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DE MARKETING
Graduação
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
FUNDAMENTOS DE MARKETING
Seja bem-vindo(A)!
Olá, acadêmico(a) do ensino a distância da Unicesumar! É um prazer recebê-lo(a) em
nossa disciplina de Fundamentos de Marketing.
Gostaria de começar aqui parabenizando você, aluno(a), por se dispor ao aprendizado
e ao autodesenvolvimento que um curso superior pode proporcionar. Este material é
destinado aos aluns do Ensino a Distância, por ser pensado e desenvolvido para que
você seja o(a) principal condutor(a) do seu aprendizado. Aqui, e nas outras ferramentas
das quais dispomos, como fóruns, aulas ao vivo e conceituais, atividades, atividades pre-
senciais, entre outros, você poderá encontrar tudo o que precisa para guiar seu desen-
volvimento acadêmico e profissional. Como professora do EaD, e como já fui estudante
desta modalidade um dia, sei das dificuldades e facilidades que a modalidade nos pro-
porciona. Por sermos autores do nosso desenvolvimento, é preciso, antes de mais nada,
confiança, persistência e autodisciplina. Com esses esforços, conseguimos, mediante a
flexibilidade de horários e locais, encaixar o conhecimento e a busca do sucesso profis-
sional dentro da nossa rotina e do nosso estilo de vida.
O objetivo desse livro é mostrar a você, estudante e futura profissional da área de marke-
ting, os principais fundamentos para o exercício, estudo e prática da grande área de
marketing. Por meio de cindo unidades proporcionamos a você o acesso a um amplo
conteúdo sobre o marketing, seu uso e derivações, o ambiente interno e externo, onde a
prática de marketing atua e exerce influência, ao mix de marketing (preço, produto, pra-
ça e promoção), a como podemos administrar as comunicações de marketing e ainda a
como utilizar o marketing dentro das estratégias e objetivos organizacionais.
Nossa sociedade passou por eras as quais foram marcadas em sua grande maioria por
fatores objetivos como propriedades, capital, maquinários e tecnologias que conferiam
poder às organizações. Com as mudanças que foram ocorrendo nas áreas econômicas,
sociais, políticas, familiares e tecnológicas, as organizações que sobreviveram à acirrada
competitividade do mercado e principalmente aquelas que se destacaram dispunham
de algo mais do que pode ser visto e tocado – na sociedade atual, a sociedade do co-
nhecimento, o ponto de referência e que confere poder às organizações está relacio-
nado a conceitos subjetivos como o conhecimento adquirido, os valores aprendidos, a
confiança conquistada, a cultura disseminada, entre muitos outros que não podem ser
facilmente vistos ou tocados pelo entorno que faz parte da organização.
Sobre esse fator de sobrevivência e destaque dito, uma área de estudo tem total inte-
resse e domínio para atuar como ferramenta operacional, gerencial e estratégica, além
de ser capaz de disseminar e levar esses aspectos subjetivos, mas que são valiosos, da
organização para a sociedade: o marketing.
Para Darroch et al. (2004, p. 31), o Marketing é uma função organizacional e uma série de
processos para a criação, comunicação e entrega de valor para clientes, e para o geren-
ciamento de relacionamentos com eles, de forma que beneficie a organização e seus is-
takeholders. Enquanto área de estudos e ferramenta gerencial, as práticas de marketing
têm o importante papel de ser ponte entre as organizações e a sociedade, dispondo e
Apresentação
Sugiro que você utilize sabiamente todo material disponível a você durante sua
caminhada para o sucesso. Leia atentamente o material antes das aulas, assista às
aulas conceituais e não se limite ao material proposto. Aqui, condensamos o que há
de melhor e mais atual sobre os fundamentos de marketing, no entanto, a informa-
ção não é algo estático e se modifica todos os dias, encontrando novas aplicações,
se desenvolvendo em novas aplicações, empresas crescem e declinam no mercado
todos os dias através das suas práticas de marketing. Por isso esteja atento(a) ao que
ocorre paralelamente aos seus estudos e busque mais informações para que sua
participação em aula seja mais proveitosa e atualizada.
Desejo a você sucesso na sua caminhada, que seu conhecimento não tenha barrei-
ras e que seus objetivos sejam alcançados!
Um forte abraço!
Prof.ª Me. Francielli Martins Borges Ladeira
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sumário
UNIDADE I
FUNDAMENTOS DE MARKETING
17 Introdução
18 Definição do Marketing
23 Aplicações do Marketing
26 Função do Marketing
26 Administração de Marketing
28 Responsabilidade do Marketing
33 Considerações Finais
UNIDADE II
AMBIENTE DE MARKETING
39 Introdução
40 Ambiente de Marketing
64 Considerações Finais
sumário
UNIDADE III
O MIX DE MARKETING
73 Introdução
74 O Mix de Marketing
76 Composto de Produto
79 Composto de Preço
81 Composto de Praça
83 Composto de Promoção
86 Considerações Finais
UNIDADE IV
95 Introdução
99 Comunicação de Marketing
UNIDADE V
ESTRATÉGIA DE MARKETING
129 Introdução
164 Conclusão
169 Referências
Professora Me. Francielli Martins Borges Ladeira
FUNDAMENTOS DE
I
UNIDADE
MARKETING
Objetivos de Aprendizagem
■■ Definir Marketing.
■■ Entender como são utilizados os conceitos aplicados a Marketing.
■■ Relacionar a aplicação das práticas de Marketing às evoluções
administrativas, econômicas e sociais.
■■ Compreender como o Marketing atua em diversas funções
empresariais, como produção, finanças, logística, recursos humanos,
sistemas de informação, engenharia de produtos e pesquisa
tecnológica.
■■ Entender como funciona a administração de Marketing.
■■ Compreender quais são as responsabilidades esperadas da atuação
no Marketing nas organizações e na sociedade.
■■ Conhecer o valor percebido pelos clientes em relação aos custos
necessários para obtenção do produto/serviço.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Definição de Marketing
■■ Conceitos aplicados a Marketing
■■ Aplicações do Marketing
■■ Função do Marketing
■■ Administração de Marketing
■■ Responsabilidades do Marketing
■■ Valor percebido para o cliente
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©shutterstock
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Introdução
Introdução
I
Definição do Marketing
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O mercado gerou o marketing ou o marketing gerou os mercados? Para Limeira
(2012), marketing é uma palavra em inglês derivada de Market, que significa
mercado. Cobra (2009) explica que a expressão anglo-saxônica marketing deriva
do latim mercare, que definia o ato de comercializar produtos na antiga Roma,
onde tudo o que era produzido era vendido, e sem a necessidade de um esforço
voltado para vendas. O marketing que conhecemos hoje era desnecessário no
cenário descrito. Com o capitalismo, que teve início nos EUA, na década de 1940,
e a grande variedade de produtos em oferta, nem sempre com uma demanda
que consiga suprir totalmente, e ainda com as singularidades e especificidades
de produtos similares, o marketing tem sido amplamente utilizado para sinali-
zar esse esforço de vendas, necessário hoje.
No entanto, apesar do sentido etimológico da palavra, ou seja, sua origem,
para Araujo, Finch e Kjellberg (2010), o marketing produz os mercados. Não
apenas o marketing isoladamente, mas, sim, em conjunto com outras práticas,
limitações e responsabilidades. O marketing ainda faz parte como um dos for-
madores do mercado. Para esses autores, a teoria de que o marketing produz
mercados depende de três principais ideias:
1. Não existe um conjunto estável de práticas ou ideias que podemos deno-
minar o marketing de uma forma inequívoca; o que conta ou deve contar
como marketing depende de contingências locais e mudanças ao longo
do tempo.
2. Em segundo lugar, os processos de produção de mercados são complexos
e dependem da participação de muitos esforços de marketing, portanto,
o resultado raramente assume a forma pretendida, como o que o esforço
FUNDAMENTOS DE MARKETING
19
inicial objetivava.
3. Terceiro: os mercados assumem uma ampla variedade de formas; não há,
portanto, nenhum resultado singular ou individual do produtivo traba-
lho de marketing.
Assim, o que Araujo, Finch e Kjellberg (2010) explicitam com essas ideias é o
conceito em que há uma interação entre marketing e mercados, onde cada um
exercita sua parte para a formatação do outro, ou seja, o marketing atua e molda
o mercado enquanto o mercado também tem a capacidade de influenciar dire-
tamente as práticas de marketing.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Definição do Marketing
I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cada item detalhadamente na Unidade III.
FUNDAMENTOS DE MARKETING
21
Produtos são as ofertas responsáveis pela satisfação das necessidades e desejos das
pessoas. Produtos podem ser categorizados como bens, serviços, experiências, eventos,
pessoas, lugares, títulos patrimoniais, organizações, informações e ideias.
Quando o produto ou serviço alcança êxito nas necessidades e desejos dos clientes, dize-
mos que ele gerou valor e satisfação ao comprador-alvo.
Valor é a razão entre o que o cliente recebe e o que ele dá, ou seja, é a relação custo x
benefício do produto ou serviço. Os custos podem ser monetários, de tempo, energia e
psicológicos, e os benefícios são compostos por benefícios práticos (a necessidade que o
produto ou serviço se propõe a suprir) e benefícios emocionais (o que o comprador sente
ao adquirir e usufruir do produto/serviço).
Quadro 1: Conceitos comuns de Marketing
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: adaptado de Kotler (2000)
Assim, podemos finalizar essa sessão com o conceito de troca, que se caracte-
riza como mais do que um acontecimento e envolve negociação, criação de valor
FUNDAMENTOS DE MARKETING
23
Aplicações do Marketing
cia prática das rotinas empresariais, dos conceitos utilizados para o exercício do
marketing nas organizações, diversas aplicações foram delineadas para acompa-
nhar as evoluções econômicas, sociais, culturais, políticas e tecnológicas.
Neste tópico, abordaremos a utilização da conceituação de marketing, que
por muito tempo foi utilizada de forma muito teórica nas rotinas empresariais,
que são responsáveis por muitas atividades dentro da organização que vão desde
os processos produtivos até a disponibilização dos produtos ou serviços, como a
forma de oferecimento dos mesmos para uma população consumidora. Em con-
trapartida, as organizações podem obter uma devolutiva desse consumo para
a modificação e melhoria contínua das suas práticas. Ou seja, aqui, teremos a
oportunidade de conhecer como as ferramentas disponibilizadas pelo marke-
ting são utilizadas pelas empresas em busca dos seus objetivos organizacionais.
Uma das principais ferramentas com o objetivo de formar relacionamento
com o cliente foi o Marketing Direto. Essa ferramenta de marketing foi muito
utilizada para agregar amplo acesso aos produtos e serviços sem perder o contato
direto com o vendedor, que muitas vezes realizava a apresentação do produto de
casa em casa. Nessa modalidade, experimentou-se, primeiramente, o conforto
de realizar suas compras sem a necessidade de deslocamento até os grandes cen-
tros mercadológicos. O Marketing Direto foi definido por Stone (1992) como
um sistema interativo de marketing, surgido na década de 1960, que utiliza uma
ou mais mídias de propaganda (mala direta, telefone, TV, jornais, revistas etc.),
a fim de produzir resposta e/ou transações mensuráveis para a organização. Esta
ferramenta ainda teve suas primeiras atuações em lojas norte-americanas com
a oferta de produtos por catálogo que eram enviados a milhares de residências
Aplicações do Marketing
I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
res aos produtos e serviços oferecidos pelas organizações, as tecnologias também
têm auxiliado as empresas a obterem maior interação e informação sobre os seus
clientes, tendências de compras e evolução do mercado.
