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Bons estudos!
Herlan Fellini
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Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial
Hexag Editora
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Editores
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Alexandre Rocha Jabur Maluf (História)
Antonio Romualdo de Lorena Neto (Física)
Cora Andrade (Redação)
Emily Cristina dos Ouros (Inglês)
Gabriel Henrique de Moraes (Química)
Larissa Beatriz Torres Ferreira (Biologia)
Murilo de Almeida Gonçalves (Gramática/Interpretação de Textos/Literatura)
Raphael Gaudio Eneias (Matemática)
Revisor
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Pesquisa iconográfica
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Programação visual
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Editoração eletrônica
Camila Dalafina Coelho
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Raphael de Souza Motta
Capa
Hexag Editora
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QUESTÕES OBJETIVAS - Unesp
R.P.A. Unesp
Revisão Programada Anual
UNESP - Interpretação,
Literatura, e Gramática
Interpretação de Texto 48%
Literatura 24%
Gramática 21%
Estilística
Outros 1%
UNESP - Inglês
Text Comprehension 66%
Vocabulary 11%
Verbs 9%
Conjunction 7%
Adjectives and Pronouns 4%
Outros 4%
GRÁMATICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
7
um dos Sete Homens Sábios da Grécia Anti- FEDRO: – Sim.
ga. No entanto, nem sempre ele era prático.
Um dia, perdido em especulações abstratas, SÓCRATES: – Imagina que eu procuro persu-
Tales caiu dentro de um poço. Esse acidente adir-te a comprar um cavalo para defender-
aparentemente feriu os sentimentos de uma -te dos inimigos, mas nenhum de nós sabe o
jovem escrava que estava em frente ao poço, que seja um cavalo; eu, porém, descobri por
a qual comentou, de modo sarcástico, que acaso uma coisa: “Para Fedro, o cavalo é o
Tales estava tão preocupado com os céus que animal doméstico que tem as orelhas mais
compridas”...
nem conseguia ver as coisas que estavam a
seus pés.
(A dança do universo, 2006. Adaptado.)
FEDRO: – Isso seria ridículo, querido Sócra-
tes.
2. (Unesp) Em “Tales também previu um eclip- SÓCRATES: – Um momento. Ridículo seria
se solar que ocorreu no dia 28 de maio de se eu tratasse seriamente de persuadir-te
585 a.C.” (3º parágrafo), o termo destacado a que escrevesses um panegírico do burro,
exerce função de: chamando-o de cavalo e dizendo que é mui-
a) adjunto adnominal. tíssimo prático comprar esse animal para o
b) adjunto adverbial. uso doméstico, bem como para expedições
c) sujeito. militares; que ele serve para montaria de
d) objeto indireto. batalha, para transportar bagagens e para
e) objeto direto. vários outros misteres.
As questões a seguir tomam por base o se- SÓCRATES: – Um amigo que se mostra ridí-
guinte fragmento do diálogo Fedro, de Pla- culo não é preferível ao que se revela como
tão (427-347 a.C.). perigoso e nocivo?
FEDRO: – A esse respeito, Sócrates, ouvi o SÓCRATES: – Mas vejamos, meu caro: não nos
seguinte: para quem quer tornar-se orador teremos excedido em nossas censuras contra
consumado não é indispensável conhecer o a arte retórica? Pode suceder que ela respon-
da: “que estais a tagarelar, homens ridículos?
que de fato é justo, mas sim o que parece
justo para a maioria dos ouvintes, que são os Eu não obrigo ninguém – dirá ela – que ig-
que decidem; nem precisa saber tampouco o nore averdade a aprender a falar. Mas quem
que é bom ou belo, mas apenas o que parece ouve o meu conselho tratará de adquirir pri-
tal – pois é pela aparência que se consegue meiro esses conhecimentos acerca da verda-
persuadir, e não pela verdade. de para, depois, se dedicar a mim. Mas uma
coisa posso afirmar com orgulho: sem as mi-
SÓCRATES: – Não se deve desdenhar, caro nhas lições a posse da verdade de nada ser-
Fedro, da palavra hábil, mas antes refletir virá para engendrar a persuasão”.
no que ela significa. O que acabas de dizer
merece toda a nossa atenção. FEDRO: – E não teria ela razão dizendo isso?
8
que ela não é isso, mas sim um negócio que estertóricas. O capitão-do-mato, preador de
nada tem que ver com a arte. O lacônio de- escravos, assombro dos moleques, faz-sono
clara: “não existe arte retórica propriamente dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fu-
dita sem o conhecimento da verdade, nem giram, depois da morte do Boi, e em vez de
haverá jamais tal coisa”. trazê-los é trazido amarrado, humilhado,
(Platão. Diálogos. Porto Alegre: Editora Globo, 1962.) tremendo de medo. O valentão mestiço, ca-
poeira, apanha pancada e é mais mofino que
3. (Unesp) “... para quem quer tornar-se orador todos os mofinos. Imaginem a alegria negra,
consumado não é indispensável conhecer o vendo e ouvindo essa sublimação aberta,
que de fato é justo, mas sim o que parece franca, na porta da casa-grande de engenho
justo para a maioria dos ouvintes, que são os ou no terreiro da fazenda, nos pátios das vi-
que decidem; nem precisa saber tampouco o las, diante do adro da igreja! A figura dos
que é bom ou belo, mas apenas o que parece padres, os padres do interior, vinha arrasta-
tal...” da com a violência de um ajuste de contas.
Neste trecho da tradução da segunda fala de O doutor, o curioso, metido a entender de
Fedro, observa-se uma frase com estrutu- tudo, o delegado autoritário, valente com a
ras oracionais recorrentes, e por isso plena patrulha e covarde sem ela, toda a galeria
de termos repetidos, sendo notável, a este perpassa, expondo suas mazelas, vícios, ma-
respeito, a retomada do demonstrativo o e nias, cacoetes, olhada por uma assistência
do pronome relativo que em o que de fato onde estavam muitas vítimas dos persona-
é justo, o que parece justo, os que decidem, gens reais, ali subalternizados pela virulên-
o que é bom ou belo, o que parece tal. Em cia do desabafo”.
todos esses contextos, o relativo que exerce Como algumas outras manifestações folclóri-
a mesma função sintática nas orações de que cas, o bumba-meu-boi utiliza uma forma an-
faz parte. Indique-a. tiga, tradicional; entretanto, fá-la revestir-
a) Sujeito -se de novos aspectos, atualiza o entrecho,
b) Predicativo do sujeito recompõe a trama. Daí “o interesse do tipo
c) Adjunto adnominal solidário que desperta nas camadas popula-
d) Objeto direto res”, como o assinala Édison Carneiro. Inte-
e) Objeto indireto resse que só pode manter-se porque o que
no auto se apresenta não reflete apenas si-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO tuações do passado, “mas porque têm impor-
tância para o futuro”. Com efeito, tendo por
As questões a seguir tomam por base um tema central a morte e a ressurreição do boi,
fragmento do livro Comunicação e folclore, “cerca-se de episódios acessórios, não essen-
de Luiz Beltrão (1918-1986). ciais, muito desligados da ação principal,
que variam de região para região... em cada
O Bumba-Meu-Boi lugar, novos personagens são enxertados,
aparentemente sem outro objetivo senão o
Entre os autos populares conhecidos e prati- de prolongar e variar a brincadeira”. Contu-
cados no Brasil – pastoril, fandango, chegan- do, dentre esses personagens, os que repre-
ça, reisado, congada etc. – aquele em que me- sentam as classes superiores são caricatura-
lhor o povo exprime a sua crítica, aquele que dos, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o
tem maior conteúdo jornalístico, é, realmen- folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”.
te, o bumba-meu-boi, ou simplesmente boi. Sílvio Romero recolheu os versos de um
Para Renato Almeida, é o “bailado mais bumba-meu-boi, através dos quais se consta-
notável do Brasil, o folguedo brasileiro de ta a intenção caricaturesca nos personagens
maior significação estética e social”. Luís da do folguedo. Como o Padre, que recita:
Câmara Cascudo, por seu turno, observou a
Não sou padre, não sou nada
sua superioridade porque “enquanto os ou-
“Quem me ver estar dançando
tros autos cristalizaram, imóveis, no elenco
Não julgue que estou louco;
de outrora, o bumba-meu-boi é sempre atu-
Secular sou como os outros”.
al, incluindo soluções modernas, figuras de
Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com
agora, vocabulário, sensação, percepção con-
o negro Fidélis, vai prendê-lo:
temporânea. Na época da escravidão mos-
trava os vaqueiros escravos vencendo pela “CAPITÃO – Eu te atiro, negro
inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava Eu te amarro, ladrão,
a cupidez, a materialidade, o sensualismo Eu te acabo, cão.”
de doutores, padres, delegados, fazendo-
-os cantar versinhos que eram confissões
9
Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão dono de comunicação. Aí tua revolução fica
e o amarra é o Fidélis: xinfrim, teu terrorismo sai em corpo 6 e se
“CORO – Capitão de campo você morre vai lá pro fundo do jornal em
Veja que o mundo virou quatro linhas.
Foi ao mato pegar negro (Millôr Fernandes. Que país é este?, 1978.)
Mas o negro lhe amarrou.
CAPITÃO – Sou valente afamado
Como eu não pode haver 5. (Unesp) As repetições, o uso de palavras e
Qualquer susto que me fazem expressões populares, a justaposição fluente
Logo me ponho a correr”. de ideias, dispensando vírgulas, e as ironias
(Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São constantes atribuem ao texto de Millôr Fer-
Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.) nandes:
a) tom descontraído e bem-humorado.
4. (Unesp) O capitão-do-mato, preador de es- b) dificuldade de leitura e compreensão.
cravos, assombro dos moleques, faz-sono dos c) feição arcaica e ultrapassada.
negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram
d) estilo agressivo e contundente.
(...)
e) imagens vulgares e obscenas.
Nesta passagem, levando-se em conta o con-
texto, a função sintática e o significado, ve- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
rifica-se que faz-sono é:
a) substantivo. A(s) questão(ões) aborda(m) um fragmen-
b) adjetivo. to de um artigo de Mônica Fantin sobre o
c) verbo. uso dos tablets no ensino, postado na se-
d) advérbio. ção de blogues do jornal Gazeta do Povo em
e) interjeição. 16.05.2013:
10
repensar a didática e as possibilidades de 5.
O uso de palavras e expressões populares
experiências e práticas educativas, midiáti- (“xingam”, “estão por cima”, “pra”, ”xin-
cas e culturais na escola ao lado de questões frim”, “pro”), as repetições (“Mandam na
econômicas e sociais mais amplas. E isso ne- economia, mandam nos intelectuais, man-
cessariamente envolve a reflexão crítica so- dam nas moças fofinhas”, “E ninguém fala
bre os saberes e fazeres que estamos produ- mal deles por escrito porque quem fala mal
zindo e compartilhando na cultura digital. deles por escrito nunca mais vê seu nome e
(Tablets nas escolas. www.gazetadopovo.com.br. Adaptado.) sua cara nos “veículos” deles”), a ausência
de vírgulas (“teu terrorismo sai em corpo 6
6. (Unesp) Com a expressão potencializar as e se você morre vai lá pro fundo do jornal em
boas práticas, a autora salienta que: quatro linhas”) e a ironia atribuem tom des-
a) os tablets são recursos potentes demais para contraído e bem-humorado ao texto de Millôr
serem utilizados por crianças. Fernandes, como se afirma em [A].
b) é necessário eliminar os jargões e o interne- 6.
É correta a alternativa [E], pois, com a ex-
tês para utilizar melhor os tablets. pressão “potencializar as boas práticas”,
c) a utilização de tablets faz crescer o conflito a autora expande o que afirma no período
entre empresas e escolas. anterior: “não é suficiente entregar equipa-
d) a escola deve privilegiar as boas atividades mentos tecnológicos cada vez mais moder-
práticas sem usar tablets. nos sem uma perspectiva de formação de
e) os tablets têm de ser usados para aperfeiçoar qualidade e significativa, e sem avaliar os
as boas atividades escolares. programas anteriores”.
Raio X Gabarito
1. Atendendo à escansão dos versos da primei-
1
. E 2
. C 3. A 4. A 5. A 6. E
ra estrofe, verifica-se que apenas dois apre-
sentam número maior de sílabas que o verso
alexandrino (12): versos 3 e 5.
Mãos/ de/ ve/ lu/ do, /mãos/ de /már/ tir /e
/de /san/ (12) ta,
o/ vo/ sso/ ges/to é /co/ mo um/ ba/ lou/ çar
/de /pal/ (12) ma;
o/ vo/ sso /ges/ to /cho/ ra, o / vo/ sso/ ges/
to / ge/ me, o / vo/ sso /ges/ to /can/ (23) ta!
Mãos/ de /ve/ lu/ do, /mãos /de /már/ tir /e
/de /san (12) ta,
Ro/ las / à /vol/ ta /da /ne/ gra /to/ rre /da
/mi/ nh’al/ (13) ma.
Assim, é correta a opção [E].
2. O termo “que”, na forma de um pronome re-
lativo (com sentido de “o qual”), exerce sin-
taticamente a função de sujeito, pois retoma
seu antecedente (“um eclipse solar”) em nú-
mero e pessoa (terceira pessoa do singular).
3. O pronome relativo desempenha, em todas
as situações assinaladas, a função de sujeito
das orações subordinadas adjetivas, já que se
refere aos seus antecedentes, pronomes de-
monstrativos “o” e “os”.
4. O termo “capitão-do-mato” é núcleo do su-
jeito da oração principal (“O capitão-do-ma-
to… vai caçar os negros”) e apresenta três
grupos nominais com a função de aposto
(preador de escravos, assombro dos mole-
ques, faz-sono dos negrinhos), de onde se
infere que, à semelhança de preador (pre-
dador) e assombro (assombração), o termo
“faz-sono” (assassino) é um substantivo.
11
Prática dos 1. (Unesp) Por meio da expressão onipresença
da miséria humana, o autor do artigo salien-
12
que encerra o quadro é sempre a mesma, empregados recursos correntes na música
cada integrante individual da plateia tem erudita europeia e na música popular nor-
a liberdade de olhar para aquela mão, ou te-americana. Já era algo mais sofisticado,
para qualquer outro lugar; na verdade, no praticado por compositores e arranjadores
teatro cada membro da plateia escolhe seus com maior preparo musical e sempre de ou-
vido aberto para as soluções propostas pela
próprios ângulos de câmera e, desse modo,
música estrangeira. O jazz, por exemplo,
executa pessoalmente o trabalho que o di- mais tarde permitiria fusões interessantes
retor avoca para si no cinema e na televisão como o “samba-jazz” e o “samba moderno”,
bem como, mutatis mutandis, no rádio. Essa com arranjos grandiosos e com base nos ins-
diferença, ainda uma vez, oferece ao teatro trumentos de sopro. Mas, em termos de poe-
vantagens e desvantagens. No palco, o dire- sia e expressividade, o samba-canção tendia
tor pode não conseguir focalizar a atenção a manter seu caráter escuro, sombrio, com
da plateia na ação que deseja sublinhar; no muitos elementos que lembravam a atmos-
cinema isso jamais pode acontecer. Por outro fera tensa e pessimista do tango argentino
lado, a complexa e sutil orquestração de uma e do bolero, gêneros latinos por excelência.
O samba-canção esteve desde logo ambienta-
cena que envolve muitos personagens (uma
do em Copacabana, lugar de vida noturna in-
característica de Tchekov no teatro) torna-se tensa, boates enfumaçadas, mulheres adul-
incomparavelmente mais difícil no cinema tas e fatais envoltas num clima de pecado e
e na televisão. A sensação de complexidade, traição, enquanto a Bossa Nova ambientou-
de que há mais coisas acontecendo naquele -se mais para o Sul, em Ipanema, além de
momento do que pode ser apreendido com tornar-se representativa de um público mais
um único olhar, a riqueza de um intrinca- jovem, amante do sol e da praia. Nesse am-
do contraponto de contrastes humanos será biente solar, a mulher passou a ser a garota
inevitavelmente reduzida em um veículo da praia, a namorada. Deu-se um descanso
que nitidamente guia o olho do espectador, às imagens de “amante proibida e vingativa,
com uma navalha na liga. E as letras da Bossa
ao invés de permitir que ele caminhe livre-
Nova não tinham nada de enfumaçado. Eram
mente pela cena. uma saga oceânica: a nado, numa prancha
(Martin Esslin. Uma anatomia do drama. Tradução de ou num barquinho, seus compositores pres-
Barbara Heliodora. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.)
taram todas as homenagens possíveis ao mar
e ao verão. Esse mar e esse verão eram os de
4. (Unesp) A influência da língua inglesa sobre Ipanema” (Castro, 1999, p. 59).
as demais, em todo o globo, se revela par- A Bossa Nova levou aos extremos a tendência
ticularmente no vocabulário. No texto apre- intimista de cantar sobre temas do cotidia-
sentado, temos dois exemplos: câmera, cujo no, sem muita complicação poética. Em vez
emprego alternativo a câmara ocorre por da negatividade do samba-canção, explorou
influencia da língua inglesa; e close-up, ex- ao máximo a positividade expressiva e um
pressão da linguagem cinematográfica em- otimismo sem precedentes. Esse foi o gran-
prestada da língua inglesa e para a qual o de traço distintivo entre a Bossa Nova e o
português não tem um substituto totalmente samba-canção. O otimismo diante do amor
adequado. trouxe consigo imagens de paz e estabilida-
Com base nesta informação, aponte a alter- de possibilitadas por relacionamentos amo-
nativa que contém o melhor entendimento rosos felizes e amores correspondidos, sem
de close-up na passagem em que surge. as cores patológicas e dramáticas que tanto
a) Tomada em que a câmera focaliza um grande marcavam os sambas-canções. Mesmo a dor,
numero de assuntos ou objetos. quando ocorria, era encarada como um está-
b) A câmera focaliza apenas uma parte do as- gio passageiro, deixando de assumir o anti-
sunto ou objeto. go caráter terminal.
c) A câmera focaliza alguns aposentos de cima. Em plenos anos 1950, quando nas rádios
d) A câmera procura mostrar do alto todas as predominava o derramamento vocal e sen-
pessoas que se movem na cena. timental, Tom Jobim já buscava um retrai-
e) Tomada em que a câmera focaliza todo o cenário. mento expressivo pautado por um discurso
poético/musical mais sereno, mais em tom
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES de conversa do que de súplica. Se os mais
jovens identificavam-se com essas coisas no-
As questões a seguir tomam por base duas vas, os mais velhos e tradicionalistas viam-
passagens do livro A linguagem harmônica -nas com estranheza, sendo compreensível
da Bossa Nova, do docente e pesquisador da que as descrevessem como canções bobas e
Unesp José Estevam Gava. ingênuas, não obstante a sofisticação har-
Nos anos 1940, o samba-canção já era uma mônica e rítmica.
alternativa para o samba tradicional, ba- (José Estevam Gava. A linguagem harmônica da
tucado, quadrado. Em sua gênese foram Bossa Nova. São Paulo: Editora Unesp, 2002.)
13
5. (Unesp) A leitura do fragmento como um TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
todo permite concluir que, para o autor:
a) o samba-canção era um gênero superior ao Leia uma reportagem de Antônio Gois publica-
da Bossa Nova, pelo fato de explorar temas da em 03.02.2012 pelo jornal Folha de S.Paulo.
mais sérios e adultos. Laptop de aluno de escola pú-
b) a Bossa Nova buscava agradar ao público jo- blica tem problemas
vem com letras simplórias e melodias bas-
tante pobres. Estudo feito pela UFRJ para o governo fede-
c) tanto a Bossa Nova quanto o samba-canção ral mostra que o programa UCA (Um Com-
foram gêneros secundários, sem qualquer putador por Aluno), implementado em 2010
influência relevante para a música popular em seis municípios, esbarrou em problemas
brasileira. de coordenação, capacitação de professores e
d) o samba autêntico, tradicional, tinha muito adequação de infraestrutura.
mais qualidade e autenticidade que a Bossa O programa piloto do MEC forneceu 150 mil
Nova e o samba-canção. laptops de baixo custo a professores e alunos de
e) samba-canção e Bossa Nova representaram cerca de 300 escolas públicas. Às cidades foram
desenvolvimentos autênticos do samba tra- prometidas infraestrutura para acesso à inter-
net e capacitação de gestores e professores.
dicional, cada qual com temática própria e
Uma das conclusões do estudo foi que a in-
estrutura melódica e musical distinta.
fraestrutura de rede foi inadequada. Em cinco
cidades, os avaliadores identificaram que os si-
6. (Unesp) Seguindo as lições do fragmento nais de internet eram fracos e instáveis tanto
apresentado sobre as características temá- nas escolas quanto nas casas e locais públicos.
ticas de cada gênero musical, aponte quais A pesquisa mostra que os professores se mos-
dos quatro seguintes exemplos fazem parte travam entusiasmados no início, mas, um
de letras de sambas-canções. ano depois, 70% relataram não ter contado
I. Não falem dessa mulher perto de mim, com apoio para resolver problemas técnicos
/ Não falem pra não me lembrar minha e 42% disseram usar raramente ou nunca os
dor (Cabelos brancos, de Marino Pinto e laptops em tarefas pedagógicas.
Herivelto Martins.) Em algumas cidades, os equipamentos que
II. Doce é sonhar / E pensar que você / Gos- davam defeito ficaram guardados por falta
ta de mim / Como eu de você (Este seu de técnicos que soubessem consertá-los.
olhar, de A. C. Jobim.) Além disso, um quinto dos docentes ainda
III. Eu não seria essa mulher que chora / Eu não havia recebido capacitação, e as escolas
não teria perdido você (Castigo, de Dolo- não tinham incorporado o programa em seus
res Duran.) projetos pedagógicos.
IV. Ah! se eu pudesse te mostrar as flores Um dos pontos positivos foi que os alunos
/ Que cantam suas cores pra manhã que passaram a ter mais domínio de informática.
nasce (Ah! se eu pudesse, de Roberto Me- O programa foi mais eficiente quando as es-
nescal e Ronaldo Boscoli.) colas que permitiram levar o laptop para casa.
a) I e II. Foram avaliadas Barra dos Coqueiros (SE),
b) I e III. Santa Cecília do Pavão (PR), São João da
c) II e III. Ponta (PA), Terenos (MS) e Tiradentes (MG).
d) I, II e III. Os autores do estudo não deram entrevista.
e) II, III e IV.
8. (Unesp) Os autores do estudo não deram en-
7. (Unesp) A partir do texto apresentado, trevista.
aponte a alternativa que não caracteriza a Considerando que é praxe no jornalismo en-
Bossa Nova. trevistar o autor ou os autores de livros ou
a) Ambientada em Ipanema. artigos comentados, o jornalista, ao fechar a
b) Bem recebida por um público mais jovem. notícia com a frase mencionada, busca dei-
c) Abordagem de temas do cotidiano. xar claro que:
a) os autores foram muito antipáticos ao não
d) A dor como o fato dominante da existência. conceder entrevista.
e) Maior sofisticação harmônica e rítmica. b) a análise feita não tem credibilidade, já que
os autores não falam a respeito.
c) a notícia apresentada resulta exclusivamen-
te da leitura do estudo pelo jornalista.
d) não havia necessidade de os autores se ma-
nifestarem a respeito de seu trabalho.
e) os autores da pesquisa não foram realmente
convidados a dar entrevista.
14
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO sobre os produtos, e o poder passa para o
lado deles. São eles que controlam as regras
O fim do marketing do mercado, não você. Eles escolhem o meio
A empresa vende ao consumidor – com a web e a mensagem. Em vez de receber mensagens
não é mais assim. enviadas por profissionais de relações públi-
Com a internet se tornando onipresente, os cas, eles criam a “opinião pública” online.
Quatro Ps do marketing – produto, praça, Os marqueteiros estão perdendo o controle, e
preço e promoção – não funcionam mais. O
isso é muito bom.
paradigma era simples e unidirecional: as
(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São
empresas vendem aos consumidores. Nós
Paulo, Editora Abril, janeiro 2011, p. 22.)
criamos produtos; fixamos preços; definimos
os locais onde vendê-los; e fazemos anún-
cios. Nós controlamos a mensagem. A inter-
9. (Unesp) São eles que controlam as regras do
net transforma todas essas atividades.
(...) mercado, não você. Eles escolhem o meio e
Os produtos agora são customizados em mas- a mensagem. Em vez de receber mensagens
sa, envolvem serviços e são marcados pelo enviadas por profissionais de relações públi-
conhecimento e os gostos dos consumidores. cas, eles criam a “opinião pública” on-line.
Por meio de comunidades online, os consu- Nesta passagem do penúltimo parágrafo do
midores hoje participam do desenvolvimen-
texto, o autor repete por três vezes o prono-
to do produto. Produtos estão se tornando
experiências. Estão mortas as velhas concep- me eles, para referir-se enfaticamente aos:
ções industriais na definição e marketing de a) proprietários de lojas.
produtos. b) veículos de comunicação.
(...) c) profissionais de relações públicas.
Graças às vendas online e à nova dinâmica do d) consumidores on-line.
mercado, os preços fixados pelo fornecedor e) fabricantes dos produtos.
estão sendo cada vez mais desafiados. Hoje
questionamos até o conceito de “preço”, à
medida que os consumidores ganham acesso
a ferramentas que lhes permitem determi- Gabarito
nar quanto querem pagar. Os consumidores
vão oferecer vários preços por um produto, 1. D 2. B 3. A 4. B 5. E
dependendo de condições específicas. Com-
pradores e vendedores trocam mais informa- 6. B 7. D 8. C 9. D
ções e o preço se torna fluido. Os mercados,
e não as empresas, decidem sobre os preços
de produtos e serviços.
(...)
A empresa moderna compete em dois mun-
dos: um físico (a praça, ou marketplace) e
um mundo digital de informação (o espaço
mercadológico, ou marketspace). As empre-
sas não devem preocupar-se com a criação de
um web site vistoso, mas sim de uma grande
comunidade online e com o capital de rela-
cionamento. Corações, e não olhos, são o que
conta. Dentro de uma década, a maioria dos
produtos será vendida no espaço mercado-
lógico. Uma nova fronteira de comércio é a
marketface – a interface entre o marketpla-
ce e o marketspace.
(...)
Publicidade, promoção, relações públicas
etc. exploram “mensagens” unidirecionais,
de um-para-muitos e de tamanho único,
dirigidas a consumidores sem rosto e sem
poder. As comunidades online perturbam
drasticamente esse modelo. Os consumido-
res com frequência têm acesso a informações
15
LITERATURA
17
3. (Unesp) Em 1924, uma caravana formada Como noturna lâmpada apagou-se?
por Mário de Andrade, Oswald de Andrade, E a centelha da vida, o eletrismo
Tarsila do Amaral e o poeta franco-suíço Que as fibras tremulantes agitava
Blaise Cendrars, entre outros, percorreu as Morreu para animar futuras vidas?
cidades históricas mineiras e acabou entran-
do para os anais do Modernismo. Sorris? eu sou um louco. As utopias,
O movimento deflagrado em 1922 estava se Os sonhos da ciência nada valem.
reconfigurando. A vida é um escárnio sem sentido,
MARQUES, Ivan. “Trem da modernidade”. Revista de História Comédia infame que ensanguenta o lodo.
da Biblioteca Nacional, fevereiro de 2012. Adaptado. Há talvez um segredo que ela esconde;
Mas esse a morte o sabe e o não revela.
Entre as características da “reconfiguração” Os túmulos são mudos como o vácuo.
do Modernismo, citada no texto, podemos Desde a primeira dor sobre um cadáver,
incluir: Quando a primeira mãe entre soluços
a) a politização do movimento, o resgate de Do filho morto os membros apertava
princípios estéticos do parnasianismo e o Ao ofegante seio, o peito humano
indigenismo.
Caiu tremendo interrogando o túmulo...
b) a retomada da tradição simbolista, a defesa
E a terra sepulcral não respondia.
da internacionalização da arte brasileira e a
(Poesias completas, 1962.)
valorização das tradições orais.
c) a incorporação da estética surrealista, o
apoio ao movimento tenentista e a defesa 4. (Unesp) Do segundo ao último verso da pri-
do verso livre. meira estrofe do poema, revelam-se caracte-
d) a defesa do socialismo, a crítica ao barroco rísticas marcantes do Romantismo:
brasileiro e a revalorização do mundo rural. a) conteúdos e desenvolvimentos bucólicos.
e) a maior nacionalização do movimento, o de- b) subjetivismo e imaginação criadora.
clínio da influência futurista e o aumento da c) submissão do discurso poético à musicalida-
preocupação primitivista. de pura.
d) observação e descrição meticulosa da reali-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO dade.
e) concepção determinista e mecanicista da
A(s) questão(ões) a seguir toma(m) por natureza.
base um fragmento de Glória moribunda, do
poeta romântico brasileiro Álvares de Azeve- 5. (Unesp) Baseando-se na leitura do texto de
do (1831-1852).
Álvares de Azevedo, assinale a única alterna-
É uma visão medonha uma caveira?
tiva INCORRETA:
Não tremas de pavor, ergue-a do lodo.
“Junto a meu leito, com as mãos unidas,
Foi a cabeça ardente de um poeta,
Olhos fitos no céu, cabelos soltos,
Outrora à sombra dos cabelos loiros.
Pálida sombra de mulher formosa
Quando o reflexo do viver fogoso
Entre nuvens azuis pranteia orando.
Ali dentro animava o pensamento,
É um retrato talvez. Naquele seio
Esta fronte era bela. Aqui nas faces
Porventura sonhei doiradas noites.
Formosa palidez cobria o rosto;
Talvez sonhando desatei sorrindo
Nessas órbitas – ocas, denegridas! –
Alguma vez nos ombros perfumados
Como era puro seu olhar sombrio!
Esses cabelos negros, e em delíquio
Agora tudo é cinza. Resta apenas Nos lábios dela suspirei tremendo.
A caveira que a alma em si guardava, Foi-se minha visão. E resta agora
Como a concha no mar encerra a pérola, Aquela vaga sombra na parede
Como a caçoula a mirra incandescente. – Fantasma de carvão e pó cerúleo,
Tão vaga, tão extinta e fumarenta
Tu outrora talvez desses-lhe um beijo; Como de um sonho o recordar incerto.”
Por que repugnas levantá-la agora? (AZEVEDO, Álvares de. VI Parte de “Ideias Íntimas”.
In: CÂNDIDO, A. & CASTELLO, J. A. PRESENÇA
Olha-a comigo! Que espaçosa fronte! DA LITERATURA BRASILEIRA, vol. II, São Paulo,
Quanta vida ali dentro fermentava, Difusão Europeia do Livro, 1968, p. 26)
Como a seiva nos ramos do arvoredo!
E a sede em fogo das ideias vivas a) Considerando os aspectos temáticos e for-
Onde está? onde foi? Essa alma errante mais do poema, pode-se vinculá-lo ao se-
Que um dia no viver passou cantando, gundo momento do movimento romântico
Como canta na treva um vagabundo, brasileiro, também conhecido como “geração
Perdeu-se acaso no sombrio vento, do spleen” ou “mal-do-século”.
18
b) A presença da mulher amada torna-se o grandes escritores que se dedicam a essa ta-
ponto central do poema. Isso é claramente refa há milênios? E, de imediato: que melhor
manifestado pelas recordações do eu-lírico, preparação pode haver para todas as profis-
marcado por um passado vivido, que sempre sões baseadas nas relações humanas? Se en-
volta em imagens e sonhos. tendermos assim a literatura e orientarmos
c) O texto reflete um articulado jogo entre o dessa maneira o seu ensino, que ajuda mais
plano do imaginário e o plano real. Um dos preciosa poderia encontrar o futuro estu-
elementos, entre outros, que articula essa dante de direito ou de ciências políticas, o
construção é a alternância dos tempos ver- futuro assistente social ou psicoterapeuta, o
bais presente/passado. historiador ou o sociólogo? Ter como profes-
d) Realidade e fantasia tornam-se a única rea- sores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e
lidade no espaço da poesia lírica romântica, Proust não é tirar proveito de um ensino ex-
gênero privilegiado dentro desse movimento. cepcional? E não se vê que mesmo um futuro
e) Apesar de utilizar decassílado, esse poema médico, para exercer o seu ofício, teria mais
possui o andamento próximo ao da prosa. a aprender com esses mesmos professores do
Esse aspecto formal é importante para in- que com os manuais preparatórios para con-
tensificar certo prosaísmo intimista da poe- curso que hoje determinam o seu destino?
sia romântica. Assim, os estudos literários encontrariam o
seu lugar no coração das humanidades, ao
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES
lado da história dos eventos e das ideias,
A literatura em perigo todas essas disciplinas fazendo progredir o
pensamento e se alimentando tanto de obras
A análise das obras feita na escola não deve- quanto de doutrinas, tanto de ações políticas
ria mais ter por objetivo ilustrar os conceitos quanto de mutações sociais, tanto da vida
recém-introduzidos por este ou aquele lin- dos povos quanto da de seus indivíduos.
guista, este ou aquele teórico da literatura, Se aceitarmos essa finalidade para o ensino
quando, então, os textos são apresentados literário, o qual não serviria mais unicamen-
como uma aplicação da língua e do discur- te à reprodução dos professores de Letras, po-
so; sua tarefa deveria ser a de nos fazer ter demos facilmente chegar a um acordo sobre
acesso ao sentido dessas obras – pois postu- o espírito que o deve conduzir: é necessário
lamos que esse sentido, por sua vez, nos con- incluir as obras no grande diálogo entre os
homens, iniciado desde a noite dos tempos e
duz a um conhecimento do humano, o qual
do qual cada um de nós, por mais ínfimo que
importa a todos. Como já o disse, essa ideia
seja, ainda participa. “É nessa comunicação
não é estranha a uma boa parte do próprio inesgotável, vitoriosa do espaço e do tempo,
mundo do ensino; mas é necessário passar que se afirma o alcance universal da literatu-
das ideias à ação. Num relatório estabeleci- ra”, escrevia Paul Bénichou. A nós, adultos,
do pela Associação dos Professores de Letras, nos cabe transmitir às novas gerações essa
podemos ler: “O estudo de Letras implica o herança frágil, essas palavras que ajudam a
estudo do homem, sua relação consigo mes- viver melhor.
mo e com o mundo, e sua relação com os (Tzvetan Todorov. A literatura em perigo. 2 ed. Trad.
outros.” Mais exatamente, o estudo da obra Caio Meira. Rio de Janeiro: DIFEL, 2009, p. 89-94.)
remete a círculos concêntricos cada vez mais
amplos: o dos outros escritos do mesmo au- 6. (Unesp) Ter como professores Shakespeare
tor, o da literatura nacional, o da literatura e Sófocles, Dostoievski e Proust não é tirar
mundial; mas seu contexto final, o mais im- proveito de um ensino excepcional?
portante de todos, nos é efetivamente dado Esta questão levantada por Todorov, no con-
pela própria existência humana. Todas as texto do terceiro parágrafo, significa:
grandes obras, qualquer que seja sua origem, a) O conhecimento enciclopédico desses auto-
demandam uma reflexão dessa dimensão. res, manifestado em suas obras, equivale a
O que devemos fazer para desdobrar o sen- um verdadeiro curso universitário.
tido de uma obra e revelar o pensamento do b) Por se tratar de autores de nacionalidades
e épocas diferentes, a leitura de suas obras
artista? Todos os “métodos” são bons, desde
traz conhecimentos importantes sobre seus
que continuem a ser meios, em vez de se tor- respectivos países.
narem fins em si mesmos. (...) c) Esses autores escreveram com a intenção
(...) fundamental de passar ensinamentos para
(...) Sendo o objeto da literatura a própria seus contemporâneos e a posteridade.
condição humana, aquele que a lê e a com- d) A leitura das obras desses autores, que fo-
preende se tornará não um especialista em calizam admiravelmente o homem e o hu-
análise literária, mas um conhecedor do ser mano, seria de excepcional utilidade para os
humano. Que melhor introdução à compre- estudantes de relações humanas.
ensão das paixões e dos comportamentos e) A leitura desses autores não acrescenta nada
humanos do que uma imersão na obra, dos de excepcional ao ensino.
19
Raio X todos os estudantes de relações humanas
(“Assim, os estudos literários encontrariam
o seu lugar no coração das humanidades, ao
1. O poema “Noturno”, de João Cabral de Melo lado da história dos eventos e das ideias,
Neto apresenta desarticulação do real, su- todas essas disciplinas fazendo progredir o
gestões oníricas com frases ditadas do pen- pensamento…”).
samento, na ausência de controle exercido
pela razão: “O mar soprava sinos/ os sinos
secavam as flores/ as flores eram cabeças
de santos”. A estilística da repetição, da re-
Gabarito
dundância, o uso de anadiploses (repetição
da última palavra do verso no início do se- 1
. A 2. C 3. E 4. B 5. B 6. D
guinte) e de anáforas (repetição da mesma
palavra no princípio de versos consecutivos)
revelam também a preocupação do poeta na
escolha da palavra exata e concreta, caracte-
rística marcante em toda a sua obra.
2. A referência ao “herói” como um ser entre
humano e mítico que vai em busca de um
bem essencial e ao seu desejo de represen-
tar a “nossa gente” permitem deduzir que
se trata de Macunaíma, o herói sem caráter,
protagonista da obra homônima de Mario de
Andrade.
3. Em 1924 foi iniciado o movimento Pau Bra-
sil, por Oswald de Andrade; percebe-se, a
partir de então, maior preocupação dos ar-
tistas com o próprio Brasil (e a viagem des-
sa caravana às cidades históricas mineiras é
bastante proveitosa nesse sentido) em sua
versão primitivista: valoriza-se a arte popu-
lar em detrimento à vanguardista.
4. Este poema faz parte dos que foram agrega-
dos à primeira publicação da obra em 1853.
As características mais marcantes do Ro-
mantismo presentes nos versos citados são o
subjetivismo e a imaginação criadora na des-
crição feita pelo próprio eu lírico: “cabeça
ardente”, “Esta fronte era bela”, “Aqui nas
faces/Formosa palidez cobria o rosto de um
poeta”, “Como era puro seu olhar sombrio!”.
Assim, é correta a alternativa [B].
5. Embora seja possível notar a presença da
mulher amada em alguns pontos do poema,
ela não é o “ponto central” do poema. Seus
elementos mais marcantes giram em torno
do jogo entre o plano do imaginário e o pla-
no real e a alternância dos tempos verbais.
Além disso, percebe-se que realidade e fan-
tasia tornam-se a única realidade no espaço
dessa poesia lírica romântica. É também um
pema que apesar de trabalhar alguns ele-
mentos formais , como o decassílabo, pos-
sui o andamento próximo ao da prosa, mo-
vimento que intensifica o tom de conversa
intimista da poesia romântica.
6. A pergunta retórica de Todorov é ilustrativa
da tese de que a literatura deve focar a aná-
lise do comportamento do ser humano nas
mais diversas circunstâncias e, assim, tor-
nar-se elemento de suma importância para
20
Prática dos 3. (Unesp) A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana, e vinha,
21
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES b) cada indivíduo já nascerá como um democra-
ta por natureza.
A(s) questão(ões) a seguir toma(m) por c) não haverá diferença de sexo entre as pessoas.
d) os homens se tornarão solidários e dotados
base uma passagem da crônica O pai, hoje
de livre arbítrio.
e amanhã, de Carlos Drummond de Andrade e) a população mundial agirá como se fosse um
(1902-1987). só ser.
A civilização industrial, entidade abstrata,
nem por isso menos poderosa, encomendou 6. (Unesp) De acordo com a crônica, o autor
à ciência aplicada a execução de um projeto acredita que a inseminação artificial apre-
extremamente concreto: a fabricação do ser sentará uma consequência no sistema de va-
humano sem pais. lores familiares:
A ciência aplicada faz o possível para aviar a a) anestesia do sentimento filial.
encomenda a médio prazo. Já venceu a primei- b) negação do poder de Deus.
ra etapa, com a inseminação artificial, que, de c) valorização da figura paterna.
d) divinização da ciência.
um lado, acelera a produtividade dos rebanhos
e) quebra das leis da natureza.
(resultado econômico) e, de outro, anestesia o
sentimento filial (resultado moral). 7. (Unesp) Pai? Mito do passado.
O ser humano concebido por esse processo Esta pergunta e sua resposta, de acordo com
tanto pode considerar-se filho de dois pais o conteúdo da crônica, sintetizam um dos ar-
como de nenhum. Em fase mais evoluída, o gumentos que, aparentemente, fundamenta-
chamado bebê de proveta dispensará a in- ra o projeto:
cubação em ventre materno, desenvolven- a) a autoridade dos filhos sobre os pais foi a
do-se sob condições artificiais plenamente base da civilização.
satisfatórias. Nenhum vínculo de memória, b) a figura paterna é necessária à sociedade.
gratidão, amor, interesse, costume – direi c) a mãe educa melhor o filho para a vida real.
d) a estrutura familiar não foi descrita em mi-
mesmo: de ressentimento ou ódio – o ligará
tos e lendas.
a qualquer pessoa responsável por seu apa- e) a função do pai é hoje ultrapassada e dis-
recimento. O sêmen, anônimo, obtido por pensável.
masturbação profissional e recolhido ao ban-
co especializado, por sua vez cederá lugar ao 8. (Unesp) Com ironia e fingida concordância, o
gerador sintético, extraído de recursos da cronista afirma que o resultado final do pro-
natureza vegetal e mineral. Estará abolida, jeto encomendado à ciência aplicada será:
assim, qualquer participação consciente do a) a prova de que a ciência é mais poderosa que
homem e da mulher no preparo e formação qualquer divindade.
de uma unidade humana. Esta será produzi- b) o monopólio genético, com um só país pro-
da sob critérios políticos e econômicos tecni- duzindo a população.
camente estabelecidos, que excluem a inútil c) a eliminação das diferenças culturais no pla-
e mesmo perturbadora intromissão do casal. neta.
Pai? Mito do passado. d) a exclusão dos pais na geração de bebês.
Aparentemente, tal projeto parece coinci- e) a criação de androides, que substituirão os
dir com a tendência, acentuada nos últimos seres humanos.
anos, de se contestar a figura tradicional do
pai. Eliminando-se a presença incômoda, TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES
ter-se-ia realizado o ideal de inúmeros jo-
vens que se revoltam contra ela – o pai de A(s) questão(ões) a seguir toma(m) por base
família e o pai social, o governo, a lei – e um fragmento da crônica Letra de canção e
aspiram à vida isenta de compromissos com poesia, de Antonio Cicero.
valores do passado. Como escrevo poemas e letras de canções,
Julgo ilusória esta interpretação. O projeto frequentemente perguntam-me se acho que
tecnológico de eliminação do pai vai longe as letras de canções são poemas. A expressão
demais no caminho da quebra de padrões. A “letra de canção” já indica de que modo essa
meu ver, a insubmissão dos filhos aos pais é questão deve ser entendida, pois a palavra
fenômeno que envolve novo conceito de re- “letra” remete à escrita. O que se quer saber
lações, e não ruptura de relações. é se a letra, separada da canção, constitui
(De notícias e não notícias faz-se a crônica, 1975.) um poema escrito.
“Letra de canção é poema?” Essa formulação
5. (Unesp) Com o termo unidade humana, em- é inadequada. Desde que as vanguardas mos-
pregado no penúltimo período do terceiro traram que não se pode determinar a prio-
parágrafo, Drummond sugere que: ri quais são as formas lícitas para a poesia,
a) cada ser humano será como um produto in- qualquer coisa pode ser um poema. Se um
dustrial qualquer. poeta escreve letras soltas na página e diz
22
que é um poema, quem provará o contrário? c) uma letra em nada contribui para a qualida-
Neste ponto, parece-me inevitável introdu- de da canção.
zir um juízo de valor. A verdadeira questão d) uma boa canção é resultado de boa música e
parece ser se uma letra de canção é um bom de boa letra.
poema. Entretanto, mesmo esta última per- e) a música sem a letra se torna descolorida e
gunta ainda não é suficientemente precisa, insossa.
pois pode estar a indagar duas coisas distin-
tas: 1) Se uma letra de canção é necessaria-
mente um bom poema; e 2) Se uma letra de 11. (Unesp) Com o conceito expresso pelo termo
canção é possivelmente um bom poema. autotélico, o cronista considera que:
Quanto à primeira pergunta, é evidente que a) o poema, quando escrito, já tem implícita
deve ter uma resposta negativa. Nenhum po- uma possível canção.
ema é necessariamente um bom poema; ne- b) uma canção é boa ou má segundo o gosto
nhum texto é necessariamente um bom poe- predominante na época.
ma; logo, nenhuma letra é necessariamente c) um poema é um objeto dotado de sua própria
um bom poema. Mas talvez o que se deva finalidade.
perguntar é se uma boa letra é necessaria-
d) tanto letra quanto música são dotadas de sua
mente um bom poema. Ora, também a essa
pergunta a resposta é negativa. Quem já não própria finalidade.
teve a experiência, em relação a uma letra de e) a letra de uma canção pode funcionar sozi-
canção, de se emocionar com ela ao escutá- nha ou com a música.
-la cantada e depois considerá-la insípida,
ao lê-la no papel, sem acompanhamento mu- TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES
sical? Não é difícil entender a razão disso.
Um poema é um objeto autotélico, isto é, ele Uma campanha alegre, IX
tem o seu fim em si próprio. Quando o jul- Há muitos anos que a política em Portugal
gamos bom ou ruim, estamos a considerá-lo apresenta este singular estado:
independentemente do fato de que, além de Doze ou quinze homens, sempre os mesmos,
ser um poema, ele tenha qualquer utilidade. alternadamente possuem o Poder, perdem o
O poema se realiza quando é lido: e ele pode Poder, reconquistam o Poder, trocam o Po-
ser lido em voz baixa, interna, aural. der... O Poder não sai duns certos grupos,
Já uma letra de canção é heterotélica, isto como uma pela* que quatro crianças, aos
é, ela não tem o seu fim em si própria. Para quatro cantos de uma sala, atiram umas às
que a julguemos boa, é necessário e suficien-
outras, pelo ar, num rumor de risos.
te que ela contribua para que a obra lítero-
-musical de que faz parte seja boa. Em ou- Quando quatro ou cinco daqueles homens es-
tras palavras, se uma letra de canção servir tão no Poder, esses homens são, segundo a
para fazer uma boa canção, ela é boa, ainda opinião, e os dizeres de todos os outros que
que seja ilegível. E a letra pode ser ilegível lá não estão – os corruptos, os esbanjadores
porque, para se estruturar, para adquirir de- da Fazenda, a ruína do País!
terminado colorido, para ter os sons ou as Os outros, os que não estão no Poder, são,
palavras certas enfatizadas, ela depende da segundo a sua própria opinião e os seus jor-
melodia, da harmonia, do ritmo, do tom da nais – os verdadeiros liberais, os salvadores
música à qual se encontra associada. da causa pública, os amigos do povo, e os
(Folha de S.Paulo, 16.06.2007.)
interesses do País.
