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tes biológicos.

Os desinfetantes podem ser corrosivos,


inflamáveis, tóxicos ou carcinogênicos. Considerando
suas características, depois da seleção do desinfetante
mais bem indicado ao uso necessário, avaliar os riscos
envolvidos na utilização do desinfetante químico e ado-
tar medidas de controle.

4.7 Seleção, treinamento e


motivação pessoal

A captação de mão de obra é um desafio cons-


tante para as empresas. Por captação entenda-se en-
contrar no mercado de trabalho mão de obra especia-
lizada, com conhecimentos técnicos específicos para o
cargo a ser preenchido.
Outros aspectos importantes aliados à especializa-
ção são o grau de aceitação do trabalho em equipe, a
distinção da importância da disciplina e aplicação das
normas e diretrizes da empresa, comprometimento
com a segurança individual e do grupo e com o cresci-
mento da organização em geral.
As empresas bem estruturadas mantêm profissio-
nais de Recursos Humanos apoiados por políticas bem
definidas de contratação de mão de obra com salários
atraentes acrescidos de pacotes de benefícios atrativos.
Não basta, contudo,o profissional demonstrar talento
nas habilidades do seu campo de atuação, se não houver
desenvoltura e comprometimento com as políticas de
segurança, imagem da organização, políticas sociais e
meio ambiente.
137
Na busca do profissional que preencha estes requi-
sitos, a Segurança do Trabalho tem fundamental impor-
tância numa empresa. Para o estabelecimento de diag-
nóstico empresarial relativo à Segurança do Trabalho,
devem ser incorporados recursos como aplicação de
técnicas de Análises de Riscos, estudos de casos, utilizar
acidentes ou incidentes, como “cases” a serem investi-
gados e estudados, buscando as causas raízes para elimi-
nação de ocorrência de eventos semelhantes. Os resul-
tados obtidos devem fornecer informações suficientes
que propiciem treinamento e capacitação de mão de
obra, baseados em sistemas de melhoria contínua, or-
dens de serviços fundamentadas e testadas na prática.
Uma possível estratégia para a obtenção do diag-
nóstico é a realização de levantamento de dados com
grupos de colaboradores, para a identificação das ne-
cessidades de aprendizagem e desenvolvimento pro-
fissional que podem ser supridas por meio de cursos,
palestras, treinamentos com foco na capacitação profis-
sional ou aprimoramento educacional através de bolsas
de estudos e estágios.
Cumprindo o objetivo de ser a Segurança do Tra-
balho prática constante na empresa, adotada por todos,
independentemente de sua função ou nível hierárqui-
co na estrutura organizacional, a Integração de Novos
Colaboradores causa impacto positivo no funcionário
recém contratado.
Após a admissão, o novo colaborador deve ser in-
tegrado à equipe através de programas de inserção no
grupo que ofereçam informações sobre a empresa, sua
138
importância no cenário nacional e internacional, produ-
tos e serviços produzidos, sua estrutura organizacional,
o funcionamento do setor onde irá atuar sendo apre-
sentado, inclusive, o fluxograma das tarefas que devem
ser executadas, apresentação dos prédios ou ambientes
de trabalho que compõem a empresa com identificação
de áreas destinadas a refeitório, vestiários, sanitários,
departamento de Recursos Humanos e outros setores
os quais o funcionário deverá conhecer, além da apre-
sentação detalhada do setor onde o trabalhador de-
senvolverá sua atividade profissional. Além disso, por
ocasião da Integração de Novos Colaboradores, devem
ser apresentadas as políticas existentes na empresa, sua
Missão e Visão, Programas de Segurança do Trabalho,
Certificações obtidas, Planos de Emergência e de Con-
tingência, se houver, e demais programas ou medidas
relacionados à Segurança que contribuam e garantem a
promoção da saúde e segurança do trabalhador e pre-
vinam acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais.
Outro aspecto importante reside na fase em que
o colaborador está recém contratado. Dependendo da
atividade a ser desenvolvida, o mesmo deverá ser mo-
nitorado e acompanhado por profissional experiente e
comprometido com a política de segurança da empresa,
até que possa ser considerado apto para atuar de forma
autônoma. Esta medida possibilitará que o trabalhador
conheça todas as políticas, exigências e medidas de con-
trole adotadas pela empresa.
Todas estas iniciativas agregam ganho adicional ao
novo colaborador, que se sentirá incentivado a desenvol-
139
ver atitudes comprometidas com a filosofia da empresa.
Quanto às questões comportamentais, psicólogos
analisam a atitude do indivíduo, pois esta relaciona-se
ao seu comportamento, que é considerado como con-
junto de ações ou reações da pessoa ao ambiente no
qual está inserido.
Se o trabalhador transgredir voluntariamente uma
norma existente e aceita, diz-se que trata-se de falha
consciente. Se a norma transgredida for relativa à se-
gurança do trabalho, certamente esta pessoa estará ex-
posta a riscos diferentes ou maiores que se estivesse
cumprindo as exigências de segurança já estabelecidas.
As falhas conscientes devem ser tratadas de modo a
valorizar o comportamento seguro. Algumas orientações
podem contribuir favoravelmente à adoção do compor-
tamento seguro, como: que as ações práticas demonstrem
o conteúdo existente no discurso, que os padrões a serem
adotados sejam viáveis e possam ser demonstrados, que
sejam definidas as responsabilidades dos vários envolvi-
dos na realização de uma determinada tarefa, projetos
de máquinas, equipamentos, ocupação de ambientes de
trabalho que eliminem o comportamento não seguro,
entre outros. Como recurso adicional, o reconhecimento
do comportamento seguro por parte do superior hierár-
quico pode contribuir para a adoção do comportamento
seguro permanentemente.
Para Geller (2001), psicólogo americano, autor de
livros relacionados à Psicologia do Trabalho,as mudan-
ças comportamentais exigem intervenções que compo-
nham um plano de ação integrado. O plano deve ser
140
composto por etapas de observação do comportamen-
to, feedback ao trabalhador de modo que este sinta-se
confortável diante desta prática, avaliação dos fatores
ambientais que possam interferir no comportamento
do indivíduo, recompensas como elemento ativador de
comportamento seguro e maior interação com o indi-
víduo ou grupo, para que estes venham a validar pro-
cedimentos de segurança, melhorar sua aceitabilidade,
eficiência e eficácia.
O profissional da Segurança do Trabalho deve ter
sempre em mente que as ações, medidas de controle e
procedimentos serão sempre desenvolvidos para garan-
tir a integridade do trabalhador, que é um ser holístico.

