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Dossiê Amianto

AMIANTO OU ASBESTO

O amianto ou asbesto é uma fibra mineral natural sedosa que, por suas
propriedades físico-químicas(alta resistência mecânica e às altas temperaturas,
incombustibilidade, boa qualidade isolante, durabilidade, flexibilidade,
indestrutibilidade, resistente ao ataque de ácidos, álcalis e bactérias, facilidade
de ser tecida etc.), abundância na natureza e, principalmente, baixo custo tem
sido largamente utilizado na indústria. É extraído fundamentalmente de rochas
compostas de silicatos hidratados de magnésio, onde apenas de 5 a 10% se
encontram em sua forma fibrosa de interesse comercial.
Os nomes latino e grego, respectivamente, amianto e asbesto, têm relação com
suas principais características físico-químicas, incorruptível e incombustível.
Está presente em abundância na natureza sob duas formas:
serpentinas(amianto branco) e anfibólios(amiantos marrom, azul e outros),
sendo que a primeira - serpentinas- correspondem a mais de 95% de todas as
manifestações geológicas no planeta.
Já foi considerado a seda natural ou o mineral mágico, já que vem sendo
utilizado desde os primórdios da civilização, inicialmente para reforçar
utensílios cerâmicos, conferindo-os propriedades refratárias.

Com o advento da Revolução Industrial no século XIX, o amianto foi a


matéria-prima escolhida para isolar termicamente as máquinas e equipamentos
e foi largamente empregado, atingindo seu apogeu nos esforços das primeiras
e segundas guerras mundiais. Dali para frente, as epidemias de adoecimentos e
vítimas levaram o mundo "moderno" ao conhecimento e reconhecimento de
um dos males industriais do século XX mais estudados em todo o mundo,
passando a ser considerado daí em diante a "poeira assassina".
Os grandes produtores mundiais tentaram por muito tempo atribuir toda a
malignidade desta matéria-prima ao tipo dos anfibólios, menos de 5% de todo
o amianto minerado no mundo, e salvar este negócio lucrativo, atribuindo à
crisotila (amianto branco) propriedades benéficas, tanto do ponto de vista da
saúde, como sua necessidade para as populações de baixa renda no uso de
coberturas e abastecimento de água potável. Hoje a polêmica do bom e mau
amianto já está praticamente superada em todo o mundo, tendo em vista a
vasta literatura médica mundial existente e fruto da produção acadêmica de
todo um século.
O Brasil está entre os cinco maiores produtores de amianto do mundo e é
também um grande consumidor, havendo por isto um grande interesse
científico a nível mundial sobre nossa situação, quando praticamente todos os
países europeus já proibiram seu uso. A maior mina de amianto em exploração
no Brasil situa-se no município de Minaçu, no Estado de Goiás e é
administrada por empresas ligadas ao grupo multinacional francês Saint-
Gobain, em parceria com empresa Eternit suíça, em cujos países de origem é
proibido o seu uso desde o início da década de 90.
No Brasil, o amianto tem sido empregado em milhares de produtos,
principalmente na indústria da construção civil(telhas, caixas d'água de
cimento-amianto etc.) e em outros setores e produtos como guarnições de
freio(lonas e pastilhas), juntas, gaxetas, revestimentos de discos de
embreagem, tecidos, vestimentas especiais, pisos, tintas etc.
O Canadá, segundo maior produtor mundial de amianto, é o maior
exportador desta matéria-prima, mas consome muito pouco em seu
território(menos de 3%). Para se ter uma idéia de ordem de grandeza e da
gravidade da questão para os países pobres: um(a) cidadão(ã) americano(a) se
expõe em média a 100g/ano, um(a) canadense a 500 g/ano e um(a)
brasileiro(a), mais ou menos, a 1.200g/ano.
Este quadro inicial nos indica uma diferença na produção e consumo do
amianto entre os países do Norte e do Sul, em especial, o Brasil, explicada
pelo fato de que o amianto é uma fibra comprovadamente cancerígena e que
os cidadãos do Norte já não aceitam mais se exporem a este risco conhecido.

O amianto é um bom exemplo de como estes países transferem a produção


a populações que desconhecem os efeitos nocivos deste produto, enquanto
para eles buscam outras alternativas menos perigosas, recorrendo à política do
duplo-padrão (double-standard): produção e comercialização de produtos
proibidos nos países desenvolvidos e liberados para os países em
desenvolvimento.
Entre as doenças relacionadas ao amianto estão a asbestose (doença
crônica pulmonar de origem ocupacional), cânceres de pulmão e do trato
gastrointestinal e o mesotelioma, tumor maligno raro e de prognóstico
sombrio, que atinge a pleura e o peritônio, e tem um período de latência em
torno de 30 anos. Destas doenças poucas foram caracterizadas como
ocasionadas pela exposição ao amianto no Brasil. Menos de uma centena de
casos estão citados em toda a literatura médica nacional do século XX, sendo
este um dos mecanismos que tornam estas patologias invisíveis aos olhos da
sociedade, fazendo-a crer que a situação brasileira é diferente da de outros
países, levando com isto a um protelamento de decisões políticas, entre as
quais o seu banimento ou proibição.
DOENÇAS PROVOCADAS PELA EXPOSIÇÃO PERMANENTE AO
ASBESTO/AMIANTO

Asbestose - doença pulmonar, produz reação inflamatória com formação de


cicatrizes que impedem a função da troca gasosa pulmonar.
Cânceres - do pulmão e gastrointestinais, com período de latência de mais de
20 anos.
Mesotelioma - Tumor raro que leva,em média, 30 anos para ser diagnosticado.
Estudos mais recentes demonstram que a quantidade de fibras inaladas e o
tempo não têm relação com o aparecimento do tumor, portanto, não há limite
seguro podendo acometer tanto os trabalhadores, como seus familiares,
moradores das vizinhanças e população em geral, sem nenhuma exposição
ocupacional comprovada. Após firmado o diagnótico de mesotelioma os
pacientes em geral morrem antes de 1 ano, fato observado em mais de 50%
dos casos.

Municípios que proibiram o amianto:

Amparo, Barretos, Bauru, Campinas, Jundiaí, Mogi Mirim,


Osasco, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Caetano do Sul, São
Paulo, Taboão da Serra, Bagé (RS)
PANORAMA MUNDIAL

36 PAÍSES QUE JÁ DECIDIRAM PELO BANIMENTO TOTAL DO AMIANTO


(País: ano do banimento)

Islândia: 1983 Espanha: 2002


Noruega: 1984 Luxemburgo: 2002
El Salvador: (metade da década de 80) Austrália: 2003
Dinamarca: 1986 Liechtenstein: (?)
Suécia: 1986 Emirados Árabes(?)
Suíça: 1989 Nova Zelândia: (?)
Áustria: 1990 República Checa: (?)
Holanda: 1991 Vietnã: 2004
Finlândia: 1992 Portugal: 2005*
Itália: 1992 Grécia: 2005*
Alemanha: 1993
França: 1996
Eslovênia: 1996
Polônia: 1997
Principado de Mônaco: 1997
Bélgica: 1998
Arábia Saudita: 1998
Burkina-Faso: 1998
Inglaterra: 1999
País de Gales: 1999
Irlanda do Norte: 1999
União Européia* estará banindo o
amianto em 1/1/2005 nos países que
Escócia: 1999
não o adotaram (Grécia, Portugal).
República da Irlanda/Eire: 2000
Banimento ainda parcial - Síria (sistemas
Lativia: 2001 de água).
Chile: 2001
Argentina: 2001

Em vários países ainda se adotam limites de tolerância para o


amianto, embora o Critério de Saúde Ambiental 203 da Organização
Mundial da Saúde de 1998 concluiu que “nenhum limite de tolerância
foi identificado para os agentes carcinogênicos"; que onde materiais
substitutos para crisotila estiverem disponíveis, eles devem ser
considerados para uso, e que a exposição ao amianto crisotila
aumenta os riscos de asbestose, câncer de pulmão e mesotelioma em
função da dose”.

Exemplo:

PAÍS LIMITE: Crisolita LIMITE: Crocidolita LIMITE: Amosita


Brasil e Zimbabwe 2,0 proibido proibido
Índia 2,0 2,0 2,0
Estados Unidos 0,1 0,1 0,1
Canadá 1,0 0,20 0,20

(Amianto em f/cm3)

Associação Brasileira de Expostos ao Amianto (ABREA SP / RJ)


A ABREA é uma organização não-governamental,
sem fins lucrativos e foi fundada em 1.995 em
Osasco com os seguintes objetivos:

Aglutinar trabalhadores e os expostos ao amianto em geral

Cadastrar os expostos e vítimas do amianto

Encaminhar os expostos para exames médicos

Conscientizar à população em geral, trabalhadores e opinião pública sobre


os riscos do amianto

Propor ações judiciais em favor de seus associados e das vítimas em geral

Integrar-se a outros movimentos sociais e ONG’s pró-banimento a nível


nacional e internacional

Lutar para o banimento do amianto


REDE BAN ASBESTOS
BAN ASBESTOS NETWORK

Rede constituída por cidadãos de todos os continentes que se dispõe a doar parte
de seu tempo voluntária e sem remuneração em prol da defesa de um mundo sem
amianto. Foi constituída durante o Seminário Internacional sobre o Amianto: Uso
Controlado ou Banimento?, ocorrido em 28-30 de Março de 1.994 em São Paulo,
promovido pela Fundacentro-Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e
Medicina do Trabalho e as centrais sindicais, CUT-Central Única dos
Trabalhadores e Força Sindical.
Deste evento resultou a Declaração de São Paulo, documento-guia que norteia as
ações da Rede em todo mundo, ação esta descentralizada em coordenações
regionais, entre as quais a Rede Virtual-Cidadã pelo Banimento do Amianto na
América Latina, cuja coordenadora é:
Fernanda Giannasi: giannasi@telnet.com.br
A Rede Mundial Ban Asbestos tem como objetivos lutar por um mundo
desamiantizado (asbestos free world) e é composta por ONG’s-organizações não-
governamentais e movimentos sociais das Américas, Ásia e Europa, como a
Federação Européia Ban Asbestos (Ban Asbestos European Federation-BAEF),
que organizou o Seminário Internacional BASTAMIANTO em 17 e 18 de Abril de
1.993 na Itália, cujo documento final é o Apelo de Milão, referendado por todos os
presentes ao evento e renomados cientistas em todo o mundo.
Algumas das Home-Pages das ONG´s que lutam
pelo banimento do amianto em todo o mundo:

na Itália: http://services.csi.it/~aea/
na França: http://www.logique.jussieu.fr/www.amiante/amiante.html
na Inglaterra: http://www.ibas.btinternet.co.uk/

Endereços dos grupos de vítimas:

AUSTRÁLIA
Robert Vojakovic
Asbestos Diseases Society
PO Box 1394
Osborne Park WA 6916
Australia
Ella Sweeney
Asbestos Diseases Foundation of Australia Inc.
133-137 Parramatta Road
Granville NSW 2142
Austrália
BRASIL
Eliezer João de Souza
Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto - ABREA
Av. Santo Antônio, 683 - Jardim Alvorada - Fone/Fax: (55-
11)3681-2710
06086-070-Osasco - São Paulo
Brasil
Email: abrea@telnet.com.br
Web: www.abrea.com.br

ESCÓCIA
Phyllis Craig/ Harry McCluskey
CAA (Clydeside Action on Asbestos)
245 High Street
Glasgow, Scotland G40QR
Tel: (002144)141 552 8852
Clydebank Asbestos Group
8 Crown Avenue
Clydebank
Scotland G81 3BW

ESTADOS UNIDOS
Heather Bechtel
Asbestos Victims of America (AVA)
PO Box 66594
Scotts Valley, CA 95067
USA
Email: heather@surfnetusa.com
James Fite
White Lung Association
P.O.Box 1483
Baltimore, Maryland (00-21-1)21203-1483
USA

Barbara Zeluck
White Lung Asbestos Information Center
70A Greenwich Avenue (# 111)
New York, N. Y. 10011
Tel: (00-21-1)212-561-0793
Tel/Fax: (00-21-1)212-777-1882
Email: BarbaraZeluck@Prodigy.net

FRANÇA
Patrick Herman
BAN ASBESTOS
Algues
12230 NANT
France
ANDEVA (Association Nationale de Defense des Victimes de
l’Amiante)
22, rue des Vignerons 94686 Vincennes
France
Tel: (00 21 33)1 41 93 73 87
Fax: (00 21 33)1 41 93 70 06
Email: andeva@infonie.fr
Web: http://andeva.free.fr

INGLATERRA
Frank Cooksley
Asbestos-related Diseases Association
45 Maccaulay Crescent
Mannadon, Plymouth , England
Tel: (00 21 44 )1752 219931
Paula Walker
Sheffield and Rotherham Group
311 Aizlewood's Mill
Nursery Street, Sheffield S38 GG
Tel: (00 21 44 )114 282 3212
Fax: (00 21 44 )114 2823 151
Email: sarag@asbestos.fsnet.co.uk
[Rotherham Branch
Contact: Mick Firth
Room 9, Imperial Buildings, Corporation Street
Rotherham S60 1PE
Tel: (00 21 44 )1709 513 587]
Tony Huggett
NARDA (Nottingham Asbestos-Related Diseases Association)
Asbestos Diseases UK
26 Tollerton Green
Bulwell
Nottingham N66 9EX England Tel: (00 21 44 )115 9275108
John Flanagan
LDVASG (Liverpool and District Victims of Asbestos Support
Group)
Unit 3, Oriel Close
Water Street
Liverpool L2 8UQ England
Tel: (00 21 44 )151 236 6608
Fax: (00 21 44 )151 255 0172

JAPÃO
Jun'ichi Nukushina
Japan Citizen's Network for Wiping Out Asbestos
Institute for Molecular and Cellular Biosciences
University of Tokyo
1-1-1 Yayoicho
Bunkyo-ku, Tokyo 113
Japan

NOVA ZELÂNDIA

Ed Grootegoed and Lois Syret


Asbestos Diseases Association of New Zealand
PO Box 20 035
Glen Eden Auckland
New Zealand
CRONOLOGIA DAS AÇÕES No Brasil

até 1983 - menos de 20 casos conhecidos na literatura médica de doenças


relacionadas ao amianto no Brasil.
1983 - 14 casos de asbestose diagnosticados em LEME pelo Dr. José Luiz
Riani Costa / UNESP / Araraquara.
1986 - 72ª. Reunião da Organização Internacional do Trabalho-OIT aprova
Convenção 162 e Recomendação 172 do "Uso do Amianto em Condições de
Segurança".
1987 - Constituição do GIA - Grupo Interinstitucional do Asbesto no Estado
de São Paulo, coordenado pela Delegacia Regional do Trabalho em São
Paulo. Atuou no setor de Fibrocimento com 3.500 trabalhadores.
1989 - Assinado o Acordo Nacional pelo Uso do Amianto em Condições de
Segurança entre a CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a CNTI
(Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria) revisto a cada três
anos. (Obs.: Atualmente o Acordo Nacional de Progresso sobre o Uso
Seguro do Amianto foi estendido também para o setor da mineração. Estes
Acordos têm sido homologados sistematicamente pelo Ministério do
Trabalho).
1991 - Convenção 162 da OIT, ratificada em 22/05/1991 (D.O.U 23/05/91) pelo
Decreto Executivo n.º 126, é regulamentada pela Portaria 1 de 28/05/91, que
alterou .
1992/93 - Rio de Janeiro propõe a primeira lei estadual de banimento do
amianto depois da Rio/92 (UNCED/92).
1992 - Itália aprova lei de banimento do amianto, acompanhando decisão já
tomada nos países escandinavos.
1993 - Conferência de Milão BASTAMIANTO
- Projetos dos Deputados Eduardo Jorge (Federal) e Roberto
Gouveia (Estadual - SP), e Vereador Ítalo Cardoso (SP) do PT
- Pela substituição gradual até o Banimento do Amianto num
prazo de 5 anos.

1994 - Acordo SINDIPEÇAS/CUT/FORÇA SINDICAL / SINFAVEA / ANFAVEA /


MTb/DRT e FUNDACENTRO para o BANIMENTO no setor de autopeças até
31/12/97. (Obs. O Acordo não obteve referendum até outubro/96 do
Ministério do Trabalho).
- SEMINÁRIO INTERNACIONAL DO AMIANTO: USO
CONTROLADO OU BANIMENTO? Organizado por CUT/ FORÇA
SINDICAL/ FUNDACENTRO EM SÃO PAULO.
- CRIADA A REDE MUNDIAL BAN ASBESTOS.
- SEMINÁRIO NACIONAL DA CUT PELA SUBSTITUIÇÃO
GRADATIVA ATÉ O BANIMENTO DO AMIANTO. (Criada
Comissão Nacional do Amianto).
- Forma-se a Comissão Especial de Deputados por pressão de
produtores (SAMA, Brasilit e Eternit) para vetarem projeto do
banimento de autoria do Deputado Eduardo Jorge.
1995 - Aprovado Substitutivo ao Projeto do Dep. Eduardo Jorge pelo "uso
controlado do amianto no Brasil" pela Lei 9.055 de 1/6/95- Poder Legislativo
aprova Lei do "Uso" do Amianto.
- Lei 2436 de 20/9/95- Proíbe no Rio de Janeiro utilização do
amianto em células de diafragma no setor de cloro-soda (
projeto do Dep. Est. Carlos Minc/RJ ).
- Projeto de Lei 1271/95 de autoria do Dep. Federal Ivan Valente
propõe que se vede "a utilização de células de diafragma de
amianto no setor de cloro-soda".
- Projeto de Lei 94/95 em São Paulo de autoria do Dep. Est.
Wagner Lino Alves propõe a proibição do uso de células de
diafragma de amianto no setor de cloro-soda.

