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Mapas mentais em fichas: é curioso como essa

técnica surpreende quem a utiliza

Finalmenteeee! Chegou o dia de falar sobre a especialidade do Esquemaria: mapas mentais. Nesse
primeiro post sobre o assunto, nada mais lógico do que trazer as famigeradas fichas de estudos.
Conhecendo-as ou não, venha comigo!

Algumas das
fichas de estudos (mapas mentais) usadas por mim, em minha época de estudos

Você sabia que o nome do nosso site foi baseado nessas pequenas fichinhas que fazem toda
a diferença no momento de revisar? Sim! O Esquemaria é, acima de tudo, um blog que traz
esquemas, formas mais rápidas e inteligentes de aprender as matérias de uma maneira geral.

Muita gente já conhece aquela veeeelha técnica de se fazer mapas mentais: centralizando
uma ideia e puxando vários ramos a partir dessa ideia. Eu sei que pode parecer loucura, mas
não é assim que vou te ensinar a montar seus mapas mentais, neste artigo. Quando eu digo
que as fichas são inovadoras, é porque elas são inovadoras MESMO.

Tudo certo, até aqui? Então vamos dar uma olhada naquilo que você vai aprender, no
decorrer deste artigo:

 Começando pela biologia (ISSO MESMO! BIOLOGIA!): os dois lados do cérebro


 O jeito convencional de fazer mapas mentais
 As fichas de estudos: o que são e por que é melhor praticar usá-las no lugar dos mapas
mentais convencionais
 Existem padrões nas fichas de estudos que te ajudam a ter ideias mais rápidas
 APPs de fichas de estudos para tablets e programas de computador de mapas mentais

Vamos lá, hora de aprender a memorizar com inteligência! :)

Entendendo o seu cérebro: o que os lados esquerdo e direito podem


te ensinar

 De acordo com a biologia – e, perceba, eu falei biologia, não psicologia! –, todos nós
podemos ser racionais e criativos ao mesmo tempo. É sério: você pode ser muito bom em
matemática e muito bom em artes ao mesmo tempo. É basicamente uma questão de
escolhas.

Ok, ok, a tese de que o cérebro tem dois lados, e de que cada lado é responsável por um tipo
de “dom” vem sendo refutada há algum tempo, por alguns, e santificada por outros tantos
neurocientistas. O fato, entretanto, é que as pessoas têm passado em concursos públicos
sendo, ao mesmo tempo, analíticas e criativas.

Sim, mas qual lado é qual, afinal de contas?

Bem, segundo a teoria, o lado direito é o lado das ideias, é o lado criativo, e o lado esquerdo é
o lado analítico, das palavras, que te faz entender as coisas racionalmente. Abaixo, há uma
imagem muito interessante que demonstra essa divisão.

Os dois lados do
cérebro: esquerdo: analítico; direito: criativo.

Para quem gosta da teoria do lado dominante do cérebro, é interessante fazer este teste que
colocaram na internet. Não vai fazer diferença nenhuma em seus estudos ou em seus mapas
mentais, porque é possível você aprender a fazer excelentes fichas de estudos mesmo sendo
uma pessoa mais analítica, mas é apenas uma questão de curiosidade: clique aqui para fazer
o teste.

Uma outra curiosidade que eu sempre quis trazer ao Esquemaria: a Ilusão da Bailarina. Na
imagem abaixo, você pode ver uma bailarina girando. O lance é: dependendo de como está o
seu cérebro neste momento (mais analítico ou mais criativo), ela estará girando no sentido
horário ou no sentido anti-horário.

Bailarina girando – fonte:


http://en.wikipedia.org/wiki/Spinning_Dancer

Isso não significa que você verá a bailarina girando para um só lado, sempre. Em alguns
momentos, ela irá girar para a direita, em outros momentos ela irá girar para a esquerda.
Tente enxergá-la nos dois sentidos!

Na realidade, a bailarina é uma ilusão de ótica. Você a verá girando no sentido horário se
imaginar que a perna levantada é a esquerda. E no sentido anti-horário se imaginar que a
perna levantada é a direita.

“Sim, Carol, entendi a parada dos dois lados do cérebro, mas o que isso tem a ver com fichas
de estudos?”

