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PRIMEIROS

PASSOS
NA COPRODUÇÃO
MINHA JORNADA DO HERÓI
COMEÇA AQUI

Para começar a entender o caminho que trilhei e o que quero passar aqui, eu trouxe essa foto.

Por mais de dez anos, fiz o percurso dessa parada de ônibus.

Ele começou com um primeiro emprego, foi pausado quando fui ao Mosteiro e
depois retomado, quando por mais de cinco anos eu trabalhei com
financiamento bancário, licitações e, por último, projetos.

Meu percurso não foi linear, foi cheio de idas e voltas porque eu vivia tentando
me adaptar ao modelo de trabalho CLT. Entrei e saí de uma infinidade de
empresas, por conta própria mesmo. Na esperança que na próxima eu pudesse
trabalhar sossegada. E quando digo sossegada, não falo de ter pouco trabalho.
Me refiro às políticas internas, puxações de saco e picuinhas presentes nas
empresas. Se você trabalha em uma, sabe bem como é.

E segui procurando todo tipo de negócio e renda extra que me permitisse viver
fora da CLT. Vendi muambas na internet, prestava serviço de conserto de
computador, freelas administrativos.

Eu bati em muitas portas!


E é justamente porque eu conheço o desgaste, a frustração e a humilhação que
é isso, que agora quero ajudá-los a encurtar esses passos. Mas entenda, não faço
porque sou melhor ou por caridade, faço porque gostaria de ter encontrado isso
enquanto estava perdida.

O PONTO DE VIRADA (TÃO TÍPICO DE


TODA JORNADA)
Minha mãe se acidentou em casa e precisou de uma cirurgia que não podíamos
pagar. Me lembro com bastante vivacidade do sentimento de fracasso que eu
carreguei naquela semana.

Porque Deus é bom, tive ajuda de amigos com remédios, fisioterapia e apoio
emocional também.

Mas era a gota d’agua para mim que, de certa forma, já estava acomodada ao
desconforto do trabalho vazio e sem sentido.

Naquele final de ano que passamos no hospital, eu decidi que daria um jeito de
uma vez por todas.

Consegui trabalho na área de projetos de uma multinacional, tomei gosto por


aquilo, fazia muitas horas extras e rapidamente fui promovida. Troquei de
empresa, fui novamente promovida. Segui estudando e aplicando bastante,
ficava depois do horário. Mas é sempre aquilo, é difícil crescer na CLT. Negociar
um aumento é um evento grande e na maioria das vezes ele te será negado.

Foi aí que eu percebi que o problema não era o trabalho e sim o modelo CLT.
Nessa época eu percebi observando os meus colegas que já tinha mais
conhecimento que a maioria e, principalmente, passei a valorizar isso.

Escute isso com muita atenção: é muito comum que você não enxergue que
é bom em algo. É muito comum que você se ache um bosta, que não deu
certo e não se encaixa.

É comum que você viva olhando os méritos alheios sendo felicitados enquanto
seu esforço passa despercebido. É comum. Não quer dizer que você precisa viver
nessa sarjeta a vida inteira.

Foi quando eu comecei a estudar sobre marketing digital que eu comecei a sair
da minha.
Entrei no O Novo Mercado do Ícaro de Carvalho e seguia estudando todo
milímetro de tempo que eu tinha livre. Passava em média 3 horas e meia no
ônibus todos os dias e lia, via as aulas, fazia as anotações. Usava meu horário de
almoço. Alguns dias, saía de casa às 05 e pouco da manhã para chegar mais cedo
lá e estudar no silêncio.

Até que passados dois meses de estudo intenso, eu vi uma pessoa procurando
um designer e indiquei um amigo do grupo. Ele me chamou para executar com
ele o projeto de lançamento.

Eu estava na CLT e precisei dar meus pulos: virava a noite, não tirava almoço, fazia
reunião às escondidas. Trabalhei muito nesses dias e o projeto foi um sucesso. E
então, meu caro, eu percebi que havia finalmente achado meu caminho.

A CO-PRODUÇÃO REUNIA TUDO QUE


EU QUERIA
• Poderia trabalhar de casa;
• Poderia escalar meus ganhos – não estava mais presa ao meu salário;
• Havia um esforço de todos pelo resultado e não apenas por agradar o
chefe;
• Eu teria liberdade de horário e local;
• Poderia trabalhar com pessoas que eu admirava e em projetos que
mudam a vida das pessoas.