Mas, coisa notável! – os cinco que estão no
9. (Unesp) No primeiro parágrafo de sua crô- Poder fazem tudo o que podem para conti-
nica, Antonio Cicero apresenta como indaga- nuar a ser os esbanjadores da Fazenda e a
ção central: ruína do País, durante o maior tempo possí-
a) A literatura é superior ou inferior à música? vel! E os que não estão no Poder movem-se,
b) Primeiro veio a letra e depois a música, ou conspiram, cansam-se, para deixar de ser o
ao contrário? mais depressa que puderem – os verdadeiros
c) A letra, divorciada da música, é um poema? liberais, e os interesses do País!
d) Numa canção, o que vale mais: partitura ou Até que enfim caem os cinco do Poder, e
execução? os outros, os verdadeiros liberais, entram
e) Poema e música são artes distintas ou cons- triunfantemente na designação herdada de
tituem a mesma arte? esbanjadores da Fazenda e ruína do País; em
tanto que os que caíram do Poder se resig-
10. (Unesp) Sobre a qualidade da canção, o cro- nam, cheios de fel e de tédio – a vir a ser os
nista acredita que verdadeiros liberais e os interesses do País.
a) qualquer poema que se escreva funcionará Ora como todos os ministros são tirados des-
bem com a música. te grupo de doze ou quinze indivíduos, não
b) combinar letra e música é pura questão de há nenhum deles que não tenha sido por
sorte. seu turno esbanjador da Fazenda e ruína do
23
País... 15. (Unesp) Não há nenhum que não tenha sido
Não há nenhum que não tenha sido demi- demitido, ou obrigado a pedir a demissão,
tido, ou obrigado a pedir a demissão, pelas pelas acusações mais graves e pelas votações
acusações mais graves e pelas votações mais mais hostis...
hostis... Com esta frase, o cronista afirma que:
Não há nenhum que não tenha sido julgado a) a atividade política está sempre sujeita a
incapaz de dirigir as coisas públicas – pela acusações descabidas.
Imprensa, pela palavra dos oradores, pelas b) é altamente honroso, em certos casos, demi-
incriminações da opinião, pela afirmativa tir-se para evitar males ao estado.
constitucional do poder moderador... c) a defesa de boas ideias frequentemente leva
à renúncia.
E todavia serão estes doze ou quinze indi-
d) os políticos honestos sofrem acusações e
víduos os que continuarão dirigindo o País,
perseguições dos desonestos.
neste caminho em que ele vai, feliz, abun-
e) todos os políticos se equivalem pelos desvios
dante, rico, forte, coroado de rosas, e num
da ética.
chouto** tão triunfante!
(*) Pela: bola.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES
(**) Chouto: trote miúdo.
(Eça de Queirós. Obras. Porto: Lello & Irmão-Editores, [s.d.].) Elegia na morte de Clodoaldo Pereira da Silva
Moraes, poeta e cidadão
1
2. (Unesp) Considere as frases com relação ao A morte chegou pelo interurbano em longas
que se afirma na crônica de Eça de Queirós: espirais metálicas.
I. Os que estão no poder não querem sair e Era de madrugada. Ouvi a voz de minha mãe,
os que não estão querem entrar. viúva.
II. Quando um partido ético está no poder, De repente não tinha pai.
tudo fica melhor. No escuro de minha casa em Los Angeles
III. Os governantes são bons e éticos, mas procurei recompor
vivem a trocar acusações infundadas. [tua lembrança
Depois de tanta ausência. Fragmentos da in-
IV. Os políticos que estão fora do poder jul-
fância
gam-se os melhores eticamente para go-
Boiaram do mar de minhas lágrimas. Vi-me
vernar.
eu menino
As frases que representam a opinião do cro-
Correndo ao teu encontro. Na ilha noturna
nista estão contidas apenas em: Tinham-se apenas acendido os lampiões a
a) I e II. gás, e a clarineta
b) I e III. De Augusto geralmente procrastinava a tarde.
c) I e IV. Era belo esperar-te, cidadão. O bondinho
d) I, II e III. Rangia nos trilhos a muitas praias de dis-
e) II, III e IV. tância...
Dizíamos: “Ê-vem meu pai!”. Quando a curva
13. (Unesp) Considerando que o último parágra- Se acendia de luzes semoventes*, ah, corrí-
fo do fragmento representa uma ironia do amos
cronista, seu significado contextual é: Corríamos ao teu encontro. A grande coisa
a) Portugal vai muito bem, apesar de seus maus era chegar antes
governantes. Mas ser marraio** em teus braços, sentir por
b) A alternância dos grupos no poder faz bem último
ao país. Os doces espinhos da tua barba.
c) O país experimenta um progresso vertiginoso. Trazias de então uma expressão indizível de
d) O país vai mal em todos os sentidos. fidelidade e
[paciência
e) Portugal não se importa com seus políticos.
Teu rosto tinha os sulcos fundamentais da
doçura
14. (Unesp) ... cheios de fel e de tédio... De quem se deixou ser. Teus ombros possantes
Nesta passagem do sexto parágrafo, o cro- Se curvavam como ao peso da enorme poesia
nista se utiliza figuradamente da palavra fel Que não realizaste. O barbante cortava teus
para significar: dedos
a) rancor. Pesados de mil embrulhos: carne, pão, uten-
sílios
b) eloquência. Para o cotidiano (e frequentemente o binó-
c) esperança. culo
d) medo. Que vivias comprando e com que te deixavas
e) saudade. horas inteiras
24
Mirando o mar). Dize-me, meu pai 1
6. (Unesp) Compare o conteúdo das frases a
Que viste tantos anos através do teu óculo seguir com o que o eu-poemático afirma no
de alcance poema.
Que nunca revelaste a ninguém? I. A notícia da morte do pai chegou por te-
Vencias o percurso entre a amendoeira e a lefone.
casa como o atleta II. O falecimento foi informado pela primo-
[exausto no último lance da maratona.
gênita.
Te grimpávamos. Eras penca de filho. Jamais
Uma palavra dura, um rosnar paterno. En- III. A morte do pai provocou reminiscências
travas a casa da infância.
humilde IV. Apesar de não ter sido um bom pai, o fi-
A um gesto do mar. A noite se fechava lho perdoa e sente saudades.
Sobre o grupo familial como uma grande As frases que correspondem ao que é efeti-
porta espessa. vamente expresso no poema estão contidas
Muitas vezes te vi desejar. Desejavas. Deixa- apenas em:
vas-te olhando a) I e II.
[o mar b) I e III.
Com mirada de argonauta. Teus pequenos c) I e IV.
olhos feios d) I, II e III.
Buscavam ilhas, outras ilhas... – as imacula- e) II, III e IV.
das, inacessíveis
Ilhas do Tesouro. Querias. Querias um dia 17. (Unesp) Marque a alternativa cujo verso con-
aportar tém um pleonasmo, ou seja, uma redundân-
E trazer – depositar aos pés da amada as cia de termos com bom efeito estilístico.
joias fulgurantes a) De repente não tinha pai.
Do teu amor. Sim, foste descobridor, e entre eles b) Rangia nos trilhos a muitas praias de distân-
Dos mais provectos***. Muitas vezes te vi, cia...
comandante c) Se curvavam como ao peso da enorme poesia.
Comandar, batido de ventos, perdido na fos- d) Sobre o grupo familial como uma grande
forência porta espessa.
De vastos e noturnos oceanos e) Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste.
Sem jamais.
Deste-nos pobreza e amor. A mim me deste
18. (Unesp) Partiste um dia / Para um brasil
A suprema pobreza: o dom da poesia, e a ca-
além, garimpeiro sem medo e sem mácula.
pacidade de amar
O emprego da palavra brasil com inicial mi-
Em silêncio. Foste um pobre. Mendigavas núscula, no poema de Vinicius, tem a se-
nosso amor guinte justificativa:
Em silêncio. Foste um no lado esquerdo. Mas a) O eu-poemático se serve da inicial minúscu-
Teu amor inventou. Financiaste uma lancha la para menosprezar o país.
Movida a água: foi reta para o fundo. Partis- b) Empregar um nome próprio com inicial mi-
te um dia núscula era comum entre os modernistas.
Para um brasil além, garimpeiro sem medo c) O eu-poemático emprega “brasil” como me-
e sem mácula. táfora de “paraíso”, onde crê estar a alma de
Doze luas voltaste. Tua primogênita – diz- seu pai.
-se – d) O emprego da inicial maiúscula em nomes de
Não te reconheceu. Trazias grandes barbas e países é facultativo.
pequenas e) Na acepção em que é empregada no texto, a
[águas-marinhas. palavra “brasil” é um substantivo comum.
(Vinicius de Moraes. Antologia poética. 11 ed. Rio de
Janeiro: José Olympio Editora, 1974, p. 180-181.)
19. (Unesp) Quando a curva / Se acendia de lu-
(*) Semovente: “Que ou o que anda ou se zes semoventes [...]
move por si próprio.” Esta imagem significa, nos versos em que
(**) Marraio: “No gude e noutros jogos, pa- surge:
a) o mar ao longe refletia as luzes da cidade.
lavra que dá, a quem primeiro a grita, o di-
b) o bonde se aproximava todo iluminado.
reito de ser o último a jogar.” c) a lua despontava no horizonte, trêmula e
(***) Provecto: “Que conhece muito um as- brilhante.
sunto ou uma ciência, experiente, versado, d) as luzes dos postes se acendiam, ao anoitecer.
mestre.” e) a curvatura do céu todo estrelado aparecia à
(Dicionário Eletrônico Houaiss) noite.
25
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES 2
0. (Unesp) Assinale a alternativa que indica a
ordem em que os versos de dez e de seis síla-
Leia o poema de Tomás Antônio Gonzaga bas se sucedem nas oito estrofes do poema.
(1744-1810). a) 6, 10, 6, 6, 10, 10.
18 b) 10, 6, 10, 10, 6, 6.
Não vês aquele velho respeitável, c) 10, 10, 6, 10, 6, 6.
que à muleta encostado, d) 10, 6, 10, 6, 10, 6.
apenas mal se move e mal se arrasta? e) 6, 10, 6, 10, 6, 6.
Oh! quanto estrago não lhe fez o tempo,
o tempo arrebatado,
que o mesmo bronze gasta! 21. (Unesp) No conteúdo da quinta estrofe do
poema encontramos uma das características
Enrugaram-se as faces e perderam mais marcantes do Arcadismo:
seus olhos a viveza: a) paisagem bucólica.
voltou-se o seu cabelo em branca neve; b) pessimismo irônico.
já lhe treme a cabeça, a mão, o queixo, c) conflito dos elementos naturais.
nem tem uma beleza d) filosofia moral.
das belezas que teve. e) desencanto com o amor.
Assim também serei, minha Marília, 22. (Unesp) A leitura atenta deste poema do li-
daqui a poucos anos, vro Marília de Dirceu revela que o eu lírico:
que o ímpio tempo para todos corre. a) sente total desânimo perante a existência e
Os dentes cairão e os meus cabelos. os sentimentos.
Ah! sentirei os danos, b) aceita com resignação a velhice e a morte
que evita só quem morre. amenizadas pelo amor.
c) está em crise existencial e não acredita na
Mas sempre passarei uma velhice
durabilidade do amor.
muito menos penosa.
d) protesta ao Criador pela precariedade da
Não trarei a muleta carregada,
existência humana.
descansarei o já vergado corpo
e) não aceita de nenhum modo o envelheci-
na tua mão piedosa,
mento e prefere morrer ainda jovem.
na tua mão nevada.
As frias tardes, em que negra nuvem 23. (Unesp) Marque a alternativa em que o ver-
os chuveiros não lance, so apresenta acento tônico na segunda e na
irei contigo ao prado florescente: sexta sílabas:
aqui me buscarás um sítio ameno, a) o tempo arrebatado.
onde os membros descanse, b) das belezas que teve.
e ao brando sol me aquente. c) daqui a poucos anos.
d) e ao brando sol me aquente.
Apenas me sentar, então, movendo e) na mão formosa e pia.
os olhos por aquela
vistosa parte, que ficar fronteira, TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES.
apontando direi: — Ali falamos, As questões a seguir tomam por base uma
ali, ó minha bela, passagem do romance regionalista Vidas se-
te vi a vez primeira. cas, de Graciliano Ramos (1892-1953).
Verterão os meus olhos duas fontes, Contas
nascidas de alegria;
farão teus olhos ternos outro tanto; Fabiano recebia na partilha a quarta parte
dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas como
então darei, Marília, frios beijos
não tinha roça e apenas se limitava a semear
na mão formosa e pia,
na vazante uns punhados de feijão e milho,
que me limpar o pranto. comia da feira, desfazia-se dos animais, não
Assim irá, Marília, docemente chegava a ferrar um bezerro ou assinar a
orelha de um cabrito.
meu corpo suportando
Se pudesse economizar durante alguns me-
do tempo desumano a dura guerra.
ses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Toli-
Contente morrerei, por ser Marília ce, quem é do chão não se trepa. Consumidos
quem, sentida, chorando os legumes, roídas as espigas de milho, re-
meus baços olhos cerra. corria à gaveta do amo, cedia por preço baixo
(Tomás Antônio Gonzaga. Marília de Dirceu e mais o produto das sortes.
poesias. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1982.)
26
Resmungava, rezingava, numa aflição, ten- mudada. Há outros que poderiam ser utiliza-
tando espichar os recursos minguados, en- dos para retratar essa atitude de desânimo
gasgava-se, engolia em seco. Transigindo ante algo que parece irreversível.
com outro, não seria roubado tão descarada- Na relação de provérbios abaixo, aponte
mente. Mas receava ser expulso da fazenda. aquele que não poderia substituir o empre-
E rendia-se. Aceitava o cobre e ouvia conse- gado por Fabiano, em virtude de não cor-
lhos. Era bom pensar no futuro, criar juízo. responder àquilo que a personagem queria
Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoço significar.
inchando. De repende estourava: a) Quem nasce na lama morre na bicharia.
– Conversa. Dinheiro anda num cavalo e nin- b) Quem semeia ventos colhe tempestades.
guém pode viver sem comer. Quem é do chão
c) Quem nasceu pra tostão não chega a milhão.
não se trepa.
d) Quem nasceu pra ser tatu morre cavando.
Pouco a pouco o ferro do proprietário quei-
e) Os paus, uns nasceram para santos, outros
mava os bichos de Fabiano. E quando não
tinha mais nada para vender, o sertanejo para tamancos.
endividava-se. Ao chegar a partilha, estava
encalacrado, e na hora das contas davam-lhe 25. (Unesp) Lendo atentamente o fragmento de
uma ninharia. Vidas secas, percebe-se que o foco principal
Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano é o das transações entre Fabiano e o proprie-
ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou tário da fazenda. Aponte a alternativa que
a transação meio apalavrada e foi consultar não corresponde ao que é efetivamente ex-
a mulher. Sinha Vitória mandou os meni- posto pelo texto.
nos para o barreiro, sentou-se na cozinha, a) O proprietário era, na verdade, um benfeitor
concentrou-se, distribuiu no chão sementes para Fabiano.
de várias espécies, realizou somas e dimi- b) Fabiano declarava-se “um bruto” ao proprietário.
nuições. No dia seguinte Fabiano voltou à c) O proprietário levava sempre vantagem na
cidade, mas ao fechar o negócio notou que partilha do gado.
as operações de Sinha Vitória, como de cos- d) Fabiano sabia que era enganado nas contas,
tume, diferiam das do patrão. Reclamou e mas não conseguia provar.
obteve a explicação habitual: a diferença era e) Fabiano aceitava a situação e se resignava,
proveniente de juros. por medo de ficar sem trabalho.
Não se conformou: devia haver engano. Ele
era bruto, sim senhor, via-se perfeitamen-
te que era bruto, mas a mulher tinha miolo. 26. (Unesp) Identifique, entre os quatro exem-
Com certeza havia um erro no papel do bran- plos extraídos do texto, aqueles que se apre-
co. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu sentam em discurso indireto livre:
os estribos. Passar a vida inteira assim no I. Fabiano recebia na partilha a quarta par-
toco, entregando o que era dele de mão bei- te dos bezerros e a terça dos cabritos.
jada! Estava direito aquilo? Trabalhar como II. – Conversa. Dinheiro anda num cavalo e
negro e nunca arranjar carta de alforria! ninguém pode viver sem comer.
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, III. Estava direito aquilo? Trabalhar como ne-
achou bom que, o vaqueiro fosse procurar gro e nunca arranjar carta de alforria!
serviço noutra fazenda. IV. Não era preciso barulho não.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. a) I e II.
Bem, bem. b) II e III.
Não era preciso barulho não. Se havia dito c) III e IV.
palavra à toa, pedia desculpa. Era bruto, d) I, II e III.
não fora ensinado. Atrevimento não tinha, e) II, III e IV.
conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia lá puxar
questão com gente rica? Bruto, sim senhor,
mas sabia respeitar os homens. Devia ser
ignorância da mulher, provavelmente devia
Gabarito
ser ignorância da mulher. Até estranhara as
contas dela. Enfim, como não sabia ler (um 1. C 2. A 3. A 4. B 5. A
bruto, sim senhor), acreditara na sua velha.
Mas pedia desculpa e jurava não cair noutra. 6. A 7. E 8. D 9. C 10. D
(Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: 11. C 12. C 13. D 14. A 15. E
Livraria Martins Editora, 1974.)
16. B 17. E 18. E 19. B 20. B
2
4. (Unesp) Quem é do chão não se trepa.
21. A 22. B 23. A 24. B 25. A
Fabiano emprega duas vezes este provérbio
para retratar com certo determinismo sua 26. C
situação, que ele considera impossível de ser
27
INGLÊS
29
pests than conventional wheat. The results TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
come from two years of trials that compared
aphid attacks on standard wheat plants with Examine o quadrinho para responder à questão.
those suffered by a GM version modified to
release a natural aphid repellent.
Scientists created the GM wheat strain in
the hope that it would deter aphids, which
devour the crops and can leave them with
infections. They modified the wheat to pro-
duce a natural pheromone which aphids re-
lease when under attack from predators. The
“aphid alarm” makes the bugs flee to safety.
Aphids are not the only organisms that rele-
ase the odour though. More than 400 plants
have evolved to secrete the same substan-
ce, called E-betafarnesene, or EBF, including
peppermint. The chemical doubles up as an
attractant for some insects that kill aphids,
such as parasitic wasps.
Prior to the field trial, lab tests at Rotha-
msted found that the pheromone worked
as a highly-effective aphid repellent. The
work bolstered researchers’ hopes that the
trial would demonstrate the crop’s resilience
against aphids in the wild. An aphid-resis- 5. (Unesp) No contexto do quadrinho, o termo
tant wheat crop could have huge benefits for “can” indica uma ideia de:
farmers and the environment because the a) habilidade.
plants would no longer need to be sprayed b) conhecimento.
with insecticides. c) pedido.
“The disappointing thing is that when we
d) obrigação.
tested it in the field, we didn’t find any sig-
nificant reduction in aphid settlement in e) certeza.
the test plots,” said Toby Bruce, who worked
on the trial. Details of the trial are publi-
shed in the journal Scientific Reports. Raio X
(www.theguardian.com. Adaptado.)
1.
O texto pode ser entendido como “A enge-
nharia genética não é incrível? Dois anos
3. (Unesp) O objetivo do experimento com tri- atrás quem teria imaginado uma coisa como
go geneticamente modificado foi o Turkipede (peru com várias patas)?
a) reproduzir em laboratório as condições aná- Os modais should e ought to podem ser con-
2.
logas às encontradas em campo. siderados como sinônimos nesse caso, pois
b) corrigir, em condições naturais, as falhas en- transmitem a ideia de sugestão, conselho. A
contradas em testes de laboratório. frase em destaque pode ser entendida como
c) fazer com que o trigo GM evitasse a infesta- “todos os alimentos modificados genetica-
ção por afídeos. mente deveriam ser analisados antes de se-
d) comparar o desempenho de plantações de rem permitidos no mercado”.
trigo GM ao de plantações borrifadas com O texto coloca: “A major field trial of GM
3.
inseticidas. wheat that is designed to repel aphids (small
e) criar um repelente de insetos que poderia insects) has found the crop is no better pro-
ser usado em outras plantações. tected against the pests than conventional
wheat” (Um grande experimento com trigo
4. (Unesp) The field tests with the GM wheat geneticamente modificado que é criado para
proved ineffective because afastar afídeos – pequenos insetos – desco-
a) the crop was environmentally unsafe. briu que o produto não possui maior proteção
b) the wheat was infected by EBF. contra pestes do que o trigo convencional).
c) they did not display the expected outcome. 4.
Os experimentos com o trigo geneticamente
d) insecticides could be replaced by pheromones. modificado provaram ser ineficientes porque
e) the EBF pheromone acted as an actual aphid “eles não exibiram o resultado esperado”.
repellent. O texto coloca: “The disappointing thing is
that when we tested it in the field, we didn’t
find any significant reduction in aphid
settlement in the test plots” (O aspecto
30
decepcionante é que quando nós o testamos
[o trigo geneticamente modificado], nós não
achamos nenhuma redução significativa na
disposição dos afídeos nas áreas testadas).
O modal verb can está sendo usado com a ideia
5.
de pedido. A criança fala para sua mãe: “Ao
invés de ler um livro, podemos ler tweets?”.
Gabarito
1
. C 2. D 3. C 4. C 5. C
31
Prática dos education and it seems the timing might
be just right as more and more parents are
32
The type of inequality that currently cha- 5. (Unesp) No contexto do último parágrafo, o
racterizes the world’s economies is unlike sentido do termo “windfalls” em “Investors
anything seen in recent years, the report with interests in finance, insurance and he-
explained. “Between 2002 and 2010 the to- alth saw the biggest windfalls” equivale, em
tal wealth of the poorest half of the world português, a:
in current U.S. dollars had been increasing a) avaliações.
more or less at the same rate as that of b) turbulências econômicas.
billionaires,” it said. “However since 2010, c) flutuações cambiais.
it has been decreasing over that time.” d) depreciações.
Winnie Byanyima, the charity’s executive di- e) ganhos rápidos.
rector, noted in a statement that more than
a billion people lived on less thana day. “Do 6. (Unesp) Examine a tira.
we really want to live in a world where the 1
percent own more than the rest of us combi-
ned?” Ms. Byanyima said. “The scale of glo-
bal inequality is quite simply staggering.”
Investors with interests in finance, insurance
and health saw the biggest windfalls, Oxfam
said. Using data from Forbes magazine’s list
of billionaires, it said those listed as having No segundo quadrinho da tira, a expressão
interests in the pharmaceutical and health that sort of thing refere-se a:
care industries saw their net worth jump by a) working great.
47 percent. The charity credited those indi- b) styrofoam cups.
viduals’ rapidly growing fortunes in part to c) paper cups.
multimillion-dollar lobbying campaigns to d) the sort of company.
protect and enhance their interests. e) help the planet.
(www.nytimes.com. Adaptado.)
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES
2. (Unesp) No trecho do terceiro parágrafo How can consumers find out if a corporation
“However since 2010, it has been decreasing is “greenwashing” environmentally unsavory
over that time.”, o termo “however” pode ser practices?
substituído, sem alteração de sentido, por:
a) meanwhile.
b) like.
c) then.
d) but.
e) so.
33
and those that are using a green curtain to 8. (Unesp) O trecho do último parágrafo – Look
conceal dark motives.” beyond advertising claims, read ingredient
Greenpeace launched its Stop Greenwash lists or ask employees about the real infor-
campaign in 2009 to call out bad actors and mation on their company’s environmental
help consumers make better choices. The commitment. Also, look for labels that show
most common greenwashing strategy, the if a given offering has been inspected by a
group says, is when a company touts an en- reliable third-party. – apresenta:
vironmental program or product while its a) recomendações para o consumidor não ser
core business is inherently polluting or un- enganado em relação a produtos e empresas
sustainable. supostamente “verdes”.
Another involves what Greenpeace calls “ad b) exigências que devem ser feitas às empresas
bluster”: using targeted advertising or pu- pelos consumidores conscientes da necessi-
blic relations to exaggerate a green achie- dade de preservar o ambiente.
vement so as to divert attention from actual c) assuntos que devem ser discutidos tanto por
environmental problems – or spending more empresas como por consumidores em geral.
money bragging about green behavior than d) encaminhamentos a serem feitos ao Depar-
on actual deeds. In some cases, companies tamento de Agricultura dos Estados Unidos.
may boast about corporate green commit- e) comportamentos a serem adotados por uma
ments while lobbying behind the scenes pessoa adepta do “greenwashing”.
against environmental laws.
Greenpeace also urges vigilance about gre- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
en claims that brag about something the law Urban Development –
already requires: “For example, if an indus- Solid Waste Management
try or company has been forced to change a
product, clean up its pollution or protect an
endangered species, then uses Public Rela-
tions campaigns to make such action look
proactive or voluntary.”
For consumers, the best way to avoid get-
ting “greenwashed” is to be educated about
who is truly green and who is just trying to
look that way to make more money. Look
beyond advertising claims, read ingredient
lists or ask employees about the real infor-
mation on their company’s environmental
commitment. Also, look for labels that show
if a given offering has been inspected by a Ask a mayor of a developing country city
reliable third-party. For example, the U.S. about his or her most pressing problems,
Department of Agriculture’s Certified Orga- and solid waste management generally will
nic label can only go on products that meet be high on the list. For many cities, solid
the federal government’s organic standard. waste management is their single largest
Just because a label says “made with organic budget item and largest employer.
ingredients” or “all-natural” does not mean It is also a critical matter of public health,
the product qualifies as Certified Organic, so environmental quality, quality of life, and
be sure to look beyond the hype. economic development. A city that cannot
(www.scientificamerican.com. Adaptado.) effectively manage its waste is rarely able to
manage more complex services such as heal-
7. (Unesp) Segundo o texto, uma das estra- th, education or transportation. And no one
tégias usadas pelas empresas para praticar wants to live in a city surrounded by garbage.
greenwashing é: As the world urbanizes, the situation is be-
a) o uso de atores de televisão e de pessoas coming more acute. More people mean more
famosas para promover seus produtos. garbage, especially in fastgrowing cities
b) a alegação de que seus produtos são saudá- where the bulk of waste is generated. We es-
veis e fazem a diferença. timate that cities currently generate roughly
c) a redução das atividades poluidoras com in- 1.3 billion tonnes of solid waste per year;
vestimentos em energia de fontes renováveis. with current urbanization trends, this figure
d) a divulgação de que estão contribuindo para will grow to 2.2 billion tonnes per year by
o meio ambiente ao apenas cumprir a lei. 2025 – an increase of 70 percent.
e) a utilização da cor verde nas embalagens de Managing waste will also become more ex-
seus produtos para simbolizar a natureza. pensive. Expenditures that today total $205
34
billion will grow to $375 billion. The cost
impacts will be most severe in low income
countries already struggling to meet basic
social and infrastructure needs, particularly
for their poorest residents.
Because it is such a major issue, waste mana-
gement also represents a great opportunity
for cities. Managed well, solid waste mana-
gement practices can reduce greenhouse gas
emission levels in a city, including short-
-lived climate pollutants that are far more
potent than carbon dioxide. A city’s ability
to keep solid waste out of drainage ditches
can also influence whether a neighborhood
floods after a heavy storm.
(www.worldbank.org. Adaptado.)
Gabarito
1. C 2. D 3. E 4. A 5. E
6. E 7. D 8. A 9. C
35
REDAÇÃO
Proposta 1
Acervo
Teoria do Amor
Na literatura ocidental, a partir do século XII o discurso do amor se associa à dor, ao sofrimento e à promessa de
felicidade. Apesar de nunca se ter descoberto o que ele seria, as histórias de amor, ou terminavam com a morte
dos amantes, ou com o famoso “foram felizes para sempre”. O êxito heroico ou o fim trágico dessas narrativas
não só comovia o leitor, incentivando o devaneio, mas também contribuía para a ratificação do mito do amor. A
plenitude é inatingível, porque o amor é proibido.
Eis a estratégia do mito do amor: a conversão do impossível em interdição a fim de que seja mantida a
promessa de felicidade.
Na poesia, há demonstrações sobre a curiosidade humana entorno dos mistérios do amor. Em “O guardador
de rebanhos”, Fernando Pessoa versava: “Porque quem ama nunca sabe o que ama/ Nem sabe por que ama, nem o
que é amar...”. Entretanto, nada instiga mais a busca pela verdade que o amor. Jaques Lacan, referindo-se à relação
intrínseca entre amor e verdade, afirma que ambos têm uma estrutura de ficção e, como tais, são artifícios com
a função de criar uma tela protetora diante dos enigmas sem decifração. A impossibilidade de saber tudo nos
instiga o desejo de saber cada vez mais sobre esse afeto.
Ama-se para aceitar as meias-verdades, ou para encontrar toda a verdade. Tudo depende da posição subje-
tiva em relação à castração. Castração, como um conceito psicanalítico, não deve ser confundido com o sentido
corrente: cortar ou destruir os órgãos genitais, capar; impedir, anular ou restringir a eficiência do outro, reprimir.
Todos esses significados são opostos ao conceito de castração em psicanálise. O processo de humanização do
ser falante se caracteriza pela inscrição no mundo dos símbolos, que só existe porque há a linguagem. “Pro-
cesso de humanização”se torna então sinônimo de constituição de uma estrutura psíquica, que é formada
pelo simbólico (universo da palavra e da lei), pelo imaginário (campo do sentido e da imagem corporal) e pelo
real (registro do impossível). Castração, então, deve ser entendida como inserção do real como representante do
impossível nessa estrutura psíquica.
Diante desses enigmas da existência, com o real, a castração, o amor se articula com o desejo. Desejar im-
plica, num primeiro momento, o reconhecimento do desejo e, num segundo momento, o relançamento do que não
se realizou em novas aspirações. Mas se o amado for apreendido como se fosse a outra metade, isto é, como se
fosse o objeto do desejo, espera-se do amor um verdadeiro milagre: a junção de dois seres em um. Diante dessa
expectativa, só resta ao amante se consumir na falta desse milagre.
37
Amor e desejo
Amar coloca em cena dois lugares: sujeito (amante) e objeto (amado). Aquele sobre o qual se abate a experiência
de que alguma coisa falta, mesmo não sabendo o que é, ocupa o lugar de amante. Aquele que, mesmo não saben-
do o que tem, sabe que tem alguma coisa que o torna especial, ocupa o lugar de amado. O paradoxo do amor
reside no fato de que o que falta ao amante é precisamente o que o amado também não tem. Para
ambos falta o objeto do desejo.
Os mitos que envolvem o amor são, então, influenciados por esse impossível milagre de unidade: o amor é
a procura do todo, e amar é sinônimo de se unir e se confundir com o ser amado. Não há objeto de desejo, mas
há uma infinidade de objetos que causam desejo. Como nenhum deles é aquele que, se existisse, conduziria à feli-
cidade, em que absolutamente nada faltaria, o destino do homem é ser desejante e amar na lógica do não todo. A
psicanálise nos ensina que o amor não elimina nem a falta, nem o desconforto do homem no mundo, porque esses
elementos fazem parte da constituição do aparelho psíquico, da subjetividade.
Amar coloca em cena o desejo relacionado à falta e não ao sexo. Nesse sentido, amor e desejo sexual são
diferentes, o que não significa que sejam excludentes. Nada impede que um objeto seja amado e cobiçado sexu-
almente. Quando se ama, o que está em jogo é a suposição de um ser no outro; quando se deseja sexualmente, o
que entra em cena é o outro capturado como objeto. O desejo, ao contrário do amor, faz parte da estrutura
subjetiva. Em função da marca fundamental dessa estrutura, que é uma falta radical, o homem inventou o amor
e seus mitos. É a entrada na ordem simbólica que inaugura o desejo, diferenciando a espécie humana dos outros
seres vivos.
Fernando Pessoa também escreveu: “Não quero rosas, desde que haja rosas./ Quero-as só quando não as
possa haver./ Que hei-de fazer das coisas / Que qualquer mão pode colher?”. Com essa ideia, percebe-se que o
desejo se apresenta sempre indestrutível e invariável. É nesse sentido que Lacan afirma que o desejo é sempre
o mesmo, que está sempre se deslocando de um objeto para outro. Aqui, entra em cena a invenção do
amor com a finalidade de suprir a falta.
Amor e gozo
O lugar do gozo é o corpo. Nele estão as zonas erógenas, onde se instalam as pulsões sexuais. O gozo se liga a
determinados objetos que se relacionam diretamente com essas regiões. Um corpo não goza por inteiro e também
não goza do corpo do outro. O que há é gozo parcial. Entre uma parte do corpo que goza e outra que falta gozar se
interpõe a palavra: fala-se do gozo e dessa fala nasce a suposição de um mais gozar. Então fala-se de amor, sofre-
-se por amor, retirando-se gozo dessa fala e desse sofrimento. Ama-se para desejar ou para gozar com o sofrimento.
Justamente por isso, os estudos psicanalíticos se referem ao masoquismo moral do amor-paixão, tão em voga nas
literaturas romântica e realista do século XIX.
FERREIRA, Nádia. Teoria do Amor. Rio de Janeiro, Jorge Zahar editora, 2004.
38
Todo o amor que houver nessa vida Cazuza/Frejat
Eu quero a sorte de um amor tranquilo Ser teu pão, ser tua comida
Com sabor de fruta mordida Todo amor que houver nessa vida
Nós na batida, no embalo da rede E algum veneno antimonotonia
Matando a sede na saliva E se eu achar a tua fonte escondida
Ser teu pão, ser tua comida Te alcanço em cheio, o mel e a ferida
Todo amor que houver nessa vida E o corpo inteiro como um furacão
E algum trocado pra dar garantia Boca, nuca, mão e a tua mente não
E ser artista no nosso convívio Ser teu pão, ser tua comida
Pelo inferno e céu de todo dia Todo amor que houver nessa vida
Pra poesia que a gente não vive E algum remédio que me dê alegria
Transformar o tédio em melodia
O amor. Um dia ele chega para todo mundo, acredite você leitor (leitora), ou não. Na contemporaneidade, o so-
ciólogo polonês Zygmunt Bauman, em seu livro “O Amor Líquido”, transforma a célebre frase marxista – “tudo
que é sólido se desmancha no ar” – em ponto de partida para debater a fragilidade dos laços humanos e lançar o
conceito de “líquido mundo moderno”.
Em síntese, o autor traz uma reflexão crítica de como esse mundo “fluido”, uma das principais característi-
cas dos compostos líquidos, fragilizou os relacionamentos humanos. O sociólogo observa que o amor tornou-se, na
sociedade moderna, como um passeio no shopping center – ícone do capitalismo – e como tal deve ser consumido
instantaneamente e usado uma só vez, sem preconceito. É o que considera a sociedade consumista do amor.
Pois bem, é nesta linha fluida, sem preconceito e destarte liberal, com frases como “Ter parceiro único pode
se tornar coisa do passado” e “Variar é bom, todo mundo gosta”, que a psicanalista e escritora Regina Navarro
Lins, crítica do que considera “amor romântico”, lança os dois volumes do “O Livro do Amor”.
“O Livro do Amor” é um estudo que começa desde a pré-história, seguindo por todos os períodos da huma-
nidade, até chegar à atualidade. “Descobri coisas muito interessantes, como que o amor é uma construção social,
e que em cada época ele se apresenta de uma forma”, avalia.
No século XX, o livro é dividido em três partes. Para a psicanalista, o que mudou o amor na contemporanei-
dade foram duas invenções: o automóvel e o telefone. “Pela primeira vez na história, as pessoas puderam marcar
encontro pelo telefone, mesmo com os moralistas defendendo que era uma indecência a voz do homem entrar pelo
ouvido da mulher”, lembrou.
Regina Navarro Lins acredita que muito dos nossos comportamentos atuais têm origem em períodos histó-
ricos passados, como o “amor romântico”, surgido lá… no século XII. “Eu aponto também as tendências de como
o amor está se transformando. A repressão diminuiu, ainda bem. O sexo é da natureza, é desejável, mas a nossa
cultura judaico-cristã sempre viu o sexo com maus olhos. Nos últimos dois mil anos, foi visto como algo abominável,
a repressão sexual foi horrorosa”, apontou.
Sobre o tão alardeado amor romântico, Lins inicia sua crítica observando o caráter subumano que foi atri-
buído à mulher ao longo dos anos. “A mulher foi considerada incompetente e burra. O cavalheirismo é uma ideia
39
péssima para as mulheres. Gentileza é outra coisa. O cavalheirismo implica sempre em o homem tratar a mulher
como se ela fosse incompetente. Não tem sentido, se observarmos como a mulher foi considerada no passado, até
hoje pessoas defenderem a ideia de que a mulher não pode puxar uma cadeira”, comparou a psicanalista.
Regina Navarro defende também que o amor romântico é baseado na idealização do outro, a invenção de
uma pessoa, atribuindo a ela características que não tem. “Depois passa a vida ‘azucrinando’ o outro para mudar
o jeito de ser, para se enquadrar naquilo que se imaginou.
Esse tipo de amor prega coisas mentirosas, como de que não existe desejo por mais ninguém, de que os
amados vão se completar e nada mais vai faltar, que um terá todas as suas necessidades completadas pelo outro.
É um amor prejudicial, o que critico é o que ele propõe. As pessoas só vão viver bem em um relacionamento, se
houver a liberdade de ir e vir”, observou.
(Disponível em: <http://www.bomdiafeira.com.br/noticias/palco-cultural/9534/O+amor+rom%C3%A2ntico+prega+coisas+mentirosa
s,+diz+psicanalista>. Acesso em: 22 maio 2013. Adaptado).
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregan-
do a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
40
Proposta 2
Texto 1
Texto 2
Texto 3
Para os fins desta Lei, define-se família como o núcleo social formado a partir da união entre um homem e uma
mulher, por meio de casamento ou união estável, ou ainda por comunidade formada por qualquer dos pais e seus
descendentes.
(Anderson Ferreira [deputado federal pelo PR]. “Projeto de Lei nº6583/2013”. www.camara.gov.br, 16.10.2015. Adaptado.)
Texto 4
O Estatuto da Família veio num momento bastante oportuno. Nunca a principal instituição da sociedade e o matri-
mônio foram tão atacados como nos dias atuais. Basta ver crianças e adolescentes sendo aliciados para o mundo
do crime e das drogas, a violência doméstica, a gravidez na adolescência, os programas televisivos cada vez mais
imorais e violentos, sem falar na visível deturpação do conceito de matrimônio e na banalização dos valores fami-
liares conquistados há décadas. Tudo isso repercute negativamente na dinâmica psicossocial do indivíduo.
O Estatuto da Família não deveria causar tanto alvoroço no que se refere ao conceito de família. A definição
não é minha e de nenhum parlamentar. É a Carta Constitucional que, assim, restringe sua composição. Não tem
nada a ver com preconceito ou discriminação.
(Sóstenes Cavalvante [deputado federal pelo PSD] “Estatuto da Família é base para sociedade mais justa, fraterna e desenvolvida”.
http://congressoemfoco.uol.com.br, 08.10.2015. Adaptado.)
41
Texto 5
A ONU no Brasil disse estar acompanhando “com preocupação” a tramitação, no Congresso Nacional, na Propo-
sição Legislativa que institui o Estatuto da Família, especialmente quanto ao conceito de família e “seus impactos
para o exercícios dos direitos humanos”.
Citando tratados internacionais, a ONU afirmou ser importante assegurar que outros arranjos familiares,
além do formato por casal heteroafetivo, também sejam, igualmente protegidos como parte dos esforços para eli-
minar a discriminação: “Negar a existência destas composições familiares diversas, para além de violar os tratados
internacionais, representa uma involução legislativa”.
(“Brasil: ONU está preocupada com projeto de lei que define conceito de família”. http://nacoesunidas.org. 27.10.2015)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregan-
do a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
42
Proposta 3
Texto 1
Uma rápida visita aos livros de história nos mostra como é tênue a linha que separa a genialidade da loucura. Seja
a visão heliocêntrica do mundo de Copérnico ou a teoria da evolução de Darwin, muitos lampejos geniais foram a
princípio recriminados como produto de um cérebro doentio. Hoje, porém, ninguém mais duvida da saúde psíquica
de tais personalidades.
Mas não são poucos os psicólogos que sustentam que portadores de doenças psíquicas com frequência
trabalham em áreas criativas apenas porque a atividade artística os ajuda a proteger a própria mente da destruição.
“A literatura me pegou pela mão e me salvou da loucura”, ponderava a poeta americana Anne Sexton (1928-
1974), que, em virtude de uma grave psicose, vivia sendo internada em clínicas psiquiátricas.
http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/sobre_genios_e_loucos.html
Texto 2
As doenças e remédios que não curam
O jornalista Robert Withaker, do The Boston Globe, levantou dados alarmantes sobre a indústria farmacêutica das
doenças mentais e sua incapacidade de curar. “Em 1955, havia 355.000 pessoas em hospitais com um diagnóstico
psiquiátrico nos Estados Unidos; em 1987, 1,25 milhão de pessoas no país recebia aposentadoria por invalidez por
causa de alguma doença mental; em 2007, eram 4 milhões. No ano passado, 5 milhões.
Para ele, associações médicas e a indústria estão criando pacientes e mercado para seus remédios. “Se
olharmos do ponto de vista comercial, o êxito desse setor é extraordinário. Temos pílulas para a felicidade, para
a ansiedade, para que seu filho vá melhor na escola. O transtorno por déficit de atenção e hiperatividade é uma
fantasia. É algo que não existia antes dos anos noventa”, diz.
Mas essa não é uma crítica simplificada ou econômica, mas bem mais fundamentada durante mais de duas
décadas. “O que estamos fazendo de errado?”, questionam os estudos de Whitaker que também levantou infor-
mações de que pacientes de esquizofrenia evoluem melhor em países em que são menos medicados. Outro dado
importante foi o estudo da Escola de Medicina de Harvard, que em 1994, mostrou que a evolução de pacientes
com esquizofrenia, que foram medicados, piorou em relação aos anos 70, quando a medicação não era dominante.
http://cartacampinas.com.br/2016/07/x-estudo-diz-que-industria-e-psiquiatria-criaram-doencas-e-remedios-que-nao-curam/
Texto 3
“Não se curem além da conta. Gente curada demais é gente chata. Todo mundo tem um pouco de loucura. Vou
lhes fazer um pedido: vivam a imaginação, pois ela é a nossa realidade mais profunda. Felizmente, eu nunca convivi
com pessoas ajuizadas”.
Nise da Silveira
43
Texto 4
De acordo com os textos apresentados e com seu conhecimento de mundo, escreva uma dissertação em prosa
sobre o tema:
44
QUESTÕES OBJETIVAS - história
Ciências Humanas e suas tecnologias
R.P.A. Unesp
Revisão Programada Anual
UNESP – História do Brasil
Sistema Colonial 25%
Segundo Reinado 15%
República Oligárquica 13%
República Militar (64-85), 12%
República Liberal (46-64), 10%
Período Pré-Colonial 6%
Período Regencial 6%
Era Vargas 4%
Crise do Sistema Colonial 4%
República da Espada 4%
Outros 2%
47
4. (Unesp) Eis dois homens à frente: um, que d) geraram um Estado monárquico em que o
quer servir; o outro, que aceita, ou deseja, poder real devia se submeter aos limites
ser chefe. O primeiro une as mãos e, assim estabelecidos pela legislação e respeitar as
juntas, coloca-as nas mãos do segundo: cla- decisões tomadas pelo Parlamento.
ro símbolo de submissão, cujo sentido, por e) precederam as revoluções sociais que, nos
vezes, era ainda acentuado pela genuflexão.
dois séculos seguintes, abalaram França,
Ao mesmo tempo, a personagem que oferece
as mãos pronuncia algumas palavras, muito Portugal e as colônias na América, provo-
breves, pelas quais se reconhece “o homem” cando a ascensão política do proletariado
de quem está na sua frente. Depois, chefe industrial.
e subordinado beijam-se na boca: símbolo
de acordo e de amizade. Eram estes – muito 6. (Unesp) A divisão capitalista do trabalho –
simples e, por isso mesmo, eminentemente caracterizada pelo célebre exemplo da ma-
adequados para impressionar espíritos tão nufatura de alfinetes, analisada por Adam
sensíveis às coisas – os gestos que serviam Smith – foi adotada não pela sua superio-
para estabelecer um dos vínculos mais fortes
ridade tecnológica, mas porque garantia ao
que a época feudal conheceu.
empresário um papel essencial no processo
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)
de produção: o de coordenador que, combi-
nando os esforços separados dos seus operá-
rios, obtém um produto mercante.
(Stephen Marglin. In: André Gorz (org.).
Crítica da divisão do trabalho, 1980.)
48
civil ganhou destaque e projeção no fim da
República e no Império Romano. Somente a Prática dos
proposição [B] está correta. As demais al-
ternativas cometem equívocos considerando conhecimentos - E.O.
que não foram apenas obras de cunho reli-
gioso que foram financiadas com recursos TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES
públicos. Havia uma rede de comunicação
A partir do século VII a.C., muitas comuni-
para facilitar a cobrança de impostos.
dades nas ilhas, na Grécia continental, nas
3.
O texto de Jacques Le Goff afirma que as Cru- costas da Turquia e na Itália construíram
zadas contribuíram para reforçar a unidade grandes templos destinados a deuses espe-
cristã ocidental bem como a autoridade do cíficos: os deuses de cada cidade.
papa. Tal ideia se confirma através da famosa As construções de templos foram verdadei-
“Querela das Investiduras” que colocou em ramente monumentais. [...] Tornaram-se as
conflito Henrique IV, imperador do sacro Im- novas moradias dos deuses. Não eram mais
pério Romano germânico, e o Papa Gregório deuses de uma família aristocrática ou de
VII. O conflito se deu por conta da nomeação uma etnia, mas de uma pólis. Eram os deu-
de bispos que era realizada dentro do Sacro ses da comunidade como um todo. A religião
Império Romano Germânico. Na Concorda- surgiu, assim, como um fator aglutinador
ta de Worms, em 1122, prevaleceu o poder das forças cooperativas da pólis. [...]
papal sobre o poder temporal do imperador. A construção monumental foi influenciada
Somente a proposição [A] está correta. As por modelos egípcios e orientais. Sem as
proezas de cálculo matemático, desenvolvi-
proposições seguintes estão incorretas. Os
das na Mesopotâmia e no Egito, os grandes
cristãos não conquistaram definitivamente à
monumentos gregos teriam sido impossí-
Palestina. Não aumentou o poder dos reis e veis.
imperadores. Não ocorreu a separação entre
GUARINELLO, Norberto Luiz. História antiga, 2013.
a esfera religiosa e política.
O texto e a imagem descrevem a cerimônia
4.
que acontecia para que fosse estabelecido o 1. (Unesp) A relação estabelecida no texto en-
laço da nobreza mais importante do Feuda- tre a arquitetura grega e a arquitetura egíp-
lismo: o laço de suserania e vassalagem. cia e oriental pode ser justificada pela:
As “Revoluções Inglesas”, do século XVII,
5. a) circulação e comunicação entre povos da
foram as primeiras revoluções burguesas de
região mediterrânica e do Oriente Próximo,
caráter antiabsolutista na Europa. A Revo-
que facilitaram a expansão das construções
lução Puritana derrubou a dinastia Stuart
em pedra.
e implantou uma República Parlamentar,
b) dominação política e militar que as cidades-
depois ditatorial, sob o comando de Oliver
-estados gregas, lideradas por Esparta, im-
Cromwell, que reprimiu os movimentos po-
puseram ao Oriente Próximo.
pulares e impulsionou o comércio inglês a
c) presença hegemônica de povos de origem
partir do Ato de Navegação (1651).
árabe na região mediterrânica, que contri-
Com a Revolução Gloriosa, a burguesia in-
buiu para a expansão do Islamismo.
glesa se libertou do Estado absolutista de-
finitivamente, que com seu permanente in- d) difusão do helenismo na região mediterrâni-
tervencionismo era uma barreira para um ca, que assegurou a incorporação de elemen-
mais amplo acúmulo de capital. O novo rei, tos culturais dos povos dominados.
Guilherme de Orange se subordinou ao Bill e) força unificadora do cristianismo, que asse-
of Rights. Dessa forma, a burguesia, aliada gurou a integração e as recíprocas influên-
à aristocracia rural, passou a exercer direta- cias culturais entre a Europa e o norte da
mente o poder político através do Parlamen- África.
to.
