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MÓDULO I
APRESENTAÇÃO
Caros alunos,
O organismo humano sofre a influência do meio em que habita, onde quer que esteja localizado.
Assim também, quem exerce atividade aérea, irá sofrer a influência deste meio.
Em nossa disciplina iremos conhecer os efeitos deste meio sobre os profissionais que nele atuam e
sobre aqueles que se utilizam deste maravilhoso meio de transporte. Saber que os pioneiros descobriram
estes efeitos na prática e em pesquisas, um longo e produtivo trabalho que hoje possibilita voos confortáveis,
de forma que a maioria das pessoas desconhece inteiramente tais efeitos.
Vamos lá!
1.1 MEDICINA DA AVIAÇÃO
SAÚDE: Segundo a OMS é: Um estado de completo bem estar físico, mental e social e, não apenas
a ausência de doença.
Principais Doenças
A cabeça divide-se em crânio e face, onde estão localizados órgãos importantes, vitais à sobrevivência
humana. Assim, no crânio encontra-se um dos componentes essenciais do sistema nervoso central - O
cérebro.
Dos componentes em conjunto:
Fonte: corpohumanoesuasfuncoes.blogspot.com
No crânio deve ser citado e destacado os seios, que são cavidades cheias de ar e tem contato com
outras cavidades através de orifícios (canais). Na face, os seios maxilares comunicam-se com as fossas nasais.
No crânio, os seios esfenoidal e frontal.
Ouvido Externo: Compreende o pavilhão auricular (orelha) o conduto auditivo externo limitado por
uma membrana vibratória denominada tímpano.
Ouvido Médio: Uma cavidade separada do ouvido externo pelo tímpano e que se comunica com o
exterior através de um canal: a Trompa de Eustáquio, cuja extremidade profunda localiza-se na laringe,
logo abaixo das lojas amigdalianas. No interior do ouvido médio existe ar atmosférico, que vai até a Trompa
de Eustáquio, qualquer obstrução desta trompa, causará alterações na pressão do ar acumulado no ouvido
médio, resultado representado pelas otobaropatias.
Fonte: www.if.ufrj.br
1.4 DESCRIÇÃO SUMÁRIA DO ARCABOUÇO COSTELAR
As costelas que se articulam para trás com a coluna dorsal, reúnem-se na frente com o único osso
esterno, denominado tórax (conjunto) onde se alojam o coração e os pulmões, os grandes vasos (aorta, veia
pulmonar e artéria, veias cavas e grandes linfáticos) e os brônquios.
Nas artérias e veias está o sangue circulante. Em média no adulto, num total de 5 litros. Atentar para
os componentes e sua fisiologia.
Limitando a cavidade torácica em seu extremo inferior, há um músculo denominado diafragma que
separa o tórax do abdômen. É um dos componentes mais importantes da mecânica respiratória.
Fonte: www.youtube.com
ÓRGÃOS INTERNOS
Fonte: www.docelimao.com.br
Aparelho Excretor
Fonte: easypediatrics.blogspot.com
Os rins são duas glândulas de cor vermelha escura, colocadas simetricamente nos lados da coluna
vertebral, na região lombar. Medem 10 cm de largura e pesam cerca de 150 g cada um. O peritônio,
membrana serosa que cobre a superfície interior do abdômen, prende-os fortemente contra a parede
abdominal. A extremidade superior de cada rim é coberta por uma glândula endócrina, a glândula
suprarrenal. O sangue que vai se depurar passa pela artéria renal até os rins e sai pela veia renal, debaixo do
envoltório granuloso formado pelos glóbulos glomérulos de Malpighi. Tais glomérulos são constituídos por
capilares sanguíneos, arteríolas, e envoltos na cápsula de Bowman, que é uma bolsa que continua com o tubo
urífero. Cada rim contém dois milhões destes tubos, agrupados em feixes piramidais, são os que contém a
urina, a qual passa à pélvis renal e daí aos ureteres, que são os condutos excretores do rim que comunica a
pélvis com a bexiga. A bexiga tem um comprimento aproximado de 30 cm e um diâmetro de 5 mm. Nela se
deposita a urina até o momento de sua expulsão ao exterior.
O globo ocular, com cerca de 25 milímetros de diâmetro, é o responsável pela captação da luz
refletida pelos objetos à nossa volta. Essa luz atinge em primeiro lugar nossa córnea, que é um tecido
transparente que cobre nossa íris como o vidro de um relógio. Em seu caminho, a luz agora passa através do
humor aquoso, penetrando no globo ocular pela pupila, atingindo imediatamente o cristalino que funciona
como uma lente de focalização, convergindo então os raios luminosos para um ponto focal sobre a retina.
Na retina, mais de cem milhões de células fotossensíveis transformam a luz em impulsos eletroquímicos, que
são enviados ao cérebro pelo nervo óptico. No cérebro, mais precisamente no córtex visual ocorre o
processamento das imagens recebidas pelos olhos, completando então nossa sensação visual.