Com a disseminação do uso de tecnologias e internet, surgiram sistemas de
informações que têm como principal objetivo dar suporte às práticas de marke-
ting, como ferramentas de (1) Database (Base de Dados), importante para a
salvaguarda de grandes quantidades de informações sobre clientes, tendências
de mercado, perfil de preferências e histórico de compras; e (2) DataMining
(Mineração de Dados), que permite o reconhecimento de padrões, tendências e
correlações por meio de análises matemáticas e estatísticas de informações con-
tidas em bases de dados, entre outros sistemas de informações que permitem a
captura e armazenamento de dados, a relação e inter-relação entre matrizes de
dados permitindo aos gestores identificarem padrões de compra e comporta-
mento, perfis socioeconômicos, entre outras variáveis que ajudam na predição
de cenários, previsão de tendências e planejamentos de atividades de marketing.
Além da obtenção de dados sobre a sociedade em que o marketing atua,
por meio das ferramentas tecnológicas, as práticas de marketing necessitam,
principalmente, propiciar formas de relacionamento entre as pessoas, sejam
colaboradores, clientes, fornecedores ou um potencial público consumidor. As
empresas são feitas de pessoas e existem para as pessoas. Dessa forma, pode-
mos relacionar mais uma prática de marketing, que atua nessa interação entre
pessoas, de forma a fazê-la da forma mais satisfatória para todos, que é o marke-
ting de relacionamento.
FUNDAMENTOS DE MARKETING
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Aplicações do Marketing
I
Função do Marketing
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Baker (2005) sintetiza a função do marketing como, basicamente, ser res-
ponsável pelo gerenciamento do mix de marketing – produto, preço, praça e
promoção. O autor ainda salienta que apesar da enormidade de formulações mais
elaboradas sobre a função do marketing nas organizações, uma organização que
é realmente orientada para o marketing demanda bem menos da necessidade
de ter funções especializadas em cada departamento funcional da organização.
O mix de Marketing, que será mais aprofundado nas unidades a seguir, é, de
acordo com Richers (2000), um componente estratégico que acrescenta eficácia
à empresa e a ajuda a atingir seus objetivos a médio e longo prazos, da maneira
mais racional possível.
Administração de Marketing
FUNDAMENTOS DE MARKETING
27
com mercados-alvo.
Algumas ferramentas administrativas são amplamente utilizadas, como
ferramentas de marketing, que permitem agregar valor e maior qualidade ao ser-
viço ou produto, como a implementação da Gestão da Qualidade Total (TQM
– Total Quality Management), com abordagem para a busca de melhoria contí-
nua em todos os processos organizacionais, produtos e serviços. Kotler (2000)
ainda salienta a direta ligação entre níveis de qualidade de produtos e serviços
e níveis de satisfação do cliente e lucratividade da empresa.
Kotler (2000) destaca que os gerentes de marketing têm duas responsabilida-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
des em uma empresa voltada para a qualidade: primeiro, eles devem participar
na formulação de estratégias e políticas projetadas para auxiliar a empresa a ven-
cer por meio da excelência na qualidade total; e segundo, eles devem entregar
tanto qualidade de marketing quanto qualidade de produção.
A garantia de satisfação do cliente faz parte da primeira premissa adminis-
trativa de como sobreviver em um mercado competitivo. A segunda premissa
refere-se ao planejamento estratégico orientado ao mercado.
O planejamento estratégico orientado para o mercado é o processo ge-
rencial de desenvolver e manter um ajuste viável entre objetivos, habili-
dades e recursos de uma organização e as oportunidades de um merca-
do em contínua mudança. O objetivo do planejamento estratégico é dar
forma aos negócios e produtos de uma empresa, de modo que eles pos-
sibilitem os lucros e o crescimento almejados (KOTLER, 2000, p. 86).
Administração de Marketing
I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Responsabilidade do Marketing
FUNDAMENTOS DE MARKETING
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Responsabilidade do Marketing
I
Caso
Cruzada Avon contra o Câncer de Mama
A Avon é uma empresa que atinge cerca de um bilhão de mulheres por meio de
três milhões de representantes de vendas independentes em 136 países e tem
um compromisso com a missão de “ser a empresa que melhor atende e satisfaz
globalmente as necessidades de produtos, serviços e auto-afirmação das mulhe-
res”. A Cruzada Avon contra o Câncer de Mama (Crusade Against Breast Cancer)
é uma demonstração maravilhosa desse compromisso. Ela permite que a Avon
cumpra seus objetivos de marketing e de comunicações apoiando, ao mesmo
tempo, uma causa de real preocupação para seu mercado-alvo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O câncer de mama é a maior preocupação isolada das mulheres do Reino Unido,
pois uma em cada 11 mulheres terá câncer de mama em algum momento da
sua vida. A Avon Crusade arrecadou mais de £8 milhões para as instituições de
caridade do câncer de mama do Reino Unido desde 1992. Esse dinheiro ajudou
a financiar o primeiro centro de pesquisa dedicado às causas e tratamentos do
câncer de mama e também 15 enfermeiras especializadas.
Fonte: Adkins, S. Cause Related Marketing: Who Care Wins. Oxford: Butterworth
Heinemann, 1999, p. 199.
FUNDAMENTOS DE MARKETING
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que proporcionam maior valor dentro dos limites impostos pelos custos. Assim, o
cliente, ao analisar os custos e os benefícios decorrentes de determinado produto
ou serviço, forma expectativas quanto àquela aquisição. O atendimento ou não
a essa expectativa de valor é o principal responsável pela satisfação e repetição
de compra pelo cliente. Dessa forma, a fidelização de clientes está diretamente
relacionada à sua percepção de valor em relação à organização em questão.
Definimos valor como a razão entre o que o cliente recebe e o que ele
dá. O cliente recebe benefícios e assume custos. Os benefícios incluem
benefícios funcionais e emocionais. Os custos incluem custos monetá-
rios, de tempo, de energia e psicológicos (KOTLER, 2000, p.33).
Clientes maximizam valor, ou seja, eles criam uma expectativa de valor e agem
com base nessa expectativa criada. Já a satisfação do comprador, de acordo com
Kotler (2000), depende do desempenho percebido do produto em relação às
suas expectativas.
Considerações Finais
Considerações Finais
1. O marketing assumiu, ao longo dos anos, uma postura de ferramenta de auxí-
lio às trocas realizadas no mercado. Se antes era uma ferramenta voltada prin-
cipalmente às vendas, hoje, o conhecemos por sua importância no alcance da
satisfação do cliente. Peter Drucker salientou a importância da ferramenta de
marketing em tornar a venda supérflua, em outras palavras, uma consequência.
Sobre Marketing, assinale a alternativa correta:
a) A meta é conhecer tão bem o cliente que o produto ou o serviço se adapte a
ele e se venda por si só. O ideal é que o marketing deixe o cliente pronto para
comprar. A partir daí, basta tornar o produto disponível.
b) O marketing é uma ferramenta mercadológica orientada às vendas. O princi-
pal objetivo do marketing hoje é aumentar a lucratividade das organizações
através das ferramentas disponibilizadas, como publicidade e propaganda.
c) O marketing atua sobre o mercado de forma unidirecionada, ou seja, é ele
quem dita as regras, os preços e as condições. Os clientes que podem pagar
pelo produto ou serviço fazem parte da demanda do mesmo.
d) O objetivo do marketing é possibilitar a realização de trocas no mercado. Nes-
se ambiente, a satisfação primária é das empresas que disponibilizam seus
produtos e serviços e lucram com essa troca.
2. A necessidade por produtos específicos onde há a possibilidade de pagamento
pela troca do produto/serviço é definida por:
a) Desejo
b) Demanda
c) Mercado
d) Satisfação
3. A função do marketing caracteriza-se pela aplicação e gerenciamento de quatro
bases fundamentais nos diversos setores de uma organização. As alternativas, a
seguir, fazem parte do composto de marketing, exceto:
a) Produto
b) Preço
c) Praça
d) Premiação
MATERIAL COMPLEMENTAR
Planejamento Estratégico
Autor: Idalberto Chiavenato, arão Sapiro
Editora: Elsevier Brasil, 2003
Sinopse: o livro apresenta todas as etapas do processo de planejamento
estratégico - desde a intenção estratégica até o resultado final - e
estrutura-se como um manual para a elaboração do plano estratégico
para organizações com ou sem fins lucrativos, empresas públicas ou
privadas, empresas pequenas, médias ou grandes, empresas familiares ou
empreendimentos de qualquer porte. Nesse sentido, procura atender uma
demanda do público universitário e profissional, de um texto mais encorpado,
que contemple uma abrangente revisão conceitual, mas que igualmente aborde os aspectos de
aplicação prática dos conceitos e dos fundamentos, mais adequados à realidade do nosso país.
as empresas descobriram o grande potencial das mídias sociais para incitar o poder de
consumo e não abem mão de utilizar cada dia mais ferramentas que as mídias proporcionam.
a publicidade alcançou o consumidor de tal forma que um atrativo passivo passou a interagir
com os consumidores estimulando cada vez mais a compra dos produtos anunciados. Enquanto
poucas empresas se preocupam com o estabelecimento de um relacionamento duradouro com
seus consumidores, a maioria das empresas lançam mão de promoções que levam ao consumo
imediato sem muita estratégia a médio e longo prazo. Nessa tentativa de “agarrar” o consumidor
por meio das mídias, cada dia mais vemos a utilização de novas ferramentas como “concursos
culturais”, brindes, sorteios e a mais nova febre norte-americana dos cupons de desconto.
Leia mais no link a seguir: <http://www.ideiademarketing.com.br/2012/09/14/
relacionamento-ou-promocao/>
Material Complementar
Material Complementar
II
UNIDADE
AMBIENTE DE MARKETING
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer as variáveis que influenciam o ambiente de Marketing.
■■ Analisar o ambiente interno e externo das empresas.
■■ Destacar as principais variáveis presentes no macroambiente e no
microambiente.
■■ Identificar as variáveis controláveis e incontroláveis.
■■ Compreender a influência das variáveis ambientais no planejamento
estratégico.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ A influência das variáveis ambientais no planejamento estratégico
■■ O ambiente de marketing como fator determinante para elaboração
de estratégias
■■ O que é macroambiente e microambiente e suas principais variáveis
■■ A importância da análise do macroambiente e do microambiente
para estratégias de marketing
■■ As variáveis incontroláveis e controláveis presentes no ambiente
externo e interno das empresas
39
Introdução
Introdução
II
Ambiente de Marketing
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Variáveis Internas
Variáveis Externas (Incontroláveis)
(Controláveis)
MICROAMBIENTE MACROAMBIENTE
EMPRESA MERCADO Demográfico
Marketing Fornecedores Socioeconômico
Comercial Intermediários Sociocultural
Produção Clientes Político legal
Financeiro Concorrentes Tecnológico
RH Público Competitivo
Quadro 2: O Ambiente de marketing
Fonte: a autora
AMBIENTE DE MARKETING
41
Ambiente de Marketing
II
Para melhor compreensão deste subtópico, é importante que estejam claros alguns
conceitos básicos, o primeiro é o significado de estratégia que
consiste nas iniciativas e abordagens desenvolvidas pela administração
para atrair clientes e agradá-los, conduzir as operações, promover o
crescimento dos negócios e atingir os objetivos de desempenho (GAM-
BLE; THOMPSON, 2012, p. 2).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
E o segundo conceito é o do planejamento estratégico, que segundo Oliveira
(2005, p. 47),
é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológi-
ca para se estabelecer a melhor direção a ser seguida para a empresa,
visando ao otimizado grau de interação com o ambiente e atuando de
forma inovadora e diferenciada.