O texto deixa claro duas coisas que a Revo-
6. 2. (Unesp) Segundo o texto, um papel funda-
lução Industrial produziu: (1) a divisão do mental da religião, na Grécia antiga, foi o de:
trabalho e (2) a criação do cargo de coorde- a) eliminar as diferenças étnicas e sociais e
nador ou gerente, gerando uma hierarquia permitir a igualdade social.
dentro das fábricas. b) estabelecer identidade e vínculos comunitá-
rios e unificar as crenças.
c) impedir a persistência do paganismo e afir-
Gabarito mar os valores cristãos.
d) eliminar a integração política, militar e cul-
tural entre as cidades-estados.
1
. C 2. B 3. A 4. B 5. D 6. E
e) valorizar as crenças aristocráticas e eliminar
as formas de culto populares.
49
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO 4. (Unesp) Os homens da Idade Média estavam
persuadidos de que a terra era o centro do
Roma provou ser capaz de ampliar o seu pró-
Universo e que Deus tinha criado apenas um
prio sistema político para incluir as cidades
homem e uma mulher, Adão e Eva, e seus
italianas durante sua expansão penisular.
descendentes. Não imaginavam que existis-
Desde o começo ela havia – diferentemente sem outros espaços habitados. O que viam
de Atenas – exigido de seus aliados tropas no céu, o movimento regular da maioria dos
para seus exércitos, e não dinheiro para seu astros, era a imagem do que havia de mais
tesouro; desta maneira, diminuindo a carga próximo no plano divino de organização.
de sua dominação na paz e unindo-os soli- (Georges Duby. Ano 1000, ano 2000: na pista
damente em tempo de guerra. Neste ponto, de nossos medos, 1998. Adaptado.)
seguia o exemplo de Esparta, embora seu
controle militar central das tropas aliadas O texto revela, em relação à Idade Média oci-
fosse sempre muito maior. dental
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade a) o prevalecimento de uma mentalidade for-
ao Feudalismo, 1987. Adaptado.) temente religiosa, indicativa da força e da
influência do cristianismo.
3. (Unesp) O texto caracteriza uma das prin- b) a consciência da própria gênese e origem,
cipais estratégias romanas de domínio sobre resultante das pesquisas históricas e cientí-
outros povos e outras cidades: ficas realizadas na Grécia Antiga.
a) o estabelecimento de protetorados e de c) o esforço de compreensão racionalista dos
aquartelamentos militares. fenômenos naturais, base do pensamento
b) a escravização e a exploração dos recursos humanista.
naturais. d) a construção de um pensamento mítico, pro-
c) a libertação de todos os escravos e a demo- vavelmente originário dos contatos com po-
cratização política. vos nativos da Ásia e do Norte da África.
d) o recrutamento e a composição de alianças e) a presença de esforços constantes de predi-
bélicas. ção do futuro, provavelmente oriundos das
e) a tributação abusiva e o confisco de proprie- crenças dos primeiros habitantes do conti-
dades rurais. nente.
5. (Unesp)
50
6. (Unesp) O cavaleiro é um dos principais per- a) valorizar a vida privada, participar ativa-
sonagens nas narrativas difundidas durante mente da vida política e combater o mal.
a Idade Média. Esse cavaleiro é principal- b) recuperar a experiência histórica e pessoal
mente um: do Salvador durante sua estada no mundo
a) camponês, que usa sua montaria no trabalho dos vivos.
cotidiano e participa de combates e guerras.
c) recolher-se a uma comunidade fechada para
b) nobre, que conta com equipamentos adequa-
dos à montaria e participa de treinamentos orar, estudar e combater a desordem do
militares, torneios e jogos. mundo.
c) camponês, que consegue obter ascensão so- d) identificar-se com as condições de privação
cial por meio da demonstração de coragem e por que passavam as famílias pobres, cele-
valentia nas guerras. brar a tradição escolástica e agir de forma
d) nobre, que ocupa todo seu tempo com a pre- ética.
paração militar para as Cruzadas contra os e) reconhecer a humanidade como solidária e
mouros. unida num esforço de salvação da alma dos
e) nobre, que conquista novas terras por meio fiéis e dos infiéis.
de sua ação em torneios e jogos contra ou-
tros nobres.
9. (Unesp) As feiras foram muito difundidas
pela Europa a partir do século XI. Entre os
7. (Unesp) “Servir” ou, como também se dizia,
motivos que provocaram tal fenômeno, po-
“auxiliar”, – “proteger”: era nestes termos
demos citar:
tão simples que os textos mais antigos resu-
a) a unificação da moeda europeia, que facili-
miam as obrigações recíprocas do fiel arma-
tou a atividade dos banqueiros e a aquisição
do e do seu chefe.”
de mercadorias.
(Marc Bloch. A sociedade feudal, 1987.)
b) o aumento da produção agrícola, provoca-
O mais importante dos deveres que, na so- do pelos desmatamentos, que ampliavam a
ciedade feudal, o vassalo tinha em relação quantidade de terras cultiváveis.
ao seu senhor era: c) a eliminação das práticas feudais, que pren-
a) o respeito à hierarquia e à unicidade de ho- diam os camponeses à terra e reduziam a
menagens, que determinava que cada vassa- monetarização da economia.
lo só podia ter um senhor. d) o crescimento urbano, provocado pelas do-
b) o auxílio na guerra, participando pessoal- enças e epidemias que grassavam nas áreas
mente, montado e armado, nas ações milita- rurais e provocavam êxodo em direção às ci-
res desenvolvidas pelo senhor. dades.
c) a proteção policial das aldeias e cidades e) a regionalização das economias, que limitou
existentes nos arredores do castelo de seu significativamente a obtenção de mercado-
senhor. rias provenientes de terras distantes.
d) a participação nos torneios e festejos locais,
sem que o vassalo jamais levantasse suas ar- 10. (Unesp) Os centros artísticos, na verdade,
mas contra seu senhor. poderiam ser definidos como lugares carac-
e) a servidão, trabalhando no cultivo das terras terizados pela presença de um número razo-
do senhor e pagando os tributos e encargos ável de artistas e de grupos significativos de
que lhe eram devidos. consumidores, que por motivações variadas
— glorificação familiar ou individual, desejo
8. (Unesp) Os mosteiros eram em primeiro de hegemonia ou ânsia de salvação eterna —
lugar casas, cada uma abrigando sua “famí- estão dispostos a investir em obras de arte
lia”, e as mais perfeitas, com efeito, as mais uma parte das suas riquezas. Este último
bem ordenadas: de um lado, desde o século ponto implica, evidentemente, que o centro
IX, os mais abundantes recursos convergiam seja um lugar ao qual afluem quantidades
para a instituição monástica, levando-a aos consideráveis de recursos eventualmente
postos avançados do progresso cultural; do destinados à produção artística. Além disso,
outro, tudo ali se encontrava organizado em poderá ser dotado de instituições de tutela,
função de um projeto de perfeição, nítido, formação e promoção de artistas, bem como
bem estabelecido, rigorosamente medido. de distribuição das obras. Por fim, terá um
(Georges Duby. “A vida privada nas casas aristocráticas da público muito mais vasto que o dos consu-
França feudal”. midores propriamente ditos: um público não
História da vida privada, vol. 2, 1992. Adaptado.) homogêneo, certamente (...).
(Carlo Ginzburg. A micro-história e outros ensaios, 1991.)
A caracterização do mosteiro medieval como
uma “casa”, um “posto avançado do progres- Os “centros artísticos” descritos no texto po-
so cultural” e um “projeto de perfeição” pode dem ser identificados:
ser explicada pela disposição monástica de:
51
a) nos mosteiros medievais, onde se valorizava a) o sucesso da empreitada, que transformou
especialmente a arte sacra. Portugal na principal potência europeia por
b) nas cidades modernas, onde floresceu o Re- quatro séculos.
nascimento cultural. b) o reconhecimento do papel determinante da
c) nos centros urbanos romanos, onde predo- Coroa no estímulo às navegações e no apoio
minava a escultura gótica. financeiro aos familiares dos navegadores.
d) nas cidades-estados gregas, onde o estilo
c) a crença religiosa como principal motor das
dórico era hegemônico.
e) nos castelos senhoriais, onde prevalecia a navegações, o que justifica o reconhecimen-
arquitetura românica. to da grandeza da alma dos portugueses.
d) a percepção das perdas e dos ganhos indivi-
duais e coletivos provocados pelas navega-
11. (Unesp) Inserido em um empreendimento
ções e pelos riscos que elas comportavam.
mercantil, financiado com o objetivo de ex-
e) a dificuldade dos navegadores de reconhecer
ploração econômica para o fortalecimento do
as diferenças entre os oceanos, que os levou
absolutismo espanhol, o navegante genovês
a confundir a América com as Índias.
[Cristóvão Colombo] encontra uma realidade
na América que não permite a identificação
das imaginadas riquezas orientais, dando 13. (Unesp) As reformas protestantes do prin-
origem a uma dupla narrativa: a do esperado cípio do século XVI, entre outros fatores, re-
e a do experimentado, em que o discurso é agiam contra:
pressionado pela necessidade de obter infor- a) a venda de indulgências e a autoridade do
mações e um projeto colonizador. Papa, líder supremo da Igreja Católica.
(Wilton Carlos Lima da Silva. As terras
b) a valorização, pela Igreja Católica, das ativi-
inventadas, 2003. Adaptado.) dades mercantis, do lucro e da ascensão da
burguesia.
Segundo o texto, o relato de Colombo: c) o pensamento humanista e permitiram uma
a) revela a convicção do navegador de que as ampla revisão administrativa e doutrinária
novas terras oferecem riquezas imediatas e da Igreja Católica.
poder planetário aos reis da Espanha. d) as missões evangelizadoras, desenvolvidas
b) expõe o esforço do navegador de conciliar o pela Igreja Católica na América e na Ásia.
reconhecimento da especificidade americana e) o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo
com as expectativas europeias ante a via- Santo Ofício, órgão diretor da Igreja Católica
gem.
c) confirma o caráter casual da descoberta da 1
4. (Unesp) Entre os eventos políticos e cultu-
América e o desconsolo do navegador diante rais que marcaram a década de 1960, podem-
das pressões comerciais da metrópole. -se citar:
d) demonstra a superioridade religiosa e tecno- a) a criação da Organização das Nações Uni-
lógica dos navegadores europeus em relação das, a Revolução Húngara e o surgimento do
aos nativos americanos. rock.
e) mostra a decepção do navegador com o que b) a Primavera de Praga, a independência de
encontrou na América, pois não havia rique- Angola e Moçambique e o aparecimento da
zas que justificassem a longa viagem. arte concreta.
c) o processo de implantação do socialismo em
12. (Unesp) Ó mar salgado, quanto do teu sal Cuba, a Guerra do Vietnã e o movimento hi-
São lágrimas de Portugal! ppie.
Por te cruzarmos, quantas mães choraram, d) o julgamento de Nuremberg, a Guerra da Co-
Quantos filhos em vão rezaram! reia e o surgimento do jazz e do blues.
Quantas noivas ficaram por casar e) a independência da Índia e do Paquistão, o
Para que fosses nosso, ó mar! surgimento do peronismo e a pop art.
52
escravizada. (...) O comércio transatlântico b) na criação da Santa Aliança e no esforço de
(...) fazia parte de um processo de integra- reafirmar valores do Antigo Regime.
ção econômica do Atlântico, que envolvia c) na validação da nova divisão política da Eu-
a produção e a comercialização, em grande ropa, definida pelas conquistas napoleônicas.
escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e ou- d) na derrubada dos regimes republicanos e na
tros bens tropicais, um processo no qual a restauração monárquica na França e na In-
Europa entrava com o capital, as Américas glaterra.
com a terra e a África com o trabalho, isto é, e) na defesa dos princípios do livre comércio e
com a mão de obra cativa. da emancipação das colônias na América.
(Alberto da Costa e Silva. A África explicada
aos meus filhos, 2008. Adaptado.)
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
1
5. (Unesp) Ao caracterizar a “integração eco- A África só começou a ser ocupada pelas
nômica do Atlântico”, o texto: potências europeias exatamente quando a
a) destaca os diferentes papéis representados América se tornou independente, quando o
por africanos, europeus e americanos na antigo sistema colonial ruiu, dando lugar a
outras formas de enriquecimento e desen-
constituição de um novo espaço de produção
volvimento das economias mais dinâmicas,
e circulação de mercadorias. que se industrializavam e ampliavam seus
b) reconhece que europeus, africanos e ame- mercados consumidores. Nesse momento foi
ricanos se beneficiaram igualmente das re- criado um novo tipo de colonialismo, im-
lações comerciais estabelecidas através do plantado na África a partir do final do século
Oceano Atlântico. XIX [...].
c) afirma que a globalização econômica se ini- (Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)
ciou com a colonização da América e não
contou, na sua origem, com o predomínio
claro de qualquer das partes envolvidas. 1
8. (Unesp) O “novo tipo de colonialismo”,
d) sustenta que a escravidão africana nas colô- mencionado no texto, tem, entre suas carac-
nias europeias da América não exerceu papel terísticas:
fundamental na integração do continente a) a busca de fontes de energia e de matérias-
americano com a economia que se desenvol- -primas pelas potências europeias, associada
à realização de expedições científicas de ex-
veu no Oceano Atlântico.
ploração do continente africano.
e) ressalta o fato de a América ter se tornado a b) a tentativa das potências europeias de re-
principal fornecedora de matérias-primas para duzir a hegemonia norte-americana no co-
a Europa e de que alguns desses produtos mércio internacional e retomar posição de
eram usados na troca por escravos africanos. liderança na economia mundial.
c) o esforço de criação de um mercado consu-
16. (Unesp) O pensamento iluminista, baseado midor global, sem hierarquia política ou pre-
no racionalismo, individualismo e liberda- valecimento comercial de um país ou conti-
nente sobre os demais.
de absoluta do homem, ao criticar todos os
d) a aquisição de escravos pelos mercadores
fundamentos em que se assentava o Antigo
africanos, para ampliar a mão de obra dispo-
Regime, revelava as suas contradições e as
nível nas colônias remanescentes na Améri-
tornava transparentes aos olhos de um nú-
ca e em ilhas do Oceano Pacífico.
mero cada vez maior de pessoas.
e) o estabelecimento de alianças políticas entre
(Modesto Florenzano. As revoluções
burguesas, 1982. Adaptado.) líderes europeus e africanos, que favoreces-
sem o avanço militar dos países do Ocidente
Entre as críticas ao Antigo Regime, mencio- europeu na Primeira Guerra Mundial.
nadas no texto, podemos citar a rejeição ilu-
minista do: 19. (Unesp) Não há livro didático, prova de
a) princípio da igualdade jurídica. vestibular ou resposta correta do Enem que
b) livre comércio. não atribua a miséria e os conflitos inter-
c) liberalismo econômico. nos da África a um fator principal: a partilha
d) republicanismo. do continente africano pelos europeus. Es-
e) absolutismo monárquico. sas fronteiras teriam acotovelado no mesmo
território diversas nações e grupos étnicos,
17. (Unesp) O Congresso de Viena, entre 1814 fazendo o caos imperar na África. Porém,
e 1815, reuniu representantes de diversos guerras entre nações rivais e disputas pela
Estados europeus e resultou: sucessão de tronos existiam muito antes de
a) na afirmação do caráter laico dos regimes os europeus atingirem o interior da África.
políticos e da importância da separação en- Graves conflitos étnicos aconteceram tam-
tre Estado e Igreja. bém em países que tiveram suas fronteiras
53
mantidas pelos governos europeus. É incrí- influência das associações de soldados e tra-
vel que uma teoria tão frágil e generalista balhadores e ao aumento da influência polí-
tenha durado tanto – provavelmente isso tica das lideranças bolcheviques.
acontece porque ela serve para alimentar a c) disposição de anular a influência dos sovie-
condescendência de quem toma os africanos tes, para que o Estado russo seja eliminado
como “bons selvagens” e tenta isentá-los da e se instale uma nova organização política,
baseada na supressão de toda forma de poder.
responsabilidade por seus problemas.
NARLOCH, Leandro. Guia politicamente incorreto d) avaliação de que o partido social-democrata
da história do mundo, 2013. Adaptado. se tornou, após a Revolução de Outubro de
1917, o único grupo político capaz de con-
A partir da leitura do texto, é correto afir- ter as manifestações sociais e reestruturar o
mar que: Estado russo.
a) as desigualdades sociais e econômicas no e) discordância diante do esforço organizativo
mundo atual originam-se exclusivamente do país, empreendido pelos bolcheviques, e
das contradições materiais do capitalismo. sua aposta no retorno da monarquia parla-
b) o conhecimento histórico que privilegia a mentar derrubada pela Revolução de Outu-
bro de 1917.
“óptica dos vencidos” apresenta um grau
superior de objetividade científica.
c) na relação entre diferentes etnias, o etno- 2
2. (Unesp) Leia.
centrismo é um fenômeno antropológico ex- A Itália deseja a paz, mas não teme a guerra.
clusivo dos países ocidentais modernos. A justiça sem a força é uma palavra sem sentido.
d) para explicar a existência dos atuais confli- Nós sonhamos com a Itália romana.
tos étnicos na África, é necessário resgatar
os pressupostos da ideologia colonialista. Os três lemas acima foram amplamente di-
e) a tese filosófica sobre um “estado de nature- vulgados durante o governo de Benito Mus-
za” livre e pacífico é insuficiente para expli- solini (1922-1943) e revelam características
car os conflitos étnicos atuais na África. centrais do fascismo italiano:
a) a perseguição aos judeus, a liberdade de ex-
20. (Unesp) Entre os fatores que contribuíram pressão e a valorização do direito romano.
para o início da Primeira Guerra Mundial b) o culto ao corpo, o pacificismo e a ânsia de
(1914-1918), podemos citar: voltar ao passado.
a) a corrida espacial entre Estados Unidos e c) o nacionalismo, a valorização do espírito
União Soviética. clássico e o materialismo.
b) o conflito étnico entre sérvios e croatas na d) a beligerância, o culto à ação e o esforço ex-
região da antiga Iugoslávia. pansionista.
c) o confronto entre Áustria e Hungria pelo e) o revanchismo, a socialização da economia
controle dos Bálcãs. industrial e a perseguição aos estrangeiros.
d) a disputa comercial e industrial entre Ingla- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
terra e Alemanha.
e) a invasão da Polônia pelas tropas da Alema- Enquanto os franceses e os britânicos tinham
nha. emergido da Primeira Guerra Mundial com
um profundo trauma dos horrores da guerra
21. (Unesp) A influência e o domínio do povo e a convicção de que um novo conflito de-
pelo “partido”, isto é, por alguns recém- veria, se possível, ser evitado, na Alemanha
-chegados (os ideólogos comunistas pro- só ocorreria algo parecido depois da Segunda
cedem dos centros urbanos), já destruiu a Guerra Mundial. Os acontecimentos de 1945
influência e a energia construtiva desta pro- levaram a uma profunda mudança na cultura
missora instituição que eram os sovietes. No popular e política da parte ocidental da Ale-
momento atual, são os comitês do partido e manha. Aos olhos desses alemães, a extre-
não os sovietes que governam a Rússia. E sua ma violência de 1945 fez da Segunda Guerra
organização padece de todos os defeitos da Mundial “a guerra para acabar com todas as
organização burocrática. guerras”.
KROPOTKIN, Piotr. “Carta a Lênin (Richard Bessel. Alemanha, 1945, 2010. Adaptado.)
(04.03.1920)”. Textos escolhidos, 1987.
2
3. (Unesp) Entre os fatos que poderiam con-
As críticas do anarquista Kropotkin a Lênin,
firmar a interpretação, oferecida pelo tex-
presentes nessa carta de 1920, indicam a sua:
to, sobre a atitude de franceses e britânicos
a) crença de que o partido bolchevique consi-
ga reconhecer o poder supremo dos sovietes depois da Primeira Guerra Mundial, pode-se
e extinguir a injustiça social, a hegemonia incluir:
burguesa e o autoritarismo.
b) insatisfação em relação à diminuição da
54
a) a participação em um organismo internacio-
nal para a mediação de conflitos e o paci-
fismo que marcou a reação da França e da
Grã-Bretanha à ascensão do nazismo.
b) o fim da corrida armamentista entre as po-
tências do Ocidente e do Leste europeu e a
eliminação dos arsenais alojados na Europa,
na Ásia e no Norte da África.
c) a repressão imediata e violenta, por França e
Grã-Bretanha, a todos os projetos belicosos e
autoritários que surgiram na Europa ao lon-
go dos anos 1920 e 1930.
d) o acordo para a constituição de uma polícia
internacional, que vigiasse as movimenta-
ções militares das grandes potências e fosse
coordenada por um país não europeu, os Es-
tados Unidos.
e) a liberação, pela França e pela Grã-Bretanha,
no decorrer das décadas de 1920 e 1930, de
todas as suas colônias, para evitar o surgi-
mento de guerras de emancipação nacional.
Gabarito
1. A 2. B 3. D 4. A 5. D
6. B 7. B 8. C 9. B 10. B
11. B 12. D 13. A 14. C 15. A
16. E 17. B 18. A 19. E 20. D
21. B 22. D 23. A 24. C
55
HISTÓRIA DO BRASIL
57
b) da fragilidade do comando exercido pelo Im- “capitalismo nacional”), que paulatinamen-
perador frente às rebeliões republicanas que te iriam derrotar as “forças do atraso” (o im-
agitaram o país nas últimas décadas do Im- perialismo, o latifúndio e a política tradicio-
pério. nal, demagógica e “populista”).
c) de um projeto militar de assumir o comando (José William Vesentini. A capital da geopolítica, 1986.)
do Estado brasileiro e implantar uma ditadura
armada, afastando os civis da vida política. Segundo o texto, a construção de Brasília
d) da disseminação de ideais republicanos e deve ser entendida:
salvacionistas nos meios militares, que arti- a) como uma tentativa de limitar a migração
cularam a ação de derrubada da Monarquia. para o Centro do país e de reforçar o contin-
e) de uma conspiração de civis, que recorreram gente de mão de obra rural.
aos militares para derrubar a Monarquia e b) dentro de um conjunto de iniciativas de ca-
assumir o controle do Estado brasileiro. ráter liberal, que buscava eliminar a inter-
ferência do Estado nos assuntos econômico-
-financeiros.
4. (Unesp) Examine a charge do cartunis-
c) dentro do rearranjo político do pós-Segunda
ta Théo, publicada na revista Careta em
Guerra Mundial, que se caracterizava pelo
27.12.1952.
clima de paz nas relações internacionais.
d) dentro de um amplo projeto de redimensio-
namento da economia e da política brasilei-
ras, que pretendia modernizar o país.
e) como um esforço de internacionalização da
economia brasileira, que provocaria aumen-
to significativo da exportação agrícola.
58
Raio X mesma maneira, fazendo ainda uma compa-
ração com situação semelhante na Argenti-
na, mas que teve desfecho diferente, uma
1.
A preocupação de D. Pedro II com relação ao vez que no país vizinho os responsáveis pela
rio da Prata era a possibilidade de a Argen- tortura em nome do Estado foram punidos.
tina invadir e dominar o Rio Grande do Sul e No entanto, o religioso vê um elemento po-
o Mato Grosso. sitivo nesse desfecho, que foi o de evitar no-
2.
São Paulo era o principal centro econômi- vos conflitos.
co brasileiro na época do Segundo Reina-
do. Nesse estado, o movimento republicano
priorizou a discussão acerca da adoção do fe-
deralismo, que conferiria ao estado autono-
Gabarito
mia para gerenciar seus assuntos políticos e
econômicos, utilizando, assim, sua economia 1
. B 2
. A 3. D 4. D 5. D 6. A
em benefício próprio.
A Guerra do Paraguai, 1865-1870, foi um
3.
divisor de águas na história do exército bra-
sileiro. A partir deste conflito, a corporação
ganhou consciência de sua importância para
a nação e assumiu o ideal de “salvador da
pátria”. Os políticos denominados de “casa-
cas” criticaram esta nova postura do exérci-
to que eram os “fardados”. Assim, os jovens
oficiais apoiados em um ideário positivista
criticou a monarquia e se aproximaram de
ideias republicanas. A politização de parte
do exército foi fundamental para derrubar
a monarquia e implantar a República. Vale
afirmar que os dois primeiros presidentes do
Brasil República foram militares.
A charge, de 1952, remete ao segundo go-
4.
verno Vargas de 1950-1954 no contexto da
República Liberal Populista. O cartunista
Théo elaborou um diálogo entre Vargas (pai
dos pobres) com o bom velhinho Papai Noel.
“Ser pai dos pobres dá mais trabalho do que
ser Papai Noel: a mim eles chateiam o ano
inteiro”. Desde 1930, Vargas adotou uma po-
lítica populista, nacionalista e intervencio-
nista. Criou a CLT, a Consolidação das Leis
Trabalhistas para os trabalhadores urbanos
e tutelou os sindicatos. Foi desenvolvido
através do DIP, Departamento de Imprensa
e Propaganda, a ideia de “pai dos pobres”. O
governo Vargas buscava o apoio do povo para
realizar seu projeto político.
5.
A construção de Brasília enquadra-se na po-
lítica de Estado promovida pelo governo de
JK a partir do chamado Plano de Metas, que
pretendia modernizar o país a partir de uma
economia desenvolvimentista e aliada ao ca-
pital estrangeiro.
Brasília foi criada como nova capital com
o objetivo de estimular o desenvolvimento
econômico regional do Centro-Oeste, favo-
recer o povoamento da região, estimular a
atividade industrial (construção civil e equi-
pamentos) e afastar a capital do litoral, que
seria mais vulnerável do ponto de vista mili-
tar e às pressões populares.
O Arcebispo de São Paulo faz críticas ao pro-
6.
cesso de Anistia, considerando-o imperfei-
to, pois tratou torturadores e torturados da
59
Prática dos 2. (Unesp) As “plantations da América”, cita-
das no texto, correspondem a:
60
d) impedir o acesso de protestantes e judeus às ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho ao
áreas de produção de açúcar. pai, e cada um vive ao som da sua vontade
e) impedir que os nativos fossem utilizados [...].
como mão de obra na lavoura. (Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo
do Brasil em 1587, 1987.)
61
c) nas críticas das autoridades metropolitanas 9. (Unesp) Ao caracterizar a escravidão na
à persistência do escravismo, que impedia a África e a venda de escravos por africanos
ampliação do mercado consumidor na colônia. para europeus nos séculos XVI a XIX, o texto:
d) no desinteresse metropolitano de ocupar as a) reconhece que a escravidão era uma insti-
novas terras conquistadas, limitando-se à tuição presente em todo o planeta e que a
exploração imediatista das riquezas encon- diferenciação entre homens livres e homens
tradas. escravos era definida pelas características
e) no condicionamento político, demográfico e raciais dos indivíduos.
econômico dos espaços coloniais, que deve- b) critica a interferência europeia nas disputas
riam gerar lucros para as economias metro- internas do continente africano e demonstra
politanas. a rejeição do comércio escravagista pelos lí-
deres dos reinos e aldeias então existentes
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES na África.
c) diferencia a escravidão que havia na Áfri-
Os africanos não escravizavam africanos, ca da que existia na Europa ou nas colônias
nem se reconheciam então como africanos. americanas, a partir da constatação da he-
Eles se viam como membros de uma aldeia, terogeneidade do continente africano e dos
de um conjunto de aldeias, de um reino e de povos que lá viviam.
um grupo que falava a mesma língua, tinha d) afirma que a presença europeia na África e
os mesmos costumes e adorava os mesmos na América provocou profundas mudanças
deuses. (...) Quando um chefe (...) entrega- nas relações entre os povos nativos desses
va a um navio europeu um grupo de cativos, continentes e permitiu maior integração e
não estava vendendo africanos nem negros, colaboração interna.
mas (...) uma gente que, por ser considerada e) considera que os únicos responsáveis pela
por ele inimiga e bárbara, podia ser escra- escravização de africanos foram os próprios
vizada. (...) O comércio transatlântico (...) africanos, que aproveitaram as disputas tri-
fazia parte de um processo de integração bais para obter ganhos financeiros.
econômica do Atlântico, que envolvia a pro-
dução e a comercialização, em grande esca- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
la, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros Com a vinda da Corte, pela primeira vez, des-
bens tropicais, um processo no qual a Euro- de o início da colonização, configuravam-se
pa entrava com o capital, as Américas com a nos trópicos portugueses preocupações pró-
terra e a África com o trabalho, isto é, com a prias de uma colônia de povoamento e não
mão de obra cativa. apenas de exploração ou feitoria comercial,
(Alberto da Costa e Silva. A África explicada pois que no Rio teriam que viver e, para
aos meus filhos, 2008. Adaptado.) sobreviver, explorar “os enormes recursos
naturais” e as potencialidades do Império
nascente, tendo em vista o fomento do bem-
8. (Unesp) Ao caracterizar a “integração eco- -estar da própria população local.
nômica do Atlântico”, o texto: (Maria Odila Leite da Silva Dias.
a) destaca os diferentes papéis representados A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)
por africanos, europeus e americanos na
constituição de um novo espaço de produção 1
0. (Unesp) A vinda da Corte portuguesa para
o Brasil, ocorrida em 1808 e citada no texto,
e circulação de mercadorias.
foi provocada, sobretudo:
b) reconhece que europeus, africanos e ame-
a) pelo fim da ocupação francesa em Portugal e
ricanos se beneficiaram igualmente das re- pelo projeto, defendido pelos liberais portu-
lações comerciais estabelecidas através do gueses, de iniciar a gradual descolonização
Oceano Atlântico. do Brasil.
c) afirma que a globalização econômica se ini- b) pela pressão comercial espanhola e pela dis-
ciou com a colonização da América e não posição, do príncipe regente, de impedir a
contou, na sua origem, com o predomínio expansão e o sucesso dos movimentos eman-
claro de qualquer das partes envolvidas. cipacionistas na colônia.
d) sustenta que a escravidão africana nas colô- c) pelo interesse de expandir as fronteiras da
nias europeias da América não exerceu papel colônia, avançando sobre terras da América
fundamental na integração do continente Espanhola, para assegurar o pleno domínio
americano com a economia que se desenvol- continental do Brasil.
veu no Oceano Atlântico. d) pela invasão francesa em Portugal e pela
e) ressalta o fato de a América ter se tornado proximidade e aliança do governo português
a principal fornecedora de matérias-primas com a política da Inglaterra.
para a Europa e de que alguns desses pro- e) pela intenção de expandir, para a América,
dutos eram usados na troca por escravos o projeto de união ibérica, reunindo, sob a
africanos. mesma administração colonial, as colônias
espanholas e o Brasil.
62
1
1. (Unesp) A maioridade do príncipe D. Pedro a) ao aumento das fugas e rebeliões escravas e
foi antecipada, em 1840, para que ele pu- ao crescimento das correntes migratórias em
desse assumir o trono brasileiro. Entre os direção ao Brasil.
objetivos do chamado Golpe da Maioridade, b) ao desinteresse dos cafeicultores do Vale do
podemos citar o esforço de: Paraíba em manter escravos e à intensa pro-
a) obter o apoio das oligarquias regionais, in- paganda abolicionista direcionada aos pró-
satisfeitas com a centralização política ocor- prios escravos.
rida durante o Período Regencial. c) à firme oposição da Igreja Católica ao escra-
b) ampliar a autonomia das províncias e redu- vismo e ao temor de que se repetisse, no
zir a interferência do poder central nas uni- Brasil, uma revolução escrava como a que
dades administrativas. ocorrera em Cuba.
c) abolir o Ato Adicional de 1834 e aumentar d) à pressão inglesa e francesa pelo fim do trá-
os efeitos federalistas da Lei Interpretativa fico e à dificuldade de adaptação do escravo
do Ato, editada seis anos depois. ao trabalho na lavoura do café.
d) promover ampla reforma constitucional de e) à diminuição do preço do escravo no mer-
caráter liberal e democrático no país, reagin- cado interno e à atuação abolicionista da
do ao centralismo da Constituição de 1824. Guarda Nacional.
e) restabelecer a estabilidade política, compro-
metida durante o Período Regencial, e con-
14. (Unesp) A chamada crise do Encilhamento,
ter revoltas de caráter regionalista.
no final do século XIX, foi provocada:
a) pela moratória brasileira da dívida contraída
12. (Unesp) Ao lado do latifúndio, a presença junto a casas bancárias alemãs e italianas.
da escravidão freou a constituição de uma b) pela crise da Bolsa de Valores, que não re-
sociedade de classes, não tanto porque o es- sistiu ao surto especulativo do pós-Primeira
cravo esteja fora das relações de mercado, Guerra Mundial.
mas principalmente porque excluiu delas os c) pelo fim da política de proteção à produção
homens livres e pobres e deixou incompleto e exportação de café, que enfrentava forte
o processo de sua expropriação. concorrência colombiana.
(Maria Sylvia de Carvalho Franco. Homens d) pela emissão descontrolada de papel-moeda,
livres na ordem escravocrata, 1983.) que provocou especulação financeira e alta
inflacionária.
Segundo o texto, que analisa a sociedade ca-
feeira no Vale do Paraíba no século XIX: e) pelo encarecimento dos bens de primeira
a) a substituição do trabalho escravo pelo tra- necessidade, que eram majoritariamente im-
balho livre assalariado freou a constituição portados dos Estados Unidos.
de uma sociedade de classes durante o perí-
odo cafeeiro. 15. (Unesp) Nunca se viu uma campanha como
b) o imigrante e as classes médias mantiveram- esta, em que ambas as partes sustentaram
-se fora das relações de mercado existentes ferozmente as suas aspirações opostas. Ven-
na sociedade cafeeira. cidos os inimigos, vós lhes ordenáveis que
c) o caráter escravista impediu a participação levantassem um viva à República e eles o le-
direta dos homens livres e pobres na econo- vantavam à Monarquia e, ato contínuo, atira-
mia de exportação da sociedade cafeeira. vam-se às fogueiras que incendiavam a cida-
d) a inexistência de homens livres e pobres na de, convencidos de que tinham cumprido o
sociedade cafeeira determinou a predomi- seu dever de fiéis defensores da Monarquia.
nância do trabalho escravo nos latifúndios. (Gazeta de Notícias, 28.10.1897 apud Maria de Lourdes
e) a ausência de classes na sociedade cafeeira Monaco Janotti. Sociedade e política na Primeira República.)
deveu-se prioritariamente ao fato de que o
escravo estava fora das relações de mercado. O texto é parte da ordem do dia, 06.10.1897,
do general Artur Oscar e trata dos momentos
finais de Canudos. Para o militar, o principal
13. (Unesp) [...] até a década de 1870, apesar
motivo da luta dos canudenses era a:
das pressões, os escravos continuavam a ser
a mão de obra fundamental para a lavoura a) restauração monárquica, embora hoje saiba-
brasileira, sendo que nessa época todos os mos que a rejeição à República era apenas
643 municípios do Império [...] ainda conti- uma das razões da rebeldia.
nham escravos. b) valorização dos senhores rurais, ligados ao
(Lilia Moritz Schwarcz. Retrato em branco e negro, 1987.)
monarca, cujo poder era ameaçado pelo cres-
cimento e enriquecimento das cidades.
A redução da importância do trabalho escra- c) restauração monárquica, que, hoje sabemos,
vo, ocorrida após 1870, deveu-se, entre ou- era de fato a única razão da longa resistên-
tros fatores: cia dos sertanejos.
63
d) valorização do meio rural, embora hoje sai- 17. (Unesp) A Coluna Prestes, que percorreu
bamos que Antônio Conselheiro não apoiava cerca de 25 mil quilômetros no interior do
os incêndios provocados por monarquistas Brasil entre 1924 e 1927, associa-se:
nas cidades republicanas. a) ao florianismo, do qual se originou, e ao re-
e) restauração monárquica, o que fez com que púdio às fraudes eleitorais da Primeira Repú-
a luta de Antônio Conselheiro recebesse am- blica.
plo apoio dos monarquistas do sul do Brasil. b) à tentativa de implantação de um poder po-
pular, expressa na defesa de pressupostos
16. (Unesp) Tarsila do Amaral é uma das artistas marxistas.
que melhor traduziu o “espírito de brasilida- c) ao movimento tenentista, do qual foi oriun-
de”, como se pode observar no quadro Aba- da, e à tentativa de derrubar o presidente
poru. Artur Bernardes.
d) à crítica ao caráter oligárquico da Primeira
República e ao apoio à candidatura presi-
dencial de Getúlio Vargas.
e) ao esforço de implantação de um regime
militar e à primeira mobilização política de
massas na história brasileira.
64
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
Analise o cartaz da campanha presidencial do Marechal Henrique Teixeira Lott para responder à(s)
questão(ões) a seguir.
1
9. (Unesp) O cartaz, que foi empregado na campanha para a Presidência da República em 1960:
a) confirma a presença de Vargas como principal articulador da candidatura de Lott e relembra as dificul-
dades na construção da nova Capital.
b) demonstra a aliança do conjunto das classes sociais brasileiras com Lott e defende a necessidade de
unidade política na busca pelo progresso do país.
c) celebra o desenvolvimentismo dos governos anteriores e alerta para o risco iminente de golpe militar.
d) ressalta a aliança partidária construída em torno do nome de Lott e destaca a continuidade política
que sua candidatura representa.
e) apresenta a candidatura de Lott à presidência como expressão do populismo e do esforço de incorporar
os setores trabalhadores à política.
20. (Unesp) Bossa nova é ser presidente d) crítica violenta ao populismo que caracteri-
desta terra descoberta por Cabral. zou a política brasileira durante todo o perí-
Para tanto basta ser tão simplesmente: odo republicano.
simpático, risonho, original. e) recusa da atuação política de Kubitschek,
Depois desfrutar da maravilha
que permitia participação popular direta nas
de ser o presidente do Brasil,
principais decisões governamentais.
voar da Velhacap pra Brasília,
ver Alvorada e voar de volta ao Rio.
Voar, voar, voar. 21. (Unesp) Durante o regime militar brasileiro
[...] (1964-1985), ocorreram:
(Juca Chaves apud Isabel Lustosa. a) fim do intervencionismo estatal na econo-
Histórias de presidentes, 2008.) mia, ampliação da autonomia dos estados e
A canção Presidente bossa-nova, escrita no controle militar do sistema de informações.
final dos anos 1950, brinca com a figura do b) ampliação dos programas sociais voltados à
presidente Juscelino Kubitschek. Ela pode saúde e à educação, crescimento industrial e
ser interpretada como a: saneamento completo das contas públicas.
a) representação de um Brasil moderno, mani- c) limitação dos investimentos estrangeiros no
festado na construção da nova capital e na país, erradicação da inflação e pagamento da
busca de novos valores e formas de expres- dívida externa brasileira.
são cultural. d) fortalecimento do poder executivo, relativo
b) celebração dos novos meios de transporte,
esvaziamento do legislativo e do judiciário e
pois Kubitschek foi o primeiro presidente do
aumento da participação estatal na economia.
Brasil a utilizar aviões nos seus deslocamen-
tos internos. e) modernização tecnológica nas comunica-
c) rejeição à transferência da capital para o ções, incremento dos transportes aéreo e
Planalto Central, pois o Rio de Janeiro con- ferroviário e maior equilíbrio na distribuição
tinuava a ser o centro financeiro do país. de renda.
65
2
2. (Unesp) 2
4. (Unesp) Em março de 1988, o modelo sin-
dical levado por Lindolfo Collor para o Mi-
nistério do Trabalho completou 57 anos de
idade. Em todos estes anos foi olhado com
suspeita pelos empresários e com bastante
desconfiança pelos grupos socialistas, comu-
nistas e pela esquerda em geral. Atribuía-se
sua criação, na década de 30, à influência
das doutrinas autoritárias e fascistas então
na moda.
(Letícia Bicalho Canêdo. A classe
operária vai ao sindicato, 1988.)
66
QUESTÕES OBJETIVAS - geografia
Ciências Humanas e suas tecnologias
R.P.A. Unesp
Revisão Programada Anual
Física, 30%
Econômica 26%
Humana 20%
Questões Ambientais 11%
Regional 8%
Geopolítica 5%
Geopolítica 29%
Econômica 27%
Física 21%
Questões Ambientais 11%
Humana 10%
Outros 2%
GEOGRAFIA 1
Aplicação dos
conhecimentos - Sala
1. (Unesp) Recentemente, os debates sobre a
reforma do Código Florestal Brasileiro ga-
nharam destaque junto aos meios de co-
municação, ao explicitarem importantes
divergências políticas entre organizações e
grupos sociais do país. Em síntese, o Código
Florestal corresponde ao conjunto de regras
que determinam:
a) extensão máxima das Áreas de Preservação
Ambiental e Reservas Extrativistas que de-
vem ser mantidas em cada região brasileira.
b) as áreas mínimas de cobertura natural que
devem ser preservadas nas encostas e nas
margens de rios em cada bioma brasileiro.
c) o volume de matéria-prima, madeira, miné-
rios, água, que cada ramo da indústria bra-
sileira pode utilizar para a produção de bens
Partindo dessas informações, calcule a escala
manufaturados.
da planta utilizando a fórmula __ e = __
u onde:
d) a área mínima de cobertura vegetal, incluin- e
__ E U
escala ou razão escolhida, sendo e = 1;
E
do-se praças públicas e fragmentos de flores- U = unidades medidas no terreno;
ta urbana, que deve ser preservada nas áreas u = unidades que devem ser colocadas no pa-
pel para representar U.
urbanas. A escala da planta é:
e) as medidas que devem ser adotadas em situ- a) 1 : 16 000.
b) 1 : 10 500.
ações de desastres ambientais resultantes da
c) 1 : 15 000.
perfuração de jazidas de petróleo em terra e d) 1 : 25 000.
no mar. e) 1 : 5 000.
69
africanos, uns e outros aliciados como es-
cravos. Nessa confluência, que se dá sob a
regência dos portugueses, matrizes raciais
díspares, tradições culturais distintas, for-
mações sociais defasadas se enfrentam e se
fundem para dar lugar a um povo novo. Novo
porque surge como uma etnia nacional, que
se vê a si mesma e é vista como uma gen-
te nova, diferenciada culturalmente de suas
matrizes formadoras. Velho, porém, porque
se viabiliza como um proletariado externo,
como um implante ultramarino da expansão
europeia que não existe para si mesmo, mas
para gerar lucros exportáveis pelo exercício
da função de provedor colonial de bens para
o mercado mundial, através do desgaste da
população. Sua unidade étnica básica não
significa, porém, nenhuma uniformidade,
mesmo porque atuaram sobre ela forças di-
versificadoras: a ecológica, a econômica e a
migração. Por essas vias se plasmaram his-
toricamente diversos modos rústicos de ser
dos brasileiros: os sertanejos, os caboclos, os
crioulos, os caipiras e os gaúchos. Todos eles
3. (Unesp) Considerando conhecimentos sobre muito mais marcados pelo que têm de co-
a dinâmica atmosférica, é correto afirmar mum como brasileiros, do que pelas diferen-
que os números 1, 2 e 3 na imagem de saté- ças devidas a adaptações regionais ou fun-
lite correspondem, respectivamente, a: cionais, ou de miscigenação e aculturação
a) massa de ar frio, zona de convergência do que emprestam fisionomia própria a uma ou
Atlântico Sul e massa de ar quente. outra parcela da população.
b) massa de ar quente, frente fria e massa de ar (Darcy Ribeiro. O povo brasileiro, 1995. Adaptado.)
quente.
5. (Unesp) De acordo com o excerto, a gênese
c) massa de ar frio, frente fria e massa de ar
do povo brasileiro está associada:
quente.
a) ao propósito de ocupação de novos territó-
d) massa de ar quente, zona de convergência
rios pelos portugueses e à implantação de
do Atlântico Sul e massa de ar frio.
um empreendimento de povoamento, vol-
e) massa de ar quente, frente fria e massa de ar
tado à construção de um mercado interno
frio.
amplo e diversificado.
b) à conquista de novos territórios pelos povos
4. (Unesp) Entre o final da década de 1960 e o africanos, ameríndios e europeus e à implan-
início da década de 1970, a economia brasi- tação de um modelo de desenvolvimento
leira obteve altos índices de crescimento. O econômico autônomo, voltado a atender às
fenômeno se tornou conhecido como mila- demandas do mercado externo.
gre econômico e derivou da aplicação de uma c) ao ímpeto pela descoberta de novos terri-
política que provocou, entre outros efeitos: tórios pelos povos ameríndios e africanos e
a) êxodo rural e incremento no setor ferroviário. à implantação de um modelo de desenvol-
b) crescimento imediato dos níveis salariais e vimento social e econômico de inspiração
das taxas de inflação. europeia, dirigido ao progresso técnico e
c) aumento do endividamento externo e da econômico nacional.
concentração de renda. d) ao projeto de colonização de novos terri-
d) estatização do aparato industrial e do setor tórios e de seus respectivos povos pelos
energético. portugueses e à implantação de um empre-
e) crise energética e novos investimentos em endimento mercantil, voltado a atender às
pesquisas tecnológicas demandas do mercado externo.
e) ao propósito de conquista de novos territó-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
rios pelos europeus e à implantação de um
Surgimos da confluência, do entrechoque e modelo de desenvolvimento econômico au-
do caldeamento do invasor português com tônomo, voltado a atender às demandas do
índios silvícolas e campineiros e com negros mercado local.
70
6. (Unesp) O Brasil tem a metade de seus mu- 1 ------- x (escala)
nicípios com esgotamento sanitário (52,2%). 0,11 ------ 1.760
Dos 14,5 milhões m³ coletados diariamente, 1.7601
x = _______
são tratados 5,1 milhões m³. 0,11
Proporção de municípios, por x = 16.000
condição de esgotamento 3.
Conforme a imagem de satélite, 1 (massa
GRANDES sanitário (%) – 2000 de ar quente, possivelmente a MEA – mas-
REGIÕES sa equatorial atlântica), 2 (frente fria) e 3
Sem Coleta e
Só coleta (massa de ar frio, a MPA – massa polar atlân-
coleta trata
tica com alta pressão atmosférica). A frente
Norte 92,9 3,5 3,6
fria forma-se quando a massa de ar frio des-
Nordeste 57,1 29,6 13,3
loca a massa de ar quente.
Sudeste 7,1 59,8 33,1
4.
Entre o final da década de 1960 e 1973, o
Sul 61,1 17,2 21,7
Brasil teve um alto crescimento de seu PIB
Centro-
82,1 5,6 12,3 (Produto Interno Bruto) em decorrência da
-Oeste
acentuada industrialização (empresas de ca-
Brasil 47,8 32,0 20,2
(IBGE. Adaptado)
pital nacional, estatais e transnacionais) e
investimentos em infraestrutura (rodovias,
A partir da análise da tabela e de seus co- telecomunicações e energia). Porém, houve
nhecimentos, pode-se afirmar que: um elevado endividamento externo e con-
a) a região com menor porcentagem de municí- centração da renda, visto que os trabalhado-
pios que só coletam esgoto é a Norte e a com res eram impedidos de fazer greve durante a
maior é a Sudeste. ditadura militar.
b) as regiões com maior e menor porcentagens
5.
A gênese do povo brasileiro está intima-
de municípios que só coletam esgoto são,
respectivamente, a Sul e a Centro-Oeste. mente vinculada à colonização de explora-
c) a pior porcentagem de municípios sem co- ção empreendida por Portugal. A chegada
leta de esgoto é a da região Sudeste, que de portugueses em melhor posição social, a
supera os dados da região Centro-Oeste. exploração dos povos indígenas e a entrada
d) a tabela expressa porcentagens de esgota- de escravos negros. Estas três matrizes ét-
mento sanitário excelentes, que se refletem
nicas, sua miscigenação e desigualdades são
na boa qualidade de nossas águas.
e) as regiões Norte e Centro-Oeste, juntas, to- fundamentais para compreender a sociedade
talizam valores maiores nas porcentagens de brasileira.
municípios que só coletam esgoto, quando 6.
