Este tipo de sociedade possuía uma política conservadora, fundamenta em conceitos
de cultura erudita (elitizada), que considerava o livro como um tesouro intelectual, e a
biblioteca era considerada somente como uma guardiã da cultura; pela qual, a sua
continuidade provocar a estagnação do trabalho da biblioteca – levando o Instituto Nacional
do Livro ao final de suas atividades.
Em 1961, para evitar a estagnação da biblioteca, o governo federal deu inicio ao
Serviço Nacional de Bibliotecas – SNB. Com a criação deste órgão, a administração federal
do Brasil, passou a implantar uma política nacional exclusiva para bibliotecas públicas.
Neste período, o Serviço Nacional de Bibliotecas passou a criar um serviço de
Catalogação Coletiva exclusivo, com objetivo de dar assistência técnica a todas as bibliotecas
e alcançar “um domínio completo sobre os materiais e seus grandes volumes de informações
documentais que eram produzidos, objetivando sua identificação e localização”
(CAMPELLO; MAGALHÃES, 1997).
A criação da Catalogação Coletiva foi considerada uma atitude positiva de parte do
Governo Federal, passando a possibilitar a obtenção do controle bibliográfico e possibilitar a
estruturação das bibliotecas. O desempenho desta tarefa não era nada fácil pois era necessário
uma maior a organização, tanto da gestão de conteúdos do acervo, como também na criação
de novos conceitos a respeito da formação de leitores e da reafirmação do papel das
bibliotecas públicas. Todo este processo foi determinante para a adoção de políticas públicas
geradas para organizar o desenvolvimento de coleções das bibliotecas públicas em todo
Brasil.
A Lei no 10.753, de 30.10.2003, vem da consistência à política pública criando a
Política Nacional do Livro, que teve “a finalidade de controlar os bens patrimoniais das
bibliotecas públicas, em que não considera o livro como um material permanente” (BRASIL,
2003). Seu objetivo não era de formar uma lei para a aquisição de material bibliográfico, mas
principalmente de incentivar e facilitar o acesso à leitura, estabelecendo as diretrizes e as
formas de editoração, distribuição, comercialização e difusão do livro.
Esta Lei também define o conceito de um modo amplo, o que venha ser o real
sentido de bibliotecas públicas: aquelas que atendem a todo o conjunto da sociedade, que
possuem acervos universais, estando fundamentados sobre todos os temas (BRASIL, 2003).
Por outro lado, a escassez de bibliotecas escolares no Brasil, fez com que os alunos
de escolas públicas passassem a frequentar as poucas bibliotecas públicas que já existiam,
30

gerando um grande fenômeno, que passou a ser conhecido como escolarização das bibliotecas
públicas, pois as bibliotecas públicas passaram “a dar prioridade para ao atendimento
estudantil em detrimento a outros segmentos da comunidade que também necessitavam dos
serviços bibliotecários” (SUAIDEN, 2000, p.56).
Na verdade, aos poucos este movimento começou a gerar problemas estruturais nas
bibliotecas públicas, pois as instalações não possuía uma estrutura suficiente para suportar a
necessidade de conhecimento de seus novos usuários. Para tentar, solucionar este problema,
em 1986, o Governo Federal, passou a instituir a Lei Sarney 7505/86, em incentivo a cultura
(BRASIL, 1986). Através de incentivos ficais, as editoras que efetuassem doações às
bibliotecas públicas em todo território nacional, passavam a receber um beneficio especifico,
com medidas em forma de concessão e abatimento fiscal em impostos.
Para Emir José Suaiden, nesta época “a biblioteca escolar passava desapercebida no
processo de ensino-aprendizagem”(SUAIDEN, 2000, p.56). A falta de livros e a falta de
consciência de alguns profissionais da educação, fazia a biblioteca escolar, quando existia,
ficar em último plano. O papel que os livros representavam nas escolas e no sistema
educacional era um papel secundário, onde não havia bibliotecas escolares suficientes,
pois “grande parte dos professores era leiga e o que prevalecia sempre era a cópia a
dicionários e enciclopédias” (SUAIDEN,2000, p.56).
Em 2003, finalmente, após inúmeras tentativas geradas ao longo de anos, o Governo
Federal, cria um novo Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL (BRASIL, 2006). Na
época, a base de apoio deste projeto era considerada como um meio de levantar uma nova a
formação de uma sociedade leitora. Sua intenção, estava ligada a ideia de proporcionar um
maior “acesso” (MARQUES NETO, 2010, p. 64) à população e aumentar “o uso do livro
como direito do cidadão” prestando-se o “papel de propagar a cultura e o conhecimento” no
Brasil, (MARQUES NETO, 2010, p. 64).
As autoras Mathias e Klinke (2013, p. 2) afirmam que:
O governo federal brasileiro criou vários programas que antecederam
ao Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). As finalidades daqueles
era o seu desenvolvimento e o das bibliotecas, sendo determinadas
iniciativas que colaboraram diretamente para a elaboração do PNLL.
Nesta mesma perspectiva, é sancionada a Lei de Diretrizes do Livro n.
10.753 de 30 de outubro de 2003, que instituiu a Política Nacional do
Livro e anunciou a implantação do Plano Nacional do Livro e Leitura.