4.8 Produtividade

Qualquer atividade econômica num regime capita-


lista de produção de bens e serviços tem como objetivo
a obtenção de dividendos na forma de receita e lucro.
A interrupção do processo produtivo de forma
involuntária, em virtude da ocorrência de acidentes, in-
cidentes, desastres pode comprometer a existência de
uma empresa, quer na forma de passivos trabalhistas,
ambientais, sociais e de imagem da empresa.
A Engenharia de Segurança desempenha papel
estratégico ao adotar medidas de controle que man-
tenham a estabilidade e a coerência da produtividade
de forma responsável e sustentável. As atribuições do
Engenheiro de Segurança do Trabalho, estabelecidas
141
pela Resolução n.° 437, de 27 de novembro de 1999,
demonstram como o cumprimento de suas atribuições
garante a produtividade nas empresas dos mais varia-
dos ramos de atividade, além de atender às exigências
legais. A prevenção de riscos nas atividades de trabalho,
visando preservar a saúde e integridade do trabalhador
e a proteção do trabalhador, no que diz respeito à segu-
rança do trabalho, considerando, inclusive, a higiene do
trabalho traduz em linhas gerais a responsabilidade do
Engenheiro de Segurança. O cumprimento de suas atri-
buições vai resultar em medidas de controle que, preve-
nindo acidentes, contribuirão para o funcionamento da
empresa cumprindo as metas de produção, desempe-
nho, contratos.