A maior coleta apenas, não ocorre na região
comparadas à região Sudeste. Sul e Centro-Oeste, respectivamente, mas
sim Sudeste e Nordeste. A alternativa [B]
está errada, portanto.
Raio X A tabela exibe dados de melhor situação de
saneamento básico para a região Sudeste, di-
1.
O Código Florestal brasileiro é uma das prin- ferente do que afirma a alternativa [C].
cipais legislações ambientais do país e ob-
A alternativa [D] associa qualidade da água
jetiva à conservação da biodiversidade, dos
recursos hídricos e do solo. O código define aos dados da tabela, o que não é possível
como APP (Áreas de Proteção Permanente) se afirmar com as informações disponíveis.
áreas como as matas ciliares ao longo dos Acrescente-se ainda, que a situação de sane-
rios, os topos dos morros e as encostas com amento básico brasileira está longe do ideal.
alta declividade em terrenos públicos ou Norte e Centro-Oeste juntos estão muito lon-
propriedades particulares. Também defi-
ge de alcançar a região Sudeste, tornando a
ne as Reservas Legais em cada bioma, por
exemplo, uma propriedade seja pública ou alternativa [E] incorreta.
privada, na Amazônia, deve conservar 80%
de floresta.
2.
Escalas são relações de proporção e, no caso Gabarito
dos mapas, elas são elaboradas em escala de
redução.
1. B 2. A 3. E 4. C 5. D 6. A
Dados: 0,11 m no mapa correspondem a
1.760 m no terreno:
71
Prática dos conhecimentos - E.O.
1. (Unesp) Leia.
O fenômeno dos “rios voadores”
“Rios voadores” são cursos de água atmosféricos, invisíveis, que passam por cima de nossas cabe-
ças transportando umidade e vapor de água da bacia Amazônica para outras regiões do Brasil. A
floresta Amazônica funciona como uma bomba d’água. Ela “puxa” para dentro do continente umi-
dade evaporada do oceano Atlântico que, ao seguir terra adentro, cai como chuva sobre a floresta.
Pela ação da evapotranspiração da floresta, as árvores e o solo devolvem a água da chuva para a
atmosfera na forma de vapor de água, que volta a cair novamente como chuva mais adiante. O
Projeto Rios Voadores busca entender mais sobre a evapotranspiração da floresta Amazônica e a
importante contribuição da umidade gerada por ela no regime de chuvas do Brasil.
72
2. (Unesp) Considere o mapa das bacias hidrográficas brasileiras e analise o gráfico das condições
hídricas de uma dessas bacias.
3. (Unesp) Observe os perfis longitudinais de importantes rios de algumas das bacias hidrográficas
brasileiras.
73
As bacias hidrográficas identificadas nos perfis são, respectivamente:
a) Amazônica, Tocantins-Araguaia, Uruguai e Atlântico Nordeste Oriental.
b) Tocantins-Araguaia, Paraguai, Parnaíba e Atlântico Leste.
c) Atlântico Sudeste, Uruguai, Paraguai e Amazônica.
d) Amazônica, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Paraná.
e) Atlântico Nordeste Oriental, Parnaíba, São Francisco e Paraná.
Considerando conhecimentos geográficos sobre projeções cartográficas, é correto afirmar que elas:
a) respeitam os mesmos graus de proporcionalidade, conformidade, equidistância e orientação, regras e
convenções que garantem rigor na representação do planeta.
b) podem ser admitidas como representações fiéis da realidade, pois expressam de forma precisa e rigo-
rosa o planeta como ele é.
c) trazem consigo diferentes formas de representação do planeta, buscando difundir ideologias e deter-
minadas visões de mundo.
d) se caracterizam pela objetividade e neutralidade, sem que fatores de ordem política, técnica ou cultu-
ral tenham influência sobre as formas de representação do planeta.
e) são relações métricas entre a superfície do planeta e as áreas representadas no mapa, não apresentan-
do distorções e deformações em relação à realidade.
5. (Unesp)
A imagem ilustra o trajeto mais comum dos pilotos de asa-delta entre o Vale do Paranã e a Espla-
nada dos Ministérios em Brasília, distantes cerca dequilômetros. Constituem fatores que permitem
a longa duração deste voo:
a) o ângulo de incidência do sol (a intensidade de energia solar que atinge a Terra) e a frente oclusa (a
ação do movimento da corrente de ar frio levantando o ar quente até que ele perca seu contato com a
superfície).
74
b) a gravidade (a força de atração entre dois cor- 7. (Unesp) Para o geógrafo Aziz Nacib Ab’Sáber,
pos) e a expansão adiabática (a expansão de o domínio morfoclimático e fitogeográfico
grandes bolhas de ar até encontrarem meno- pode ser entendido como um conjunto espa-
res valores de pressão atmosférica). cial extenso, com coerente grupo de feições
c) a brisa terrestre (a formação de um campo de do relevo, tipos de solo, formas de vegetação
alta pressão junto à superfície) e os ventos e condições climático-hidrológicas.
divergentes em altitude (a conformação de
uma área receptora de ventos ascendentes).
d) o atrito (a força gerada no sentido contrário
ao deslocamento do vento) e o efeito de Co-
riolis (a rotação das massas de ar no sentido
horizontal em função do movimento da pró-
pria Terra).
e) o processo de condução (a transferência de
calor da superfície para a camada mais pró-
xima da atmosfera) e o processo de convec-
ção (a dinâmica cíclica entre o ar quente que
sobe e o ar frio que desce).
75
a) à integração do território nacional através dos
sistemas técnicos de comunicação e informa-
ção; à centralização de capitais e articulação
dos agentes do sistema financeiro; à difusão
de um modelo de consumo de massa; e à flexi-
bilização do acesso ao crédito pessoal.
b) à desarticulação das regiões brasileiras em
termos de sistemas de transportes e comu-
nicação; à centralização de capitais pelos
agentes do sistema financeiro; à difusão de
diferentes modelos de produção e consumo; e
à flexibilização do acesso ao crédito pessoal.
c) à integração do território nacional através
dos sistemas técnicos de comunicação e in-
formação; à multiplicidade e desarticulação
A partir da observação dos gráficos e dos
dos agentes do sistema financeiro; à difusão
seus conhecimentos pode-se afirmar que:
de diferentes modelos de consumo; e à restri-
ção do acesso ao crédito pessoal. a) no contexto da produção energética mun-
d) à integração interna das regiões brasileiras dial, entre os dois momentos analisados,
e sua desarticulação em escala nacional; à a energia nuclear teve uma diminuição em
centralização de capitais pelos agentes do seus índices porque sua construção e ope-
sistema financeiro; à difusão de um modelo ração apresentam altos custos, com elevada
de consumo de massa; e à flexibilização do emissão de gases de efeito estufa.
acesso ao crédito pessoal. b) atualmente, a fonte de energia renovável
e) à fragmentação do território nacional em que mais aumenta a produção é a eólica, de-
termos de sistemas de transporte e comuni- vido ao funcionamento mais limpo e mais
cação; à multiplicidade e desarticulação dos confiável, apesar da média emissão de gases.
agentes dos sistemas financeiros regionais; à c) a grande queda na produção de energia a
difusão de um modelo de consumo de massa; partir do petróleo ocorreu nesse período
e à restrição do acesso ao crédito pessoal. devido à redução das reservas petrolíferas
mundiais e o crescente desenvolvimento de
9. (Unesp) Em 1995, emendas constitucionais novas tecnologias de energias não renová-
de ordem econômica puseram fim nos mono- veis como a geotérmica e o biocombustível.
pólios de empresas estatais e abriram vários d) o rápido aumento da produção de energia de
setores da infraestrutura ao capital privado fontes nãorenováveis, como a solar, hidráu-
sob o regime de concessão. A aprovação das lica, marés, correntes marítimas e biomassa
emendas expressava o fato de que se havia
deve-se ao fato de não gerarem poluição e
formado um relativo consenso de opinião pú-
risco de grandes acidentes.
blica sobre a necessidade de atualizar o Esta-
e) a redução de energia produzida pelo carvão
do e a economia do país à luz do que vinha
mineral deve-se, entre vários fatores, ao fato
acontecendo no mundo desenvolvido. Apro-
vadas as emendas constitucionais, tiveram de provocar elevada emissão de gases de
início as privatizações de empresas estatais e efeito estufa e contribuir para a ocorrência
concessões de serviços ao setor privado. de chuva ácida.
(Boris Fausto. História do Brasil, 2015. Adaptado.)
1. (Unesp)
1
A prática econômica que fundamentou as
medidas do governo brasileiro apresentadas
no excerto denomina-se doutrina:
a) neoliberal.
b) keynesiana.
c) neocolonial.
d) liberal.
e) mercantilista.
76
c) a mineração e o comércio informal de ouro.
d) as expedições bandeirantes e as trilhas do
gado.
e) as missões jesuíticas e a instalação de núcle-
os comerciais.
77
Transformando e) ao Planalto Central Brasileiro na região Nor-
Tempo e espaço navegando todos os sentidos te, da bacia hidrográfica do rio Tocantins, da
Pães de Açúcar vegetação de campos, de clima de altitude
Corcovados – tropical de altitude.
Fustigados pela chuva e pelo eterno vento
Água mole 17. (Unesp) Apesar de ser estratégica para a in-
Pedra dura tegração sul-americana, a Faixa de Fronteira
Tanto bate que não restará nem pensamento configura-se como uma região pouco desen-
Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei volvida economicamente, historicamente
Transformai as velhas formas do viver abandonada pelo Estado, marcada pela difi-
(www.gilbertogil.com.br) culdade de acesso a bens e serviços públicos,
O trecho faz alusão direta a dois processos pela falta de coesão social, pela inobservân-
geomorfológicos: cia de cidadania e por problemas peculiares
a) meteorização e subsidência. às regiões fronteiriças.
b) assoreamento e fraturamento. (Ministério da Integração Nacional. Faixa
de fronteira, 2009. Adaptado.)
c) erosão e esculpimento.
d) lixiviação e escarpamento. Sob o ponto de vista do território brasileiro,
e) abrasão e soerguimento. configuram exemplos de problemas peculia-
res às regiões fronteiriças:
16. (Unesp) Euclides da Cunha, em Os sertões, a) a captação de recursos por instituições finan-
descreve a campanha de Canudos. No esbo- ceiras internacionais e a evasão de divisas.
ço geológico do Sertão de Canudos, feito por b) a ausência de tributação legal e a desarticula-
ele, é possível distinguir a região. ção político-institucional dos municípios.
c) a formação de economias de subsistência e a
organização de movimentos separatistas.
d) a entrada de produtos ilícitos e a saída de
recursos naturais explorados ilegalmente.
e) a livre atividade de grileiros e a comerciali-
zação de títulos de propriedade para terras
devolutas.
78
A partir da observação das figuras e de seus cobertas por gelo, pois a extensão do gelo
conhecimentos, pode-se afirmar que: marítimo no Ártico diminuiu por volta de
a) se buscamos as coordenadas geográficas do 14% desde os anos 1970. A mídia desta-
polo norte magnético para atingir o polo cou que os russos instalaram sua bandeira
norte geográfico, o provável é que não che- em turfa submarina e que a guarda costeira
guemos lá, porque a localização dos polos americana mapeou o mar de Bering.
magnéticos da Terra não coincide com a dos (Jessa Gamble. Scientific American Brasil. ed. N.°
4, 2009. Kirstin Dow e Thomas E. Downing. O Atlas
polos geográficos.
da Mudança Climática, 2007. Adaptados.)
b) o polo norte magnético encontra-se na costa
norte do Alasca e o polo sul magnético na Sobre o assunto tratado no texto, pode-se
costa oeste da Antártida. afirmar que:
c) se buscarmos as coordenadas geográficas a) os direitos aos recursos localizados no assoa-
do polo sul magnético para atingir o polo lho submarino são definidos com a colocação
sul geográfico, o provável é que alcancemos de bandeiras, como no período de coloniza-
nosso intento, porque a localização dos po- ção das fronteiras.
los magnéticos da Terra coincide com a dos b) as regras que possibilitam reivindicar os re-
polos geográficos. cursos dos leitos submarinos vêm da Con-
d) o polo norte magnético encontra-se na Gro- venção da ONU sobre o Direito do Mar.
c) há um acordo entre os países que circulam
enlândia, na América do Norte, e o polo sul
o Ártico – Rússia, Canadá, Estados Unidos,
geográfico na costa norte da Antártida. China e Inglaterra – para explorar os recur-
e) o polo norte magnético encontra-se na costa sos marinhos.
norte do Canadá, no oceano Atlântico, por- d) com o degelo do Ártico, a navegação e a ex-
tanto, junto à localização do polo norte geo- ploração de minérios não serão beneficiadas
gráfico. e o meio ambiente não sofrerá impacto.
e) a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar
19. (Unesp) Durante os meses de julho e agosto, possibilita a todas as nações costeiras terem
período em que as temperaturas se elevam direitos econômicos iguais sobre o Ártico.
significativamente, amanhece mais cedo e o
21. (Unesp) Analise a tabela.
Sol se põe apenas por volta das 22 horas. As-
Variação do percentual de posições de aten-
sim, das 24 horas do dia, o local permanece
dimento das empresas de teleatendimento,
iluminado por pelo menos 18 horas, e a noi-
por região brasileira, 2000-2011
te torna-se apenas um fenômeno passageiro.
Percentual de posi-
Região ções de atendimento
2000 2011
Sudeste 71% 78%
Nordeste 5,3% 16%
Sul 16,4% 3,4%
Centro-Oeste 4,6% 2%
Norte 2,7% 0,5%
Brasil 100% 100%
(Marina Castro de Almeida. “Em outros pontos da
Considerando conhecimentos geográficos so- rede”. Estudos Geográficos, janeiro/julho de 2014.)
bre a incidência dos raios solares no planeta
ao longo das diferentes épocas do ano, é cor- A partir dos dados apresentados na tabela e
reto afirmar que o local abordado no texto considerando as especificidades dos serviços
está representado no mapa pelo número: de teleatendimento, é correto afirmar que,
a) 5. no período analisado, houve:
b) 2. a) redução na representatividade da região Su-
c) 1. deste, explicada pela baixa dinâmica econô-
d) 4. mica e pela parca disponibilidade de mão de
e) 3. obra qualificada.
b) redução na representatividade da região Sul,
entendida pelo colapso de suas redes infor-
20. (Unesp) O Ártico está na mídia
macionais e pelos altos impostos cobrados
Notícias da região do Ártico levantam dados pela administração pública.
sobre a corrida ao petróleo em suas águas. c) aumento na representatividade da região
Nações reclamam parte das riquezas sob Nordeste, associado à disponibilidade de re-
o fundo do Oceano Glacial Ártico, enquan- des técnico-informacionais e aos menores
to o aquecimento global expõe áreas antes custos de operação.
79
d) aumento na representatividade da região Cen- 23. (Unesp)
tro-Oeste, devido ao incremento do agronegó-
cio e à ampliação dos serviços terceirizados.
e) redução na representatividade da região
Norte, explicada pela raridade de centros ur-
banos e pelo interesse privado em oferecer
serviços ligados ao campo.
80
2
4. (Unesp)
Gabarito
1. D 2. D 3. D 4. C 5. E
6. C 7. B 8. A 9. A 10. E
11. D 12. D 13. B 14. E 15. C
16. A 17. D 18. A 19. E 20. E
21. C 22. E 23. A 24. E
81
GEOGRAFIA 2
83
a) a realização de acordos de cooperação mili- ( ) A característica marcante da estrutu-
tar e tecnológica com países aliados no com- ra dos sistemas de cidades que varia de
bate ao terrorismo internacional; e a prisão acordo com seu tamanho, com a extensão
imediata de árabes e muçulmanos que resi- de sua área de influência espacial e com a
dissem nos Estados Unidos. sua qualidade funcional no que se refere
b) a realização de ataques preventivos a países aos fluxos de bens, de pessoas, de capi-
suspeitos de sediarem grupos terroristas; e a tal e de serviços. No esquema atual das
restrição da liberdade e dos direitos civis de relações entre as cidades, uma vila pode
suspeitos de associação com o terrorismo. se relacionar diretamente com a metró-
c) a concessão de apoio logístico e financeiro a pole nacional, ao contrário do esquema
países que, autonomamente, pudessem com- clássico, onde a vila se relaciona, primei-
bater grupos terroristas em seus territórios; ramente, com a cidade local, depois com
e a preservação dos direitos civis de suspei- o centro regional, e em sequência, com a
tos de associação com o terrorismo, que re- metrópole regional e nacional.
sidissem dentro ou fora dos Estados Unidos. ( ) O processo vinculado às transformações
d) a realização de ataques preventivos a países sociais que provocam a mobilização de
suspeitos de sediarem grupos terroristas; e pessoas, geralmente, de espaços rurais
a flexibilização do ingresso nos Estados Uni- para centros urbanos. Essa mobilização
dos de pessoas oriundas de qualquer região de pessoas é motivada pela busca por es-
do mundo. tratégias de sobrevivência, visando à in-
e) a realização de acordos de cooperação mi- serção no mercado de trabalho bem como
litar e tecnológica com países suspeitos de na vida social e cultural do centro urba-
sediarem grupos terroristas; e a preservação no.
dos princípios de liberdade individual e au- ( ) O conjunto articulado ou integrado de
tonomia dos povos. áreas urbanas que cobrem um determina-
do espaço geográfico e que se relacionam
5. (Unesp) Entre outros desdobramentos pro- continuamente.
vocados pela chamada Primavera Árabe, ini- ( ) O termo empregado para cidade central
ciada no final de 2010, podemos citar: de uma determinada região geográfica,
a) a deposição de governantes na Líbia e no Egi- densamente urbanizada, que assume po-
to e o início de violenta guerra civil na Síria. sição de destaque na economia, na políti-
b) a democratização política na Argélia e a ins- ca, na vida cultural etc. A mancha urbana
talação de regimes militares no Barein e na é formada, geralmente, por cidades com
Jordânia. tendência ao fenômeno de conurbação.
c) o surgimento de regimes islâmicos no Irã e Vários municípios formam uma grande
na Tunísia e a queda do governo pró-Estados comunidade, interdependente entre si e
Unidos no Líbano. com a preocupação de resolver os proble-
d) o controle do governo da Arábia Saudita por mas de interesse comum.
grupos islâmicos fundamentalistas e o fim A sequência correta obtida a partir da cor-
do apoio russo ao Iraque. relação entre os conceitos e as definições é:
e) o fim dos conflitos religiosos no Iêmen e no a) I, II, IV, V, III.
Marrocos e o aumento do preço do petróleo b) II, V, I, III, IV.
no mercado mundial. c) IV, III, I, II, V.
d) III, IV, I, II, V.
6. (Unesp) Correlacione os conceitos a seguir: e) IV, I, V, II, III.
I. Urbanização;
II. Rede urbana;
III. Hierarquia urbana; Raio X
IV. Polarização; e
V. Metrópole. 1.
A compensação financeira é importante no
( ) As aglomerações urbanas mantêm e re- licenciamento ambiental para compensar
forçam laços interdependentes entre si os impactos ambientais de um determinado
e com outras áreas que elas atraem. Es- empreendimento. Porém, os recursos devem
tas áreas que sofrem atração podem, às ser utilizados em atividades mitigadoras dos
vezes, pertencer a regiões homogêneas impactos ou para conservação ambiental em
diversas. Estas áreas criam um sistema outros locais.
urbano regional mais bem definido. Por- O Mercosul foi fundado pelo Tratado de As-
2.
tanto, as regiões, de forma geral, nada sunção (1991) por Brasil, Argentina, Para-
mais são que recortes territoriais destas guai e Uruguai. Os membros plenos apre-
áreas. sentam uma integração comercial mais
84
acentuada por adotarem a união aduaneira I. URBANIZAÇÃO: A afirmativa descreve o
(tarifa externa comum com comércio com processo de urbanização onde ocorre o
nações que estão do bloco). Os membros ple- crescimento da população das cidades em
nos são: Brasil, Argentina, Uruguai e Vene- ritmo superior à do campo.
zuela (admitida em 2012). O Paraguai sofreu II. REDE URBANA: A afirmativa descreve a
uma suspensão temporária em 2012 devido rede de cidades que mantém relação de
a um golpe de Estado parlamentar, uma vez interdependência.
que o Mercosul apresenta uma cláusula de- V. METRÓPOLE: A afirmativa descreve as ci-
mocrática (Protocolo de Ushuaia). Os mem- dades cujo setor terciário cria níveis de
bros associados apresentam menor grau de influencia regional, nacional ou mundial,
integração comercial: Chile, Bolívia, Peru, passando a polarizar as áreas adjacentes,
Equador e Colômbia. onde geralmente, por meio da conurba-
3.
A alta especialização em um único tipo de ção, define áreas metropolitanas.
produto para exportação pode levar a crises
econômicas e sociais para algumas regiões. A
queda dos preços no mercado internacional,
conflitos comerciais ou conflitos geopolíti-
Gabarito
cos e militares podem diminuir as exporta-
ções e os ganhos financeiros, trazendo con- 1. D 2. C 3. A 4. B 5. A
sequências graves como declínio econômico
6. C
e desemprego. Um dos exemplos foi a crise
recente provocada pela queda nas exporta-
ções de suco de laranja concentrado em mu-
nicípios do interior de São Paulo.
Como mencionado corretamente na alterna-
4.
tiva [B], após os atentados de 11 de setembro
foi adotado a Doutrina Bush, em cujos prin-
cípios incluíam-se os ataques preventivos, a
suspensão da Lei Ford, o monitoramento e
suspensão de direitos de suspeitos de ter-
rorismo. Estão incorretas as alternativas:
[A], porque não ocorreram prisões de árabes
residentes nos Estados Unidos; [C], porque
não ocorreu a preservação dos direitos civis
de suspeitos de terrorismo; [D], porque se
adotou maior restrição à imigração; [E], por-
que embasados pelo princípio dos ataques
preventivos da Doutrina Bush, ocorreram as
guerras do Afeganistão e do Iraque, e maior
pressão sobre a questão nuclear do Irã.
5.
A partir de 2010, a Primavera Árabe foi um
movimento por democracia contra ditaduras
que levou a queda dos ditadores da Tunísia,
Egito, Líbia e Iêmen. Na Síria, eclodiu uma
guerra civil entre o governo de Bashar Al As-
sad e grupos sunitas, entre os quais o ELS
(Exército de Libertação da Síria) e o extre-
mista Estado Islâmico.
6.
Como mencionado corretamente na alterna-
tiva [C], a sequencia dos conceitos é:
IV. POLARIZAÇÃO: A afirmativa descreve o
processo de influência das cidades rede-
finindo unidades territoriais.
III. HIERARQUIA URBANA: A afirmativa des-
creve o processo de subordinação das ci-
dades, mencionando o esquema clássico
onde o processo era construído a partir
das metrópoles nacionais até as vilas, e
o esquema atual, cuja estrutura alterada
pelo meio técnico-científico-informacio-
nal, permite a relação direta entre as me-
nores e a maiores cidades.
85
Prática dos países. Fora a África do Sul, cinco países
representam três quartos das exportações
86
4. (Unesp) Observe a tabela e compare a evolução das exportações brasileiras para blocos econômi-
cos, em valores totais (US$), e quantidade em toneladas (ton), nos períodos de 12 meses, jun/mai
2000/01 e 2010/11.
2000/01 2010/11
87
crosta, tendo papel essencial, desde os
primórdios da evolução geológica.
(Wilson Teixeira, et al. Decifrando a Terra, 2003. Adaptado.)
88
III. Com a diminuição da produção industrial Sobre o período que se segue aos aconteci-
em várias partes do mundo, o tráfego de mentos da charge e do texto, faz-se as se-
caminhões caiu, amenizando as emissões guintes afirmações.
de gases que causam as mudanças climá- I. Ao contrário dos defensores da redução
ticas e a poluição local em grandes cen- dos gastos militares após o fim da Guerra
tros urbanos. Fria, a linha-dura americana propunha a
IV. Com a redução da demanda de aço no ampliação do aparato militar e do recurso
mundo, dezenas de pequenas siderúrgi- à guerra como principais instrumentos
de política externa do governo Bush.
cas em alguns países em desenvolvimen-
II. O inimigo imediato já estava escolhido:
to tiveram de parar as suas atividades e,
a Arábia Saudita, um país riquíssimo em
em consequência, a concentração de dió- petróleo. Os EUA acreditavam ter ainda
xido de enxofre (SO2), substância respon- contas a ajustar com o ditador Saddam
sável pela chuva ácida, aumentou expres- Hussein, cujo regime havia sobrevivido à
sivamente nesses lugares. derrota na Guerra do Golfo de 1991.
V. Com o preço da soja e da carne em queda III. A decisão de invadir a Turquia foi toma-
no Brasil, houve menos incentivos para da quando ocorreram os atentados de 11
derrubar a floresta e substituí-la por pas- de setembro de 2001. Os cidadãos norte-
tos ou lavouras, tendo, como consequên- -americanos nunca tinham testemunha-
cia, a redução, na Amazônia, do desma- do um ataque tão devastador em seu pró-
tamento no período de agosto de 2008 a prio território.
IV. A resposta do governo Bush, aos atenta-
janeiro de 2009, quando comparado ao
dos de 11 de setembro de 2001, veio rá-
mesmo período do ano anterior.
(www.planetasustentavel.abril.com.br/
pida, com um ataque militar fulminante
notícia/ambiente/ Adaptado.) ao Afeganistão. Aproveitando-se da soli-
dariedade internacional aos EUA após os
Estão corretas apenas as afirmações: atentados, declara “Guerra ao Terror” e
a) I, II e III. ao “Eixo do Mal”, constituído por Iraque,
b) III, IV e V. Coreia do Norte e Irã.
c) II, IV e V. É correto apenas o que se afirma em:
d) I, II e IV. a) I e IV.
e) II, III e V. b) II e III.
c) II, III e IV.
10. (Unesp) Analise a charge e o texto a seguir. d) I, III e IV.
e) I, II e III.
89
b) a união política e ideológica entre Estado, forças guerrilheiras e grupos paramilitares e a divisão do
território colombiano em zonas de domínio militar dos agentes envolvidos no conflito.
c) as divergências políticas e ideológicas entre Estado, forças guerrilheiras e grupos paramilitares e a
unificação do território colombiano sob o domínio militar dos grupos paramilitares.
d) a união política e ideológica entre Estado, forças guerrilheiras e grupos paramilitares e a unificação do
território colombiano sob o pleno domínio militar do Estado.
e) as divergências políticas e ideológicas entre Estado, forças guerrilheiras e grupos paramilitares e a
unificação do território colombiano sob o domínio militar das forças guerrilheiras.
90
1
3. (Unesp) Considerando os rios como agentes permanente, reserva legal e Unidades de
modeladores do relevo terrestre, é correto Conservação, integrantes do Corredor de
afirmar que: Biodiversidade.
a) em seus alto e baixo cursos, predominam (www.mataciliar.pr.gov.br)
tanto os processos de erosão do relevo como
de remoção de materiais; em seu médio cur- As matas ciliares são:
so, predominam os processos de deposição e a) florestas tropicais em margens de rios, cujo
de sedimentação. papel é regular fluxos de água, sedimentos
b) em seu alto curso, predominam os proces- e nutrientes entre os terrenos mais altos da
sos de deposição e de sedimentação de ma- bacia hidrográfica e o ecossistema aquático.
teriais; em seu baixo curso, predominam os
O mau uso dessas áreas provoca erosão das
processos de erosão do relevo e de remoção
encostas e assoreamento do leito fluvial.
de materiais.
c) em seu alto curso, predominam os processos b) florestas temperadas, cujo papel é de filtro
de erosão do relevo e de remoção de mate- entre o solo e o ar, possibilitando a prática
riais; em seu baixo curso, predominam os da agricultura sem prejudicar o ecossistema
processos de deposição e de sedimentação. atmosférico. O mau uso dessas áreas provoca
d) ao longo de todos os seus cursos, os pro- erosão do solo e contaminação do ar.
cessos de deposição e de sedimentação de c) florestas subtropicais, cuja função é pre-
materiais predominam sobre os processos de servar a superfície do solo, proporcionando
erosão do relevo e de remoção de materiais. a diminuição da filtragem e o aumento do
e) ao longo de todos os seus cursos, predomina escoamento superficial. O mau uso dessas
o transporte de materiais, sem que os pro- áreas provoca aumento da radiação solar e
cessos de erosão e de sedimentação tenham estabilidade térmica do solo.
relevância sobre o esculpimento do relevo. d) coberturas vegetais que ficam às margens
dos lagos e nascentes, atuam como regu-
14. (Unesp) A escassez de recursos hídricos pode ladoras do fluxo de efluentes e contribuem
ser vista como resultado de um conjunto de para o aumento dos nutrientes e sedimentos
fatores naturais e humanos que variam em
que percolam o solo. O mau uso dessas áreas
cada região. No caso da região Sudeste, em
provoca evaporação e rebaixamento do nível
especial da região metropolitana de São Pau-
lo, entre os fatores humanos que contribuem do lençol freático.
diretamente para a restrição da disponibili- e) formações florestais que desempenham fun-
dade de água estão: ções hidrológicas de estabilização de áreas
a) a transposição de bacias hidrográficas e o críticas em topos de morros, cumprindo uma
grande consumo agrícola de recursos hídri- importante função de corredores para a fau-
cos. na. O mau uso dessas áreas provoca desma-
b) a intensa poluição de rios e lençóis freáticos tamento e deslizamento das encostas.
e o grande consumo urbano e industrial de
recursos hídricos. 16. (Unesp) Assinale a alternativa que indica
c) o grande consumo urbano e agrícola de re- corretamente o fator considerado determi-
cursos hídricos e a inexistência de infraes- nante para a localização das indústrias du-
truturas de captação, tratamento e distri- rante a Primeira Revolução Industrial (final
buição de água. do século XVIII a meados do século XIX).
d) a preservação de vastas extensões de flores-
a) Reservas de petróleo.
ta nativa e a transposição de bacias hidro-
b) Incentivos fiscais.
gráficas.
c) Mão de obra especializada.
e) a inexistência de infraestruturas de capta-
ção, tratamento e distribuição de água e a d) Jazidas de carvão mineral.
intensa poluição d rios e lençóis freáticos. e) Disponibilidade de água.
91
b) o apoio unânime dos grupos islâmicos ao
atentado ao World Trade Center, em Nova
Iorque, e a invasão militar norte-americana
no Iraque.
c) a situação e os direitos das mulheres nos pa-
íses do Ocidente e nas áreas em que prevale-
cem regimes políticos islâmicos.
d) a invasão norte-americana no Afeganistão
e o apoio soviético ao regime liderado pelo
Com base nas informações fornecidas e em Talibã naquele país.
conhecimentos sobre a dinâmica do lixo só- e) os islâmicos que protestaram contra o aten-
lido no Brasil, é correto afirmar que a coleta tado à redação do jornal Charlie Hebdo, em
seletiva: Paris, e a ação militar do Estado Islâmico.
a) mais do que dobrou de 2006 a 2008, devido
ao surgimento de usinas de compostagem, 19. (Unesp) Cândido Portinari conseguiu retra-
sendo as regiões Sul e Norte as mais atendi- tar em suas obras o dia a dia do brasileiro
das em 2010. comum, procurando denunciar os problemas
b) dobrou de 2004 a 2006, devido ao cresci- sociais do nosso país. No quadro Os Retiran-
mento de cooperativas de catadores de lixo, tes, produzido em 1944, Portinari expõe o
sendo as regiões Sudeste e Centro-Oeste as sofrimento dos migrantes, representados por
mais atendidas em 2010. pessoas magérrimas e com expressões que
c) mais do que quintuplicou de 1994 a 2010, transmitem sentimentos de fome e miséria.
devido à possibilidade de reciclagem de vá-
rios materiais, sendo as regiões Sul e Sudes-
te as mais atendidas em 2010.
d) triplicou de 1994 a 1999, devido à rígida Po-
lítica Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),
sendo as regiões Sul e Sudeste as mais aten-
didas em 2010.
e) dobrou de 1994 a 2004, devido à instalação
de cooperativas de reciclagem, sendo as re-
giões Sul e Nordeste as mais atendidas em
2010.
92
2
0. (Unesp) Examine o gráfico. 22. (Unesp) As margens continentais são uma
das diversas macroformas do relevo subma-
rino. Elas margeiam os continentes apre-
sentando, conforme o continente, caracte-
rísticas físicas diferentes, como extensão e
profundidade. Analise as figuras, que cor-
respondem aos diferentes tipos de margem
continental presentes no planeta.
93
as duas Coreias serão tratadas sob o protoco-
lo de guerra”, declara um comunicado atri-
buído a todos os órgãos do governo norte-
-coreano.
(http://noticias.uol.com.br. Adaptado.)
Gabarito
1. B 2. B 3. C 4. C 5. C
6. E 7. E 8. C 9. E 10. A
11. A 12. A 13. C 14. B 15. A
16. D 17. C 18. E 19. D 20. A
21. C 22. A 23. D 24. C
94
QUESTÕES OBJETIVAS - biologia
Ciências da Natureza e suas tecnologias
R.P.A. Unesp
Revisão Programada Anual
UNESP – Biologia
Fisiologia Animal e Humana 19%
Reino Vegetal/Fungos/Proto ..., 17%
Ecologia 15%
Genética 14%
Reino Animal/Protoctistas 12%
Citologia 7%
Evolução Biológica 6%
Parasitologia 5%
Programa de Saúde 3%
Outros 2%
BIOLOGIA 1
Prescrição: São necessários conhecimentos sobre teorias evolutivas, definição de espécies e gru-
pos mais abrangentes dentro de ecologia e suas respectivas interações. Em adicional, a compreen-
são da relação evolutiva e características anatômicas e fisiológicas dos vegetais.
97
c) vermelho-escura, vermelho-escura, amarela 6. (Unesp) A parte comestível do cogumelo
e amarela. (“champignon”) corresponde ao:
d) amarela, amarela, amarela e amarela. a) micélio monocariótico do Ascomiceto.
e) vermelho-escura, vermelho-clara, vermelho- b) corpo de frutificação do Ascomiceto.
-escura e amarela. c) micélio monocariótico do Basidiomiceto.
d) corpo de frutificação do Basidiomiceto.
e) sorédio do fungo.
4. (Unesp) Observe a tabela.
ESPÉCIES EM INTERAÇÃO
1. cupins x protozoários
TIPO DE INTERAÇÃO
I. Predatismo
Raio X
2. boi x ovelha II. Mutualismo
1.
Leptospirose é uma doença bacteriana cau-
3. sapo x mosca III. Comensalismo sada pelo Leptospiraque e que afeta seres
4. rêmora x tubarão IV. Competição humanos e animais; pode ser transmitida
por água ou alimentos infectados pela urina
Indique a alternativa que associa os tipos de de animais, como roedores (ratos).
interação com as interações descritas. Maré vermelha é um fenômeno caracterizado
2.
a) 1 I, 2 II, 3 IV e 4 III. pelo excesso da presença de algas, parte do
b) 1 I, 2 III, 3 IV e 4 II. fitoplâncton, base da cadeia alimentar aquá-
c) 1 II, 2 IV, 3 III e 4 I. tica. Essas as algas microscópicas aumentam
d) 1 II, 2 IV, 3 I e 4 III. em grandes proporções, fazendo com que o
e) 1 III, 2 II, 3 I e 4 IV. fenômeno aconteça.
No tubo 1 ocorre a inibição da fotossíntese
3.
5. (Unesp) Os algarismos romanos, de I a V, re- devido ao papel alumínio. Dessa forma ocor-
presentam grupos de organismos fotossinte- re somente o processo respiratório e aumen-
tizantes, e os algarismos arábicos, de 1 a 5, ta a concentração de CO2, tornando a solução
indicam algumas características desses gru- amarela. No tubo 2 a fotossíntese ocorre li-
vremente. Esse processo consome CO2, dei-
pos.
xando a solução vermelho-escura. Nos tubos
ORGANISMOS 3 e 4 não há plantas, assim não há acontece
I. Angiospermas nem fotossintéticas e nem respiratórias. As
II. Gimnospermas soluções são mantidas na cor original, que é
III. Algas vermelho-clara.
IV. Pteridófitas 4.
Mutualismo: ambas as espécies se beneficiam
V. Briófitas da relação de dependência mútua. Exemplo:
cupim se alimenta de madeira, porém não
CARACTERÍSTICAS tem a enzima necessária para a digestão da
1. As sementes são produzidas em cones ou celulose. No entanto, os protozoários que vi-
estróbilos. vem em seu interior são capazes de degradar
2. Leguminosas e gramíneas constituem a celulose e obter a energia necessária ao
duas famílias deste grupo, com grande seu metabolismo.
importância ecológica, alimentar e eco- Competição ocorre quando duas ou mais es-
nômica. pécies precisam de um mesmo recurso am-
3. O caule costuma ser subterrâneo e as fo- biental limitado. Ex.: boi e a ovelha, ambos
lhas formadas por folíolos. se alimentam de grama.
4. O transporte de água e de materiais é fei- Predação: é uma relação onde os predadores
to por difusão, célula a célula, e de forma capturam presas para sua alimentação. Ex.: o
lenta. sapo que captura a mosca, que serve de ali-
mento para esse indivíduo.
5. Muitas espécies deste grupo são compo-
Comensalismo: apenas uma das espécie se
nentes do fitoplâncton, apresentando di-
beneficia da relação, porém a outra espécies
ferentes formas, tamanhos e cores.
não é prejudicada. Ex.: a rêmora que fica
Assinale a alternativa que associa, correta- próxima ao tubarão para se alimentar dos
mente, esses grupos de organismos com suas restos d comida que esse indivíduo captura.
respectivas características. 5.
Leguminosas e gramíneas pertencem a famí-
a) I 2, II 1, III 3, IV 4 e V 5. lias de angiospermas.
b) I 1, II 3, III 2, IV 5 e V 4. As gimnospermas são plantas produtoras de
c) I 2, II 1, III 5, IV 3 e V 4. sementes e de cones.
d) I 5, II 4, III 1, IV 3 e V 2. Os componentes do fitoplâncton são as algas
e) I 4, II 3, III 5, IV 2 e V 1. microscopias.
98
Os rizomas (caules subterrâneos) são co-
muns entre as pteridófitas.
Plantas avasculares pertencem às briófitas.
6.
O champignon é uma espécie de fungo per-
tencente ao filo Basidiomycota. A parte co-
mestível corresponde ao corpo de frutifica-
ção, um aglomerado de hifas com função de
reprodução.
Gabarito
1
. C 2. E 3. B 4. D 5. C
6. D
99
Prática dos
conhecimentos - E.O.
1. (Unesp) Água doce: o ouro do século 21
O consumo mundial de água subiu cerca de
seis vezes nas últimas cinco décadas. O Dia
Mundial da Água, em 22 de março, encon-
tra o líquido sinônimo de vida numa en-
cruzilhada: a exploração excessiva reduz os
estoques disponíveis a olhos vistos, mas o No gráfico, as linhas:
a) 2, 3 e 4 representam, respectivamente, a po-
homem ainda reluta em adotar medidas que
pulação de insetos, a população das aves e a
garantam sua preservação.
população de seu predador.
(http://revistaplaneta.terra.com.br)
b) 1, 3 e 4 representam, respectivamente, a po-
Além da redução do consumo, uma medida pulação das aves, os grãos produzidos pela
que, a médio e a longo prazo, contribuirá agricultura e a população de insetos.
para a preservação dos estoques e a conser- c) 2, 3 e 4 representam, respectivamente, os
vação da qualidade da água para consumo grãos produzidos pela agricultura, a população
humano é: do predador das aves e a população das aves.
a) a construção de barragens ao longo de rios d) 1, 2 e 3 representam, respectivamente, os
poluídos, impedindo que as águas contami- grãos produzidos pela agricultura, a popula-
nadas alcancem os reservatórios naturais. ção de insetos e a população das aves.
b) o incentivo à perfuração de poços artesianos e) 1, 2 e 3 representam, respectivamente, os
nas residências urbanas, diminuindo o im- grãos produzidos pela agricultura, a popula-
ção das aves e a população de seu predador.
pacto sobre os estoques de água nos reser-
vatórios.
c) a recomposição da mata nas margens dos 3. (Unesp) O cogumelo shimeji (Pleurotus
rios e nas áreas de nascente, garantindo o ostreatus) aos poucos vai se incorporando
aporte de água para as represas. à culinária das grandes cidades brasileiras.
d) o incentivo à construção de fossas sépticas Encontrado facilmente em supermercados,
nos domicílios urbanos, diminuindo a quan- é usado como principal ingrediente de mo-
tidade de esgotos coletados que precisam ser lhos, refogados, risotos e outros pratos.
tratados.
e) a canalização das águas das nascentes e seu
redirecionamento para represas, impedindo
que sejam poluídas em decorrência da ativi-
dade humana no entorno.
100
c) a primeira está errada e a segunda está correta, pois, embora sejam fungos e não realizem fotossíntese,
os cogumelos são autótrofos e sintetizam seu próprio alimento.
d) ambas estão corretas, e a segunda delas é consequência da primeira, uma vez que organismos que não
fazem fotossíntese não sintetizam proteínas e carboidratos.
e) a primeira está correta e a segunda está errada, uma vez que, embora não realizem fotossíntese, os
fungos sintetizam proteínas e carboidratos.
4. (Unesp) O fluxo de seiva bruta nas plantas está diretamente associado à abertura e ao fechamento
dos estômatos. O aumento do fluxo de seiva bruta ao longo do caule é favorecido por:
a) estômatos abertos e baixa intensidade luminosa.
b) estômatos abertos e baixa quantidade de água no solo.
c) estômatos fechados e alta concentração de glicose na folha.
d) estômatos abertos e baixa concentração de CO2 na folha.
e) estômatos fechados e alta concentração de CO2 na folha.
Plantas xeromórficas e com folhas modificadas que diminuem a evapotranspiração; plantas com
rizóforos e pneumatóforos (eficientes na sustentação da planta e na captação do oxigênio); e
plantas epífitas (que vivem sobre outras plantas, aumentando a eficiência na captação de luz) são
típicas dos biomas identificados, respectivamente, pelos números:
a) 1, 2 e 4.
b) 4, 5 e 2.
c) 3, 1 e 5.
d) 2, 5 e 3.
e) 4, 1 e 3.
101
6. (Unesp) A figura mostra uma antiga área de Nos gráficos, o eixo Y corresponde a um den-
cultivo em processo de recuperação ambiental. tre vários fatores que se alteram durante o
processo de eutrofização, e o eixo X o tempo
decorrido no processo.
102
d) de cor verde no período I e de cor vermelha claro e escuro ao longo das 24 horas do dia,
no período II, e a taxa de fotossíntese seria pode-se afirmar corretamente que as podas
maior no período I do que no período II. foram:
e) de cor verde no período I e de cor verde no a) mais frequentes entre outubro e dezembro,
período II, e a taxa de fotossíntese seria a período no qual a luminosidade intensa de-
mesma em ambos os períodos. terminou o aumento da taxa de fotossíntese,
mantendo o gramado no seu ponto de com-
9. (Unesp) As figuras apresentam diferentes pensação fótica.
mecanismos que um agricultor pode empre- b) mais frequentes entre dezembro e fevereiro,
gar para promover a propagação vegetativa período no qual o aumento da intensidade
de algumas espécies vegetais. luminosa determinou um aumento na taxa
de respiração.
c) menos frequentes entre abril e junho, perí-
odo no qual as baixas temperaturas deter-
minaram o aumento da taxa de respiração e
colocaram o gramado acima de seu ponto de
compensação fótica.
d) menos frequentes entre junho e agosto, pe-
ríodo no qual a diferença entre a taxa de
fotossíntese e a taxa de respiração tornou-se
menor.
e) menos frequentes entre agosto e outubro,
período no qual os dias mais curtos em rela-
ção às noites levaram a uma taxa de fotos-
síntese abaixo da taxa de respiração.
103
III. O terceiro verso faz referência à poluição c) a planta do Pará apresentará maior eficiên-
atmosférica. Gases tóxicos são liberados cia fotossintética se o botânico navegar para
pela atividade humana, comprometendo maiores longitudes, em sentido oeste, mas a
a saúde das populações e dos demais or- planta do Gabão apresentará eficiência fo-
tossintética diminuída.
ganismos. d) ambas as plantas manterão, aproximada-
IV. O quarto verso é referência direta às quei- mente, a mesma eficiência fotossintética se
madas, que têm por objetivo a formação o botânico navegar para maiores longitudes,
de pastos em detrimento da conservação tanto em sentido leste quanto para oeste.
da mata nativa. e) ambas as plantas terão a eficiência fotos-
É correto o que se afirma em: sintética aumentada se o botânico navegar
a) III, apenas. para maiores latitudes ao norte, mas terão a
eficiência fotossintética diminuída se nave-
b) IV, apenas.
gar para o sul.
c) I e II, apenas.
d) III e IV, apenas.
13. (Unesp) Cogumelos iluminam a floresta, é
e) I, II, III e IV. o título da reportagem de capa da Revista
Pesquisa Fapesp de fevereiro de 2010. Na
12. (Unesp) Suponha a seguinte situação hipo- reportagem, os pesquisadores descrevem al-
tética: gumas espécies de fungos bioluminescentes
Em pleno mês de dezembro, um botânico encontrados no Brasil.
está em um barco no oceano Atlântico, exa- Antes de entregar a revista para que os alu-
tamente no ponto que corresponde à inter- nos lessem a reportagem, a professora de
secção de duas linhas imaginárias: a linha biologia pediu-lhes que apresentassem hi-
póteses sobre o desenvolvimento da biolu-
do equador e o meridiano de Greenwich. Na
minescência na evolução desses fungos.
figura, a seta indica esse ponto.
Foram apresentadas três hipóteses:
No barco, há dois vasos contendo duas I. A bioluminescência, resultante de rea-
plantas da mesma espécie, que foram cul- ções de oxi-redução que consomem oxi-
tivadas em condições idênticas. Uma delas gênio, poderia desempenhar um papel
foi cultivada no litoral do Pará e, a outra, antioxidante que protegeria os fungos
no litoral do Gabão, ambos os locais corta- bioluminescentes de radicais livres pro-
dos pela linha do equador. Suponha que as duzidos por seu metabolismo.
duas plantas apresentam a mesma eficiência II. A bioluminescência poderia servir como
fotossintética e que, partindo do ponto de um sinalizador de perigo, similar ao exis-
intersecção das linhas, o botânico possa se tente em algumas espécies de insetos, o
deslocar ao longo da linha do equador ou do qual alertaria os eventuais predadores
meridiano de Greenwich. tratar-se de um fungo venenoso.
III. A bioluminescência teria se desenvolvido
para promover a iluminação da floresta,
favorecendo inúmeras espécies de hábi-
tos noturnos, como algumas aves e ma-
míferos, que dependem da luz para suas
atividades.
Pode-se afirmar que, do ponto de vista evo-
lutivo, são plausíveis as hipóteses:
a) I, II e III.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, apenas.
e) III, apenas.