- Criada a ABREA - Associação Brasileira dos Expostos


ao Amianto. SP
1996 - Reapresentação do Projeto do Deputado Eduardo Jorge(PT/SP) em
conjunto com o Dep. Fernando Gabeira (PV/RJ) com redução do prazo para o
banimento do amianto para um ano.
- Apresentado Projeto do Dep. Roberto Gouveia (PT/SP)
propondo a substituição do amianto nas obras públicas e
privadas de uso público no Estado de SP.
- Audiências Públicas na Câmara Municipal de Osasco e
Assembléia Legislativa de SP.
- Seminário da Diretoria da Fed. Est. dos Trab. na Ind. da
Construção Civil de SP e seus 53 sindicatos tiram decisão pelo
banimento do amianto, após 10 anos de posição favorável ao
seu uso.
- Vereador Antonio Goulart da cidade de São Paulo propões
banimento para obras de construção civil, motivado pelo
banimento na França.
1996/JULHO - França anuncia banimento acompanhando outros países
europeus.
- Canadá inicia campanha ofensiva para impedir efeito dominó.
- Ameaça de retaliações comerciais e denúncia à OMC pelo
Canadá juntamente com Brasil e Zimbábue contra a decisão
francesa de banir o amianto.
- Início de campanha de intimidação aos movimentos
organizados anti-amianto em todo mundo.
1997 - Proposto projeto de banimento do amianto de autoria do líder da
bancada do PT na Câmara Municipal de Osasco, Vereador Marcos Martins.
- Casa Civil da Presidência mais empresas e burocracia
ministerial regulamentam a lei do uso - 9055/95, criando
comissão tripartite).
- Projeto Federal fica embolorando nas gavetas dos deputados
do Estado minerador - Goiás e cria-se nova comissão especial
cujo o presidente e o relator são do Estado minerador.
- Mudança de estratégia do grupos de vítimas e da BAN -
pensando no nível local e atuando globalmente /nacionalmente -
municipalidades passaram a promover audiências públicas.
1998 - Tentativa de processo-crime por difamação, rejeitada por Juiz, que
alegou "direito de expressão" garantido na Decl. Direitos Humanos. Tudo
isto foi fartamente divulgado na mídia.

1999 - Maio/99 - UE - União Européia acompanha decisão francesa e anuncia


banimento até 1/1/2.005 com exceção dos diafragmas para a indústria de
cloro-soda, adiado até 2.008
- Junho- Saint-Gobain (Brasilit) decide substituir amianto e
anunciam em 30/6 no Jornal o Estado de São Paulo com o artigo
de primeira página intitulado "Grupo francês afasta-se da
produção de amianto", decisão esta acompanhada em
novembro por sua parceira e coligada Eternit
2000 - aprovam-se as leis de amianto em Mogi Mirim, São Caetano do Sul e
Osasco
- 13/6/2.000 - Decisão histórica da OMC a favor da posição
francesa, reafirmada em 17/9/2.000 e 12/3/2.001

- de 3 de julho de 2000 - Dispõe sobre a produção de cloro com


diafragma de amianto e dá outras providências.
2001 - Aprovadas leis de proibição do uso do amianto nos municípios de São
Paulo [1], Osasco [2], Mogi Mirim [3], Bauru [4], São Caetano do Sul [5],
Campinas [6] e Ribeirão Preto [7], entre outros, e nos Estados de Mato
Grosso do Sul [8], São Paulo [9], Rio de Janeiro [10] e Rio Grande do Sul
[11], seguindo o que ocorre na atualidade em mais de 35 países.
- Cria-se um"Efeito Dominó"
- Vários outros estados e cidades começaram a apresentar projetos locais

21/2/2002 - Amianto - Uma comissão de especialistas, reunida pela


Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente(UNEP/PNUMA),
recomendou que o comércio de todas as formas de amianto passe a ser
submetido a controle. A lista original conta com 22 pesticidas e 5 produtos
químicos industriais, todos altamente tóxicos e perigosos para a saúde
13/3/2002 - Prefeita de São Paulo - banimento do amianto na capital paulista
para o setor de construção civil
OIT - CONVENÇÃO SOBRE O ASBESTO

C162 Convenio sobre el asbesto, 1986

Convenio sobre utilización del asbesto en condiciones de seguridad


(Nota: Fecha de entrada en vigor: 16:06:1989 .)
Descripción:(Convenio)
Convenio:C162
Lugar:Ginebra
Fecha de adopción:24:06:1986
Sesion de la Conferencia:72

La Conferencia General de la Organización Internacional del Trabajo:

Convocada en Ginebra por el Consejo de Administración de la Oficina


Internacional del Trabajo, y congregada en dicha ciudad el 4 junio
1986 en su septuagésima segunda reunión;

Recordando los convenios y recomendaciones internacionales del


trabajo pertinentes, especialmente el Convenio y la Recomendación
sobre el cáncer profesional, 1974; el Convenio y la Recomendación
sobre el medio ambiente de trabajo (contaminación del aire, ruido y
vibraciones), 1977; el Convenio y la Recomendación sobre seguridad
y salud de los trabajadores, 1981; el Convenio y la Recomendación
sobre los servicios de salud en el trabajo, 1985, y la Lista de
enfermedades profesionales, tal como fue revisada en 1980, anexa al
Convenio sobre las prestaciones en caso de accidentes del trabajo y
enfermedades profesionales, 1964, así como el Repertorio de
recomendaciones prácticas sobre la seguridad en la utilización del
amianto, publicado por la Oficina Internacional del Trabajo en 1984,
que establecen los principios de una política nacional y de una acción
a nivel nacional;
Después de haber decidido adoptar diversas proposiciones relativas a
la seguridad en la utilización del asbesto, cuestión que constituye el
cuarto punto del orden del día de la reunión, y

Después de haber decidido que dichas proposiciones revistan la forma


de un convenio internacional,

adopta, con fecha veinticuatro de junio de mil novecientos ochenta y


seis, el presente Convenio, que podrá ser citado como el Convenio
sobre el asbesto, 1986.

Parte I. Campo de Aplicación y Definiciones

Artículo 1
1. El presente Convenio se aplica a todas las actividades en las que
los trabajadores estén expuestos al asbesto en el curso de su trabajo.

2. Previa consulta con las organizaciones más representativas de


empleadores y de trabajadores interesadas, y con base en una
evaluación de los riesgos que existen para la salud y de las medidas
de seguridad aplicadas, todo Miembro que ratifique el presente
Convenio podrá excluir determinadas ramas de actividad económica o
determinadas empresas de la aplicación de ciertas disposiciones del
Convenio, cuando juzgue innecesaria su aplicación a dichos sectores
o empresas.

3. Cuando decida la exclusión de determinadas ramas de actividad


económica o de determinadas empresas, la autoridad competente
deberá tener en cuenta la frecuencia, la duración y el nivel de
exposición, así como el tipo de trabajo y las condiciones reinantes en
el lugar de trabajo.

Artículo 2
A los fines del presente Convenio:
a) el término asbesto designa la forma fibrosa de los silicatos
minerales pertenecientes a los grupos de rocas metamórficas de las
serpentinas, es decir, el crisotilo (asbesto blanco), y de las anfibolitas,
es decir, la actinolita, la amosita (asbesto pardo, cummingtonita-
grunerita), la antofilita, la crocidolita (asbesto azul), la tremolita o
cualquier mezcla que contenga uno o varios de estos minerales;
b) la expresión polvo de asbesto designa las partículas de asbesto en
suspensión en el aire o las partículas de asbesto depositadas que
pueden desplazarse y permanecer en suspensión en el aire en los
lugares de trabajo;
c) la expresión polvo de asbesto en suspensión en el aire designa,
con fines de medición, las partículas de polvo medidas por evaluación
gravimétrica u otro método equivalente;
d) la expresión fibras de asbesto respirables designa las fibras de
asbesto cuyo diámetro sea inferior a tres micras y cuya relación entre
longitud y diámetro sea superior a 3:1; en la medición, solamente se
tomarán en cuenta las fibras de longitud superior a cinco micras;
e) la expresión exposición al asbesto designa una exposición en el
trabajo a las fibras de asbesto respirables o al polvo de asbesto en
suspensión en el aire, originada por el asbesto o por minerales,
materiales o productos que contengan asbesto;
f) la expresión los trabajadores abarca a los miembros de
cooperativas de producción;
g) la expresión representantes de los trabajadores designa los
representantes de los trabajadores reconocidos como tales por la
legislación o la práctica nacionales, de conformidad con el Convenio
sobre los representantes de los trabajadores, 1971.
Parte II. Principios Generales

Artículo 3
1. La legislación nacional deberá prescribir las medidas que habrán de
adoptarse para prevenir y controlar los riesgos para la salud debidos a
la exposición profesional al asbesto y para proteger a los trabajadores
contra tales riesgos.

2. La legislación nacional adoptada en aplicación del párrafo 1 del


presente artículo deberá revisarse periódicamente a la luz de los
progresos técnicos y del desarrollo de los conocimientos científicos.

3. La autoridad competente podrá permitir excepciones de carácter


temporal a las medidas prescritas en virtud del párrafo 1 del presente
artículo, en las condiciones y dentro de los plazos fijados previa
consulta con las organizaciones más representativas de empleadores
y de trabajadores interesadas.

4. Cuando la autoridad competente permita excepciones con arreglo al


párrafo 3 del presente artículo, deberá velar por que se tomen las
precauciones necesarias para proteger la salud de los trabajadores.

Artículo 4
La autoridad competente deberá consultar a las organizaciones más
representativas de empleadores y de trabajadores interesadas acerca
de las medidas que habrán de adoptarse para dar efecto a las
disposiciones del presente Convenio.
Artículo 5
1. La observancia de la legislación adoptada de conformidad con el
artículo 3 del presente Convenio deberá asegurarse por medio de un
sistema de inspección suficiente y apropiado.

2. La legislación nacional deberá prever las medidas necesarias,


incluyendo sanciones adecuadas, para garantizar la aplicación efectiva
y el cumplimiento de las disposiciones del presente Convenio.

Artículo 6
1. Los empleadores serán responsables de la observancia de las
medidas prescritas.

2. Cuando dos o más empleadores lleven a cabo simultáneamente


actividades en un mismo lugar de trabajo, deberán colaborar en la
aplicación de las medidas prescritas, sin perjuicio de la
responsabilidad que incumba a cada uno por la salud y la seguridad
de sus propios trabajadores. En casos apropiados, la autoridad
competente deberá prescribir las modalidades generales de tal
colaboración.

3. Los empleadores deberán preparar en colaboración con los


servicios de salud y seguridad de los trabajadores, previa consulta con
los representantes de los trabajadores interesados, las disposiciones
que habrán de aplicar en situaciones de urgencia.

Artículo 7
Dentro de los límites de su responsabilidad, deberá exigirse a los
trabajadores que observen las consignas de seguridad e higiene
prescritas para prevenir y controlar los riesgos que entraña para la
salud la exposición profesional al asbesto, así como para protegerlos
contra tales riesgos.
Artículo 8
Los empleadores y los trabajadores o sus representantes deberán
colaborar lo más estrechamente posible, a todos los niveles en la
empresa, en la aplicación de las medidas prescritas conforme al
presente Convenio.

Parte III. Medidas de Prevención y de Protección

Artículo 9
La legislación nacional adoptada de conformidad con el artículo 3 del
presente Convenio deberá disponer la prevención o control de la
exposición al asbesto mediante una o varias de las medidas
siguientes:
a) someter todo trabajo en que el trabajador pueda estar expuesto al
asbesto a disposiciones que prescriban medidas técnicas de
prevención y prácticas de trabajo adecuadas, incluida la higiene en el
lugar de trabajo;
b) establecer reglas y procedimientos especiales, incluidas las
autorizaciones, para la utilización del asbesto o de ciertos tipos de
asbesto o de ciertos productos que contengan asbesto o para
determinados procesos de trabajo.

Artículo 10
Cuando sea necesario para proteger la salud de los trabajadores y sea
técnicamente posible, la legislación nacional deberá establecer una o
varias de las medidas siguientes:
a) siempre que sea posible, la sustitución del asbesto, o de ciertos
tipos de asbesto o de ciertos productos que contengan asbesto, por
otros materiales o productos o la utilización de tecnologías
alternativas, científicamente reconocidos por la autoridad competente
como inofensivos o menos nocivos;
b) la prohibición total o parcial de la utilización del asbesto o de ciertos
tipos de asbesto o de ciertos productos que contengan asbesto en
determinados procesos de trabajo.

Artículo 11
1. Deberá prohibirse la utilización de la crocidolita y de los productos
que contengan esa fibra.

2. La autoridad competente deberá estar facultada, previa consulta


con las organizaciones más representativas de empleadores y de
trabajadores interesadas, para permitir excepciones a la prohibición
prevista en el párrafo 1 del presente artículo cuando la sustitución no
sea razonable y factible, siempre que se tomen medidas para
garantizar que la salud de los trabajadores no corra riesgo alguno.

Artículo 12
1. Deberá prohibirse la pulverización de todas las formas de asbesto.

2. La autoridad competente deberá estar facultada, previa consulta


con las organizaciones más representativas de empleadores y de
trabajadores interesadas, para permitir excepciones a la prohibición
prevista en el párrafo 1 del presente artículo, cuando los métodos
alternativos no sean razonables y factibles, siempre que se tomen
medidas para garantizar que la salud de los trabajadores no corra
riesgo alguno.

Artículo 13
La legislación nacional deberá disponer que los empleadores
notifiquen, en la forma y con la extensión que prescriba la autoridad
competente, determinados tipos de trabajo que entrañen una
exposición al asbesto.
Artículo 14
Incumbirá a los productores y a los proveedores de asbesto, así como
a los fabricantes y a los proveedores de productos que contengan
asbesto, la responsabilidad de rotular suficientemente los embalajes y,
cuando ello sea necesario, los productos, en un idioma y de una
manera fácilmente comprensibles por los trabajadores y los usuarios
interesados, según las prescripciones dictadas por la autoridad
competente.

Artículo 15
1. La autoridad competente deberá prescribir límites de exposición de
los trabajadores al asbesto u otros criterios de exposición que
permitan la evaluación del medio ambiente de trabajo.

2. Los límites de exposición u otros criterios de exposición deberán


fijarse y revisarse y actualizarse periódicamente a la luz de los
progresos tecnológicos y de la evolución de los conocimientos
técnicos y científicos.

3. En todos los lugares de trabajo en que los trabajadores estén


expuestos al asbesto, el empleador deberá tomar todas las medidas
pertinentes para prevenir o controlar el desprendimiento de polvo de
asbesto en el aire y para garantizar que se observen los límites de
exposición u otros criterios de exposición, así como para reducir la
exposición al nivel más bajo que sea razonable y factible lograr.

4. Cuando las medidas adoptadas en aplicación del párrafo 3 del


presente artículo no basten para circunscribir el grado de exposición al
asbesto dentro de los límites especificados o no sean conformes a
otros criterios de exposición fijados en aplicación del párrafo 1 del
presente artículo, el empleador deberá proporcionar, mantener y en
caso necesario reemplazar, sin que ello suponga gastos para los
trabajadores, el equipo de protección respiratoria que sea adecuado y
ropa de protección especial, cuando corresponda. El equipo de
protección respiratoria deberá ser conforme a las normas fijadas por la
autoridad competente y sólo se utilizará con carácter complementario,
temporal, de emergencia o excepcional y nunca en sustitución del
control técnico.

Artículo 16
Cada empleador deberá establecer y aplicar, bajo su propia
responsabilidad, medidas prácticas para la prevención y el control de
la exposición de sus trabajadores al asbesto y para la protección de
éstos contra los riesgos debidos al asbesto.

Artículo 17
1. La demolición de instalaciones o estructuras que contengan
materiales aislantes friables a base de asbesto y la eliminación del
asbesto de los edificios o construcciones cuando hay riesgo de que el
asbesto pueda entrar en suspensión en el aire, sólo podrán ser
emprendidas por los empleadores o contratistas reconocidos por la
autoridad competente como calificados para ejecutar tales trabajos
conforme a las disposiciones del presente Convenio y que hayan sido
facultados al efecto.

2. Antes de emprender los trabajos de demolición, el empleador o


contratista deberá elaborar un plan de trabajo en el que se
especifiquen las medidas que habrán de tomarse, inclusive las
destinadas a:
a) proporcionar toda la protección necesaria a los trabajadores;
b) limitar el desprendimiento de polvo de asbesto en el aire;
c) prever la eliminación de los residuos que contengan asbesto, de
conformidad con el artículo 19 del presente Convenio.
3. Deberá consultarse a los trabajadores o sus representantes sobre el
plan de trabajo a que se refiere el párrafo 2 del presente artículo.

Artículo 18
1. Cuando el polvo de asbesto pueda contaminar la ropa personal de
los trabajadores, el empleador, de conformidad con la legislación
nacional y previa consulta con los representantes de los trabajadores,
deberá proporcionar ropa de trabajo adecuada que no se usará fuera
de los lugares de trabajo.

2. La manipulación y la limpieza de la ropa de trabajo y de la ropa de


protección especial, tras su utilización, deberán efectuarse en
condiciones sujetas a control, de conformidad con lo establecido por la
autoridad competente, a fin de evitar el desprendimiento de polvo de
asbesto en el aire.
3. La legislación nacional deberá prohibir que los trabajadores lleven a
sus casas la ropa de trabajo, la ropa de protección especial y el equipo
de protección personal.

4. El empleador será responsable de la limpieza, el mantenimiento y el


depósito de la ropa de trabajo, de la ropa de protección especial y del
equipo de protección personal.

