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Universidade Federal de Itajubá

Instituto de Engenharia Mecânica


Relatório de Laboratório de Fenômenos de Transportes EME – 412
Prof. Rubenildo Vieira Andrade

Equipe: Grupo 3

Nome: Julia Aparecida Silva Matrícula: 2020022573

Larissa Tofanello Cardozo Matrícula: 2020029672

Laura de Souza Barbosa Matrícula: 2020025092

Maria Eduarda da Silva Souza Matrícula: 2020028218

Turma: 01

Data: 13/05 - 27/05

Assunto: Medidas de Pressão

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1 – OBJETIVOS

O objetivo do relatório é realizar medidas de pressão, identificar suas


propriedades e características, apresentar os equipamentos utilizados para a
determinação desta grandeza e suas respectivas funções.

2 – INTRODUÇÃO

Pressão é uma grandeza física que mede uma força aplicada em uma
superfície. Por se tratar de uma grandeza escalar podemos escrever sua fórmula como
a razão entre Força e Área (Eq. 1). No Sistema Internacional, sua unidade de medida é
N/m2 = Pa, mas também é comum encontrarmos outras unidades, como: bar, kgf/cm2,
kPa, MPa.

𝐹
𝑃 = 𝐴
(Eq. 1)

Pressão atmosférica, absoluta e manométrica são os tipos de pressão que podemos


encontrar. A pressão absoluta é relativa à pressão zero, ou seja, a pressão de
referência é o vácuo ideal. Podemos notá-la como Pabs. A pressão manométrica é
definida como a diferença entre uma pressão absoluta e a pressão atmosférica. E por
último temos a pressão atmosférica, que é a força exercida pelos gases atmosféricos
sobre a superfície do planeta, por esse motivo ela é medida ao nível do mar e
apresenta um valor de 1 atm ou 750mmHg. Na figura 1 abaixo podemos ver como
essas pressões se comportam no ambiente.

FIGURA 1 - Representação gráfica das pressões relativas e absolutas

Fonte: Presys Instrumentos1, 2019

Existem dois tipos de equipamento para a medição da pressão. O primeiro a


ser citado é o barômetro, utilizado para aferir a pressão atmosférica. Entre os
barômetros mais conhecidos estão o digital, o de mercúrio e o aneróide.

O barômetro de mercúrio (figura 2), é o mais preciso de todos e foi inventado


em 1643 por Torricelli. Seu funcionamento consiste em um tubo de vidro fechado em
uma das extremidades e preenchido com mercúrio. A extremidade aberta é invertida
num recipiente até que o peso da coluna de ar se iguale ao peso do mercúrio. Este
comprimento da coluna do mercúrio é que nos dá a medida da pressão atmosférica.

O barômetro aneróide (figura 3) consiste em uma câmera de metal


parcialmente evacuada com uma mola no seu interior. Esta câmera se comprime
quando a pressão cresce e se expande quando a pressão diminui. São a partir desses
movimentos que o ponteiro mostra a medida de pressão.
FIGURA 2 - funcionamento do barômetro de mercúrio

Fonte: Física UFPR2

FIGURA 3 - Barômetro aneróide

Fonte: Física UFPR2

Outro tipo de equipamento para medida de pressão são os manômetros. Estes


são utilizados para determinar pressão relativa, efetiva ou manométrica. Eles podem
ser do tipo coluna de líquido (piezométrico; Manômetro em U; Manômetros inclinados)
ou elásticos (Tipo bourdon; diafragma, fole e cápsula). Os manômetros de coluna de
líquido não são indicados para leituras muito altas.

O tubo piezométrico (figura 4) é o mais simples de todos os equipamentos


manométricos, por isso, o fluído presente sempre deve ser líquido, porém não deixa de
ser preciso. Este é constituído de um tubo transparente reto onde a pressão é medida
através da coluna do fluido. O próximo é do tipo de líquido em U (figura 4), a vantagem
desse tipo de manômetro é que o fluido manométrico pode ser diferente do fluido
contido no recipiente do qual se deseja medir a pressão. Por fim, os manômetros de
tubo inclinado (figura 4) são utilizados para medir pequenas variações de pressões.

FIGURA 4 - Tubo piezométrico, Manômetro tipo tubo em U,Manômetro tipo tubo inclinado
respectivamente

Fonte: Munson, 2004

O manômetro de tubo de bourdon (figura 5) é o aparelho de medição mecânica


mais utilizado. Este pode apresentar formatos diferentes, sendo eles: espiral, hélice e o
tubo em “C”. O tubo em espiral é indicado para baixas pressões, e o modelo em hélice
e em “C” são mais indicados a altas pressões. Já o manômetro com diafragma (figura
5) apresenta as mesmas funcionalidades para a determinação da pressão, porém este
é mais vantajoso pois apresenta um alto ajuste e maior resistência a vibrações. O
manômetro capsular (figura 5) também é composto por um mecanismo de ponteiro e é
ideal para meios gasosos e de baixa pressão.

FIGURA 6 - tubo de bourdon, manômetro com diafragma, manômetro capsular


respectivamente

Fonte: dtanimoto, 2020


3 – MATERIAIS E MÉTODOS (20%):

3.1 – Materiais Utilizados no Experimento:


Os materiais utilizados no experimento foram:
● Um indicador de Pressão Portátil da marca Druck, série DPI 705, que utiliza como
medida kPa;
● Uma seringa de 20ml.