104
A partir desses dados, pode-se dizer que na 17. (Unesp) Paulo considerou incoerente afir-
árvore filogenética que reconstitui a história mar que as plantas promovem o sequestro de
evolutiva dessas espécies: carbono pois, quando respiram, as plantas
a) as espécies 1 e 2 compartilham entre si um liberam CO2 para a atmosfera. Consultando
maior número de ancestrais comuns que seu professor, Paulo foi informado de que a
aqueles compartilhados pelas espécies 1 e 3. afirmação é:
b) a espécie 4 tem uma origem evolutiva mais a) correta. O tempo durante o qual as plantas
recente que a espécie 3. respiram é menor que aquele durante o qual
c) a espécie 1 é mais aparentada à espécie 2 realizam a fotossíntese, o que garante que
que à espécie 3. consumam mais CO2 atmosférico que aquele
d) as espécies 1, 2 e 3 formam um grupo natu- liberado.
ral, ou monofilético. b) correta. O tempo durante o qual as plantas
e) as espécies 2, 3 e 4 formam um grupo artifi- respiram é o mesmo que aquele durante o
cial, ou parafilético. qual realizam a fotossíntese, contudo, a taxa
fotossintética é maior que a taxa de respira-
15. (Unesp) A figura apresenta uma proposta de ção, o que garante que consumam mais CO2
relações evolutivas entre diferentes grupos atmosférico que aquele liberado.
de organismos. c) correta. Embora as plantas respirem por mais
tempo que aquele empregado na fotossínte-
se, esta permite que as plantas retenham o
carbono que é utilizado na constituição de
seus tecidos.
d) incorreta. As plantas acumulam carbono
apenas durante seu crescimento. Em sua
fase adulta, o tempo durante o qual respi-
ram é maior que aquele durante o qual reali-
Pode-se dizer que a presença de núcleo deli-
zam fotossíntese, o que provoca a reintrodu-
mitado por membrana e a formação de teci-
ção na atmosfera de todo CO2 que havia sido
dos verdadeiros apareceram, respectivamen-
incorporado.
te, em:
e) incorreta. Além de a respiração e a fotossín-
a) 1 e 2.
tese ocorrerem em momentos diferentes e
b) 1 e 3.
não coincidentes, o volume de CO2 liberado
c) 2 e 4.
pela respiração é o mesmo que o volume de
d) 3 e 4.
CO2 atmosférico consumido pela fotossíntese.
e) 4 e 5.
1
8. (Unesp) A sequência indica os crescentes ní-
16. (Unesp) No sistema de classificação de Li- veis de organização biológica:
neu, os fungos eram considerados vegetais célula → I → II → III → população → IV →
inferiores e compunham o mesmo grupo do V → biosfera.
qual faziam parte os musgos e as samam- Os níveis I, III e IV correspondem, respecti-
baias. Contudo, sistemas de classificação vamente, a:
modernos colocam os fungos em um reino a) órgão, organismo e comunidade.
à parte, reino Fungi, que difere dos vegetais b) tecido, organismo e comunidade.
não apenas por não realizarem fotossíntese, c) órgão, tecido e ecossistema.
mas também porque os fungos: d) tecido, órgão e bioma.
a) são procariontes, uni ou pluricelulares, en- e) tecido, comunidade e ecossistema.
quanto os vegetais são eucariontes plurice-
lulares. 19. (Unesp) A figura apresenta a variação na
b) são exclusivamente heterótrofos, enquanto produção de sementes pela população de
os vegetais são autótrofos ou heterótrofos. uma espécie de árvore, observada pelo perí-
c) não apresentam parede celular, enquanto odo de 20 anos. As setas representam o perí-
todos os vegetais apresentam parede celular odo em que foi aplicado na área um produto
formada por celulose. químico utilizado para o controle de pragas.
d) têm o glicogênio como substância de reserva
energética, enquanto nos vegetais a reserva
energética é o amido.
e) reproduzem-se apenas assexuadamente, en-
quanto nos vegetais ocorre reprodução sexu-
ada ou assexuada.
105
Analisando o comportamento da curva, po- 2
1. (Unesp) “Nasceu no meu jardim um pé de
de-se afirmar que o produto químico utiliza- mato que dá flor amarela.
do provavelmente elimina: Toda manhã vou lá pra escutar a zoeira
a) outras espécies de plantas que competem da insetaria na festa.
por nutrientes com a planta observada. Tem zoado de todo jeito:
b) os insetos que se alimentam das sementes tem do grosso, do fino, de aprendiz e de
dessa planta. mestre.
c) os pássaros que se alimentam dos frutos des- É pata, é asa, é boca, é bico,
sa planta e que promovem a dispersão das É grão de poeira e pólen na fogueira do sol.
sementes. Parece que a arvorinha conversa”.
d) os polinizadores dessa planta. (“Anímico”. Adélia Prado.)
e) os microorganismos patogênicos que infec-
tam essa planta.
20. (Unesp) Uma determinada espécie de cama- O poema faz referência a alguns elementos e
rão foi introduzida em um lago. A figura 1 fenômenos biológicos. Sobre eles, um estu-
dante afirmou:
representa a variação nos tamanhos popula-
I. O grão de pólen se constitui em uma das
cionais do camarão, de uma espécie de peixe
bases da interação entre o “pé de mato
e de uma espécie de ave que vivem no lago,
que dá flor amarela” e a “insetaria” que
observada nos anos seguintes, como conse- visita essa flor pela manhã.
quência da introdução do camarão. II. A interação descrita envolve benefício
O esquema que melhor representa a inclusão mútuo, uma vez que o transporte de pó-
da espécie de camarão na estrutura trófica len promovido pelos insetos contribui
desse lago é: para aumento da variabilidade genética
da planta, ao mesmo tempo em que parte
do pólen pode ser utilizada como alimen-
to pelos insetos.
III. Trata-se de uma relação de comensalismo
porque, embora a planta se beneficie da
dispersão do pólen, este não pode ser uti-
lizado pelos insetos, uma vez que contém
gametas masculinos de origem vegetal.
São corretas as afirmações:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) III, apenas.
d) I e II, apenas.
e) I e III, apenas.
106
2
2. (Unesp) O quadro apresenta, na linha principal, diferentes ecossistemas e, nas linhas numeradas
de 1 a 5, estruturas adaptativas presentes em diferentes espécies vegetais.
Ecossistema Manguezais Lagos Cerrado Caatinga
Espinhos; Caules
1 Raízes profundas; espinhos Pneumatóforos Pneumatóforos
tortuosos
Raízes-escora; Raízes-escora;
2 Aerênquima Pneumatóforos
Glândulas de sal Glândulas de sal
Raízes-escora;
3 Pneumatóforos; Aerêquima Raízes-escora Glândulas de sal
Aerênquima
Espinhos;
4 Espinhos; Pneumatóforos Glândulas de sal Aerênquima
Raízes profundas
Raízes-escora;
5 Aerênquima Caules tortuosos Espinhos
Pneumatóforos
A linha que relaciona corretamente as estruturas adaptativas ao ecossistema onde as mesmas são
mais frequentemente encontradas nas plantas é:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
23. (Unesp) Uma vez que não temos evidência processo seguiram-se a síntese protéica nos
por observação direta de eventos relacionados mares primitivos, a formação dos coacerva-
à origem da vida, o estudo científico desses dos e o surgimento das primeiras células.
fenômenos difere do estudo de muitos outros Considerando os processos de formação e as
eventos biológicos. Em relação a estudos so-
formas de utilização dos gases oxigênio e di-
bre a origem da vida, apresentam-se as afir-
mações seguintes. óxido de carbono, a sequência mais provável
I. Uma vez que esses processos ocorreram dos primeiros seres vivos na Terra foi:
há bilhões de anos, não há possibilidade a) autotróficos, heterotróficos anaeróbicos e
de realização de experimentos, mesmo heterotróficos aeróbicos.
em situações simuladas, que possam con- b) heterotróficos anaeróbicos, heterotróficos
tribuir para o entendimento desses pro- aeróbicos e autotróficos.
cessos. c) autotróficos, heterotróficos aeróbicos e he-
II. Os trabalhos desenvolvidos por Oparin
terotróficos anaeróbicos.
e Stanley Miller ofereceram pistas para
os cientistas na construção de hipóteses d) heterotróficos anaeróbicos, autotróficos e
plausíveis quanto à origem da vida. heterotróficos aeróbicos.
III. As observações de Oparin sobre coacerva- e) heterotróficos aeróbicos, autotróficos e he-
dos ofereceram indícios sobre um proces- terotróficos anaeróbicos.
so que constituiu-se, provavelmente, em
um dos primeiros passos para a origem
da vida, qual seja, o isolamento de ma-
cromoléculas do meio circundante.
Gabarito
Em relação a estas afirmações, podemos in- 1. C 2. D 3. E 4. D 5. E
dicar como corretas:
6. E 7. D 8. A 9. A 10. D
a) I, apenas.
b) II, apenas. 11. A 12. D 13. B 14. E 15. D
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas. 16. D 17. C 18. B 19. D 20. D
e) I, II e III.
21. D 22. E 23. D 24. D
107
BIOLOGIA 2
109
De acordo com o esquema, é correto afirmar
que: Raio X
a) a estrutura I representa a artéria aorta, que
conduz sangue arterial a partir do ventrículo 1.
Alantoide é uma membrana embrionária,
direito do coração. originada a partir do intestino posterior,
b) a estrutura II representa as veias cavas, que que tem como função realizar respiração e
transportam sangue venoso ao átrio direito. armazenar excretas nos embriões de rép-
c) a estrutura III indica as veias pulmonares, teis e aves; nos mamíferos compõem parte
que conduzem sangue venoso a partir do do cordão umbilical e unindo-se com o cório
ventrículo direito. para formar a placenta.
d) a estrutura IV refere-se à artéria pulmonar, A imagem trata-se da prevenção contra den-
2.
que leva sangue arterial ao átrio esquerdo. gue, a qual é transmitida pelas espécies de
e) nas estruturas I e II as taxas de O2 e CO2 so- mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus.
frem profundas alterações quando o sangue A elefantíase assim como a dengue também
passa pelo coração, e este fenômeno deno- é transmitida por um inseto, que pode ser
mina-se hematose. do gênero Culex, Anopheles, Mansonia ou
Aedes. A malária é transmitida pela picada
5. (Unesp) Considere os seguintes métodos da fêmea do mosquito Anopheles. A febre
preventivos e de tratamento de doenças pa- amarela, nas cidades, é transmitida princi-
rasitárias. palmente por mosquitos da espécie Aedes
I. Abstenção de contato com água possivel- aegypti.
mente contaminada. 3.
Estrela do marsão equinodermos, portanto
II. Uso de medicamentos que combatem o deuterostomado, com endoesqueleto calcá-
parasito no homem. reo e simetria radial.
III. Aplicação de inseticidas nas casas. Planária são platelmintos, assim com siste-
IV. Uso de sanitários e higiene das mãos. ma digestivo incompleto e simetria bilateral.
No caso da malária, os métodos de prevenção Anfioxo é cefalocordado, com notocorda que
e tratamento válidos são apenas: persiste desde a fase embrionária até a fase
a) II e III. adulta.
b) I e III. Polvo são moluscos cefalópodes, portanto
c) I e II. tem massa visceral protegida pelo manto e
d) I e IV. presença de tentáculos
e) III e IV. Aranhas são artrópodes aracnídeos, que pos-
suem quelíceras e respiração filotraqueal.
6. (Unesp) Considere o seguinte esquema do 4.
A estrutura I representa a artéria aorta, que
sistema digestivo humano. transportam sangue arterial aos tecidos.
A estrutura II representa as veias cavas, que
transportam sangue venoso ao átrio direito.
A estrutura III representa a artéria pulmonar,
que transportam sangue venoso aos pulmões.
A estrutura IV representa a veia pulmonar,
que transportam sangue arterial ao coração.
5.
A maioria das parasitoses pode ser impedi-
das por medidas simples de higiene e lim-
peza. Outras necessitam de cuidados especí-
ficos. Evitar contato com água contaminada
e uso de medicamentos para eliminação do
parasita são algumas formas de prevenção.
Os órgãos que produzem enzimas digestivas 6.
A absorção de nutrientes ocorre, principal-
que digerem proteínas são: mente, ao nível do jejunoíleo. A cavidade
a) 1, 4 e 5. entérica recebe o suco intestinal, o suco pan-
b) 1, 4 e 6. creático e a bile.
c) 4, 5 e 6.
d) 1, 3 e 7.
e) 2, 3 e 8. Gabarito
1
. E 2. C 3. B 4. B 5. A
6. C
110
Prática dos
conhecimentos - E.O.
1. (Unesp) Na figura, uma demonstração feita
com garrafa pet, tubos e balões de borracha
simula o funcionamento do sistema respira-
tório humano.
111
Se o gráfico 1 referir-se aos níveis de: 6. (Unesp) Três consumidores, A, B e C, com-
a) e o gráfico 2 aos níveis de ocitocina, Ana praram, cada um deles, uma bebida em em-
Cristina está entrando em período fértil, balagem longa vida, adequada às suas res-
Márcia está no final de seu ciclo menstrual e pectivas dietas. As tabelas abaixo trazem
Juliana está amamentando. informações nutricionais sobre cada uma
b) e o gráfico 2 aos níveis de ocitocina, Juliana dessas três bebidas.
está entrando em período fértil, Ana Cris- TABELA 1
tina está no final de seu ciclo menstrual e
Márcia está amamentando. porção: 100 mL %VD
c) ocitocina e o gráfico 2 aos níveis de LH, Ana Valor energético 86,3 kcal 4%
Cristina está entrando em período fértil, Carboidratos 21,3 g 7%
Márcia está no final de seu ciclo menstrual e Proteínas 0,0 g 0%
Juliana está amamentando.
Gorduras totais 0,0 g 0%
d) ocitocina e o gráfico 2 aos níveis de LH, Már-
cia está entrando em período fértil, Juliana Gorduras saturadas 0,0 g 0%
está no final de seu ciclo menstrual e Ana Gorduras trans 0,0 g –
Cristina está amamentando. Fibra alimentar 0,0 g 0%
e) e o gráfico 2 aos níveis de ocitocina, Márcia
Sódio 12,1 mg 1%
está entrando em período fértil, Juliana está
no final de seu ciclo menstrual e Ana Cristi-
TABELA 2
na está amamentando.
porção: 100 mL %VD
5. (Unesp) Alguns chefs de cozinha sugerem Valor energético 51,5 kcal 3%
que o peru não deve ser preparado inteiro, Carboidratos 1,9 g 1%
pois a carne do peito e a da coxa têm caracte- Proteínas 4,1 g 5%
rísticas diferentes, que exigem preparos di-
Gorduras saturadas 1,8 g 8%
ferentes. A carne do peito é branca e macia,
e pode ressecar dependendo do modo como Gorduras monoinsaturadas 0,9 g –
é preparada. A carne da coxa, mais escura, é Gorduras poliinsaturadas 0,1 g –
mais densa e suculenta e deve ser preparada Cálcio 143,1 mg 14%
separadamente. Vitamina A 22,5 µg 4%
Embora os perus comercializados em su-
permercados venham de criações em confi- Vitamina C 0,9 mg 2%
namento, o que pode alterar o desenvolvi- Magnésio 11,3 mg 4%
mento da musculatura, eles ainda mantêm Colesterol 13,8 mg –
as características das populações selvagens, Lipídeos 3,0 mg –
nas quais a textura e a coloração da carne do
Sódio 51,6 mg 2%
peito e da coxa decorrem da composição de
suas fibras musculares e da adequação des- TABELA 2
sas musculaturas às funções que exercem. porção: 100 mL %VD
Considerando as funções desses músculos
Valor energético 27,0 kcal 1%
nessas aves, é correto afirmar que a carne:
a) do peito é formada por fibras musculares de Carboidratos 1,5 g 1%
contração lenta, pobres em mitocôndrias e Açúcares 1,5 g –
em mioglobina, e eficientes na realização de Proteínas 2,6 g 3%
esforço moderado e prolongado.
Gorduras totais 1,2 g 2%
b) do peito é rica em fibras musculares de con-
tração rápida, ricas em mitocôndrias e em Gorduras saturadas 0,2 g 1%
mioglobina, e eficientes na realização de es- Gorduras trans 0,0 g –
forço intenso de curta duração. Gorduras monoinsaturadas 0,3 g –
c) da coxa é formada por fibras musculares de
Gorduras poliinsaturadas 0,7 g –
contração lenta, ricas em mitocôndrias e em
mioglobina, e eficientes na realização de es- Fibra alimentar 0,4 g 2%
forço moderado e prolongado. Lactose 0,0 g –
d) da coxa é formada por fibras musculares de Colesterol 0,0 mg –
contração rápida, pobres em mitocôndrias e Sódio 49,5 mg 2%
em mioglobina, e eficientes na realização de (www.tabelanutricional.com.br)
esforço intenso de curta duração.
e) do peito é rica em fibras musculares de con- Sabendo-se que o consumidor A tinha into-
tração lenta, ricas em mitocôndrias e em lerância à lactose, o consumidor B era diabé-
mioglobina, e eficientes na realização de es- tico e o consumidor C tinha altos níveis de
forço moderado e prolongado. colesterol, e que as bebidas compradas foram
112
suco néctar de pêssego, bebida pura de soja e iogurte integral natural, assinale a alternativa que
associa corretamente a bebida comprada com a respectiva tabela e o consumidor que a adquiriu.
a) Suco néctar de pêssego, tabela 1, consumidor A.
b) Iogurte integral natural, tabela 2, consumidor C.
c) Iogurte integral natural, tabela 1, consumidor B.
d) Bebida pura de soja, tabela 2, consumidor A.
e) Suco néctar de pêssego, tabela 3, consumidor B.
7. (Unesp) Os gráficos representam a concentração de três gases no sangue assim que passam pelos
alvéolos pulmonares.
É correto afirmar que os gráficos que representam as concentrações dos gases O2, CO2 e N2 são,
respectivamente:
a) 2, 1 e 3, e a variação observada nas concentrações é devida à difusão.
b) 3, 2 e 1, e a variação observada nas concentrações é devida à osmose.
c) 1, 2 e 3, e a variação observada nas concentrações é devida à osmose.
d) 3, 1 e 2, e a variação observada nas concentrações é devida à difusão.
e) 1, 3 e 2, e a variação observada nas concentrações é devida à difusão.
8. (Unesp) Três pacientes recorreram a um laboratório de análises clínicas para fazer um hemogra-
ma, exame que registra informações sobre os componentes celulares do sangue. O paciente 1, bas-
tante pálido, apresentava cansaço constante; o paciente 2 era portador do vírus HIV e apresentava
baixa imunidade; o paciente 3 trazia relatos de sangramentos por causa ainda a ser investigada.
As fichas de registro, A, B e C, apresentam alguns resultados dos exames desses três pacientes.
113
É correto afirmar que as fichas A, B e C cor- a) Plasmodium vivax.
respondem, respectivamente, aos pacientes: b) Trypanosoma cruzi.
a) 3, 1 e 2. c) Triatoma infestans.
b) 1, 3 e 2. d) Taenia solium.
c) 2, 3 e 1. e) Schistosoma mansoni.
d) 1, 2 e 3.
e) 2, 1 e 3. 11. (Unesp) Na Copa Libertadores da América de
2012, o time do Santos perdeu de 2 a 1 para
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO o Bolívar, da Bolívia, em La Paz. O fraco de-
Leia os versos da música “Águas de Mar- sempenho físico do time santista em campo
ço”, de Tom Jobim, para responder à(s) foi atribuído à elevada altitude da cidade,
questão(ões). onde os jogadores desembarcaram às véspe-
ras do jogo. Duas semanas depois, jogando
É pau, é pedra, é o fim do caminho em Santos, SP, o time santista ganhou do Bo-
É um resto de toco, é um pouco sozinho lívar por 8 a 0.
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã Considerando a pressão atmosférica, a me-
É um belo horizonte, é uma febre terçã cânica e a fisiologia da respiração e, ainda, o
São as águas de março fechando o verão desempenho físico dos jogadores do Santos
É a promessa de vida no teu coração nesses dois jogos, é correto afirmar que em
(www.radio.uol.com.br) Santos a pressão atmosférica é:
a) menor que em La Paz, o que implica me-
O sapo, a rã e a febre terçã não fazem par- nor esforço dos músculos intercostais e do
te dos versos apenas por uma necessidade diafragma para fazer chegar aos pulmões a
de rima, também têm relação com as chuvas quantidade necessária de O2. Disso resulta
que caem em regiões de clima tropical. saldo energético positivo, o que melhora o
desempenho físico dos jogadores quando o
9. (Unesp) A febre terçã, a qual um dos versos jogo acontece em cidades de baixa altitude.
se refere, é um sintoma característico da: b) maior que em La Paz, o que implica maior
a) malária, adquirida pela picada de mosquitos esforço dos músculos intercostais e do dia-
que ocorrem em regiões quentes e úmidas. fragma para fazer chegar aos pulmões a
b) febre tifoide, adquirida por ingestão de água quantidade necessária de O2. Em Santos,
de poços e açudes que receberam águas tra-
portanto o maior esforço físico dos músculos
zidas pelas enxurradas e contaminadas por
envolvidos com a respiração resulta na me-
fezes de pessoas infectadas.
lhora do desempenho físico dos atletas no
c) dengue, adquirida pela picada de mosquitos
que são mais numerosos na época das chu- jogo.
vas. c) menor que em La Paz, o que implica maior
d) esquistossomose, adquirida através do con- esforço dos músculos intercostais e do dia-
tato com água de lagoas que se formam com fragma para fazer chegar aos pulmões a
as chuvas, nas quais podem ocorrer caramu- quantidade necessária de O2. Tanto em San-
jos vetores da doença. tos quanto em La Paz a quantidade de O2
e) leptospirose, causada por vírus presente na por volume de ar inspirado é a mesma, e a
urina dos ratos, que se mistura com as águas diferença no desempenho físico dos jogado-
de enchentes provocadas pelas chuvas. res deve-se apenas ao esforço empregado na
respiração.
10. (Unesp) Em determinada região do nosso d) maior que em La Paz, porém é menor a con-
país, o sistema de saúde verificou um cres- centração de O2 por volume de ar atmosférico
cente número de mortes por problemas car- inspirado. Em La Paz, portanto o organismo
díacos, sobretudo em pessoas na faixa etária do atleta reage diminuindo a produção de
de 40 a 50 anos. Tais mortes não estavam hemácias, pois é maior a quantidade de O2
relacionadas a históricos de sobrepeso ou disponível nos alvéolos. A menor quantidade
hipertensão. Investigado o problema, ve- de hemácias resulta no baixo desempenho
rificou-se que há décadas a população não físico dos jogadores.
contava com condições adequadas de mora- e) maior que em La Paz, assim como é maior a
dia. Muitas das casas eram de pau a pique e concentração de O2 por volume de ar atmos-
estavam infestadas de insetos. Segundo os férico inspirado. Em Santos, portanto com
sanitaristas, as mortes deviam-se a uma pa- maior disponibilidade de oxigênio, a con-
rasitose endêmica na região. centração de hemácias do sangue é suficien-
Pode-se afirmar que, mais provavelmente, a te para levar para os tecidos musculares o O2
parasitose em questão é causada por orga- necessário para a atividade física empregada
nismos da espécie: no jogo.
114
1
2. (Unesp) O volume total de ar que cabe no Considerando o modo pelo qual o dispositivo
sistema respiratório de um homem adulto, mencionado no texto leva à contracepção, é
ao nível do mar, é cerca de 6 litros. Nessas correto afirmar que ele impede
condições, os pulmões de um indivíduo em a) a locomoção do espermatozoide da vagina
repouso, a cada movimento respiratório, tro- para o útero, e deste para as tubas uterinas,
cam com o meio exterior, em média, apenas com resultado análogo ao provocado pelos
0,5 litro de ar. Essa quantidade de ar inspirado cremes espermicidas.
mistura-se ao ar retido nas vias aéreas e ape- b) que o embrião seja conduzido da tuba uteri-
nas parte dessa mistura chega aos alvéolos. na até o útero, com resultado análogo ao pro-
Desse modo, considerando a fisiologia e a vocado pela camisinha feminina, o Femidom.
anatomia do aparelho respiratório humano, c) a implantação do embrião no endométrio,
é correto afirmar que, durante a inspiração, caso o óvulo tenha sido fecundado, com re-
o ar que chega aos alvéolos possui: sultado análogo ao provocado pelo dispositi-
a) maior concentração de CO2 que aquela do vo intrauterino, o DIU.
sangue venoso. d) que ocorra a ovulação, com resultado análo-
b) menor concentração de CO2 que o ar atmos- go ao provocado pela pílula anticoncepcio-
férico. nal hormonal.
c) maior concentração de O2 que aquela do san- e) que o espermatozoide chegue ao ovócito,
gue arterial. com resultado análogo ao provocado pela la-
d) maior concentração de CO2 que aquele que queadura.
havia sido expirado.
e) menor concentração de O2 que aquele que 15. (Unesp) Em 2008, a Secretaria Estadual de
havia sido expirado. Saúde e pesquisadores da Fundação Oswaldo
Cruz, ambas do Rio de Janeiro, confirmaram
13. (Unesp) Leia. um caso de dengue adquirida durante a ges-
Quando abrirem meu coração tação. A mãe, que havia adquirido dengue
Vão achar sinalização três dias antes do parto, deu à luz uma ga-
De mão e contramão. rotinha com a mesma doença. O bebê ficou
(Millôr Fernandes. Veja, 04.04.2012.) internado quase um mês, e depois recebeu
alta. Pode-se afirmar corretamente que esse
No contexto da biologia, os versos de Mil- caso:
lôr Fernandes, falecido em 2012, podem ser a) contradiz a hipótese de que a criança em
usados para ilustrar, de maneira poética, as gestação receba, por meio da barreira pla-
características de um sistema circulatório centária, anticorpos produzidos pelo orga-
em que os sangues arterial e venoso seguem nismo materno.
fluxos distintos, sem se misturarem. b) contradiz a hipótese de que a dengue é uma
Nessas condições, o protagonista desses ver- doença viral, uma vez que pode ser transmi-
sos poderia ser: tida entre gerações sem que haja a partici-
a) uma ave ou um peixe. pação do Aedes aegypti.
b) um réptil ou um mamífero. c) confirma que a dengue é uma doença infec-
c) um mamífero ou uma ave. tocontagiosa, que só pode ser transmitida de
d) um peixe ou um réptil. pessoa para pessoa através de um vetor.
e) um réptil ou uma ave. d) demonstra a possibilidade da transmissão
vertical, de pessoa para pessoa, através do
14. (Unesp) Leia. contato da pessoa sadia com secreções da
Método de contracepção definitiva começa a pessoa doente.
se popularizar no país e) demonstra a possibilidade de o vírus da den-
Consagrado nos Estados Unidos há quase gue atravessar a barreira placentária, sem
uma década, o Essure é um procedimento que seja necessária a presença de um vetor
feito em ambulatório, que dispensa cortes. para sua transmissão.
O Essure consiste de dois dispositivos metá-
licos com 4 centímetros, instalados no início 16. (Unesp) No desenho de longa metragem Rio,
das tubas uterinas por meio de um equipa- dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, em
mento bem fino, que é introduzido no canal uma das cenas, Blu, um macho de ararinha-
vaginal. Em algumas semanas, as paredes -azul (Cyanopsitta spixii), fala para a fêmea
das tubas recobrem os microimplantes, obs- que está tentando conquistar:
truindo as tubas e fazendo do Essure um mé- – Está com calor? Acho que estou suando!
todo contraceptivo permanente. Nem sabia que era biologicamente possível.
(Diogo Sponchiato. Revista Saúde, maio de 2012. Adaptado.) Olha!
115
E mostra para a companheira sua axila suada. notícia para a saúde pública brasileira. Isso
porque aumenta a possibilidade de que as
pessoas desenvolvam a forma hemorrágica
da doença, muito mais letal.
(Notícia veiculada por diferentes agências, março de 2009.)
116
Em função do ocorrido, pode-se dizer que, a) o agente causador de ambas as doenças é
no dia 6 de julho, Paula: uma bactéria que pode se alojar em roedores
a) talvez ainda não tivesse ovulado, mas o faria silvestres, no caso brasileiro, a capivara.
um ou dois dias depois. Considerando que o b) os agentes causadores de ambas as doenças
espermatozoide pode permanecer viável no são os carrapatos, corretamente classificados
organismo feminino por cerca de dois dias, nos textos como insetos.
há a possibilidade de Paula ter engravidado. c) os agentes causadores de ambas as doenças
são os carrapatos, erroneamente classifica-
O exame de urina poderia confirmar essa hi-
dos nos textos como insetos.
pótese, indicando altos níveis de gonadotro- d) o agente causador da febre maculosa é um
fina coriônica. vírus e o da doença de Lyme, uma bactéria,
b) já teria ovulado, o que teria ocorrido cerca ambos transmitidos ao homem por carrapatos.
de dois dias antes. Contudo, considerando e) os agentes causadores de ambas as doenças
que depois da ovulação o óvulo permanece são vírus, o que indica uma informação in-
viável no organismo feminino por cerca de correta apresentada no segundo texto.
uma semana, há a possibilidade de Paula ter
engravidado. O exame de urina poderia con- 20. (Unesp) O sanduíche que João comeu foi
firmar essa hipótese, indicando redução no feito com duas fatias de pão, bife, alface,
nível de estrógenos. tomate e bacon. Sobre a digestão desse san-
c) já teria ovulado, o que teria ocorrido há duíche, pode-se afirmar que:
cerca de uma semana. Portanto não estaria a) os carboidratos do pão começam a ser di-
grávida, o que poderia ser confirmado pelo geridos na boca e sua digestão continua no
exame de urina, que indicaria altos níveis de intestino.
estrógenos e LH. b) as proteínas do bife são totalmente digeri-
d) estaria ovulando e, portanto, é quase certo das pela ação do suco gástrico no estômago.
que estaria grávida. Com a implantação do c) a alface é rica em fibras, mas não tem qual-
embrião no endométrio, ocorre um aumento quer valor nutricional, uma vez que o orga-
na secreção de LH e diminuição nos níveis nismo humano não digere a celulose.
de gonadotrofina coriônica, o que poderia d) as vitaminas do tomate, por serem hidrosso-
ser detectado pelo exame de urina já na se- lúveis, têm sua digestão iniciada na boca e
são totalmente absorvidas ao longo do intes-
mana seguinte à nidação.
tino delgado.
e) ainda não teria ovulado, o que só iria ocorrer e) a maior parte da gordura do bacon é emul-
dias depois. Portanto, não estaria grávida, o sificada pelo suco pancreático, facilitando a
que poderia ser confirmado pelo exame de ação das lípases.
urina, que indicaria altos níveis de gonado-
trofina coriônica. 21. (Unesp) Texto 1
Cientistas americanos observaram, em um
19. (Unesp) Considere os dois textos seguintes. estudo recente, o motivo que pode tornar
Confirmadas mais mortes por febre maculo- adolescentes impulsivos e infratores. Exa-
sa no Estado de São Paulo. O Ibama autorizou mes de neuroimagem em jovens mostraram
pesquisadores a capturar e abater capivaras. que o córtex pré-frontal, região do cérebro
Esses animais serão utilizados em estudos ligada à tomada de decisão, ou seja, que nos
sobre a febre maculosa. A capivara é um dos faz pensar antes de agir, ainda está em for-
principais hospedeiros do carrapato-estrela, mação nos adolescentes. Essa área do cére-
transmissor da doença. Os pesquisadores bro tende a ficar “madura” somente aos 20
querem descobrir por que as capivaras não anos. Por outro lado, a região cerebral asso-
morrem ao serem picadas pelo inseto. ciada às emoções e à impulsividade, conhe-
Na região nordeste dos Estados Unidos, o car- cida como sistema límbico, tem um pico de
rapato dos cervos transmite a doença de Lyme desenvolvimento durante essa fase da vida,
ao homem. Depois que o minúsculo carrapato o que aumenta a propensão dos jovens a agi-
Ixodes suga o sangue de um animal infec- rem mais com a emoção do que com a razão.
tado, a bactéria se aloja permanentemente O aumento da emotividade e da impulsivi-
no corpo do inseto. Quando o carrapato mais dade seriam gatilhos naturais para atitudes
tarde pica outro animal ou uma pessoa, ele extremadas, inclusive para cometer crimes.
pode transmitir a bactéria para a corrente (Camila Neumam. “Estudo explica por que
adolescentes são impulsivos e podem cometer
sanguínea da vítima. O principal reservató- crimes”. www.uol.com.br, 26.05.2015. Adaptado.)
rio local da bactéria causadora dessa doença
é um rato silvestre (Peromyscus leucopus). O Texto 2
roedor também é hospedeiro de carrapatos. A situação de vulnerabilidade aliada às tur-
Sobre essas doenças e quanto às informações bulentas condições socioeconômicas de mui-
apresentadas nos textos, pode-se afirmar tos países latino-americanos ocasiona uma
que: grande tensão entre os jovens, o que agrava
117
diretamente os processos de integração so- 23. (Unesp) As outras chagas de Chagas
cial e, em algumas situações, fomenta o au- Em abril será lançada a primeira cartilha
mento da violência e da criminalidade. médica sobre a infecção causada pelo bar-
(Miriam Abramovay. Juventude, violência e vulnerabilidade beiro. A doença sempre esteve associada à
social na América Latina, 2002. Adaptado.) zona rural... e graças a um intenso programa
de erradicação do barbeiro na zona rural, em
Os textos expõem abordagens sobre o com-
2006 a Organização Pan-Americana da Saúde
portamento agressivo na adolescência refe-
havia decretado o fim no país da infecção
ridos, respectivamente, a:
pelo contato direto com o inseto. Porém, nos
a) psicanálise e psicologia comportamental.
últimos anos as contaminações ressurgiram.
b) aspectos religiosos e aspectos materiais.
Agora elas ocorrem por via oral e estão disse-
c) fatores emocionais e fatores morais.
minadas também nas zonas urbanas. Os ca-
d) ciência política e sociologia.
sos mais recentes aconteceram pelo consumo
e) condicionamento biológico e condiciona-
de restos do barbeiro misturados a alimentos
mento social.
como açaí e caldo de cana. Os novos doentes
22. (Unesp) Esqueci a pílula! E agora? já somam 600.
Tomo pílula há mais de um ano e nunca tive O número de casos registrados cresce, em
horário certo. Em geral, tomo antes de dor- média, 20% ao ano.
mir, mas, quando esqueço, tomo de manhã (Veja, 24.02.2010. Adaptado.)
ou, na noite seguinte, uso duas de uma só
Sobre a notícia, pode-se afirmar corretamente:
vez. Neste mês, isso aconteceu três vezes. Es-
a) a substituição de alimentos manufaturados,
tou protegida?
como o açaí e o caldo de cana, por alimentos
(Carta de uma leitora para a coluna Sexo & Saúde, de
Jairo Bouer, Folha de S.Paulo, Folhateen, 29.06.2009.) industrializados, poria fim à doença de Cha-
gas no Brasil.
Considerando que a pílula à qual a leitora se b) a transmissão via oral só acontece quando,
refere é composta por pequenas quantidades junto com os alimentos, também forem inge-
dos hormônios estrógeno e progesterona, ridos insetos ainda vivos.
pode-se dizer à leitora que: c) a transmissão via oral traz uma forma mais
a) sim, está protegida de uma gravidez. Esses agressiva da doença, pois o sistema digestó-
hormônios, ainda que em baixa dosagem, in- rio humano não tem defesas imunológicas
duzem a produção de FSH e LH e estes, por contra o barbeiro.
sua vez, levam à maturação dos folículos e à d) na transmissão via oral, o organismo huma-
ovulação. Uma vez que já tenha ocorrido a no recebe uma carga de parasitas maior que
ovulação, não corre mais o risco de engravidar. aquela que receberia pelos modos conven-
b) sim, está protegida de uma gravidez. Esses cionais de transmissão da doença.
hormônios, ainda que em baixa dosagem, in- e) se nada for feito em termos de saúde públi-
duzem a produção de FSH e LH e estes, por ca, em cinco anos o número de casos regis-
sua vez, inibem a maturação dos folículos, trados terá quase que dobrado.
o que impede a ovulação. Uma vez que não
ovule, não corre o risco de engravidar. 2
4. (Unesp) Ao fazer uma limpeza no armário
c) não, não está protegida de uma gravidez.
do banheiro, Manuela encontrou três poma-
Esses hormônios, em baixa dosagem e a in-
tervalos não regulares, mimetizam a função das, I, II e III, que, por indicação médica,
do FSH e LH, que deixam de ser produzidos. havia usado em diferentes situações:
Desse modo, induzem a maturação dos folí- I. para controlar o herpes labial;
culos e a ovulação. Uma vez ovulando, corre II. para tratar de uma dermatite de contato;
o risco de engravidar. III. para debelar uma micose nos pés.
d) não, não está protegida de uma gravidez. Manuela não se lembrava qual pomada foi
Esses hormônios, em baixa dosagem e a in- usada para qual situação, mas ao consultar
tervalos não regulares, inibem a produção de as bulas verificou que o princípio ativo da
FSH e LH os quais, se fossem produzidos, pomada I liga-se a um componente da mem-
inibiriam a maturação dos folículos. Na au- brana celular do micro-organismo, alterando
sência de FSH e LH ocorre a maturação dos
a permeabilidade da membrana; o compo-
folículos e a ovulação. Uma vez ovulando,
corre o risco de engravidar. nente ativo da pomada II estimula a síntese
e) não, não está protegida de uma gravidez. de enzimas que inibem a migração de leucó-
Esses hormônios, em baixa dosagem e a in- citos para a área afetada; o princípio ativo
tervalos não regulares, não inibem a produ- da pomada III inibe a replicação do DNA do
ção de FSH e LH os quais, sendo produzidos, micro-organismo no local onde a pomada foi
induzem a maturação dos folículos e a ovu- aplicada.
lação. Uma vez ovulando, corre o risco de
engravidar.
118
Pode-se dizer que para as situações a, b e c
Manuela usou, respectivamente, as pomadas:
a) I, II e III.
b) I, III e II.
c) II, I e III.
d) III, I e II.
e) III, II e I.
Gabarito
1. B 2. C 3. C 4. E 5. C
6. A 7. D 8. C 9. A 10. B
11. E 12. C 13. C 14. E 15. E
16. C 17. D 18. A 19. A 20. A
21. E 22. E 23. D 24. E
119
BIOLOGIA 3
Prescrição: São necessários conhecimentos de bioquímica básica, citologia e genética, o que en-
globa a compreensão sobre os componentes químicos celulares, organelas citoplasmáticas e a
relação de hereditariedade entre os seres vivos.
121
5. (Unesp) Considere um grupo de pessoas com
características homogêneas no que se refere Raio X
à cor de pele. Assinale a alternativa, dentre
as apresentadas, que corresponde às pessoas 1.
O processo 1 corresponde a transcrição, a pro-
desse grupo que têm maior chance de apre- dução de RNA a partir do DNA. O processo 2
sentar deficiência de vitamina D e que estão corresponde a tradução, produção de uma pro-
mais sujeitas a fraturas ósseas. teína através da leitura do RNAm. A organela
a) Indivíduos que ingerem alimentos ricos em que realiza a síntese proteica é o ribossomo.
cálcio, como ovos e derivados do leite, e que 2.
O item I descreve o processo de formação
frequentemente tomam sol. de gêmeos monozigóticos, geneticamente
b) Indivíduos que ingerem alimentos pobres idênticos. O item II demonstrada propria-
em cálcio, como ovos e derivados do leite, e mente dito o processo de clonagem, através
que frequentemente tomam sol. da transferência nuclear de um célula somá-
c) Indivíduos que ingerem alimentos pobres tica para um óvulo. O item III evidencia a
em cálcio, como ovos e derivados do leite, e propagação vegetativa, na qual retira-se um
que raramente tomam sol. pedaço da planta e replanta essa parte, o que
d) Indivíduos que ingerem alimentos ricos em gerará uma planta geneticamente idêntica.
cálcio, como frutas cítricas e arroz, e que 3.
A quebra da molécula de água através da
raramente tomam sol. luz gera elétrons (que estabilizam a cloro-
e) Indivíduos que ingerem alimentos pobres fila instável), hidrogênio (capturado pelo
em cálcio, como frutas cítricas e arroz, e que NADP+) e gás oxigênio (liberado para a at-
raramente tomam sol. mosfera).
4.
6. (Unesp) As lâminas I, II e III representam o I. Indivíduo 3 normal. Indivíduo 5 tem tris-
aspecto de três tipos de tecido muscular de somia de um cromossomo autossômico
cães, quando analisados sob microscópio. (2n+1). Indivíduo 5 tem trissomia de um
cromossomo sexual (2n+1).
II. A célula mostrada em 2 é um gameta,
sendo assim a célula somática desse indi-
víduo tem 40 cromossomos autossômicos
e mais 2 sexuais. A célula mostrada em
1 tem 40 cromossomos autossômicos e 2
sexuais, sendo assim o gameta teria 20
autossômicos e 1 sexual. Portanto a soma
dos gametas de 1 é igual a célula somáti-
co de 2.
III. A célula mostrada em 4 é um gameta com
22 cromossomo autossômico e 1 sexual
(X), portanto a célula somática desse in-
As fibras observadas nas lâminas I, II e III
divíduo tem 44 autossômicos e 2 sexuais,
foram retiradas, respectivamente, dos mús-
podendo ser XX ou XY.
culos:
5.
Frutas cítricas contém cálcio e vitamina D,
a) do estômago, do coração e da pata.
arroz também contém vitamina D. Dos ali-
b) do coração, da pata e do estômago.
mentos obtemos a pró-vitamina D, e o sol
c) da pata, do estômago e do coração.
transforma em vitamina D ativa. A vitamina
d) do coração, do estômago e da pata.
D ativa os osteoblastos da matriz óssea e au-
e) do estômago, da pata e do coração.
xilia no desenvolvimento do osso.
6.
Fibras de contrações rápidas e involuntárias
são do coração; fibras de contrações rá- pi-
das e voluntárias são provenientes das patas
(musculatura esquelética); fibras de contra-
ções lentas e involuntárias tem origem do
estômago (musculatura lisa)
Gabarito
1. A 2. C 3. B 4. E 5. E 6. B
122
Prática dos diploides. Os ovos não fertilizados dão ori-
gem aos machos da colônia. Esses machos,
- E.O.
chamados de bitus, irão fertilizar novas rai-
conhecimentos nhas para a formação de novos formigueiros.
Como esses machos são haploides, transmi-
1. (Unesp) A figura mostra o encontro de duas tem integralmente para suas filhas seu ma-
células, um espermatozoide e um ovócito hu- terial genético. As rainhas transmitem para
mano, momentos antes da fecundação. suas filhas e filhos apenas metade de seu
material genético.
Suponha um formigueiro onde todos os in-
divíduos são filhos de uma mesma rainha
e de um mesmo bitu. Sobre as relações de
parentesco genético entre os indivíduos da
colônia, é correto afirmar que:
a) as operárias compartilham com os seus irmãos,
os bitus, em média, 50% de alelos em comum,
o mesmo que compartilhariam com seus filhos
machos ou fêmeas, caso tivessem filhos.
Considerando as divisões celulares que de-
b) as operárias são geneticamente idênticas en-
ram origem a essas células, é correto afirmar tre si, mas não seriam geneticamente idênti-
que o sexo da criança que será gerada foi de- cas aos filhos e filhas que poderiam ter.
finido na: c) as operárias compartilham entre si, em mé-
a) metáfase I da gametogênese feminina. dia, 75% de alelos em comum; caso tivessem
b) diacinese da gametogênese masculina. filhos, transmitiriam a eles apenas 50% de
c) anáfase II da gametogênese feminina. seus alelos.
d) anáfase I da gametogênese masculina. d) os bitus são geneticamente idênticos entre
e) telófase II da gametogênese masculina. si, mas não são geneticamente idênticos aos
seus filhos e filhas.
2. (Unesp) Dois casais, Rocha e Silva, têm, cada e) a rainha tem maior parentesco genético com
um deles, quatro filhos. Quando considera- as operárias que com os seus filhos bitus.
mos os tipos sanguíneos do sistema ABO, os 4. (Unesp) Leia a placa informativa presente
filhos do casal Rocha possuem tipos diferen-
em uma churrascaria.
tes entre si, assim como os filhos do casal Sil-
va. Em um dos casais, marido e mulher têm
tipos sanguíneos diferentes, enquanto que
no outro casal marido e mulher têm o mesmo
tipo sanguíneo. Um dos casais tem um filho
adotivo, enquanto que no outro casal os qua-
tro filhos são legítimos. Um dos casais teve
um par de gêmeos, enquanto que no outro Porcos e javalis são subespécies de uma mes-
casal os quatro filhos têm idades diferentes. ma espécie, Sus scrofa. A referência ao nú-
Considerando-se os tipos sanguíneos do sis- mero de cromossomos justifica-se pelo fato
tema ABO, é correto afirmar que: de que são considerados javalis puros apenas
a) se o casal Silva tem o mesmo tipo sanguí- os indivíduos com 36 cromossomos. Os por-
neo, foram eles que adotaram um dos filhos. cos domésticos possuem 38 cromossomos e
b) se o casal Rocha tem tipos sanguíneos diferen- podem cruzar com javalis.
tes, foram eles que adotaram um dos filhos. Desse modo, é correto afirmar que:
c) se o casal Silva tem tipos sanguíneos diferen- a) os animais com 37 cromossomos serão filhos
tes, eles não são os pais do par de gêmeos. de um leitão ou de uma leitoa, mas não de
d) se o casal Rocha tem o mesmo tipo sanguí- um casal de javalis.
neo, eles não são os pais do par de gêmeos. b) um híbrido de porco e javali, conhecido
e) se o casal que adotou um dos filhos é o mesmo como javaporco, terá 74 cromossomos, ten-
que teve um par de gêmeos, necessariamente ma- do herdado o material genético de ambas as
subespécies.
rido e mulher têm diferentes tipos sanguíneos.
c) do cruzamento de uma leitoa com um javali
devem resultar híbridos fêmeas com 38 cro-
3. (Unesp) A complexa organização social das mossomos e híbridos machos com 36 cro-
formigas pode ser explicada pelas relações mossomos.
de parentesco genético entre os indivíduos d) os animais não puros terão o mesmo núme-
da colônia. É geneticamente mais vantajoso ro de cromossomos do porco doméstico, mas
para as operárias cuidarem das suas irmãs não o número cromossômico do javali.
que terem seus próprios filhos e filhas. e) os animais puros, aos quais o restaurante
No formigueiro, uma única fêmea, a rainha, se refere, são filhos de casais em que pelo
que é diploide, põe ovos que, quando fertili- menos um dos animais paternos tem 36 cro-
zados, se desenvolvem em operárias também mossomos.
123
5. (Unesp) “HOMEM DE GELO” ERA INTOLE- d) animais obtidos por seleção artificial, a par-
RANTE À LACTOSE E POUCO SAUDÁVEL. tir da variabilidade obtida por acasalamen-
Ötzi, o “homem de gelo” que viveu na Idade tos direcionados, processo que permite ao
do Bronze e cujo corpo foi encontrado nos homem desenvolver em espécies domésticas
Alpes italianos em 1991, tinha olhos e ca- características de interesse comercial.
belos castanhos e era intolerante à lactose e) animais resultantes de mutação gênica, me-
[...]. Essas características surgiram da análi- canismo a partir do qual os indivíduos da
se do DNA da múmia [...]. Mutações do gene espécie produzem novas características, em
MCM6 indicam que ele não conseguia digerir resposta às necessidades impostas pelo am-
a proteína da lactose encontrada no leite. biente.
(www.folha.uol.com.br, 28.02.2012.)
7. (Unesp) Três amostras de hemácias, A, B e
Considere as afirmações:
C, foram isoladas do sangue de uma mesma
I. O texto apresenta uma incorreção bioló-
pessoa e colocadas em soluções com diferen-
gica, pois a lactose não é uma proteína.
tes concentrações de sal. A figura apresenta
II. A mutação a qual o texto se refere deve
as hemácias vistas ao microscópio quando co-
impedir que o indivíduo intolerante à lac-
locadas nas diferentes soluções. Na linha in-
tose produza uma enzima funcional que
ferior, representação esquemática das células
a quebre em unidades menores, passíveis
da linha superior. As setas indicam a movi-
de serem absorvidas pelo intestino.
mentação de água através da membrana.