Inicialmente, de acordo com o texto, em 2005 o PNLL foi criado a partir da


promoção de uma série de debates realizados em todo o Brasil, envolvendo a participação da
31

sociedade civil e do governo federal. A meta era estabelecer uma relação durante aquela
época, pois se tratava de um ano de comemorações do ano Ibero-americano da Leitura. Este
documento só veio ser publicado em 2006, quando foi implantado pela Portaria
Interministerial n.1.442 de 10 de agosto de 2006, em nota direcionada pela indução dos
governos estaduais e municipais, o que produziu a criação uma política de estado para essa
área.
O Plano Nacional do Livro e Leitura, possuía uma forte estrutura que acompanhava,
a efetiva orientação e organização, formada sobre quatro eixos (PNLL, 2006, p. 28):
Eixo 1- Democratização do acesso; Eixo 2- Fomento à leitura e à
formação de mediadores; Eixo 3- Valorização institucional da leitura e
incremento de seu valor simbólico; Eixo 4- Desenvolvimento da
economia do livro.

As dimensões da base deste projeto foram marcadas por uma forte influência do
Estado, onde cada eixo formava-se de maneira orgânica, abrangendo “aos governos estaduais
e municipais, e empresas privadas, organizações da sociedade e voluntários em geral” (PNLL,
2006, p. 11) e para todos que pudessem interessar o tema.
As discussões voltavam-se para a qualificação dos recursos humanos e a ampliação
da oportunidade de acesso à comunidade escolar, incluindo a utilização de diferentes
materiais de leitura, no combate ao analfabetismo em âmbito nacional. Desenvolvido pelo
MEC, este projeto consistia em (PNLL, 2003, p. 9):
[…] “uma proposta de ação pública e conjunta de formação de leitores
e de incentivo à leitura, que tem por princípio proporcionar melhores
condições de inserção dos alunos das escolas públicas na cultura
letrada, no momento de sua escolarização. Essa proposta, focada
essencialmente na qualificação dos recursos humanos e na ampliação
das oportunidades de acesso da comunidade escolar a diferentes
materiais de leitura, consubstancia-se em quatro ações principais: (1)
Formação continuada de profissionais da escola e da biblioteca –
professores, gestores e demais agentes responsáveis pela área da
leitura;(2) Produção e distribuição de materiais de orientação, como a
revista LeituraS;(3)Parcerias e redes de leitura: implantação de
Centros de Leitura Multimídia; (4) Ampliação e implementação de
bibliotecas escolares e dotação de acervos – Programa Nacional
Biblioteca da Escola/PNBE”.