3.2 – Procedimento Adotado no Experimento:


Inicialmente a seringa foi conectada em um indicador de pressão portátil (manômetro), logo
após o êmbolo foi pressionado a fim de medir a pressão do ar dentro da mesma. O manômetro foi
ajustado de forma que na marca de 20 ml na seringa, a pressão fosse 0. Ao todo foram realizados três
testes iguais que representam claramente as pressões a cada 1ml, partindo da marca de 20ml até 15ml.
Os testes utilizados para representação da Lei de Boyle, que diz que a pressão e o volume são
grandezas inversamente proporcionais desde que a temperatura seja constante em um sistema fechado.
Como representa a fórmula (1):

𝑃1.𝑉1 𝑃2.𝑉2
𝑇1
= 𝑇2

Através dos testes foram obtidos os seguintes valores:

Para melhor visualização dos valores obtidos nos testes, foi feito um gráfico PxV como está
representado a seguir.
Através do gráfico é possível ver nitidamente que a pressão diminui à medida que o volume
aumenta, provando desta forma a lei de Boyle. Através do gráfico também é possível observar que os
três testes realizados possuem poucas diferenças entre eles.

3.3 – Desenvolvimento físico e matemático:


A partir dos dados obtidos anteriormente, foi possível passar os valores de pressão
manométrica coletada para pressão absoluta através da seguinte maneira: P manométrica (kPa) + P Barométrica ,
obtendo a seguinte tabela.

Tabela - Pressão Manométrica


Em seguida, temos a conversão da unidade de medida do Volume de (ml) para m3 , como
representado a seguir

Tabela - Conversão de Unidade


Para realizarmos de maneira mais precisa o cálculo da constante P x V, determinamos os valores
médios das pressões de cada volume obtido no experimento.

Tabela - Média das Pressões

Por fim, para afirmar de forma clara a lei Boyle, a constante P x V é calculada para trazer a prática
a teoria de que, volume e pressão são grande inversamente proporcionais.

Tabela - Constante V x P (prova da lei de Boyle)

Para facilitar visualmente os resultados obtidos pelo experimento e seu desenvolvimento


matemático, foram traçados os seguintes gráficos pelo programa SciDAVis.

Gráfico - Pressão absoluta x Volume


Gráfico - Pressão absoluta x (1/V)

5 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS


O gráfico de PxV e a tabela “Teste da Lei de Boyle” evidenciam a proporcionalidade inversa entre
pressão e volume(quanto menores os volumes, maiores são os valores da pressão) e que entre as
medidas de pressão obtidas dos testes possuem diferença mínima entre si, o que garante valores mais
corretos para a continuidade dos cálculos e conversões.

No gráfico de Pressão Absoluta foram usados o volume,com a conversão de unidade de medida (ml para
m3) e a pressão absoluta, calculada pela soma da pressão manométrica(kPa) com a pressão
barométrica. Pode ser observado que através dos pontos obtidos a Lei de Boyle é confirmada, quanto
menor a pressão maior é o volume , desse modo sendo inversamente proporcionais.

No último gráfico, Pressãox(1/V), a veracidade da Lei de Boyle é confirmada novamente, pois a pressão e
o inverso do volume(1/V) crescem.

6 – CONCLUSÃO

Com a observação e obtenção dos dados foi possível estruturar gráficos e tabelas que continham os
dados de pressão(nas unidades de medida kPa e m3kPa) e de volume(nas unidades de medida ml em3).
Devido a proximidade dos valores de pressão tem se uma maior certeza dos valores utilizados nas
tabelas e nas conversões.

A partir da análise dos resultados, pôde ser exemplificada e provada a Lei de Boyle,onde a pressão e o
volume são inversamente proporcionais, desde que a temperatura seja constante em um sistema
fechado.Os gráficos e tabelas foram a maneira na qual se provou matematicamente essa inversibilidade.

Referências Bibliográficas

● A Grandeza Pressão | O que é Pressão, e quais os tipos | Notas Técnicas. Disponível em:
<http://www.presys.com.br/blog/a-grandeza-pressao/#:~:text=A%20press%C3%A3o%20absoluta
%20%C3%A9%20obtida,ao%20valor%20da%20press%C3%A3o%20atmosf%C3%A9rica.&text=
Quando%20se%20fala%20em%20press%C3%A3o,sejam%20maiores%20do%20que%20aquel
a.>. Acesso em: 25 maio. 2021.
● ‌MODELO UNITECS. Disponível em:
<http://www.fem.unicamp.br/~instrumentacao/medidoresdepressao.html>. Acesso em: 25 maio.
2021.
● DTANIMOTO. Como funcionam os manômetros mecânicos? - WIKA blog. Disponível em:
<https://blog.wika.com.br/know-how/como-funcionam-os-manometros-mecanicos/#:~:text=Man%
C3%B4metro%20com%20diafragma&text=A%20press%C3%A3o%20usada%20em%20um,indic

a%20o%20valor%20da%20press%C3%A3o.>. Acesso em: 26 maio. 2021.

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