Veja só essa dúvida que um concurseiro me enviou, sobre os mapas mentais:


“Minhas dúvidas sobre resumos e revisões são saber se eles estão sendo efetivos, se estão
funcionando como ferramenta de fixação de conteúdo” – Aurélio.

Tudo o que eu falei até aqui foi para que você saiba como o seu cérebro se comporta em
relação aos mapas mentais. As fichas de estudos vão usar os dois lados do seu cérebro
(esquerdo e direito), ao mesmo tempo. E isso é confirmado pelo cara que trouxe essa técnica
para o concurso público, o Auditor Fiscal da Receita Federal Alex Viégas:

“O Lado Esquerdo do nosso cérebro, que é o racional, irá trabalhar diretamente com as
palavras que estão sendo lidas, enquanto que o Lado Direito, que é o que trabalha com o
abstrato, irá ‘ler’ os espaços vazios, desenvolverá códigos, desenhos, músicas, relações com
situações engraçadas ou ridículas, misturará o absurdo, enfim, fará tudo que não é o
estritamente regular em um estudo em que se utilize somente palavras ordenadas
racionalmente”. – Alex Viégas, autor do livro Manual de um Concurseiro.

Por que usar tantas cores nas fichas de estudos?

Todo mundo que já estudou marketing, em algum momento da vida, sabe muito bem que as
cores afetam na psicologia do consumidor. O amarelo dá sensação de felicidade, otimismo,
clareza. O azul traz a sensação de confiança, força e dependência. O verde é conhecido pela
esperança, saúde, paz. O vermelho é a cor da paixão, coragem, ação.

Ok, ok. Isso funciona muito bem no marketing. E nos concursos públicos? Como é?

O escritório de arquitetura Perkins & Will, de Chicago, fez uma pesquisa sobre como as cores
influenciam a didática no campo educacional.

Para você se situar melhor, eu trouxe alguns dos aspectos mais interessantes dessa pesquisa
para o concurso público:

 a energia produzida pelas cores carregam as funções do nosso corpo e influenciam


nossas mentes e nossas emoções;
 as cores aliviam a fatiga em nossa visão: a tensão em nossos olhos aumentam por
determinados acontecimentos, tipo quando você pisca demais, dilata a pupila com uma
forte intensidade de luz estática, ou quando você reduz o foco em objetos, ou há
certa incapacidade de distinguir algumas diferenças no brilho.
 o uso de cores neutras, ou a falta de cores causada pelo branco podem diminuir em até
25% a eficiência das pessoas.

Quando você usa mapas mentais, o espaço em branco ao redor do conteúdo colorido te ajuda
em todos esses sentidos: a focar melhor, a saber o que é mais importante, a ajudar o olho a
relaxar dos textos lineares e cansativos de livros.
O site Viver de Blog também traz um gráfico muito interessante sobre a influência das cores
em nosso dia a dia. O ponto principal que interessa para nós, concurseiros, claro, é na área
de educação. Olha só:

Psicologia das
cores e aprendizagem – fonte: http://viverdeblog.com/psicologia-das-cores/

Tudo tranquilo, até aqui? Vale a pena lembrar que quaisquer dúvidas sobre o conteúdo deste
post podem ser tiradas nos comentários, logo abaixo.

Bem, agora que você já sabe como funcionam os mapas mentais, e qual a importância deles
para seus estudos, vamos a um outro tópico.

Qual é o jeito convencional de fazer mapas mentais?


Veja a seguinte dúvida de uma concurseira:

“Minha principal dúvida quanto aos mapas mentais é se realmente tenho que colocar uma
informação central e as outras ao redor, como a maior parte dos que vejo. Ou se basta
colocá-las de alguma forma na folha. Queria saber se faz diferença mesmo essa disposição
na folha na hora de memorizar porque às vezes tenho muita dificuldade de dispor as
informações assim e acabo colocando frases como em um caderno ou colunas, entende?” –
Tatianne.