4.9 controle de perdas

A investigação para que sejam identificadas as cau-


sas de um determinado acidente acabam mostrando
que, muito frequentemente, as perdas produzidas por
acidente são resultado de uma sequência de causas e
efeitos, produzindo tanto danos materiais, como às pes-
soas e ao porcesso produtivo.
Entre os vários estudos desenvolvidos no campo
da segurança do trabalho, vamos abordar a teoria de
Heinrich. Esta teoria, formulada em 1930 pelo enge-
nheiro americano H.W. Heinrich, definiu que o acidente
e, consequentemente, a lesão são causados por algum
acontecimento anterior ao acidente e envolvendo o ho-
142
mem. Assim, sua teoria afirma que todo acidente é cau-
sado, nunca acontecendo por acaso. A teoria apresenta
o não preparo do homem para o desenvolvimento de
sua atividade de trabalho que, ao cometer atos insegu-
ros, provoca o acidente, comprometendo a segurança
do trabalhador. Portanto, os atos inseguros e as con-
dições inseguras constituem o fator principal de causa
dos acidentes.
Para apresentar sua teoria, Heinrich utilizou o re-
curso de atribuir a cinco pedras de domínó a denomi-
nação de cada fator relacionado ao acidente, sendo eles:
a Personalidade, as Falhas Humanas, as Causas do Aci-
dente que são o ato e a condição insegura, o Acidente e
as Lesões. Para os fatores mencionados, Heinrich infe-
riu que a Personalidade corresponde a um conjunto de
características positivas e negativas do trabalhador, de
qualidades e defeitos, que constituem sua personalida-
de, que é formada por reflexos do meio social, do meio
familiar e da contribuição genética. Considerou que as
Falhas Humanas ocorrem em virtude das característi-
cas de personalidade do trabalhador, resultando em aci-
dente do trabalho. Atribuiu as Causas do Acidente ato
inseguro e à condição insegura. Assim, considerou que
o Acidente ocorre em virtude da presença de ato ou
atos inseguros ou de condições inseguras. E, por fim,
demonstrou que as Lesões podem ocorrer como resul-
tado de acidentes, embora existam acidentes sem serem
produzidas lesões.
Voltando à apresentação da Teoria de Heinrich
demonstrada pelas pedras do dominó, esta configu-
143
ra-se da seguinte maneira: tomando as cinco peças e
dispondo-as lado a lado, da esquerda para a direita,
obedecendo-se a ordem Personalidade, Falhas Huma-
nas, Causas do Acidente, Acidente e Lesão, se a pedra
Personalidade cair, derrubará as demais. Neste caso, a
pedra Personalidade cai porque características negati-
vas da personalidade do trabalhador ocasionam Falhas
Humanas, propiciando o Ato Inseguro que, resultando
num Acidente, provoca a ocorrência de Lesões. Este
exemplo demonstra os reflexos de um fator relaciona-
do ao acidente nos demais. Assim, se forem modifica-
dos os fatores relacionados ao acidente, a pedra corres-
pondente a este fator não cai, nem derruba as demais.
Vamos imaginar que sejam implantadas tantas medidas
quanto possível que coíbam o Ato Inseguro, que cor-
responde à terceira pedra. Se o Ato Inseguro não ocor-
re, sua pedra correpondente não cai nem derruba as
demais, ou seja não ocorre o Acidente nem as Lesões.
Se, por algum motivo, o Ato Inseguro ocorrer, como
resultado, teremos a ocorrência do Acidente e conse-
quentes Lesões. Desta forma, agindo num determina-
do fator relacionado ao acidente de modo que este não
se manifeste, sua pedra de dominó correspondente na
sequência não cai, as demais não são derrubadas, e as
consequências dos acidentes não são produzidas.
Subsidiando sua teoria, Heinrich efetuou estudos
que compuseram a obra “Industrial Accident Preven-
tion”, de 1930, na qual foi apresentado o conceito de
acidentes com danos à propriedade. Nestes estudos
foi identificada a seguinte proporção: 1:29:300, que
144
corresponde a uma lesão incapacitante, para 29 lesões
leves para 300 acidentes sem lesão. Esta proporção foi
apresentada em forma de pirâmide, originando a Pirâ-
mide de Heinrich.
Entre 1959 e 1966, os estudos de Heinrich foram
atualizados pelo engenheiro Frank E, Bird Jr. por meio
de análise de acidentes ocorridos na Siderúrgica Lu-
ckens Steel. Foi encontrada a proporção de 1:100:500
que corresponde a uma lesão icapacitante para 100 le-
sões leves para 500 acidentes com danos à propriedade.
Este trabalho foi divulgado na obra “Damage Control”.
Bird ainda ampliou seu estudo analisando acidentes que
ocorreram em outras 297 empresas identificando a pro-
porção de 1:10:30:600, que corresponde a uma lesão
grave ou incapacitante para 10 lesões leves, para 30 aci-
dentes com danos à propriedade para 600 incidentes.
Considerando a proporção apresenta por Bird,
é possível verificar que para uma lesão incapacitante,
ocorreram outros acidentes com menores consequên-
cias ou gravidade, que são os com lesão leve, com danos
à propriedade e os incidentes. Não afirmamos que os
acidentes cujas lesões foram leves ou aqueles que só
apresentaram danos à propriedade não são importantes
ou que não devam ser desconsiderados. Podemos, iden-
tificando suas causas, inferir que outros acidentes da
mesma natureza poderão ocorrer se houver uma com-
binação tal de fatores que contribuam para o acidente.
Como profissionais com a atuação na prevenção
de acidentes, devemos nos dedicar a identificar possíveis
fatores, situações, condições de trabalho que possam re-
145
sultar em acidente. Assim, devemos incorporar alguns
conceitos para melhor entender o Controle de Perdas.