O foco principal do Plano Nacional do Livro e da Leitura (2006-2010) substancia-se


na estruturação da base da promoção e desenvolvimento. Em primeiro lugar, é de atuar na
formação continuada de profissionais de escolas e de bibliotecas (professores, gestores e
demais agentes responsáveis pela área da leitura). Em segundo lugar, é de orientar a
distribuição e produção de materiais de orientação. Em terceiro, de estender parcerias e redes
32

de leitura e a quarta, de defender a implantação de Centros de Leitura de Multimídia, que


amplia. Em quarto, é implementa as bibliotecas escolares com doação de acervos
impulsionados pela criação do Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE (1997).
No site do Ministério da Educação – MEC(2016), podemos destacar que:
O Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE), desenvolvido
desde 1997, tem o objetivo de promover o acesso à cultura e o
incentivo à leitura nos alunos e professores por meio da distribuição
de acervos de obras de literatura, de pesquisa e de referência. O
atendimento é feito de forma alternada: ou são contempladas as
escolas de educação infantil, de ensino fundamental (anos iniciais) e
de educação de jovens e adultos, ou são atendidas as escolas de ensino
fundamental (anos finais) e de ensino médio. Hoje, o programa atende
de forma universal e gratuita todas as escolas públicas de educação
básica cadastradas no Censo Escolar .

O Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE (1997), realiza um edital de


convocação de autores, titulares de direitos autorais, disponibilizando a edição de um
processo de seleção de periódicos de interesses pedagógicos, destinados a financiar o
trabalho dos professores do ensino médio, no período de três anos (2016 a 2018). Com a
finalidade e apoiar não só a formação do corpo docente, como também a equipe pedagógica e
a gestão de escolas. Este programa passou também a tratar de conteúdos que estejam voltados
a formação de jovens matriculados na escola básica.
Com o desenvolvimento do Plano Nacional do Livro e da Leitura, o projeto passou a
nortear todos os ministérios do Governo Federal – em particular o Ministério da Cultura, de
tal modo que tornou-se um referencial utilizado nos processos de democratização do acesso
do livro e da leitura:
“A regulamentação da Lei 10.753 deverá apresentar o Plano Nacional
do Livro e Leitura e formas possíveis para sua organização e estrutura,
capazes de formular, coordenar e executar ações dessa política
setorial. Para sua implantação, os Ministérios da Cultura e da
Educação editaram a Portaria Interministerial n. 1442 de 10/08/2006,
garantindo a estrutura e o marco legal para essa fase do processo, com
a criação de um Conselho Diretivo uma Coordenação Executiva e um
Conselho Consultivo”(PNLL, 2003, p. 31).

A estrutura para implementação tem o Plano Nacional de Leitura, foi regulamentado


pela Lei n. 10.753, de 30.10.2003, um instrumento legal que autoriza o Poder Executivo a
criar projetos de incentivo à leitura e acesso ao livro. “A regulamentação da lei permitirá a
criação de instrumentos que facilitem a execução do disposto no Art. 13.o e suas alíneas, que
incluem a articulação de 31 diferentes instâncias” (PNLL, 2003, p. 31), abrindo oportunidade
33

de todo o âmbito governamentais formarem parcerias com o setor da cadeia produtiva do livro
( editores, atores, etc).

3.2 O Programa Nacional de Incentivo à Leitura – PROLER

O PROLER (1992-1996) é estabelecido durante o processo de expansão da


Biblioteca Nacional, junto com o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação. Este
programa de incentivo nacional da leitura, segue com a finalidade de valorizar a leitura como
uma prática social comunitária, ao mesmo tempo que tenta promover meios possíveis para
transformar a escola e quem sabe a própria sociedade nele inseridos.
Foi instituído em 13 de maio de 1992, pelo Decreto nº. 519, e vinculado à Fundação
Biblioteca Nacional – na Cidade do Rio de Janeiro. Promove a leitura em parceria com
comitês espalhados por diversos países, estabelecendo uma relação horizontal de parcerias e
aprendizados mútuo.
PROLER recrutou agentes de leitura (amigos da leitura) como educadores, gestores
públicos e educadores, a fim de incentivá-los a conscientizar a população em todo o país a
gerar o hábito de ler. Os principais objetivos do PROLER foram (FBN, 2016):
•Promover o interesse nacional pela leitura e pela escrita,
considerando a sua importância para o fortalecimento da cidadania;
•Promover políticas públicas que garantam o acesso ao livro e à
leitura, contribuindo para a formulação de uma Política Nacional de
Leitura; • Articular ações de incentivo à Leitura entre diversos setores
da sociedade; • Viabilizar a realização de pesquisas sobre livro, leitura
e escrita; • Incrementar o Centro de Referência sobre leitura.