O olho humano é um órgão da visão, no qual uma imagem óptica do mundo externo é produzida e
transformada em impulsos nervosos e conduzida ao cérebro.
Ele é formado pelo globo ocular e seus diversos componentes. Basicamente se restringe a uma lente
positiva (convergente) de alto poder refrativo e é formado pela córnea, com +44,00 diop. e o cristalino
com +14,00 diop. num total de +58,00 diop.. Seu comprimento, no sentido anteroposterior, é de 24
mm. Entenda-se que estes dados são básicos e naturalmente variações existem.
Os raios luminosos, paralelos, vindos do infinito, penetram no olho pela pupila, convergem-se (com
o poder dióptrico positivo) encontrando-se na retina, mais precisamente na fóvea central, que é circundada
pela mácula, proporcionando assim visão nítida, o que ocorre com os olhos de visão normal, conhecida
como "emétropes".
Fonte: lookfordiagnosis.com
Ao penetrar na hemácia (glóbulos vermelhos) o gás carbônico reage com a água, produzindo ácido
carbônico, em presença de uma enzima: Anidrase Carbônica. O ácido carbônico dissocia então íons H+ e
íons bicarbonato. O íon bicarbonato sai da hemácia e é transportado pelo plasma até o pulmão, onde ocorre
o processo inverso, formando-se gás carbônico que sai pelos alvéolos.
Pulmões
Fonte: aprovaja.blogspot.com
1.8 CORAÇÃO
Da aorta saem as coronárias, que alimentam o coração. As coronárias são responsáveis pela
alimentação do miocárdio que não pode ficar sem oxigênio. Quando ocorre a falta, este necrosa
(morre).
As batidas são controladas por grupo de
células especiais que se encarregam de energia
eletricamente positiva, perdendo carga e se
polarizando. Quando descarregam estas, nas
fibras do miocárdio, este se contrai, causando a
sístole.
O período de polarização é o tempo
de relaxamento dos átrios e ventrículos.
Ocorre então a diástole.
Fonte: www.not1.com.br
1.9 DESCRIÇÃO DAS PARTES INTERNAS DO CORAÇÃO
Fonte: www.netxplica.com/Verifica/9.circulacao.htm
Circulação
Sangue Venoso - chega pelas veias cavas superior e inferior até o átrio direito, passando para o
ventrículo inferior através de uma válvula. Este sangue é bombeado através de uma segunda contração, para
os pulmões pela artéria pulmonar.
Sangue Arterial - o sangue que chega dos pulmões através da diástole realizada pelo átrio esquerdo
é enviado a este através das veias pulmonares, passando para o ventrículo esquerdo (sangue oxigenado) onde
é realizada a sístole ventricular, onde o sangue é dirigido às várias partes do corpo através da artéria aorta e
suas descendentes.
1.10 ESTUDO SUMÁRIO DO OSSO (PARTE DE FORMAÇÃO)
Apresentação
Fonte: www.sogab.com.br
Existe uma constante mudança na estrutura dos ossos por meio de células de crescimento e células
mortas.
Cavidade Medular: Medula óssea (tecido hematopoiético);
Periósteo: Película de revestimento ósseo.
Epífise: Extremidade do osso
Diáfise: Corpo do osso
1.11 O ESQUELETO HUMANO
Função: Sustentação, Proteção dos Órgãos Internos, Locomoção, Produção de Sangue, Reserva
De Íons (Cálcio).
Fonte: conhecimentoscefar.blogspot.com
Considerações Iniciais
Em todas as fases da história da atividade aérea, ficou provado que na medida em que o ser humano
se afasta da superfície terrestre, vão surgindo condições progressivamente mais adversas à sobrevivência.
Para melhor compreensão dessas adversidades, vamos efetuar um rápido estudo sobre as características
físicas do meio ambiente de trabalho aéreo.
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Características Físicas do Meio Ambiente de Trabalho
Atmosfera (ATM):
A terra está cercada de uma cobertura de vapor d’água e de uma mistura de gases, isto é, a
atmosfera. A atmosfera tem mais de 100 milhas de profundidade, e é na verdade tão parte de nosso
mundo quanto a terra e a água que permanecem na superfície da terra por força da gravidade.
Em sua composição entram:
- Nitrogênio 78%
- Oxigênio 21%
- Dióxido de carbono e gases raros (Argônio, Hélio, Hidrogênio, Xenônio, Vapor D’água,
etc.) 1%
Pressão atmosférica:
A atmosfera exerce uma pressão pelo peso de seus gases sobre a superfície terrestre. A essa pressão
dá-se o nome de pressão atmosférica, que ao nível do mar e sob condições padrão de umidade e temperatura
é representada por uma coluna de 760 mmHg (mercúrio/cm de diâmetro), portanto a pressão atmosférica a
nível do mar é de 760 mmHg.