Fiz contas, juntei uma grana. Uma amiga chamada Luciana – a quem devo muito
– me ajudou com apoio e disse que me ajudaria financeiramente caso precisasse.

Pedi demissão. A empresa gostava do meu trabalho e me contratou como


consultora (coisa que faço até hoje).

E que incrível foi tomar essa decisão, porque toda sorte de acontecimentos,
encontros e oportunidades se apresentaram para mim nesse último ano.

Como diz esse trecho que eu gosto muito:


"Com relação a todos os atos de iniciativa (e criação), há uma única
verdade básica, a ignorância a qual mata inúmeras ideias, e
esplêndidos planos: a de que no momento em que uma pessoa
definitivamente se compromete, a providência também começa a
se mover. Todo tipo de coisa ocorre para ajudar uma pessoa que
de outra forma jamais teria ocorrido. Toda uma sucessão de
acontecimentos tem início com a decisão de começar, provocando,
a favor de uma pessoa, toda sorte de incidentes, encontros e
assistência material inesperados, que ninguém jamais sonharia que
lhe acontecesse. Aprendi a ter um profundo respeito por um dos
versos de Goethe: “O que quer que possa fazer, ou sonha fazer,
comece. A ousadia encerra em si mesma genialidade, magia e
poder. 'Comece agora”.

W. H. Murray The Scottish Hímalayan Kxpedition

Fiz mais de 20 lançamentos, somei com os experts mais de 600 mil reais em
faturamento e já faturei meus seis dígitos na minha conta, líquido.

A minha vida mudou completamente. Era extremamente resistente a aparecer na


internet e hoje tenho quase mil alunos.

E trabalho indiretamente com mais de 2 mil.

Não canso de me surpreender com as possibilidades do digital. O quanto sua


vida pode mudar de repente.

Num dia você ganha 4 mil reais por mês e no outro ganha isso em uma hora.

E tudo isso podendo trabalhar de qualquer lugar


do mundo. Como não desejar algo assim?
É por isso que a demanda por conhecimento a respeito da co-produção cresceu
tanto e decidi profissionalizar essa mão de obra com meus conhecimentos
técnicos de gestão de projetos!

Agora que você já viu que é possível para QUALQUER um, eu quero que você se
comprometa a acompanhar as lições e a aplicar tudo o que será ensinado aqui e
eu posso lhe garantir que o resultado será inevitável.
Pega seu caderno ou bloco de notas, desligue de
uma vez suas notificações e leia com atenção.

O QUE É A CO – PRODUÇÃO?
A co-produção é uma profissão não regulamentada (ainda bem), onde uma
pessoa, conforme negociação firmada com o expert, executa uma série de tarefas
relacionadas a lançamento de produtos e serviços digitais.

O co-produtor é como um gerente de projetos do lançamento e atua de forma


discreta, se assim preferir, sem que precise aparecer online ou mesmo produzir
conteúdo. É uma função que pode ser exercida remotamente e tem
proporcionado a uma boa quantidade de pessoas um ótimo retorno financeiro.

Normalmente, o co-produtor recebe porcentagem em cima das vendas – que


variam muito, conforme a negociação com o expert. As plataformas de venda de
infoprodutos já estão prontas para esse modelo de negócio e já dividem a
porcentagem de cada um. Bem como as plataformas de NF, que podem dividir
a quantidade de notas que cada um vai emitir.

O que mostra como o mercado já está pronto para esse modelo e que as
oportunidades contidas nele são gigantes.

QUAIS AS HABILIDADES QUE O CO-


PRODUTOR PRECISA TER?
Uma das perguntas que mais recebo é essa.

Quero começar explicando alguns pontos importantes.

O co-produtor não precisa necessariamente saber fazer


tráfego pago ou ser um exímio redator publicitário. Ele
precisa entender dos processos que abarcam um
lançamento e o que é necessário para executá-lo.
Entendendo isso ele pode terceirizar todo o resto.

Claro, eu particularmente acredito que agrega muito que o co-produtor seja bom
em tráfego e copy, por isso sempre recomendo que se escolha um dos dois e
invista em ficar muito bom em um deles.
ALÉM DISSO, ELENQUEI SEIS
HABILIDADES QUE EU CONSIDERO
FUNDAMENTAIS PARA EXERCER
ESSA FUNÇÃO.
SER BOM EM DESENVOLVER
RELACIONAMENTOS

O co-produtor irá navegar em muitos ambientes, seja na própria busca pelo seu
expert, seja na busca por parceiras, pela contratação de serviços ou no convívio
com os grupos de marketing, que são ótimos espaços para buscar experts
(falaremos disso na próxima lição).