Toda empresa que deseja destacar-se no mercado precisa de uma estratégia muito
bem definida, conforme o conceito apresentado acima, é a estratégia que contri-
buirá para que a empresa atinja seus objetivos. No entanto, para que a estratégia
seja bem executada, ela depende de um planejamento, ou seja, as diretrizes que
a empresa deve seguir no mercado. A principal função do planejamento estra-
tégico é contribuir para que a empresa se mantenha saudável no mercado e para
que, por meio do planejamento, seja capaz de selecionar e organizar seus negó-
cios, estando preparada para qualquer tipo de incidente que venha ocorrer.
Você deve estar se perguntando: onde está o Marketing no Planejamento
estratégico? Os autores Etzel, Walker e Stanton (2001) afirmam que o planeja-
mento estratégico seria um plano geral para organização, mas a administração
deve estabelecer planos para cada área funcional importante da empresa, e entre
essas áreas está o marketing.
Os profissionais de marketing devem examinar todas as dimensões
do ambiente externo. As informações resultantes podem ajudá-los a
identificar as oportunidades para servir melhor seus mercados, criando
valor superior. A análise também pode ajudar a identificar ameaças à
capacidade de uma organização em manter sua vantagem competitiva,
sobreviver e prosperar (CHURCHILL; PETER, 2000, p. 26).
AMBIENTE DE MARKETING
43
As variáveis ambientais
incontroláveis estão pre-
sentes no macroambiente e
também no microambiente,
ambas no ambiente externo
©shutterstock
à empresa e, por essa razão,
são classificadas como ame-
aças ou oportunidades, já as variáveis controláveis, que estão presentes no
microambiente, são classificadas como forças ou fraquezas da empresa.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ambiente de Marketing
II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mar as variáveis externas em variáveis controláveis. Para isso, a melhor forma
de controlar uma variável é conhecendo suas causas e efeitos, assim é possível
diagnosticar quais as ações devem ser realizadas para que uma ameaça possa se
transformar em uma oportunidade ou uma fraqueza em força.
AMBIENTE DE MARKETING
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©shutterstock
necessidade que impacta
diretamente na qualidade
de vida” (FEBRAVA, 2013).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ambiente de Marketing
II
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O Macroambiente: As Variáveis Incontroláveis
AMBIENTE DE MARKETING
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Ambiente demográfico
Você sabe o que é demografia? Demografia, de acordo com Dias (2006, p. 21), “é o
estudo estatístico das populações e suas características”. As principais variáveis do
ambiente demográfico são: faixa etária, sexo, tamanho médio das famílias, estado
civil, número de unidades domiciliares, nacionalidade, religião e genealogia.
De acordo com Kotler (2006, p. 78), “as ten-
dências demográficas são indicadores altamente
confiáveis no curto e médio prazo”. No Brasil,
o principal instituto de pesquisas demográfica
é o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), e entre diversas pesquisas reali-
zadas por este instituto, uma das principais é
o Censo, que é realizado a cada quatro anos e
que apresenta informações sobre os domicí-
lios, a população residente, características da
©shutterstock
Pelo número de pesquisas que são publicadas durante todo o ano, não só pelo
IBGE, mas também por outros institutos, em que apresenta dados diversos sobre
a população, considera-se essa variável a mais fácil para a empresa controlar,
mesmo ela sendo uma variável incontrolável presente no ambiente externo. “Há
pouca desculpa para uma empresa ser pega de surpresa por eventos demográ-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ficos” (KOTLER, 2006, p. 78).
A principal força demográfica que os profissionais de marketing mo-
nitoram é a população. Afinal, os mercados são compostos de pes-
soas. Entre os aspectos de extremo interesse para os profissionais de
marketing estão o tamanho e a taxa de crescimento da população de
diferentes cidades, regiões e países; a distribuição das faixas etárias e a
sua composição étnica; os graus de instrução; os padrões familiares, e
as características das diferentes regiões, bem como as movimentações
entre elas (KOTLER, 2006, p. 78).
Para saber mais sobre as pesquisas do IBGE e buscar algumas pesquisas demográficas
já realizadas, acesse: <http://www.ibge.gov.br/>.
Ambiente Econômico
AMBIENTE DE MARKETING
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©shutterstock
consumidor. A tendência é a
diminuição do poder de com-
pra quando a renda diminui,
quando há uma alta na inflação, quando os juros aumentam, quando o país está
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
passando por uma crise, entre outras questões econômicas. Por isso é impor-
tante que a empresa esteja atenta, acompanhando o mercado para ter tempo de
criar alternativas estratégicas antes que o impacto da recessão seja muito preju-
dicial para sua empresa.
Honorato (2004, p. 41) apresenta algumas variáveis como a renda, inflação
e os juros, que são fatores importantes e que constituem a variável ambiental
econômica.
Renda: Pode ser considerada a renda individual ou a renda familiar, ambos os
casos irão influenciar diretamente o comportamento de compra do consumidor.
O marketing divide a renda em 3 tipos: (1) renda bruta, (2) renda disponível e (3)
renda discricionária. A primeira é soma total monetária de tudo que o indivíduo
ou a família recebe. O segundo, renda disponível, é a renda bruta, diminuído os
valores referente aos impostos. E o terceiro, é a quantidade monetária que resta
após os pagamentos das despesas essenciais serem pagas (HONORATO, 2004).
É importante esclarecer que:
Inflação: “é quando ocorre uma elevação geral dos preços dos produtos”
(HONORATO, 2004, p. 41).
Juros é a
quantia que remunera um credor pelo uso de seu dinheiro por parte de
um devedor durante um período determinado, gera uma percentagem
sobre o que foi emprestado; soma cobrada de outrem, pelo seu uso, por
quem empresta o dinheiro (HOUAISS, 2014, online).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
nanceiro para o consumidor atingiram 25,5% ao ano, o maior patamar dos
últimos 12 meses.
Disponível em:
<http://www.gazetadopovo.com.br/economia/conteudo.phtml?i-
d=1424274&tit=Juros-altos-afetam-compras-a-prazo>.
Ambiente Sociocultural
Esses fatores socioculturais estão mais presentes em sua vida do que você ima-
gina. Muitas de suas escolhas são reflexos do seu convívio familiar, convívio com
amigos, do ambiente do trabalho, das crenças religiosas etc. Esses fatores influen-
ciam e vão moldando o comportamento humano.
Para exemplificar essa influência externa, moldando o comportamento
humano, veja os resultados da 3ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil,
que revelou que 43% das pessoas que podem ser consideradas leitoras, aquelas
que leram pelo menos 1 livro completo nos últimos três meses, apontam que a
mãe estimulou este hábito ou interesse pela leitura e 22% afirmaram que viam
suas mães lendo com frequência, já 73% dos não leitores afirmam que quase
AMBIENTE DE MARKETING
51
“Antes de construir uma ratoeira melhor, ajuda saber se ainda existem ratos
lá fora”. (Mortimer B. Zuckerman)
©shutterstock
Uma das mais famosas lanchonetes de fast
food do mundo abriu em Abril de 2014 sua
primeira loja 100% vegetariana na Índia, para
se adequar aos gostos locais do país. Na Índia,
a carne de vaca é proibida aos hindus e a
carne de porco ofende os princípios muçul-
manos (TERRA, 2014).
É muito importante para as empresas ela-
borar estratégias que respeitem a cultura de cada local em que pretendem abrir
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
um novo negócio. Para isso, antes de se instalar a empresa, é preciso realizar uma
análise dos ambientes macro e micro, conhecendo os hábitos, crenças religio-
sas, língua, valores familiares, atitudes laborais, cultura local etc., deste modo,
diminuiu-se a possibilidade de insucesso comercial. Muitas empresas falham
em mercados externos, pois na grande maioria dos casos, o erro está em sua
preparação, sendo que reúnem pouca ou nenhuma informação para que pos-
sam documentar os novos mercados, ou também realizam análises superficiais
(PALACIOS; SOUZA, 2004, p. 61).
AMBIENTE DE MARKETING
53
Ambiente político-legal
quando o que está sendo oferecido puder ser prejudicial aos interes-
ses da população que compõe o mercado a ser atingido pela empresa
(CARNIER, 1989, p. 78).
©shutterstock
de tabaco em revistas, jornais, outdoors, televisão e rádios.
Também fica vetado a empresas de tabaco o patrocínio de
eventos culturais e esportivos, e associar o fumo às práticas
esportivas também passa a ser proibido. Para as empresas
que comercializam este tipo de produto, essa lei pode ser
prejudicial à sua comercialização, já que será proibida sua
propaganda (um dos meios que a empresa tem para atin-
gir um maior grupo de pessoas e apresentar o seu produto).
As leis podem ser positivas para uns, negativas para outros, que devem ousar
da criatividade para não perderem mercado. Esse é o tipo de repercussão que a
Lei 11.705, de 2009, a chamada Lei seca, causou. Os donos de bares, no início,
ficaram assustados e preocupados com o impacto que essa lei poderia causar no
movimento de seus bares, mas não demorou muito para os bares serem cria-
tivos e que a lei não causasse prejuízo em seu estabelecimento. Porém a lei foi
positiva para os taxistas, que aumentaram o seu número de corridas durante a
madrugada, e negativa para os donos de estacionamentos localizados ao lado
dos estabelecimentos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
AMBIENTE DE MARKETING
55
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ação popular que forçam as autoridades e os executivos a prestarem mais atenção
nos direitos do consumidor, da mulher, do idoso, das minorias e dos homosse-
xuais. Esse tipo de movimento faz com que as empresas busquem alternativas
para esclarecer as dúvidas do consumidor, para que este não se sinta lesado. Para
isso, muitas empresas criam departamentos específicos para o atendimento ao
consumidor (KOTLER, 2006, p. 92).
É de alta relevância o conhecimento, pelo núcleo de marketing, de todas
as leis e regulamentos que regem os mercados onde a empresa pretende
atuar e a conscientização por parte da administração de marketing, da
importância que o fator Governo possui dentro do que convenciona-
mos chamar de fatores Indiretos e Influência (CARNIER, 1989, p. 79).
Ambiente Tecnológico
AMBIENTE DE MARKETING
57
cirurgias diversas, interação com pessoas do mundo inteiro, automóveis etc. Por
outro lado, a tecnologia também pode ser causadora de dor e não só de felici-
dade, como a criação da bomba de hidrogênio, submetralhadoras etc. De acordo
com Kotler (2006), há também criações como automóveis e vídeo games em que
acredita-se que o seu benefício seja duvidoso.
De todas as tecnologias já criadas, a que tem um grande impacto na socie-
dade e também no Marketing são os avanços tecnológicos na computação e na
informação. Os avanços tecnológicos, muitas vezes, são tão radicais, que algu-
mas tecnologias se tornam obsoletas, como a máquina de escrever, substituída
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pelo computador, máquina fotográfica com filme, substituída por máquinas digi-
tais e até celulares, fita VHS pelo DVD, discos de vinil pelo CD, entre outros.
Podemos dividir os avanços tecnológicos
entre aqueles de primeiro plano e de segundo
plano. De primeiro plano, são aqueles mais
perceptíveis para os consumidores, como
©shutterstock
celulares, micro-ondas, engenharia
genética, computadores, notebook,
avanços na medicina etc. Os avanços
de segundo plano são aqueles em que
suas vantagens não ficam tão aparen-
tes para o consumidor, como os avanços tecnológicos,
propiciando melhorias nos estoques, melhores controles
(que contribui para redução de custos), a intranet e extranet
das empresas, a internet como a principal ferramenta para comércio eletrônico
(FERREL; HARTILENE, 2005, p. 70).
“Uma nova tecnologia cria consequências de longo prazo nem sempre pre-
visíveis” (ZANATTA, 2006, p. 23).