À medida que se ganha altura há uma progressiva queda da pressão atmosférica, devido a uma
progressiva redução de peso exercido pela atmosfera sobre a superfície da terra. Como a pressão parcial de
cada um dos gases atmosféricos é consequência da pressão atmosfera, à medida que subimos, a pressão
parcial de cada um dos gases se reduz.
Desses gases destaca-se o oxigênio, indispensável à sobrevivência do homem.
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Respiração e circulação do organismo humano.
A capacidade torácica é formada pelas costelas, músculos intercostais pelo osso esterno e,
inferiormente, separando-a da cavidade abdominal, pelo músculo diafragma. O diâmetro da cavidade torácica
é variado pela ação dos elementos citados acima. A média normal de respiração é de 12 a 30 por minuto
sentado (repouso).
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É expirada idêntica quantidade de gás, absorção 500m de ar.
O oxigênio existente no ar atmosférico é necessário na combustão de qualquer combustível
incluindo gasolina e alimentos. Na realidade o corpo usa oxigênio do mesmo modo que a combustão
interna de um motor. Ele se combina com um composto de carbono para produzir energia de movimento.
Dióxido de carbono é expelido como gás inútil.
O corpo obtém seu oxigênio através dos pulmões. Os pulmões funcionam como uma bomba
cilíndrica. A ação é substituída pelos músculos do tórax que levantam as costelas e contraem o diafragma sob
os pulmões.
A inspiração afasta as paredes do tórax e o diafragma dos pulmões e cria uma pressão negativa ou
sucção. A pressão da atmosfera força o ar através da traqueia para inflar os pulmões.
O oxigênio é extraído do ar que sai por milhões de pequenas bolsas especiais chamadas
ALVÉOLOS. Estas pequenas bolsas, formadas por membranas frágeis, são entrelaçadas por uma série
de vasinhos de sangue. A área total desses vasinhos vai de 700 a 800 pés quadrados.
São nessas bolsas de ar que o oxigênio entra na corrente sanguínea e são por elas que sai o dióxido
de carbono. As suas paredes e as paredes dos vasos são tão finas que qualquer diferença de pressão em
qualquer um dos lados forçará o gás a transpassá-la. O sangue está continuamente se movendo pelos
pulmões e a troca de oxigênio e dióxido de carbono leva apenas de 1 a 2 segundos.
Os vasos sanguíneos dos pulmões fazem parte do sistema circulatório, os quais consistem de artéria e
veias responsáveis pela captação e distribuição de oxigênio pulmonar. O oxigênio que entra no sangue é
continuamente carregado numa frota de transportadores eficientes, as hemácias (glóbulos vermelhos).
As hemácias capacitam o sangue a transportar 100 vezes mais oxigênio do que poderia ser dissolvido
em água.
Portanto, observamos que os pulmões servirão como depósito de suprimento para a refinaria de
oxigênio e como descarregador de dióxido de carbono. O sangue é bombeado, como todos sabem,
pelo coração.
O oxigênio é transportado para os tecidos do corpo de onde sai para trabalhar em um laboratório
químico o qual queima alimentos para produzir energia para que o corpo possa trabalhar.
(LEI DE DALTON)
Quando atingimos grandes altitudes, a pressão do ar está muito baixa para fazer com que o oxigênio
penetre na corrente sanguínea. O aeronauta então irá sofrer ANÓXIA, palavra grega que significa sem
oxigênio, caso sua cabine não esteja pressurizada ou não disponha de máscara de pressão. Usa-se então
frequentemente o termo HIPÓXIA (baixa oxigenação) em substituição a anóxia, parecendo-nos que aquele
termo exprime melhor a realidade clínica, que é a de carência de oxigênio e não a ausência total daquele gás.
Essa condição pode causar uma série de problemas ao nosso organismo, dependendo naturalmente do grau
de carência. A insuficiência de oxigenação do sangue é um mal que começa quando a saturação de oxigênio
do sangue arterial cai abaixo de 95% de saturação.
Pode-se medir a pressão atmosférica com um tubo de mercúrio vedando-se e inserindo-se
verticalmente em um recipiente. Isto segue o mesmo princípio do barômetro. Ao nível do mar sob condições
normais, o peso da atmosfera empurra a coluna de mercúrio para a altura de 760 mm Hg. A 18000 pés o
mercúrio sobe apenas cerca de 380 mm Hg, ou seja, a metade.
A 33000 pés, a pressão é de 190 mm, ou seja, ¼ da pressão ao nível do mar. O barômetro do avião é
o ALTÍMETRO. O altímetro é o instrumento que registra a pressão da atmosfera em termos de pés acima
do nível do mar.
O oxigênio percorre o curso dos pulmões para a corrente sanguínea porque está sob pressão maior
no ar do que o sangue e, um gás sempre percorre o curso de uma região de pressão mais alta para uma de
pressão mais baixa.
O ar atmosférico contém apenas 21% de oxigênio, ou seja, apenas 21% dos 760 mm Hg da pressão
atmosférica total é dada pelo oxigênio.