Sendo assim, é fundamental que ele se relacione bem, escute mais e fale menos.
Ajude no que puder as outras pessoas e, com o tempo e com o caixa, vá
comprando acesso a comunidades e cursos para ampliar sua base de
relacionamento.

O co-produtor normalmente fica responsável pelo suporte aos alunos, seja ele
mesmo diretamente, seja contratando alguém. Por isso precisa saber se
relacionar bem com os clientes também.

Nada de ser aquela pessoa sem noção, que fala como um papagaio e fica
forçando a barra com pessoas mais conhecidas, tentando criar um vínculo que
não tem.

O que eu recomendo é que você faça isso com certa classe e delicadeza.

Criar relacionamento é como uma dança: você harmoniza os passos com a


pessoa, mas não o faz aos solavancos.

Sempre ofereça antes de pedir qualquer coisa. Isso é


fundamental para se relacionar bem com as pessoas. Meu
maior projeto hoje nasceu assim: eu ofereci um suporte
gratuito sem quaisquer segundas intenções.
O SEGUNDO PONTO É A
QUESTÃO ORGANIZACIONAL

Lançamentos são projetos, e projetos precisam de uma organização, uma


sequência lógica. O co-produtor, como responsável por todo o
processo/projeto, precisa ser capaz de organizar múltiplas demandas, seja para
ele ou para a equipe, e não se perder no meio disso.

Cabe a ele instruir, direcionar e dar suporte à equipe e ao próprio expert. Sem
domínio pleno do próprio tempo, ele não passará de uma barata tonta indo de
um lado para o outro.

Entenda que você é o tecelão que une todas as pontas do projeto. Não sou eu,
não é o Ícaro ou o Vinhas, é você. Então, não fique se confiando nos produtores
maiores para te salvarem nos apuros. Se organize e monte sua estrutura para
rodar bem o projeto, entre outras coisas.
PENSAMENTO
ESTRATÉGICO

Essa provavelmente é a habilidade mais difícil de ser desenvolvida, mas é


totalmente possível se houver esforço no estudo e dedicação sobre-humana na
execução.

Para que isso seja desenvolvido, o co-produtor precisa estudar não apenas a
fórmula X ou Y, mas também estratégias de marketing, de comportamento e de
vendas.

Precisa entender as possibilidades que o expert tem, ser capaz


de montar uma esteira de produtos, uma estratégia de
comunicação, um formato de lançamento que funcione para
aquele público.

Não será um único curso ou uma única estratégia que trará isso. Serão vários
cursos, conhecimentos, conversa e, principalmente, execução.

Quem diz que pode ensinar tudo isso a você num único produto está mentindo.

Só no último ano, investi 30 mil reais em conhecimento, sempre em busca de


alguns milímetros a mais de conhecimento que irão me ajudar a melhorar os
resultados.

É difícil? É, mas não se intimide. Coloque como meta desenvolver todas essas
habilidades e estude como se sua vida dependesse disso.
VOCÊ PRECISARÁ DE FOCO.
DE MUITO FOCO

Aqui vai o meu principal aprendizado nesse último ano: o


que você foca, cresce.

E para isso você precisa aprender a dizer “não”, coisa essa


que o povo latino parece ter uma dificuldade natural.

Você terá que dizer não a uma série de coisas e vou listar as
principais.

• Distrações em grupos do WhatsApp (eu saí de todos que não eram de


trabalho, inclusive os de estudo).
• Distrações do cotidiano, games, TV, trivialidades que você faz por estar no
automático.
• Excesso de ruído, ou seja, aquele monte de informação inútil que você
consome e entope sua cabeça de ideias e prejudica em muito a execução.
• Terá que abrir mão de se preocupar com a opinião alheia a seu respeito.
• Terá sim que renunciar a algumas horas de sono. Não seja
condescendente com sua preguiça.
• Terá que abrir mão de projetos que parecem incríveis, mas que não irão
dar retorno.
• Terá que desistir de aceitar convites a tudo aquilo que não está alinhado
com sua meta.

E principalmente:

Você precisará abrir mão do medo de errar, do fracasso e da vergonha.