5. El empleador deberá poner a disposición de los trabajadores


expuestos al asbesto instalaciones donde puedan lavarse, bañarse o
ducharse en los lugares de trabajo, según convenga.

Artículo 19
1. De conformidad con la legislación y la práctica nacionales, el
empleador deberá eliminar los residuos que contengan asbesto de
manera que no se produzca ningún riesgo para la salud de los
trabajadores interesados, incluidos los que manipulan residuos de
asbesto, o de la población vecina a la empresa.

2. La autoridad competente y los empleadores deberán adoptar


medidas apropiadas para evitar que el medio ambiente general sea
contaminado por polvos de asbesto provenientes de los lugares de
trabajo.

Parte IV. Vigilancia del Medio Ambiente de Trabajo y de la Salud de


los Trabajadores

Artículo 20
1. Cuando sea necesario para proteger la salud de los trabajadores, el
empleador deberá medir la concentración de polvos de asbesto en
suspensión en el aire en los lugares de trabajo y vigilar la exposición
de los trabajadores al asbesto a intervalos determinados por la
autoridad competente y de conformidad con los métodos aprobados
por ésta.

2. Los registros de los controles del medio ambiente de trabajo y de la


exposición de los trabajadores al asbesto deberán conservarse
durante un plazo prescrito por la autoridad competente.

3. Tendrán acceso a dichos registros los trabajadores interesados, sus


representantes y los servicios de inspección.

4. Los trabajadores o sus representantes deberán tener el derecho de


solicitar controles del medio ambiente de trabajo y de impugnar los
resultados de los controles ante la autoridad competente.
Artículo 21
1. Los trabajadores que estén o hayan estado expuestos al asbesto
deberán poder beneficiarse, conforme a la legislación y la práctica
nacionales, de los exámenes médicos necesarios para vigilar su
estado de salud en función del riesgo profesional y diagnosticar las
enfermedades profesionales provocadas por la exposición al asbesto.

2. La vigilancia de la salud de los trabajadores en relación con la


utilización del asbesto no debe entrañar ninguna pérdida de ingresos
para ellos. Dicha vigilancia debe ser gratuita y debe tener lugar, en la
medida posible, durante las horas de trabajo.

3. Los trabajadores deberán ser informados en forma adecuada y


suficiente de los resultados de sus exámenes médicos y ser
asesorados personalmente respecto de su estado de salud en relación
con su trabajo.

4. Cuando no sea aconsejable desde el punto de vista médico la


asignación permanente a un trabajo que entrañe exposición al
asbesto, deberá hacerse todo lo posible para ofrecer al trabajador
afectado otros medios de mantener sus ingresos, de manera
compatible con la práctica y las condiciones nacionales.

5. La autoridad competente deberá elaborar un sistema de notificación


de las enfermedades profesionales causadas por el asbesto.

Parte V. Información y Educación

Artículo 22
1. En coordinación y colaboración con las organizaciones más
representativas de empleadores y de trabajadores interesadas, la
autoridad competente deberá tomar las medidas adecuadas para
promover la difusión de informaciones y la educación de todas las
personas interesadas acerca de los riesgos que entraña para la salud
la exposición al asbesto, así como de los métodos de prevención y
control.

2. La autoridad competente deberá velar por la formulación por los


empleadores, por escrito, de políticas y procedimientos relativos a las
medidas de educación y de formación periódica de los trabajadores en
lo que concierne a los riesgos debidos al asbesto y a los métodos de
prevención y control.

3. Los empleadores deberán velar por que todos los trabajadores


expuestos o que puedan estar expuestos al asbesto sean informados
de los riesgos para la salud que entraña su trabajo, conozcan las
medidas preventivas y los métodos de trabajo correctos y reciban una
formación continua al respecto.

Parte VI. Disposiciones Finales

Artículo 23
Las ratificaciones formales del presente Convenio serán comunicadas,
para su registro, al Director General de la Oficina Internacional del
Trabajo.

Artículo 24
1. Este Convenio obligará únicamente a aquellos Miembros de la
Organización Internacional del Trabajo cuyas ratificaciones haya
registrado el Director General.
2. Entrará en vigor doce meses después de la fecha en que las
ratificaciones de dos Miembros hayan sido registradas por el Director
General.

3. Desde dicho momento, este Convenio entrará en vigor, para cada


Miembro, doce meses después de la fecha en que haya sido
registrada su ratificación.

Artículo 25
1. Todo Miembro que haya ratificado este Convenio podrá denunciarlo
a la expiración de un período de diez años, a partir de la fecha en que
se haya puesto inicialmente en vigor, mediante un acta comunicada,
para su registro, al Director General de la Oficina Internacional del
Trabajo. La denuncia no surtirá efecto hasta un año después de la
fecha en que se haya registrado.

2. Todo Miembro que haya ratificado este Convenio y que, en el plazo


de un año después de la expiración del período de diez años
mencionado en el párrafo precedente, no haga uso del derecho de
denuncia previsto en este artículo quedará obligado durante un nuevo
período de diez años, y en lo sucesivo podrá denunciar este Convenio
a la expiración de cada período de diez años, en las condiciones
previstas en este artículo.

Artículo 26
1. El Director General de la Oficina Internacional del Trabajo notificará
a todos los Miembros de la Organización Internacional del Trabajo el
registro de cuantas ratificaciones, declaraciones y denuncias le
comuniquen los Miembros de la Organización.

2. Al notificar a los Miembros de la Organización el registro de la


segunda ratificación que le haya sido comunicada, el Director General
llamará la atención de los Miembros de la Organización sobre la fecha
en que entrará en vigor el presente Convenio.

Artículo 27
El Director General de la Oficina Internacional del Trabajo comunicará
al Secretario General de las Naciones Unidas, a los efectos del
registro y de conformidad con el artículo 102 de la Carta de las
Naciones Unidas, una información completa sobre todas las
ratificaciones, declaraciones y actas de denuncia que haya registrado
de acuerdo con los artículos precedentes.

Artículo 28
Cada vez que lo estime necesario, el Consejo de Administración de la
Oficina Internacional del Trabajo presentará a la Conferencia una
memoria sobre la aplicación del Convenio, y considerará la
conveniencia de incluir en el orden del día de la Conferencia la
cuestión de su revisión total o parcial.

Artículo 29
1. En caso de que la Conferencia adopte un nuevo convenio que
implique una revisión total o parcial del presente, y a menos que el
nuevo convenio contenga disposiciones en contrario:
a) la ratificación, por un Miembro, del nuevo convenio revisor
implicará, ipso jure,la denuncia inmediata de este Convenio, no
obstante las disposiciones contenidas en el artículo 25, siempre que el
nuevo convenio revisor haya entrado en vigor;
b) a partir de la fecha en que entre en vigor el nuevo convenio revisor,
el presente Convenio cesará de estar abierto a la ratificación por los
Miembros.
2. Este Convenio continuará en vigor en todo caso, en su forma y
contenido actuales, para los Miembros que lo hayan ratificado y no
ratifiquen el convenio revisor.

Artículo 30
Las versiones inglesa y francesa del texto de este Convenio son
igualmente auténticas.
OIT - RECOMENDAÇÃO 172 SOBRE O ASBESTO

R172 Recomendacíon sobre el asbesto, 1986

La Conferencia General de la Organización Internacional del Trabajo:

Convocada en Ginebra por el Consejo de Administración de la Oficina


Internacional del Trabajo, y congregada en dicha ciudad el 4 junio
1986 en su septuagésima segunda reunión;

Recordando los convenios y recomendaciones internacionales del


trabajo pertinentes, especialmente el Convenio y la Recomendación
sobre el cáncer profesional, 1974; el Convenio y la Recomendación
sobre el medio ambiente de trabajo (contaminación del aire, ruido y
vibraciones), 1977; el Convenio y la Recomendación sobre seguridad
y salud de los trabajadores, 1981; el Convenio y la Recomendación
sobre los servicios de salud en el trabajo, 1985, y la Lista de
enfermedades profesionales, tal como fue revisada en 1980, anexa al
Convenio sobre las prestaciones en caso de accidentes del trabajo y
enfermedades profesionales, 1964, así como el Repertorio de
recomendaciones prácticas sobre la seguridad en la utilización del
amianto, publicado por la Oficina Internacional del Trabajo en 1984,
que establecen los principios de una política nacional y de una acción
a nivel nacional;

Después de haber decidido adoptar diversas proposiciones relativas a


la seguridad en la utilización del asbesto, cuestión que constituye el
cuarto punto del orden del día de la reunión;

Después de haber decidido que dichas proposiciones revistan la forma


de una recomendación que complete el Convenio sobre el asbesto,
1986,
adopta, con fecha veinticuatro de junio de mil novecientos ochenta y
seis, la presente Recomendación, que podrá ser citada como la
Recomendación sobre el asbesto, 1986.

I. Campo de Aplicación y Definiciones


1.
1) Las disposiciones del Convenio sobre el asbesto, 1986, y de la
presente Recomendación deberían aplicarse a todas las actividades
en las que los trabajadores estén expuestos al asbesto en el curso de
su trabajo.
2) De conformidad con la legislación y práctica nacionales, deberían
tomarse medidas para que los trabajadores independientes gocen de
una protección análoga a la que prevén el Convenio sobre el asbesto,
1986, y la presente Recomendación.
3) El empleo de personas menores de dieciocho años de edad en
actividades que entrañen un riesgo de exposición profesional al
asbesto debería ser objeto de atención especial, según lo prescrito por
la autoridad competente.

2. Entre las actividades que entrañen un riesgo de exposición


profesional al asbesto deberían incluirse, en particular:
a) la extracción y la trituración de los minerales que contengan
asbesto;
b) la fabricación de materiales o productos que contengan asbesto;
c) la utilización o aplicación de productos que contengan asbesto;
d) el desprendimiento, la reparación o el mantenimiento de los
productos que contengan asbesto;
e) la demolición o reparación de instalaciones o de estructuras que
contengan asbesto;
f) el transporte, el almacenamiento y la manipulación del asbesto o de
materiales que contengan asbesto;
g) cualesquiera otras actividades que entrañen un riesgo de
exposición a polvos de asbesto en suspensión en el aire.

3. A los fines de la presente Recomendación:


a) el término asbesto designa la forma fibrosa de los silicatos
minerales pertenecientes a los grupos de rocas metamórficas de las
serpentinas, es decir, el crisotilo (asbesto blanco), y de las anfibolitas,
es decir, la actinolita, la amosita (asbesto pardo, cummingtonita-
grunerita), la antofilita, la crocidolita (asbesto azul), la tremolita, o
cualquier mezcla que contenga uno o varios de estos minerales;
b) la expresión polvo de asbesto designa las partículas de asbesto en
suspensión en el aire o las partículas de asbesto depositadas que
puedan desplazarse y permanecer en suspensión en el aire en los
lugares de trabajo;
c) la expresión polvo de asbesto en suspensión en el aire designa, con
fines de medición, las partículas de polvo medidas por evaluación
gravimétrica u otro método equivalente;
d) la expresión fibras de asbesto respirables designa las fibras de
asbesto cuyo diámetro sea inferior a tres micras y cuya relación entre
longitud y diámetro sea superior a 3:1; en la medición, solamente se
tomarán en cuenta exclusivamente las fibras de longitud superior a
cinco micras;
e) la expresión exposición al asbesto designa una exposición en el
trabajo a las fibras de asbesto respirables o al polvo de asbesto en
suspensión en el aire, originada por el asbesto o por minerales,
materiales o productos que contengan asbesto;
f) el término trabajadores abarca a los miembros de cooperativas de
producción;
g) la expresión representantes de los trabajadores designa los
representantes de los trabajadores reconocidos como tales por la
legislación o la práctica nacionales, de confomidad con el Convenio
sobre los representantes de los trabajadores, 1971.
II. Principios Generales
4. Las medidas prescritas conforme al artículo 3 del Convenio sobre el
asbesto, 1986, deberían estar concebidas de modo que se apliquen a
los diversos riesgos de exposición profesional al asbesto en todas las
ramas de actividad económica y deberían formularse tomando
debidamente en cuenta los artículos 1 y 2 del Convenio sobre el
cáncer profesional, 1974.

5. La autoridad competente deberia revisar periódicamente las


medidas prescritas teniendo en cuenta el Repertorio de
recomendaciones prácticas sobre seguridad en la utilización del
amianto, publicado por la Oficina Internacional del Trabajo, otros
repertorios de recomendaciones prácticas o guías que pueda sa
elaborar la Oficina International del Trabajo, las conclusiones de las
reuniones de expertos que convoque ésta y las informaciones que
proporcionen otros organismos competentes sobre el asbesto y los
materiales que puedan sustituirlo.

6. A los efectos de la aplicación de las disposiciones de la presente


Recomendación, la autoridad competente debería actuar previa
consulta con las organizaciones más representativas de empleadores
y de trabajadores.

7.
1) En consulta y colaboración con los trabajadores interesados o sus
organizaciones, y habida cuenta de las opiniones de organismos
competentes, incluidos los servicios de salud en el trabajo, los
empleadores deberían recurrir a todas las medidas que sean
adecuadas a fin de prevenir o controlar la exposición al asbesto.
2) De conformidad con la legislación y la práctica nacionales, la
consulta y la cooperación entre el empleador y sus trabajadores
deberían llevarse a cabo por conducto de:
a) los delegados de seguridad de los trabajadores;
b) los comités de seguridad e higiene de los trabajadores o los comités
paritarios de seguridad e higiene en el trabajo;
c) otros representantes de los trabajadores.

8. Los trabajadores ocupados en labores en las que se utilice asbesto


o productos que contengan asbesto deberían estar obligados, dentro
de los límites de su responsabilidad, a aplicar los procedimientos de
seguridad e higiene prescritos y, en particular, a utilizar equipos de
protección adecuados.

9.
1) Todo trabajador que se retire de una situación de trabajo por tener
motivos razonables para creer que tal situación entraña un peligro
grave para su vida o su salud debería:
a) advertir a su superior jerárquico inmediato;
b) estar protegido contra medidas de represalia o disciplinarias, de
conformidad con las condiciones y la práctica nacionales.
2) No debería tomarse ninguna medida en perjuicio de un trabajador
por haber formulado de buena fe una queja por lo que consideraba ser
una infracción a las disposiciones reglamentarias o una deficiencia
grave en las medidas tomadas por el empleador en el campo de la
seguridad y la salud de los trabajadores y el medio ambiente de
trabajo.

III. Medidas de Prevención y de Protección


10.
1) La autoridad competente debería asegurar la prevención o el control
de la exposición al asbesto prescribiendo controles técnicos y métodos
de trabajo, incluidas medidas de higiene en los lugares de trabajo, que
proporcionen la máxima protección a los trabajadores.
2) Sobre la base del nivel de exposición y las circunstancias
prevalecientes en el medio ambiente de trabajo y a la luz de la
investigación científica y el progreso tecnológico, la autoridad
competente debería determinar periódicamente:
a) los tipos de asbestos y los tipos de productos que contengan
asbesto cuya utilización debería estar sometida a autorización, y los
procesos de trabajo que deberían estar sometidos a autorización;
b) los tipos de asbesto y productos que contengan asbesto cuya
utilización debería estar total o parcialmente prohibida, y los procesos
de trabajo en que debería prohibirse la utilización del asbesto o de
ciertos tipos de asbesto y productos que contengan asbesto.
3) La prohibición o autorización de la utilización de determinados tipos
de asbesto o de ciertos productos que contengan asbesto y su
sustitución por otras sustancias deberían basarse en una evaluación
científica del riesgo que entrañan para la salud.

11.
1) La autoridad competente debería fomentar la investigación de los
problemas técnicos y de salud relacionados con la exposición al
asbesto, los materiales de sustitución y las tecnologías alternativas.
2) Con objeto de eliminar o reducir los riesgos para los trabajadores, la
autoridad competente debería fomentar la investigación y desarrollo
relativos a productos que contengan asbesto, a otros materiales de
sustitución y a tecnologías alternativas que sean inofensivos o menos
nocivos.

12.
1) Cuando sea necesario para proteger a los trabajadores, la autoridad
competente debería exigir el reemplazo del asbesto por materiales de
sustitución, toda vez que esto sea posible.
2) No debería aceptarse el uso de materiales de sustitución en
cualquier proceso sin proceder a una evaluación minuciosa de sus
posibles efectos nocivos para la salud. La salud de los trabajadores
expuestos a tales efectos debería supervisarse continuamente.

13.
1) A fin de asegurar la aplicación efectiva de la legislación nacional, la
autoridad competente debería determinar las informaciones que
habrán de contener las notificaciones de los trabajos que entrañen
exposición al asbesto, previstas en el artículo 13 del Convenio sobre el
asbesto, 1986.
2) Estas informaciones deberían incluir, en particular, las siguientes:
a) tipo y cantidad de asbesto utilizado;
b) actividades y procesos realizados;
c) productos elaborados;
d) número de trabajadores expuestos y nivel y frecuencia de su
exposición al riesgo;
e) medidas de protección y de prevención adoptadas en cumplimiento
de la legislación nacional;
f) cualquier otra información necesaria para proteger la salud de los
trabajadores.