Ao nível do mar a pressão do oxigênio corresponde a 160 mm Hg (21% dos 760mm Hg). Este
fenômeno é chamado de PRESSÃO PARCIAL. As pressões parciais do nitrogênio e dos outros gases
inertes do ar não são importantes contanto que sejam aspirados na mesma quantidade em que são
exalados.
Visto que a pressão do oxigênio é insuficiente para suprir as necessidades sanguíneas do corpo
ao nível do solo, sua pressão diminui na mesma proporção da pressão atmosférica quando seu corpo
sobe para altitudes mais elevadas.
Esta zona vai até 6000 pés, é conhecida como zona de vida normal ou zona de vida de transição onde
o organismo não sofre alterações.
Esta zona situa-se entre 6000 a 12000 pés. Nessa zona entram em funcionamento mecanismos
fisiológicos naturais do organismo, adaptando as necessidades respiratórias determinadas pela diminuição da
pressão parcial do oxigênio. Assim entram em movimentos respiratórios mais profundos ou mais frequentes,
aumenta a frequência do pulso e o rendimento cardiorrespiratório. O baço e a medula óssea lançam no
sangue maior número de glóbulos vermelhos (hemácia). Tudo ainda, dentro de limites perfeitamente normais
e toleráveis para o organismo sadio. Isso explica a série de exames na inspeção de saúde inicial e nas
inspeções periódicas, visando avaliar o estado funcional dos aparelhos respiratório e cardiorrespiratório, se
há obstáculos nas vias superiores, se há anemia, etc.
Situa-se entre 12000 a 24000 pés. Nessa zona todos os mecanismos fisiológicos que haviam sido
solicitados entram em ação e, apesar de darem o máximo, não conseguem manter um nível normal ou
natural para os fenômenos vitais, apresentando o organismo distúrbios nas várias funções, agora com
características anormais, que precedem a queda crítica das funções vitais. Nessa zona é, na maioria das vezes,
necessário o uso de máscara de oxigênio.
Acima de 24000 pés. Somente sendo possível a sobrevivência mediante o uso de respiradores
artificiais ou, como nas aeronaves, por pressurização ambiental.
Na fase de reações compensadas há a compensação pelo aumento do volume respiratório, da
frequência cardíaca, do número de glóbulos vermelhos circulantes.
A hipóxia toma conta do organismo mais rapidamente, quando há anemia (pois faltam glóbulos
vermelhos que são veículos transportadores de oxigênio). Quando há fluxo lento de sangue (quando há
dor, medo, ferimentos ou baixa da pressão arterial). Quando há dificuldade no aproveitamento do
oxigênio pelas células dos tecidos, embora o sangue carregue-se até elas (impregnação por álcool, sulfas ou
outras drogas que bloqueiam o suprimento de oxigênio).
Nos aviões comerciais, onde os tripulantes exercem suas atividades profissionais, há uma
pressurização no interior das cabines e eles trabalham a uma altura correspondente de 6000 a 7000 pés
(enquanto fora da aeronave a altitude alcança 45000 a 50000 pés). A pressurização, portanto, é
suficiente para impedir o surgimento de hipóxia, exceto quando ocorrem falhas na pressurização.
Assim, a hipóxia é uma ocorrência atualmente rara, pois só ocorrerá em graus extremos, nas grandes
emergências por ruptura de uma janela ou porta da aeronave, ou por pane dos compressores.
Entretanto, quando ela se instala devido a despressurizarão súbita da cabine em grandes altitudes,
seus efeitos sobre o organismo humano são lentos e progressivos, iniciando-se com quadro de dor de
cabeça e redução de seus reflexos. Você não pensa claramente, nem vê os mostradores do painel com
nitidez. Instala-se uma incoordenação de seus movimentos. Progressivamente seu estado piora, com os
lábios e dedos tornando-se azulados, batimentos cardíacos acelerados, surgindo certo estado de euforia,
como se tivesse tomado alguns drinques.
A próxima fase é de confusão mental, sonolência e provavelmente morte, caso não seja corrigido
esse defeito de oxigenação. Quanto maior a altitude em que estiver a aeronave, sem que a pressurização seja
corrigida, mais rápida será a morte por hipóxia.
Influência das Variações da Pressão Atmosférica Durante o Voo, Sobre o Organismo Humano
(LEI DE HENRY)
1.14 AEROEMBOLISMO
Na medicina aeroespacial os bends são chamados aeroembolias, e são definidos como a incapacidade
aguda resultante da liberação de bolhas gasosas na corrente circulatória, causada pela redução brusca da
pressão atmosférica. Manifesta-se clinicamente por dor e desconforto nas juntas e nos músculos. A dor que
você sentirá já é por si suficiente para que não possa fazer mais nada, nem se mover livremente. A isto
acrescente a coceira e então, terá bastante o que fazer sem se preocupar com o avião.