Eu acredito que o pior erro de alguns professores e coaches de concursos públicos é querer
definir regras demais para o uso de determinadas técnicas de estudos. Tudo bem que os
mapas mentais funcionam, mas trazer uma regra geral para todo mapa a ser criado por
alguém mais atrapalha do que ajuda.
Quando alguém define alguma regra do tipo: “todos os mapas mentais têm uma ideia central e
dessa ideia surgem ramos que a explicam”, o concurseiro, no momento de estudar, tenta
adequar toda sua estratégia de estudos à regra do “expert”. Com isso, até o concurseiro
perceber que a técnica não funciona para o seu próprio dia a dia, ele já terá perdido horas
preciosas de estudos.

Abaixo há alguns exemplos dos mapas mentais convencionais:

Fonte:
www.mindmapart.com

 
Fonte:
www.mind-mapping.co.uk

 
Fonte:
vismap.blogspot.com

Sim, vamos combinar: esses mapas mentais podem ficar lindões, véi. Só que, venha aqui:
você quer fazer mapas mentais super bem desenhadinhos ou você quer passar em concursos
públicos?

Os mapas mentais de ramos ficam bem legais depois de prontos. As fichas de estudos
também ficam muito bacanas. Existem algumas diferenças, porém, que são matadoras, e que
me fazem preferir as fichas de estudos aos mapas mentais convencionais:

 as fichas de estudos são muito mais rápidas de se desenhar;


 as fichas de estudos são muito mais rápidas de se revisar;
 as fichas de estudos são feitas com o MÍNIMO de palavras possível;
 as fichas de estudos trabalham os espaços em branco de maneira muito mais eficaz.

O pessoal também gosta muito de usar alguns softwares (programas de computador) para


criar mapas mentais convencionais. Veja alguns exemplos:

 
Fonte:
www.library.dmu.ac.uk

 
Fonte:
http://www.mind-mapping.co.uk/

A mesma crítica feita aos mapas mentais convencionais desenhados vale para os mapas
mentais convencionais feitos em computador, com um acréscimo: fazer desenhos,
nos softwares, é muito, muito, muito mais complicado. Até porque muitas vezes você não
encontra a imagem perfeita, que seria desenhada em alguns segundos caso você utilizasse
lápis de cor e canetinhas no lugar de complicados programas de computador.

“Quer dizer então, Carol, que todos os estudos sobre ramos, ideias centrais e mapas mentais
feitos no mundo inteiro estão errados?”

De maneira alguma! Esses softwares, e os mapas convencionais, de um modo geral, são


muito bons para organizar ideias. Não é à toa que muita gente usa e trabalha com tais
mapas diariamente.

Acontece que os caras que usam esses mapas mentais, ou que planejam taissoftwares, não
são concurseiros. Eles têm tempo para planejar e organizar as ideias, o que não é a realidade
da “classe concursística brasileira”.

Vou fazer uma comparação “por cima”: estudar para concursos com os mapas
convencionais é a mesma coisa de abrir um supermercado no Brasil com equipamentos de
esqui. Você pode até usar, em algumas dunas brasileiras, mas não é o que eu
consideraria um esporte necessariamente adequado para o bioma brasileiro.

Quer ir por um caminho ainda mais lógico?

Ok, então siga o meu raciocínio.

Por que você acha que a internet deu tão certo? Porque ela possui hiperlinks. Ela não se
conecta de modo linear. Se a internet fosse um livro, todos nós demoraríamos muito mais
para encontrar os termos importantes. Imagine quanto tempo você demora para encontrar
algo no Google. Você acredita que demoraria o mesmo tempo para fazer a mesma pesquisa
em um livro? Não: no livro, seria muito mais demorado.

A internet funciona como o nosso cérebro: ela traz informações racionais, mas, ao mesmo
tempo, usa a não linearidade para instigar o lado criativo de todos nós.

Os mapas mentais também têm de ser assim. Colocar uma ideia central e ramificá-la, por si
só, não é transformar um assunto em não linear. É simplesmente organizar um índice em
vários tópicos. Isso os livros já fazem.

Bem, já que você já sabe como não fazer, que tal se nós passássemos, agora, para o outro
lado da moeda, para aprendermos COMO fazer?! Então vamos lá!

As fichas de estudos
Fichas de estudos:

exemplo 1 Fichas
de estudos: exemplo 2
 

As fichas de estudos são super simples de serem feitas. Eu, claro, vou dar muitos exemplos
de fichas particulares, minhas, para que você tenha algumas ideias na hora de criar suas
próprias fichas.