Porque isso irá acontecer e é um processo natural. Quanto mais cedo lidar bem
com isso, menos doloroso será.
SEJA RÁPIDO, EFICIENTE
E AUTODIDATA

Juntei em uma essas qualificações porque estão intimamente ligadas. Nosso


mercado não é formal e isso é uma benção, mas também pode se tornar uma
maldição.

Uma estratégia que funciona muito bem hoje pode não funcionar de jeito
nenhum amanhã. Isso requer que você seja rápido na execução e não fique
pensando na morte de bezerra o dia todo ou a cada vez que precise tomar uma
decisão. É necessário pensar rápido e com eficiência.

É aqui que as horas de estudo valerão a pena. Você já terá uma biblioteca de
conhecimentos que irão auxiliá-lo no momento da tomada de decisão.

Algo deu errado? Você recorre a isso para consertar a rota. Não poderá se deitar
no chão em posição fetal, esperando que outra pessoa resolva o problema para
você.

Você precisa ser capaz de liderar, puxar o time, ser o exemplo, animar o expert e
tomar decisões difíceis. Parece coisa de outro mundo para você? Mas não é. Isso
é basicamente ser adulto.

Outro ponto é que você precisa ser um autodidata. Não pode se confiar que as
caixinhas do Instagram vão lhe ensinar tudo que precisa.

Aprenda a usar o Google, a fazer as perguntas corretas, a


pesquisar, a testar, errar, repetir, repetir, repetir.

E principalmente a corrigir o erro e executar. TODO dia é dia de


execução. É onde você mais irá aprender.

Não tenha preguiça de executar algo e precisar refazê-lo quantas vezes forem
necessárias. O Co-produtor precisa dominar o processo de lançamento de capa
a capa e só conseguirá isso, pondo em prática tudo que aprende.
ESCOLHA UM
BOM MENTOR

Eu sempre tive mentores. Só não sabia que eles ocupavam esse lugar.

São pessoas que já andaram um pouco mais do que eu, que já passaram por
certas dificuldades e que podem, graças a isso, encurtar meu caminho, acelerar
meus passos e me auxiliar quando eu não estiver enxergando com clareza.

São pessoas em quem confio, que me encorajam. Podem ser bons


amigos, bons mestres, bons professores, pode ser alguém que
você pague ou alguém que já te ajuda. O importante é que você
tenha alguém com quem dividir a caminhada, porque
empreender online é solitário e após os primeiros fracassos você
sentirá a tentação de desistir.

Além, é claro, de alguém de fora ser capaz de enxergar melhor certas coisas.

Essas são, a meu ver, as habilidades que irão gerar em você


um grande diferencial nesse mercado.
Com isso nas mãos, estudando e refletindo cada um desses pontos, iremos partir
para a outra parte fundamental do processo:

O Expert!

Uma prévia do que iremos aprender na próxima lição:

PRIMEIRO PROJETO – Escolhendo expert sem desespero

• Curadoria
• Abordagem inicial do expert
• Obrigações de cada parte
• Negociação de valores
• Contrato

Bons estudos e até breve!


Olá, pessoal!

Vamos conversar melhor em relação a essa negociação com o expert, as


obrigações de cada parte, os valores, contrato e tudo isso.

É um assunto relativamente extenso, porque envolve muitas variáveis, então


vou tentar colocar aqui da forma mais prática possível, de maneira que o
conteúdo também não fique tão longo para quem está ouvindo.

Uma coisa importante que coloquei no subtítulo: “escolhendo um expert sem


desespero”.

Coloquei esse subtítulo porque considero que uma das grandes dificuldades
e maiores erros de quem está começando é a questão de escolher mal o
expert para começar seus projetos de co-produção.

Você começa a consumir conteúdo dos cursos que compra e percebe que tem
muito ali para se executar. Está apressado para colocar tudo aquilo em prática
e ter resultados, já que a gente também quer ganhar dinheiro aqui, e aí sai na
loucura e pega o primeiro expert que aparece, topa trabalhar de graça, topa
fazer qualquer coisa sem fazer uma curadoria boa desse profissional e sem se
atentar que é justamente essa curadoria, esse processo que vai te dar
resultados a longo prazo.

Não adianta pegar um expert que não tem um personagem


atrativo, que não gosta de produzir conteúdo ou de se relacionar
com a audiência. Não adianta pegar uma pessoa assim para
trabalhar, por mais que ela já tenha ali uma audiência.

