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1. A partir de uma situação fantá stica , a inexi stênc ia de
1 . (PUC-RS) Leia o excerto do romance Intermitências da mortes é vista como um fato inqui etan te.
morte, de José Saramago, e analise as afirmativas. li. Conf orme o texto , pode mos infer ir que adoe nt ados
No dia seguinte ningu ém morre u. O facto, por absol u-
em estado grave foram salvos da mort e, liber tando-se
tamente contrário às norm as da vjda, causo u nos espíri tos
uma pertu rbaçã o enorm e, efeito em todos os aspec tos jus- de seu sofrim ento.
tificado, basta que nos lemb remo s de que não havia no- Ili. O estilo do autor é marc ado pela oscila ção entre a nar-
tícia nos quare nta volum es da histór ia unive rsal, nem ao rativa de um fato e o come ntári o disse rtativ o sobre ele.
menos um caso para amos tra, de ter algum a vez ocorr ido A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são, apen as:.
fenómeno seme lhante , passa r-se um dia comp leto, com d) 1 e 111.
a) 1.
todas as suas pródi gas vinte e quatr o horas , conta das en-
e) li e Ili.
tre diurn as e noctu rnas, matut inas e vespe rtinas , sem que b) li.
tivesse suced ido um faleci mento por doenç a, uma queda e) 111. -
mortal, um suicídio levad o a bom fim, nada de nada, pela
palavra nada. Nem seque r um daque les acide ntes de au-
tomóvel tão frequ entes em ocasi ões festivas, quan do a ale-
gre irresp onsab ilidad e e o exces so de álcool se desaf iam
mutu amen te nas estrad as para decid ir sobre quem vai
conse guir chega r à morte em prime iro lugar.
10 >> CRPÍTULO 1
de Sena
â neo, Jorge
2. (Enem) Embora seja um poeta contempor . - barroca por retom ar
d
é você, dialoga nesse poema com a tra rçao
_ O home m disse, Está a chover, e depois, Quem
~ao sou daquJ , Anda à procu ra de comid a, Sim, há quatro em seu texto:
dias que não come mos, E como sabe que são quatro días, a) a religlosidade medieval.
É um cálculo, Está sozinha, Estou com o meu marid
o e uns b) o jogo entre o claro e o escuro.
pensa r
companheiros, Quantos são, Ao todo, sete; Se estão a c) 0 apreço pela temática do fugere urbem .
o, já somo s muito s, Só
em ficar conosco, tirem dai o sentid d) a reflex~o sobre a passagem do tempo.
Internados
estamos de passa gem, Donde vêm, Estive mos e) o resgate do teo~e~trismo cristão.
come çou, Ah, sim, a quare ntena, não
desde que a cegueira
Porqu e diz isso, Deixa ram-n os sair, Houve
serviu de nada.
dio e nesse mome nto perce bemo s que os soldad os
wn incên
, Sim, Os
que nos vigiavam tinham desaparecido, E saíram
toda a
vossos soldados devem ter sido dos últimos a cegar,
gente está cega, Toda a gente, a cidad e toda, o país,
SARAMAGO, J. Ensaio sobre a cegueira.
São Paulo: Cia. das Letras. 1995.
s em um
A cena retrata as experiências das personagen
a violação
país atingido por uma epidemia. No diálogo,
de determinadas regras de pontuação:
de pontu-
a) revela uma incompatibilidade entre o sistema
do gênero roman ce.
ação convencional e a produção
ogati-
b) provoca uma leitura equivocada das frases interr
vas e prejudica a verossimilhança.
entação
c) singulariza o estilo do autor e auxilia na repres
do ambiente caótico.
de pon-
d) representa uma exceção às regras do sistema
tuação canônica. ago, a vida na
4 . (UFPA) No conto "Embargo" , de José Saram
narrador
e) colabora para a construção da identidade do cidade submete o homem aos objetos. Em uma
época em
pouco escolarizado. micos emba rgam a distri-
que problemas políticbs e econô
ire vida e vonta de
buição de gasolina, o automóvel adqu
/1 ' ' '