Ambiente Competitivo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
aqueles que não parecem tão óbvios. No caso do exemplo da telefonia, um cor-
rente que pode ser listado como não óbvio são os correios, ou seja, tem o serviço
de comunicar com o outro, mas é um serviço diferente.
De acordo com Ferrel e Hartiline (2005), as empresas têm quatro tipos
de concorrência: (1) concorrentes de marca, (2) concorrentes de produto,
(3) concorrentes genéricos e (4) concorrentes de orçamento total.
©shutterstock
Concorrentes da marca são aqueles que comercializam produtos
similares em características e benefícios para os mesmos consumido-
res a preços semelhantes, também chamados de concorrentes diretos ou
substitutos direto, como exemplo, cito os refrigerantes de mesmo sabor.
Concorrentes de produto são aqueles que competem na mesma classe
de produto, porém com produtos diferentes em características, benefí-
cios e preço, também chamados de concorrentes indiretos ou substitutos
indiretos, ou seja, os produtos satisfazem as mesmas necessidades,
para melhor exemplificar, temos água mineral e o suco de laranja,
ambos são produtos para beber, saciar a sede, para refrescar.
Concorrentes genéricos são aqueles que comercializam pro-
dutos muito diferentes, mas que resolvem o mesmo problema ou
necessidade básica do consumidor. Também são considerados
um concorrente indireto ou substituto indireto, e a diferença do
concorrente genérico para o concorrente de produtos é que aqui
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AMBIENTE DE MARKETING
59
©shutterstock
são: ônibus, táxi e moto, pois ambos reali-
zam transporte, porém são produtos bem
diferentes.
Concorrentes de orçamento total compe-
tem pelos limitados recursos financeiros dos
mesmos consumidores. Um exemplo seria
um trabalhador que recebe o seu 13º salário e pre-
cisa escolher em que vai investir (em uma viagem,
©Shutterstock
©Shutterstock
correntes de marca legitimamente
recebem maior atenção porque os consumidores
tipicamente veem diferentes marcas como substi-
tutas diretas umas das outras. Por isso, estratégias
dirigidas para que os consumidores mudem de
marca são o foco principal em qualquer esfor-
ço para vencer a marca concorrente (FERREL;
HARTLINE, 2005, p. 65).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
humanos, ou seja, a empresa tem capacidade de controlar esses fatores, porém, se
esses fatores não forem bem controlados, podem afetar a estratégia da empresa.
As variáveis incontroláveis são os fornecedores, intermediários, clientes,
concorrentes e o público geral. Vamos iniciar este tópico apresentando as vari-
áveis incontroláveis que estão presentes no microambiente.
Os fornecedores são considerados uma importante ligação entre a empresa
e o consumidor, sendo responsáveis por agregar valor à empresa. Os fornece-
dores, muitas vezes, são responsáveis pela qualidade da mercadoria, pelo prazo
de entrega, pelo custo, influenciando, assim, na imagem da empresa e em sua
estratégia de marketing.
Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacio-
nal ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desen-
volvem atividades de produção montagem, criação, construção, trans-
formação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços (INEPRO, 2014).
Se a empresa tem capacidade de escolher quem serão seus fornecedores, por que
esta é uma variável incontrolável? Simples a resposta. Ela escolhe quem ela acre-
dita que será o melhor, quem irá entregar a mercadoria com a qualidade desejada,
no prazo acertado e com o valor justo. Porém, se o fornecedor não cumpre algo
que foi combinado, a empresa não tem como controlar e, muitas vezes, prever,
já que é uma instituição externa à empresa. Quando este não cumpre o combi-
nado, prejudica diretamente a empresa e não o setor como um todo.
AMBIENTE DE MARKETING
61
sos tipos de transporte que a empresa pode utilizar para receber a mercadoria
do fornecedor e entregar para o consumidor final. O transporte é uma variável
que influencia no custo do produto. A importância da escolha certa do trans-
porte também resultará na entrega com qualidade sem danificar o produto, com
agilidade e rapidez.
Clientes são os responsáveis pelo faturamento da
empresa, não devem se considerados como clientes somente
os consumidores finais, mas, sim, todos os que se apresen-
tam como mercado alvo para empresa, como o mercado
industrial, mercado do governo, mercado internacional,
assim como os intermediários de marketing apresentados
acima: representantes, atacadistas, varejistas e distribuido-
res (HONORATO, 2004, p. 38).
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
bem administradas, podem ser utilizadas como ferramentas de marketing para
a empresa atingir seus objetivos estratégicos. Os pontos fracos, após diagnostica-
dos, devem ser corrigidos e os pontos fortes, explorados e aprimorados sempre
que possível (KOTLER; KELLER, 2006).
Os pontos fortes correspondem aos recursos e capacidades internas que a
empresa possui. Devem ser vistos como vantagem competitiva para a empresa
em relação aos seus concorrentes. Seguem alguns exemplos de pontos fortes que
contribuem estrategicamente para a empresa:
■■ Marcas de produtos.
■■ Conceito da empresa.
■■ Participação de mercado.
■■ Informatização.
■■ Vantagens de custos.
■■ Localização.
■■ Equipe de colaboradores treinada.
■■ Fontes exclusivas de matérias-primas.
■■ Grau de controle sobre a rede de distribuição.
AMBIENTE DE MARKETING
63
Ponto fraco consiste nos pontos mais vulneráveis da empresa, podem ser os recur-
sos que a empresa não possui ou a empresa não é tão competitiva se comparada
aos concorrentes; são as deficiências da empresa perante seus concorrentes de
mercado. Seguem alguns exemplos de pontos fracos:
■■ Pouca força de marca.
■■ Baixo conceito junto ao mercado.
■■ Custos elevados.
■■ Localização não favorável.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Considerações Finais
Nesta unidade, você aprendeu sobre o Ambiente de marketing, viu que está
dividido em Macroambiente e Microambiente, e que cada ambiente possui suas
variáveis que podem ser controláveis ou incontroláveis. Também, nesta unidade,
foi possível perceber a importância das análises dos ambientes para estratégia
de Marketing da organização.
No Macroambiente, estão as variáveis incontroláveis, presentes no ambiente
externo à empresa, em que sua influência atinge não somente uma empresa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
específica, mas todo o mercado. Um exemplo desses fatores são as leis e regu-
lamentações impostas, as catástrofes, que não são esperadas e atingem todos
que estão no mercado. Nesse tipo de situação, destaca-se a empresa que estiver
mais preparada e organizada e conseguir se destacar diante dos concorrentes.
Há alguns fatores do ambiente externo, como o sociocultural, que apesar de
estarem no ambiente dos fatores incontroláveis, podem ser previstos com pes-
quisas e análises desses mercados, para conhecer as crenças, culturas e hábitos
da população antes de investir em novas estratégias. Assim, diminuindo o risco
de prejuízos e erros.
No Microambiente, as variáveis como clientes, intermediários, fornecedo-
res são consideradas incontroláveis; sua influência atinge diretamente a empresa
que, em muitos casos, não tem capacidade de controlar os impactos que essas
variáveis podem causar na empresa. Os departamentos que constituem a estru-
tura da empresa, como produção, recursos humanos, financeiro, marketing, entre
outros, compõem o ambiente interno da organização e são consideradas variáveis
controláveis, ou seja, a empresa tem capacidade de minimizar os pontos fracos e
maximizar os pontos fortes, assim criando e executando estratégias de sucesso.
Com base nesta unidade, você é capaz de analisar e destacar as principais
variáveis que influenciam as estratégias de uma organização.
AMBIENTE DE MARKETING
65
Para saber mais sobre estratégias de marketing das empresas e conhecer alguns cases, acesse o
site da revista Meio & Mensagem <http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing.html>
Estratégia de Marketing
o. C. Ferrel e Michael d. Hartline
Editora: Thompson Learning
Sinopse: Estratégia de Marketing, 3ª edição norte-americana,
oferece uma abordagem prática e direta da análise, planejamento e
implementação de estratégias de marketing. Nosso foco é o processo
criativo envolvido na aplicação do conhecimento e dos conceitos de
marketing ao desenvolvimento e implementação da estratégia de
marketing. a integração entre as muitas decisões desta área e a coordenação
com outras áreas funcionais são importantes para o sucesso tanto de organizações que visam ao
lucro quanto daquelas sem fins lucrativos.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
Professora Me. Maria Virgínia Cantagallo
III
UNIDADE
O MIX DE MARKETING
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer o mix de marketing como o coração da estratégia de
marketing.
■■ Entender o composto de produto dentro do mix de marketing no
que diz respeito a exemplos, serviços, presença no ponto de venda e
operações básicas da embalagem.
■■ Compreender o composto de preço dentro do mix de marketing no
que diz respeito à sua exposição e dinâmica.
■■ Desvendar o composto de praça dentro do mix de marketing na sua
dinâmica, como sistema organizado e a possibilidade da experiência
no ponto de venda.
■■ Apresentar o composto de promoção dentro do mix de marketing na
sua lógica, funções, experiências e dinâmica.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ O Mix de marketing
■■ Composto de produto
■■ Composto de preço
■■ Composto de praça
■■ Composto de promoção
73
Introdução
Neste momento do seu aprendizado sobre marketing, você terá contato com o
que é considerado o coração da estratégia de marketing: o Mix de Marketing.
Amplamente estudado na literatura de marketing, esse mix se desdobra em qua-
tro pilares básicos: produto, preço, praça e promoção.
Para sua melhor compreensão e ambientação nessa temática, esta unidade
trabalha para lhe apresentar cada um dos pilares, utilizando-se do respaldo de
diversos autores, para neste primeiro contato com essa ferramenta estratégica
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
e gerencial, você possa seguir em frente, passeando pelas outras unidades deste
livro e outros estudos e leituras.
Para começar, será feito um breve resgate e desdobramentos do mix de
marketing e seus respectivos compostos de produto, preço, praça e promoção.
Em seguida, vamos discorrer sobre cada um deles de forma ilustrativa.
Dentro do composto de produto, você descobrirá o que pode ser conside-
rado produto, e terá contato com um exemplo de produto. Você vai perceber
também que o serviço pode ser um produto abstrato, e que há produtos que não
precisam de embalagem para serem expostos e comercializados. Porém, outros
precisam, e a embalagem tem, junto a eles, suas operações básicas.
Falando do composto de preço, você vai descobrir como o preço pode apa-
recer no produto. Trazemos também um exemplo de exposição de preços, bem
como a dinâmica dos mesmos dentro do mix de marketing.
No que diz respeito ao composto de praça, você terá contato com sua dinâ-
mica, verá que o composto de praça pode ser considerado um sistema organizado e
vislumbrará uma dentre muitas possibilidades de experiências no ponto de vendas.
O composto de promoção será apresentado sob uma ótica de comunicação,
dentro de uma lógica e algumas funções importantes. Você terá ciência da expe-
riência com o composto de promoção, bem como de sua dinâmica. As atividades
de estudo, as leituras complementares, alguns livros, vídeos e sites sugeridos irão
lhe auxiliar na compreensão dos temas aqui trabalhados.
Bons estudos!
Introdução
III
O Mix de Marketing
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A formulação do mix de marketing como estratégia, em meados de 1960, se
deve a Jerome McCarthy. Com o tempo, os usos e interações dos 4Ps: produto,
preço, praça e promoção, herdados da língua inglesa (product, price, place and
promotion), passaram a ter outras compreensões e nomenclaturas mais adequa-
das à nova realidade.
Yanase (2011, p. 33) ressalta que “evoluiu-se depois para um conceito mais
atualizado e mais abrangente (...), assim definidos: produto/serviço, preço/remu-
neração, distribuição e comunicação”. No Quadro 3, destaca-se essa perspectiva
para seu conhecimento e contextualização com a presente realidade.
