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Professor: Jeane
a)Pode-se afirmar que o eu lírico apresenta concepção de casamento diferente da cultivada pelas outras mulheres
referidas no texto (verso1). Quais seriam essas concepções em oposição?
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b- No poema, verifica-se uma voz lírica feminina que, de alguma maneira, trata do papel masculino em relação ao
feminino. Justifique esse papel.
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2) Aquarela
O corpo no cavalete
é um pássaro que agoniza
exausto do próprio grito.
As vísceras vasculhadas
principiam a contagem
regressiva.
No assoalho o sangue
se decompõe em matizes
que a brisa beija e balança:
ο verde – de nossas matas
ο amarelo – de nosso ouro
ο azul – de nosso céu
ο branco o negro o negro
(CACASO. In: HOLLANDA. H. B (Org.). 26 poetas hoje. Rio do Janeiro: Aeroplano, 2007)
Situado na vigência do Regime Militar que governou o Brasil, na década de 1970, o poema de Cacaso edifica uma
forma de resistência e protesto a esse período, metaforizando:
a) as artes plásticas, deturpadas pela repressão e censura.
b) a natureza brasileira, agonizante como um pássaro enjaulado.
c) o nacionalismo romântico, silenciado pela perplexidade com a Ditadura.
d) o emblema nacional, transfigurado pelas marcas do medo e da violência.
d) as riquezas da terra, espoliadas durante o aparelhamento do poder armado.
3) “Virou-se para Teoria. Este ainda não dormia. Sem Medo segredou-lhe:
— O que conta é a ação. Os problemas do Movimento resolvem-se, fazendo a ação armada. A mobilização do
povo de Cabinda faz-se desenvolvendo a ação. Os problemas pessoais resolvem-se na ação. Não uma ação à
toa, uma ação por si. Mas a ação revolucionária.
O que interessa é fazer a Revolução, mesmo que ela venha a ser traída.”
Pepetela. Mayombe. São Paulo: Leya, 2013, p. 237.
O trecho, extraído de um romance angolano, refere-se à luta do Movimento Popular de Libertação de Angola
(MPLA), na década de 1970, pela independência de Angola. Nessa obra de ficção, aparecem diversos temas
presentes nesse conflito. Entre eles,
a) a impossibilidade de saídas negociadas, as divergências entre os vários grupos que lutavam contra a
colonização portuguesa, o personalismo de algumas lideranças.
b) o apoio da comunidade internacional à independência angolana, a articulação da luta das várias tribos, a
preocupação dos portugueses com reformas políticas e sociais.
c) o temor do povo angolano face à ameaça de invasão estrangeira, o diálogo ininterrupto com os representantes
portugueses, o abandono da luta armada.
d) a aliança da guerrilha angolana com os fascistas portugueses, a ampla mobilização popular em favor da
emancipação política, a unidade dos grupos em luta.
4) O romance Mayombe, do escritor Pepetela, narra a luta de guerrilheiros pela independência de Angola.
Os soldados que se encontravam na estrada estavam mortos ou feridos. Os outros disparavam agora
furiosamente, visando as árvores. Tinham ficado muitos vivos, era impossível passar ao assalto. Sem Medo deu
ordem de retirar. Era o mais difícil: as balas silvavam acima das cabeças, cortando os ramos ou cravando-se nos
troncos das árvores. Milagre, expondo-se perigosamente, basukou uma moita donde vários inimigos fazia fogo
nutrido. A ação de Milagre fez parar o fogo inimigo e os guerrilheiros aproveitaram para recuar, rastejando, até
ficarem ao abrigo dos tiros adversários. Grande combatente, esse Milagre, pensou Sem Medo, enquanto
rastejava. A dez metros do sítio onde se encontravam, puderam erguer-se um pouco e afastarem-se, pois tinham
árvores interpostas. Os colonialistas aumentaram volume do fogo. Os guerrilheiros recuaram até o ponto de
encontro.
PEPETELA. Mayombe. São Paulo: LeYa, 2013. p. 52.
a) ressalta o caráter inútil da batalha pela independência, dada a desigualdade das forças bélicas.
b) valoriza o caráter heroico dos guerrilheiros angolanos contra as forças colonialistas.
c) critica a temeridade das ações de Milagre, que poderiam levar todo o grupo a uma derrota na batalha.
d) visa à imparcialidade, de maneira a apresentar um relato fiel dos eventos.
e) demonstra a precariedade das ações guerrilheiras, que eram incapazes de combater o inimigo.
5) (Enem 2020) A vida às vezes é como um jogo brincado na rua: estamos no último minuto de uma brincadeira
bem quente e não sabemos que a qualquer momento pode chegar um mais velho e avisar que a brincadeira já
acabou e está na hora do jantar. A vida afinal acontece muito de repente – nunca ninguém nos avisou que aquele
era mesmo o último Carnaval da Vitória. O Carnaval também chegava sempre de repente. Nós, as crianças,
vivíamos num tempo fora do tempo, sem nunca sabermos dos calendários de verdade. […] O “dia da véspera do
Carnaval”, como dizia a avó Nhé, era dia de confusão com roupas e pinturas a serem preparadas, sonhadas e
inventadas. Mas quando acontecia era um dia rápido, porque os dias mágicos passam depressa deixando marcas
fundas na nossa memória, que alguns chamam também de coração. ONDJAKI. Os da minha rua. Rio de Janeiro:
Língua Geral, 2007.
7)Leia:
8) (UFRGS)
Considere as seguintes afirmações sobre o Concretismo.
I. Buscou na visualidade um dos suportes para atingir rupturas radicais com a ordem discursiva da língua
portuguesa.
II. Teve como integrantes fundamentais Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari.
III. Foi um projeto de renovação formal e estética da poesia brasileira, cuja importância fica restrita à
década de 1950.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d)Apenas I e II.
e) I, II e III.
GABARITO
1
2 A B C D E
3 A B C D E
4 A B C D E
5 A B C D E
6 A B C D E
7 A B C D E
8 A B C D E
9 A B C D E