Uma pessoa que não tenhas esses requisitos vai te dar muito trabalho a longo
prazo, porque são coisas fundamentais dentro de um processo de
lançamento: produzir conteúdo, lidar com a audiência, cumprir prazos.
Lançamento é um processo que você precisa seguir à risca para que funcione.

Então, se ali no meio do caminho teu expert decide que não gosta de produzir
conteúdo ou de atender a audiência, você vai ficar na mão.

Não é uma coisa tão fácil de terceirizar. Como você vai produzir conteúdo para
o expert? Não tem como fazer isso.

A pessoa que domina o assunto é ele, então ele é a pessoa que vai gerar mais
conteúdo – especialmente o técnico. A curadoria, portanto, é muito
importante.

O que olhar na curadoria?


Observe se o expert tem personagem atrativo (falamos no Telegram desse
personagem atrativo, que é uma pessoa com uma comunicação quente ou fria,
mas não morna).

Não é aquela pessoa cujo conteúdo não te causa nada, porque as pessoas não
se conectam com o morno, aquela coisa que não é nem de um lado nem de
outro.

As pessoas vão se conectar com quem tenha a comunicação muito quente


(como Ítalo Marsili, Lara Nesteruk, Ícaro de Carvalho) ou uma mais fria (Rodrigo
Vinhas, Érico Rocha).

A comunicação deles não é ruim ou boa por ser quente


ou fria. Cada um tem que se comunicar a seu modo.

O que faz muita diferença é que ele esteja num desses


extremos (quente ou frio) e não aquela coisa tão morna,
tão sem vida, que o usuário chega e não se conecta com
nada e sai.

Erra muito quem está começando agora e não gasta grande parte do seu
tempo (80 ou 90%) fazendo essa curadoria de expert.

A pessoa entra lá, vê 10 mil seguidores e já faz oferta de co-produção,


querendo lançar invés de observar, começar um pequeno relacionamento
com essa pessoa ou trocar uma ideia, ver como ela se relaciona com a
audiência, como se comunica, se de fato aqueles seguidores são engajados.

São coisas que você observa através dos comentários nos posts, vídeos do
IGTV e ferramentas como o Social Blade, que mede o engajamento.

Você tem que fazer essa curadoria, já que o trabalho de lançar um bom expert
é o mesmo de lançar um ruim – a diferença é o seu resultado.

Você vai ter o mesmo volume de trabalho, mas se lançar um bom vai ter
resultado. Fique bastante tempo na curadoria.

Investigue:

- Se é um expert que, além de ter essas características de personagem atrativa,


se relaciona bem e gosta de produzir conteúdo;

Se é uma pessoa que domina mesmo o assunto sobre o qual se propõe a falar
ou se ele é um papagaio e fica apenas repetindo o que escuta, girando entre
5 tópicozinhos, sem conseguir criar conteúdo original.

Isso é muito importante, porque nem todo mundo que se diz expert de fato o
é.
O expert é uma pessoa que, de alguma forma, domina um assunto.

Pode ser um pequeno tópico, mas ele deve dominar esse tópico e saber de
trás para a frente, saber explicar de formas diferentes e de uma forma que
envolve quem está ouvindo. Esse é o verdadeiro expert.

Seu trabalho inicial como co-produtor não é sair atirando em todas as caixas
de Instagram, mas fazer essa curadoria para que você chegue no certo e faça
uma oferta interessante pra ele – coisa que falaremos um pouquinho mais
adiante.

Uma vez que tenha feito esse processo de curadoria, de encontrar aqueles
experts que têm essas características que podem fazer o projeto funcionar,
você tem que fazer essa abordagem inicial.

E é aqui que muita gente peca e me pergunta “Como é que eu faço? Eu não
consigo. Todo mundo me dá ‘não’. Mandei para 3, 4, 10 e ninguém me
responde”.

Isso acontece porque existe uma falha grande nas abordagens. E sei disso
porque também recebo abordagem com alguma frequência de pessoas
oferecendo várias coisas.

A abordagem é, muitas vezes, muito genérica, do tipo “trabalho com


comunicação e tenho uma proposta pra você”.

O que isso quer dizer? A pessoa olha para isso e fala “O quê? Eu não me
importo, não estou nem aí” – ainda mais se é uma pessoa que já construiu uma
audiência. Ela não tem tempo para esse papo furado, genérico.

A pessoa que se apresenta não sabe nem explicar o que que faz e, porque não
sabe explicar o que faz, explica de uma forma muito genérica, coloca ali
qualquer bobeira porque viu alguém falando num vídeo ou noutro.