Embora neste livro e na presente unidade sejam utilizadas as nomenclaturas
tradicionais de origem, tenha em mente que, estrategicamente, o pensamento
sobre as mesmas deve ser estratégico e amplo, como a atualização desses conceitos.
Assim sendo, mais que produtos ou além deles, temos os serviços. Mais que
o preço pago pelo bem, há a remuneração por todos os custos, valores agregados
e trabalho investidos nesse bem. Mais que praça, ou lugar do ponto de venda,
acontece a distribuição e disponibilização. Mais que promover o produto e os
outros elementos de mix de marketing, é preciso se comunicar de forma abran-
gente, estratégica e, sobretudo, integrada.
O MIX DE MARKETING
75
Abordado de forma tradicional, conforme Doyle (2005, p. 204), esse mix tem
nos seus 4 Ps as respectivas etapas das suas decisões a fim de atingir a eficácia,
oferecendo “um produto que resolve o problema com baixo custo para o cliente,
que comunica eficazmente os benefícios e que pode ser comprado com extrema
conveniência”.
Na Figura 1, é possível visualizar o mix de marketing e seus desdobramentos
nos compostos de produto, preço, praça e promoção. Alguns desdobramen-
tos de cada um são mencionados para seu conhecimento. Especialmente sobre
Promoção, no sentido mais amplo da comunicação de marketing, esses desdo-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Mix de marketing
• Propaganda
• Bem • Valor • Promoção de
• Ponto de
• Serviço • Exposição vendas
vendas
• Atributos • Formas de • Publicidade
• Vendedores
tangíveis pagamento • Venda pessoal
• Distribuição
• Atributos • Juros • Merchandising
• Transporte
intangíveis • Descontos • Marketing direto
• Relações públicas
O Mix de Marketing
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
abordadas, e de forma integrada, na unidade IV.
Composto de Produto
Neste momento dos seus estudos, dentro do composto de produto, você des-
cobrirá, dentre outros, o que pode ser considerado produto, e terá contato com
um exemplo do mesmo. Perceberá também que o serviço pode ser um produto
abstrato e que há produtos que não precisam de embalagem para ser expostos e
comercializados, porém, outros precisam, e a embalagem tem junto a eles suas
operações básicas.
O MIX DE MARKETING
77
Fonte: a autora
©Shutterstock
Um produto, então, envolve serviços, ideias
e toda sorte de bens tangíveis e intangíveis,
atuando estrategicamente, também, por
meio de sua disposição no ponto de venda.
A Figura 3 mostra uma gôndola de frutas na
sessão de um supermercado, organizadas de
forma a atrair a atenção para sua compra e
consumo. Observe que a separação por tipo
facilita a escolha do consumidor.
Composto de Produto
III
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 4: Serviço como produto abstrato
O MIX DE MARKETING
79
Composto de Preço
No que tange ao composto de preço, você vai descobrir como o preço pode apa-
recer no produto. Trazemos também um exemplo de exposição de preços, bem
como a dinâmica dos mesmos dentro do mix de marketing.
Composto de Preço
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 6: Como o preço aparece
Fonte: a autora
A dinâmica do preço
O preço, conforme destacam Ferrell et al. (2000, p. 96), “pode ser o elemento mais
crítico, mais visível e mais manipulado do composto de marketing”. Porém, sua
capacidade de ajustamento faz dele também um elemento flexível, o qual tem
O MIX DE MARKETING
81
Composto de Praça
Neste seu contato com o composto de praça, você conhecerá um pouco de sua
dinâmica. Verá ainda que este composto pode ser considerado um sistema orga-
nizado e vislumbrará uma dentre muitas possibilidades de experiências no ponto
de venda.
A dinâmica da praça
Composto de Praça
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 9: A dinâmica do composto de praça
Fonte: adaptada de Churchill e Peter (2012)
O MIX DE MARKETING
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Veja que a placa com a marca corporativa
é marcante e faz com que o ponto de venda
seja identificado pelo potencial ou fiel con- Figura 11: Experiência no ponto de vendas
sumidor que a procura.
Composto de Promoção
Composto de Promoção
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
desenvolvido atribuído distribuído promovido
O MIX DE MARKETING
85
Dinâmica de comunicação
Composto de Promoção
III
Considerações Finais
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ponto de venda e operações básicas da embalagem.
A respeito do composto de preço, estabeleceu-se o objetivo de compreendê-
-lo dentro do mix de marketing no que diz respeito à sua exposição e dinâmica.
No que tange ao composto de praça, o objetivo definido foi desvendá-lo dentro
do mix de marketing na sua dinâmica, como sistema organizado e a possibili-
dade da experiência no ponto de vendas, e apresentar o composto de promoção
dentro do mix de marketing na sua lógica, funções, experiências e dinâmica.
A fim de ajudar na fixação dos conteúdos, na aprendizagem dos mesmos e
na sua contextualização e interação com a realidade, foram propostas ativida-
des de estudo, livros, vídeo e link com a Web.
Ao final desta unidade e com os objetivos propostos atingidos, esperamos
dar passos rumo às outras unidades e experiências de conhecimento, aprendi-
zagem e conexão com a realidade e aspirações de cada um que aceitou fazer esta
jornada por meio do marketing.
Sucesso a todos!
O MIX DE MARKETING
87
RESUMO
A temática ‘comunicação de marketing’ foi abordada neste estudo dentro do contexto
do varejo e por meio do recorte da baixa renda. Trata-se de uma pesquisa qualitativa
exploratório-descritiva, com abordagem por meio de um estudo de caso com o objetivo
de investigar como é construída a comunicação de marketing no varejo para a baixa
renda no Programa Pinga-Fogo na TV. Para tal, o estudo foi conduzido por meio de qua-
tro objetivos: a descrição do programa, a caracterização da comunicação de marketing,
o posicionamento dos anunciantes e o comportamento da audiência consumidora.
Administração de Marketing
Michael Baker
editora: Campus - RJ Inativar
sinopse: organizado por Michael Baker, este livro conta com a presença
de uma equipe de autores de reconhecimento na academia e entre os
profissionais de marketing, como Robin Wensley e Stephen Brown. A obra
aborda, entre outros, o conceito de marketing, marketing pós-moderno e
marketing de relacionamento. Marketing direto, interativo e de serviços;
bem como varejo, também fazem parte do rol de assuntos tratados.
Princípios de Marketing
Gary armstrong, Philip Kotler
editora: Prentice Hall Brasil
sinopse: Este livro discute valor e relacionamento com o cliente,
abordando temas que dizem respeito à construção e gerenciamento de
marcas fortes, criação de valor, novas tecnologias em marketing e ainda
marketing socialmente responsável.
assistir a este filme levará o leitor e estudante a ter contato com os compostos do mix de
marketing, a viver junto com a protagonista a experiência do ambiente da loja onde ela se
encontra abrigada sem que ninguém a veja. durante sua permanência, ela utiliza os produtos
da loja. Veja o filme e confira quais produtos ela utiliza. Veja quais outros compostos do mix de
marketing aparecem e quais desdobramentos.
Material Complementar
Para destacar que o mix de marketing se faz presente na web por meio do website de lojas,
apresentamos o site de uma loja, caso em destaque também na nossa sugestão de vídeo em
DVD, referente ao filme Onde mora o coração. O exemplo da loja também se fez presente quando
falamos aqui do Composto de Praça dentro do mix de marketing. No filme, a experiência é fictícia
e a loja é real. Na web, embora seja um meio virtual, os consumidores podem ter experiências
bem reais, pois os websites de lojas têm se tornado pontos de vendas portadores de todo o mix
de marketing em um só lugar. Lembrando que existem ainda as lojas que operam somente pela
Web, o que reduz seus custos de operação com a ausência de um ponto de venda físico.
Navegue e faça a sua experiência, com o olhar acadêmico, mas também de potencial consumidor.
• Consegue identificar a presença do mix de marketing?
• Que outras experiências você fez ou pode fazer, de busca, pesquisa e potencial compra por
meio da Web. Visite outros Websites e boa viagem!
Material Complementar
Professora Me. Maria Virgínia Cantagallo
IV
administração das
UNIDADE
comuNicações de
marketing
Objetivos de Aprendizagem
■■ Conhecer o processo de comunicação, seus elementos e interações.
■■ Entender os conceitos de comunicações de marketing.
■■ Compreender as ferramentas do composto de promoção.
■■ Discorrer sobre comunicação integrada de marketing.
■■ Apresentar um plano de comunicação integrada levando em conta
os objetivos e níveis da comunicação, a mensagem e os tipos de
mídia.
■■ Vislumbrar o mix de marketing sob uma perspectiva integrada
contida no composto de comunicação.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ O processo de comunicação e seus elementos
■■ Comunicação de marketing
■■ Ferramentas do composto de comunicação
■■ Comunicação integrada de marketing
■■ O mix de marketing dentro de uma perspectiva integrada
95
Introdução
Introdução
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
uma fonte de informações que, através de um meio, transmite a mensagem a
um ou mais receptores.
Também Winer (2009) apresenta, a princípio, um modelo de um processo
de comunicação clássico, por meio do qual o profissional de marketing teria o
controle do fluxo de comunicação da empresa, por meio da mídia para o consu-
midor. Dessa maneira, as decisões a serem tomadas versariam sobre o objetivo
da comunicação, o mercado alvo e a estratégia, e como avaliar se os objetivos
foram atingidos.
Na visão de Reichertz (2011), todo processo de comunicação tem consequ-
ências que extrapolam o problema que se tenha proposto a resolver por meio
de determinada comunicação. O processo de comunicação não começa do zero,
cada um parte do que recebeu do outro, continuando a mensagem, transforman-
do-a e modificando-a.
O processo de comunicação é considerado, por Churchill e Peter (2010),
a maneira como a mensagem é transmitida de um transmissor, um remetente,
para um receptor, destinatário, por meio de um canal, de forma que seja com-
preendida da mesma maneira. Na Figura 16, é possível compreender a dinâmica
do processo de comunicação e a interação entre seus elementos. A respeito de o
emissor querer convencer o receptor de alguma verdade comunicada, conforme
destaca Citelli (2004), pode-se dizer que não há mensagem ou discurso sem a
intenção de convencimento ou persuasão.
Urdan e Urdan (2006) apresentam o processo de comunicação, seus elemen-
tos e a interação entre eles dentro do contexto de comunicação de marketing,
onde “[...] a coordenação de marketing coordena este conjunto de coisas com o
O EMISSOR
Meio
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Receptor
Codificação
Decodificação
Feedback
mover novas formas de comunicação por parte da fonte emissora. Este feedback
constitui, segundo Limeira (2003), a resposta do consumidor, um conjunto de
atividades mentais, emocionais e físicas oriundas de um estímulo de marketing.
Comunicação de Marketing
Comunicação de Marketing
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
quem são os anunciantes, em que segmento operam, qual mídia utilizada para
formar o posicionamento diante do consumidor e se há uma agência de publi-
cidade e propaganda envolvida no processo.
É nesse espírito que Churchill e Peter (2010, p. 449) definem comunicação
como “transmissão de uma mensagem de um emissor para um receptor de modo
que ambos a entendam da mesma maneira”. É um processo, conforme afirma Dias
(2006), e concordam Vieira, Maia e Silva (2010), por meio do qual a empresa se
comunica com seus públicos. Dentro desse tópico pretende-se, a seguir, mos-
trar os objetivos da comunicação, os níveis da comunicação, o modelo AIDA e
o processo de adoção.