O PROLER foi formado com a intenção de estabelecer uma política nacional de


leitura e mobilizar governos e iniciativa privada. O PROLER prioriza o incentivo de recursos
orçamentários com linhas de créditos e outras fontes de financiamentos usados como
investidos em programas de leitura, para gerar benefícios a população por meio de projeto de
desenvolvimento da leitura.
Coordenado pela Biblioteca Nacional, o PROLER atuava junto às bibliotecas infantis
e juvenis mediante agendamento prévio (FBN, 2016) por meio de atividades realizadas
dentro de suas próprias bibliotecas (infantil e juvenil), que podia ser sugeridas tanto pelos
grupos participantes, como por intermédio de proposta da equipe de profissionais do próprio
Instituto Casa da Leitura, coordenado pelo PROLER.
34

O Instituto Casa da Leitura possui duas bibliotecas que foram implantadas para
organizar um olhar com foco no usuário para torná-lo um leitor em potencial, a fim de
despertá-lo a um constante hábito de leitura. Consta no site da Biblioteca Nacional que o
Instituto:
[…]”possui duas Bibliotecas Demonstrativas: Monteiro Lobato
(infantil) e Adélia Prado (juvenil e adulta). Dispõe também de um
Centro de Referência e Documentação em Leitura(CRDL), com
acervo especializado, que capta e disponibiliza informações sobre
práticas, pesquisas e estudos realizados no Brasil e no exterior,
constituindo uma Rede Nacional de Leitura”(BN, 2016).

Os espaços são conceituados por apresentarem bibliografias de referência de


documentação especializada em desenvolvimento da leitura, fruto de pesquisas realizadas no
Brasil e no exterior, base do desenvolvimento das redes de leitura nacional. Os livros
disponibilizados ao público são de acesso livre nas estante, dando a oportunidade para os
usuários compreenderem todo funcionamento da biblioteca (BN, 2016). O prédio possui
uma localização privilegiada no Bairro das Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro, cuja
fachada foi reproduzida na figura 1.

Figura 1: Instituto Casa de Leitura (Rio de Janeiro).

Fonte:https://www.bn.gov.br/visite/espacos/casa-leitura

O Instituto Casa da Leitura está aberto ao público em geral, às visitações e aos


projetos que dão continuidade às atividades de leitura e escrita a grupos de alunos de redes
pública e particular de todo o Rio de Janeiro, contando com a parceria das Secretarias de
Educação, Cultura e Desenvolvimento Social, podendo ter a participação de ONG’s e outras
instituições não-governamentais (BN, 2016).
35

3.3 O Projeto Mais Bibliotecas Públicas

O Projeto Mais Bibliotecas Públicas do Sistema Nacional de Biblioteca Públicas –


SBNP3, em seu início na década de 1990, através do convênio realizado entre a Fundação
Biblioteca Nacional e o Centro de Desenvolvimento e Cidadania, transferindo-se
posteriormente para a coordenação da Fundação Biblioteca Nacional.
No princípio, esta mudança “não apresentava uma política expressiva para o setor e
os poucos recursos financeiros eram destinados, prioritariamente, para a preservação do
patrimônio bibliográfico nacional” (TARAPANOFF, 1995, p. 159).
O apoio à instalação e qualificação de Bibliotecas Públicas, é o resultado do
convênio entre a Fundação Biblioteca Nacional com o Centro de Desenvolvimento e
Cidadania, iniciado como parte de um processo de mobilização local a favor da ampliação do
número de bibliotecas públicas no Brasil. A pretensão deste projeto é instalar em cada
município, pelo menos uma unidade. O objetivo da proposta contava com um processo de
levantamento, análise e validação de dados sobre os municípios que possuíam e que os não
possuíam bibliotecas públicas.
Vale apena enfatizar que a criação deste projeto pode disponibilizar uma maior
visualização do mapa da localização das bibliotecas cadastradas em todo Brasil, das 6102
bibliotecas públicas municipais (SNBP, 2015) distribuídas e registradas e todo território
nacional.
A visualização destes dados não significou um incremento das condições das
instalações físicas e das condições financeiras de cada uma delas. Apenas divulgou-se a
possível existência de dados com base nos índices dos cinco anos anteriores do site do
Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (dados extraídos e disponibilizados em mapa de
localização por região, por Estado e por município). Os registros dos números de bibliotecas
públicas cadastradas em todo o Brasil estão distribuídos conforme ilustra o quadro 2:

3No ano de 1992, pelo decreto presidencial n°520, de 13/05/1992, em substituição ao antigo instituto Nacional
do livro – INL, criando o Sistema Nacional de Bibiotecas Públicas. O Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas
é subordinado ao Ministério da Cultura/Secretaria do Livro e Leitura e é coordenado pela Fundação Biblioteca
Nacional.
36

Quadro 2: Distribuição das bibliotecas públicas no Brasil por região geográfica

NÚMERO DE BIBLIOTECAS PÚBLICA REGIÕES BRASILEIRAS


503 Norte
1.847 Nordeste
501 Centro-oeste
1.958 Sudeste
1.293 Sul
Fonte: Dados de pesquisa site do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP, 2015).

A Figura 2 mostra um mapa de localização das bibliotecas públicas brasileiras,


disponível no site do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas. Os dados são de 2014:

Figura 2: Mapa das Bibliotecas Públicas Brasileira.

Fonte: Site do Sistema Nacional de Bibliotecas(SNBP, 2015).

No mapa, cada ícone remete à localização do prédio onde se encontra instalada a


biblioteca, com nome e endereço, incluindo desde a área de atuação até a sua área
de acessibilidade. Este mapa proporciona uma facilidade aos gestores das instituições em
acessarem ou adicionarem dados de acervo e agenda, entre outros, registros. Como exemplo
mostramos na figura 3, a Biblioteca Municipal Pública Alceu Amoroso Lima:
37

Figura 3 : Biblioteca Municipal Pública Alceu Amoroso Lima.

Fonte: Dados de pesquisa site do Sistema Nacional de Bibliotecas (SNBP, 2015).

Este mapa foi lançado pelo Ministério da Cultura em uma plataforma moderna que
mostra onde as bibliotecas públicas brasileiras estão espalhadas por todo o país,
contabilizadas atualmente 6.021 instituições públicas, municipais, estaduais ou comunitárias,
cadastradas previamente no sistema nacional do cadastro do Sistema Nacional de Bibliotecas
Públicas.

Este registro permite localizar as bibliotecas com uma maior amplitude, sendo
obrigatório o cadastro no Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas. A realização deste
trabalho tem a intenção de apoiar o desenvolvimento de políticas culturais nacionais voltadas
para as bibliotecas públicas municipais e estaduais, embora ainda exista demora nas
atualizações das informações no site do Sistema.

A proposta inicial deste projeto incluiu a realização de debates sobre o impacto do


serviço de acesso a informação e a leitura de qualidade levados as comunidades locais
próximas as bibliotecas públicas, “organizados em forma de encontros (mobilizações
presenciais), realizados nos municípios dos 27 estados do Brasil, nos locais que estejam sem
bibliotecas públicas ou em locais que as bibliotecas públicas prestes a fechar” (MinC apud
SNBP, 2015).

Mas, os problemas relatados pelo Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas são


inumeráveis desde a falta de profissionais qualificados à falta de estrutura econômica,
passando pela falta de qualidade nas instalações e das localizações próximo à regiões de
38

extrema pobreza/em áreas de risco, que impedem a organização adequada de acervo. Esses
fatores comprometem desde o funcionamento das bibliotecas e sua organização, impedindo a
bibliotecas de oferecerem uma maior qualidade de produtos e serviços e qualidade de
atendimento. O Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas – SNBP (2015), reconhece alguns
problemas aqui colocados e luta para solucionar cada um deles.