Esses sintomas podem se manifestar acima de 30000’ de altitude, em avião não pressurizado e/ou
nas despressurizações súbitas.
(LEI DE BOYLE-MARIOTTE)
Causas Comuns Patológicas que Tornam Difícil cada Equalização dos Ouvidos
Todas as causas que provocam irritação nasal e da faringe, tais como: resfriados, amigdalites, irritação
de garganta e infecção de ouvido, principalmente o médio, dificultam e até tornam impossível a ventilação
do ouvido médio, (devido à obstrução das trompas de Eustáquio).
Embora rotineiramente não se observe a regra de não voar quando se está resfriado, a não ser em
casos extremos, essa é talvez a mais comum das causas de entupimento das trompas e de aerotites em
aeronautas, pela possibilidade de transporte de germes para o ouvido médio durante a equalização das
pressões nas descidas. Predispõe as membranas do tímpano a infecção por irritação crônica das
membranas.
Se o desconforto auditivo persiste por mais de 24 horas, o tripulante deve consultar sem demora
um especialista.
Para finalizar, devemos alertar as tripulações para o fato de que, durante o mecanismo do
sono, o reflexo da deglutição não opera. Por essa razão, é conveniente chamar a atenção dos
comissários para acordar os passageiros durante a descida, a fim de permitir-lhes ventilar o ouvido
das maneiras sugeridas anteriormente.
Podem provocar distensões abdominais e cólicas, que cessam rapidamente com a expulsão dos gases.
Não merecem maiores estudos, pois não causam complicações mais sérias aos tripulantes. Convém enfatizar,
contudo que uma alimentação sadia evita a formação excessiva de gases no aparelho digestivo.
O mesmo princípio da expansão do ar aplica-se aos gases. Desta forma, o ar se dilata, quer esteja
num balão ou dentro do seu corpo.
A 35000’, por exemplo, o gás do seu estômago ocupa um volume cinco vezes maior do que se
estivesse ao nível do mar.
Portanto, o mais lógico a fazer é evitar a ingestão de qualquer coisa que possa aumentar o volume
dos gases, que pela natureza devem existir nos seus interstícios. Nota-se que a expansão geralmente não é
perigosa, a menos que ocorra de maneira excessiva. Geralmente causa dores abdominais, além de uma
grande sensação de desconforto. É uma sensação pouco frequente em aviões pressurizados, tornando-se
mais aparente quando acontece despressurizações súbitas.
Desde o nascimento, o organismo humano funciona num regime de ritmos. Habitua-se e adapta-se à
sucessão dia-noite-dia-noite.
Durante o dia o homem trabalha, relaciona-se, alimenta-se, pratica esportes, estuda, e outras
atividades. À noite, dorme, repousa, recupera-se, para continuar o dia seguinte.
Foi observado que ritmos biológicos que se desenvolvem no decurso das 24 horas (24 horas = 1
NICTÊMERO), são os ritmos Circadianos: A temperatura do corpo, a alimentação urinária, as secreções
das glândulas endócrinas, como a suprarrenal, certas variações do metabolismo, o sono e etc.
Com o advento dos aviões subsônicos, e depois os supersônicos, o homem é capaz de cruzar
rapidamente grandes distâncias.
Entretanto as viagens que afetam o ritmo circadiano são as que cruzam a superfície da terra de leste a
oeste, ou de oeste para leste. As manifestações por parte do organismo ocorrem principalmente quando são
ultrapassados mais de 4 meridianos, isto é, se houver uma diferença de mais de 4 fusos horários. É como se
o indivíduo levasse o relógio fisiológico da cidade que deixou ao iniciar o voo.
Um voo de Los Angeles a Tóquio com a hora do almoço e com a hora de dormir que tinha em Los
Angeles. Em geral, após ultrapassar 4 fusos horários, são necessárias 48 horas para total adaptação às novas
condições de ritmo biológico.
As repercussões se fazem sentir sobre a função digestiva, o sono e sobre o criticismo. Isto
enfraquece o rigor com que o indivíduo seria capaz de desaprovar certos padrões sobre os quais deve opinar,
julgar ou decidir.
Por isso é aconselhável, aos desportistas, aos homens de negócios e aos estadistas, ao cruzarem mais
de 4 fusos horários, não entrarem imediatamente em jogos ou negócios. Devem procurar uma adaptação
num prazo de 24 horas.
Quanto aos aeronautas da aviação comercial, ou buscam uma progressiva adaptação quanto às
refeições e o sono, ou então, se a volta ocorrer nos dois ou três dias imediatos, devem manter habitualmente
o fuso horário de onde vieram ou para o qual, logo depois, retornarão.
Assim, um bom condicionamento físico obtido de práticas desportivas, hábitos alimentares
saudáveis, obediência aos horários de dormir e repouso nos intervalos entre os voos, reduz entre os
tripulantes, a condição que as frequentes variações de fusos horários oferece no
desenvolvimento da fadiga de voo, que quando instalada, traduz-se por decréscimo no desempenho
profissional.
