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mundo de um ponto de vista bem delimitado e intenso, que é afinal
seu modo pictórico de ver, e a esse modo ele reduz
inevitavelmente o caos ili initado da realidade visual.
Temos aí, portanto, equações sucessivas: arte figurativa - estilo figura
tivo = visão figurativa.
Para uma melhor compreensão, podemos extrair - do decurso da
arte - alguns elementos tão afins em obras diversas e distantes a
ponto de cons tituir uma série dos modos de visão pictórica - em
suma, dos diferentes estilos. Vejamo-los, a propósito, na Pintura.
Como criador máximo da linha funcional, vocês podem lembrar o
nome de Antonio Pollaiolo e se remeter às análises específicas que
apresento de algumas obras suas (p. 63); como insuperável artista
floral, não esqueçam Simone Martini e estudem comigo o seu tríptico
dos Uffizi de Florença, com a Anunciação e dois santos (p. 42);
considerem, por fim, a possibilidade de fruir nas mesmas bases
expressivas os artistas chineses e japoneses que foram floralistas
supremos, e por muitos séculos.
ESTILO PLÁSTICO
ESTILO LINEAR
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Não mais exprimir o mundo visual por meio das vibrações enérgicas
ou brandas da linha funcional ou floral, e sim exprimir simplesmente a
con vicção plástica corpórea das coisas; não há senão um meio - a
luz, que, espargindo-se sobre as coisas representadas a partir de
uma determinada fonte e com uma certa intensidade, elimina todos os
desvios analíticos da luz real que, deslocando-se, joga eternamente
com as coisas, e, em vez disso, recortando-as em massas
claramente distintas graças a jorros de luz e vór tices de sombra,
acentua o seu relevo. Essa acentuação constante da forma e da
corporeidade dos objetos é justamente o que confere valor
estilístico à visão plástica. Uma outra coisa, porém, é necessária
para conferir valor absoluto a essa tendência artística: uma escolha,
uma representação das próprias coisas que não se oponha à
intenção simplificadora do claro escuro. Daí a concepção de corpos
sólidos, maciços, pesados, robustos, certos do lugar a ocupar no
espaço, despidos de particularidades, capazes de tornar mais fácil e
cabal a intenção construtiva do claro-escuro. Como exemplificação
desse estilo, lembrem Masaccio no Adão e Eva da capela Brancacci,
em Santa Maria del Carmine de Florença (cf. p. 49).
É um modo de visão pelo qual o artista figurativo exprimne toda a
realidade visual sob a forma de linhas e contornos. Vocês entendem
quão longe do realismo se encontra um artista que elimina do
complexo das aparências tudo o que não se pode exprimir
sinteticamente por intermédio de linhas.
Quando quer, por exemplo, exprimir o conjunto articulado dos
nervos de utn corpo por meio do puro contorno, o artista imprime
uma vibração ondulada à linha marginal de maneira a sintetizar o
impulso e o desloca mento da matéria física incluída dentro do
contorno, matéria esta que ele não representa e, no entanto, exprime
por meio de uma outra coisa: a linha. A esta, quando tem como
finalidade, como nesse caso, exaltar a energia vibrante do corpo,
pode-se denominar linha funcional.
Muitas vezes, porém, a partir do desenrolar e entrelaçar das
linhas fun cionais formam-se ritmos, correspondências de
ondulações que, gradual mente acentuadas pelo artista, vêm a
formar puros arabescos decorativos em que o antigo valor vital
orgânico é, não abolido, mas reduzido a uma ondulação quase
involuntária, como um caule recurvado pelo vento ou uma alga levada
pela corrente; e a essa nova espécie de linha pode-se bem chamar
linha floral.
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Falei da pintura, mas muito do que foi dito pode valer
também para a Escul tura, de modo que o discurso a seu
respeito será mais breve.
As relações entre a escultura e a pintura são, de fato,
mais próximas do que pode parecer à primeira vista.
Pensem que nem sequer a diferença a que o
pensamento convencional recorre, a saber, em
princípio, a falta do auxílio da cor na escultura, é
uma diferença constante, visto que eu poderia lhes citar
inúmeros exemplos de escultura policromática e nem por
isso menos artística. A cor, em suma, quando
empregada na escultura, deve ter, tal como na pintura,
uma função não de realismo ou de imitação, mas de
síntese: uma distribuição de alguns tons extensos para
realçar o valor das massas escul turais. Assim ocorre na
escultura grega, na egípcia e nas melhores cerâmi cas do
Renascimento, idealizadas por Luca della Robbia.
Quando a cor está totalmente ausente da obra escultural,
o senso da matéria escultural vem então a substituir o da
matéria pictórica, expresso pelo tecido colorista; matéria
escultural e matéria pictórica formam, por assim dizer, o
tecido atômico substancial das duas artes, dotando as
respectivas criações como que de uma respiração
particular mais ou menos superficial, mais ou menos
profunda.
Outro elo de ligação entre as duas artes é constituído pelo
baixo-relevo.
O baixo-relevo. Gostaria que vocês recordasser algo do
que foi dito a esse respeito: uma representação extraída
de um plano de mármore e cuja tendência estilística é
justamente afirmar sua espontânea dependência e su
bordinação ao próprio plano. Tudo deve se remeter a esse
plano; nada deve penetrar demais no interior, nada deve
ressaltar demais em nossa direção. Lembro de ter
comparado o baixo-relevo a um sendeiro muito estreito
num rochedo à beira de um precipício, por onde os
alpinistas acadêmicos passam rigidamente encostados e
colados à parede rochosa: pernas de lado, busto de
frente, cabeça de lado. E é justamente assim que andam
os egípcios nas pare des dos seus imortais
baixos-relevos; quase nem se destacam, sob pena de cair
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Como exemplos clássicos dessa subordinação à tendência
estática ou. arquitetônica da estatuária destacam-se os maiores
exemplos da estatuária egipcia, da estatuária dórica - herdeira do
estilo egípcio na Grécia - e na escultura italiana as obras de
Arnolfo di Cambio, alguns altos-relevos do campanário de
Giotto; mais tarde, Adão e outras esculturas do veronês
Antonio Rizzo e de Francesco Laurana; enfim, do próprio
Michelangelo, o Escravo do Louvre, a sua obra-prima absoluta.
A ARQUITETURA
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A compreensão dessa subordinação da escultura a formas cada
vez mais simples, estáticas, regulares deve tê-los preparado bem
para entender algu mas palavras sobre a arquitetura.
Se a pintura, dirão vocês com ar experiente, é vista sobre uma
tela, se uma escultura pode ser revirada por todos os lados, se
na arquitetura, por fim, pode mos passear, morar e caminhar, isso
significa que da arte voltamos para a vida!
Responderei então: pior para vocês se voltaram! Acreditem no
que digo: vocês também devem isolar a arquitetura para fruí-la
como arte pura. Não nego que vê-la mesclada à prática da vida e
a todo o nosso cotidiano pode fa cilmente gerar confusões
mentais; mesmo assim, temos de chegar à clareza!
Vejamos, pois, se os mesmos princípios não valem também para
essa arte, e se a sua aparente praticidade não pode ser talvez
uma máscara de profundo valor estético absoluto.
Na arquitetura, podemos apontar duas tendências essenciais: a
tendência estática (de volume) e a tendência dinâmica (plástica e
linear). Essas duas tendências construtivas ora se interpenetram
e agem em conjunto, ora se afirmam separadamente.
No estilo estático domina a sensação de massa e peso. Para que
ela se produza claramente em nós, é necessário que a
estaticidade da massa seja expressa pela regularização da sua
forma.
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