- Considerando o conceito prevencionista de acidente,


este é definido como ocorrência não programada, estra-
nha ao andamento normal do trabalho, que pode resultar
em danos físicos e/ou funcionais, ou morte do trabalha-
dor e/ou danos materiais e econômicos à empresa;
- Condição Potencial de Perda é corresponde às condi-
ções não planejadas que podem, sob determinadas cir-
cunstâncias, provocar acidente, incidente;
- Incidente corresponde ao evento indesejado que pro-
voca perdas materiais e financeiras;
- Quase acidente corresponde a um acontecimento não
desejado que poderia ter resultado em dano pessoal, ao
processo, à propriedade e ao meio ambiente;
- Perda Real equivale ao resultado de um acidente cuja
manifestação pode ser lesão ou morte, danos materiais,
às edificações, às instalações, ao processo produtivo,
por exemplo;
- Perda Potencial corresponde àquela que, dependendo
das condições, poderia resultar em perda real.

Um Programa de Prevenção de Perdas implica em


gerenciamento para garantir a proteção dos recursos
humanos, materiais e financeiros, utilizando a identifi-
cação, avaliação, eliminação, redução ou controle dos
riscos, ou ainda o financiamento dos riscos remanes-
centes. Assim, num Programa de Prevenção de Perdas,
a falta de controle que corresponde à falha administra-
146
tiva, causas básicas que são consideradas as reais cau-
sas da perda em questão e as causas imediatas, aquelas
decorrentes de atos e condições inseguras são fatores
que, se combinados sob determinadas circunstâncias,
provocarão o acidente.
O Programa de Controle de Perdas define os ele-
mentos que podem se relacionar originando as causas
dos incidentes e as consequentes perdas. São eles: as
pessoas, equipamentos, materiais e ambiente de traba-
lho. Estes devem ser estudados para que se conheça a
respeito de cada um, para que sejam criados meios de
inibir sua contribuição para o acidente ou incidente.
Um programa de Controle de Perdas bem estrutu-
rado deve ser previsto com os seguintes itens:
• Comprometimento da Alta Gerência (Diretoria, Acio-
nistas, Gerências);
• Investimentos em projetos de segurança;
• Treinamento para capacitação de mão de obra;
• Investigação e análise de ocorrências;
• Enaltecimento das responsabilidades individuais e do
grupo;
• Manutenção e divulgação de dados estatísticos de
eventos;
• Planos de ações com metas e prazos por ordem de
prioridade;
• Normas e procedimentos escritos e praticáveis;
• Auditorias de Segurança e divulgação de desempenho;
• Implantação de sistema integrado de Segurança, Qua-
lidade, Meio Ambiente e Responsabilidade Social.