Primeiramente, para fazer fichas de estudos, você vai precisar de:

 1 (um) conjunto de canetinhas;


 1 (um) conjunto de lápis de cor;
 pelo menos 1 (uma) resma de papel A4.

No total, você vai gastar aproximadamente R$ 39,90 para melhorar sua memorização,


entendimento e revisão nos estudos.

Para cada ficha, eu utilizo a metade de uma folha A4. Isso mesmo: em cada fichinha, eu
divido uma folha ao meio.

No mais, vamos seguir e entender, aos poucos, como funcionam as fichas de estudos.

Veja abaixo alguns exemplos e algumas dúvidas gerais de quem tem falado comigo
sobre as fichas:

“Minha dúvida sobre mapas e resumos é como escapar da armadilha de resumos imensos
(que tomam muito tempo pra preparar) e mapas mentais poluídos visualmente. Enfim, como
sintetizar de verdade as informações para acessá-las facilmente para ativar a memória e na
reta final antes da prova.” – Luciana.

Não é incomum surgirem dúvidas desse tipo: todos querem saber como diminuir a informação
de modo que os mapas mentais realmente sirvam a seu propósito: proporcionar uma revisão
de qualidade, sem ter que colocar muitas informações.

Muita gente também se preocupa com a seleção de palavras-chave em um texto:

“Sempre tenho dificuldade em encontrar a palavra chave do que estou estudando pra fazer o
mapa. Eu fico achando que se escolho apenas uma palavra, não vou entender nada do mapa,
e por isso, meus mapas mais parecem uma cópia colorida do que estou estudando do que um
mapa mental propriamente dito.” – Giselle.

Lembre-se sempre que a regra é não seguir à risca as regras. Quando você for fazer seus
mapas mentais, pense da seguinte forma: “como eu posso transformar todo esse assunto que
eu vi em algo que EU entenderia bem mais rápido?”.

Tudo na vida é questão de muito treino. É assim quando alguém vai aprender a andar de
bicicleta, a tocar guitarra, a desenhar. Nos concursos públicos, eu vivo batendo na tecla do
“faça muitas questões”, porque questões são ótimas treinadoras. Com os mapas mentais
funciona do mesmo jeito: o primeiro mapa mental vai ser super difícil de ser feito. A mesma
coisa vai acontecer com o segundo, o terceiro, o quarto… quando você chegar ao seu
vigésimo mapa mental, você já vai estar bem melhor.

No fim das contas, eu fiz milhares de fichas de estudos, e elas foram essenciais no momento
da revisão. Então fique com o seguinte pensamento:

Todo bom professor de cursos em PDF e todo bom escritor de livros para concursos traz
alguns textos relativamente grandes para que o conteúdo de suas aulas seja realmente
entendido. Isso não significa que tudo o que está ali deva ser passado para sua ficha-resumo.

Lembre-se: são muitas fichas, mas poucas palavras. Conforme você constrói seus mapas,
você percebe o que é importante e o que é descartável na memorização a longo prazo.
Perceba que, em meus mapas mentais, eu usava o mínimo de conteúdo possível, e acabava
conseguindo revisar aulas de 3h30 em até 5 minutos. Incrível, não é? Veja mais exemplos:

Fichas de estudos:
exemplo 3

 
Fichas de estudos:

exemplo 4 Fichas
de estudos: exemplo 5
Fichas de estudos:

exemplo 6 Fichas
de estudos: exemplo 7
 

As fichas são bem diferentes daqueles mapas mentais convencionais que te mostrei no início
do post, não é verdade? São muito menos cansativas de serem revisadas, e muito mais
rápidas de serem lidas.

Continuando com algumas dúvidas recorrentes:

“Na aula presencial/videoaula, [eu fazia] meu primeiro resumo, aí, em casa, eu ia lá, fazia um
mapa mental, um resumo menor, mil setas coloridas cheio de frufru. [Como faço isso] com o
livro e o pdf? Ai ai, tô perdidona rs” – Tatiana

Todos esses mapas mentais que tenho mostrado neste post foram feitos de várias maneiras.
Alguns em sala de aula, diretamente, outros em casa, com livros e aulas em PDF. É possível
fazer as fichas das duas maneiras, assim como é possível você entender o conteúdo das
duas maneiras!