ento desse
próprias, dominando o homem. Leia o fragm
conto abaixo transcrito.
a 02fun-
º 1Se encon trass e um posto de abast ecim ento
ºªas volta s
ciona r, aproveitari a. Pelo segu ro, com todas
04 melh or
que tinha que dar antes de ir para o escri tório,
05estúp ido emba rgo. O pâ-
poeta por- de mais que de meno s. Este
3. +Enem lHL2J Leia o poema de Jorge ae ::,ena, deze nas d e
nico, as horas de esper a, 06filas de deze nas e
tuguês contemporaneo. hora com
carro s. Meio º 7depó sito. Outro s anda m a essa
O corp o não espe ra 08 meno s, mas se for possí vel atest ar. [... J Ali per-
muito
z 1 °tive s-
O corpo não esper a. Não. Por nós to º 9 havia uma bomb a pouc o conh ecida , talve 11
ao cheir o,
ou pelo amor. Este pousa r de mãos, se sorte . Como um perdi gueir o que acod e
12volto u duas
o car ro insin uou-s e por entre o trâns ito,
tão retice nte e que interr oga a sós 13 ava. Boa
esqu inas e ocup ou espaç o na fila que esper
a tépid a secur a acetinada,
lemb rança .
a que palpita por adivin hada vinte
14
0lho u o relóg io. Devia m estar à frent e uns
16seria
em solitários movi mento s vãos; 15
carros. Nada de exage rado. Mas pens ou que
17p ara a tarde,
este pousa r em que não estam os nós, melh or ir ao escri tório e deixa r as volta s
18preoc upaç ões. Baixo u o vi-
mas uma sede, uma memória, tudo já cheio o depó sito, sem
que passa va.
d ro para cham ar um 9vendedor de jorna is
1
o que sabem os de tocar desnu do autom ó-
O temp o 20arrefecera muito . Mas ali, dentr o do
o corpo que não espera; este pousa r vel, 21 de jorna l abert o sobre o volan te, fuma
ndo 22en-
23
que não conhece, nada vê, nem nada como o d os
quan to esper ava, havia um calor agrad ável,
24 costa s, com um a
lençó is. Fez move r os músc ulos das
ousa teme r no seu temo r agud o ...
torçã o d e gato volup tuoso , ao lemb rar-se
25 da mulh e r
26àque la hora, e recos tou-s e
Tem tanta pressa o corpo! E já passou, ainda enros cada na cama
quan do um de nós ou quan do o amor chego u. melh or no assento.
/pt/ SARAMAGO, José. Objeto quase .
SENA, Jorge de. Disponível em: <www.escritas.org
/1602/o-corp o-nao -espera>. Acesso em: 13jul. 2018. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
poema

11
Nesse fragmento, a passagem que indica a transformação d) "Se encontrasse um posto de abastecimento a funcio-
do carro é: nar, aproveitaria . Pelo seguro, com todas as voltas que
a) "O pânico, as horas de espera, filas de dezenas e dezenas tinha que dar antes de ir para o escritório, melhor de
de carros. Meio depósito. Outros andam a essa hora com mais que de menos." (refs. 01 a 04)
muito menos, mas se for possível atestar." (refs. 05 a 08) e) " Deviam estar à frente uns vinte carros. Nada de exa-
b) "Como um perdigueiro que acode ao cheiro, o carro gerado. Mas pensou que seria melhor ir ao escritório e
insinuou-se por entre o trânsito, voltou duas esquinas e deixar as voltas para a tarde, já cheio o depósito, sem
ocupou espaço na fila que esperava. Boa lembrança." preocupações. " (refs. 14 a 18)
(refs. 10 a 13)
c) "O tempo arrefecera muito. Mas ali, dentro do au-
tomóvel, de jornal aberto sobre o volante, fumando
enquanto esperava, havia um calor agradável, como o
dos lençóis." (refs. 19 a 23)

~ rnrnnl nrnnn ... r \ r n Tarefa. nrnn

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