147
Exercícios propostos

Nesta etapa, vamos verificar seu aprendizado re-


lativo aos vários tópicos apresentados. Consulte seus
apontamentos, o texto e as normas regulamentadoras
para responder as questões.

1) Um empregado que trabalha numa empresa de presta-


ção de serviços de limpeza em condomínios residenciais
e jardinagem vai direto de sua residência para a contra-
tante para efetuar a limpeza do condomínio que engloba
varrição do hall dos apartamentos, das escadas e gara-
gens. Se ele não se direciona à matriz de sua empresa
diariamente, como poderá conhecer as exigência de se-
gurança do trabalho que deve cumprir?

2) Um restaurante tem em suas instalações prediais


uma câmara de resfriamento e outra de congelamento
para a guarda das matérias-primas utilizadas na con-
fecção dos pratos solicitados pelos clientes. Como as
matérias-primas são guardadas e organizadas apenas
uma vez por semana, quando chegam ao estabeleci-
mento e são retiradas numa única vez, logo de manhã,
para o preparo das refeições, o empregador determi-
nou que um casaco para proteger os trabalhadores
que entram nestas câmaras é suficiente, pois, o servi-
ço, embora realizado por vários funcionários, nunca
ocorre de modo que mais de uma pessoa adentre as
câmaras. Esta solução, visando menor investimento na
aquisição do equipamento de proteção individual, está
148
de acordo com as exigências relacionadas à Segurança
do Trabalho? Justifique sua resposta.

3) A Análise Ergonômica do Trabalho deve realizar a


identificação dos agentes ergonômicos existentes nas
situações de trabalho, documentar o levantamento des-
tas informações e compor documentos registrando-os.
Esta afirmação está em conformidade com o estabele-
cido na NR17. Justifique.

4) Questões comportamentais têm sido frequentemen-


te relacionadas com causas importantes e determinan-
tes na ocorrência de acidentes. Um programa de segu-
rança deve estabelecer mecanismos de controle, tendo
como princípio:
a) Estabelecer com clareza, padrões realistas e demons-
tráveis na prática;
b) Estabelecer prioridades, buscando congruência entre
o discurso e a prática;
c) Estabelecer responsabilidades e consequências ime-
diatas certas e positivas para o comportamento.
d) Projetar equipamentos e instalações que eliminem a
prática de comportamentos não seguros;
e) Todas as medidas anteriores estão corretas.

5) O uso de equipamentos de proteção individual deve


ser considerado, não como a solução definitiva de con-
trole de acidentes e doenças, mas sim como alternativa
adicional e válida na busca de melhores condições de
trabalho, objetivando a proteção do trabalhador e com-
149
plementar aos sistemas de proteção de caráter coletivo.
Com base nesta abordagem, quais etapas de análise de-
vem ser adotadas pelo profissional de segurança para a
seleção e implantação dos EPIs?

150
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, André Luiz Paes de. CLT e Súmulas do
TST Comentadas. São Paulo: Rideel, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉC-


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BRASIL. Secretaria de Inspeção do Trabalho. Manual


de aplicação da Norma Regulamentadora n° 17 — Bra-
sília: MTE, SIT. 2002.