14.
1) En el caso de demolición de las partes de las instalaciones o
estructuras que contengan materiales aislantes friables a base de
asbesto y la eliminación del asbesto de los edificios o construcciones,
cuando hay riesgo de que el asbesto pueda entrar en suspensión en el
aire, estas obras deberían estar sometidas a una autorización que sólo
se debería conceder a los empleadores o contratistas reconocidos por
la autoridad competente como calificados para ejecutar tales obras,
conforme a las disposiciones de la presente Recomendación.
2) Antes de emprender los trabajos de demolición o remoción, el
empleador o el contratista debería elaborar un plan de trabajo en el
que se especifiquen las medidas que habrán de tomarse antes de
comenzar las obras, inclusive las destinadas a:
a) proporcionar toda la protección necesaria a los trabajadores;
b) limitar el desprendimiento de polvo de asbesto en el aire;
c) hacer conocer los procedimientos generales y el equipo que se
utilizarán, así como las precauciones que habrán de adoptarse, a los
trabajadores a los que pueda afectar la presencia de polvo de asbesto
en el aire;
d) prever la eliminación de residuos que contengan asbesto, de
conformidad con el párrafo 28 de la presente Recomendación.
3) Debería consultarse a los trabajadores o sus representantes sobre
el plan de trabajo a que se refiere el subpárrafo 2) del presente
párrafo.

15.
1) Todo empleador debería elaborar y poner en práctica, con la
participación de los trabajadores de su empresa, un programa para la
prevención y el control de la exposición de los trabajadores al asbesto.
Este programa debería revisarse periódicamente habida cuenta de la
evolución registrada en los procesos de trabajo y en la maquinaria
utilizada, o en las técnicas y métodos de prevención y control.
2) De conformidad con la práctica nacional, la autoridad competente
debería emprender actividades de asistencia, en particular a las
pequeÑas empresas en que pueda haber insuficiencia de
conocimientos o medios técnicos, con miras a elaborar programas de
prevención en los casos en que pueda haber exposición al asbesto.

16. Deberían adoptarse dispositivos de prevención técnicos y prácticas


de trabajo adecuadas para impedir el desprendimiento de polvo de
asbesto en la atmósfera de los lugares de trabajo. Tales medidas
deberían tomarse incluso en los casos en que se respeten los límites
de exposición u otros criterios de exposición, a fin de reducir la
exposición al nivel más bajo que sea razonable y factible lograr.
17. Entre las medidas que deberían tomarse a fin de prevenir o de
controlar la exposición de los trabajadores al asbesto y de evitar
cualquier exposición deberían incluirse, en particular, las siguientes:
a) sólo debería utilizarse el asbesto cuando sea posible prevenir o
controlar los riesgos que entraÑa; en caso, contrario debería
reemplazárselo, si ello es técnicamente factible, por otros materiales o
recurrirse a tecnologías alternativas que hayan sido reconocidos
científicamente como inofensivos o menos nocivos;
b) tanto el número de personas cuyo trabajo entraÑe una exposición al
asbesto como la duración de su exposición deberían reducirse al
mínimo necesario para realizar la tarea con seguridad;
c) deberían utilizarse maquinaria, equipo y procesos de trabajo que
eliminen o reduzcan al mínimo la formación de polvo de asbesto y,
sobre todo, su desprendimiento en los lugares de trabajo y en el medio
ambiente general;
d) los lugares de trabajo en los que la utilización de asbesto pueda dar
lugar al desprendimiento de polvo de asbesto en el aire deberían estar
aislados del medio ambiente de trabajo en general, con el fin de evitar
toda posible exposición de otros trabajadores al asbesto;
e) las zonas de actividad que impliquen una exposición al asbesto
deberían estar claramente delimitadas e indicadas por medio de
seÑales de advertencia que impidan el acceso de las personas no
autorizadas;
f) debería consignarse por escrito la localización del asbesto utilizado
en la construcción de edificios.

18.
1) Debería prohibirse la utilización de la crocidolita y de los productos
que contengan esa fibra.
2) Previa consulta de las organizaciones más representativas de
empleadores y de trabajadores interesadas, la autoridad competente
debería estar facultada para permitir excepciones a la prohibición
prevista en el subpárrafo 1), cuando la sustitución no sea razonable y
factible, siempre que se tomen medidas para garantizar que la salud
de los trabajadores no corra riesgo alguno.

19.
1) Debería prohibirse la pulverización del asbesto, cualquiera que sea
su forma.
2) Debería prohibirse la instalación de materiales friables aislantes de
asbesto.
3) Previa consulta con las organizaciones más representativas de
empleadores y trabajadores interesados, la autoridad competente
debería estar facultada para permitir excepciones a la prohibición que
figura en el subpárrafo 1) cuando no sea razonable ni factible recurrir a
métodos alternativos, siempre que se adopten medidas para asegurar
que la salud de los trabajadores no corra riesgo.

20.
1) Los productores y los proveedores de asbesto y los fabricantes y los
proveedores de productos que contengan asbesto deberían tener la
responsabilidad de rotular debida y suficientemente los embalajes o
productos. 2) La legislación nacional debería estipular que los rótulos
se impriman en el idioma o idiomas de uso común en el país de que se
trata e indiquen que el recipiente o producto contiene asbesto, que la
inhalación de polvo de asbesto entraÑa riesgos para la salud y que
deberían tomarse medidas de protección adecuadas.
3) La legislación nacional debería exigir a los productores y
proveedores de asbesto y a los fabricantes y proveedores de
productos que contengan asbesto que preparen y proporcionen una
ficha técnica informativa en la que se indiquen el contenido de
asbesto, los riesgos que entraÑa para la salud y las medidas de
protección adecuadas.
21. El sistema de inspección previsto en el artículo 5 del Convenio
sobre el asbesto, 1986, debería basarse en las disposiciones del
Convenio sobre la inspección del trabajo, 1947. La inspección debería
estar a cargo de personal calificado. El empleador debería facilitar a
los servicios de inspección las informaciones a que se refiere el
párrafo 13 de la presente Recomendación.

22.
1) Los límites de exposición deberían fijarse por referencia a la
concentración de polvo de asbesto en suspensión en el aire,
ponderada en el tiempo, comúnmente referida a una jornada de ocho
horas y a una semana de cuarenta horas, y por referencia a un
método reconocido de muestreo y medición.
2) Los límites de exposición deberían revisarse y actualizarse
periódicamente a la luz del progreso tecnológico y de la evolución de
los conocimientos técnicos y médicos.

23. Las instalaciones, sistemas de ventilación, maquinaria y


dispositivos de protección concebidos para prevenir y controlar los
efectos del polvo de asbesto deberían revisarse periódicamente y
mantenerse en buen estado de funcionamiento.

24. Los lugares de trabajo deberían limpiarse según métodos que


garanticen la seguridad, con la frecuencia requerida para impedir la
acumulación de polvo de asbesto en las superficies. Las disposiciones
del Convenio sobre el asbesto, 1986, y de la presente Recomendación
deberían aplicarse al personal encargado de la limpieza.

25.
1) Cuando no sea posible prevenir o controlar de otra forma los
riesgos debidos al asbesto en suspensión en el aire, el empleador
debería proporcionar, mantener y en caso necesario reemplazar, sin
que ello suponga gasto alguno para los trabajadores, un equipo de
protección respiratoria adecuado y ropa de protección especial,
cuando corresponda. En tales casos, debería exigirse a los
trabajadores que utilicen dicho equipo.
2) El equipo de protección respiratoria debería ser conforme a las
normas fijadas por la autoridad competente y utilizarse solamente con
carácter complementario, temporal, de emergencia o excepcional y
nunca en sustitución del control técnico.
3) En los casos en que se requiera utilizar equipo de protección
respiratoria deberían preverse tiempos de descanso suficientes en
zonas de reposo apropiadas, habida cuenta de las molestias físicas
que entraña la utilización de ese equipo.

26.
1) Cuando el polvo de asbesto pueda contaminar la ropa personal de
los trabajadores, el empleador, de conformidad con la legislación
nacional y previa consulta con los representantes de los trabajadores,
debería proporcionar ropa de trabajo adecuada, que no debería
llevarse fuera del lugar de trabajo, sin que ello suponga gasto alguno
para los trabajadores.
2) El empleador debería proporcionar a los trabajadores información
suficiente y en debida forma sobre los riesgos que pudiera entrañar
para la salud de su familia y de otras personas si llevan a sus casas
ropas contaminadas por el polvo de asbesto.
3) La manipulación y la limpieza de la ropa de trabajo y de la ropa de
protección especial utilizada deberían realizarse en condiciones
sujetas a control, de conformidad con lo establecido por la autoridad
competente, a fin de impedir el desprendimiento de polvo de asbesto
en el aire.

27.
1) Cuando ello sea necesario, deberían ponerse a disposición de los
trabajadores ocupados en actividades que entrañan exposición al
asbesto vestuarios dobles, instalaciones de aseo, duchas y zonas de
descanso.
2) De conformidad con las prácticas nacionales en vigor, debería
concederse suficiente tiempo, dentro del horario de trabajo, para
cambiarse de ropa, ducharse o lavarse después del turno de trabajo.

28.
1) De conformidad con la legislación y la práctica nacionales, el
empleador debería eliminar los residuos que contengan asbesto de
manera que no se produzca ningún riesgo para la salud de los
trabajadores interesados, incluidos los que manipulan residuos de
asbesto, ni de la población vecina a la empresa.
2) Deberían tomarse medidas apropiadas por la autoridad competente
y por los empleadores para evitar que el medio ambiente general sea
contaminado por polvos de asbesto provenientes de los lugares de
trabajo.

IV. Vigilancia del Medio Ambiente de Trabajo y de la Salud de los


Trabajadores 29. En los casos que determine la autoridad competente,
el empleador debería tomar las medidas necesarias para la vigilancia
sistemática de la concentración de polvo de asbesto en suspensión en
el aire del lugar de trabajo y de la duración y nivel de exposición de los
trabajadores al asbesto, así como para la vigilancia de la salud de los
trabajadores.

30.
1) El nivel de exposición de los trabajadores al asbesto debería
medirse o calcularse en términos de concentraciones medias
ponderadas en el tiempo para determinado período de referencia.
2) El muestreo y la medición de la concentración de polvo de asbesto
en suspensión en el aire deberían realizarse por personal calificado,
utilizando métodos aprobados por la autoridad competente.
3) La frecuencia e importancia del muestreo y de las mediciones
deberían guardar relación con el nivel de riesgo, con los cambios
introducidos en los procesos de trabajo y con otras circunstancias
pertinentes.
4) Al evaluar el riesgo, la autoridad competente debería tomar en
consideración el riesgo que entrañan las fibras de asbesto de
cualquier tamaño.

31.
1) Para la prevención de las enfermedades y de las insuficiencias
funcionales provocadas por la exposición al asbesto, todos los
trabajadores que hayan de desempeñar un trabajo que entrañe
exposición al asbesto deberían beneficiarse, en la medida en que sea
necesario, de:
a) un reconocimiento médico previo al desempeño de ese trabajo;
b) reconocimientos médicos periódicos a intervalos adecuados;
c) otras pruebas e investigaciones, en especial radiografías del tórax y
exámenes del funcionamiento de los pulmones, que puedan ser
necesarias para vigilar su estado de salud en relación con el riesgo
profesional y para identificar los síntomas precoces de una
enfermedad causada por el asbesto.
2) Los intervalos entre los reconocimientos médicos deberían ser
fijados por la autoridad competente, teniendo en cuenta el nivel de
exposición y la edad y el estado de salud del trabajador en relación
con el riesgo profesional.
3) La autoridad competente debería velar por que se tomen las
disposiciones necesarias, de conformidad con la legislación y práctica
nacionales, para que los trabajadores puedan seguir sometiéndose a
los reconocimientos médicos adecuados tras cesar de desempeñar un
trabajo que entrañe exposición al asbesto.
4) Los reconocimientos, pruebas e investigaciones previstos en los
subpárrafos 1) y 3) deberían realizarse, en la medida de lo posible,
durante las horas de trabajo, y no deberían significar gasto alguno
para el trabajador.
5) Cuando los resultados de las pruebas o investigaciones médicas
revelen la existencia de efectos de carácter clínico o preclínico,
deberían tomarse medidas para reducir o eliminar la exposición de los
trabajadores interesados y evitar un deterioro mayor de su salud.
6) Los resultados de los reconocimientos médicos deberían utilizarse
para determinar el estado de salud en relación con la exposición al
asbesto y no deberían utilizarse para discriminar en contra del
trabajador.
7) Los resultados de los reconocimientos médicos deberían utilizarse
para colocar al trabajador en otro puesto de trabajo compatible con su
estado de salud.
8) Los trabajadores cuyo estado de salud se halle sometido a
vigilancia deberían tener derecho:
a) al respeto del carácter confidencial de su expediente personal y
médico;
b) a recibir explicaciones completas y detalladas sobre los objetivos y
los resultados de la vigilancia;
c) a negarse a que se los someta a métodos clínicos que puedan
atentar contra su integridad física.

32. Los trabajadores deberían ser informados en grado suficiente y de


manera adecuada, de conformidad con la práctica nacional, de los
resultados de los reconocimientos médicos y recibir asesoramiento
individual acerca de su estado de salud en relación con el trabajo que
deban realizar.

33. Cuando la vigilancia de la salud haya permitido detectar una


enfermedad profesional causada por el asbesto, ésta debería
notificarse a la autoridad competente de conformidad con la legislación
y la práctica nacionales.
34. Cuando no sea aconsejable desde el punto de vista médico la
asignación permanente a un trabajo que entraña exposición al
asbesto, debería hacerse todo lo posible para proporcionar al
trabajador afectado otros medios de mantener sus ingresos,
compatibles con la práctica y las condiciones nacionales.

35. La legislación nacional debería establecer prestaciones para los


trabajadores que contraigan una enfermedad o sufran un menoscabo
funcional relacionado con la exposición profesional al asbesto, de
conformidad con el Convenio sobre las prestaciones en caso de
accidentes del trabajo y enfermedades prefesionales, 1964.

36.
1) Los registros del control del medio ambiente de trabajo deberían
conservarse durante un período no inferior a treinta años.
2) Los registros de control de la exposición de los trabajadores, así
como aquellas partes de su historial médico que hagan referencia a
los riesgos para la salud debidos a la exposición al asbesto y las
radiografías del tórax, deberían conservarse durante un período no
inferior a treinta años después de terminadas las tareas que entrañen
exposición al asbesto.

37. Los trabajadores interesados, sus representantes y los servicios de


inspección deberían tener acceso a los registros del control del medio
ambiente de trabajo.

38. En el caso de cierre de una empresa, o tras la terminación del


contrato de un trabajador, los registros y la información conservados
de acuerdo con el párrafo 36 de la presente Recomendación deberían
depositarse conforme a las instrucciones que dicte la autoridad
competente.
39. De conformidad con la Declaración tripartita de principios sobre las
empresas multinacionales y la política social, adoptada por el Consejo
de Administración de la Oficina Internacional del Trabajo, toda
empresa nacional o multinacional que cuente con más de un
establecimiento debería tomar, sin discriminación, medidas de
seguridad para prevenir y controlar los riesgos para la salud debidos a
la exposición profesional al asbesto, a fin de proteger a los
trabajadores contra esos riesgos en todos sus establecimientos,
cualquiera que sea el lugar o el país en que se encuentren.

V. Información y Educación
40. La autoridad competente debería tomar medidas para fomentar la
formación e información de todas las personas a quienes conciernan
la prevención y el control de los riesgos que entraña para la salud la
exposición profesional al asbesto y la protección contra tales riesgos

41. En consulta con las organizaciones más representativas de


empleadores y de trabajadores interesadas, la autoridad competente
debería elaborar guías didácticas apropiadas para empleadores,
trabajadores y otras personas.

42. El empleador debería velar por que todo trabajador que pueda
estar expuesto al asbesto reciba periódicamente, sin gasto alguno
para él, en un idioma y de una manera que le resulten fácilmente
comprensibles, formación e instrucciones sobre los efectos para la
salud que tiene dicha exposición, sobre las medidas que deben
tomarse para prevenir y controlar la exposición al asbesto y, en
particular, sobre los métodos de trabajo correctos que permitan
prevenir y controlar la formación y el desprendimiento de polvo de
asbesto en el aire y sobre el uso de los equipos de protección
colectiva e individual puestos a disposición de los trabajadores.
43. Las medidas educativas deberían llamar la atención sobre el
riesgo especial que supone el hábito de fumar para la salud de los
trabajadores expuestos al asbesto.