Mix de
marketing Atenção Interesse Desejo Ação
Satisfação
Interesse Avaliação
Conscientização Experimentação
Confirmação Decisão
Comunicação de Marketing
IV
Objetivos da comunicação
Objetivos da comunicação:
■■ Despertar consciência
■■ Chamar atenção
■■ Suscitar interesse
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■■ Proporcionar conhecimento
■■ Garantir identificação e empatia
■■ Criar desejo
■■ Suscitar necessidade
■■ Conseguir a preferência
■■ Levar à decisão
■■ Efetivar a ação
■■ Garantir a satisfação pós-ação
■■ Estabelecer interação
■■ Obter fidelidade
■■ Gerar disseminação de informação
Quadro 4: Objetivos da comunicação
Fonte: baseado em Yanase (2011)
Níveis da comunicação
Níveis de comunicação
Novelas
Abrange pessoas sem seg-
Massa Revistas
mentar
Jornais ecléticos
Outdoor
Ajuntamentos e deslocamen- Busdoor
Multidão tos Cartazes
Segmentada por locais Faixas
Em locais de circulação
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Criação da mensagem
Comunicação de Marketing
IV
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Achocolatado – Energia que dá gosto.
Sabão em pó – Lava mais branco.
Comunicação de Marketing
IV
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grande parte, de sua efetividade junto aos clientes”.
A comunicação de marketing consiste, então, como afirma Churchill e Peter
(2010), das várias maneiras por meio das quais o profissional de marketing pro-
cura se comunicar com clientes, ou potenciais clientes, tendo em vista aumentar
os lucros, as vendas e atingir metas.
Churchill e Peter (2010) lembram que as decisões sobre o composto de comu-
nicação precisam contemplar a seleção de uma combinação entre as ferramentas
que o compõem, desenvolvendo a comunicação de forma associada, no intuito
de formar a estratégia de comunicação. Em seu estudo, Souza (2004) desenvolve
a comunicação de marketing sob uma abordagem de integração, dentro do que
é chamada Comunicação Integrada de Marketing. A comunicação integrada de
marketing é trabalhada em sua pesquisa como um fenômeno iniciado nos anos
90, no sentido de integrar não somente as ferramentas do composto de comu-
nicação, mas considerando todo o mix de marketing.
Outra questão importante é a imagem da marca, que, para Limeira (2003),
pode ser compreendida como o conjunto de percepções, crenças, ideias e asso-
ciações cognitivas ou afetivas que uma pessoa possa ter em relação a um produto.
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Propaganda
Promoção de vendas
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Experimentar
Repetir Adquirir
a compra
Merchandising
Publicidade
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Venda pessoal
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ção do relacionamento com o cliente. Essa relação extrapola o estereótipo do
vendedor sorridente tentando convencer o comprador indeciso e reticente no
momento da compra.
Trata-se, conforme destacam Kotler e Armstrong (2007, p. 405), do “braço
interpessoal das comunicações de marketing, no qual a força de vendas interage
com os clientes e clientes potenciais para construir relacionamentos e executar
vendas”. Quando se fala em venda pessoal, trata-se de uma comunicação bila-
teral e interpessoal, seja face a face, porta a porta, na loja física, por internet ou,
ainda, pelo telefone. O vendedor, em quaisquer dos casos mencionados, é o elo
entre o cliente e a empresa, representando-a perante o mesmo. A Figura 25 visa
lembrar sobre essa ferramenta do composto promocional.
Relações públicas
Marketing direito
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imediata”. Mais do que vender de forma direta, con-
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Patrocínio
Para Sarkovas (2008), o patrocínio cultural vem a ser uma alternativa à propa-
ganda tradicional, favorecendo o posicionamento e receptividade das marcas
envolvidas. Além disso, pode aliar-se a outras ferramentas, promover produtos
e serviços, emitir mensagens de cunho institucional e ainda ser veiculada em
vários tipos de mídia.
Na sequência, trazemos o Quadro 7, com algumas das ferramentas do composto
de comunicação aqui abordadas, no sentido de apresentar cada uma, suas for-
ças e fraquezas. Tais considerações auxiliam na escolha do melhor momento,
objetivo a ser atingido e nível de comunicação no qual se pretende comunicar.
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Ferramentas Forças Fraquezas
Intromete-se na vida da
Cria consciência; audiência;
Propaganda Informa uma grande audiência Concorre com muitos
sobre o produto estímulos; e
Costuma ser cara.
Pode ser altamente focada; exce-
lente para A efetividade depende de
alcançar pequenas audiências ou um banco de dados acura-
nichos; do; é comum ser descon-
Marketing
Econômica para pequenas audi- siderado pela audiência
Direto
ências; em virtude da profusão
Pode criar comunicação um a da mensagem; é caro para
um pela personalização; oferece grandes audiências
meio de feedback ao cliente.
Permite ajustamento individuali-
É a ferramenta mais cara
zado e contínuo entre emissor e
para o contato; pode ser
receptor; receptor pode dar o seu
Venda Pessoal irritante se o receptor não
feedback prontamente; entrega
a deseja ou o vendedor é
as mensagens mais informativas
deficiente
e persuasivas
Comunicar de forma integrada quer dizer que os objetivos serão atingidos somente
com a coordenação e padronização das ferramentas do composto de promoção
a fim de posicionar a empresa, produtos, serviços e marcas na mente do consu-
midor, criando uma imagem positiva.
Quando ocorre de forma integrada, existe um padrão no ambiente externo e
interno da loja, e determinado lay-out. Os elementos marcantes dessa padroni-
zação são as cores, os slogans, a extensão desses padrões a veículos e a existência
de um plano e campanhas que direcionem tudo isso às mídias certas, de forma
a adaptar o mesmo padrão de mensagens a cada uma delas.
Urdan e Urdan (2006), sob um olhar mais holístico do composto promocional,
tratam da comunicação integrada de marketing como um processo estratégico,
no sentido de planejamento, execução e controle de programas de comunica-
ção de marketing coordenados. A comunicação integrada de marketing, para
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favorável em sua resposta à comunicação.
Fatores sazonais, ou seja, ligados a temporadas como festas natalinas, datas
comemorativas, férias, volta às aulas e liquidações são exemplos de campa-
nhas que podem ser planejadas com elementos padronizados que as marcam.
A figura 29 destaca presenças e elementos dentro de uma comunicação inte-
grada de marketing.
Presenças Elementos
Padrão Cores
Lay-out Slogans
Planos e campanhas
Criação da mensagem
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Escolha da mídia
Cor
Tamanho
Embalagem
Design
Forma
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Figura 31: Produto como elemento comunicacional
Fonte: baseada em Souza (2004)
Decisão de
compra
Capacidade
de pagamento
Prestígio
Luxo
Qualidade
Comportamento
Imagem e apresentação
do vendendor
Posicionamento
Merchandising
Personalidade
Propaganda
Patrocínio Promoção
de vendas
Relações Publicidade
públicas
Venda
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Merchandising
pessoal
Marketing
direto
Figura 34: Mix de marketing na perspectiva comunicacional integrada
Fonte: a autora
Considerações Finais
Considerações Finais
1. O processo de comunicação acontece de forma estruturada, onde o emissor en-
via uma mensagem através de um meio a um receptor (URDAN; URDAN, 2006;
CHURCHILL; PETER, 2010; YANASE, 2011). Sobre isso, assinale a alternativa corre-
ta:
a) O emissor é o destinatário da mensagem.
b) O feedback converte os símbolos, imagens e também conceitos inerentes à
mensagem.
c) O meio é o receptor da mensagem.
d) A decodificação consiste da conversão da mensagem, transformando-a em
símbolos apropriados e adequados.
e) A decodificação é a resposta do receptor à mensagem emitida e é passível de
verificação e monitoramento.
2. A respeito das forças e fraquezas das ferramentas do composto promocional
(URDAN; URDAN, 2006; CANTAGALLO, 2008), assinale a alternativa correta:
a) A venda pessoal intromete-se na via da audiência e costuma ser cara.
b) A promoção de vendas estimula respostas imediatas com incentivos extras e
a melhora do valor percebido.
c) As relações públicas criam consciência e informam uma grande audiência so-
bre o produto.
d) O marketing direto cria expectativas de preços mais baixos.
e) A propaganda se comunica com diversos públicos relevantes e monitora a
imagem do produto.
3. O mix de marketing é abordado dentro de uma perspectiva integrada (SOUZA,
2004; URDAN; URDAN, 2006; CROSIER, 2005). Sobre isso, assinale a alternativa
correta:
a) O produto é capaz de indicar, entre outras coisas: qualidade, luxo, capacidade
de pagamento, prestígio.
b) O produto é capaz de se comunicar por meio da embalagem, e ainda através
de seu tamanho, forma, marca, cor e design.
c) As características comunicacionais do ponto de vendas são: forma, design,
embalagem, tamanho, cor.
d) As características comunicacionais do preço são: personalidade, merchandi-
sing, posicionamento, imagem, comportamento e apresentação do vendedor.
e) O ponto de venda é capaz de indicar, entre outras coisas, qualidade, luxo, ca-
pacidade de pagamento, prestígio.
Material Complementar
Acesse este artigo para saber mais sobre estudos de comunicação integrada
de marketing em setores, varejistas, especificamente neste caso, no setor de
farmácias, na cidade de Maringá-PR:
<http://revista.grupointegrado.br/revista/index.php/perspectivascontem-
poraneas/article/view/1162/448>.
Material Complementar
Para ter um pouco mais de visão teórica sobre a implementação de uma comunicação
integrada, recomendamos a leitura do artigo do qual disponibilizamos o resumo a se-
guir:
Resumo
O presente artigo apresenta os conceitos relacionados com a comunicação integrada de
marketing, com as definições encontradas na literatura, dificuldades na sua implemen-
tação e formas de mensuração de sua eficácia. O método de pesquisa utilizado é o de
uma pesquisa exploratória por meio da pesquisa bibliográfica. Em conclusão, verificou-
se que a comunicação integrada de marketing está se tornando não apenas uma esco-
lha, mas sim uma necessidade para muitas empresas, por causa das mudanças ocorridas
no ambiente, as quais levam as empresas a terem uma abordagem de marketing cada
vez mais focada no consumidor.
O Nevoeiro (2007)
Este filme, por se passar dentro de um supermercado, leva a audiência
e o estudante de temáticas de marketing, especialmente no que diz
respeito às comunicações integradas, a ter contato com o ambiente de
loja como fonte dessas comunicações acontecendo ao mesmo tempo.
observa-se no padrão de cores, identificação visual, disposição dos
produtos e ações de merchandising, a presença das marcas, etiquetas
de preço nas gôndolas, que todo o mix de marketing se faz presente.
Percebe-se, pelo clima com a neve e pelos enfeites, que é tempo de
festas natalinas, mostrando que a sazonalidade também é importante
nas campanhas e planos de comunicação integrada. ao conferir a
sugestão e assistir, procure identificar as ferramentas de comunicação, a
presença do mix de marketing e como o ambiente de loja desse supermercado, que é ambiente
desta trama de suspense, está organizado.
Sinopse: depois que uma violenta tempestade passa e devasta a cidade de Maine, david drayton
– artista local – acompanhado de seu filho de 8 anos correm para o mercado, antes que os
suprimentos se esgotem. Porém, um nevoeiro estranho toma conta da cidade, deixando david
e outras pessoas presas no mercado, dentre as quais está um cético forasteiro e uma fanática
religiosa. david descobre rapidamente que o nevoeiro esconde algo sobrenatural e que sair
do mercado pode ser fatal. Conforme o grupo tenta desvendar o mistério, o caos se instala e
fica evidente que as pessoas dentro do mercado podem tornar-se tão ameaçadoras quanto às
criaturas do lado de fora.