Segundo Silva (2004, p.11), “o acesso à leitura e aos livros nunca foi uma ação
democrática no país, pois quando se analisa historicamente a presença da leitura na sociedade
brasileira, percebe-se que sempre houve aspectos que mostram o privilégio de classe4 e a
injustiça social, gerada pela indiferença dos governantes a realidade de grande parte da
população, em sua maioria, pobre.”

Na opinião de Gonçalves (2014, p.16), “a leitura tem o poder de influenciar e


transformar a realidade de quem lê”, e como principal ferramenta do saber, o livro por si só
precisa ser levado a sério como um canal que pode promover o desenvolvimento intelectual
de cada individuo. Percebe-se que isto não é suficiente para tornar os usuários totalmente
interessados pela leitura em si. A relação do leitor com o livro deveria se tornar grande
acontecimento em sua vida, estreitando os laços e atraindo-o para dentro do ambiente de
leitura, gerando uma maior interação nos espaços destinados à leitura, em especial, os espaços
das bibliotecas públicas.

Os autores Umberto Eco e Jean Claude Carrière (2010, p.5) falam a respeito do
futuro do livro (físico) no mundo contemporâneo e a sua existência, diante do uso de novas
mídias, principalmente as mídias que disponibilizam os livros em formato digital. Ambos
fazem uma ampla defesa da leitura, da cultura e da civilização do livro (não digital), sem
descartar a importância da evolução dos seu vários formatos até os dias atuais. Para eles o
livro em seu formato físico é e sempre será, a principal fonte de existência das bibliotecas.

Na visão de Umberto Eco e Jean Claude Carrile (2010, p. 5), “o livro não pode
perder sua característica de ferramenta humana”, principalmente porque este permite a
construção e o desenvolvimento da sociedade. Além disso, Umberto Eco e Jean Claude
Carrile (2010), concordam que a existência da Internet e dos e-readers5 não ameaçam a

4[Grifo nosso] pesquisa com baseada em dados disponibilizados no site do Sistema Nacional de Bibliotecas
Públicas (SNBP, 2015).

5E-Reader é um pequeno aparelho que tem a função principal de gerar um aplicativo que é utilizado como uma
de ferramenta de leitura, que comporta conteúdos de livros digitais (e-books) e outros tipos de mídia digital.
39

existência do livro. Pelo contrário, estes se transformaram em importantes aliados a favor de


sua conservação e imortalidade (ECO; CARRILE, 2010, p.5).

Diante disso, compreendemos como um forte argumento, a afirmação que “o livro


nunca desaparecerá” (ECO; CARRIERE, 2010, p.5) e, consequentemente, podemos assim
dizer que as bibliotecas (em especial), por serem necessárias a sua existência, elas também
nunca desaparecerão. Para tornar isso possível, será essencial que as bibliotecas prossigam
em manter um ambiente influente ativo e dinâmico, dentro de um “contexto envolvente,
preocupando-se com a qualidade do seu acervo”(SILVA, 2004, p.72), dos serviços que presta
e do atendimento de seus usuários.

Pode-se dizer que a concepção de biblioteca pública como um lugar de inclusão


social tem encontrado caminhos para fundamentar a conscientização e a valorização das
pessoas que atuam na área da Biblioteconomia, incentivando o aperfeiçoamento de pessoal, e
o seu treinamento, mediante as atividades culturais criadas no âmbito das bibliotecas.

Gonçalves (2014) enfatiza a importância da democratização dos espaços das


bibliotecas públicas, sem desconsiderar o principal papel social do profissional bibliotecário
“que vai além da mediação da informação e da leitura”. A autora ressalta sobre o papel do
profissional bibliotecário, que […]“deve buscar formas de atrair o leitor para a biblioteca ou
até mesmo ir ao encontro do leitor, onde quer que ele esteja” (GONÇALVES, 2014, p. 25), a
fim de promover a correta aprendizagem, durante as práticas leitura por meio dos projetos e
atividades de mediação da leitura, de cultura e de promoção da existência do livro.