As fichas de estudo nada mais são do que uma síntese do que você aprendeu.

Agora, preste atenção para não cometer este erro: nunca, nunca, NUNQUINHA faça
“resumo de resumo”. Escrever na aula e “passar a limpo” depois é perda de tempo. Isso não é
uma forma de revisar o conteúdo, mas sim de gastar horas que poderiam ser usadas para
aprendizagem de conteúdos novos. Lembre-se: as revisões têm que ser RÁPIDAS.

Treine, faça muitas fichas em casa, e, depois, caso você goste de aulas presenciais, faça as
fichas durante as aulas presenciais. Leve suas canetinhas, seus lápis de cor para a sala de
aula. É bom que os seus concorrentes vão te achar pirado, quando, na verdade, você estará à
frente deles nas revisões ;)

Que tal mais uma leva de exemplos de algumas fichas que fiz em sala de aula? “Siiiiim, Carol,
por favor!”
Fichas de estudos:

exemplo 8 Fichas
de estudos: exemplo 9
Fichas de estudos:

exemplo 10 Fichas
de estudos: exemplo 11
Fichas de estudos:
exemplo 12

Todos esses últimos exemplos foram feitos em sala de aula (em uma série de aulas de direito
do trabalho, como você deve ter notado)! Sim: com o professor falando e eu desenhando.

Era sempre assim: eu chegava mais cedo ao cursinho, sentava lá no fundão da sala e pegava
uma cadeira para colocar os meus lápis e as minhas canetinhas. Em minha mesa, várias
folhas A4 já recortadas ao meio prontas para serem usadas. Nos dias em que a sala lotava,
quando não era possível usar uma cadeira para colocar minhas coisas, eu colocava a mochila
nos pés, com o material, e pegava freneticamente cada canetinha ou cada lápis de cor de
dentro da bolsa para fazer minhas fichas.

E aí a gente vai para mais uma dúvida:

“Minha principal dúvida quanto aos mapas mentais é se realmente tenho que colocar uma
informação central e as outras ao redor, como a maior parte dos que vejo. Ou se basta
colocá-las de alguma forma na folha. Queria saber se faz diferença mesmo essa disposição
na folha na hora de memorizar porque às vezes tenho muita dificuldade de dispor as
informações assim e acabo colocando frases como em um caderno ou colunas, entende?” –
Tatianne.
Excelente pergunta. As fichas de estudos não têm regras rígidas! Você vai desenhar de modo
que você compreenda melhor. É mais uma evolução em relação aos mapas mentais
convencionais.

“Eu assisti a aulas [de um professor] explicando como fazer mapas mentais, mas acho perda
de tempo fazer os desenhos, que por vezes atrapalham mais do que ajudam (para mim pelo
menos). É possível ser eficiente sem ter os desenhos?” – Ana Carolina.

Você pode perceber que as minhas fichas não seguem um padrão. Em algumas, utilizo
tabelas. Em outras, faço gráficos. Em outras, coloco uma ideia central e puxo pouquíssimos
ramos. Em muitas fichas, há desenhos. Em muitas outras, há apenas textos. Lembre-se
sempre que a regra é não seguir à risca as regras.

Se você se sente à vontade desenhando o mapa do Brasil, ótimo! Sempre que você se


lembrar, em alta velocidade, de um desenho que você possa fazer, faça o desenho. Só não
perca tempo se martirizando por não ter pensado em desenhar um carrinho de Fórmula 1
em algum contexto sobre “rapidez”, por exemplo. Concurso público, eu digo sempre, é sobre
simplicidade. Seus estudos, seus métodos.

Bem, antes de irmos para o próximo tópico, não custa nada mostrar mais algumas fichas
minhas, não é mesmo?
Fichas de estudos:

exemplo 13 Fichas
de estudos: exemplo 14
Fichas de estudos:
exemplo 15
Fichas de estudos: exemp

lo 16
Fichas de estudos:
exemplo 17

Padrões nas fichas de estudos: como ter ideias mais rápidas


Você já deve ter percebido que em minhas fichas eu usei muitas siglas, muitos símbolos, às
vezes algumas coisas que para você não fazem o menor sentido.