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
Nos primeiros tempos do século XXI surgiu, para os profissionais de marketing, um boom na
quantidade de mídias que poderiam ser usadas como mídias publicitárias. Surgiram as Web
pages, com banners e botões interativos. Esses incrementos vieram aumentar o conjunto de
ferramentas de comunicação usadas nos últimos 100 anos, como televisão, rádio, revistas, jornais
e outdoors.
dentro do espírito da comunicação integrada de marketing, sugerimos que você tenha a
curiosidade de visitar o site referenciado aqui para os livros sugeridos, e observar como esse site
se comunica em relação à utilização das ferramentas do composto de promoção, da integração
do mix de marketing e quais elementos comunicacionais estão presentes.
<http://www.livrariacultura.com.br/scripts/index.asp?gclid=CoHdtbW_lL4CFWIF7aodpXEaxQ>
Professora Me. Grace Kelly Botelho Pain
V
UNIDADE
ESTRATÉGIA DE MARKETING
Objetivos de Aprendizagem
■■ Analisar as estratégias de Marketing para cada etapa do ciclo de Vida
do Produto.
■■ Destacar as matrizes de Análise Estratégica de Marketing.
■■ Realizar a classificação de Bens de Consumo.
■■ Aprender sobre a Gestão Estratégica de Produtos.
■■ Aprender sobre a Gestão Estratégica de Distribuição.
■■ Aprender sobre a Gestão Estratégica de Comunicação.
■■ Aprender sobre a Gestão Estratégica de Preço.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Ciclo de vida do produto e as estratégias de marketing para cada
etapa
■■ As principais matrizes como ferramenta de análise estratégica
■■ Classificação de bens de consumo
■■ Gestão Estratégica de Produtos
■■ Gestão Estratégica de Distribuição
■■ Gestão Estratégica de Comunicação
■■ Gestão Estratégica de Preço
129
Introdução
Introdução
V
Estratégia de Marketing
Toda organização que pretende ter sucesso no mercado e atingir seus objeti-
vos e metas necessita ter um plano. Ter uma estratégia, que é a forma de pensar
no futuro, integrada no processo decisório,
com base em um procedimento formalizado
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e articulador de resultados (MITZBERG,
2003), ou seja, estratégia é a forma diferen-
ciada de como a empresa se posiciona no
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
mercado (TAVARES, 2003). Porém, para a
empresa ser capaz de elaborar boas estraté-
gias, é necessário que conheça o mercado em
que atua, as oportunidades e ameaças desse
mercado, ter um conhecimento profundo
de suas forças e fraquezas, e saber quais suas
melhores armas (pontos fortes) e quais não
são (ponto fracos).
Uma organização que pretende ter um
marketing eficaz requer dela planejamento estratégico para os diferentes níveis
organizacionais, dividindo-se a empresa em 3 principais níveis: estratégico,
tático e operacional
No nível estratégico encontra-se a alta
administração, onde são elaborados os fun-
damentos da organização (missão, visão,
valores, crenças) e também os objetivos
estratégicos a curto, médio e longo prazo. No
nível tático, estão gerentes, coordenadores,
supervisores, estes são os responsáveis pelos
desdobramentos das estratégias elaboradas
pela alta administração. O nível operacional
©Shutterstock
ESTRATÉGIA DE MARKETING
131
mostra o que fazer, o nível tático como fazer e o operacional é o que executa
(FERREIRA et al., 1997).
Um exemplo simples seria uma empresa de automóveis. A alta administra-
ção determina que para o próximo ano tenham que faturar 20% a mais do que
no ano anterior; o nível tático elabora as novas metas que os vendedores (nível
operacional) terão que bater, para que assim, no final do ano, a meta da alta
administração seja atendida.
A equipe do planejamento tático é responsável pela elaboração dos programas
de marketing na organização com objetivo de atingir e satisfazer os consumido-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
É importante que além dele ter uma estrutura, ou até independente da estrutura
que você escolher utilizar, o plano de marketing deve ser: Abrangente, Flexível
e Consistente.
Abrangente no quesito de que tenha o máximo de informações para que,
assim, não tenha omissão de nenhum dado relevante; Flexível, pois cada
Estratégia de Marketing
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Você já ouviu falar sobre o ciclo de vida dos produtos? Muitas organizações uti-
lizam desse método para elaborar suas estratégias. Veja na figura o gráfico que
representa o ciclo de vida dos produtos.
Observam-se quatro ciclos diferentes: Introdução, Crescimento, Maturidade
e Declínio (KOTLER; KELLER, 2006, p. 316).
A Introdução é o período em que o pro-
duto está ingressando no mercado e, por essa
razão, é um período de baixo crescimento de
vendas. Nesse período, em razão dos altos
custos para colocar este produto no mer-
cado, não se tem lucro.
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ESTRATÉGIA DE MARKETING
133
Estratégia de Marketing
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
lugar de leite fermentado ou do achocolatado? Entre outros...
Assim, cada vez mais sua marca torna-se conhecida, mas a empresa não pode
se acomodar só porque é a empresa pioneira. Os investimentos em marketing e
nas estratégias devem ser constantes.
Nessa primeira fase, a empresa deve investir em informar os consumidores
potencias sobre a existência do novo produto, induzi-lo a experimentar e tam-
bém assegurar a distribuição nas lojas. Isso tudo gera um grande custo inicial e,
por essa razão, essa primeira etapa não gera lucros.
A estratégia de preço dos produtos na introdução pode ser de penetração
ou desnatamento. A estratégia de penetração utiliza preços mais baixos com o
objetivo de movimentar o mercado e vender grande quantidade. O preço de des-
natamento busca selecionar o mercado, pois lança produtos com valores mais
altos, geralmente essa estratégia é utilizada para produtos tecnológicos (DIAS,
2006, p. 265).
A segunda etapa consiste no estágio de crescimento. O preço dos produtos,
nesta etapa, pode manter os mesmos utilizados no estágio de introdução ou caí-
rem levemente, isso dependerá de outros fatores, como concorrência, demanda,
tipo do produto. Nessa etapa, as empresas devem continuar os altos investimen-
tos em marketing, pois nesse período, os concorrentes começam a aparecer no
mercado. Devido ao aumento de venda, os lucros começam a aparecer, porém
não em seu máximo, pois ainda há a necessidade de investimentos para posicio-
nar o produto diante dos concorrentes que podem entrar no mercado, e esses
investimentos são realizados com o objetivo de atingir o lucro máximo na pró-
xima etapa (KOTLER; KELLER, 2006, p. 324).
ESTRATÉGIA DE MARKETING
135
Estratégia de Marketing
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Modificação do programa de marketing: A estratégia com essa caracterís-
tica realiza alguma modificação em determinado elemento do marketing: Preço,
Distribuição, Propaganda, Promoção de Vendas, Venda Pessoal e Serviços.
E, por fim, o estágio do declínio. Como a empresa deve se comportar quando
chegar nessa fase? De acordo com Ferrel e Hartline (2006, p. 192), “o estágio de
declínio e a vida do produto terminam com o fim do produto” e a empresa tem
duas opções: a primeira é adiar o declínio e a segunda é aceitar sua inevitabilidade.
Os autores Kotler e Keller (2006) apresentam cinco estratégias para produ-
tos que se encontram nessa fase decadente.
1. Aumentar o investimento.
2. Manter o nível de investimento até que as incertezas sobre o mercado
desapareçam.
3. Reduzir o número de investimento seletivamente, diminuindo os gru-
pos de clientes não lucrativos e, ao mesmo tempo, investindo em mais
nichos lucrativos.
4. Colher os frutos do investimento para recuperar o caixa com mais rapidez,
5. Abandonar o negócio, enquanto pode ser vantajoso.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
137
Neste tópico, serão apresentadas algumas matrizes de análise, estas são ferramen-
tas que contribuirão para que os gestores possam analisar o posicionamento do
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Análise SWOT
A análise SWOT, ou também conhecida como FOFA no Brasil, devido à sua tra-
dução (Pontos Fortes – Oportunidade – Prontos Fracos – Ameaças), é uma das
principais ferramentas utilizadas para análise ambiental. A análise SWOT for-
nece dados importantes para que a empresa seja capaz de realizar estratégias que
capitalizem as forças da empresa, utilize as melhores oportunidades do mercado
e se defenda das ameaças.
“A análise SWOT é uma ferramenta simples, mas eficaz, para mensurar a
força dos recursos da empresa e suas deficiências competitivas, assim como
as oportunidades de mercado e as ameaças externas ao seu futuro bem-estar”
(GAMBLE; THOMPSON, 2012, p. 73).
A análise SWOT, de acordo com Gamble e Thompson (2012), não faz sentido
se, a partir das listas de análises, não forem tiradas as conclusões sobre a situa-
ção da empresa, e também, se as conclusões não se tornarem ações estratégicas.
A análise SWOT consiste em realizar quatro listas, duas serão as análises
do ambiente interno (PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS) e as outras
©Shutterstock
Para identificar os Pontos Fortes ou
Pontos Fracos, deve-se verificar os recursos
dos quais a empresa dispõe, aqueles em que
ela se destaca, são considerados pontos for-
tes, aqueles dos quais não dispõe, irão para
lista de pontos fracos. Seguem alguns exem-
plos de Pontos Fortes e Pontos Fracos.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
pontos fortes PONTOS FRACOS
ESTRATÉGIA DE MARKETING
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OPORTUNIDADES AMEAÇAS
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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O primeiro quadrante à esquerda (supe-
rior esquerda) é representado pela estrela.
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Os produtos estrela “são aqueles com alta
taxa de crescimento em vendas e alta par-
ticipação e que, como produtos de grande
potencial, requerem altos investimentos para
o seu desenvolvimento” (DIAS, 2006, p. 98).
O segundo quadrante à esquerda (inferior esquerda) é representado pela
vaca leiteira. Os produtos vaca leiteira
têm alta participação de mercado, baixo crescimento potencial, e, em
geral, estão nos mercados maduros. Esses produtos são geradores de
caixa, que deverá ser usado para financiar o desenvolvimento dos pro-
dutos estrela ou pontos de interrogação (DIAS, 2006, p. 98).
ESTRATÉGIA DE MARKETING
141
Com base nesse modelo, a empresa deve buscar ter um portfólio sortido
de produtos em que estejam espalhados nos diversos quadrantes, estrela, vaca
leiteira e ponto de interrogação. A quantidade de produtos vaca leiteira deve
ser superior, pois esses são os produtos que geram maior receita para empresa,
então, a importância em manter uma quantidade suficiente para que a empresa
tenha recursos para financiar o crescimento de produtos novos.
Matriz Produto-Mercado
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Mercado Desenvolvimento
Diversificação
Novo de mercado
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somente no âmbito nacional e começam a investir no mercado internacional.
E, por fim, a estratégia de diversificação. Nessa estratégia, a empresa tam-
bém faz o lançamento de novos produtos, porém diferente da estratégia de
desenvolvimento do produto, pois, aqui, a empresa lança um produto que não
é do mesmo segmento em que ela atua. Exemplo: a empresa vende produtos
de higiene pessoal e começa a fabricar calçados, geralmente são produtos que
necessitam de tecnologias diferentes da que a empresa já possui, novo processo
produtivo e, também, novos canais de distribuição. Essa estratégia geralmente é
utilizada quando os produtos da empresa encontram-se na maturidade e declí-
nio e a empresa acredita que não é mais vantajoso investir nesses produtos, só
os mantém e começa a atuar em novo ramo.
Para cada tipo de produto, há uma estratégia que é mais adequada dentro do
Mix de Marketing e, por esse motivo, primeiramente, devemos saber classificar
o produto que temos em mãos.