Na aviação comercial, diversos fatores contribuem para a instalação do que se convencionou chamar
de Fadiga Aérea. Entre esses fatores destaca-se a Tensão Antecipada, própria de quem tem de suprir
com eficiência e rapidez falhas de dispositivos automáticos, manobras de decolagem e aterrissagem e muitas
vezes sem visibilidade, atenção às tarefas de bordo, as diferenças de fusos horários com consequentes
alterações do ritmo circadiano, espera nos aeroportos, alimentação irregular, mudanças climáticas, ruídos e
vibrações, baixa umidade do ar, a dívida de sono devido a frequentes inversões do padrão vigília – sono
durante o voo, ausência prolongada do lar e da família, além dos problemas pessoais que o tripulante se
obriga a deixar em terra, cujo somatório leva muitas vezes ao desenvolvimento de fadiga.
A Fadiga Aérea manifesta-se por um mau desempenho profissional, que se expressa por
displicência nas tarefas a serem executadas e faltas frequentes aos compromissos de escala. Simultaneamente,
diversos sintomas clínicos começam a surgir, tais como:
Outras manifestações, como dor no peito, “tics” faciais, perturbações visuais ou auditivas,
emagrecimento sem razão aparente e redução da atividade sexual, também podem estar presentes. Caso o
tripulante não identifique corretamente seus sintomas e não busque de imediato um atendimento
médico especializado, outros sintomas podem surgir e manifestar-se por tremores, agressividade,
sarcasmo, faltas frequentes ao serviço, uso imoderado de fumo e álcool, podem evoluir para quadros
neuróticos em suas variadas apresentações, como fobias, ansiedades, depressões, obsessão-compulsão, etc.,
ou ainda, para as terríveis e muitas vezes irreversíveis dependências físicas psíquicas ao álcool e drogas
lícitas e ilícitas.
A instalação deste quadro repercute de maneira nefasta na atividade do aeronauta, comprometendo o
seu correto desempenho profissional durante o voo e repercutindo na imagem da empresa, diante de seus
passageiros. Repercute ainda de forma preocupante sobre a segurança do voo, pois com o quadro instalado,
todos os conceitos de segurança do qual o tripulante é agente, ficam comprometidos, e é claro, repercute
sobre a saúde individual do tripulante, deteriorando sua relação afetiva, social e trabalhista.
Assim, é fundamental que para evitar a instalação desse quadro, o tripulante respeite suas horas
regularmente de repouso, evite bebidas alcoólicas ou drogas, pratique exercícios físicos e esportes com
frequência e busque uma alimentação saudável.
Aos primeiros sintomas de sua instalação, busque ou recomende a quem você tenha identificado
aqueles sintomas, procurar os centros de sua empresa, pois lá você terá um atendimento médico
especializado que certamente evitará a progressão de seus sintomas e possibilitará sua recuperação para voo.
O ar no interior das aeronaves é mais seco, como meio de proteção aos delicados aparelhos
eletrônicos, atingindo concentração de umidade próxima a 10% em aviões como o 767 e o Dc-10.
A concentração de umidade do ar ambiente está em uma faixa de 30% e 40%. A baixa umidade do ar
ambiente determina, no decurso de algumas horas, perda de água pela respiração, causando ao organismo
desidratação. As mucosas do nariz e da garganta ficam ressequidas. Isto se agrava, nos que tem as mucosas
muito sensíveis e nos alérgicos.
Podem ser utilizados os seguintes recursos para diminuir o sofrimento da mucosa das vias aéreas:
Os sons que percebemos alcançam nossos ouvidos com frequência e intensidade variáveis.
A frequência é medida em ciclos por segundo ou hertz, e a intensidade por decibéis.
Não são todas as vibrações sonoras que o ouvido humano percebe, a faixa de percepção vai de 18
Hz a 12000 Hz. Abaixo de 18 Hz estão os infrassons e acima de 12000 Hz estão os ultrassons que estão
sendo usados em fisioterapia.
A faixa sonora mais utilizada pelo homem está entre 500 Hz a 2000 Hz. Quanto à intensidade dos
sons, num domicílio ou escritório sossegado alcança 40 decibéis. Numa área residencial sossegada, à noite,
60 decibéis. Numa conversação 70 decibéis. Numa cidade com grande tráfego, 90 db. Na cabine técnica
dos jatos modernos, menos de 85 db, no interior da cabine de um quadrimotor a pistão 110 db, no
banco de prova motores, 120 db a 130 db.
A exposição a uma intensidade de 120 db, sem proteção auricular, traz dor no ouvido e, se alcançar
140 db, pode ocorrer ruptura do tímpano.
1.18 MAL DO AR
Náuseas fáceis, palidez frequente, prisão de ventre, instabilidade cardiovascular e hipotensão arterial
são as suas principais manifestações, tendência à salivação abundante, à fadiga fácil, à depressão, às vertigens
e à sonolência, predispõem-se ao aparecimento do mal do ar.