III. A mutação que torna o indivíduo intole-
rante à lactose é provocada pela presença
de leite na dieta, o que indica que Ötzi era
membro de uma tribo que tinha por hábi-
to o consumo de leite na idade adulta.
Assinale a alternativa correta.
a) As três afirmações estão erradas.
b) As três afirmações estão corretas.
c) Apenas a afirmação I está errada.
d) Apenas a afirmação II está errada.
e) Apenas a afirmação III está errada.
Pode-se afirmar que, depois de realizado o
6. (Unesp) Considere o cartum. experimento:
a) a concentração osmótica no interior da célu-
la A é maior que a concentração osmótica no
interior da célula B.
b) a concentração osmótica no interior da célu-
la C é maior que a concentração osmótica no
interior da célula B.
c) a concentração osmótica no interior das três
células é a mesma, assim como também o
era antes de terem sido colocadas nas res-
pectivas soluções.
d) a concentração osmótica no interior das três
células não é a mesma, assim como também
De maneira bem humorada e com certo exa- não o era antes de terem sido colocadas nas
gero, a figura faz referência aos: respectivas soluções.
a) organismos transgênicos, nos quais genes e) se as células A e B forem colocadas na solu-
de uma espécie são transferidos para outra ção na qual foi colocada a célula C, as três
espécie de modo que esta última expresse células apresentarão a mesma concentração
características da primeira. osmótica.
b) organismos geneticamente modificados, nos
quais técnicas de engenharia genética per- 8. (Unesp) Em geral, os cromossomos sexuais
mitem que se manipulem genes da própria nos mamíferos são iguais nas fêmeas e di-
espécie, fazendo-os expressar características ferentes nos machos. Nestes, o cromossomo
desejáveis. do tipo Y possui genes, tamanho e morfo-
c) animais híbridos, obtidos a partir do cru- logia diferentes daqueles do cromossomo do
zamento entre indivíduos de espécies dife- tipo X. Nas aves, ocorre o contrário. A fêmea
rentes, o que permite que características de apresenta cromossomos sexuais diferentes;
uma espécie sejam expressas por espécies nesse caso, chamados de tipo Z, o maior, e
não aparentadas. de tipo W, o menor.
124
As figuras A e B representam, respectivamente, os cromossomos de um homem e de um macho de
arara-azul. Em A são representados, no destaque, os cromossomos sexuais de uma mulher (XX) e,
em B, no destaque, os cromossomos sexuais de uma arara-azul fêmea (ZW).
9. (Unesp) No filme Eu sou a lenda, um vírus criado pelo homem espalhou- se por toda a população de Nova
Iorque. As vítimas do vírus, verdadeiros zumbis, vagam à noite pela cidade, à procura de novas vítimas. No
filme, Robert Neville (Will Smith) é um cientista que, sem saber como, tornou-se imune ao vírus.
A obsessão de Neville é encontrar outros que, como ele, não estão infectados, e possibilitar um
mecanismo para a cura. A cura vem através do sangue: amostras de sangue de pessoas doentes
que melhoraram depois de infectadas pelo vírus, quando administradas a outros doentes, podem
promover a melhora.
Considerando-se o contido na sinopse do filme, pode-se inferir que, mais provavelmente, o princí-
pio biológico utilizado por Neville para debelar a doença é a administração de:
a) soro, composto de anticorpos presentes no sangue de pacientes contaminados.
b) soro, composto de antígenos presentes no sangue de pacientes contaminados.
c) vacina, composta de anticorpos presentes no sangue de pacientes contaminados.
d) vacina, composta de antígenos presentes no sangue de pacientes contaminados.
e) vírus atenuados, presentes no sangue de pacientes que melhoraram ou no sangue de pessoas imunes.
125
1
0. (Unesp) Eu e meus dois papais a) ao modelo mosaico-fluído da membrana
No futuro, quando alguém fizer aquele velho plasmática, à difusão e ao transporte ativo.
comentário sobre crianças fofinhas: “Nossa, b) ao modelo mosaico-fluído da membrana plas-
é a cara do pai!”, será preciso perguntar: “Do mática, à osmose e ao transporte passivo.
pai número um ou do número dois?”. A ideia c) à permeabilidade seletiva da membrana
parece absurda, mas, em princípio, não tem plasmática, ao transporte ativo e ao trans-
nada de impossível. porte passivo.
A descoberta de que qualquer célula do nos- d) aos poros da membrana plasmática, à osmo-
so corpo tem potencial para retornar a um se e à difusão facilitada.
estado primitivo e versátil pode significar e) aos poros da membrana plasmática, à difusão
que homens são capazes de produzir óvulos, e à permeabilidade seletiva da membrana.
e mulheres têm chance de gerar espermato-
zoides. 1
2. (Unesp) Um pesquisador analisou células
Tudo graças às células IPS (induced pluripotent em divisão das gônadas e do trato digestório
stem-cells*), cujas capacidades “miraculo- de um macho de uma nova espécie de mosca.
sas” estão começando a ser estudadas. Elas A partir de suas observações, fez as seguin-
são funcionalmente idênticas às células-
tes anotações:
-tronco embrionárias, que conseguem dar
Nas células do tecido I, em uma das fases
origem a todos os tecidos do corpo. Em labo-
da divisão celular, veem-se 8 cromossomos,
ratório, as células IPS são revertidas ao es-
cada um deles com uma única cromátide, 4
tado embrionário por meio de manipulação
deles migrando para um dos polos da célula
genética.
e os outros 4 migrando para o polo oposto.
(Revista Galileu, maio 2009.)
* células-tronco pluripotentes induzidas Nas células do tecido II, em uma das fases
da divisão celular, veem-se 4 cromossomos,
Na reportagem, cientistas acenaram com a cada um deles com duas cromátides, 2 deles
possibilidade de uma criança ser gerada com migrando para um dos polos da célula e os
o material genético de dois pais, necessitan- outros 2 migrando para o polo oposto.
do de uma mulher apenas para a “barriga de Pode-se afirmar que as células do tecido I e
aluguel”. as células do tecido II são, respectivamente:
Um dos pais doaria o espermatozoide e o ou- a) da gônada e do trato digestório. Essa nova
tro uma amostra de células da pele que, re- espécie de mosca tem 2n = 2.
vertidas ao estado IPS, dariam origem à um b) da gônada e do trato digestório. Essa nova
ovócito pronto para ser fecundado in vitro. espécie de mosca tem 2n = 4.
Isto ocorrendo, a criança: c) do trato digestório e da gônada. Essa nova
a) necessariamente seria do sexo masculino.
espécie de mosca tem 2n = 8.
b) necessariamente seria do sexo feminino.
d) do trato digestório e da gônada. Essa nova
c) poderia ser um menino ou uma menina.
espécie de mosca tem 2n = 2.
d) seria clone genético do homem que forneceu
e) do trato digestório e da gônada. Essa nova
o espermatozoide.
espécie de mosca tem 2n = 4.
e) seria clone genético do homem que forneceu
a célula da pele.
13. (Unesp) Empresa coreana apresenta cães
feitos em clonagem comercial. Cientistas
11. (Unesp) Devido à sua composição química sul-coreanos apresentaram cinco clones de
–a membrana é formada por lipídios e pro- um cachorro e afirmam que a clonagem é
teínas– ela é permeável a muitas substân- a primeira realizada com sucesso para fins
cias de natureza semelhante. Alguns íons comerciais. A clonagem foi feita pela com-
também entram e saem da membrana com panhia de biotecnologia a pedido de uma
facilidade, devido ao seu tamanho. (...) No cliente norte-americana, que pagou por cin-
entanto, certas moléculas grandes precisam co cópias idênticas de seu falecido cão pit
de uma ajudinha extra para entrar na célula. bull chamado Booger. Para fazer o clone,
Essa ajudinha envolve uma espécie de por- os cientistas utilizaram núcleos de células
teiro, que examina o que está fora e o ajuda retiradas da orelha do pit bull original, os
a entrar. quais foram inseridos em óvulos anucleados
(Solange Soares de Camargo, in Biologia, Ensino
de uma fêmea da mesma raça, e posterior-
Médio. 2.ª série, volume 1, SEE/SP, 2009.) mente implantados em barrigas de aluguel
de outras cadelas.
No texto, e na ordem em que aparecem, a (Correio do Brasil, 05.08.2008. Adaptado.)
autora se refere:
Pode-se afirmar que cada um desses clones
apresenta:
126
a) 100% dos genes nucleares de Booger, 100% A partir da análise da ocorrência da doença
dos genes mitocondriais da fêmea pit bull e entre os indivíduos nascidos dos diferentes
nenhum material genético da fêmea na qual cruzamentos, foram feitas as afirmações se-
ocorreu a gestação. guintes.
b) 100% dos genes nucleares de Booger, 50% do I. Trata-se de uma doença autossômica
genes mitocondriais da fêmea pit bull e 50% recessiva.
dos genes mitocondriais da fêmea na qual II. Os indivíduos I-1 e I-3 são obrigatoria-
ocorreu a gestação.
mente homozigotos dominantes.
c) 100% dos genes nucleares de Booger, 50%
dos genes mitocondriais de Booger, 50% do III. Não há nenhuma possibilidade de que um
genes mitocondriais da fêmea pit bull e ne- filhote nascido do cruzamento entre os
nhum material genético da fêmea na qual indivíduos II-5 e II-6 apresente a doença.
ocorreu a gestação. IV. O indivíduo III-1 só deve ser cruzado com
d) 50% dos genes nucleares de Booger, 50% dos o indivíduo II-5, uma vez que são nulas
genes nucleares da fêmea pit bull e 100% as possibilidades de que desse cruzamento
dos genes mitocondriais da fêmea na qual resulte um filhote que apresente a doença.
ocorreu a gestação. É verdadeiro o que se afirma em:
e) 50% dos genes nucleares de Booger, 50% a) I, apenas.
dos genes nucleares e 50% dos genes mito- b) II e III, apenas.
condriais da fêmea pit bull e 50% dos genes c) I, II e III, apenas.
mitocondriais da fêmea na qual ocorreu a d) I e IV, apenas.
gestação. e) III e IV, apenas.
1
4. (Unesp) As proteínas são moléculas com-
16. (Unesp) Algumas células de cultura de teci-
plexas formadas por unidades denominadas
do foram deixadas em um meio contendo um
..................., que se unem umas às outras
por meio de ................... Cada unidade é precursor radioativo de RNA. Posteriormen-
formada por um átomo de carbono, ao qual te, essas células foram transferidas para um
se ligam um grupo ..................., um grupo meio sem essa substância. Após 3 minutos,
..................., que apresenta um átomo de ni- algumas células foram fixadas e radioauto-
trogênio, e um radical de estrutura variável. grafadas. Esse procedimento se repetiu após
Os termos que completam corretamente os 15 e após 90 minutos. Os esquemas repre-
espaços em branco são, pela ordem: sentam as células radioautografadas nos três
a) monopeptídeos – ligação glicosídica – carbo- momentos, revelando a distribuição do pre-
xila – amina cursor radioativo nas mesmas.
b) monopeptídeos – ligação peptídica – amina
– carboxila
c) aminoácidos – ligação peptídica – carboxila
– amina
d) aminoácidos – ligação glicosídica – amina –
carboxila
e) nucleotídeos – reação de desidratação – car-
boxila – amina
127
1
7. (Unesp) Políticas de inclusão que conside- 19. (Unesp) Considere as seguintes formas de
ram cotas para negros ou afrodescendentes herança:
nas universidades públicas foram colocadas I. Na planta boca-de-leão, há indivíduos
em prática pela primeira vez na Universida- homozigotos, cujo genótipo (CxCx) de-
de Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em fine cor vermelha nas flores. Indivíduos
2001. Propostas como essas geram polêmicas homozigotos com genótipos (CBCB) apre-
e dividem opiniões. Há vários argumentos sentam flores brancas. Os heterozigotos
contra e a favor. Os biólogos têm participado
resultantes do cruzamento entre essas
desse debate, contribuindo com os conheci-
mentos biológicos referentes à raça e à he- duas linhagens (CxCB) apresentam flores
rança da cor da pele humana, entre outros. de cor rosa.
Assinale a afirmação considerada correta do II. Em humanos, indivíduos com genótipos
ponto de vista da biologia. IAIA ou IAi apresentam tipo sanguíneo
a) Os critérios para se definirem duas popula- A e os com genótipos IBIB ou IBi apre-
ções como raças diferentes são científica e sentam tipo sanguíneo B. Os alelos IAe
consensualmente determinados. IB são, portanto, dominantes com relação
b) Não encontramos, na história da biologia, ao alelo i. Por outro lado, o genótipo IAIB
dúvidas sobre a existência de raças na espé- determina tipo sanguíneo AB.
cie humana. III. A calvície é determinada por um alelo
c) A cor da pele humana é um exemplo de he- autossômico. Homens com genótipo C1C1
rança quantitativa ou poligênica, o que signi- (homozigotos) ou C1C2 (heterozigotos)
fica que vários genes atuam na sua definição. são calvos, enquanto mulheres C1C1 são
d) O fato de a cor da pele não ser influenciada
calvas e C1C2 são normais. Tanto homens
por fatores ambientais reforça a hipótese da
existência de raças na espécie humana. quanto mulheres C2C2 são normais.
I, II e III são, respectivamente, exemplos de:
e) A determinação da cor da pele humana se-
a) dominância incompleta, codominância e ex-
gue os padrões do tipo de herança qualitati-
pressão gênica influenciada pelo sexo.
va e é um exemplo de co-dominância.
b) dominância incompleta, pleiotropia e pene-
trância incompleta.
18. (Unesp) No esquema estão representadas c) codominância, epistasia e pleiotropia.
etapas, numeradas de 1 a 3, de um impor- d) epistasia, codominância e dominância in-
tante processo que ocorre no interior das cé- completa.
lulas, e algumas organelas envolvidas direta e) herança poligênica, dominância incompleta
ou indiretamente com esse processo. e expressão gênica influenciada pelo sexo.
128
c) não se trata de uma questão que envolva 2
3. (Unesp) A partir dos anos 1900, uma série
biotecnologia e bioética, pois as técnicas de de observações e experimentos indicaram
fertilização “in vitro” já são de total domí- uma correlação entre o comportamento dos
nio e amplamente utilizadas pelos especia- cromossomos na célula em divisão e as leis
listas na área de reprodução humana. mendelianas.
Analise cada uma das afirmações seguintes.
d) o caso relatado não envolve problemas de
I. Na meiose I, a segregação dos homólogos
bioética, uma vez que na concepção de Ja- de um par cromossômico corresponde, em
mie foram empregadas técnicas de fertiliza- efeito, à 1ª lei de Mendel.
ção “in vitro”. II. Na meiose I, a segregação dos homólogos
e) não se pode associar a fertilização “in vitro” dos diferentes pares cromossômicos cor-
com biotecnologia ou com bioética, uma vez respondem, em efeito, à 2ª lei de Mendel.
que o embrião, depois de selecionado, é im- III. Na meiose I, a segregação de cromosso-
plantado no útero materno, onde, de fato, se mos homólogos que apresentam os mes-
dá o desenvolvimento do feto. mos alelos resulta nas proporções da ge-
ração F2 dos experimentos de Mendel.
IV. Na meiose II, a segregação das cromátides
21. (Unesp) Considerando-se que a cor da pela- dos diferentes pares cromossômicos cor-
gem de cobaias é determinada por um par de responde, em efeito, à 2ª lei de Mendel.
alelos, que pode apresentar dominância ou V. Genes localizados em regiões próximas de
recessividade, foram realizados cruzamentos um mesmo cromossomo implicam em dis-
entre esses animais, conforme a tabela. torções das proporções mendelianas.
São afirmações corretas:
a) I, II, III, IV e V.
b) I, II, III e V, apenas.
c) I, II, IV e V, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) II e V, apenas.
Gabarito
zigoto recessivo tenha frequência q2 = 0,25.
b) haja manutenção do tamanho da população
ao longo das gerações.
c) os alelos que expressam fenótipos mais 1. D 2. A 3. C 4. A 5. E
adaptativos sejam favorecidos por seleção
natural. 6. A 7. E 8. D 9. A 10. C
d) a somatória da frequência dos diferentes
11. A 12. E 13. A 14. C 15. A
alelos, ou dos diferentes genótipos, seja
igual a 1. 16. E 17. C 18. B 19. A 20. A
e) ocorra manutenção das mesmas frequências
genotípicas ao longo das gerações. 21. D 22. E 23. C 24. B
129
QUESTÕES OBJETIVAS - física
Ciências da Natureza e suas tecnologias
R.P.A. Unesp
Revisão Programada Anual
UNESP - Física
Mecânica 46%
Eletricidade 14%
Termologia 12%
Óptica 11%
Megnetismo 8%
Ondulatória 8%
Outros 1%
FÍSICA 1
Analisando os gráficos, pode-se afirmar que: 4. (Unesp) Uma pedra é lançada por um garoto
a) B ultrapassou A no instante t = 8 s, depois segundo uma direção que forma ângulo de
de percorrer 160 m. 60° com a horizontal e com energia cinética
b) B ultrapassou A no instante t = 4 s, depois inicial E. Sabendo que cos 60° = 1/2 e supon-
de percorrer 160 m. do que a pedra esteja sujeita exclusivamente
c) B ultrapassou A no instante t = 4 s, depois à ação da gravidade, o valor de sua energia
de percorrer 80 m. cinética no ponto mais alto da trajetória vale:
d) B ultrapassou A no instante t = 8 s, depois a) zero.
de percorrer 320 m. b) E/4.
e) B ultrapassou A no instante t = 4 s, depois c) E/2.
de percorrer 180 m. d) 3E/4.
e) E.
2. (Unesp) Dois atletas estão correndo numa
pista de atletismo com velocidades constan-
tes, mas diferentes. O primeiro atleta loco- 5. (Unesp) Em um teste de colisão, um automó-
move-se com velocidade v e percorre a faixa vel de 1500 kg colide frontalmente com uma
mais interna da pista, que na parte circular parede de tijolos. A velocidade do automóvel
tem raio R. O segundo atleta percorre a faixa anterior ao impacto era de 15 m/s. Imedia-
mais externa, que tem raio 3R/2. Num mes- tamente após o impacto, o veículo é jogado
mo instante, os dois atletas entram no tre- no sentido contrário ao do movimento inicial
cho circular da pista, completando-o depois
com velocidade de 3 m/s. Se a colisão teve
de algum tempo. Se ambos deixam este tre-
cho simultaneamente, podemos afirmar que duração de 0,15 s, a força média exercida so-
a velocidade do segundo atleta é: bre o automóvel durante a colisão foi de:
a) 3v. a) 0,5 × 104 N.
b) 3v/2. b) 1 × 104 N.
c) v. c) 3 × 104 N.
d) 2v/3. d) 15 × 104 N.
e) v/3. e) 18 × 104 N.
133
6. (Unesp) Na figura, o bloco A, de volume V, 3. Considerando as forças que atuam em A:
encontra-se totalmente imerso num líquido F – fatA – FAB = mA · a
de massa específica d, e o bloco B, de volume 10 – μ · m · g – FAB = m · a
(3/2)V, totalmente imerso num líquido de Considerando as forças que atuam em B:
massa específica (2/3)d. Esses blocos estão FAB – fatB = mB · a
em repouso, sem tocar o fundo do recipien- FAB – μ · m · g = m · a
te, presos por um fio de massa desprezível,
que passa por polias que podem girar sem Subtraindo uma equação da outra, temos:
atrito. 10 – FAB – FAB = 0 → 2FAB = 10 N
FAB = 5 N
4.
Para um lançamento oblíquo, no ponto mais
alto, a velocidade corresponde à componente
x da velocidade inicial, logo:
vx = v ∙ cos 60° → vx = 0,5 v
Calculando as energias cinéticas no momen-
to do lançamento (EcinA) e no ponto mais alto
(EcinB):
m(0,5v)2)
mv ;
2
EcinA = ____ EcinB = _________
2 2
Calculando a razão entre as energias temos:
mv
2
____
EcinA _________
____ 2 E
Se mA e mB forem, respectivamente, as mas- = EcinB = ____
cinA
EcinB m(0,5v)2 4
sas de A e B, ter-se-á: _________
2
a) (mB/mA) = 2/3.
b) (mB/mA) = 1. 5.
c) (mB/mA) = 6/5.
d) (mB/mA) = 3/2.
e) (mB/mA) = 2.
134
Prática dos
conhecimentos - E.O.
1. (Unesp) Em uma viagem de carro com sua
família, um garoto colocou em prática o que
havia aprendido nas aulas de física. Quan-
do seu pai ultrapassou um caminhão em um
trecho reto da estrada, ele calculou a velo-
cidade do caminhão ultrapassado utilizando Nessas condições, quando o motor girar com
um cronômetro. frequência fM as duas rodas do carrinho gi-
rarão com frequência fR. Sabendo que as
engrenagens A e C possuem 8 dentes, que
as engrenagens B e D possuem 24 dentes,
que não há escorregamento entre elas e que
fM = 13,5 Hz é correto afirmar que fR, em Hz,
é igual a:
a) 1,5.
b) 3,0.
c) 2,0.
d) 1,0.
e) 2,5.
135
4. (Unesp) Ótimos nadadores, os golfinhos Para chegar ao local do compromisso no novo
conseguem saltar até 5 m acima do nível da horário, desprezando-se o tempo parado
água do mar. Considere que um golfinho de para atender a ligação, João deverá desen-
100 kg inicialmente em repouso no ponto A volver, no restante do percurso, uma veloci-
situado 3 m abaixo da linha da água do mar, dade média, em km/h no mínimo, igual a:
acione suas nadadeiras e atinja, no ponto a) 120.
B determinada velocidade, quando inicia o b) 60.
seu movimento ascendente e seu centro de
c) 108.
massa descreve a trajetória indicada na fi-
d) 72.
gura pela linha tracejada. Ao sair da água,
e) 90.
seu centro de massa alcança o ponto C a uma
altura de 5 m acima da linha da___água, com
módulo da velocidade igual a 4√10 m/s con- 6. (Unesp) A fotografia mostra um avião bom-
forme a figura. bardeiro norte-americano B52 despejando
bombas sobre determinada cidade no Vietnã
do Norte, em dezembro de 1972.
136
7. (Unesp) A figura representa uma cisterna com a forma de um cilindro circular reto de 4 m de al-
tura instalada sob uma laje de concreto.
Considere que apenas 20% do volume dessa cisterna esteja ocupado por água. Sabendo que a den-
sidade da água é igual a 1000 kg/m3 adotando g = 10 m/s2 e supondo o sistema em equilíbrio, é
correto afirmar que, nessa situação, a pressão exercida apenas pela água no fundo horizontal da
cisterna, em Pa, é igual a:
a) 2000.
b) 16000.
c) 1000.
d) 4000.
e) 8000.
8. (Unesp) Enquanto movia-se por uma trajetó- 9. (Unesp) Ao tentar arrastar um móvel de
ria parabólica depois de ter sido lançada obli- 120 kg sobre uma superfície plana e hori-
quamente e livre de resistência do ar, uma zontal, Dona Elvira percebeu que, mesmo
bomba de 400 g explodiu em três partes, A e exercendo sua máxima força sobre ele, não
conseguiria movê-lo, devido à força de atrito
B e C, de massas mA = 200 g e mB = mC = 100 g. entre o móvel e a superfície do solo. Cha-
A figura representa as três partes da bomba mou, então, Dona Dolores, para ajudá-la.
e suas respectivas velocidades em relação ao Empurrando juntas, elas conseguiram arras-
solo, imediatamente depois da explosão. tar o móvel em linha reta, com aceleração
escalar constante de módulo 0,2 m/s2.
Sabendo que as forças aplicadas pelas duas
senhoras tinham a mesma direção e o mes-
mo sentido do movimento do móvel, que
Dona Elvira aplicou uma força de módulo
igual ao dobro da aplicada por Dona Dolo-
res e que durante o movimento atuou sobre
o móvel uma força de atrito de intensidade
constante e igual a 240 N, é correto afirmar
que o módulo da força aplicada por Dona El-
vira, em newtons, foi igual a:
a) 340.
b) 60.
c) 256.
d) 176.
e) 120.
Analisando a figura, é correto afirmar que
a bomba, imediatamente antes de explodir, 10. (Unesp) O bungee jump é um esporte radi-
tinha velocidade de módulo igual a: cal no qual uma pessoa salta no ar amarrada
a) 100 m/s e explodiu antes de atingir a altura pelos tornozelos ou pela cintura a uma corda
máxima de sua trajetória. elástica.
b) 100 m/s e explodiu exatamente na altura
máxima de sua trajetória.
c) 200 m/s e explodiu depois de atingir a altu-
ra máxima de sua trajetória.
d) 400 m/s e explodiu exatamente na altura
máxima de sua trajetória.
e) 400 m/s e explodiu depois de atingir a altu-
ra máxima de sua trajetória.
137
Considere que a corda elástica tenha com-
primento natural (não deformada) de 10 m.
Depois de saltar, no instante em que a pessoa
passa pela posição A, a corda está totalmente
na vertical e com seu comprimento natural.
A partir daí, a corda é alongada, isto é, tem
seu comprimento crescente até que a pessoa
atinja a posição B, onde para instantanea-
Considerando o sistema em equilíbrio nas
mente, com a corda deformada ao máximo.
duas situações e sendo P2 a pressão hidrostáti-
ca exercida pela água no fundo do reservatório
na segunda situação, é correto afirmar que:
a) P2 = P1
b) P2 = 4P1
c) P2 = P1/2
d) P2 = 2P1
e) P2 = P1/4
TABELA 2
Curva Raio
Tala Larga 2R
do Laço R
Um 3R
A figura 2 representa o mesmo reservató- Sendo FK, FF e FS os módulos das forças re-
rio apoiado de um modo diferente sobre a sultantes centrípetas que atuam em cada um
mesma superfície horizontal e com a mesma dos veículos nas posições em que eles se en-
quantidade de água dentro dele. contram na figura, é correto afirmar que:
138
a) FS < FK < FF. Sendo PA e PB os módulos das forças Peso de
b) FK < FS < FF. A e B, e EA e EB os módulos das forças Em-
c) FK < FF < FS. puxo que o líquido exerce sobre as esferas
d) FF < FS < FK. quando elas estão totalmente imersas, é cor-
e) FS < FF < FK. reto afirmar que:
a) PA < PB e EA = EB.
13. (Unesp) O sifão é um dispositivo que permite b) PA < PB e EA < EB.
transferir um líquido de um recipiente mais c) PA > PB e EA > EB.
alto para outro mais baixo, por meio, por d) PA > PB e EA < EB.
exemplo, de uma mangueira cheia do mesmo e) PA > PB e EA = EB.
líquido. Na figura, que representa, esquema-
ticamente, um sifão utilizado para transferir
15. (Unesp) O teste Margaria de corrida em es-
água de um recipiente sobre uma mesa para
outro no piso, R é um registro que, quan- cada é um meio rápido de medida de potên-
do fechado, impede o movimento da água. cia anaeróbica de uma pessoa. Consiste em
Quando o registro é aberto, a diferença de fazê-la subir uma escada de dois em dois
pressão entre os pontos A e B provoca o esco- degraus, cada um com 18 cm de altura, par-
amento da água para o recipiente de baixo. tindo com velocidade máxima e constante de
uma distância de alguns metros da escada.
Quando pisa no 8º degrau, a pessoa aciona
um cronômetro, que se desliga quando pisa
no 12º. degrau. Se o intervalo de tempo re-
gistrado para uma pessoa de 70 kg foi de
2,8 s e considerando a aceleração da gravida-
de igual a 10 m/s2, a potência média avalia-
da por este método foi de:
a) 180 W.
b) 220 W.
c) 432 W.
d) 500 W.
e) 644 W.
1
4. (Unesp) Duas esferas, A e B, maciças e de
mesmo volume, são totalmente imersas num
líquido e mantidas em repouso pelos fios
mostrados na figura. Quando os fios são cor-
tados, a esfera A desce até o fundo do re-
cipiente e a esfera B sobe até a superfície,
onde passa a flutuar, parcialmente imersa no
Considerando que a distância que separava
líquido.
ambos os veículos no início da frenagem era
de 32 m, ao final dela a distância entre am-
bos é de:
a) 1,0 m.
b) 2,0 m.
c) 3,0 m.
d) 4,0 m.
e) 5,0 m.
139
17. (Unesp) Dois líquidos não miscíveis, A e B, 19. (Unesp) No final de dezembro de 2004, um
com massas específicas μA e μB, respectiva- tsunami no oceano Índico chamou a atenção
mente, são colocados em um recipiente junto pelo seu poder de destruição. Um tsunami
é uma onda que se forma no oceano, geral-
com uma esfera cuja massa específica é μ. Se
mente criada por abalos sísmicos, atividades
μA < μ < μB, indique qual das figuras apre- vulcânicas ou pela queda de meteoritos. Este
senta a disposição correta dos líquidos e da foi criado por uma falha geológica reta, mui-
esfera no recipiente. to comprida, e gerou ondas planas que, em
a) alto mar, propagaram-se com comprimentos
de onda muito longos, amplitudes peque-
nas se comparadas com os comprimentos de
onda, mas com altíssimas velocidades. Uma
onda deste tipo transporta grande quan-
tidade de energia, que se distribui em um
longo comprimento de onda e, por isso, não
representa perigo em alto mar. No entanto,
ao chegar à costa, onde a profundidade do
b) oceano é pequena, a velocidade da onda di-
minui. Como a energia transportada é pra-
ticamente conservada, a amplitude da onda
aumenta, mostrando assim o seu poder de-
vastador. Considere que a velocidade da onda
____
possa ser obtida pela relação v = √h∙g
, onde
g = 10 m/s2 e h são, respectivamente, a acele-
ração da gravidade e a profundidade no local
c) de propagação. A energia da onda pode ser
estimada através da relação E = kvA2, onde k
é uma constante de proporcionalidade e A é
a amplitude da onda. Se o tsunami for gera-
do em um local com 6250 m de profundidade
e com amplitude de 2 m, quando chegar à
região costeira, com 10 m de profundidade,
sua amplitude será:
d) a) 14 m.
b) 12 m.
c) 10 m.
d) 8 m.
e) 6 m.
140
1. (Unesp) Um corpo A de massa m, movendo-
2 2
4. (Unesp) Um elétron entra em um tubo de
-se com velocidade constante, colide fron- raios catódicos de um aparelho de TV com
talmente com um corpo B, de massa M, velocidade inicial de 5 × 105 m/s. Acelerado
inicialmente em repouso. Após a colisão, uniformemente, ele chega a atingir uma ve-
unidimensional e inelástica, o corpo A per- locidade de 5 × 106 m/s depois de percorrer
manece em repouso e B adquire uma velo- uma distância de 2,2 cm. O tempo gasto para
cidade desconhecida. Pode-se afirmar que a percorrer essa distância é de:
razão entre a energia cinética final de B e a a) 8 × 10-9 s.
inicial de A é: b) 11 × 10-9 s.
c) 22 × 10-9 s.
a) M2/m2.
d) 55 × 10-9 s.
b) 2m/M.
e) 8 × 10-8 s.
c) m/2M.
d) M/m.
e) m/M.
Gabarito
2. (Unesp) Dois blocos, A e B, de massas m
2
1. D 2. A 3. D 4. B 5. D
e 2m, respectivamente, ligados por um fio
inextensível e de massa desprezível, estão 6. A 7. E 8. B 9. D 10. E
inicialmente em repouso sobre um plano
11. C 12. B 13. D 14. E 15. A
horizontal sem atrito. Quando o conjunto é
puxado para a direita pela força horizontal 16. B 17. E 18. A 19. C 20. C
____›
F aplicada em B, como mostra a figura, o fio 21. E 22. A 23. E 24. A
fica sujeito à tração T1. Quando puxado para
a esquerda por uma força de mesma intensi-
dade que a anterior, mas agindo em sentido
contrário, o fio fica sujeito à tração T2.
141
FÍSICA 2
Prescrição: Identificar fenômenos, fontes e sistemas que envolvam trocas de calor, identi-
ficar propriedades térmicas dos materiais ou processos de trocas de calor, estimar trocas de
calor envolvidas em fenômenos térmicos, reconhecer representações adequadas dos ciclos
de funcionamento de diferentes máquinas térmicas, identificar e discriminar características
físicas de ondas sonoras, analisar fenômenos e equipamentos que envolvam a propagação
da luz e formação de imagens, comparar diferentes instrumentos e sistemas utilizados para
melhorar ou ampliar a visão, associar a cor de um objeto a formas de interação da luz com
a matéria, identificar os principais meios de produção, propagação e detecção de ondas ele-
tromagnéticas no cotidiano.
Aplicação dos
conhecimentos - Sala
1. (Unesp) Um bloco de certa liga metálica, de
massa 250 g, é transferido de uma vasilha,
que contém água fervendo em condições Os ângulos de incidência e de refração me-
normais de pressão, para um calorímetro dem, respectivamente:
contendo 400 g de água à temperatura de a) 62° e 38°.
10 °C. Após certo tempo, a temperatura no b) 58° e 32°.
calorímetro se estabiliza em 20 °C. Supondo c) 90° e 38°.
que toda a quantidade de calor cedida pela d) 32° e 90°.
liga tenha sido absorvida pela água do calo- e) 58° e 45°.
rímetro, pode-se dizer que a razão entre o
calor específico da água e o calor específico 4. (Unesp) Um objeto de 2 cm de altura é co-
da liga metálica é igual a: locado a certa distância de uma lente con-
a) 1. vergente. Sabendo-se que a distância focal
b) 2. da lente é 20 cm e que a imagem se forma a
c) 3. 50 cm da lente, do mesmo lado que o objeto,
d) 4. pode-se afirmar que o tamanho da imagem é:
e) 5. a) 0,07 cm.
b) 0,6 cm.
c) 7,0 cm.
2. (Unesp) A energia interna U de uma certa
d) 33,3 cm.
quantidade de gás, que se comporta como
e) 60,0 cm.
gás ideal, contida em um recipiente, é pro-
porcional à temperatura T, e seu valor pode ser
calculado utilizando a expressão U = 12,5 T. 5. (Unesp) Três feixes paralelos de luz, de co-
A temperatura deve ser expressa em kelvins res vermelha, amarela e azul, incidem sobre
e a energia, em joules. Se inicialmente o uma lente convergente de vidro crown, com
gás está à temperatura T = 300 K e, em uma direções paralelas ao eixo da lente. Sabe-se
transformação a volume constante, recebe que o índice de refração n desse vidro de-
1250 J de uma fonte de calor, sua tempera- pende do comprimento de onda da luz, como
tura final será: mostrado no gráfico da figura.
a) 200 K.
b) 300 K.
c) 400 K.
d) 600 K.
e) 800 K.
143
comprimentos de onda da luz azul, amarela Agora, podemos calcular o tamanho da ima-
e vermelha são 450 nm, 575 nm e 700 nm gem:
-p’
respectivamente, pode-se afirmar que: ___ - 50 = __
p = _ si → ____ i
a) f(azul) = f(amarelo) = f(vermelho). 100
____
2
7
b) f(azul) = f(amarelo) < f(vermelho). i = 7 cm
c) f(azul) > f(amarelo) > f(vermelho).
d) f(azul) < f(amarelo) < f(vermelho). 5.
De acordo com o gráfico, a convergência da
e) f(azul) = f(amarelo) > f(vermelho). lente aumenta quando o comprimento de
onda, sendo assim a distância f para os com-
6. (Unesp) Em um exame de audiometria, uma primentos de onda serão maiores para com-
pessoa foi capaz de ouvir frequências entre primentos de onda maiores, logo:
50 Hz e 3 kHz. Sabendo-se que a velocidade f(azul) < f(amarelo) < f(vermelho)
do som no ar é 340 m/s, o comprimento de 6.
A maior frequência corresponde a 3 kHz
onda correspondente ao som de maior fre- (3000 Hz).
quência (mais agudo) que a pessoa ouviu foi: De acordo com a equação fundamental:
a) 3 × 10-2 cm. v = l · f → 340 = l · 3000
b) 0,5 cm. l = 0,113 m → l = 11,3 cm
c) 1,0 cm.
d) 11,3 cm.
e) 113,0 cm. Gabarito
1. E 2. C 3. B 4. C 5. D 6. D
Raio X
1.
Considere que há trocas de calor apenas en-
tre a água e o bloco de metal.
O bloco antes de ser transferido ao calorime-
tro se encontrava em equilíbrio térmico com
água fervendo, logo sua temperatura inicial
é 100 °C.
QA + QM = 0 →
→ mA · cA · (20 – 10) + mM · cM · (20 – 100) = 0
400 · cA · 10 + 250 · cM · (– 80) = 0
4000 · cA = 20000 · cM
__c
cM = 5
A
2.
De acordo com a 1ª lei da termodinâmica,
temos:
Q = ∆U + τ; onde ∆U = 12,5(T – T0)
A transformação ocorre com volume cons-
tante, logo o trabalho é nulo, sendo assim:
Q = 12,5 (T – T0) → 1250 = 12,5 (T – 300)
T = 400 K
3.
Primeiramente devemos calcular o ângulo de
incidência:
i = 90° – 32° → i = 58°
De acordo com a lei de reflexão, o ângulo de
incidência é igual ao ângulo de reflexão, logo:
R = i → R = 58°
Para calcular o ângulo de refração, devemos
considerar a figura:
r + a = 90° e a + 32 = 90°
Subtraindo as equações, temos:
r – 32° = 0; r = 32°
4.
Primeiro devemos calcular a posição do obje-
to, considerando que a imagem é virtual, de
acordo com o enunciado.
__ 1 + __
1 = __ 1 → ___ 1 = __
1 + _____
1
f p p’ 20 p (- 50)
__1 = ___
p 1 + ___ 1 → p = ____ 100
cm
20 50 7
144
Prática dos 2. (Unesp) A energia contida nos alimentos
Para determinar o valor energético de um
conhecimentos - E.O. alimento, podemos queimar certa quanti-
dade desse produto e, com o calor liberado,
1. (Unesp) aquecer determinada massa de água. Em se-
guida, mede-se a variação de temperatura
sofrida pela água depois que todo o produto
foi queimado, e determina-se a quantidade
de energia liberada na queima do alimento.
Essa é a energia que tal alimento nos fornece
se for ingerido.
No rótulo de um pacote de castanha de caju,
está impressa a tabela a seguir, com infor-
mações nutricionais sobre o produto.
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
Porção 15 g
O topo da montanha é gelado porque o ar Quantidade por porção
quente da base da montanha, regiões baixas,
Valor energético 90 kcal
vai esfriando à medida que sobe. Ao subir,
Carboidratos 4,2 g
o ar quente fica sujeito a pressões menores,
o que o leva a se expandir rapidamente e, Proteínas 3g
em seguida, a se resfriar, tornando a atmos- Gorduras totais 7,3 g
fera no topo da montanha mais fria que a Gorduras saturadas 1,5 g
base. Além disso, o principal aquecedor da Gordura trans 0g
atmosfera é a própria superfície da Terra.
Fibra alimentar 1g
Ao absorver energia radiante emitida pelo
Sol, ela esquenta e emite ondas eletromag- Sódio 45 g
néticas aquecendo o ar ao seu redor. E os www.brcaju.com.br
raios solares que atingem as regiões altas
das montanhas incidem em superfícies que Considere que 150 g de castanha tenham
absorvem quantidades menores de radiação, sido queimados e que determinada massa de
por serem inclinadas em comparação com as água, submetida à chama dessa combustão,
superfícies horizontais das regiões baixas. tenha sido aquecida de 15 °C para 87 °C.
Em grandes altitudes, a quantidade de ener- Sabendo que o calor específico da água líqui-
gia absorvida não é suficiente para aquecer da é igual a 1 cal/g°C e que apenas 60% da
o ar ao seu redor.
energia liberada na combustão tenha efeti-
(http://super.abril.com.br. Adaptado.)
vamente sido utilizada para aquecer a água,
Segundo o texto e conhecimentos de física, é correto afirmar que a massa m, em gramas,
o topo da montanha é mais frio que a base de água aquecida era igual a:
devido: a) 10000.
a) à expansão adiabática sofrida pelo ar quan- b) 5000.
do sobe e ao fato de o ar ser um bom condu-
c) 12500.
tor de calor, não retendo energia térmica e
d) 7500.
esfriando.
b) à expansão adiabática sofrida pelo ar quan- e) 2500.
do sobe e à pouca irradiação recebida da su-
perfície montanhosa próxima a ele. 3. (Unesp) Um frasco para medicamento com
c) à redução da pressão atmosférica com a al- capacidade de 50 mL, contém 35 mL de re-
titude e ao fato de as superfícies inclinadas médio, sendo o volume restante ocupado por
das montanhas impedirem a circulação do ar ar. Uma enfermeira encaixa uma seringa
ao seu redor, esfriando-o.
nesse frasco e retira 10 mL do medicamen-
d) à transformação isocórica pela qual passa o
to, sem que tenha entrado ou saído ar do
ar que sobe e à pouca irradiação recebida da
superfície montanhosa próxima a ele. frasco. Considere que durante o processo a
e) à expansão isotérmica sofrida pelo ar quan- temperatura do sistema tenha permanecido
do sobe e à ausência do fenômeno da con- constante e que o ar dentro do frasco possa
vecção que aqueceria o ar. ser considerado um gás ideal.
145
De acordo com a física térmica, o único pro-
cedimento capaz de separá-los é:
a) mergulhar o copo B em água em equilíbrio
térmico com cubos de gelo e encher o copo
A com água à temperatura ambiente.
b) colocar água quente (superior à temperatura
ambiente) no copo A.
c) mergulhar o copo B em água gelada (inferior
à temperatura ambiente) e deixar o copo A
sem líquido.
d) encher o copo A com água quente (supe-
rior à temperatura ambiente) e mergulhar o
copo B em água gelada (inferior à tempera-
tura ambiente).
Na situação final em que a seringa com o me-
e) encher o copo A com água gelada (inferior à
dicamento ainda estava encaixada no frasco, temperatura ambiente) e mergulhar o copo
a retirada dessa dose fez com que a pressão B em água quente (superior à temperatura
do ar dentro do frasco passasse a ser, em re- ambiente).
lação à pressão inicial:
a) 60% maior. 6. (Unesp) Um recipiente contendo um certo
b) 40% maior. gás tem seu volume aumentado graças ao
c) 60% menor. trabalho de 1664 J realizado pelo gás. Neste
d) 40% menor. processo, não houve troca de calor entre o
e) 25% menor. gás, as paredes e o meio exterior. Conside-
rando que o gás seja ideal, a energia de 1
4. (Unesp) A dilatação térmica dos sólidos é mol desse gás e a sua temperatura obedecem
um fenômeno importante em diversas apli- à relação U = 20,8 T, onde a temperatura T
cações de engenharia, como construções de é medida em kelvin e a energia U em joule.
pontes, prédios e estradas de ferro. Conside- Pode-se afirmar que nessa transformação a
variação de temperatura de um mol desse
re o caso dos trilhos de trem serem de aço, cujo
gás, em kelvin, foi de:
coeficiente de dilatação é 𝛂 = 11 × 10-6 °C-1. Se
a) 50.
a 10 °C o comprimento de um trilho é de 30
b) – 60.
m, de quanto aumentaria o seu comprimento
c) – 80.
se a temperatura aumentasse para 40 °C?
d) 100.
a) 11 × 10-4 m.
e) 90.
b) 33 × 10-4 m.
c) 99 × 10-4 m. 7. (Unesp) Em um dia ensolarado, a potência
d) 132 × 10-4 m. média de um coletor solar para aquecimento
e) 165 × 10-4 m. de água é de 3 kW. Considerando a taxa de
aquecimento constante e o calor específico
5. (Unesp) Dois copos de vidro iguais, em equi- da água igual a 4200 J/(kg.°C), o tempo gas-
líbrio térmico com a temperatura ambiente, to para aquecer 30 kg de água de 25 °C para
foram guardados, um dentro do outro, con- 60 °C será, em minutos, de:
forme mostra a figura. Uma pessoa, ao ten- a) 12,5.
tar desencaixá-los, não obteve sucesso. Para b) 15.
separá-los, resolveu colocar em prática seus c) 18.
conhecimentos da física térmica. d) 24,5.
e) 26.
146
c) os calores específicos dos dois recipientes. De acordo com o texto, a miopia causada por
d) os coeficientes de dilatação térmica dos dois essa doença deve-se ao fato de, ao tornar-se
recipientes. mais intumescido, o cristalino ter sua dis-
e) as condutividades térmicas dos dois reci- tância focal:
pientes. a) aumentada e tornar-se mais divergente.
b) reduzida e tornar-se mais divergente.
9. (Unesp) Quando entrou em uma ótica para c) aumentada e tornar-se mais convergente.
comprar novos óculos, um rapaz deparou-se d) aumentada e tornar-se mais refringente.
com três espelhos sobre o balcão: um plano, e) reduzida e tornar-se mais convergente.
um esférico côncavo e um esférico convexo,
todos capazes de formar imagens nítidas de 11. (Unesp) Dois raios luminosos monocromáti-
objetos reais colocados à sua frente. Notou cos, um azul e um vermelho, propagam-se no
ainda que, ao se posicionar sempre a mesma ar, paralelos entre si, e incidem sobre uma
distância desses espelhos, via três diferen- esfera maciça de vidro transparente
__ de cen-
tes imagens de seu rosto, representadas na tro C e de índice de refração √3 nos pontos
figura a seguir. A e V. Após atravessarem a esfera, os raios
emergem pelo ponto P de modo que o ângulo
entre eles é igual a 60°.
10. (Unesp) Dentre as complicações que um por- 12. (Unesp) Nas câmeras fotográficas digitais, os
tador de diabetes não controlado pode apre- filmes são substituídos por sensores digitais,
sentar está a catarata, ou seja, a perda da como um CCD (sigla em inglês para Disposi-
transparência do cristalino, a lente do olho. tivo de Carga Acoplada). Uma lente esférica
Em situações de hiperglicemia, o cristalino convergente denominada objetiva, projeta
absorve água, fica intumescido e tem seu uma imagem nítida, real e invertida do obje-
raio de curvatura diminuído (figura 1), o to que se quer fotografar sobre o CCD, que lê
que provoca miopia no paciente. À medida e armazena eletronicamente essa imagem.
que a taxa de açúcar no sangue retorna aos A figura representa esquematicamente uma
níveis normais, o cristalino perde parte do câmera fotográfica digital. A lente objetiva
excesso de água e volta ao tamanho original tem distância focal constante e foi montada
(figura 2). A repetição dessa situação altera dentro de um suporte S indicado na figura,
as fibras da estrutura do cristalino, provo- que pode mover-se para a esquerda, afastan-
cando sua opacificação. do a objetiva do CCD ou para a direita, apro-
(www.revistavigor.com.br. Adaptado.)
ximando-a dele. Na situação representada, a
objetiva focaliza com nitidez a imagem do
objeto O sobre a superfície do CCD.
147
Considere a equação dos pontos conjugados A única posição em que essa lente, se tiver
para lentes esféricas, em que F é a distância a distância focal adequada, poderia formar
focal da lente, p a coordenada do objeto e a imagem real I do objeto O, indicados na
p’ a coordenada da imagem. Se o objeto se figura, é a identificada pelo número:
aproximar da câmera sobre o eixo óptico da a) 1.
lente e a câmera for mantida em repouso em b) 2.
c) 3.
relação ao solo, supondo que a imagem per-
d) 4.
maneça real, ela tende a mover-se para a:
e) 5.
a) esquerda e não será possível mantê-la sobre
o CCD.
