Você está na página 1de 5

FQE 31/08/2023

PRÁTICA 3 - VERIFICAÇÃO DA LEI DE BOYLE


Objetivo
Determinar experimentalmente a relação entre a pressão e o volume de uma
amostra de ar à temperatura constante.

Introdução

As primeiras medidas quantitativas do


comportamento da pressão dos gases em
função da variação do volume foram feitas por
Robert Boyle, em 1662, e por Edmé Mariotte, em
1676.
Seus resultados indicavam que o volume é inversamente proporcional à pressão:

𝑉= (1)

onde p é a pressão [atm], V é o volume [L] e 𝐾 é uma constante [L atm].


A lei de Boyle pode ser escrita como
𝑝 𝑉 =𝑝 𝑉 =𝐾 (2)
onde 𝐾 é uma constante, e se aplica apenas a uma massa fixa (ou número de moles
constante) de gás a temperatura constante. A lei é válida para gases, cujo
comportamento se aproxima da idealidade.
A figura 1 mostra a como V varia em função de p a uma dada temperatura (isoterma).

Figura 1: Volume em função da pressão (T = 25°C).

1
FQE 31/08/2023

Responda antes da prática:


a) Que é um gás ideal?
b) Como são as partículas de um gás ideal?
c) Como são as interações entre as partículas de um gás ideal?

Esquema Experimental

Na experiência no laboratório, será usado o sistema apresentado na figura 2, onde

o manômetro será um tubo em U cheio com um líquido pouco volátil, tal como Hg.
Se uma boca do tubo for aberta, a pressão p da amostra gasosa se equilibra com a soma
das pressões exercidas pela coluna do líquido, que é igual a 𝜌𝑔ℎ, mais a pressão externa,
𝑝 , ou seja:
𝑝= 𝑝 + 𝜌𝑔ℎ (3)

onde 𝜌 é a densidade do líquido, 𝑔 é a aceleração da gravidade e ℎ é a altura do líquido


no tubo em U.
Nota: neste caso, 𝑝 =𝑝 .

Figura 3: Esquema da montagem experimental


para a verificação da lei de Boyle (manômetro
aberto).

2
FQE 31/08/2023

Material
01 Seringa de 20,0 mL
01 Suporte universal com garras metálicas
01 Manômetro

Procedimento
Parte A: Montagem Experimental
a) Monte o sistema de acordo com a figura 3a: coloque o embolo de tal maneira
que a diferencia de altura das ramas de Hg seja zero. Neste caso,
𝒑 = 𝒑𝒂𝒕𝒎

a) b)

Figura 3: medição de pressões com o manômetro. a) As ramas tem a mesma altura, h


=0. b) O êmbolo da seringa exerce uma pressão que desnivela as ramas, h0.

b) Quando se comprime o êmbolo da seringa, as ramas se deslocam e produzem


uma separação, que corresponde a ℎ como se vê na figura 3b:
𝒑 = 𝒑𝒂𝒕𝒎 + 𝝆𝒈𝒉

3
FQE 31/08/2023

Parte B: Coleta dos dados


1. Movimente o êmbolo e verifique o comportamento da pressão, de acordo com a
figura 4. O zero estaria em 20 mL.

Figura 4: Medição dos


volumes com a seringa.

2. Colete os valores de pressão a cada 1 mL (lembrando que 1 mL é igual 1 cm3);


3. Repita o item 2 faça as anotações correspondentes até o êmbolo completar todo o
percurso, ou seja, tentar chegar à leitura de zero mL (sempre cuidando de não
expulsar o Hg do tubo).
4. Repita todo o procedimento para que seja possível a obtenção de valores médios (ao
menos, duas medições por pontos).
5. Os dados serão escritos numa tabela da forma
Altura, h (cm) Pressão, p (atm) 1/p (atm-1) V (L) pV (atm L)

Dados:
(Hg) = 13,6 g/cm3
𝑔= 9,81 m/s2
R = 0,082 L atm mol-1 K-1
T(K) = T(°C)+273,15 K

4
FQE 31/08/2023

Tratamento dos dados


1. Represente em papel milimetrado ou faça um gráfico em um programa de
computador com os valores médios obtidos na tabela 1 (V x p).
2. Represente em papel milimetrado ou faça um gráfico em um programa de
computador com os valores médios obtidos na tabela 1 (V x 1/p).
3. Represente em papel milimetrado ou faça um gráfico em um programa de
computador com os valores médios obtidos na tabela 1 (pV x p).

Gráficas em papel milimetrado (videos em youtube):


https://www.youtube.com/watch?v=0Hiufg3fIHU
https://www.youtube.com/watch?v=zJ8lWj5I0dk

Você também pode gostar