44. Las organizaciones de empleadores y de trabajadores deberían


tomar medidas concretas para contribuir y colaborar en la ejecución de
programas de formación, información, prevención, control y protección
relativos a los riesgos profesionales causados por la exposición al
asbesto.
Cross references
CONVENIOS:C148 Convenio sobre el medio ambiente de trabajo
(contaminación del aire, ruido y vibraciones), 1977
CONVENIOS:C155 Convenio sobre seguridad y salud de los
trabajadores, 1981
CONVENIOS:C161 Convenio sobre los servicios de salud en el
trabajo, 1985
CONVENIOS:C135 Convenio sobre los representantes de los
trabajadores, 1971
CONVENIOS:C139 Convenio sobre le cáncer profesional, 1974
CONVENIOS:C081 Convenio sobre la inspección del trabajo, 1947
CONVENIOS:C162 Convenio sobre el asbesto, 1986
CONVENIOS:C121 Convenio sobre las prestaciones en caso de
accidentes del trabajo y enfermedades profesionales, 1964
RECOMENDACIONES:R147 Recomendación sobre le cáncer
profesional,1974
RECOMENDACIONES:R156 Recomendación sobre el medio
ambiente de trabajo (contaminación del aire, ruido y vibraciones), 1977
CONVENIOS:C164 Recomendación sobre seguridad y salud de los
trabajadores, 1981
CONVENIOS:C171 Recomendación sobre los servicios de salud en el
trabajo, 1985
Leis e Decretos Vigentes no Brasil

LEI Nº 9.055, de 1º de junho de 1995


Disciplina a extração, industrialização, utilização, comercialização e
transporte
do asbesto/amianto e dos produtos que o contenham, bem como das fibras
naturais e artificiais, de qualquer origem, utilizadas para o mesmo fim e dá
outras
providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - É vedada em todo território nacional:
I - a extração, produção, industrialização, utilização e comercialização da
actinolita, amosita (asbesto marrom), antofilita, crocidolita (amianto azul) e da
tremolita, variedades minerais pertencentes ao grupo dos anfibólios, bem
como
dos produtos que contenham estas substâncias minerais;
II - a pulverização (spray) de todos os tipos de fibras, tanto de
asbestos/amianto
da variedade crisotila como daquelas naturais e artificiais referidas no art. 2º
desta Lei;
III - a venda a granel de fibras em pó, tanto de asbestos/amianto da variedade
crisotila como daquelas naturais e artificiais referidas no art. 2º desta Lei;
Art. 2º - O asbesto/amianto da variedade crisotila (asbesto branco), do grupo
dos
minerais das serpentinas, e as demais fibras, naturais e artificiais de qualquer
origem, utilizadas para o mesmo fim, serão extraídas, industrializadas,
utilizadas
e comercializadas em consonância com as disposições desta Lei.
Parágrafo único - Para os efeitos desta Lei, consideram-se fibras naturais e
artificiais as comprovadamente nocivas à saúde humana.
Art. 3º - Ficam mantidas as atuais normas relativas ao asbesto/amianto da
variedade crisotila e às fibras naturais e artificiais referidas no artigo anterior,
contidas na legislação de segurança, higiene e medicina do trabalho, nos
acordos
internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil e nos acordos
assinados entre os sindicatos de trabalhadores e os seus empregadores,
atualizadas sempre que necessário.
§ 1º - (VETADO).
§ 2º - As normas de segurança, higiene e medicina do trabalho serão
fiscalizadas
pelas áreas competentes do Poder Executivo e pelas comissões de fábrica
referidas no parágrafo anterior.
§ 3º - As empresas que ainda não assinarem com os sindicatos de
trabalhadores
os acordos referidos no caput deste artigo deverão fazê-lo no prazo de 12
(doze)
meses, contados a partir da publicação desta Lei, e a inobservância desta
determinação acarretará, automaticamente, o cancelamento do seu alvará de
funcionamento.
Art. 4º - Os órgãos competentes de controle de segurança, higiene e medicina
do
trabalho desenvolverão programas sistemáticos de fiscalização,
monitoramento e
controle dos riscos de exposição ao asbesto/amianto da variedade crisotila e às
fibras naturais e artificiais referidas no art. 2º desta Lei, diretamente ou através
de
convênios com instituições públicas ou privadas credenciadas para tal fim pelo
Poder Executivo.
Art. 5º - As empresas que manipularem ou utilizarem materiais contendo
asbesto/amianto da variedade crisotila ou as fibras naturais e artificiais
referidas
no art. 2º desta Lei enviarão, anualmente, ao Sistema Único de Saúde e aos
sindicatos representativos dos trabalhadores uma listagem dos seus
empregados,
com indicação de setor, função, cargo, data de nascimento, de admissão e de
avaliação médica periódica, acompanhada do diagnóstico resultante.
Parágrafo único - Todos os trabalhadores das empresas que lidam com o
asbesto/amianto da variedade crisotila e com fibras naturais e artificiais
referida
no art. 2º desta Lei serão registrados e acompanhados por serviços do Sistema
Único da Saúde, devidamente qualificados para esse fim, seu prejuízo das
ações
de promoção, proteção e recuperação da saúde interna, de responsabilidades
das
empresas.
Art. 6º - O Poder Executivo determinará aos produtores de asbesto/amianto da
variedade crisotila, bem como das fibras naturais e artificiais referidas no art.

desta Lei, que não forneçam estes materiais às empresas que estejam
descumprindo qualquer disposição deste diploma legal.
Parágrafo único - Acontecendo o previsto no caput deste artigo, o Governo
Federal não autorizará a importação da substância mineral ou das fibras
referidas
no art. 2º desta Lei.
Art. 7º - Em todos os locais de trabalho onde os trabalhadores estejam
expostos
ao asbesto/amianto da variedade crisotila ou das fibras naturais ou artificiais
referidas no art. 2º desta Lei deverão ser observados os limites de tolerância
fixados na legislação pertinente e, na sua ausência, serão fixados com base nos
critérios de controle de exposição recomendados por organismos nacionais ou
internacionais, reconhecidos cientificamente.
§ 1º - Outros critérios de controle da exposição dos trabalhadores que não
aqueles definidos pela legislação de Segurança e Medicina do Trabalho
deverão
ser adotados nos acordos assinados entre os sindicatos dos trabalhadores e os
empregadores, previstos nos art. 3º desta Lei.
§ 2º - Os limites fixados deverão ser revisados anualmente, procurando-se
reduzir
a exposição ao nível mais baixo que seja razoavelmente exeqüível.
Art. 8º - O Poder Executivo estabelecerá normas de segurança e sistemas de
acompanhamento específicos para os setores de fricção e têxtil que utilizam
asbesto/amianto da variedade crisotila ou as fibras naturais ou artificiais
referidas
no art 2º desta Lei, para fabricação dos seus produtos, extensivas aos locais
onde
eles são comercializados ou submetidos a serviços de manutenção ou reparo.
Art. 9º - Os institutos, fundações e universidades públicas ou privadas e os
órgãos do Sistema Único de Saúde promoverão pesquisas científicas e
tecnológicas no sentido da utilização, sem riscos à saúde humana, do
asbesto/amianto da variedade crisotila, bem como das fibras naturais e
artificiais
referidas no art. 2º desta Lei.
Parágrafo único - As pesquisas referidas no caput deste artigo contarão com
linha
especial de financiamento dos órgão governamentais responsáveis pelo
fomento
à pesquisa científica e tecnológica.
Art. 10 - O transporte do asbesto/amianto e das fibras naturais e artificiais
referidas no art. 2º desta Lei é considerado de alto risco e, no caso de acidente,
a
área deverá ser isolada, com todo material sendo reembalado dentro de normas
de segurança, sob a responsabilidade da empresa transportadora.
Art. 11 - Todas a infrações desta Lei serão encaminhadas pelos órgãos
fiscalizadores, após a devida comprovação, no prazo máximo de setenta e
duas
horas, ao Ministério Público Federal, através de comunicação circunstanciada,
para as devidas providências.
Parágrafo único - Qualquer pessoa é apta para fazer aos órgãos competentes as
denúncias de que tratam este artigo.
Art. 12 - (VETADO).
Art. 13 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 14 - Revogam-se as disposições em contrário.
DECRETO Nº 2.350, de 15 de outubro de 1997

Regulamenta a Lei nº 9.055, de 1º' de junho de 1995, e dá outras providências


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,
inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei 9.055, de 11 de junho
de 1995,
DECRETA:
Art. 1º A extração, a industrialização, a utilização, a comercialização e o transporte
de asbesto/amianto, no território nacional, ficam limitados à variedade crisotila.
Art. 2º A importação de asbesto/amianto, da variedade crisotila, em qualquer de suas
formas, somente, poderá ser realizada após autorização do Departamento Nacional
de Produção Mineral - DNPM do Ministério de Minas e Energia e atendidas às
seguintes exigências:
I - cadastramento junto ao DNPM das empresas importadoras de asbesto/amianto da
variedade crisotila, em qualquer de suas formas, condicionado à apresentação, pela
empresa importadora, de licença ambiental e registro no cadastro de usuário do
Ministério do Trabalho,
II - apresentação, até 30 de novembro de cada ano, ao DNPM, de previsão de
importação, para o ano seguinte, de asbesto/amianto da variedade crisotila;
III - cumprimento das condições estabelecidas pela legislação federal, estadual e
municipal de controle ambiental, de saúde e segurança no trabalho e de saúde
pública, pertinentes a armazenagem, manipulação, utilização e processamento do
asbesto/amianto, bem como de eventuais resíduos gerados nessa operação, inclusive
quanto a sua disposição final.
Art. 3º O cadastramento da empresa importadora dê asbesto/amianto no órgão
competente referido no inciso I do artigo anterior é válido por doze meses, ao
término dos quais, inexistindo a renovação, será cancelado.
Art. 4º O DNPM e a Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do
Trabalho encaminharão, semestralmente, à Secretaria de Comércio Exterior do
Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo relação atualizada das empresas
cadastradas e aptas a realizarem importação de asbesto/amianto.
Art. 5º Todos os produtos que contenham asbesto/amianto da variedade crisotila,
importado ou de produção nacional, somente poderão ser comercializados se
apresentarem marca de conformidade do Sistema Brasileiro de Certificação.
Parágrafo único. As normas e os procedimentos para aplicação desse controle serão
elaborados e regulamentados até 31 de dezembro de 1998.
Art. 6º As fibras naturais e artificiais que já estejam sendo comercializadas ou que
venham a ser fabricadas deverão ter a comprovação do nível de agravo à saúde
humana avaliada e certificada pelo Ministério da Saúde, conforme critérios a serem
por ele estabelecidos, no prazo de noventa dias.
Art. 7º As empresas de extração e industrialização de asbesto/amianto depositarão
nas Delegacias Regionais do Trabalho, no prazo de noventa dias a contar da data de
publicação deste Decreto, cópias autenticadas dos acordos firmados entre
empregados e empregadores, nos quais deverão constar cláusulas referentes a
segurança e saúde no trabalho.
Art. 8º As empresas que iniciarem o processo de extração e industrialização de
asbesto/amianto, após a publicação deste Decreto, terão prazo de doze meses, a
contar da data de expedição do alvará de funcionamento, para depositar nas
Delegacias Regionais do Trabalho o acordo firmado entre empregados e
empregadores referido na Lei nº 9.055, de 1º de junho de 1995.
Art. 9º As empresas que não assinarem e depositarem o acordo com os sindicatos de
trabalhadores, nos prazos fixados nos arts. 7º e 8º, terão o seu alvará de
funcionamento automaticamente cancelado.
Art. 10. O monitoramento e controle dos riscos de exposição ao asbesto/amianto da
variedade crisotila e às fibras naturais e artificiais, nos termos do art. 4º da Lei nº
9.055, de 1995, poderão ser executados por intermédio de instituições públicas ou
privadas, credenciadas pelo Ministério do Trabalho.
Parágrafo único. O credenciamento de instituições públicas ou privadas
especializadas no monitoramento e controle dos riscos de exposição dos
trabalhadores ao asbesto/amianto far-se-á conforme critérios estabelecidos pelos
Ministérios do Trabalho, de Minas e Energia e da Saúde.
Art. 11. Os registros da medição de poeira de asbesto/amianto deverão ser
conservados nas empresas pelo prazo mínimo de trinta anos, e o acesso a eles é
franqueado aos trabalhadores, aos seus representantes e às autoridades competentes.
Art. 12. As empresas de extração e industrialização do asbesto/amianto
encaminharão, anualmente, à Secretaria de Saúde do Estado ou do Município, a
listagem de seus empregados, de acordo com os critérios a serem estabelecidos pelo
Ministério da Saúde.
Art. 13. Os Ministérios do Trabalho e da Saúde determinarão aos produtores de
asbesto/amianto da variedade crisotila, bem como das fibras naturais e artificiais
referidas no art. 2º da Lei nº 9.055, de 1995, a paralisação do fornecimento de
materiais às empresas que descumprirem obrigação estabelecida naquela Lei, dando
ciência, ao mesmo tempo, ao Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo
para as providências necessárias.
Art. 14. Fica criada a Comissão Nacional Permanente do Amianto - CNPA,
vinculada ao Ministério do Trabalho, de caráter consultivo, com o objetivo de
propor medidas relacionadas ao asbesto/amianto da variedade crisotila, e das demais
fibras naturais e artificiais, visando à segurança do trabalhador.
Parágrafo único. A CNPA elaborará seu regimento interno, a ser aprovado pelo
Ministro de Estado do Trabalho, disciplinando o seu funcionamento.
Art. 15. Integram a CNPA:
I - dois representantes do Ministério do Trabalho, um dos quais a presidirá;
II - dois representantes do Ministério da Saúde;
III - dois representantes do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo;
IV - um representante do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da
Amazônia Legal;
V - um representante do Ministério de Minas e Energia;
VI - quatro representantes de entidades de classe representativas de empregados e
quatro de empregadores.
§ 1º Os membros da CNPA serão designados pelo Ministro de Estado do Trabalho,
após indicação pelos titulares dos órgãos e das entidades nela representados.
§ 2º A CNPA deverá se valer de instituições públicas e privadas de pesquisa sobre
os efeitos do uso do amianto, da variedade crisotila na saúde humana.
§ 3º A participação na CNPA será considerada serviço público relevante, não
ensejando qualquer remuneração.
Art. 16. O Ministério do Trabalho estabelecerá, no prazo de 180 dias a partir de
publicação deste Decreto, critérios para a elaboração e implementação de normas de
segurança e sistemas de acompanhamento para os setores têxtil é de fricção.
Art. 17. Caberá aos Ministérios do Trabalho, da Saúde, da Ciência e Tecnologia e da
Educação e do Desporto, mediante ações integradas, promover e fomentar o
desenvolvimento de estudos e pesquisas relacionados ao asbesto/amianto e à saúde
do trabalhador.
Art. 18. A destinação de resíduos, contendo asbesto/amianto ou fibras naturais e
artificiais referidas no art. 2º da Lei nº 9.055, de 1995, decorrentes do processo de
extração ou industrialização, obedecerá ao disposto em regulamentação específica.
Art. 19. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
LEI Nº 9.976, de 03 de julho de 2000

Dispõe sobre a produção de cloro e dá outras providências.


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta e
eu sanciono a seguinte Lei:
Art 1º A produção de cloro pelo processo de eletrólise em todo o território nacional
sujeita-se às normas estabelecidas nesta Lei.
Art 2º Ficam mantidas as tecnologia atualmente em uso no País para a produção de
cloro pelo processo de eletrólise, desde que observadas as seguintes práticas pelas
indústrias produtoras:
I - cumprimento da legislação de segurança, saúde no trabalho e meio ambiente
vigente;
II - análise de riscos com base em regulamentos e normas legais vigentes;
III - plano interno de proteção à comunidade interna e externa em situações de
emergência;
IV - plano de proteção ambiental que inclua o registro das emissões;
V - controle gerencial do mercúrio nas empresas que utilizem tecnologia a mercúrio,
com obrigatoriedade de:
a) sistema de reciclagem e/ou tratamento de todos os efluentes, emissões e resíduos
mercuriais;
b) paredes, pisos e demais instalações construídas de forma a minimizar perdas de
mercúrio;
c) operações de manuseio, recuperação, manutenção e armazenagens de mercúrio
que evitem a contaminação dos locais de trabalho e do meio ambiente;
d) avaliações ambientais conforme normas específicas para este agente;
VI - programas de prevenção da exposição ao mercúrio que inclua:
a) avaliação de risco para a saúde do trabalhador;
b) adoção de medidas de controle de engenharia, operações administrativa e
equipamentos de proteção individual - EPIs;
c) monitoramento da exposição e gerenciamento do risco;
d) ação de vigilância à saúde dos trabalhadores próprios e de terceiros;
e) procedimentos operacionais, de manutenção e de atividades de apoio;
VII - sistema gerencial de controle do amianto, nas indústrias que utilizem essa
tecnologia, com obrigatoriedade de:
a) utilização de amianto somente do tipo crisotila;
b) ambiente fechado com filtração de ar para o manuseio do amianto seco;
c) locais controlados nas operações de preparação e remoção de diafragmas de
amianto;
d) segregação de resíduos do amianto, tratamentos e destinações adequadas, com
registro interno de todas as etapas;
e) vestiários adequados para o acesso às áreas do amianto por pessoas designadas;
f) vigilância da saúde na prevenção de exposição ocupacional ao amianto com
procedimentos bem definidos de toda ação de controle; e
g) disponibilidade de equipamento de proteção individual e uniformes específicos
para operações nesta área;
VIII - afastamento temporário do trabalhador do local de risco, sempre que os
limites biológicos legais forem ultrapassados, até que medidas de controle sejam
adotadas e o indicar biológico normalizado;
IX - discussão dos riscos para a saúde e para o meio ambiente em decorrência do uso
do mercúrio e do amianto, no âmbito das Comissões Internas de Prevenções de
Acidentes - CIPAs, da qual será dado conhecimento aos empregados e demais
trabalhadores envolvidos;
X - plano de autonomonitoramento de efluentes gerados, especificando:
a) forma e metodologia do monitoramento;
b) estratégia de amostragem;
c) registro e disponibilização dos resultados médios de monitoramento.
Art 3º Fica vedada a instalação de novas fábricas para produção de cloro pelo
processo de eletrólise com tecnologia a mercúrio e diafragma de amianto.
Art 4º A modificação substancial das fábricas atualmente existentes que utilizam
processos a mercúrio ou diafragma de amianto será precedida de registro mediante
comunicação formal aos órgãos públicos competentes, sem prejuízo das exigências
legais pertinentes.
§ 1º Para efeito desta Lei, são consideradas modificações substanciais aquelas
alterações de processo, instalações, equipamentos e área envolvida diretamente no
processo de eletrólise que:
I - aumentem a capacidade nominal de produção da fábrica;
II - modifiquem a área utilizada;
III - alterem o tipo de célula;
IV - aumentem o número de células existentes;
V - possam resultar em impactos ambientais em função de:
a) mudança de matérias-primas e insumos;
b) aumento de geração de poluentes nas águas, ar e resíduos sólidos;
c) alterações nas formas e quantidades de energias utilizadas; e
d) aumento no consumo de água;
VI - possam resultar em alterações nos riscos à saúde e segurança dos trabalhadores
e das instalações.
§ 2º Ficam vedadas ampliações desses processos que configurem construções de
novas salas de células ou circuitos completos adicionais aos já existentes.
Art 5º A utilização de novas tecnologias de produção de cloro dependerá de
autorizações e avaliações de riscos previstas em lei.
Art 6º As indústrias de cloro pelo processo de eletrólise deverão manter nos
estabelecimentos, em local de fácil acesso, para fins de fiscalização, as informações
sobre o automonitoramento e demais itens do art. 2º desta Lei.
Art 7º As informações sobre indicadores gerais de qualidade do controle do
mercúrio e do amianto deverão ser padronizados e estar disponíveis aos empregados
próprios e de contratados e ao sindicato da categoria profissional predominante no
estabelecimento.
Art 8º Na hipótese de infração das determinações desta Lei, os órgãos de
fiscalização competentes, sem prejuízo de outras cominações legais, aplicarão uma
ou mais das seguintes medidas:
I - advertência;
II - multa;
III - suspensão temporária da atividade industrial; e
IV - suspensão definitiva da atividade industrial.
Art 9º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de cento e oitenta dias de
sua publicação.
Art 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
São Paulo