1
5. (Unesp) Nas fotos da prova de nado sin-
b) esquerda e será possível mantê-la sobre o
cronizado, tiradas com câmaras submersas
CCD movendo- se a objetiva para a esquerda. na piscina, quase sempre aparece apenas a
c) esquerda e será possível mantê-la sobre o parte do corpo das nadadoras que está sob a
CCD movendo- se a objetiva para a direita. água, a parte superior dificilmente se vê. Se
d) direita e será possível mantê-la sobre o CCD essas fotos são tiradas exclusivamente com
movendo- se a objetiva para a esquerda. iluminação natural, isso acontece porque a
e) direita e será possível mantê-la sobre o CCD luz que:
movendo-se a objetiva para a direita. a) vem da parte submersa do corpo das nada-
doras atinge a câmara, mas a luz que vem de
13. (Unesp) Para observar uma pequena folha fora da água não atravessa a água, devido à
em detalhes, um estudante utiliza uma len- reflexão total.
te esférica convergente funcionando como b) vem da parte submersa do corpo das nada-
doras atinge a câmara, mas a luz que vem de
lupa. Mantendo a lente na posição vertical e
fora da água é absorvida pela água.
parada a 3 cm da folha, ele vê uma imagem
c) vem da parte do corpo das nadadoras que
virtual ampliada 2,5 vezes.
está fora da água é desviada ao atravessar a
água e não converge para a câmara, ao con-
trário da luz que vem da parte submersa.
d) emerge da câmara ilumina a parte submersa
do corpo das nadadoras, mas a parte de fora
da água não, devido ao desvio sofrido pela
luz na travessia da superfície.
e) emerge da câmara ilumina a parte submersa
do corpo das nadadoras, mas aparte de fora
da água não é iluminada devido à reflexão
total ocorrida na superfície.
1
6. (Unesp) O objeto ABC encontra-se em frente
Considerando válidas as condições de niti- de um pequeno espelho plano E, como mos-
dez de Gauss, a distância focal, em cm, da tra a figura adiante.
lente utilizada pelo estudante é igual a: A figura que melhor representa o espelho E,
a) 5. o objeto ABC e sua imagem I é:
b) 2.
c) 6.
d) 4.
e) 3.
1
7. (Unesp) Uma corda elástica está inicialmen-
te esticada e em repouso, com uma de suas
extremidades fixa em uma parede e a outra
presa a um oscilador capaz de gerar ondas
transversais nessa corda. A figura representa
148
o perfil de um trecho da corda em determinado instante posterior ao acionamento do oscilador e
um ponto P que descreve um movimento harmônico vertical, indo desde um ponto mais baixo (vale
da onda) até um mais alto (crista da onda).
Sabendo que as ondas se propagam nessa corda com velocidade constante de 10 m/s e que a frequência
do oscilador também é constante, a velocidade escalar média do ponto P em m/s quando ele vai de
um vale até uma crista da onda no menor intervalo de tempo possível é igual a:
a) 4.
b) 8.
c) 6.
d) 10.
e) 12.
18. (Unesp) Um experimento foi feito com a finalidade de determinar a frequência de vibração de
um diapasão. Um tubo cilíndrico aberto em suas duas extremidades foi parcialmente imerso em
um recipiente com água e o diapasão vibrando foi colocado próximo ao topo desse tubo, conforme
a figura 1. O comprimento L da coluna de ar dentro do tubo foi ajustado movendo-o verticalmente.
Verificou-se que o menor valor de L, para o qual as ondas sonoras geradas pelo diapasão são refor-
çadas por ressonância dentro do tubo, foi de 10 cm conforme a figura 2.
Considerando a velocidade de propagação do som no ar igual a 340 m/s é correto afirmar que a
frequência de vibração do diapasão, em Hz é igual a:
a) 425.
b) 850.
c) 1360.
d) 3400.
e) 1700.
19. (Unesp) Observe o espectro de radiação eletromagnética com a porção visível pelo ser humano em
destaque. A cor da luz visível ao ser humano é determinada pela frequência f, em Hertz (Hz). No
espectro, a unidade de comprimento de onda l é o metro (m) e, no destaque, é o nanômetro (nm).
149
Sabendo que a frequência f é inversamente
proporcional ao comprimento de onda λ sen-
do a constante de proporcionalidade igual à
velocidade da luz no vácuo de, aproximada-
mente, 3 · 108 m/s e que 1 nanômetro equivale
a 1·10-9 m, pode-se deduzir que a frequência
da cor, no ponto do destaque indicado pela
flecha, em Hz, vale aproximadamente:
a) 6,6 · 1014.
b) 2,6 · 1014.
c) 4,5 · 1014.
d) 1,5 · 1014.
e) 0,6 · 1014. Identifique a alternativa que associa corre-
tamente, na ordem de cima para baixo, cada
20. (Unesp) Considere um lago onde a veloci- cor com sua respectiva representação gráfica.
dade de propagação das ondas na superfície a) laranja, violeta, verde.
não dependa do comprimento de onda, mas b) violeta, verde, laranja.
apenas da profundidade.
___ Essa relação pode c) laranja, verde, violeta.
ser dada por v = √gd , onde g é a aceleração d) violeta, laranja, verde.
da gravidade e d é a profundidade. Duas re- e) verde, laranja, violeta.
giões desse lago têm diferentes profundida-
des, como ilustrado na figura.
2. (Unesp) A frequência de uma corda vibrante
2
fixa nas extremidades
__ é dada pela expressão
n
√ T
f = ( ___ ) · __
2ℓ μ , onde n é um número inteiro, ℓ
é o comprimento da corda, T é tensão à qual
a corda está submetida e μ é a sua densidade
linear.
Uma violinista afina seu instrumento no
interior de um camarim moderadamente
O fundo do lago e formado por extensas pla- iluminado e o leva ao palco, iluminado por
taformas planas em dois níveis; um degrau potentes holofotes. Lá, ela percebe que o
separa uma região com 2,5 m de profundi- seu violino precisa ser afinado novamente, o
dade de outra com 10 m de profundidade.
que costuma acontecer habitualmente. Uma
Uma onda plana, com comprimento de onda
justificativa correta para esse fato é que as
l, forma-se na superfície da região rasa do
cordas se dilatam devido ao calor recebido
lago e propaga-se para a direita, passando
pelo desnível. Considerando que a onda em diretamente dos holofotes por:
ambas as regiões possui mesma frequência, a) irradiação, o que reduz a tensão a que elas es-
pode-se dizer que o comprimento de onda na tão submetidas, tornando os sons mais graves.
região mais profunda e: b) condução, o que reduz a tensão a que elas
a) l/2. estão submetidas, tornando os sons mais
b) 2l. agudos.
c) l. c) irradiação, o que aumenta a tensão a que
d) 3 l/2. elas estão submetidas, tornando os sons
e) 2l/3. mais agudos.
d) irradiação, o que reduz a tensão a que elas
21. (Unesp) Cada figura seguinte representa, estão submetidas, tornando os sons mais
num dado instante, o valor (em escala ar- agudos.
bitrária) do campo elétrico. E associado a
e) convecção, o que aumenta a tensão a que
uma onda eletromagnética que se propaga
elas estão submetidas, tornando os sons
no vácuo ao longo do eixo x, correspondente
mais graves.
a uma determinada cor. As cores representa-
das são violeta, verde e laranja, não necessa-
riamente nesta ordem. Sabe-se que a frequ- 3. (Unesp) Os gráficos I e II, desenhados numa
2
ência da luz violeta é a mais alta dentre as mesma escala, representam a posição x em
três cores, enquanto a da luz laranja é a mais função do tempo t de dois objetos descreven-
baixa. do movimentos oscilatórios periódicos.
150
Denominando A1 e A2 e f1 e f2, respectiva-
mente, as amplitudes e as frequências de
oscilação associadas a esses movimentos,
pode-se afirmar que:
a) A1 = A2 e f1 = f2.
b) A1 = 2A2 e f1 = 2f2.
c) A1 = 0,5A2 e f1 = 0,5f2.
d) A1 = 0,5A2 e f1 = 2f2.
e) A1 = 2 A2 e f1 = 0,5f2.
Gabarito
1. B 2. D 3. D 4. C 5. E
6. C 7. D 8. E 9. C 10. E
11. C 12. D 13. A 14. C 15. C
16. E 17. B 18. B 19. A 20. B
21. A 22. A 23. C 24. E
151
FÍSICA 3
Aplicação dos
conhecimentos - Sala
1. (Unesp) Um dispositivo para medir a carga
elétrica de uma gota de óleo é constituído de
um capacitor polarizado no interior de um
recipiente convenientemente vedado, como
ilustrado na figura. Considerando todos os fios utilizados na
ligação como ideais e que as lâmpadas es-
tejam acesas e brilhando com as potências
desejadas, é correto afirmar que os valores
das resistências de R1 e R2, em ohms, são,
respectivamente, iguais a:
a) 200 e 100.
b) 200 e 150.
c) 100 e 150.
d) 100 e 300.
e) 100 e 200.
153
criada por um gerador ideal entre os pontos ímã desce em movimento uniforme por den-
A e B, é a mesma para ambas as associações tro de um tubo cilíndrico, vertical, de cobre,
dos resistores, em série ou em paralelo. sujeito à ação da força peso e da força mag-
nética, vertical e para cima, que surge devi-
do à corrente elétrica induzida que circula
pelo tubo de cobre, causada pelo movimento
do ímã por dentro dele. Nas duas situações,
podem ser desconsiderados o atrito entre o
Considere que todo calor dissipado pelos re- ímã e os tubos, e a resistência do ar:
sistores seja absorvido pela água e que, se
os resistores forem associados em série, o
aquecimento pretendido será conseguido em
1 minuto. Dessa forma, se for utilizada a as-
sociação em paralelo, o mesmo aquecimento
será conseguido num intervalo de tempo, em
segundos, igual a:
a) 30.
b) 20.
c) 10.
d) 45.
Considerando a polaridade do ímã, as li-
e) 15.
nhas de indução magnética criadas por ele
e o sentido da corrente elétrica induzida no
5. (Unesp) Uma tecnologia capaz de fornecer tubo condutor de cobre abaixo do ímã, quan-
altas energias para partículas elementares do este desce por dentro do tubo, a alterna-
pode ser encontrada nos aceleradores de par- tiva que mostra uma situação coerente com o
tículas, como, por exemplo, nos cíclotrons. aparecimento de uma força magnética verti-
O princípio básico dessa tecnologia consiste cal para cima no ímã é a indicada pela letra:
no movimento de partículas eletricamente a)
carregadas submetidas a um campo magné-
tico perpendicular à sua trajetória. Um cí-
clotron foi construído de maneira a utilizar
um campo magnético uniforme, B de módulo
constante igual a 1,6 T, capaz de gerar uma
força magnética, F, sempre perpendicular à
velocidade da partícula. Considere que esse
campo magnético, ao atuar sobre uma partí-
cula positiva de massa igual a 1,7 · 10–27 kg
e carga igual a 1,6 · 10–19 C, faça com que
a partícula se movimente em uma trajetó- b)
ria que, a cada volta, pode ser considerada
circular e uniforme, com velocidade igual a
3,0 · 104 m/s. Nessas condições, o raio dessa
trajetória circular seria aproximadamente:
a) 1 · 10–4 m.
b) 2 · 10–4 m.
c) 3 · 10–4 m.
d) 4 · 10–4 m.
e) 5 · 10–4 m.
c)
6. (Unesp) O freio eletromagnético é um dis-
positivo no qual interações eletromagnéticas
provocam uma redução de velocidade num
corpo em movimento, sem a necessidade da
atuação de forças de atrito. A experiência
descrita a seguir ilustra o funcionamento de
um freio eletromagnético.
Na figura 1, um ímã cilíndrico desce em mo-
vimento acelerado por dentro de um tubo ci-
líndrico de acrílico, vertical, sujeito apenas
à ação da força peso. Na figura 2, o mesmo
154
d) A partir da 1ª Lei de Ohm, podemos calcular
a corrente para 220 V:
U = R · i → 220 = 11/2 · i
i = 40 A
Dados: ∆TS = 1 min = 60 s.
4.
As resistências equivalentes das associações
série (RS) e paralelo (RP) são, respectiva-
mente:
R
RS = 2 R e RP = __
R
r ⇒
mv
____ ⇒
r =
1.
A aceleração da gota é menor do que a ace- |q|B
leração da gravidade, logo a força elétrica e (1,7 × 10-27)×(3 × 104)
r = _____________________
= 1,875 · 10-4 ⇒
a força peso que atuam na gota têm sentidos 1,6 × 10-19 × (1,6)
opostos.
r ≅ 2 x 10-4 m
FR = P – FE → m · a = m · g – Q . E
m · 0,2g = m · g – Q · E 6. Primeiramente, temos que analisar o senti-
Q = 0,8 mg/E do das linhas de indução magnética. Fora do
2. ímã, elas são direcionadas no Norte para o
Na lâmpada 1: Sul. Isso nos deixa apenas com as alternati-
P1 = U1 i1 ⇒ 100 = 100 i1 ⇒ i1 = 1 A. vas [A] e [E].
U = U1 + R1 i1 ⇒ 200 = 100 + R1(1) ⇒ Conforme afirma o enunciado, a força mag-
⇒ R1 = 100 Ω nética deve frear o ímã, então ela deve ter
sentido oposto ao do peso, isto é, vertical e
Na lâmpada 2, supondo que a resistência para cima, Assim, a corrente induzida deve
mantenha-se constante: ter sentido tal, que exerça sobre o ímã uma
2 força de repulsão, criando então um polo sul
U
P2 = 2 2 2
na10sua100
face superior. Pela regra da mão di-
R P2= U 2 × R 100 100
÷ ⇒ ⇒ = ⇒reita= nº 1 (ou ⇒ U'2= 80 V.
'2
U2 P'2 R U2 ' 2 64 U'2 8 U'2 regra do saca-rolha), o sentido
P'
2 = dessa corrente é no sentido horário, como
R
U 2 indicado na figura da opção [A].
= 2 2 2 Podemos também fazer a análise do fluxo
R P2 U2 R P'=100 = 10
U'=2 i2100⇒ 64 80= i2100⇒ ⇒= i2U' 0,8 A.V.
2 ÷ ⇒ = × ⇒ 2 ⇒ 2= 80 magnético. À medida que ímã desce, o polo
U'2 P'2 R U'22 64 U'2 8 U'2
= 120 sul aproxima-se das espiras que estão abaixo
U= U'2 + R2 i2 ⇒ 200 = 80 + R2 ( 0,8 ) ⇒ R2 = ⇒
R 0,8 dele. Então, está aumentando o fluxo mag-
P’2 = U’2 i2 ⇒ 64 = 80 i2 ⇒ i2 = 0,8 A
nético saindo dessas espiras. Ora, pela lei
U = U’2 + R2 i2 ⇒ 200 = 80 + R2(0,8) ⇒
U'2 i2 ⇒ 64 = 80 i2 ⇒ = R
i2 R 0,8 A.150 Ù.⇒
= de Lenz, a tendência da corrente induzida é
=2120/0,8
2 criar um fluxo induzido no sentido de anu-
R2 = 150 Ω. 120
=U'2 + R2 i2 ⇒ 200 = 80 + R2 ( 0,8 ) ⇒ R2 = ⇒ lar essa variação, ou seja, criar um fluxo en-
3. Primeiro devemos 0,8 calcular a nova resistência trando. Novamente, pela regra do saca-rolha,
de acordo com os dados nominais: essa corrente deve ter sentido horário.
= 150 Ù.
110
U → 2200 = _____
2 2
2 Pot = ___
R
11 Ω
R = ___
R
Gabarito
2
1. A 2. C 3. B 4. E 5. B 6. A
155
Prática dos
conhecimentos - E.O.
1. (Unesp) As companhias de energia elétrica nos
cobram pela energia que consumimos. Essa ener-
gia é dada pela expressão E = V · i · Δt em que
V é a tensão que alimenta nossa residência,
i é a intensidade de corrente que circula por
determinado aparelho, Δt é o tempo em que Dessa forma, considerando desprezíveis as
ele fica ligado e a expressão V · i é a potência resistências dos fios de ligação entre eles,
P necessária para dado aparelho funcionar. a máxima diferença de potencial, em volts,
Assim, em um aparelho que suporta o dobro que pode ser estabelecida entre os pontos A e
da tensão e consome a mesma potência P a B do circuito, sem que haja riscos, é igual a:
corrente necessária para seu funcionamento a) 30.
será a metade. Mas as perdas de energia que b) 50.
ocorrem por efeito joule (aquecimento em c) 20.
virtude da resistência R) são medidas por d) 40.
ΔE = R · i2 · Δt. e) 60.
Então, para um mesmo valor de R e Δt, quan-
do i diminui, essa perda também será redu- 3. (Unesp) Um ímã em forma de barra, com
zida. seus polos Norte e Sul, é colocado sob uma
Além disso, sendo menor a corrente, pode- superfície coberta com partículas de limalha
mos utilizar condutores de menor área de de ferro, fazendo com que elas se alinhem
secção transversal, o que implicará, ainda, segundo seu campo magnético. Se quatro pe-
economia de material usado na confecção quenas bússolas, 1, 2, 3 e 4, forem colocadas
dos condutores. em repouso nas posições indicadas na figura,
(Regina Pinto de Carvalho. Física do no mesmo plano que contém a limalha, suas
dia a dia, 2003. Adaptado.)
agulhas magnéticas orientam-se segundo as
Baseando-se nas informações contidas no linhas do campo magnético criado pelo ímã.
texto, é correto afirmar que:
a) se a resistência elétrica de um condutor é
constante, em um mesmo intervalo de tem-
po, as perdas por efeito joule em um condu-
tor são inversamente proporcionais à corren-
te que o atravessa.
b) é mais econômico usarmos em nossas re-
sidências correntes elétricas sob tensão de
110 V do que de 220 V.
c) em um mesmo intervalo de tempo, a energia
elétrica consumida por um aparelho elétri-
co varia inversamente com a potência desse Desconsiderando o campo magnético terres-
aparelho. tre e considerando que a agulha magnética de
d) uma possível unidade de medida de energia cada bússola seja representada por uma seta
elétrica é o k.V.A (quilovolt – ampère), que que se orienta na mesma direção e no mesmo
pode, portanto, ser convertida para a uni- sentido do vetor campo magnético associado
dade correspondente do Sistema Internacio- ao ponto em que ela foi colocada, assinale a
nal, o joule. alternativa que indica, correta e respectiva-
e) para um valor constante de tensão elétrica, mente, as configurações das agulhas das bús-
a intensidade de corrente que atravessa um solas 1, 2, 3 e 4 na situação descrita.
condutor será tanto maior quanto maior for a)
a área de sua secção transversal.
156
d) 5. (Unesp) Modelos elétricos são frequente-
mente utilizados para explicar a transmissão
de informações em diversos sistemas do cor-
po humano. O sistema nervoso, por exemplo,
e)
é composto por neurônios (figura 1), células
delimitadas por uma fina membrana lipo-
proteica que separa o meio intracelular do
meio extra celular. A parte interna da mem-
4. (Unesp) Em um experimento de eletrostática, brana é negativamente carregada e a parte
um estudante dispunha de três esferas metá- externa possui carga positiva (figura 2), de
licas idênticas, A, B e C eletrizadas, no ar, com maneira análoga ao que ocorre nas placas de
cargas elétricas 5Q, 3Q e –2Q respectivamente. um capacitor.
157
exemplo, ativar-se quando o peixe se encon-
tra em perigo ou deseja atacar uma presa.
158
10. (Unesp) A bússola interior
A comunidade científica, hoje, admite que
certos animais detectam e respondem a
campos magnéticos. No caso das trutas arco-
-íris, por exemplo, as células sensoriais que
cobrem a abertura nasal desses peixes apre-
sentam feixes de magnetita que, por sua vez,
respondem a mudanças na direção do campo
magnético da Terra em relação à cabeça do
peixe, abrindo canais nas membranas celula-
res e permitindo, assim, a passagem de íons;
esses íons, a seu turno, induzem os neurô-
nios a enviarem mensagens ao cérebro para
Considerando as informações do enunciado qual lado o peixe deve nadar. As figuras de-
e da figura, é correto afirmar que a massa da monstram esse processo nas trutas arco-íris:
molécula é igual a:
(q·V·B·x)
a) __________ .
2
(2·q·B)
b) _______ .
(V·x)
(q·B·)
c) _______
.
(2·V·x)
(q·x)
d) ________
.
(2·B·V)
(q·B·x)
e) _______
.
(2·V)
b)
c)
159
1
1. (Unesp) A figura é a intersecção de um pla- c) as partículas 1 e 2, independentemente de
no com o centro C de um condutor esférico e suas massas e velocidades, possuem neces-
com três superfícies equipotenciais ao redor sariamente cargas de mesmo sinal e a partí-
desse condutor. cula 3 tem carga e massa zero.
d) as partículas 1 e 2 saíram do recipiente com
a mesma velocidade.
e) as partículas 1 e 2 possuem massas iguais, e
a partícula 3 não possui massa.
160
20,0 cm, atua um campo magnético uniforme Utilizando essa montagem, um professor
de 0,05 T, perpendicular ao plano da espira. pretende realizar duas experiências, I e II.
O sentido do campo magnético é representa- Na experiência I, fará passar uma corrente
do por uma seta vista por trás, penetrando o pelo fio AB, no sentido de A para B. Na expe-
papel, conforme é ilustrado na figura. riência II, fará passar a corrente no sentido
contrário. Nessas condições, espera-se que a
distância entre o fio longo e o fio AB:
a) permaneça inalterada, tanto na experiência
I como na experiência II.
b) aumente na experiência I e diminua na ex-
periência II.
c) aumente, tanto na experiência I como na ex-
periência II.
d) diminua, tanto na experiência I como na ex-
Considerando g = 10,0 m/s2, o menor valor periência II.
da corrente que anula as trações nos fios é:
e) diminua na experiência I e aumente na ex-
a) 8,0 A.
periência II.
b) 7,0 A.
c) 6,0 A.
d) 5,0 A. 18. (Unesp) As companhias de eletricidade ge-
e) 4,0 A. ralmente usam medidores calibrados em
quilowatt-hora (kWh). Um kWh representa
16. (Unesp) Uma partícula de massa m, carrega- o trabalho realizado por uma máquina de-
da com carga elétrica q e presa a um fio leve senvolvendo potência igual a 1 kW durante 1
e isolante de 5 cm de comprimento, encon- hora. Numa conta mensal de energia elétrica
tra-se em equilíbrio, como mostra a figura, de uma residência com 4 moradores, leem-
numa região onde existe um campo elétrico -se, entre outros, os seguintes valores:
uniforme de intensidade E, cuja direção, no
plano da figura, é perpendicular à do campo CONSUMO (kWh) – 300
gravitacional de intensidade g. TOTAL A PAGAR (R$) – 75,00
Cada um dos 4 moradores toma um banho
diário, um de cada vez, num chuveiro elétrico
de 3 kW. Se cada banho tem duração de 5 mi-
nutos, o custo ao final de um mês (30 dias)
da energia consumida pelo chuveiro é de:
a) R$ 4,50.
Sabendo que a partícula está afastada 3 cm b) R$ 7,50.
da vertical, podemos dizer que a razão q/m c) R$ 15,00.
é igual a: d) R$ 22,50.
( )
a) __ 5 g/E.
6
e) R$ 45,00.
( )
b) 4 g/E.
__
3
19. (Unesp) Um jovem casal instalou em sua
casa uma ducha elétrica moderna de 7.700
( )
c) 5 g/E.
__
4 watts/220 volts. No entanto, os jovens verifi-
( )
d) __3 g/E.
4
caram, desiludidos, que toda vez que ligavam
a ducha na potência máxima, desarmava-se
( )
e) 3 g/E.
__
5
o disjuntor (o que equivale a queimar o fu-
sível de antigamente) e a fantástica ducha
17. (Unesp) Um fio metálico AB, suspenso por deixava de aquecer. Pretendiam até recolo-
dois fios verticais, condutores e flexíveis, é car no lugar o velho chuveiro de 3.300 wat-
colocado próximo e paralelamente a um fio ts/220 volts, que nunca falhou. Felizmente,
longo pelo qual passa a corrente elétrica i, um amigo – físico, naturalmente – os socor-
no sentido indicado na figura. O fio longo e reu. Substituiu velho disjuntor por outro, de
o fio AB estão no mesmo plano horizontal. maneira que a ducha funcionasse normalmente.
A partir desses dados, assinale a única alter-
nativa que descreve corretamente a possível
troca efetuada pelo amigo.
a) Substituiu o velho disjuntor de 20 ampères
por um novo, de 30 ampères.
b) Substituiu o velho disjuntor de 20 ampères
por um novo, de 40 ampères.
161
c) Substituiu o velho disjuntor de 10 ampères a) 1.
por um novo, de 40 ampères. b) 2.
d) Substituiu o velho disjuntor de 30 ampères c) 3.
por um novo, de 20 ampères. d) 4.
e) Substituiu o velho disjuntor de 40 ampères e) 5.
por um novo, de 20 ampères.
2
2. (Unesp) Um estudante adquiriu um apare-
20. (Unesp) Uma partícula eletricamente neu- lho cuja especificação para o potencial de
tra está em repouso no ponto P de uma re- funcionamento é pouco usual. Assim, para
gião com campo magnético uniforme. Ela se ligar o aparelho, ele foi obrigado a construir
desintegra em duas outras partículas com e utilizar o circuito constituído de dois resis-
massas iguais, porém com cargas de sinais tores, com resistências X e R, como apresen-
opostos. Logo após a desintegração, elas tado na figura.
são impulsionadas para lados opostos, com
velocidades constantes perpendiculares ao
campo magnético. Desprezando a força de
atração entre as cargas e considerando o
sentido do campo magnético entrando per-
pendicularmente a esta página, da frente
para o verso, podemos concluir que a figura
que melhor representa as trajetórias dessas
partículas é:
Considere que a corrente que passa pelo apa-
relho seja muito pequena e possa ser des-
cartada na solução do problema. Se a tensão
especificada no aparelho é a décima parte da
tensão da rede, então a resistência X deve
ser:
a) 6 R.
b) 8 R.
c) 9 R.
d) 11 R.
e) 12 R.
2
1. (Unesp) A figura mostra um ímã em repou-
so, suspenso por um fio de massa desprezí- 2
3. (Unesp) A figura representa esquematica-
vel e não magnetizável. mente o circuito interno de um chuveiro
Em seguida, um campo magnético uniforme elétrico cujos valores nominais são: 220V;
é aplicado paralelamente ao solo, envolven- 4400W/6050W. Os terminais A e C são liga-
do todo o ímã, no sentido da esquerda para dos à tensão da rede e a chave K, quando
a direita da figura (polo norte do campo à ligada, coloca o trecho AB em curto.
esquerda, e sul à direita). Analisando as for-
ças magnéticas nos polos do ímã, a força do
fio sobre o ímã e o peso do ímã, identifi-
que a alternativa que melhor representa as
orientações assumidas pelo fio e pelo ímã no
equilíbrio.
Pode-se afirmar que as resistências elétricas
dos trechos AC e BC desse fio são, em ohms,
respectivamente de:
a) 19 e 15.
b) 13 e 11.
c) 11 e 8,0.
d) 8,0 e 5,0.
e) 3,0 e 2,0.
2
4. (Unesp) A força elétrica entre duas peque-
nas partículas carregadas foi medida, em
função da distância d entre elas, em dois
meios diferentes, no vácuo e no interior de
um líquido isolante. Assinale a alternativa
162
que melhor representa o módulo da for-
ça medida no vácuo (F0), comparada com o
módulo da força medida no líquido (F1), em
função da distância d.
Gabarito
1. E 2. E 3. C 4. B 5. E
6. D 7. C 8. E 9. C 10. B
11. C 12. A 13. C 14. C 15. A
16. D 17. E 18. B 19. B 20. E
21. E 22. C 23. C 24. D
163
QUESTÕES OBJETIVAS - química
Ciências da natureza e suas tecnologias
R.P.A. Unesp
Revisão Programada Anual
UNESP – Química
Físico - Química 34%
Geral 32%
Atomística 16%
Orgânica 14%
Outros 3%
QUÍMICA 1
Aplicação dos 2
. (Unesp) Em 1913, Niels Bohr (1885-1962)
propôs um modelo que fornecia uma expli-
conhecimentos - Sala cação para a origem dos espectros atômicos.
Nesse modelo, Bohr introduziu uma série
1. (Unesp) Três substâncias puras, X, Y e Z, de postulados, dentre os quais, a energia do
tiveram suas condutividades elétricas testa- elétron só pode assumir certos valores dis-
das, tanto no estado sólido como no estado cretos, ocupando níveis de energia permiti-
líquido, e os dados obtidos encontram-se re- dos ao redor do núcleo atômico.
sumidos na tabela.
Considerando o modelo de Bohr, os diferen-
Conduz corrente tes espectros atômicos podem ser explicados
Substância elétrica no estado
em função:
sólido líquido
a) do recebimento de elétrons por diferentes
X Sim Sim
elementos.
Y Não Sim
b) da perda de elétrons por diferentes elemen-
Z Não Não
tos.
Com base nessas informações, é correto clas- c) das diferentes transições eletrônicas, que va-
sificar como substância(s) iônica(s): riam de elemento para elemento.
a) Y e Z, apenas.
d) da promoção de diferentes elétrons para ní-
b) X, Y e Z.
veis mais energéticos.
c) X e Y, apenas.
d) Y, apenas. e) da instabilidade nuclear de diferentes ele-
e) X, apenas. mentos.
167
separados e mergulhados num eletrólito. Uma
reação química que ocorre nesse sistema in-
terligado leva à produção de corrente elétrica.
168
sólido para líquido. Mudança essa ilustrada
pela seta 1 do gráfico.
Quando dissolvidos em água, os gases CO2,
4.
SO2, SO3 e HCℓ geram soluções eletrolíticas,
cujo pH é menor que 7, pois CO2, SO2, SO3 são
óxidos ácidos (reagem com água formando
ácidos) e HCℓ é um ácido forte.
De acordo com os potenciais de redução, o
5.
cobre é o cátodo e o zinco é o ânodo.
Zn(s) → Zn2+(aq)
oxidação/ânodo (polo negativo)
Considerando que a corrente elétrica se
manteve constante nesse intervalo de tem- Cu2+(aq) + 2e- → Cu(s)
po, a potência dissipada pela lâmpada nesse redução/cátodo (polo positivo)/
período foi de: Zn(s) + Cu2+(aq) → Zn2+(aq) Cu(s) (global)
a) 1,1 mW.
b) 1,1 W. DE = Emaior – Emenor =
c) 0,55 mW. + 0,34 – (–0,76) = 1,10 V (força eletromotriz)
d) 96 500 W. DE > zero, o processo é espontâneo.
e) 0,22 mW.
Fluxo dos elétrons: do zinco para o cobre.
A ponte salina equilibra o sistema.
Raio X 6.
De acordo com o enunciado:
U = 1,1 V (diferença de potencial)
1.
Com base nessas informações, é correto clas- m = 63,5 × 10-6 g (63,5 →µg)
sificar como substância iônica apenas Y, pois t = 193 s
compostos iônicos conduzem corrente no esta- Q (1 mol de e-) = 96500
do líquido, mas não no estado sólido, pois nes- Cu = 63,5
te caso os íons ficam retidos na rede cristalina. Então, teremos:
2.
Para Bohr cada linha do espectro do hidrogê- Cu2+ + 2e- → Cu
nio corresponde a uma transição específica 2 mol e- → 1 mol
“descendente”, ou seja, do estado “excita- 2 · 96500 C → 63,5 g
do” para um estado de energia mais baixo. Q’ → 63,5 · 10-6 g
Q’ = 2 · 96500 x 10-6 C
Como Q = i · t, vem:
2 · 96500 · 10-6 = i x 193
i = 10-3 A
Sabendo que P = U · i, teremos:
P = 1,1 · 10-3 W = 1,1 mW
Gabarito
1. D 2. C 3. D 4. A 5. A
6. A
169
Prática dos 2. (Unesp) De modo geral, em sistemas aquá-
ticos a decomposição de matéria orgânica de
170
uma piscina, na qual se utiliza hipoclorito Power (Tepco), informou que as amostras de
em seu tratamento: água coletadas na central em julho de 2013
continham um nível recorde de radioativi-
Cℓ2(g) + 2OH–(aq) CℓO–(aq) + Cℓ–(aq) + H2O(ℓ)
dade, cinco vezes maior que o detectado ori-
ginalmente. A Tepco explicou que uma nova
Analise as seguintes afirmações:
medição revelou que o líquido, coletado de
I. A queima dos combustíveis carvão mine- um poço de observação entre os reatores 1 e
ral, petróleo e álcool de cana-de-açúcar é 2 da fábrica, continha nível recorde do isó-
responsável pela maioria das emissões de topo radioativo estrôncio-90.
SO2 no planeta. (www.folha.uol.com.br. Adaptado.)
II. Acredita-se que a presença na estratos-
fera de partículas muito finas formadas 6. (Unesp) O estrôncio-90, 90
38
S r é o principal
a partir do SO2 contribua para o resfria- isótopo desse elemento químico encontrado
mento da Terra, por bloquear parte da ra- nos reatores nucleares. Sobre esse isótopo,
diação solar. é correto afirmar que seu cátion bivalente
III. A alteração do pH da chuva pode resultar possui:
na formação de um gás sufocante em pis- a) 38 prótons, 50 nêutrons e 36 elétrons.
cinas localizadas em regiões altamente b) 36 prótons, 52 nêutrons e 38 elétrons.
poluídas pelas emissões de SO2. c) 38 prótons, 50 nêutrons e 38 elétrons.
São corretas as afirmações: d) 38 prótons, 52 nêutrons e 36 elétrons.
e) 36 prótons, 52 nêutrons e 36 elétrons.
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
7. (Unesp) O estrôncio, por apresentar com-
c) I, II e III.
portamento químico semelhante ao do cál-
d) II e III, apenas.
cio, pode substituir este nos dentes e nos
e) III, apenas.
ossos dos seres humanos. No caso do isótopo
Sr-90, radioativo, essa substituição pode ser
5. (Unesp) O petróleo é um dos principais prejudicial à saúde. Considere os números
constituintes da matriz energética de todos atômicos do Sr = 38 e do Ca = 20. É correto
os países do mundo. A gasolina é a denomi- afirmar que a semelhança de comportamen-
nação de uma fração extraída do petróleo, to químico entre o cálcio e o estrôncio ocorre
constituída principalmente por hidrocarbo- porque:
netos cujas moléculas apresentam 8 átomos a) apresentam aproximadamente o mesmo raio
de carbono e que podem conter, entre ou- atômico e, por isso, podem ser facilmente
tros, os seguintes hidrocarbonetos: intercambiáveis na formação de compostos.
b) apresentam o mesmo número de elétrons e,
por isso, podem ser facilmente intercambiá-
veis na formação de compostos.
onde, teb(I), teb(II) e teb(III) são, respectivamente, c) ocupam o mesmo grupo da Classificação Pe-
as temperaturas de ebulição dos hidrocarbo- riódica, logo têm o mesmo número de elé-
netos (I), (II) e (III). trons na camada de valência e formam cá-
tions com a mesma carga.
Em relação aos hidrocarbonetos citados, é d) estão localizados no mesmo período da Clas-
correto afirmar que: sificação Periódica.
a) podem ser formadas ligações de hidrogênio e) são dois metais representativos e, por isso,
entre suas moléculas. apresentam as mesmas propriedades químicas.
b) todos são formados por moléculas polares.
c) todos apresentam o mesmo ponto de ebuli- 8. (Unesp) Sobre os compostos HCℓ, H2SO4,
ção. H3BO3 e H2CO3 são feitas as afirmações:
d) seus pontos de ebulição obedecem à relação I. Todos sofrem ionização quando em meio
teb(II) < teb(III) < teb(I). aquoso, originando íons livres.
e) seus pontos de ebulição obedecem à relação II. Segundo Arrhenius, todos são ácidos por-
teb(I) < teb(II) = teb(III). que, quando em meio aquoso, originam
como cátions íons H+.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES III. Todos são compostos moleculares.
IV. De acordo com o grau de ionização, HCℓ e
Água coletada em Fukushima em 2013 reve-
H2SO4 são ácidos fortes.
la radioatividade recorde
V. Os compostos H3BO3 e H2CO3 formam so-
A empresa responsável pela operação da luções aquosas com alta condutividade
usina nuclear de Fukushima, Tokyo Electric elétrica.
171
Estão corretas as afirmativas: 11. (Unesp) O gráfico a seguir foi construído
com dados dos hidretos dos elementos do
a) I, II, III, IV e V.
grupo 16. Com base neste gráfico, são feitas
b) I, apenas.
as afirmações seguintes.
c) I e II, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) I, II, III e IV, apenas.
172
1
3. (Unesp) Considerando-se 100 mL de cada 17. (Unesp) Têm-se três soluções aquosas dis-
solução e dissociação completa das substân- tintas, respectivamente de NaCℓ, NaCN e
cias iônicas, apresenta maior pressão osmó- sacarose (C12H22O11), todas de concentração
tica a solução aquosa de concentração: 0,1 mol/L. Elas poderiam ser distinguidas
a) 0,010 mol/L de uma proteína não dissociada. pelo sabor, o que não deve ser feito, porque
b) 0,500 mol/L de frutose. NaCN é um veneno violento. Estas soluções
c) 0,050 mol/L de cloreto de potássio. podem ser identificadas por:
d) 0,025 mol/L de nitrato férrico. a) medidas de pressão osmótica e ponto de ebulição.
e) 0,100 mol/L de cloreto de cálcio. b) cor e medidas de ponto de congelamento.
c) medidas de condutividade elétrica e de pH.
14. (Unesp) Nesta tabela periódica, os algaris- d) precipitação com bases diluídas.
mos romanos substituem os símbolos dos e) precipitação com sulfato de potássio.
elementos.
18. (Unesp) Considerando-se as propriedades
dos elementos químicos e a tabela periódica,
é INCORRETA a afirmação:
a) Um metal é uma substância que conduz a
corrente elétrica, é dúctil e maleável.
b) Um não metal é uma substância que não
conduz a corrente elétrica, não é dúctil e
Sobre tais elementos, é correto afirmar que:
a) I e II são líquidos à temperatura ambiente. nem maleável.
b) III é um gás nobre. c) Um metaloide (ou semi metal) tem aparência
c) VII é um halogênio. física de um metal, mas tem comportamento
d) o raio atômico de IV é maior que o de V e químico semelhante ao de um não metal.
menor que o de IX. d) A maioria dos elementos químicos é consti-
e) VI e X apresentam o mesmo número de ca- tuída de não metais.
madas eletrônicas. e) Os gases nobres são monoatômicos.
15. (Unesp) A solução aquosa que apresenta 19. (Unesp) As substâncias X, Y e Z, sólidas a
temperatura ambiente, apresentam as pro-
menor ponto de congelação é a de:
priedades físicas resumidas na tabela adian-
a) CaBr2 de concentração 0,10 mol/L.
te.
b) KBr de concentração 0,20 mol/L.
Com base nestes dados, conclui-se que:
c) Na2SO4 de concentração 0,10 mol/L.
d) glicose (C6H12O6) de concentração 0,50 substância X Y Z
mol/L. solubilida-
e) HNO3 de concentração 0,30 mol/L. solúvel insolúvel insolúvel
de em água
conditivi-
16. (Unesp) O ciclo do nitrogênio na natureza não não
dade elétri- conduz
conduz conduz
pode ser representado pelo esquema: ca do solo
conditi-
vidade
não
elétrica conduz conduz
conduz
no estado
fundido
conduti-
vidade em
conduz _ _
solução
aquosa
173
2
0. (Unesp) Num armário de drogas estão três
frascos plásticos iguais contendo soluções Gabarito
diluídas de água oxigenada, amoníaco (hi-
dróxido de amônio) e ácido sulfúrico. Como 1. C 2. E 3. A 4. D 5. D
os frascos perderam os rótulos, para a iden-
tificação numerou-se ao acaso as soluções I, 6. D 7. C 8. E 9. A 10. E
II, III e com os devidos cuidados fez-se as 11. C 12. B 13. B 14. D 15. E
seguintes experiências:
1ª) misturou-se I com II e observou-se libe- 16. A 17. C 18. D 19. B 20. D
ração de calor;
2ª) aqueceu-se II e III separadamente e ob- 21. B 22. E 23. E 24. A
servou-se desprendimento de gás.
As soluções numeradas I, II e III são, respec-
tivamente:
a) amoníaco, ácido sulfúrico e água oxigenada.
b) amoníaco, água oxigenada e ácido sulfúrico.
c) água oxigenada, amoníaco e ácido sulfúrico.
d) ácido sulfúrico, amoníaco e água oxigenada.
e) ácido sulfúrico, água oxigenada e amoníaco.
174
QUÍMICA 2
2. (Unesp) Durante sua visita ao Brasil em Com base nessa estrutura, pode-se afirmar
1928, Marie Curie analisou e constatou o va- que a sibutramina:
lor terapêutico das águas radioativas da ci- a) é uma base de Lewis, porque possui um áto-
dade de Águas de Lindoia, SP. Uma amostra mo de nitrogênio que pode doar um par de
de água de uma das fontes apresentou con- elétrons para ácidos.
centração de urânio igual a 0,16 μg/L. Su- b) é um ácido de Brönsted-Lowry, porque pos-
pondo que o urânio dissolvido nessas águas sui um átomo de nitrogênio terciário.
seja encontrado na forma de seu isótopo c) é um ácido de Lewis, porque possui um áto-
mais abundante, 238U, cuja meia-vida é apro- mo de nitrogênio capaz de receber um par
ximadamente 5 · 109 anos, o tempo necessá- de elétrons de um ácido.
rio para que a concentração desse isótopo na d) é um ácido de Arrhenius, porque possui um
amostra seja reduzida para 0,02 μg/L, será de: átomo de nitrogênio capaz de doar próton.
a) 5 · 109 anos. e) é uma base de Lewis, porque possui um áto-
b) 10 ·109 anos. mo de nitrogênio que pode receber um par
c) 15 · 109 anos. de elétrons de um ácido.
d) 20 · 109 anos.
e) 25 · 109 anos.
175
6. (Unesp) Observe a estrutura do corticoide
betametasona.
2.
Teremos:
3.
A sibutramina é uma base de Lewis, pois
possui um átomo de nitrogênio que pode
compartilhar um par de elétrons para ácidos:
4.
Análise das alternativas:
a) Incorreta. A substância b-ionona não possui
5. (Unesp) As duas reações indicadas no método carbono assimétrico (quiral); consequente-
1 e a reação indicada no método 2 são classifi- mente, não apresenta atividade óptica.
cadas, respectivamente, como reações de: b) Incorreta. Não reage com água, formando
a) substituição, substituição e oxidação. dióis vicinais.
b) redução, redução e oxidação. c) Incorreta. Contém quatro grupos metila,
c) adição, adição e eliminação. ligados a átomos de carbono idênticos.
d) adição, adição e redução.
d) Correta. Percebe-se a presença de liga-
e) substituição, substituição e substituição.
ções químicas conjugadas, ou seja, alter-
nadas por uma ligação simples:
176
e) Incorreta. Possui grupos o grupo carboni-
la em carbono secundário (função ceto-
na) que pode sofrer redução.
5.
Teremos:
6.
O composto apresenta seis átomos de carbo-
no com hibridização do tipo sp2 :
Gabarito
1. E 2. C 3. A 4. D 5. A
6. D
177
Prática dos É correto o que Marina afirma em:
a) I, apenas.
conhecimentos - E.O. b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
1. (Unesp) Recentemente, pesquisadores cria-
e) I, II e III.
ram um algodão que é capaz de capturar
elevadas quantidades de água do ar. Eles
revestiram fibras naturais de algodão com o 3. (Unesp) Em época de aumento de incidên-
polímero I, que tem a propriedade de sofrer cia de dengue, é comum o uso de extratos
transições rápidas e reversíveis em resposta vegetais para repelir o mosquito responsável
a mudanças de temperatura. Assim, as fibras pela propagação da doença. Um dos extratos
revestidas funcionam como uma “esponja de mais usados é o óleo de citronela. A substân-
algodão”. Abaixo dos 34 °C as fibras do algo- cia responsável pela ação repelente do óleo
dão revestido se abrem, coletando a umidade
de citronela é conhecida como citronelal,
do ar. Quando a temperatura sobe, os poros
do tecido se fecham, liberando toda a água cuja fórmula estrutural é fornecida a seguir.
retida em seu interior – uma água totalmen-
te pura, sem traços do material sintético.
(www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)
178
5. (Unesp) Descarga de hormônios O esquema ilustra o mecanismo geral da re-
Algumas substâncias químicas são capazes ação de bioluminescência de vagalumes, no
de interagir com os receptores de estróge- qual são formados dois produtos diferentes
no (Figura I) e comprometer o sucesso re- em estados eletronicamente excitados, res-
produtivo de várias espécies animais. “Dis- ponsáveis pela emissão de luz na cor verde
farçadas” de hormônio, elas produzem uma ou na cor vermelha.
mensagem enganosa que pode fazer a célula
se multiplicar, morrer ou até produzir certas
proteínas na hora errada. Uma das substân-
cias apontadas pelos cientistas como capaz
de mimetizar os efeitos dos hormônios é o
bisfenol A (Figura II), usado em produtos
de plástico policarbonato, tais como embala-
gens reutilizáveis de bebidas, mamadeiras,
utensílios e muitos outros produtos de uso
diário. Com o tempo, ele se desprende dos
materiais e contamina o ambiente domésti-
co, atingindo o esgoto e os cursos d’água.
179
di-hidrotestosterona (DHT), que se estima TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES
estar envolvido na queda de cabelos. O medi-
Em todos os jogos olímpicos há sempre uma
camento também é usado para tratar câncer
grande preocupação do Comitê Olímpico em
de próstata.
relação ao doping. Entre as classes de subs-
(www.agencia.fapesp.br. Adaptado.)
tâncias dopantes, os betabloqueadores atuam
no organismo como diminuidores dos bati-
mentos cardíacos e como antiansiolíticos.
O propranolol foi um dos primeiros betablo-
queadores de sucesso desenvolvidos e é uma
substância proibida em jogos olímpicos.
180
12. (Unesp) Considere os compostos I, II, III e IV. 14. (Unesp) Excluindo as funções amina e ácido
carboxílico, comuns a todos os aminoácidos,
ácido as demais funções presentes na molécula do
2-bromo- 2-bromo-
2-hidroxi- etanal
propano pentano dipeptídio são:
propanoico
a) álcool, éster e amida.
I II III IV b) éter e amida.
Pode-se afirmar que, dentre esses compos- c) éter e éster.
tos, apresentam isômeros ópticos: d) amida e éster.
a) I, apenas. e) álcool e amida.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
15. (Unesp) As reações direta e inversa na
d) I e IV, apenas.
equação química apresentada são classifica-
e) II e IV, apenas.
das, respectivamente, como de:
13. (Unesp) A maior disponibilidade dos ali- a) condensação e hidrólise.
mentos, em especial os industrializados, re- b) adição e hidrólise.
sultou no aumento da incidência da obesida- c) hidrólise e adição.
de, tanto em crianças como em adultos. Em d) eliminação e condensação.
função disso, tem-se tornado comum a pro- e) substituição e eliminação.
cura pelas denominadas dietas milagrosas
que, em geral, oferecem grande risco à saú- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
de. Também têm sido desenvolvidos diversos
medicamentos para o emagrecimento com No organismo humano, devido à natureza
menores tempo e esforços. Uma das subs- das membranas celulares, os medicamentos
tâncias desenvolvidas com essa finalidade é são absorvidos em sua forma neutra. Consi-
a sibutramina, comercializada com diversas dere os medicamentos aspirina e anfetami-
denominações e cuja fórmula estrutural é na, cujas fórmulas estruturais são:
apresentada a seguir:
16. (Unesp)
181
20. (Unesp) A reação de condensação de uma
amina com um ácido carboxílico produz uma
amida e água. A condensação da metil-ami-
na com ácido propanoico produz:
a)
b)
e apresenta as funções:
a) amina secundária e amina terciária.
b) amida e amina terciária. c)
c) amida e éster.
d) éster e amina terciária.
e) éster e amina secundária. d)
182
b) 1,2-butadieno.
c) propeno.
d) tetrabromoetileno.
e) 1,2-dimetilbenzeno.