Neste sentido, Freitas e Silva afirmam que a biblioteca pública, tornou-se “um
espaço cultural importante para a população” (FREITAS; SILVA, 2014, p. 139). Além de
garantirem o acesso gratuito a livros é uma importante aliada na democratização da leitura e
da cultura em todo o país, elas veem assumindo um papel de destaque na comunidade, quando
se colocam como canal de “formação de uma consciência crítica” (FREITAS; SILVA, 2014,
p. 140) de cada indivíduo, permitindo que cada um destes possam fazer “o exercício pleno
da cidadania” (FREITAS; SILVA, 2014, p. 140).

Umas das grandes finalidades da biblioteca pública está na sua capacidade de


estimular o interesse dos indivíduos pela leitura, quando colocam a disposição dos usuários a
oportunidade de desenvolverem a criatividade pessoal humana, conforme as necessidades
informacionais de conhecimento, passando a assumir a responsabilidade primordial de
compor um valioso suporte patrimonial. Neste sentido a IFLA/UNECO (1994) declara que:
40

[…] As coleções devem refletir as tendências atuais e a evolução da


sociedade, bem como a memória da humanidade e o produto da sua
imaginação[…] As coleções e os serviços devem ser isentos de
qualquer forma de censura ideológica, política ou religiosa e de
pressões comerciais.

Segundo o Manifesto da UNESCO (1994) a biblioteca pública precisa dar ao


usuário o privilégio de desfrutar de uma biblioteca que tenha um acervo estruturado,
preparando-se para atender ao seu público variado, sem qualquer tipo de censura ideológica.

O ambiente deve ser adaptado conforme as exigências estabelecidas em um espaço


genuinamente democrático; onde seus profissionais bibliotecários trabalhem com
disponibilização de uma maior qualidade de serviços, sem deixar de refletir as tendências
atuais e a evolução da sociedade, procurando suprir as necessidade informacionais e de
conhecimento, oriundas das demandas dos usuários.
41

5 CONCLUSÃO

As biblioteca pública, tornaram-se “um espaço cultural importante para a


população”(FREITAS; SILVA, 2014, p. 139), com a finalidade de garantir o acesso gratuito a
livros, de maneira que se transformando-se em uma forte aliada na promoção da
democratização da leitura, da cultura e da educação em todo país.

A importância da democratização dos espaços das bibliotecas públicas, sem


desconsiderar o principal papel social do profissional bibliotecário “que vai além da mediação
da informação e da leitura”. A autora ressalta sobre o papel do profissional bibliotecário, ele
[…]“deve buscar formas de atrair o leitor para a biblioteca ou até mesmo ir ao encontro do
leitor, onde quer que ele esteja” (GONÇALVES, 2014, p. 25), a fim de promover a correta
aprendizagem, durante as práticas leitura por meio dos projetos e atividades de mediação da
leitura, de cultura e de promoção da existência do livro.

A leitura tem o poder de influenciar e transformar a realidade de quem lê, e como


principal ferramenta do saber, o livro precisa ser levado onde o individuo esteja para
promover o seu desenvolvimento intelectual. Tornar os usuários interessados pela leitura em
si é um desafio constante num país cuja educação ainda carece de qualidade, conforme vem
demonstrando as últimas avaliações da educação no Brasil. A relação do leitor com o livro
deveria se tornar grande acontecimento em sua vida, estreitando os laços e atraindo-o para
dentro do ambiente de leitura, propondo uma maior interação dos espaços, em especial, os
espaços das bibliotecas públicas destinados a leitura.

O Manifesto da UNESCO e os projetos Governamentais, vem posicionam-se como


uma espécie de espelho, possibilitando a construção de um modelo de politicas públicas para
proporcionar o bom funcionamento das bibliotecas públicas, fundamentais a construção de
uma sociedade mais justas e para todos.
42

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