Portadores de distúrbios e afecções do aparelho digestivo, alterações orgânicas ou funcionais do
estômago, intestino, fígado, vesícula biliar, também são mais susceptíveis a essa patologia.
Medidas Preventivas
Aeração suficiente, evitando confinamento, odores, fumaça de cigarro e calor excessivo. Redução ao
mínimo dos ruídos e trepidações. Iluminação suficiente, mas atenuada, inclusive o uso de óculos próprios.
Alimentação pouco abundante, pobre em gordura, rico em açucarados e frutas. Refeições antes dos voos
devem ser leves.
As roupas devem ser leves e não apertadas e nem fechadas, capazes de dificultar os movimentos da
respiração.
Os cintos de segurança, além de contenção a que se destinam, oferecem uma impressão de segurança
e, firmado o abdômen reduzem os deslocamentos das vísceras abdominais, ponto de partida dos reflexos
nervosos de ação vagotônica.
Distrações diversas, como leitura, jogos e conversação que distraia, despertam confiança e acalmam a
área psicológica. Remova o paciente para poltrona localizada junto ao centro da gravidade da aeronave,
onde há menor amplitude dos movimentos, é o melhor lugar para permanência.
A posição melhor é deitada com a cabeça para trás. A pior é com a cabeça inclinada para frente.
Convém evitar os movimentos bruscos ou rápidos com a cabeça.
1. Ao assumir o voo, o perfil psicossomático ideal do tripulante deve ser o do indivíduo que tem a
mente clara e o corpo repousado das atividades aéreas anteriores.
2. Devido à baixa umidade do ar das aeronaves pressurizadas, o tripulante deve fazer uma ingestão
de líquidos abundante durante voos longos, evitando com isso, complicações decorrentes da secura da
mucosa, tais como sangramento nasal, bem como a formação de cálculos renais.
3. Considerando-se que as bebidas alcoólicas inibem a rapidez dos reflexos, a coordenação motora,
deprimindo as funções psíquicas e sensoriais, bem como diminuem a resistência à baixa oxigenação (hipóxia)
das grandes altitudes, deve haver um período mínimo de 24 horas entre o último drinque ingerido e a
decolagem do voo.
4. Evite voar resfriado, gripado, com coriza ou secreção nasal e infecção na garganta, pois se corre o
risco de ser acometido de otite média e suas complicações. Sempre que estiver enquadrado nessa condição,
procure os serviços médicos para a avaliação, antes de iniciar a etapa de voo.
5. Há medicamentos que o aeronavegante, e em particular o piloto, não devem usar durante o voo.
Sempre que necessitar usar qualquer medicamento, consulte o serviço médico, sobre a inconveniência de uso
durante a atividade aérea.
6. Patologias frequentes na população em geral, como diabete e hipertensão arterial, assumem
características especiais na população aeronauta. É fundamental que os portadores dessas doenças sigam
orientação terapêutica dos médicos especializados.
7. O uso de lentes corretoras é possível dentro dos limites mínimos de acuidade visual estabelecidos
pelo CEMAL. O tripulante que necessite usar lentes corretivas deve sempre levar a bordo lentes
sobressalentes, para qualquer dano nas que estiverem em uso.
8. O fumo como todas as suas consequências nocivas à população em geral, assume característica
catastrófica em ambiente fechado como as cabines de um avião.
9. Não repudie o chek-up ou inspeção periódica de saúde. Ao contrário, procure tirar benefícios de
seus resultados. É uma medida que se situa na área mais útil e generosa da medicina: A Medicina
Preventiva.
10. Os ritmos fisiológicos ou circadianos, como o sono, função digestiva, funções psíquicas, etc. são
alterados quando se ultrapassa 4 fusos horários na travessia rápida no sentido Leste-Oeste e vice-versa. Com
isso, todas aquelas funções ficam comprometidas. O ajuste de suas funções aos novos horários decorrentes
das diferenças de fusos horários requer 48 horas de adaptação.
A recomendação mais adequada para tripulantes é manter os seus hábitos nos horários de seu lugar
de origem, para que não necessite se adaptar a sua base.
11. Pratique esportes, repouse e amenize sua dívida de sono nos intervalos de jornada de trabalho,
evite fumar ou beber. Fique longe das drogas lícitas, elas causam dependências físicas e psíquicas. Agindo
assim, você estará reduzindo substancialmente a probabilidade de instalação de fadiga aérea, que pode
incapacitá-lo definitivamente para voo.
1.20 HIPERVENTILAÇÃO
Para que o sistema respiratório funcione bem, é necessário que haja, entre outras coisas, um perfeito
equilíbrio entre o Oxigênio e o Nitrogênio. Quando por qualquer motivo, se instale uma hiperventilação, ou
seja, um aumento na atividade respiratória, que venha a perturbar esse equilíbrio, o sistema respiratório entra
em déficit.