Gabarito
1. B 2. B 3. A 4. E 5. B
6. D 7. B 8. E 9. D 10. A
183
QUÍMICA 3
185
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO a) 0,00060 moℓ · L-1
b) 0,000018 moℓ · L-1
A bioluminescência é o fenômeno de emis- c) 1,8 moℓ · L-1
são de luz visível por certos organismos vivos, d) 3,6 moℓ · L-1
resultante de uma reação química entre uma e) 0,000060 moℓ · L-1
substância sintetizada pelo próprio organismo
(luciferina) e oxigênio molecular, na presença
6. (Unesp) O soro fisiológico é uma das so-
de uma enzima (luciferase). Como resultado luções mais utilizadas na área de saú-
dessa reação bioquímica é gerado um produ- de. Consiste em uma solução aquo-
to em um estado eletronicamente excitado sa de cloreto de sódio NaCℓ 0,9% em
(oxiluciferina*). Este produto, por sua vez, massa por volume, que equivale à concentração
desativa-se por meio da emissão de luz visí- 0,15 moℓ · L-1. Dispondo de uma solução es-
vel, formando o produto no estado normal ou toque de NaCℓ 0,50 moℓ · L-1, o volume ne-
fundamental (oxiluciferina). Ao final, a con- cessário dessa solução, em mL, para preparar
centração de luciferase permanece constante. 250 mL de soro fisiológico será igual a:
a) 15.
b) 100.
c) 25.
O esquema ilustra o mecanismo geral da re- d) 75.
ação de bioluminescência de vagalumes, no e) 50.
qual são formados dois produtos diferentes
em estados eletronicamente excitados, res-
ponsáveis pela emissão de luz na cor verde
ou na cor vermelha.
Raio X
1.
I. Combustão completa do metano:
CH4 + 202 → 2H2O + CO2 + Calor, processo
exotérmico.
II. O derretimento de um iceberg:
H2O(s)+calor → H2O(ℓ), processo endotér-
mico.
III. Parte da energia cinética é transformada
em calor, portanto, processo exotérmico.
2.
Velocidade de cruzeiro = 220 km/h
⇒ (dividindo por dois) ⇒ 110 km/0,5h
Consumo de combustível = 100 L/h
⇒ (dividindo por dois) ⇒ 50 L/0,5h
186
[CaCℓ2] = 1,00 moℓ/L
V = 10,0 mL = 10310-3L
m
[CaCℓ2]= _____
M × V
1,00= m
_______________
111,1 × 10 × 10-3
m = 1,111 g
4.
Verifica-se que ao final da reação bioquímica
descrita no texto a concentração de lucifera-
se permanece constante, ou seja, atua como
catalisador, pois diminui a energia de ativa-
ção da reação sem ser consumida no proces-
so.
5.
A
K apartir
=1,8 ×da
10−análise
5 do equilíbrio,
; [CH3 COOH] = 2,0 × 10−vem:
2
mo ⋅ L−1
H+ =
× 10−5 ; [CH3 COOH] mo−⋅ L−1
−2
K aCH3 COOH
1,8
= +2,0CH 3 COO
× 10
+ −
CH2,0
3 COOH
× 10−2 H 0+ CH3COO 0 início (mo ⋅ L−1 )
−2
2,0 gasta
× 10 0 forma 0 início (mo ⋅ L−1 )
forma
gasta forma forma
−y +y +y durante (mo ⋅ L−1)
−y +y +y durante (mo ⋅ L−1)
−2 −1
( (2,0
2,0
× 10
× 10 −2
− y)−y)+ y + y +y + yequilíbrioequilíbrio
(mo ⋅ L−1) (mo ⋅ L )
−2
2,02,0
≈≈ ×10×−10
2
+
[H+ ][CH −
] −
3 COO
KKa = = [H ][CH 3 COO ]
a [CH COOH]
[CH3
3COOH]
y×y
1,8 × 10−5 −=5 y×y
1,8 × 10 = × 10−2
2,0
2,0 × 10−−22
y 2 = 1,8 × 10−5 × 2,0 × 10 = 36 × 10−8
y 2 =+1,8 × 10−5 ×−82,0 × 10−2−4= 36 × 10−8
y=[H ] = 36 × 10 =6,0 × 10
+ −4 −81 −4
y=
[H +
[H6,0] ×=
]= 10 36= 10 =
×0,00060 6,0
mo L−10
⋅×
6. Teremos:
Gabarito
1. B 2. C 3. A 4. E 5. A
6. D
187
Prática dos 3. (Unesp) Em um laboratório de química, dois
estudantes realizam um experimento com o
- E.O.
objetivo de determinar a velocidade da rea-
conhecimentos ção apresentada a seguir.
188
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
Um estudante precisa de uma pequena quan-
tidade de vanilina e decidiu pesquisar méto-
dos sintéticos de produção da substância em
laboratório, e obteve informações sobre dois
métodos:
189
Considerando-se a massa molar do 1
2. (Unesp) Uma água mineral gasosa, de gran-
carbono = 12 g · mol-1 , a massa molar do de aceitação em todo o mundo, é coletada na
oxigênio = 16 g · mol-1 e R = 0,082 atm · L fonte e passa por um processo no qual água
· mol-1·K–1, o volume máximo, em litros, de e gás são separados e recombinados – o gás
gás liberado a 27 ºC e 1 atm, por um extintor
é reinjetado no líquido – na hora do engar-
de gás carbônico de 8,8 kg de capacidade, é
igual a: rafamento. Esse tratamento permite ajustar
a) 442,8. a concentração de CO2, numa amostra dessa
b) 2 460,0. água, em 7g/L.
c) 4 477,2. Com base nessas informações, é correto afir-
d) 4 920,0. mar que:
e) 5 400,0. a) a condutividade elétrica dessa água é nula,
devido ao caráter apolar do dióxido de car-
1
1. (Unesp) No corpo humano, 70% do trans- bono que ela contém.
porte de CO2 para os pulmões, por meio das b) uma garrafa de 750 mL dessa água, posta à
hemácias e do plasma, ocorre sob a forma de
venda na prateleira de um supermercado,
íons bicarbonato. Estes são produzidos pela
reação do dióxido de carbono com água, re- contém 3 L de CO2.
presentada pela seguinte reação química: c) essa água tem pH na faixa ácida, devido ao
aumento da concentração de íons [H3O]+ for-
CO2(aq) + H2O(ℓ) H+(aq) + HCO-3(aq) mados na dissolução do CO2.
A diminuição do pH do sangue constitui a d) o grau de pureza do CO2 contido nessa água
acidose, que provoca náusea, vômito e cansa- é baixo, pois o gás contém resíduos do solo
ço. O aumento do pH do sangue corresponde que a água percorre antes de ser coletada.
à alcalose, que provoca distúrbios respirató- e) devido ao tratamento aplicado no engarrafa-
rios, cãibras e convulsões. Considere as se- mento dessa água, seu ponto de ebulição é o
guintes afirmações: mesmo em qualquer local que seja colocada
I. Pessoas com deficiência respiratória não a ferver.
exalam CO2 suficientemente, com o que
a reação deste com se desloca para a es- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
querda.
II. Pessoas ansiosas respiram rapidamente, Alquimia subterrânea transforma mina de
eliminando muito CO2 com o que a reação carvão em mina de hidrogênio
deste com H2O se desloca para a esquerda. Em uma área de mineração de carvão loca-
III. Pessoas com diarreia sofrem grande per- lizada no sul da Polônia, um grupo de cien-
da de íons bicarbonato, com o que a rea- tistas está usando uma mina de carvão para
ção do CO2 com H2O se desloca para a di- avaliar experimentalmente um método al-
reita. ternativo para a produção de energia limpa
É correto o que se afirma em: e, assim, oferecer uma utilização para pe-
a) I, apenas. quenos depósitos de carvão ou minas exau-
b) III, apenas.
ridas, que são tradicionalmente deixados de
c) I e III, apenas.
lado, representando passivos ambientais.
d) II e III, apenas.
Na teoria e no laboratório, a injeção de oxi-
e) I, II e III.
gênio e de vapor no carvão resulta na pro-
dução de hidrogênio. No processo, oxigênio
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESÃO
líquido é colocado em um reservatório espe-
Não basta matar a sede. Tem de ter grife cial, localizado nas galerias da mina de car-
Existem cerca de 3 mil marcas de água no vão, onde se transforma em oxigênio gasoso,
mundo, mas só um punhado delas faz parte começando o processo denominado de gasei-
do clube das águas de grife, cujo status equi- ficação de carvão.
vale ao de vinhos renomados. Para ser uma (www.inovacaotecnologica.com.br. Adaptado.)
água de grife, além do marketing, pesam
fatores como tradição e qualidade. E quali-
dade, nesse caso, está ligada à composição. 1
3. (Unesp) A passagem do oxigênio líquido
O nível de CO2 determina o quanto a água é para oxigênio gasoso é uma transformação
gaseificada. O pH também conta: as alcali-
física:
nas são adocicadas, as ácidas puxam para o
amargo. Outro fator é o índice de minerais: a) exotérmica, classificada como fusão.
águas com baixo índice de minerais são mais b) exotérmica, classificada como ebulição.
neutras e leves. Águas mais encorpadas têm c) endotérmica, classificada como liquefação.
índice de minerais mais altos. d) endotérmica, classificada como evaporação.
(O Estado de S.Paulo, 22/03/2010. Adaptado.) e) espontânea, classificada como sublimação.
190
1
4. (Unesp) A tabela apresenta informações sobre as composições químicas e as entalpias de combus-
tão para três diferentes combustíveis que podem ser utilizados em motores de combustão interna,
como o dos automóveis.
Com base nas informações apresentadas e comparando esses três combustíveis, é correto afirmar
que:
a) a gasolina é o que apresenta menores impacto ambiental e vantagem energética.
b) o álcool é o que apresenta maiores impacto ambiental e vantagem energética.
c) o hidrogênio é o que apresenta menor impacto ambiental e maior vantagem energética.
d) a gasolina é o que apresenta menor impacto ambiental e maior vantagem energética.
e) o álcool é o que apresenta menor impacto ambiental e maior vantagem energética.
O carbonato de cálcio pode ser encontrado na natureza na forma de rocha sedimentar (calcário)
ou como rocha metamórfica (mármore). Ambos encontram importantes aplicações industriais e
comerciais. Por exemplo, o mármore é bastante utilizado na construção civil tanto para fins estru-
turais como ornamentais.
Já o calcário é usado como matéria-prima em diversos processos químicos, dentre eles, a produção
da cal.
15. (Unesp) Considerando o papel do mármore na construção civil, é de suma importância conhecer a
resistência desse material frente a desgastes provenientes de ataques de ácidos de uso doméstico.
Em estudos de reatividade química foram realizados testes sobre a dissolução do mármore (car-
bonato de cálcio) utilizando ácidos acético e clorídrico. As concentrações e os volumes utilizados
dos ácidos em todos os experimentos foram iguais a 6 M e 15 mL, respectivamente, assim como
a massa de mármore foi sempre igual a 1 g, variando-se a temperatura de reação e o estado de
agregação do mármore, conforme a tabela a seguir:
1
6. (Unesp) Há várias décadas, o ferro apresenta grande demanda em função de sua utilização nas
indústrias como, por exemplo, na automobilística. Uma das principais matérias-primas utiliza-
das para a sua obtenção é um minério cujo teor em Fe2O3 (hematita) é de cerca de 80%. O ferro
metálico é obtido pela redução do Fe2O3 em alto-forno. Dadas as massas molares para o oxigênio
(16 g/mol), o ferro (56 g/mol) e a hematita (160 g/mol), e considerando-se que a reação de
191
redução apresente um rendimento de 100%, 19. (Unesp) No gráfico, encontra-se represen-
a quantidade, em toneladas, de ferro metá- tada a curva de solubilidade do nitrato de
lico que será obtida a partir de 5 toneladas potássio (em gramas de soluto por 1000 g de
desse minério é igual a: água).
a) 2,8.
b) 3,5.
c) 4,0.
d) 5,6.
e) 8,0.
192
22. (Unesp) O hipoclorito CℓO– pode ser prepa-
rado pela reação representada pela seguinte Gabarito
equação:
1. E 2. B 3. C 4. A 5. E
Cℓ2(aq) + 2OH-(aq) CℓO-(aq) + Cℓ(aq) + H2O(ℓ)
6. C 7. D 8. C 9. D 10. D
Composto Solubilidade a 18 °C (mol/L)
11. D 12. C 13. D 14. C 15. C
HCℓ 9,4
AgNO3 8,3 16. A 17. B 18. A 19. D 20. B
AgCℓ 10-5 21. A 22. B 23. B 24. E
KNO3 2,6
KCℓ 3,9
Considerando, ainda, as informações cons-
tantes na tabela, qual substância, ao ser adi-
cionada ao sistema, aumentará o rendimen-
to da reação?
a) HCℓ
b) AgNO3
c) AgCℓ
d) KNO3
e) KCℓ
193
194
QUESTÕES OBJETIVAS - matemática
Matemática e suas tecnologias
R.P.A. Unesp
Revisão Programada Anual
UNESP – Matemática
Grandezas Proporcionais 14%
Geometria Plana 11%
Funções 10%
Geometria Espacial 10%
Trigonometria 9%
Probabilidades 6%
Logarítmos 5%
Estatística 4%
Matrizes 4%
Equações Polinomiais 4%
Outros 24%
MATEMÁTICA 1
197
6. (Unesp) Sabe-se que, na equação Logo:
x³ + 4x² + x – 6 = 0, uma das raízes é igual à z3 = i
soma das outras duas. O conjunto solução (S) z6 = (z3)2 = i2 = –1
desta equação é z12 = (z6)2 = (–1)2 = 1
a) S = {–3, –2, –1} Portanto:
b) S = {–3, –2, +1} z3 + z6 +z12 = i – 1 + 1 = i
c) S = {+1, +2, +3}
d) S = {–1, +2, +3} 6.
Sejam r, s e t as raízes da equação x3 + 4x2 +
e) S = {–2, +1, +3} x – 6 = 0 e considere que r = s + t.
Utilizando a relação de soma de Girard, te-
Raio X
mos:
r + s + t = –4/1
r + r = –4
1.
Podemos criar uma função c(t) que retorna o
r = –2
valor cobrado por Carlos, em função do tempo:
Concluímos então que dois é uma de suas
c(t) = 100 + 20t raízes.
Dividindo, agora x3 + 4x2 + x – 6 por (x + 2)
Fazendo o mesmo para Daniel:
d(t) = 55 + 35t
O tempo máximo de duração de uma festa
ocorre quando c(t) = d(t):
100 + 20t = 55 + 35t
45 = 15t
t=3h
2.
Pelo gráfico, é possível ver que –2 e 1 são x3 + 4x2 + x – 6 = (x + 2) ∙ (x2 + 2x – 3) = 0
raízes da função f(x) e quando a abcissa x x + 2 = 0 ⇒ x = –2
tiver valor igual a 0, a ordenada y terá valor x2 + 2x – 3 ⇒ x = –3 ou x = 1
–4, assim, podemos escrever f(x) na forma Logo, S = {–3, –2, +1}.
fatorada:
f(x) = a(x - 1)(x + 2)
Para o ponto (0, –4):
Gabarito
f(0) = a(0 – 1)(0 + 2) = –4
a(–1)(2) = –4 1. D 2. D 3. C 4. D 5. D 6. B
a=2
Logo:
f(x) = 2(x – 1)(x + 2)
f(x) = 2(x2 + 2x – x – 2)
f(x) = 2x2 + 2x – 4
Resolvendo a inequação, temos:
3.
S = {x ∈ R | x ≤ –1 ou 2 ≤ x ≤ 3 ou x ≥ 6}
4.
O período da função é |2π|/5 = 2π/5.
Como as taxas de inalação e exalação são
0,6 ℓ/s, temos a função:
2π · x). A função não poderia
y = 0,6 ∙ sen ( ___
5 2π
ser y = 0,6 ∙ cos ( ___ · x), pois, se x for zero,
5
o y deveria ser 0,6.
π + i sen __
Seja z = cos __
5. π , então z3 será:
6 6
z3 = cos(3 ∙ __ π ) + i sen(3 ∙ __ π )
6 6
z3 = cos( __ π ) + i sen( __π )
2 2
z3 = 0 + 1 · i
z3 = i
198
Prática dos 3. (Unesp) A tabela indica o gasto de água, em
m3 por minuto, de uma torneira (aberta),
199
estão compondo o novo grupo, verificou-se 8. (Unesp) O consumo médio de oxigênio em
que cada pessoa pagaria R$ 75,00 a menos ml/min por quilograma de massa (ml/min
do que o inicialmente programado para cada ∙ kg) de um atleta na prática de algumas
um no primeiro grupo. modalidades de esporte é dado na tabela se-
O número x de pessoas que formavam o pri- guinte.
meiro grupo é:
a) 9. Consumo médio de
Esporte
b) 10. O2 em ml/min ∙ kg
c) 11. Natação 75
d) 12. Tênis 65
e) 13. Marcha Atlética 80
6. (Unesp) O gráfico, publicado na “Folha de S. Dois atletas, Paulo e João, de mesma massa,
Paulo” de 16.08.2001, mostra os gastos (em praticam todos os dias exatamente duas mo-
bilhões de reais) do governo federal com os dalidades de esporte cada um. Paulo pratica
juros da dívida pública. diariamente 35 minutos de natação e depois
t minutos de tênis. João pratica 30 minu-
tos de tênis e depois t minutos de marcha
atlética. O valor máximo de t para que João
não consuma, em ml/kg mais oxigênio que
Paulo, ao final da prática diária desses es-
portes, é:
a) 45.
b) 35.
c) 30.
d) 25.
Obs.: 2001 - estimativa até dezembro. e) 20.
200
11 (Unesp) A figura mostra um relógio de pare- 14. (Unesp) Uma máquina produz diariamente x
de, com 40 cm de diâmetro externo, marcan- dezenas de certo tipo de peças. Sabe-se que
do 1 hora e 54 minutos. o custo de produção C(x) e o valor de venda
V(x) são dados, aproximadamente, em mi-
lhares de reais, respectivamente, pelas fun-
ções:
__
C(x) = 2 – cos ___( )
xπ e V(x) = 3√2 sen ___
6
xπ ;
( )
12
0 ≤ x ≤ 6.
3π
___
c) .
2
5π
___
d) .
6
7π
___
e) .
12
201
1
8. (Unesp) A figura representa, no plano com- a) x3 – x2 + x + 1.
plexo, um semicírculo de centro na origem e b) x3 – x2 – x + 3.
raio 1. c) x3 – x2 – x – 3.
d) x3 – x2 – 2x + 4.
e) x3 – x2 – x + 2.
2
1. (Unesp) Considere o polinômio p(x) = x3
+ bx2 + cx + d, onde b, c e d são constan-
tes reais. A derivada de p(x) é, por defini-
ção, o polinômio p’(x) = 3x2 + 2bx + c. Se
p’(1) = 0, p’(–1) = 4 e o resto da divisão de
p(x) por x – 1 é 2, então o polinômio p(x) é:
202
MATEMÁTICA 2
203
Raio X
1. Com os valores do gráfico e do enunciado,
pode-se escrever:
y = ax
0,2 = a1 ⇒ a = 0,2 ⇒ y = 0,2x
( ) ( )
__
y = 0,2-0,5 = ___ 2 = ___ 10 = (5)0,5 = √
-0,5 0,5
5
10 2
2. O número de vigas em cada grade cresce se-
gundo a progressão aritmética (5,9,13,...,
4n + 1), com n sendo um natural não nulo.
Logo, se cada viga mede 0,5 m e a última
grade foi feita com 136,5 metros lineares de
vigas, então (4n + 1) ∙ 0,5 = 136,5 ⇔ n = 68.
Portanto, o comprimento total de vi-
gas necessárias para fazer a sequência
completa de grades, em metros, foi de
5 + 273
0,5 ∙ ( _______ ) ∙ 68 = 4.726.
2
3. Seja Cn o comprimento da trajetória.
Temos
Cn = π · R + π · __ R + π · __ R + ... + π · __
Rn + ...,
2 4 2
que corresponde à soma dos termos de uma
progressão geométrica infinita.
Portanto,
πR
lim Cn = _____ = 2 · π · R.
n→∞ 1 – __ 1
2
4.
−2 3 −2 3 1 0
A2 = ⋅ =
−1 2 −1 2 0 1
1 0 −2 3 −2 3
A3 = A2 ⋅ A = ⋅ = = A
0 1 −1 2 −1 2
−2 3 −2 3 1 0
A 4 = A3 ⋅ A = . =
−1 2 −1 2 0 1
Observa-se que quando o expoente for par, o
resultado é a matriz identidade, e quando o
expoente for ímpar, o resultado é a própria
matriz, portanto A15 = A.
Obs.: a alternativa [D] – A3 – também pode-
ria ser considerada como correta, já que seu
expoente é ímpar e A3 = A.
Gabarito
1. C 2. C 3. E 4. B ou D
204
Prática dos a) 51.
b) 115.
conhecimentos - E.O. c) 15.
d) 151.
e) 11.
1. (Unesp) Um torneio de futebol será disputa-
do por 16 equipes que, ao final, serão clas-
4. (Unesp) Considere a equação matricial
sificadas do 1° ao 16° lugar. Para efeitos da
A + BX = X + 2C, cuja incógnita é a matriz X e
classificação final, as regras do torneio im-
todas as matrizes são quadradas de ordem n.
pedem qualquer tipo de empate.
A condição necessária e suficiente para que
Considerando para os cálculos log 15! = 12
esta equação tenha solução única é que:
e log 2 = 0,3, a ordem de grandeza do total
a) B – I ≠ O, onde I é a matriz identidade de
de classificações possíveis das equipes nesse
ordem n e O é a matriz nula de ordem n.
torneio é de:
b) B seja invertível.
a) bilhões.
b) quatrilhões. c) B ≠ O onde O é a matriz nula de ordem n.
c) quintilhões. d) B – I seja invertível, onde I é a matriz iden-
d) milhões. tidade de ordem n.
e) trilhões. e) A e C sejam invertíveis.
2. (Unesp) Em uma floricultura, os preços dos 5. (Unesp) O que era impressão virou esta-
buquês de flores se diferenciam pelo tipo tística: a cidade de São Paulo está cada dia
e pela quantidade de flores usadas em sua mais lenta. Quem mostra é a própria CET
montagem. Quatro desses buquês estão re- (Companhia de Engenharia de Tráfego), que
presentados na figura a seguir, sendo que concluiu um estudo anual sobre o trânsito
três deles estão com os respectivos preços. paulistano.
Os dados de 2012 apontam que a velocidade
média nos principais corredores viários da
cidade foi de 22,1 km/h no pico da manhã
e de 18,5 km/h no pico da tarde. Uma piora
de 5% e 10% em relação a 2008, respectiva-
mente.
205
6. (Unesp) A soma dos n primeiros termos de O engenheiro agrônomo Maycon de Olivei-
uma progressão aritmética é dada por 3n2 – ra mostra uma das árvores, um fumo-bravo,
2n, onde n é um número natural. Para essa que ele e sua equipe plantaram em novembro
progressão, o primeiro termo e a razão são, de 2009. Nesse tempo, a árvore cresceu – está
respectivamente, com quase 2,5 metros –, floresceu, frutificou e
a) 7 e 1. lançou sementes que germinaram e formaram
b) 1 e 6. descendentes [...] perto da árvore principal. O
c) 6 e 1. fumo-bravo [...] é uma espécie de árvore pio-
d) 1 e 7. neira, que cresce rapidamente, fazendo som-
e) 6 e 7. bra para as espécies de árvores de crescimento
mais lento, mas de vida mais longa.
7. (Unesp) A revista Pesquisa Fapesp, na edi- (Pesquisa FAPESP, janeiro de 2012. Adaptado.)
ção de novembro de 2012, publicou o artigo
intitulado Conhecimento Livre, que trata dos
repositórios de artigos científicos disponibi-
lizados gratuitamente aos interessados, por
meio eletrônico. Nesse artigo, há um gráfico
que mostra o crescimento do número dos re-
positórios institucionais no mundo, entre os
anos de 1991 e 2011.
206
a) 2065.
b) 2070.
c) 2075.
d) 2080.
e) 2085.
Gabarito
1. E 2. A 3. B 4. D 5. B
6. B 7. A 8. C 9. C 10. B
11. D 12. C
207
MATEMÁTICA 3
209
Logo, a área do lago será igual a:
2,5 ∙ 1,6 = 4 m2
2.
Calculando a probabilidade de a colher cair
sobre o chão virada para cima, pode-se es-
crever:
652
P(x) = _____ 2 = 0,66666...
= __
978 3
Esta probabilidade é a mesma que se obtém,
no lançamento de um dado convencional ho-
nesto de seis faces, um número maior que 2.
C10,2∙ C8,2∙ C6,2∙ C4,2∙ C2,2= 45∙28∙15∙6∙1 = 113400
3.
Gabarito
1. D 2. E 3. B
210
Prática dos Taxa de anal-
fabetismo
População
com menos
População com
15 anos ou mais
conhecimentos - E.O. 8%
de 15 anos
2.000 8.000
1. (Unesp) Seis reservatórios cilíndricos, supe- Do total de pessoas desse município com
riormente abertos e idênticos (A, B, C, D, E menos de 15 anos de idade, 250 podem ser
e F) estão apoiados sobre uma superfície ho- consideradas alfabetizadas.
rizontal plana e ligados por válvulas (V) nas Com base nas informações apresentadas, é
posições indicadas na figura. correto afirmar que, da população total desse
município, são alfabetizados:
a) 76,1%.
b) 66,5%.
c) 94,5%.
d) 89,0%.
e) 71,1%.
211
6. (Unesp) Uma loja de departamentos fez uma Se os ventos provocados pela explosão fo-
pesquisa de opinião com 1.000 consumido- ram de 800 km/h e adotando a aproximação
__
res, para monitorar a qualidade de atendi- 5 ≅ 2,24, os personagens correram até o
√
mento de seus serviços. Um dos consumido-
res que opinaram foi sorteado para receber poço, em linha reta, com uma velocidade
um prêmio pela participação na pesquisa. média, em km/h de aproximadamente:
A tabela mostra os resultados percentuais a) 28.
registrados na pesquisa, de acordo com as b) 24.
diferentes categorias tabuladas. c) 40.
categorias percentuais d) 36.
ótimo 25 e) 32.
regular 43
péssimo 17 8. (Unesp) A figura indica um mecanismo com
quatro engrenagens (A, B, C e D) sendo que
não opinaram 15
o eixo da engrenagem D é diretamente res-
Se cada consumidor votou uma única vez, a ponsável por girar o ponteiro dos minutos
probabilidade de o consumidor sorteado es- do mostrador de um relógio convencional de
tar entre os que opinaram e ter votado na dois ponteiros (horas e minutos). Isso quer
categoria péssimo é, aproximadamente:
dizer que um giro completo do eixo da engre-
a) 20%.
nagem D implica um giro completo do pon-
b) 30%.
c) 26%. teiro dos minutos no mostrador do relógio.
d) 29%.
e) 23%.
212
c) quanto menor a quantidade de óleo na água,
maior a sua influência sobre o nível de con-
centração de oxigênio nela dissolvido.
d) quanto maior a quantidade de óleo na água,
menor a sua influência sobre o nível de con-
centração de oxigênio nela dissolvido.
e) não houve influência da quantidade de óleo
na água sobre o nível de concentração de
oxigênio nela dissolvido.
O maior lado do galpão mede, em metros:
a) 200.
b) 25. 11. (Unesp) Em um condomínio residencial, há
c) 50. 120 casas e 230 terrenos sem edificações.
d) 80. Em um determinado mês, entre as casas,
e) 100. 20% dos proprietários associados a cada casa
estão com as taxas de condomínio atrasadas,
10. (Unesp) Em uma dissertação de mestrado, enquanto que, entre os proprietários asso-
a autora investigou a possível influência do ciados a cada terreno, esse percentual é de
descarte de óleo de cozinha na água. Dia- 10%. De posse de todos os boletos individu-
riamente, o nível de oxigênio dissolvido na ais de cobrança das taxas em atraso do mês,
água de 4 aquários, que continham plantas o administrador do empreendimento escolhe
aquáticas submersas, foi monitorado. um boleto ao acaso. A probabilidade de que o
boleto escolhido seja de um proprietário de
terreno sem edificação é de:
a) 24/350.
b) 24/47
c) 47/350.
d) 23/350.
Cada aquário continha diferentes compo- e) 23/47.
sições do volume ocupado pela água e pelo
óleo de cozinha, conforme consta na tabela. 12. (Unesp) Semanalmente, o apresentador de
um programa televisivo reparte uma mes-
Percentual do I II III IV ma quantia em dinheiro igualmente entre
volume
os vencedores de um concurso. Na semana
Óleo 0 10 20 30 passada, cada um dos 15 vencedores recebeu
Água 100 90 80 70 R$ 720,00. Nesta semana, houve 24 vence-
dores; portanto, a quantia recebida por cada
Como resultado da pesquisa, foi obtido o um deles, em reais, foi de:
gráfico, que registra o nível de concentração
a) 675,00.
de oxigênio dissolvido na água (C), em par-
tes por milhão (ppm), ao longo dos oito dias b) 600,00.
de experimento (T). c) 450,00.
d) 540,00.
e) 400,00.
Gabarito
1. A 2. A 3. A 4. A 5. A
6. A 7. D 8. D 9. E 10. B
11. E 12. C
213
MATEMÁTICA 4
a) 12,5. __
b) 12,5√2 .
c) 25,0. __
d) 25,0√2 .
e) 35,0.
Mar do Jap ão
Epicentro
Sendai 3. (Unesp) No vazamento de petróleo da em-
presa americana Chevron do último dia 7 de
novembro, na bacia de Campos/RJ, a mancha
de óleo na superfície do mar assumiu gran-
320 km des dimensões e teve seu pico de área entre
360 km
os dias 12 e 14 daquele mês. O vazamento
JAP ÃO levou dias para ser contido, pois o petró-
Oceano
Pac ífico
leo continuava a escapar por fissuras, como
T óquio mostrado na foto.
215
A distância, em centímetros, do vértice A à
diagonal __
BH vale:
√
5 a.
a) ___
6__
√ 6
___
b) a.
6__
√ 5
___
c) a.
5__
√ 6
___
d) a.
5___
√ 30
e) ____ a.
6
6. (Unesp) Um cubo com aresta de medida
igual a x centímetros foi seccionado, dando
Dados 1 dm3 = 1 L e π ≈ 3 e sabendo que origem ao prisma indicado na figura 1. A fi-
a altura média da lâmina de óleo sobre as gura 2 indica a vista superior desse prisma,
águas era de 0,003 mm e que 1 barril de pe- sendo que AEB é um triângulo equilátero.
tróleo cru contém 160 litros de óleo, o nú-
mero aproximado de barris que vazaram no
incidente foi:
a) 2 360.
b) 2 860.
c) 2 960.
d) 3 320.
e) 5 250.
Sabendo-se que o volume__ do prisma da figu-
4. (Unesp) Prato da culinária japonesa, o temaki ra 1 é igual a 2(4 – √
3 ) cm3, x é igual a
é um tipo de sushi na forma de cone, enrolado
externamente com nori, uma espécie de folha a) 2
b) __ 7
feita a partir de algas marinhas, e recheado 2
com arroz, peixe cru, ovas de peixe, vegetais e c) 3
uma pasta de maionese e cebolinha. d) __ 5
2
e) __ 3
2
Raio X
Um temaki típico pode ser representado ma-
tematicamente por um cone circular reto em 1.
Considere a figura.
que o diâmetro da base mede 8 cm e a altura
10 cm. Sabendo-se que, em um temaki típi-
co de salmão, o peixe corresponde a 90% da
massa do seu recheio, que a densidade do
salmão é de 0,35 g/cm3, e tomando π = 3, a
quantidade aproximada de salmão, em gra-
mas, nesse temaki, é de:
a) 46.
b) 58.
c) 54.
d) 50. —— ——
Sabendo que ET = 360 km, ST = 350 km,
e) 62.
cosα ≅ 0,934 e que 28 ∙ 32 ∙ 93,4 ≅ 215100,
pela lei dos cossenos, vem
5. (Unesp) A figura mostra um paralelepípedo —— ——2 — —— ——
ES2 = ET + ST2 - 2 ∙ ET . cos α ⇒
∙ ST
reto-retângulo ABCDEFGH, com base quadrada ——2
ABCD de aresta a e altura 2a, em centímetros. = 3602 + 3202 - 2 ∙ 360 ∙ 320 ∙ 0,934 ⇒
ES
—
ES2 = 129600 + 102400 – 2 ∙ 22 ∙ 32 ∙ 25 ∙ 93,4 ⇒
H G ——2
= 232000 – 28 ∙ 32 ∙ 93,4 ⇒
ES
——2
E ES
= 232000 – 215100 ⇒
F 2a —— ______ ——
= √
ES 16900 ⇔ ES = 130 km.
D Portanto, como 13 min = ___ 13 h, temos que a
C 60
a velocidade média pedida é dada por
A a B 130 = 600 km/h.
____
13
___
60
216
2.
No triângulo ABC = 45º, aplicando o teorema 5.
Considere a figura.
dos senos, temos:
__ __
50
_______ BC
= _______ ⇔ BC√2 = 50 ⇔ BC = 25√2
sen45º sen30º
No triângulo BDC, temos:
sen 30º = h __ ⇔ __
_____ 1 = _____
h __ ⇔
__ 25√2 2 25√2
h = 12,5 √2
3.
Calculando a área da superfície tomada pelo
óleo, temos:
Gabarito
1. E 2. B 3. B 4. D 5. E 6. A
217
Prática dos
conhecimentos - E.O.
1. (Unesp) Um paralelepípedo retoretângulo
foi dividido em dois prismas por um plano
que contém as diagonais de duas faces opos-
tas, como indica a figura.
2m
2m
2m
2m
D C
Se o total da área decorada com cada um dos
dois tipos de papel é a mesma, então x, em
metros, é__igual a
a) 1 + 2√__3
b) 2 + 2√__3
c) 2 + √__
3
d) 1 + √__
3 Se a área da secção transversal (retângulo
e) 4 + √ 3 ABCD) da canaleta fabricada é igual a 18 m2
então, a altura dessa canaleta, em metros, é
3. (Unesp) Uma mesa de passar roupa possui igual a:
—— ——
pernas articuladas AB e CD
, conforme indica
a) 3,25.
a figura. Sabe-se que AB = CD = 1 m e que M
é ponto médio dos segmentos coplanares AB
——
b) 2,75.
—— c) 3,50.
e CD . Quando a mesa está armada, o tampo
fica paralelo ao plano do chão e a medida do d) 2,50.
^
ângulo AM C é 60º. e) 3,00.
218
5. (Unesp) Quando os meteorologistas dizem que a precipitação da chuva foi de 1 mm, significa que
houve uma precipitação suficiente para que a coluna de água contida em um recipiente que não se
afunila como, por exemplo, um paralelepípedo reto-retângulo, subisse 1 mm. Essa precipitação, se
ocorrida sobre uma área de 1 m2 corresponde a 1 litro de água.
O esquema representa o sistema de captação de água da chuva que cai perpendicularmente à su-
perfície retangular plana e horizontal da laje de uma casa, com medidas 8 m por 10 m. Nesse sis-
tema, o tanque usado para armazenar apenas a água captada da laje tem a forma de paralelepípedo
retoretângulo, com medidas internas indicadas na figura.
6. (Unesp) Em 2014, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implantou duas faixas para pe-
destres na diagonal de um cruzamento de ruas perpendiculares do centro de São Paulo. Juntas,
as faixas formam um x como indicado na imagem. Segundo a CET, o objetivo das faixas foi o de
encurtar o tempo e a distância da travessia.
(http://ciclovivo.com.br. Adaptado.)
Antes da implantação das novas faixas, o tempo necessário para o pedestre ir do ponto A até o
ponto C era de 90 segundos e distribuía-se do seguinte modo: 40 segundos para atravessar AB com
velocidade média v; 20 segundos esperando o sinal verde de pedestres para iniciar a travessia BC e
——
30 segundos para atravessar BC
, também com velocidade média v. Na nova configuração das faixas,
com a mesma velocidade média v, a economia de tempo para ir de A até C por meio da faixa AC,
em segundos, será igual a
a) 20.
b) 30.
c) 50.
d) 10.
e) 40.
219
7. (Unesp) Os polígonos ABC e DEFG estão desenhados em uma malha formada por quadrados. Suas
S
áreas são iguais a __1 respectivamente, conforme indica a figura.
S2
Sabendo que os vértices dos dois polígonos estão exatamente sobre pontos de cruzamento das
linhas da malha, é correto afirmar que S2/S1 é igual a:
a) 5,25.
b) 4,75.
c) 5,00.
d) 5,50.
e) 5,75.
8. (Unesp) A figura representa a vista superior do tampo plano e horizontal de uma mesa de bilhar
retangular ABCD, com caçapas em A, B, C e D. O ponto P, localizado em AB, representa a posição
—— ——
de uma bola de bilhar, sendo PB
= 1,5 m e PA
= 1,2 m. Após uma tacada
na bola, ela se desloca em
—— ^
linha reta colidindo com BC
no ponto T, sendo a medida do ângulo PT B igual 60º. Após essa colisão,
a bola segue, em trajetória reta, diretamente até a caçapa D.
__
Nas condições descritas e adotando √3 ≅ 1,73, a largura do tampo da mesa, em metros, é próxima
de:
a) 2,42.
b) 2,08.
c) 2,28.
d) 2,00.
e) 2,56.
220
9. (Unesp) Para confeccionar um porta-joias a 11. (Unesp) A caçamba de um caminhão bascu-
partir de um cubo maciço e homogêneo de lante tem 3 m de comprimento das direções
madeira com 10 cm de aresta, um marcenei- de seu ponto mais frontal P até a de seu eixo
de rotação e 1 m de altura entre os pontos
ro dividiu o cubo ao meio, paralelamente às
P e Q. Quando na posição horizontal isto é,
duas faces horizontais. De cada paralelepí- quando os segmentos de retas r e S se coin-
pedo resultante extraiu uma semiesfera de cidirem, a base do fundo da caçamba distará
4 cm de raio, de modo que seus centros fi- 1,2 m do solo. Ela pode girar, no máximo α,
cassem localizados no cruzamento das dia- graus em torno de seu eixo de rotação, loca-
gonais da face de corte, conforme mostra a lizado em sua parte traseira inferior, confor-
sequência de figuras. me indicado na figura.
P
1m
10 cm s
3m
Q
10 cm
α
10 cm r eixo de
rotação
1,2 m
r
5 cm
e
5 cm
r (www.autobrutus.com. Adaptado.)
221
Com essas informações, os alunos determi-
naram que a distância em linha reta entre os
pontos que representam as cidades de Gua-
ratinguetá e Sorocaba,
_________ __ em km, é próxima de:
a) 80 ∙ √_________
2+5∙√ __
3 .
b) 80 ∙ √__
5+2∙√ 3
.
c) 80 ∙ √_________
6 . __
d) 80 ∙ √ 5 + 3__∙ √
______ 2
.
e) 80 ∙ √7 ∙ √ 3
. Adotando-se um modelo muito simplificado
do olho humano no qual ele possa ser con-
13. (Unesp) Diferentes tipos de nanomateriais siderado uma esfera cujo diâmetro médio é
são descobertos a cada dia, viabilizando pro- igual a 15 mm, a maior distância X, em me-
dutos mais eficientes, leves, adequados e, tros, que dois pontos luminosos, distantes 1
principalmente, de baixo custo. mm um do outro, podem estar do observa-
São considerados nanomateriais aqueles dor, para que este os perceba separados, é:
cujas dimensões variam entre 1 e 100 nanô- a) 1.
metros (nm), sendo que 1 nm equivale a 10–9 b) 2.
m, ou seja, um bilionésimo de metro. c) 3.
Uma das características dos nanomateriais d) 4.
refere-se à relação entre seu volume e sua e) 5.
área superficial total.
Por exemplo, em uma esfera maciça de 1 cm 6. (Unesp) Observe o gráfico da função f(x) e
1
de raio, a área superficial e o volume valem analise as afirmações a seu respeito.
4 ∙ πcm2 e (4/3) ∙ πcm3 respectivamente. O
conjunto de nanoesferas de 1 nm de raio,
que possui o mesmo volume da esfera dada,
tem a soma de suas áreas superficiais:
a) 10 vezes maior que a da esfera.
b) 103 vezes maior que a da esfera.
c) 105 vezes maior que a da esfera.
d) 107 vezes maior que a da esfera.
e) 109 vezes maior que a da esfera.
14. (Unesp) Há 4.500 anos, o Imperador Quéops I. Se x1, x2 ∈ Dom(f) e x2 > x1, então f(x2) >
do Egito mandou construir uma pirâmide re- f(x1).
gular que seria usada como seu túmulo.
As características e dimensões aproximadas II. Se x > 1, então f(x) < 0.
dessa pirâmide hoje, são: III. O ponto (2, –2) pertence ao gráfico de
1ª) Sua base é um quadrado com 220 metros f(x).
de lado;
IV. A lei de formação de f(x) representada
2ª) Sua altura é de 140 metros.
Suponha que, para construir parte da pirâ- –1 (x – 1).
no gráfico é dada por f(x) = ___
2
mide equivalente a 1,88 × 104 m3, o número A alternativa que corresponde a todas as
médio de operários utilizados como mão de afirmações verdadeiras é:
obra gastava em média 60 dias. Dados que a) I e III.
2,22 × 1,4 ≅ 6,78 e 2,26 ÷ 1,88 ≅ 1,2 e man- b) I, II e III.
tidas estas médias, o tempo necessário para c) I e IV.
a construção de toda pirâmide, medido em d) II, III e IV.
anos de 360 dias, foi de, aproximadamente: e) II e IV.
a) 20.
b) 30. 17. (Unesp) A figura mostra a representação de
c) 40. algumas das ruas de nossas cidades. Essas
d) 50. ruas possuem calçadas de 1,5 m de largura,
e) 60. separadas por uma pista de 7 m de largura.
Vamos admitir que:
15. (Unesp) Para que alguém, com o olho nor- I. os postes de iluminação projetam sobre a
mal, possa distinguir um ponto separado de rua uma área iluminada na forma de uma
outro, é necessário que as imagens desses elipse de excentricidade 0,943;
pontos, que são projetadas em sua retina, II. o centro dessa elipse encontra-se vertical-
estejam separadas uma da outra a uma dis- mente abaixo da lâmpada, no meio da rua;
tância de 0,005 mm. III. o eixo menor da elipse, perpendicular à
222
calçada, tem exatamente a largura da rua determine qual deve ser a quantidade de pa-
(calçadas e pista). pel da bobina que gerará a folha “sanfona-
Se desejarmos que as elipses de luz se tan- da”, com precisão de centímetros, para que,
genciem nas extremidades dos eixos maiores, no processo de fabricação do papelão, esta
a distância, em metros, entre dois postes con- se esgote no mesmo instante das outras duas
bobinas de 102 m de comprimento de papel,
secutivos deverá ser de aproximadamente:
_____ que produzirão as faces “lisas”.
Dado: 0,9432 ≈ 0,889 e √ ≈ 0,333
0111
Dado: π ≈ 3,14.
a) 160 m e 07 cm.
b) 160 m e 14 cm.
c) 160 m e 21 cm.
d) 160 m e 28 cm.
e) 160 m e 35 cm.
20. (Unesp) Em um experimento sobre orienta-
ção e navegação de pombos, considerou-se
a) 35. o pombal como a origem O de um sistema
b) 30. de coordenadas cartesianas e os eixos orien-
c) 25. tados Sul-Norte (SN) e Oeste-Leste (WL).
d) 20. Algumas aves foram liberadas num ponto P
e) 15. que fica 52 km ao leste do eixo SN e a 30 km
ao sul do eixo WL.
O ângulo azimutal de P é o ângulo, em graus,
18. (Unesp) A figura representa uma chapa de medido no sentido horário a partir da se-
alumínio de formato triangular de massa mirreta ON até a semirreta OP. No experi-
1.250 gramas. Deseja-se ——
cortá-la por uma mento descrito, a distância do pombal até
BC e, que intercepta o
reta r paralela ao lado —— o ponto de liberação das aves, em km, e o
——
lado AB
em D e o lado AC
em E, de modo que ângulo azimutal, em graus, desse ponto são,
o trapézio BCED tenha 700 gramas de mas- respectivamente:
_____
sa. A espessura e a densidade do material ≈ 60.
Dado: √3604
da chapa são uniformes. Determine o valor
—— ——
___ da razão de AD por AB
percentual .
Dado: √11 ≈ 3,32.
a) 42,5 e 30.
a) 88,6. b) 42,5 e 120.
b) 81,2. c) 60 e 30.
c) 74,8. d) 60 e 120.
d) 66,4.
e) 60 e 150.
e) 44,0.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES.
19. (Unesp) O papelão utilizado na fabricação de
caixas reforçadas é composto de três folhas Uma fábrica utiliza dois tipos de processos,
de papel, coladas uma nas outras, sendo que P1 e P2 para produzir dois tipos de chocola-
as duas folhas das faces são “lisas” e a folha tes, C1 e C2. Para produzir 1.000 unidades de
que se intercala entre elas é “sanfonada”, C1 são exigidas 3 horas de trabalho no pro-
conforme mostrado na figura. cesso P1 e 3 horas em P2. Para produzir 1.000
unidades de C2 são necessárias 1 hora de tra-
balho no processo P1 e 6 horas em P2. Repre-
sentando por x a quantidade diária de lotes
de 1.000 unidades de chocolates produzidas
O fabricante desse papelão compra o papel pelo processo P1 e por y a quantidade diá-
em bobinas, de comprimento variável. Su- ria de lotes de 1.000 unidades de chocola-
pondo que a folha “sanfonada” descreva tes produzidas pelo processo P2 sabe-se que o
uma curva composta por uma sequência de número de horas trabalhadas em um dia no
semicircunferências, com concavidades al- processo P1 é 3x + y, e que o número de horas
ternadas e de raio externo (RExt) de 1,5 mm, trabalhadas em um dia no processo P2 é 3x + 6y.
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2
1. (Unesp) Dado que o lucro na venda de uma d)
unidade do chocolate produzido pelo proces-
so P1 é de R$ 0,50, enquanto que o lucro na
venda de uma unidade do chocolate produzi-
do pelo processo P2 é de R$ 0,80, e se forem
vendidas todas as unidades produzidas em
um dia nos dois processos, no número má-
ximo possíveis de horas, o lucro obtido, em
reais, será:
a) 3.400,00.
b) 3.900,00.
e)
c) 4.700,00.
d) 6.400,00.
e) 11.200,00.
Gabarito
trabalhadas nos processos P1 e P2 em um dia, é:
a)
1. D 2. B 3. B 4. E 5. C
6. E 7. A 8. A 9. D 10. A
11. C 12. B 13. D 14. A 15. C
16. E 17. B 18. D 19. B 20. D
21. A 22. E
b)
c)
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