BRASIL. Lei n° 6514, de 22 de dezembro de 1977 —


Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das
Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do
trabalho e dá outras providências.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Portaria


n° 25, de 29 de dezembro de 1994. Aprova o texto da
Norma Regulamentadora n.° 9 (Riscos Ambientais) e
altera as NR 5 e 16.

BRASIL. Portaria MTB n° 3.214, de 8 de junho de 1978


— Aprova as Normas Regulamentadoras — NR — do
Capítulo V, Título II da Consolidação das Leis do Tra-
balho, relativa a Segurança e Medicina do Trabalho.
151
CAIRO JÚNIOR, José. O acidente do trabalho e a res-
ponsabilidade civil do empregador. 6. Ed. – São Paulo:
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lho. São Paulo: Ed. Atlas, 2012.

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TAPREV. Anuário Estatístico da Previdência Social/
Ministério da Previdência Social,Empresa de Tec-
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SAAD, Eduardo Gabriel. Consolidação das Leis do


Trabalho comentada – São Paulo: LTr, 2006.

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editorias/brasil-e-mundo/2012/09/06/acidente-sp-
-duas-pessoas-morrem-em-acidente-em-industria-qui-
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TAVARES, José da Cunha. Noções de prevenção e


controle de perdas em segurança do trabalho. São Pau-
lo: Editora Senac. São Paulo, 1996.

153
Gabarito

Capítulo 1

1) Não, porque o dimensionamento do SESMT é vin-


culado à gradação de risco da atividade principal e ao
número total de empregados no estabelecimento, con-
forme NR4 – item 4.2.

2) São eles: Médico do Trabalho, Engenheiro de Segu-


rança do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho,
Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do
Trabalho.
O dimensionamento do SESMT é vinculado à gradação
de risco da atividade principal e ao número total de em-
pregados no estabelecimento, obedecendo ao disposto
no Quadro II da referida NR, abaixo apresentado.

154
155
3) Cabe à CIPA identificar os riscos do processo de tra-
balho e elaborar o mapa de riscos, com a participação do
maior número de trabalhadores, com assessoria do SES-
MT, onde houver. Esta é uma das atribuições da CIPA.

4) A Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977, que altera


o capítulo V - Da Segurança e da Medicina do Trabalho,
do Título II da CLT e a Portaria n.º 3.214, de 8 de junho
de 1978, que aprova as Normas Regulamentadoras,

5) A empresa deverá designar um responsável pelo


cumprimento dos objetivos da NR5, podendo ser ado-
tados mecanismos de participação dos empregados,
através de negociação coletiva.

Capítulo 2

1) Profissional com graduação em engenharia ou ar-


quitetura com curso de especialização em nível de pós-
-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho.

2) O empregador tem a responsabilidade de apresentar


aos seus empregados os riscos a que estão expostos e
quais medidas de controle são adotadas na empresa. Os
profissionais do SESMT devem reconhecer os riscos
existentes no ambiente de trabalho e propor medidas
para que estes sejam reduzidos ou eliminados.

3) Atendendo exigências de segurança do trabalho são


equipamentos destinados ao exercício da atividade de
156
trabalho. Assim, estes produtos devem apresentar ca-
racterísticas de proteção para que as pessoas que os
manuseiem não se envolvam em acidentes ou desenvol-
vam doenças.

4) Os agentes de risco já estão identificados, ruído e


calor, devendo ser avaliados quantitativamente e, se ti-
verem ultrapassado o nível de ação, medidas de con-
trole devem ser desenvolvidas. Por serem agentes que
compõem os riscos físicos, estes serão incluídos no
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA,
estabelecido pela NR9.

5) Sim, deverão ser desenvolvidas medidas de contro-


le para eliminação do risco ou redução do risco. É de
responsabilidade da empresa identificar os riscos a que
o trabalhador está exposto, desenvolver medidas de
controle para estes e informar aos trabalhadores, tanto
quanto aos riscos como às medidas de controle desen-
volvidas pela empresa.