Os bens de consumo são todos os bens que são utilizados pelos indivíduos,
famílias, grupos etc. Kotler e Keller (2006) apresentam três classificações de bens
de consumo referentes à durabilidade e tangibilidade, que são: bens não durá-
veis, bens duráveis e serviços.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
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Bens duráveis: “são bens tangíveis normalmente usados durante determi-
nado período” (KOTLER; KELLER, 2006, p. 368). A maioria dos produtos dessa
classe exige venda pessoal e serviços. A margem de lucro é mais alta e requer
garantia maior do fabricante. Exemplos de bens duráveis são fogões, carros, gela-
deiras, vestuário, ferramentas etc.
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Os bens de consumo também podem ser classificados de acordo com o seu hábito
de compra. Dessa forma, temos quatro classificações diferentes: bens de conveni-
ência, bens de compra comparados, bens de especialidade e bens não procurados.
Bens de conveniência: são os bens que o consumidor compra com frequên-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
cia e com pouco esforço, geralmente baratos. Os bens de conveniência podem ser
subdivididos em três categorias: bens básicos, bens de impulso e bens de emer-
gência (KOTLER; KELLER, 2006, p. 368).
Bens básicos: são produtos comprados com certa regu-
laridade. Exemplo desses bens são creme dental, mostarda
e cigarros.
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Bens de Impulso: são comprados sem
nenhum planejamento ou esforço de busca.
Exemplo de bens comprados por
impulso são chocolates, balas, revis-
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ESTRATÉGIA DE MARKETING
145
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sapatos, roupas, eletrodomésticos (FERREL; HARTLINE,
2006, p. 185).
Bens de especialidade: “são artigos peculiares, ini-
gualáveis, cuja aquisição exige dos consumidores, tempo,
esforço e dinheiro consideráveis” (FERREL; HARTLINE,
2006, p. 185). Os consumidores de bens de especialidade
sabem o que querem e não aceitam substitutos, exemplo
são os colecionadores. Para este tipo de bens, os profissio-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O produto é considerado uma oferta tangível, mas, de acordo com Kotler e Keller
(2006, p. 366), deve ser considerado muito mais que só um produto tangível,
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deve ser considerado tudo aquilo que ele oferece ao mercado com objetivo de
satisfazer uma necessidade ou desejo, ou seja, bens físicos, serviços, experiên-
cias, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias.
Geralmente, o maior investimento em marketing pela empresa ocorre na fase
de introdução do produto. No lançamento de um novo produto para o mercado,
algumas empresas criam novos produtos, outras fazem melhorias e colocam como
novo no mercado. Veja agora seis estratégias apresentadas por Ferrel e Hartline
(2006), relacionadas à inovação de produtos:
Produtos Inéditos para o mundo: essa estratégia é a criação de um produto
novo para o mercado, algo que os consumidores ainda não conheciam. Exemplos
são celulares, televisores e computadores. Esses produtos não são melhoria de
um outro que antecedeu, eles foram inéditos em sua época.
Novas Linhas de Produtos: com essa estratégia, a empresa visa aumentar
sua linha de produtos. Não é uma estratégia tão arriscada quanto à primeira,
que é a criação de algo novo, porque aqui a empresa vai oferecer um produto já
existente no mercado e oferecer categoria de produtos intimamente ligada ao
que já oferece. Exemplo é a empresa CCE, que é conhecida pelos seus televiso-
res e que entrou no mercado também de informática e celulares.
Extensão de Linhas de Produto: é a estratégia em que a empresa realiza
variações de seus produtos já existentes. O bom dessa estratégia é que a empresa
permanece com os produtos renovados a um baixo custo de desenvolvimento e
risco de fracasso também são mínimos. Exemplo é o lançamento da Refrigerantes
de cola com limão, cerveja 0,00% álcool, amaciante concentrado.
Melhorias ou revisões de produtos existentes: esses produtos oferecem algo
ESTRATÉGIA DE MARKETING
147
Dentre todos os Ps, alguns autores afirmam que, para a estratégia de Marketing,
o P Praça é o mais importante, que na verdade é um D de distribuição. Os auto-
res Ferrel e Hartline (2006, p. 248) colocam que se as empresas não trabalharem
o D de distribuição corretamente esse D poderá se tornar um D de desastre.
Por que os autores afirmam que a distribuição é tão importante?
De acordo com Ferrel e Hartline (2006, p. 248), dificilmente, por meio
dos outros Ps, a empresa vai atingir uma vantagem competitiva sustentável ou
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diferencial de mercado. O preço pode ser copiado por qualquer empresa em ins-
tantes, as promoções são por tempo determinado, os produtos podem tornar-se
obsoletos rapidamente. Somente a distribuição pode ser algo em que a empresa
realmente consiga o diferencial diante das demais. Porém, entre as estratégias, é
a que apresenta o maior grau de dificuldade e também é custosa, porém depois
de um sistema sólido construído, pode gerar lucros durante anos ou décadas.
Quando falamos de distribuição, tendemos a pensar nos Canais de Marketing
que estão inter-relacionados.
Canais de marketing são sistemas organizados de instituição de marke-
ting pelo qual produtos, recursos, informações, fundos e/ou proprie-
dade de produtos fluem do ponto de produção para o usuário final.
Alguns membros do canal ou intermediários tomam posse física ou
adquirem a propriedade dos produtos (atacadistas, distribuidores,
varejistas, por exemplo), enquanto outros simplesmente facilitam o
processo (agentes, corretores, instituições financeiras etc.) (FERREL;
HARTLINE, 2006, p. 249).
Para uma gestão estratégica eficiente e eficaz, os autores apresentam três opções
estruturais básicas para distribuição em termos da amplitude de cobertura do
mercado e do nível de exclusividade entre fornecedor e varejista: distribuição
exclusiva, distribuição seletiva e distribuição intensiva (FERREL; HARTLINE,
2006, p. 253).
Distribuição Exclusiva: esse tipo de distribuição é a mais restritiva no mer-
cado, geralmente utilizada para produtos de prestígio. As empresas que utilizam
essa estratégia permitem somente um revendedor exclusivo para o produto den-
tro de uma zona geográfica definida. Os compradores de marcas que utilizam
ESTRATÉGIA DE MARKETING
149
essa estratégia devem estar dispostos a viajar ao encontro da sua marca. Algumas
marcas de carros importados têm apenas uma loja no Brasil, deste modo quem
quiser comprar precisará viajar ao encontro do produto.
Distribuição Seletiva: as empresas que utilizam essa estratégia disponibili-
zam o direito de vender seus produtos para vários revendedores ou canais diretos.
Esse tipo de distribuição é utilizado por uma grande parte das organizações,
você observa essa estratégia em lojas de fast food, lojas que vendem chocolate
especializado, marca de celulares, entre outros. Nessa estratégia, as empresas
determinam onde estarão seus produtos, com quais revendedores, cidades, locais.
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promocionais para garantir o máximo de impacto persuasivo sobre os consumi-
dores atuais e potenciais da empresa” (FERREL; HARTLINE, 2006, p. 272). Os
objetivos de uma comunicação integrada são:
■■ Fixar o produto na mente do consumidor.
■■ Criar uma mensagem única, consistente, compreensível.
■■ Dar credibilidade ao produto.
■■ Construir uma imagem de marca diferenciada e sustentável na mente
do consumidor.
■■ Oferecer informações e incentivos para o consumidor adquirir o produto
ou serviço da empresa.
■■ Gerar atitude favorável dos diversos segmentos de público para as ini-
ciativas da empresa.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
151
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zes, folhetos e displays, que visam chamar a atenção, facilitar o acesso do
consumidor ao produto e estimular as vendas.
■■ Atendimento ao cliente: comunicação interativa, iniciada, em geral,
pelo cliente, com o propósito de responder dúvidas e perguntas, escla-
recer sobre a maneira de consumir e resolver problemas decorrentes do
uso do produto.
■■ Comunicação pela Internet: o conjunto de atividades de comunicação
interativa com os clientes, canais de vendas e parceiros, que se utiliza
da rede mundial internet, como e-mails, páginas da web e anúncios na
forma de banners.
■■ Embalagem: além de ser o recipiente ou envoltório para o produto, com o
design e material diferenciado, é um meio de comunicação de suas carac-
terísticas e de seus benefícios, contribuindo para a formação da imagem.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
153
De acordo com Dias (2006, p. 261), as estratégias de preço podem estar baseadas
em três tipos principais de precificação: precificação baseada em custos, precifi-
cação baseada em valor e a precificação baseada na concorrência.
Depois de um tempo após o lançamento do produto, pode ser necessário
realizar alguma alteração de preço no produto. Confira algumas táticas de preço
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Preço combinado: são os preços para combo, se você compra 3 produtos
separados é um preço superior, mas se você compra pelo combo, fica mais barato.
Preço por segmento: são elaborados preços com diferencial para grupos
distintos. Cinema mais barato para estudantes é um exemplo dessa estratégia.
Desconto por utilização: o consumidor recebe descontos graduais conforme
utiliza o produto. Como exemplo temos os bônus concedidos pelas segurado-
ras, para aqueles que não utilizam o seguro, a cada ano tem um desconto maior
para continuar segurado.
Preços sazonais: As empresas diminuem os preços de acordo com uma
época do ano que tem menos frequência, ou certos dias da semana ou horários.
Algumas empresas de cinema realizam algumas promoções sazonais, toda quar-
ta-feira todos pagam meia entrada no ingresso.
ESTRATÉGIA DE MARKETING
155
Considerações Finais
Chegamos ao final de mais uma unidade, a última deste livro. Nesta unidade,
você estudar sobre as estratégias de Marketing. Você aprendeu que, para cada
estágio do ciclo de vida de produto, deve-se utilizar uma estratégia que seja mais
adequada. Na introdução, vimos que os investimentos em propagandas são sem-
pre intensivos e altos e, para essa etapa, as principais estratégias de precificação
são: penetração e desnatamento. No crescimento, os investimentos continuam,
pois nessa etapa, os concorrentes começam a aparecer. Na etapa de maturação,
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Considerações Finais
1. As quatro fases apresentadas por Kotler, do ciclo de vida do Produto, são: Introdu-
ção – Crescimento – Maturação e Declínio. As estratégias de precificação geralmente
utilizadas na Introdução são:
a) Penetração e Desnatamento.
b) Precificação de Prestígio e Desnatamento.
c) Penetração e Preço base.
d) Precificação de Prestígio e Preço Base.
e) Penetração, Precificação de Prestígio e Desnatamento.
2. Enumere a coluna 2 com as referências da coluna 1. A coluna 1 apresenta todas as
fases do ciclo de vida dos produtos e a 2 suas definições.
Coluna 1 Coluna 2
COLUNA A COLUNA B
1 – PORSHE ( ) Distribuição Seletiva
2 - MC DONALDS ( ) Distribuição Intensiva
3 – BIC ( ) Distribuição Exclusiva
As palavras eficácia e eficiência são utilizadas por muitas pessoas com fre-
quência, porém, às vezes, confundem seus significados, por vezes conside-
radas sinônimas uma da outra. O fato é que mesmo sendo consideradas
como tal, não existem sinônimos perfeitos, pois normalmente apresentam
diferenciações. Em se tratando do campo da administração, essas diferen-
ciações vêm sendo cada vez mais acentuadas, fazendo referência às pala-
vras em questão.
Veja dois exemplos para que você compreenda a diferença entre os dois
termos: <http://www.brasilescola.com/gramatica/eficacia-eficiencia.htm>.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Material Complementar
Conclusão
Unidade I
Questão 1: letra (a)
Questão 2: letra (b)
Questão 3: letra (e)
UNIDADE II
1B
2A
3D
4D
5C
6D
UNIDADE III
1A
2B
3C
UNIDADE IV
1B
2B
3B
UNIDADE V
1A
2B
3E
4B
5B
6C
7C
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