Pode até parecer meio rude eu falar isso, mas não é (hehehe…): você não entende porque as
fichas são MINHAS! Haha. Como eu fiz as fichas, eu entendo o que elas querem dizer, eu
entendo as siglas, os mnemônicos que coloco nas fichas, eu entendo o que um espanador
significa.

Já aconteceu de você estar em uma conversa com outras duas pessoas e essas duas
pessoas contam uma piada interna, e aí você fica super sem jeito, porque não entendeu
nada? É a mesma coisa de você pegar mapas mentais de outras pessoas sem contexto (tanto
que aqui no Esquemaria, à exceção desse post, que traz apenas EXEMPLOS de mapas
mentais, eu procuro contextualizar toda e qualquer ficha de estudos que faço para explicar
determinados assuntos).

Eu digo isso porque existem alguns padrões que você pode criar, para elaborar seus mapas
mentais. Esses padrões servirão para você agilizar a criação das suas fichas. Você pode usar
não só siglas ou abreviações, como também ícones (por exemplo: um desenho do tipo
‘palitinhos’ de um homem com uma coroa na cabeça para lembrar de um rei), índices (tipo
setas e gráficos) e símbolos (tipo o símbolo de uma balança, que lembra justiça) para fazer
seus mapas.

A seguir, eu exemplifico com a legenda de alguns signos que eu usei muito, e que talvez
possam te ajudar a ter ideias:
legendas de mapas mentais

“A minha maior dificuldade é em relação aos prazos. Não consigo guardar tantos números
assim na cabeça.” – Roseli.

No caso da Roseli, por exemplo, eu indiquei que ela usasse um desenho de um calendário
com um número específico de determinado prazo, dentro desse desenho. Por exemplo:

Exemplo de
legenda: prazos

Como você pode ver, não há limites. Tudo o que é importante e repetido pode ser criado
como legenda.

APPs de fichas de estudos para tablets e programas de computador


de mapas mentais
“O maior problema para fazer os mapas é não ter um programa pra contruí-los e através de
papel e caneta demora muito tempo… Aí não rola! Você usa algum software? Pode dar
algumas dicas nesse sentido?” – Rodrigo

Primeiramente, já vou chegar com uma afirmação polêmica: não existe UM software para
computador perfeito para que concurseiros façam mapas mentais.

:O :O :O

“Como assim, Carol? Mas eu já ouvi falar tão bem do MindMeister, do iMindMap, do FreeMind
etc”. Olha, eu vou te mandar lá para cima, hein? Esses programas são muito bons para gerar
ideias (fazer brainstormings), mas, no contexto de aprendizagem em concursos públicos, eles
servem tanto quanto índices de livros. Em outras palavras, os softwares de computador,
atualmente, só fazem mapas mentais convencionais.

Por isso, a dica que fica é:


No mesmo mês em que passei no TCU, troquei um computador antigo meu por um iPad e
uma bicicleta. Passei, desde então, a fazer todos os meus mapas mentais no iPad. Para os
mapas mentais, usei um app de desenho chamado “Noteshelf”. Eles também têm a versão
Android desse app.

Lembro que na época eu cheguei a testar vários apps de desenho, mas o melhor que
encontrei foi o Noteshelf. Também testei muitas stylus (que são aquelas canetinhas touch
screen, para tablets). A melhor stylus que eu encontrei foi a Stylus Duo Bamboo, da fabricante
Wacom.

A seguir, eu mostro algumas das fichas que fiz em meu iPad:

Exemplo 1 de
ficha feita em tablet
Exemplo 2 de
ficha feita em iPad
Exemplo 3 de
ficha feita em iPad

O mais interessante de utilizar esse app para tablets é que você pode organizar todas as suas
fichas em cadernos. O programa também traz algumas ferramentas, como escolher o papel,
escolher se você prefere que fique deitado ou em pé, escolher entre efeitos de canetas,
marca-textos e lápis, enfim, os mapas mentais ficam muito reais.

Além disso, você pode copiar e colar conteúdo entre uma ficha e outra, pode reorganizar as
fichas ou deletá-las.

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