Este documento resume o conto "Deus" de Mário de Carvalho. Conta a história de um narrador que é convidado por um amigo religioso a ver algo na praia. O amigo revela que "Deus" é uma simples ameijoa, que ele protege colocando pedras. Embora cético no início, o narrador acaba por mudar de perspectiva e também proteger a ameijoa, reconhecendo diferentes formas de fé.
Este documento resume o conto "Deus" de Mário de Carvalho. Conta a história de um narrador que é convidado por um amigo religioso a ver algo na praia. O amigo revela que "Deus" é uma simples ameijoa, que ele protege colocando pedras. Embora cético no início, o narrador acaba por mudar de perspectiva e também proteger a ameijoa, reconhecendo diferentes formas de fé.
Este documento resume o conto "Deus" de Mário de Carvalho. Conta a história de um narrador que é convidado por um amigo religioso a ver algo na praia. O amigo revela que "Deus" é uma simples ameijoa, que ele protege colocando pedras. Embora cético no início, o narrador acaba por mudar de perspectiva e também proteger a ameijoa, reconhecendo diferentes formas de fé.
Boa tarde, hoje vamos falar do conto “Deus” por Mário de Carvalho,
parte do livro “Contos Vagabundos”.
Iniciamos com os personagens: o narrador, que também é o autor do conto, participante na ação, e o amigo, o qual não sabemos o nome, descrito como pacato e com uma vida sem muita emoção, embora dê a impressão de ser mulherengo. Um dia o amigo convidou o narrador para passar por casa, que ficava a norte da praia de Santa Rita, em Torres Vedras, convite feito pois o amigo estava afim de lhe mostrar alguma coisa na praia, curioso o narrador aceitou o convite, embora se mostra-se sético perante o comportamento do amigo. Depois de caminharem um pouco pararam, e o amigo apresenta-lhe “Deus”que nada mais é que uma ameijoa branca. Ainda mais sético o narrador não acreditava que o ser que lhe ali apresentava seria de facto Deus, ainda provocou o amigo ameaçando o a vida do bivalve depois de ter visto o amigo a colocar pedras afim de proteger a ameijoa, mas após um pequeno momento de reflexão, decidiu por seguir o ato do amigo, seguida da frase “detesto maltratar animais”. Seguimos para uma pequena análise do conto, contém 3 ações, as duas primeiras abertas e as últimas duas fechadas. A primeira ação é secundária são apresentados os dois personagens, enquanto na segunda ação é que se desenrola a intenção do amigo de mostrar algo ao narrador, Já na ação principal é que ocorre a revelação do amigo. Deus é uma ameijoa, que é protegida pelo amigo, a hesitação do narrador enquadra-se na quarta ação. Falando dos personagens, como já referimos, só existem dois o narrador e o amigo. O amigo visto como um homem de muitas relações que nunca duravam muito “Volta e meia está casado, ou amigado, volta e meia, não.” ganhou então um hábito de leitura como é descrita a casa o amigo “Vê- Desdobrou um gesto longo e mostrou-me uma pilha descompassada de livros, num nicho de parede.” Aparenta ter uma vida aborrecida e religiosa, visto que vai constantemente colocar pedras de brita para proteger “Deus”. Caracteriza-se como uma personagem plana, pois permanece religioso do principio ao fim do conto sem mudança de perspetiva. O narrador é retratado como uma pessoa bastante irónica e que a principio não levava aquilo que o amigo lhe dizia a sério, no entanto, é uma personagem modelada, pois ele muda a sua perspetiva perante a fé, visto que, tal como o amigo, tem a imagem de Deus na ameijoa. A ação decorre em dois espaços distintos, passa da casa do amigo para a praia rochosa a norte da praia de Santa Rita de tamanho considerável devido ao tempo que demora até chegar. O Conto passa-se durante a primavera numa sequência narrativa encadeada (ou de encadeamento). Creio que as partes mais importantes do conto encontram-se na primeira página e na quarta onde se encontra “Detesto meter-me à estrada: mas ele insistiu: Tinha uma coisa para me mostrar. Valia a pena? Sim” e na quarta página “Achas que foi isto que criou o universo, o mundo?/ Não acho- respondeu ele-tenho a certeza.” Estes são os excertos que demonstram a fé do amigo e que este quer passar ao narrador que aqui é revelado sob a forma de uma ameijoa. Apesar de se mostrar sético perante tal afirmação, o narrador acaba por ceder e até mesmo acreditar na fé que antes desprezava, tanto que volta para proteger a ameijoa assim como o amigo. Achamos este conto interessante e leve, muito devido à ironia do Narrador, mostra que o ser humano tem diversas formas de encontrar Deus, para alguns pode ser uma ameijoa, por mais irrealista que seja, todas as crenças são válidas. That’s all folks!