LEI Nº 10.813, DE 24 DE MAIO DE 2001

(Projeto de lei nº 648/96, do deputado Roberto Gouveia - PT)

Dispõe sobre a proibição de importação, extração,


beneficiamento, comercialização, fabricação e a instalação,
no Estado de São Paulo, de produtos ou materiais
contendo qualquer tipo de amianto

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:


Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1º - Ficam proibidos, a partir de 1º de janeiro de 2005, a importação, a extração, o
beneficiamento, a comercialização, a fabricação e a instalação, no Estado de São Paulo, de
produtos ou materiais contendo qualquer tipo de amianto, sob qualquer forma.
Artigo 2º - Após 12 (doze) meses da data de publicação desta lei, ficam proibidas a
fabricação, a comercialização e a instalação, no Estado de São Paulo, de materiais de
fricção e outros materiais automotivos contendo amianto.
Artigo 3º - A partir da data da publicação desta lei, ficam proibidas a fabricação, a
comercialização e a instalação, no Estado de São Paulo, de equipamentos de proteção
individual e artefatos de uso infantil, tais como brinquedos, equipamentos destinados a
parques infanto-juvenis, materiais escolares e giz de cera, que contenham amianto ou
materiais que possam estar contaminados por amianto.
Artigo 4º - Os órgãos da administração direta e indireta do Estado de São Paulo ficam
proibidos de instalar, a partir da publicação desta lei, em suas edificações e dependências,
assim como adquirir, materiais produzidos com qualquer tipo de amianto e produtos que
contenham este mineral.
Parágrafo único - Os serviços conveniados, contratados ou terceirizados ficam enquadrados
na proibição estabelecida no "caput" deste artigo, bem como os equipamentos privados de
uso público, como estádios esportivos, teatros, cinemas, escolas, creches e hospitais.
Artigo 5º - Até que se elimine definitivamente o uso do amianto, nos ambientes de trabalho
onde ocorra extração ou produção de materiais que contenham o mineral, não deverá ser
ultrapassada a concentração de 0,1 (um décimo) de fibras de amianto por centímetro
cúbico, devendo ocorrer, no mínimo a cada 6 (seis) meses, avaliação ambiental, de acordo
com o Código Sanitário do Estado de São Paulo, Lei nº 10.083, de 23 de setembro de 1998,
e demais dispositivos legais em vigor.
Artigo 6º - As empresas ou instituições, públicas e privadas, responsáveis pela execução de
obras de demolição ou remoção de material que contenha amianto deverão respeitar as
normas técnicas previstas no Código Sanitário do Estado de São Paulo, Lei nº 10.083, de 23
de setembro de 1998, e a Lei nº 9.505, de 11 de março de 1997, no que diz respeito às
medidas de proteção da comunidade e dos trabalhadores envolvidos na obra contra a
exposição à poeira que contenha amianto.
§ 1º - A remoção de amianto do tipo anfibólio, que tenha sido aplicado por
jateamento, spray ou qualquer outro processo em que o material esteja
exposto e seja friável, deverá ocorrer no menor prazo possível, após a
análise do impacto dos riscos do amianto e do plano de demolição previsto
no "caput" deste artigo, observando-se os limites de concentração
estabelecidos no artigo 5º desta lei.

§ 2º - Os uniformes utilizados pelos trabalhadores na execução de atividades


com amianto deverão ser adequadamente lavados pelo empregador.
Artigo 7º - No período compreendido entre a data da publicação desta lei e 1º de janeiro de
2005, as empresas que comercializam ou fabricam produtos que contenham amianto ficam
obrigadas a informar nas embalagens dos seus produtos, com destaque, a existência do
mineral em seu produto e que a sua inalação pode causar câncer, sem prejuízo das
disposições constantes das legislações federal, estadual e municipal no que diz respeito à
rotulagem preventiva.
Artigo 8º - Tanto a desobediência ao disposto nesta lei como sua inobservância são
consideradas infrações sanitárias e estarão sujeitas às penalidades estabelecidas no Título
IV, do Livro II, do Código Sanitário do Estado de São Paulo, Lei nº 10.083, de 23 de
setembro de 1998.
Artigo 9º - Fica o Poder Executivo autorizado a criar, por intermédio do Sistema Único de
Saúde (SUS), nos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador e demais unidades de
saúde, programa para desenvolver ações de vigilância em saúde e assistência especializada,
que vise à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento das doenças decorrentes do trabalho
com o amianto.
Parágrafo único - O programa compreenderá habilitação técnica dos profissionais e
equipamentos necessários para o desenvolvimento das ações referidas no "caput" deste
artigo.
Artigo 10 - Fica instituída a notificação obrigatória à autoridade local do SUS, pela rede
pública e privada de assistência à saúde, de todos os casos de doenças decorrentes da
exposição ao amianto.
Artigo 11 - As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta das dotações
orçamentárias próprias.
Artigo 12 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições
em contrário.
Palácio dos Bandeirantes, 24 de maio de 2001.
GERALDO ALCKMIN
Fernando Dall'Acqua
Secretário da Fazenda
José da Silva Guedes
Secretário da Saúde
José Anibal Peres de Pontes
Secretário da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico
José Ricardo Alvarenga Trípoli
Secretário do Meio Ambiente
João Caramez
Secretário-Chefe da Casa Civil
Antonio Angarita
Secretário do Governo e Gestão Estratégica
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 24 de maio de 2001.
Lei Municipal de São Paulo

LEI Nº 13.113, DE 16 DE MARÇO DE 2001.


Projeto de Lei nº 42/97, do
Vereador ANTONIO GOULART
DISPÕE SOBRE A PROIBIÇÃO DO USO DE MATERIAIS, ELEMENTOS
CONSTRUTIVOS
E EQUIPAMENTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL CONSTITUÍDOS DE AMIANTO
MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo, usando das
atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber que a Câmara Municipal,
em sessão de 14 de fevereiro de 2001, decretou e eu promulgo a seguinte lei:
Art. 1º - Fica proibida na construção civil a utilização de
materiais, elementos construtivos e equipamentos constituídos por amianto.
Art. 2º - O Executivo vinculará, quando couber, a expedição dos
documentos para Controle da Atividade de Obras e Edificações de que trata o
Capítulo 3º da Lei nº 11.228/92, a um termo de responsabilidade assinado pelo
responsável técnico da obra.
Art. 3º - O Executivo procederá a ampla divulgação dos efeitos
nocivos provocados pelo contato e manuseio inadequados do amianto.
Parágrafo único - Qualquer pessoa é apta a fazer, ao órgão
competente, denúncia do descumprimento da presente lei.
Art. 4º - O descumprimento do disposto na presente lei ensejará multa
de 600 (seiscentas) UFIRs, dobrada se persistir a desconformidade.
Art. 5º - O Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 120
(cento e vinte) dias a contar da data de sua publicação, dispondo, em especial,
sobre as formas de controle e erradicação e substituição do amianto na
construção civil.
Art. 6º - As despesas decorrentes da execução da presente lei
correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se
necessário.
Art. 7º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 16 de março
2001, 448º da fundação de São Paulo

MARTA SUPLICY, Prefeita.


JUSTIFICATIVA

A comprovação de que o amianto é cancerígeno e que provoca entre


2000 e 3000 mortes na França por ano levou o país a proibir de vez o seu uso
em 1996. Em função disso, diversos países têm aberto discussões a respeito
da questão. No Brasil, os jornalistas Barbara Gancia e Reali Jr., têm
denunciado com veemência o problema, alertando para as conseqüências que
certamente já estamos sofrendo em razão da profusão do uso do amianto
entre nós.
Conhecendo esse dados, a proibição do uso do amianto em novas
construções é um dever do legislador, pois defende o direito à vida das
pessoas que estariam a ele expostas. A substituição obrigatória no prazo de
cinco anos de todo o amianto por outros materiais nas construções já
existentes é um problema crucial da saúde pública que deve ser enfrentado em
caráter de urgência
DECRETO Nº , DE DE DE 2002

Regulamenta a Lei nº 13.113, de 16 de março de 2001, que


dispõe sobre a proibição do uso de materiais, elementos construtivos
e equipamentos da construção civil constituídos de amianto.

MARTA SUPLICY, Prefeita do Município de São Paulo,


no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei,
DECRETA:

Art. 1º - A Lei nº 13.113, de 16 de março de 2001, que


proíbe a utilização de materiais, elementos construtivos e equipamentos constituídos
por amianto na construção civil, fica regulamentada nos termos deste decreto.
Art. 2º - Para efeito de aplicação da Lei nº 13.113, de 16 de
março de 2001, ficam definidos os seguintes termos:
I - amianto, também denominado asbesto, como designação
genérica dada a minerais com estrutura fibrosa encontrados como minerais essenciais
ou acessórios nas rochas magmáticas e metamórficas, a saber:
a) crisotila, conhecida como asbesto branco, variedade fibrosa
do grupo da serpentina;
b) crocidolita, conhecida como asbesto azul; amosita, conhecida
como asbesto marrom; actinolita, antofilita e tremolita, variedades fibrosas
do grupo dos anfibólios;
c) qualquer mistura ou produto que contenha um ou mais tipos
de amianto citados como parte integrante ou como contaminante, como o talco
industrial, vermiculita e outros minerais, utilizados principalmente como isolantes
térmicos e acústicos.
II - materiais, elementos construtivos e equipamentos constituídos
por amianto são todos os produtos compostos ou formados, com quantidades
variáveis, de fibra de amianto, ou misturados com produtos contendo amianto
utilizados na construção civil, tais como: reservatório para líquidos, elementos
para cobertura, vedação e revestimentos, isolamento térmico e acústico, instalações
hidráulicas, paredes e portas corta-fogo, divisórias e pisos.
Art. 3º - Os órgãos da Administração Direta e Indireta do
Município de São Paulo ficam proibidos de instalar, a partir da publicação deste
decreto, em suas edificações e dependências, assim como adquirir, materiais produzidos
com qualquer tipo de amianto e produtos que contenham este mineral,
ressalvadas as licitações e contratos em andamento.
Parágrafo único - Será obrigatória a inserção, nas placas
indicativas das obras públicas municipais, da seguinte mensagem "Nesta obra não
utilizamos amianto ou produtos derivados, pois são prejudiciais à saúde".
Art. 4º - Observado o prazo previsto no artigo 1º da Lei Estadual
nº 10.813, de 24 de maio de 2001, a expedição dos documentos constantes
do Capítulo 3 da Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992 (Código de Obras e Edificações),
fica condicionada à assinatura de Termo de Responsabilidade Técnica,
nos seguintes casos:
I - acréscimo ou supressão de área;
II - obra nova;
III - demolição total do existente;
IV - reforma da edificação, incluindo a pequena reforma;
V - edificação transitória;
VI - projeto modificativo, cujas alterações descaracterizem o
projeto anteriormente aprovado.
§ 1º - O Termo de Responsabilidade a que se refere o "caput"
deste artigo deverá ser assinado pelo autor do projeto, pelo dirigente técnico
e pelo proprietário do imóvel, de acordo com o Anexo único deste decreto.
§ 2º - No caso de demolição de construção onde existam materiais
citados nos incisos I e II do artigo 1º deste decreto, bem como de manuseio
e transporte desses materiais, deverão ser tomadas todas as precauções, pelo dirigente
técnico e pelo proprietário, para proteção dos trabalhadores envolvidos na
obra e para proteção da comunidade do entorno.
Art. 5º - As infrações ao disposto na Lei nº 13.113, de 16 de
março de 2001, observados os artigos 2º e 4º deste decreto, acarretarão a aplicação
de multa no valor de R$ 676,56 (seiscentos e setenta e seis reais e cinquenta e
seis centavos), dobrada se persistir, no prazo de 30 (trinta) dias, a irregularidade.
§ 1º - A fiscalização do cumprimento das disposições da Lei
nº 13.113, de 16 de março de 2001, bem como a aplicação de multa caberão à
Administração Regional competente.
§ 2º - Por ocasião da lavratura da multa referida no "caput"
deste artigo, serão intimados os responsáveis pela obra para efetuarem a remoção
do material contendo amianto.
Art. 6º - A substituição do amianto na construção civil,
constante do artigo 5º da Lei nº 13.113, de 16 de março de 2001, deverá sempre
ocorrer na área abrangida pela reforma.
Art. 7º - O Executivo, a partir da publicação deste decreto,
promoverá, com ampla divulgação pelos diversos meios de comunicação, campanhas
para esclarecimento dos efeitos nocivos provocados pelo contato e manuseio
inadequado do amianto.
§ 1º - A divulgação referida no "caput" deste artigo deverá
ser feita nos equipamentos públicos, como escolas, postos de saúde, centros esportivos,
por meio de palestras e programas informativos, com a distribuição de
material explicativo e exemplificativo de produtos que contenham o amianto, e
também junto às Associações e Comunidades de Bairro.
§ 2º - Sempre que possível, todo o material de divulgação
produzido pelo Poder Público deverá conter informação quanto aos efeitos nocivos
do uso do amianto e sua proibição na construção civil.
Art. 8º - O descumprimento das disposições da Lei nº
13.113, de 16 de março de 2001, poderá ser denunciado por qualquer pessoa ao
Sistema de Atendimento ao Cidadão - SAC, às Administrações Regionais e às
demais Secretarias Municipais.
Art. 9º - A Secretaria de Serviços e Obras estabelecerá, no
prazo de 90 (noventa) dias, procedimentos obrigatórios para as empresas responsáveis
por demolição de obras, desde a demolição propriamente dita até o depósito
final, em locais pré-determinados que deverão receber tratamento adequado, do
entulho que contenha amianto, visando à proteção da saúde da comunidade.
Art. 10 - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos
de de 2002, 448º da fundação de São Paulo.

MARTA SUPLICY
PREFEITA
ANNA EMILIA CORDELLI ALVES
Secretária dos Negócios Jurídicos
JOÃO SAYAD
Secretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico
JORGE FONTES HEREDA
Secretário de Serviços e Obras
JILMAR AUGUSTINHO TATTO
Secretário de Implementação das Subprefeituras
MARCOS QUEIROGA BARRETO,
Respondendo pelo Cargo de
Secretário da Habitação e Desenvolvimento Urbano
Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em
de de 2002.
UBIRATAN DE PAULA SANTOS,
Respondendo pelo Cargo de
Secretário do Governo Municipal
JAM/MTOBO/NPN/MCPG
SGM - ATL - PREAO
ANEXO ÚNICO INTEGRANTE DO
DECRETO Nº , DE DE DE 2002

Termo de Responsabilidade Técnica previsto na Lei nº 13.113, de 16 de


março de 2001
De acordo com os artigos 1º e 2º da Lei nº 13.113/01 e com o subitem 2.4.2.2
do
COE, declaro, sob as penas da lei, que na obra sob minha responsabilidade
situada
à ......................................................., não serão utilizados produtos que
contenham
amianto e/ou os materiais descritos no artigo 2º do Decreto nº
Estou ciente de que, no caso de demolição ou substituição de materiais que
contenham
amianto em sua composição, deverão ser atendidas as normas técnicas de
proteção e preservação da saúde do trabalhador e da comunidade.
Objeto do pedido:
Nome do Dirigente Técnico:
Nome do Autor do Projeto:
Nome da Empresa:
Nome do Proprietário:
Assinatura do Dirigente Técnico/CREA
Assinatura do Autor do Projeto/CREA
Assinatura do Proprietário
RIO GRANDE DO SUL
Assembléia aprova proibição do amianto no Estado

A Assembléia Legislativa aprovou, nesta terça-feira, 22, por


unanimidade, o projeto do deputado Giovani Cherini, do PDT, que
proíbe a utilização e comercialização de produtos a base de amianto
no Rio Grande do Sul. Com isso, o Estado será o segundo do Brasil a
proibir o uso do mineral cancerígeno. O primeiro foi Mato Grosso do
Sul. A proposta do deputado Cherini segue tendência mundial, pois 21
países, incluindo França e Itália já proibiram o uso do amianto em
qualquer tipo de produto, mas em especial, telhas, caixas d´água,
pastilhas e freios. Cinco cidades paulistas, incluindo a capital São
Paulo, também têm leis proibindo o amianto. O ministro do Meio
Ambiente, Sarney Filho, já anunciou que pretende proibir o mineral no
país, até 2003. Para Cherini, o Rio Grande do Sul, com a aprovação
do projeto, dá uma demonstração de preocupação com a vida, pois
milhares de trabalhadores já morreram vítimas de câncer e doenças
respiratórias provocadas pelas fibras do amianto.
O amianto é designação genérica dada a várias rochas fibrosas
predominantemente constituídas por silicatos. A fibra natural sedosa é
utilizada na indústria, principalmente na fabricação de telhas, caixas
d´água, guarnições de freios (lonas e pastilhas) e revestimentos de
discos de embreagem, vestimentas especiais, materiais plásticos
reforçados, termoplásticos, massas, tintas, pisos vinílicos, tecidos e
outros produtos, numa soma que pode ultrapassar os 3 mil itens.
Embora seja utilizado em vários segmentos industriais, o amianto ou
asbesto é altamente prejudicial a saúde, podendo causar câncer de
pulmão, insuficiência respiratória entre outros problemas graves. As
doenças, conforme pesquisas feitas na Europa, podem ser
provocadas em qualquer pessoa que tenha contato direto ou indireto
com o amianto ou seus produtos. A França foi o primeiro país a banir o
uso da fibra e seus derivados e, até o ano 2005, a Comunidade
Européia não utilizará o amianto.
Para Cherini, o projeto visa prevenir as doenças geradas por este
material altamente tóxico, como a asbestose, que reduz a capacidade
respiratória e o mesotelioma, tumor maligno. Ele lembra que foi a
comprovação de que o amianto é cancerígeno e que é responsável
pela morte de 2 mil a 3 mil pessoas por ano na França, que levou este
país a proibir definitivamente o uso do material desde 1996.
O deputado enfatiza na justificativa do projeto, que o amianto não
contamina apenas os trabalhadores que manuseiam diretamente a
fibra natural, mas também a população que utiliza caixas d'água,
canos, divisórias, ou produtos do segmento automotivo como pastilhas
e lonas de freio. As fibras, quase invisíveis, são aspiradas ou ingeridas
imperceptivelmente, acumulando-se no organismo, (o amianto é
indestrutível) às vezes por 20 ou 30 anos antes de manifestar qualquer
doença decorrente dela.
No Brasil, a Associação Brasileira das Vítimas do Amianto (ABREA)
uma ONG criada em 1995, em Osasco, pretende cadastrar as vítimas
do amianto e divulgar os malefícios deste mineral natural encontrado
no solo em mais de 30 variedades. Conforme informações da ABREA,
o país ainda não dispõe de estatísticas oficiais a respeito do amianto.
O estado de São Paulo é um dos poucos que possui números na
DRT/SP de trabalhadores vítimas. Depois de vários anos tramitando
na Câmara Municipal de São Paulo, o projeto foi aprovado e a prefeita
Marta Suplicy, do PT, sancionou a lei que proíbe o amianto na
construção civil.