Capítulo 3

1) Produção:
230 func. X 8 horas/dia x 22 dias/mês x 12 meses= 485.760
Administrativo:
30 func. X 8 horas/dia x 22 dias/mês x 12 meses= 63.360
10 func. X 6 horas/dia x 22 dias/mês x 12 meses= 15.840
Expedição:
30 func. X 8 horas/dia x 22 dias/mês x 12 meses= 63.360
157
Total do ano :
628320 horas-homem de exposição ao risco.

2)
H (1.semestre) = 550 x 8 x 22 x 6 meses=580.800
H (2.semestre) = (550 x 8 x 22 x 6) + 38.000=618.800

Taxa frequência 1.
Semestre = (4 x 1000000) / 580.800 = 6,89
Taxa frequência 2.
Semestre = (4 x 1000000) / 618.800 = 6,46
Não considerar o acidente “atropelamento quando re-
tornava para casa, após expediente”, por ser acidente
de trajeto.

3) Taxa gravidade 1. Semestre:


((30 + 8 + 8 + 30)x 1000000)/ 580.800 = 131
Taxa gravidade 2. Semestre:
((10 + 300 + 14 + 10) x 1000000/ 618.800 = 540
Não considerar os dias perdidos do acidente de trajeto;
considerar 300 dias debitados para amputação da falan-
ge distal do polegar

4) Taxa de freqüência = (8 x 1000000)/ 1199600 = 6,67


Taxa de gravidade = (410 x 1000000)/1199600 = 342

5) Taxa de gravidade =
((10 + 8 + 600) 1000000)/82000 = 7537
158
Capítulo 4

1) Todas as exigências relativas à Segurança do Traba-


lho, conhecer os riscos e saber quais medidas de con-
trole a empresa estabelece são apresentadas ao empre-
gado por orientações, treinamentos promovidos pelo
SESMT ou pelo empregador e pela Ordem de Serviço,
em conformidade com NR1.

2) Não, porque os diferentes funcionários devem ter


cada um seu equipamento de proteção individual, con-
forme NR5.

3) Sim, pois estas etapas comporão a Análise Ergonô-


mica do Trabalho, além do fato que toda orientação
apresentada ao empregador deve ser documentada.

4) Alternativa correta: e

5) As etapas são as seguintes:


• Revisão e análise de tarefas;
• Análises de riscos, Análise de acidentes / incidentes;
• Sistemas coletivos de proteção existentes;
• Eficiência dos sistemas coletivos.

159
Glossário

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ACGIH - American Conference of Governmental In-


dustrial Higyenists

AEPS 2012 - Anuário Estatístico da Previdência Social 2012

AVCB - Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros

CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho

CBS - Cabine de Segurança Biológica

CEE – Comunidade Européia

CID - Classificação Internacional de Doenças

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CIPAMIN – Comissão Interna de Prevenção de Aci-


dentes na Mineração

CIPAT - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes


do Trabalho Rural

CONFEA - Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

160
CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear

CPATP – Comissão de Prevenção de Acidentes no Tra-


balho Portuário

CLT – Consolidação das Leis do Trabalho

EPC – Equipamento de proteção coletiva

EPI – Equipamento de proteção individual

FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produ-


tos Químicos

Fundacentro – Fundação Jorge Duprat e Figueiredo

GSSTB - Grupo de Segurança e Saúde no Trabalho a


Bordo das Embarcações

INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

MSDS - Material Safety Data Sheet

NIOSH - National Institute for Occupational Safety


and Health

NTEP - Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

161
NR – Norma Regulamentadora

OSHA – Occupational Safety and Health Administration

OHSAS - Occupational Health and Safety Assessment


Specification

PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde


Ocupacional

PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos

PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho

SESSTP - Serviço Especializado em Segurança e Saúde


do Trabalhador Portuário

SESTR - Serviço Especializado em Segurança e Saúde


no Trabalho Rural

SIPAT - Semana Interna de Prevenção Acidentes do


Trabalho

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