A hiperventilação leva a um enriquecimento de oxigênio e a um empobrecimento dos níveis de
dióxido de carbono na corrente sanguínea. Quando isso acontece, diz-se que se instalou uma Hipocapnia.
A hiperventilação pode acontecer por diversos motivos, mas na aviação, apesar de não ser comum,
ela se instala com maior facilidade, quando acontecem os voos por instrumento, ou uma situação anormal,
quando a aeronave e seus ocupantes correm riscos por conta de uma possível pane.
Sintomas e Sinais:
Conhecer a filosofia da respiração e as causas que podem levar a desencadear esta síndrome.
Tratamento:
1.21 HIPÓXIA
A hipóxia é uma oxigenação deficiente dos tecidos. Tipos:
Hipóxia Anóxica:
Deficiência da oxigenação do sangue nos pulmões.
Ela pode ser causada por diversos motivos, como por exemplo: Obstrução das vias aéreas,
patologias pulmonares.
Hipóxia Hipoxêmica:
É a deficiência de oxigênio, por conta da queda da pressão parcial do oxigênio. A despressurização
pode levar a este tipo de hipóxia.
Hipóxia Anêmica:
Deficiência no transporte de oxigênio pela corrente sanguínea.
Acontece nos casos de hemorragias, intoxicação da hemoglobina por monóxido de carbono.
Hipóxia Histotóxica:
O oxigênio mesmo chegando aos tecidos, não pode ser utilizado. Acontece nos envenenamentos
pelo cianureto, álcool etílico, gás sulfídrico.
Formas combinadas:
Quando existe a associação de diversos tipos de hipóxia, com diferentes causas.
Sinais e sintomas:
Os sinais e sintomas se fazem sentir sobre diversas atividades das pessoas acometidas de hipóxia. É
afetada a visão, tato, audição. O raciocínio fica mais lento. O rigor do julgamento diminui.
Além disso, ela experimenta várias etapas: euforia, belicosidade e agressividade. Diminui o tempo útil
de lucidez.
De acordo com a altitude, esses sintomas podem aparecer com maior ou menor gravidade, pois vai
depender também das condições de saúde da pessoa e das atividades que esteja desempenhando.
Tratamento:
Posição sentada ou semi sentada garante maior conforto respiratório. Ventilação adequada através de
oxigenioterapia.
Combate aos fatores causadores da Hipóxia.
Prevenção:
Na aviação é importante lembrar que o sistema de oxigênio e pressurização garante boa respiração.
1.22 DESPRESSURIZAÇÃO
Sabemos que à medida que subimos, a pressão atmosférica diminui. Logo, para permitir voos em
grandes altitudes, é necessário pressurizar a aeronave.
É como se você estivesse voando em baixas altitudes, em níveis onde a pressão parcial do
oxigênio fosse suficiente para garantir uma boa ventilação e oxigenação dos tecidos.
Assim se consegue voar em grandes altitudes quando a aeronave está pressurizada.
Mas, se em grandes altitudes romper-se uma janela, abrir a porta, enfim, qualquer acontecimento
que venha permitir a saída do ar da cabine de forma brusca, acontece a despressurização.
Tipo:
Diversos fatores vão interferir para este acontecimento ser caracterizado como grave ou não.
Entre eles podemos destacar:
- Tamanho da cabine;
- Diâmetro da saída da pressão;
- Altitude em que esteja voando.
OBS: Os sinais de Hipóxia podem estar presentes, assim como os do Aeroembolismo. Mas isto
não significa que toda despressurização seja sinônimo de aeroembolismo, já que este se instala nas
despressurizações que ocorrem acima de 30000ft.
Numa despressurização, o tempo para agir é muito pequeno. Para se ter uma ideia, nas
despressurizações explosivas, o tempo para efetuar os procedimentos básicos é de apenas 10 segundos.
Vale lembrar também que o deslocamento dentro da aeronave é muito difícil, já que a mesma estará
em grande altitude. Além da intensa neblina que tomará conta do ambiente, dores articulares e abdominais
poderão aparecer por causa da expansão dos gases no interior do organismo.
Leis de Henry – “Em uma mistura gasosa como o ar, a quantidade de gás em solução em
um solvente é diretamente proporcional à pressão parcial do nitrogênio existente no ar atmosférico.”
Leis de Dalton (lei dos gases) – “A pressão total dos gases é igual à soma das pressões parciais
dos componentes.”
Caros alunos,
Chegamos ao final de nossa disciplina. Pudemos ver os inúmeros fatores que podem interferir na
saúde e no desempenho profissional dos aeronautas.
Apesar disso, sabemos que o setor da aviação civil é um dos mais avançados e em constante evolução
de forma a possibilitar voos cada vez mais seguros.
Sabemos também que abraçar a profissão de aeronauta é mais que uma escolha, é uma paixão que
supera todos os entraves.
Sucesso!!
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