Assessoria Imprensa
do deputado Giovani Cherini
22/05/2001
Rio de Janeiro

LEI Nº 3579, DE 07 DE JUNHO DE 2001

DISPÕE SOBRE A SUBSTITUIÇÃO PROGRESSIVA DA


PRODUÇÃO E DA COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS QUE
CONTENHAM ASBESTO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

O Governador do Estado do Rio de Janeiro, Faço saber que a


Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Para efeito desta Lei, adotam-se as seguintes definições:


I) - Asbesto/Amianto - forma fibrosa dos silicatos minerais
pertencentes aos grupos de rochas metamórficas das serpentinas, isto
é, a crisotila (asbesto branco), e dos anfibólios, isto é, a actinolita, a
amosita (asbesto marrom), a antofilita, a cricidolita (asbesto azul), a
tremolita ou qualquer mistura que contenha um ou vários destes
minerais.

Art. 2º - Fica proibido, em todo o território do Estado do Rio de Janeiro,


a extração de asbesto.

Art. 3º - Fica proibida a utilização de qualquer tipo de asbesto do grupo


anfibólio e dos produtos que contenham estas fibras.

Art. 4º - Fica proibida a pulverização (spray) de todas as formas de


asbesto.
Art. 5º - Fica proibida a venda a granel de asbesto em pó para fins de
vedação.

Art. 6º - Nos prazos indicados nos Incisos deste Artigo, fica proibida a
fabricação e a comercialização, em todo o Estado do Rio de Janeiro,
dos seguintes produtos, quando contiverem asbesto em sua
composição:
I) - No prazo de 2 (dois) anos: qualquer material ou componente
termoplástico; materiais de fricção para utilização em quaisquer
veículos (inclusive peças de reposição); revestimentos e peças,
inclusive
juntas, usados na prevenção ou na correção de vazamentos de
motores de combustão interna, carburadores ou quaisquer outros
componentes de veículos (rodoviários, ferroviários, aéreos); produtos
de fiação e
tecelagem de fibras têxteis; luvas, macacões, aventais e outros
vestuários; colas e adesivos; e materiais de isolamento térmico ou
termo elétrico, inclusive aqueles utilizados na indústria naval e no setor
metalúrgico.

II) - No prazo de 4 (quatro) anos: produtos à base de cimento-amianto,


incluindo placas lisas e corrugadas, telhas, caixas d'água, tubos e
conexões (inclusive válvulas industriais), outros pré-moldados de
cimento-amianto e quaisquer outros produtos para a construção civil e
para a indústria, inclusive a naval e a petroquímica; tintas e massas
adesivas destinadas ao isolamento térmico ou acústico, bem como à
vedação ou retardamento de propagação do fogo; resina fenólica
(baquelite); papéis especiais; filtros de qualquer tipo; diafragmas para
a indústria de cloro-soda; subprodutos da fabricação de artefatos de
cimento amianto; quaisquer produtos e subprodutos não listados neste
Artigo, resultante da mistura de asbesto com outros materiais; e todas
as demais formas de utilização e produtos a que se refere o "caput"
deste Artigo.

Art. 7º - Objetivando a proteção da saúde dos trabalhadores e de suas


famílias, bem como da produção em geral, ficam adotadas as
seguintes normas e critérios:
I) - Os níveis máximos de concentração de fibras de asbesto
admissíveis no ambiente de trabalho não podem ultrapassar 0,2 fibras
de asbesto por centímetro cúbico (0,2 f/cm3).

II) - Os níveis máximos de concentração de fibras de qualquer


substituto de asbesto admissíveis no ambiente de trabalho não podem
ultrapassar 0,2 fibras de asbesto por cm3 (0,2 f/cm3).

III) - Para efeito de atendimento ao disposto nos Incisos I e II deste


Artigo, serão realizadas, às expensas dos empregadores, medições
semestrais dos níveis de concentração de asbesto nos ambientes de
trabalho.

IV) - As medições a que se refere o Inciso III deste Artigo deverão


estar de acordo com o Protocolo de Avaliação Ambiental em Anexo a
esta Lei.

V) - Os métodos de medição serão aqueles estabelecidos pela


Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, pela
FUNDACENTRO, ou pelo órgão estadual encarregado da formulação
e da implementação das políticas de saúde pública.

VI - Representante dos trabalhadores de cada empresa deverão


participar dos programas de medição em todas as suas etapas, desde
a definição dos pontos em que serão tomadas as amostras até as
determinações laboratoriais, tendo acesso às informações resultantes.

VII) - Todos os trabalhadores diretamente envolvidos na manipulação


de materiais contendo asbesto deverão realizar às expensas do
empregador, exames médicos pré-admissionais, periódicos e
demissionais, incluindo, no mínimo, avaliação clínica, telerradiográfica
do tórax (de acordo com os padrões específicos estabelecidos pela
Organização Internacional do Trabalho) e prova de função pulmonar
(capacidade vital forçada e volume respiratório forçado no primeiro
segundo), recebendo cópias dos resultados.

VIII) - A tomografia computadorizada será utilizada nos exames


periódicos dos trabalhadores com início de exposição há mais de 15
(quinze) anos, e com radiografia de tórax normal.

IX) - Em casos definidos pelo Conselho Estadual de Saúde do


Trabalhador, serão realizadas avaliações de capacidade de difusão
pulmonar.

X) - Os exames médicos a que se refere o Inciso VII deste Artigo


deverão ser renovados (realizados) semestralmente, à excessão da
telerradiografia de tórax e da prova de função pulmonar, que deverão
ser renovadas anualmente, conforme previsto da legislação federal de
segurança e medicina de trabalho.

XI) - Cabe ao empregador, manter disponível a realização periódica de


exames médicos de controle dos trabalhadores durante 30 (trinta
anos), sendo a renovação dos exames feita a cada 3 (três) anos para
trabalhadores com período de exposição inferior a 12 (doze) anos, a
cada 2 (dois) anos para trabalhadores com período de exposição de
12 (doze) a 20 (vinte) anos, e anual para trabalhadores com período
de exposição superior a 20 (vinte) anos.

XII) - A Secretaria de Saúde, através do seu Programa de Saúde do


Trabalhador, deverá criar um programa de controle de qualidade
radiológica dos exames periódicos.

XIII) - A Secretaria de Saúde deverá estimular e promover o


treinamento e capacitação de médicos na interpretação radiológica.

XIV) - É obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual e de


vestimentos adequados, a serem fornecidos pelos empregadores, nos
locais de trabalho em que sejam processados ou manufaturados
materiais contendo asbesto.

XV) - Os resultados das avaliações ambientais a que se refere o Inciso


III deste Artigo deverão ser afixadas em quadro próprio, acessível a
todos os trabalhadores da empresa, garantindo o direito à informação.

XVI) - As empresas que manipulam ou utilizam materiais contendo


asbesto, sob quaisquer forma, deverão proporcionar aos trabalhadores
programas anuais de informação sobre os riscos decorrentes da
exposição ocupacional e treinamento sobre medidas de proteção.

XVII) - O treinamento a que se refere o Inciso anterior deverá ser


fiscalizado pela Secretaria de Saúde.

XVIII) - As empresas que manipulam ou utilizam materiais contendo


asbesto, sob quaisquer forma, deverão apresentar, aos representantes
designados pelos trabalhadores, programas anuais destinados à
reduzir
a exposição ocupacional, incluindo medidas tais como: vedação de
sacos; adequação de depósitos; instalação de sistemas de exaustão
adequados; enclausuramento e automatização da alimentação da
molassa; proteção dos discos de corte; lixamento e escovamento a
úmido; vedação dos sistemas de usinagem; demarcação e sinalização
dos locais possíveis de contaminação.

XIX) - As medidas objetivando a redução dos níveis de exposição


ocupacional deverão ser tomadas, sempre que técnica e
econômicamente viáveis, ainda quando os limites estabelecidos no
Inciso deste Artigo estiverem sendo respeitadas.
§ 1º - Ficam proibidos o lixamento e o corte à seco de produtos
contendo asbesto.
§ 2º - As instalações nas quais sejam produzidos asbesto ou materiais
contendo esse minério deverão dispor de vestiários duplos, de forma a
separar a guarda e a troca de vestimentas pessoais e de trabalho e
criar condições adequadas ao banho dos trabalhadores.

§ 3º - Os vestiários a que se refere o Parágrafo anterior serão


separados por instalações de banho por aspersão.

§ 4º - Cópias dos registros das medições realizadas nos ambientes de


trabalho sujeitos à contaminação por asbesto e dos relatórios médicos
dos trabalhadores a que se referem os incisos III, IV, VII e IX deste
Artigo permanecerão arquivadas e á disposição para consulta pública
nas instalações do Conselho Nacional de Saúde do Trabalhador pelo
prazo mínimo de 30 (trinta) anos.

§ 5º - A Secretaria, poderá exigir a realização de medições feitas por


auditores independentes, preferencialmente através de instituições
sem fins lucrativos e de notória capacitação.

Art. 8º - Todos os produtos e embalagens contendo asbesto deverão


ter anotações visíveis relacionadas às suas características, incluindo a
palavra "asbesto" e "amianto", bem como as expressões "evite criar
poeira" e "risco de câncer e doença pulmonar se inalado", de acordo
com as especificações constantes a seguir:

I) - Impresso diretamente na embalagem, em dimensões não inferiores


a 5 cm x 2,5 cm e em tipos proporcionais.

II) - Em baixo ou alto relevo, em cada peça ou produto individual


comercializado sob a forma sólida, com as mesmas dimensões e
características indicadas no inciso anterior (sempre que a peça tiver
dimensões mínimas compatíveis).

Art. 9º - Os produtores de asbesto fornecerão mensalmente ao


Conselho Estadual de Saúde do Trabalhador relação das quantidades
fornecidas a cada comprador, com indicação de nome, endereço e
número da nota fiscal.

Art. 10 - O descumprimento do disposto nos Artigos 2º, 3º e 5º desta


Lei implicará na imediata apreensão dos produtos por quaisquer
representantes do Poder Executivo, em particular dos inspetores e
fiscais das áreas relacionadas à saúde, meio ambiente, tributos e
segurança pública.
§ 1º - A constatação das irregularidades a que se refere o "caput"
deste Artigo será seguida de comunicação circunstanciada ao
Ministério Público estadual, no prazo máximo de 72 (setenta e duas)
horas, com informações sobre o local, nome da empresa, quantidade,
características e destinação dada ao material apreendido.
§ 2º- O descumprimento do disposto neste Artigo implica em
responsabilidade administrativa do servidor público, com a sua
demissão nos casos em que a atribuição inclua-se especificamente
entre as suas funções.

Art. 11 - Regulamentos desta Lei poderão ser editados e revistos


periodicamente pelo órgão estadual encarregado da formulação e da
implementação de programas de saúde.

Art.12 - As infrações ao disposto nesta Lei e em seu regulamento


serão passíveis das seguintes penalidades:
a - Multa, no valor de 100 à 10.000 Unidades Fiscais do Estado do Rio
de Janeiro - UFERJs, e;
b) - Interdição total ou parcial das instalações ou atividades.

Parágrafo único - Das multas aplicadas pelos órgãos competentes


caberá recurso ao Conselho Estadual de Saúde do Trabalhador, que
não poderá cancelá-las caso comprovada a infração.

Art. 13 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,


independentemente de qualquer regulamentação, revogadas as
disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 06 de junho de 2001.

Governador
DOCUMENTOS E RESOLUÇÕES DE
CONGRESSOS, CONFERÊNCIAS E SEMINÁRIOS

Seminário Internacional BASTAMIANTO

Aprovado durante o Seminário Internacional BASTAMIANTO


Milão 17-18 de Abril de 1.993
O amianto é perigoso em qualquer forma, independente da quantidade e
em todos as etapas do processo produtivo: extração, transporte, transformação,
utilização e eliminação.
É conhecido há décadas como sendo uma substância cancerígena, seja
inalado ou ingerido: não existem valores limites abaixo dos quais não haja
riscos para a saúde.
O amianto provoca graves doenças e será a causa de numerosas mortes
ainda por muitos anos, por seus efeitos se manifestarem após um longo
período de latência.
É portanto urgente proibir-se imediatamente todos os tipos de usos de
amianto. Deve ser buscada a reconversão das fábricas que utilizam este
material mediante a sua substituição por outras matérias-primas
reconhecidamente menos nocivas à saúde, preservando-se de qualquer forma
os postos de trabalho.
Alguns países já baniram o amianto, outros apressam-se a fazê-lo.
Esta lei de banimento não disciplinará todos os problemas causados
pelo amianto. A descontaminação dos locais afetados, a vigilância
epidemiológica das populações expostas e a indenização das vítimas estarão
ainda por muito tempo na ordem do dia.
É claro que esta proibição não deve estar circunscrita à Europa. É
inadmissível que os grandes industriais do amianto continuem a transferir
riscos para os países do terceiro mundo, onde a ausência de leis e de vigilância
apropriada favorecem o ataque à saúde de grande parcela da população. A
proibição é urgente não só na Europa, mas em todo o planeta.
Os cientistas, médicos, sindicalistas, ecologistas, associações e vítimas do
amianto, reunidos hoje em Milão, reivindicam à Comunidade Econômica
Européia(CEE) que promulgue uma diretiva que proíba o amianto em todos os
seus usos, nos países da CEE, e ao governo destes países de acolherem estes
elementos em suas legislações nacionais.
Esta diretiva poderá ser utilizada como modelo legislativo por todos os
países, desenvolvidos ou não, a fim de poder alcançar-se rapidamente a viver
num mundo sem amianto.

Milão, 18 de Abril de 1.993.

Seminário internacional do Amianto: Uso


controlado ou banimento

Aprovada no Seminário Internacional do Amianto:


Uso Controlado ou Banimento
São Paulo, 28-30/03/94

Os cientistas, técnicos, sindicalistas, associações, políticos


e cidadãos de todos os países presentes no Seminário
Internacional do Amianto firmam a presente declaração:
· Estamos convencidos de que a produção, transformação e uso de todos os
tipos de Amianto ou Asbesto representam um grande perigo para a saúde
dos trabalhadores e da população em geral;
· Respaldamos a nova dinâmica iniciada em São Paulo entre as diversas
centrais sindicais, os partidos políticos presentes, as ONG’s de defesa do
meio ambiente, os cientistas e representantes das vítimas do amianto, que,
superando as diversidades geográficas, lingüísticas e políticas, buscam
conseguir a curto prazo um mundo SEM AMIANTO; · Denunciamos
com indignação as multinacionais do amianto e seus métodos de
intimidação e de desinformação que se mostram mais evidentes ainda com a
mistificação do conceito do “Uso Controlado do Amianto”; Pedimos aos
governos, que ainda não o fizeram, que proíbam com urgência todas as
utilizações do amianto; que apóiem os produtos substitutos que tenham
demonstrado ser menos danosos à saúde, mantendo e criando novos
empregos; que efetuem a descontaminação sem riscos de todas as
instalações que contenham Amianto; que ponham em prática meios de
atendimento médico, vigilância e os mecanismos legais de indenização das
vítimas do amianto.

Seminário sobre Amianto - Fiocruz

CARTA DO RIO

Nós técnicos, cientistas, sindicalistas, trabalhadores,


parlamentares, pesquisadores, ambientalistas etc., reunidos no
Seminário sobre o Amianto, promovido pela FIOCRUZ no Rio de
Janeiro em 15 e 16 de maio de 1.997, e respaldados:
1. Pelo apelo de Milão e Declaração de São Paulo, documentos
referendados em Seminários Internacionais ocorridos,
respectivamente, em 1.993 em Milão e 1.994 em São Paulo;
2. No conhecimento atual de que todos os tipos de amianto
representam comprovadamente um risco à saúde dos trabalhadores e
da população como um todo;
3. Na proibição em vários países do uso desta matéria-prima e
na lógica globalizante de transferência de riscos para os países que
ainda não dispõem de legislação própria, como o nosso;
4. Em relatórios de pesquisadores nacionais que mostram a
necessidade de uma abordagem interdisciplinar, que contemple os
aspectos clínicos, sócio-culturais, tecnológicos, jurídicos e legais,
extensivos às famílias dos trabalhadores e expostos em geral;
5. Nas experiências relatadas por trabalhadores e trabalhadoras,
que embora expostos a processos de trabalhos diversos e em
indústrias diferentes, relatam semelhantes condições precárias a que
vêm sendo submetidos, contrariando os dispositivos legais vigentes, e
evidenciando a incapacidade do Estado em controlar a situação atual
e na própria inexeqüibilidade do "uso controlado", proposto pelos
produtores e utilizadores do amianto;
6. Na necessidade de aprofundamento e amadurecimento do
papel do Estado em suas diversas esferas de poder a nível nacional,
estadual e municipal;
7. Na experiência dos movimentos sociais, como a ABREA-
Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto, Organizações Não-
Governamentais como a Rede Ban Asbestos, e das ações sindicais e
na necessidade de articulação com a Fundação Interuniversitária de
Estudos sobre o trabalho-UNITRABALHO e o Ministério da Saúde;

Comprometemo-nos neste Encontro Nacional, que demarca o


processo de discussão e ações no Estado do Rio de Janeiro:

A apoiar o desenvolvimento de ações conjuntas com o poder


legislativo, movimentos sindical e social, ONG's e instituições públicas
em geral, no sentido de substituir gradativamente o amianto,
preservando a saúde da população brasileira.
CONGRESSO MUNDIAL DO AMIANTO

PASSADO, PRESENTE E FUTURO - Osasco, Brasil: Setembro


17-20, 2000

DECLARAÇÃO DE OSASCO

Como delegados do Congresso Mundial do Amianto, por meio desta


declaramos nossa intenção de constituir e participar de uma nova
Rede: a Rede(Network) Virtual do Congresso Global do Amianto.
Nossa primeira tarefa com membros desta Rede é lançar a
Declaração de Osasco.

Nós afirmamos solenemente nossa intenção de:

1. apoiar e participar dos esforços globais


de promover a solidariedade entre os ativistas
anti-amianto, grupos e outras organizações;
2. fazer campanhas para alcançar o
banimento do amianto em nossos países e no
exterior;
3. assistir globalmente as vítimas dispersas
do amianto em seus esforços de processar as
empresas multinacionais do amianto; igual
sofrimento e incapacidade merecem igual
tratamento e indenização;
4. denunciar e tornar públicas as tentativas
das empresas do amianto de transferir
tecnologias desacreditadas do primeiro mundo
para os países em desenvolvimento;
5. assegurar um livre fluxo de informações
sobre os desenvolvimentos relativos ao
amianto, incluindo decisões legais atualizadas,
pesquisas médicas, novas legislações;
6. interceder junto aos políticos, sindicatos e
outros atores sociais para a adoção de políticas
de "transição justa dos empregos", para que
estas etapas sejam adotadas o mais
rapidamente possível para substituir
gradativamente os empregos do amianto e as
condições de trabalho que ameaçam a vida;
7. considerar os problemas e soluções
sobre o amianto num contexto global;
8. agir em conjunto com nossos colegas
estrangeiros em todo momento, respeitando
nossas diferenças sociais e culturais;
9. compartilhar experiências pessoais e
profissionais na luta contra o amianto para que
as estratégias que obtiveram sucesso em um
país possam ser adotadas em qualquer outro
lugar;
10. monitorar o comportamento e a
lucratividade das indústrias do amianto e suas
sucessoras.
RESOLUÇÃO: SEMINÁRIO EUROPEU DO AMIANTO

Preâmbulo:

Embora a União Européia tenha adotado diretivas para banir o


uso de todos os tipos de amianto até 2.005, cientistas prevêem que o
total de mortes relacionadas ao amianto nos próximos anos poderá
exceder a quinhentos mil somente na Europa Ocidental. A origem das
exposições ao amianto é predominantemente ocupacional, embora
mortes causadas por exposições ambientais podem ser significativas.
À vista do aumento do número de vítimas do amianto, os delegados
presentes ao Seminário Europeu do Amianto, ocorrido no Parlamento
Europeu em 7 e 8 de Junho de 2.001, desejam fazer as seguintes
recomendações à Comissão Européia, ao Parlamento Europeu e aos
governos dos Estados-membros.

Referente às Políticas de Prevenção:

Apoio a redes locais, nacionais e internacionais para


identificação e registro de fontes de exposição ocupacional e
ambiental; fornecimento de assistência concreta e financeira
para trabalho a ser realizado na compilação de inventário
destas fontes.
Fornecimento em tempo hábil às populações sob risco de
informações acuradas da presença e perigos do amianto e
produtos que o contenham.
Rejeição de propostas com o objetivo de aumentar o limite
atual de concentração aceitável de amianto em resíduos.

Desenvolvimento e implementação de técnicas para


tratamento de resíduos contendo amianto.
Rejeição das presentes e futuras exceções no uso de
amianto, tais como a atual derrogação que permite a
continuidade de seu uso na produção de cloro.

Referente ao Direito das Vítimas:

Harmonização de critérios de identificação e indenização


das doenças relacionadas ao amianto causadas por
exposição ocupacional e ambiental.

Estudo das diferentes legislações entre os países referente


à responsabilidade legal pelas doenças relacionadas ao
amianto.

Referente a Prioridades de Novas Pesquisas:

Compromisso de monitoramento médico das populações


expostas, objetivando fornecer efetivo tratamento médico e
indenização às vítimas.

Compromisso de desenvolver efetiva abordagem


diagnóstica e terapêutica para as doenças relacionadas ao
amianto.

Compromisso de monitorar o atual quadro de doenças


relacionadas ao amianto e continuamente atualizar os
prognósticos epidemiológicos.

Compromisso de integrar pesquisa clínica com


investigações sobre os custos humanos e sociais das
doenças relacionadas ao amianto para as vítimas e suas
famílias.
Referente à prática de duplos-padrões(Double Standards):

Monitoramento das operações de empresas européias e


suas subsidiárias em países não pertencentes à União
Européia, identificando e promovendo ações legais contra a
conduta de empresas que infringem leis e regulamentos
europeus sobre o amianto.

Aprovação e cumprimento de legislação que assegure a


responsabilização de empresas culpadas de exporem ao
amianto trabalhadores, população em geral e o meio
ambiente e regulando níveis de indenização, garantida por
fundos, acordados pelos estados-membros.
Encorajar a OIT e OMS a atualizar medidas relacionadas ao
amianto tais como a Convenção 162 da OIT e o Critério 203
sobre a Crisotila alinhada com as diretivas européias.

Conclusão:

O Seminário reconhece o papel-chave dos grupos organizados


de vítimas do amianto pelas conquistas obtidas até o momento e
encoraja fortemente a cooperação com estes grupos, outros
movimentos sociais e ONGs trabalhando nesta área como ocorre na
prática nas instâncias das Nações Unidas. Foi reforçado a
necessidade e urgência de apoio financeiro para projetos com o
objetivo de melhorar a situação das vítimas do amianto.
É evidente que muitos países europeus têm problemas relativos
aos usos desordenado e continuado de amianto. Nós recomendamos
veementemente que ações gradativas devam ser tomadas para avaliar
a extensão destes problemas.
Fora das economias de mercado estáveis, exposição ao amianto
é ainda um risco ocupacional e ambiental considerável. Este fato foi
confirmado pelos representantes indiano e brasileira presentes ao
Seminário. Não há “limite seguro”, “qualquer exposição ou contato
com amianto pode causar doença fatal de pulmão, inclusive o câncer.
Aumento dos esforços para comercializar amianto nos países em
desenvolvimento têm sido feito pela indústria internacional do amianto.
É imperativo que todo esforço possível seja feito para fornecer
informação científica sobre os riscos do amianto e a disponibilidade de
alternativas mais seguras para os países que ainda não baniram o
amianto. Adicionalmente pesquisa para quantificar os usos passado e
atual de amianto e produção deverão ser conduzidos; esta informação
deverá ser disseminada para todas as populações em condições de
risco.
Os países que ainda não baniram o amianto, a saber
Luxemburgo, Grécia, Espanha e Portugal, deverão ser
pressionados/estimulados a fazê-lo imediatamente
Seminário Latino-americano sobre Asbestos -
Argentina

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CONCLUSIONES DE LAS MESAS DE TRABAJO

1- Conclusiones del Taller de representantes gubernamentales

Los participantes gubernamentales presentes en la Reunión


Latinoamericana del Asbesto, en la ciudad Buenos Aires, Argentina,
del 1-3 de octubre del 2001,
Considerando:
Que la salud de la población es un derecho fundamental de los
pueblos
Que los países suscribieron el compromiso de la carta de la Tierra
que considera que es el hombre, y no la producción, quien concentra
las preocupaciones relacionadas con el desarrollo sustentable
Que se ha comprobado científicamente que los Asbestos generan
cáncer y otros problemas de salud
Que el uso los asbestos es un problema de salud pública
Que la producción, uso y comercialización de los asbestos y otros
químicos, prohibidos en países desarrollados, por parte de nuestros
pueblos, debe ser considerado como un indicador de inequidad
Que el principio del libre comercio y el comercio internacional solo es
posible bajo condiciones de competencia leal

Acordamos:

I Considerar ésta como la primera reunión de un Foro Permanente


Latinoamericano sobre el Asbesto.
II Trabajar integradamente en la región para lograr la sustitución
del uso de los asbestos.
III Recomendar a los gobiernos de la Región asumir su
responsabilidad y comprometerlos a continuar con el proceso hacia la
prohibición del uso de los asbestos, iniciado en el Cono Sur.
IV Instar a los gobiernos que aún no lo han hecho a refrendar el
Convenio 162 de la OIT, como la primera manifestación de asumir la
responsabilidad en el proceso de sustitución
V Solicitar a los organismos internacionales su apoyo técnico y
financiero para el logro en cada país de la sustitución del asbesto por
sustancias comprobadamente menos nocivas.
VI Aprovechar todos los espacios de discusión para divulgar e
informar sobre los riesgos de la exposición a los asbestos.
VII Alertar sobre la existencia de mecanismos de dobles estándares
asociados a la transferencia de bienes, productos, insumos,
tecnologías y desechos sucios
VIII Recomendar a las comisiones parlamentarias que se incorporen
en los tratados internacionales de comercio, la prohibición de los
asbestos, al igual que la iniciativa presentada por Argentina en el
seno del Mercosur
IX Recomendar se extremen las medidas de protección de los
expuestos a los asbestos en tanto se logra la prohibición y se
sustituyen las fuentes de contaminación existentes.
X Vigilar el riesgo y los factores de riesgo que en cada país
condicionan la exposición de la población directa o indirectamente.
XI Instar a los gobiernos a construir redes de información y
comunicación permanente, que permitan mantener actualizado el
conocimiento de datos mínimos indispensables para facilitar la toma
decisiones de cada país desde una visión regional
XII Instar a los gobiernos a establecer vínculos con organizaciones
sociales, sindicales, universitarias y otras, que permitan viabilizar las
acciones, transferir la información y potenciar las fortalezas de la
gestión local.
Representantes de los Ministerios de Salud y/o Trabajo de los
siguientes países: Argentina, Brasil1[1], Costa Rica, Cuba, Chile,
Ecuador, Nicaragua, Paraguay, Perú, Uruguay y Venezuela.
Buenos Aires, 3 de octubre del 2001.

2- Conclusiones del Taller de organizaciones sociales y


sindicales
El grupo de trabajo conformado por representantes de organizaciones
de la sociedad civil: Sindicatos, Organizaciones no Gubernamentales,
Asociaciones de víctimas, trabajadores expuestos, sector académico y
otros profesionales, participantes en la Reunión Latinoamericana del
Asbesto, realizada en la ciudad de Buenos Aires, Argentina los días, 1,
2 y 3 de octubre de 2001, acordamos:
1. Demandar a los Gobiernos de los países Latinoamericanos la
prohibición de la explotación, usos, producción circulación,
comercialización, exportación, importación, tránsito interno y
transfronterizo del Asbesto en todas sus formas, así como de los
productos que lo contengan, incluso como contaminante (talco y
vermiculita).
2. Exigir a los Gobiernos hacer públicas sus políticas respecto al
Asbesto en Salud, Trabajo, Ambiente, Transporte y disposición final
de desechos.
3. Proponer a los respectivos gobiernos apoyar la propuesta de
Argentina de incluir el crisotilo y demás tipos de amianto en el
anexo 3 del Convenio de Rotterdam (Prior Informed Consent).
4. Recomendar a los países, a la OMS y a todas las agencias de
salud, trabajo y medio ambiente, que rechacen el concepto de
benignidad en la clasificación internacional de enfermedades.
5. Exigir la responsabilidad legal de las empresas productoras,
constructoras, intermediarios, comercializadoras, importadoras,
exportadoras en la contaminación del medio ambiente y los efectos
en la salud de los trabajadores y la población.
6. Exigir a los gobiernos y empresas el respeto al derecho de
información sobre riesgos del Asbesto.
7. Exigir a los gobiernos establecer programas de vigilancia
epidemiológica ocupacional y ambiental por exposición al Asbesto
como prioritarios.
8. Exigir a los gobiernos y empresas el respeto al derecho de
participación de los trabajadores y población en la prevención de
los riesgos del Asbesto.
9. Colocar el problema del Asbesto en las políticas de Medio
Ambiente.
10. Demandar a la Organización de las Naciones Unidas el
reconocimiento de que los problemas relacionados con el Asbesto
constituyen una violación a los Derechos Humanos.
11. Globalizar y uniformizar el carácter y el monto de las
indemnizaciones económicas en base a la norma más beneficiosa
para las víctima, sin distinción del país, raza y género.
12. Exigir el etiquetado de todos los productos que contengan
Asbesto incluso como contaminante (talco y vermiculita).
13. A fin de lograr estos objetivos nos planteamos las siguientes
actividades e iniciativas:
13.1. Formular la carta de Buenos Aires, un documento que recoja
las propuestas de la carta de Sao Paulo y la carta de Osasco.
13.2. Promover el intercambio de informaciones médicas, técnicas,
jurídicas y sociales, para impulsar la lucha contra el Asbesto y
formar comisiones temáticas.
13.3. Proponer un día Latinoamericano de víctimas del Asbesto.
13.4. Preparar una campaña, dirigida a los consumidores, de
información y boicot contra los productos que contengan Asbesto.
13.5. Impulsar la Red Latinoamericana Ban Asbesto incorporando el
canal ofrecido por FIOCRUZ.
13.6. Asumir el compromiso de cada participante de los países a
poner en práctica los acuerdos mediante la coordinación entre los
países, manteniendo la coordinación de América Latina en Brasil.
13.7. Hacer un diagnóstico regional del Grupo Eternit y sus
subsidiarias proporcionando la información sobre la base de un
cuestionario diseñado por el Senador Ruers
13.8. Reforzar el apoyo al movimiento antiasbesto en los países
donde hayan reacciones contra la lucha en contra del asbesto.
13.9. Organizar un nuevo encuentro tratando de fortalecer la
presencia sindical y de las víctimas en general.

Dada en Buenos Aires el 03 de octubre de 2001

CONCLUSIONES INCORPORADAS EN EL PLENARIO FINAL

a) La delegación brasileña solicita la inclusión de los siguientes


modificaciones conforme a la proposición de la plenaria, en las
conclusiones gubernamentales.
a-1) Item 1- Se debería modificar el titulo “ Foro Latinoamericano del
Asbesto” por “ Foro Latinoamericano de prohibición del uso del
Asbesto”.
a-2) Item 4- Modificar por: instar a los gobiernos que aun no lo han
hecho, a refrendar el convenio 162 de la OIT, conforme su articulo 10,
así como refrendar la recomendación 172 de la OIT, como la primera
manifestación de asumir la responsabilidad en el proceso de
sustitución.
a-3) ítem 5- Modificar en la redacción la frase “ por sustancias
comprobadamente menos nocivas” por “ ... como menos nocivas, de
acuerdo a la tecnología mas saludable disponible, en observancia al
principio de precaución”.
a-4) Item 11- Reemplazar “datos mínimos indispensables” por “ datos
indispensables”.
b) Se propuso, y fue aprobado por el plenario, la concreción de una
Biblioteca Fotográfica Global sobre el Asbesto, que fuera
incorporando todo el material fotográfico existente sobre el tema,
en el mundo, de manera de enriquecer las exposiciones itinerantes.
La propuesta incluía que la coordinación del proyecto fuera
asumida por Technikon Free State Science Park, de Sudáfrica.
c) Fue propuesto por ABREA y aprobado en el plenario, el repudio
al relatorio presentado por el diputado Ronaldo Caiado en el
Congreso Nacional Brasileño, oponiéndose al Proyecto de Ley de
prohibición del Asbesto en el Brasil.

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