O expert lê e não está nem aí para isso.

Uma forma que eu acho muito mais fácil é ir se aproximando aos poucos da
pessoa que passou na sua curadoria.

Primeiro consumir o conteúdo dessa pessoa, perceber nessa pessoa as


características que você procura, perceber o que é valor para ela (porque
sempre há um pouco disso no nosso conteúdo), e aí começar um diálogo com
ela como uma pessoa normal.

Diga “Olha, que legal! O seu conteúdo é muito bom.” Depois faz algum outro
apontamento, depois vai ali no inbox conversando com a pessoa.
Muitas vezes é bom comprar algum produto que ela já tenha, porque isso de
alguma forma te aproxima dessa pessoa. Não tem chave que abra mais as
portas do que comprar algo daquela pessoa.

E aí você vai desenvolvendo esse relacionamento, pensando que o que está


desenvolvendo é um relacionamento de sociedade para longo prazo.

Ninguém começa um relacionamento assim de uma hora pra outra, de


supetão.

“Eu sou João, trabalho com comunicação, tenho uma proposta para você
porque você está deixando dinheiro na mesa” não funciona. A pessoa olha isso
e pensa que você é mais um desocupado com promessas de dinheiro fácil.
Não é assim.

Você tem que ir se apresentando aos poucos, mostrando sua presença aos
poucos e mostrando que escutou a pessoa, que você consumiu o conteúdo
dela e que dentro disso consegue oferecer para ela um serviço de co-
produção, um projeto de co-produção.

Onde você terá que agregar? Nos pontos que você observou consumindo o
conteúdo dela. Onde viu que pode melhorar, que pode gerar novos produtos
(ou os primeiros produtos).

Garanto a vocês que se fizerem essa curadoria, se


começarem a desenvolver esse relacionamento sem tanta
agressividade e promessa vazia, a tendência é que os
experts se abram mais. Sei disso porque recebo muita
abordagem de expert procurando lançador.

E nunca preciso ir atrás de expert. Eles vêm atrás de mim porque eu produzo
conteúdo.

Quando digo isso, respondem que não gostam de Instagram, não gostam de
aparecer.

Você não é obrigado a aparecer ou a produzir conteúdo, mas facilita. Digo


porque nessas semanas já recebi 7 pedidos de co-produção. Se estivesse sem
projetos para fazer, poderia aceitar qualquer um, escolher o que eu queria
trabalhar.

Ao mesmo tempo, recebo mensagem todo dia de gente falando que não acha
expert.

Expert tem. O que eles não veem em você é uma possibilidade de sucesso
para o projeto deles porque não te conhecem, porque você não produz
conteúdo, não aparece nos grupos, se posiciona como um bom profissional
na sua área.

Eu entendi muito rápido que isso era necessário, então comecei a produzir
conteúdo dentro das comunidades. Inclusive, faço isso até hoje – claro que
menos porque tenho menos tempo, mas ainda faço.

Funciona muito bem e é tão básico que as pessoas até duvidam que funcione.
É tão simples, é de graça, mas funciona muito bem.

Eu entrei em muitas comunidades. Investi uns 30 mil para estar em vários


grupos diferentes depois que comecei a ter resultados (no começo comecei
como todo mundo, 0 reais).

Então peguei esse dinheiro e fui investindo em estar nas comunidades que
formaram minha audiência. Dessas comunidades vieram alguns dos experts
com os quais já trabalhei e trabalho hoje.

Tudo sem ficar no pé de ninguém, sem ficar insistindo ou tentando convencer


pessoas com promessas vazias. Sempre foi uma conversa que começou
naturalmente e aí negociamos a partir daí. Sem essa coisa hierárquica de chefia
ou briga por posições.

Seu eu mostrasse minhas conversas com experts, vocês veriam que é uma
conversa muito natural, muito tranquila, sem pisar em ovos. É uma conversa
de duas pessoas que perceberam que tinham valores em comum e por isso
poderiam trabalhar juntas.

Não adianta trabalhar com um expert que não tem os mesmos valores que eu.
Eu não me sinto bem fazendo uma promessa X e ele se sente, fica prometendo
mundos e fundos e eu não me sinto bem com isso. Uma parceria assim
também não vai dar certo.

É por isso que essa curadoria que eu falei anteriormente é muito importante e
que essa abordagem inicial não seja tão forçada a ponto de convencer a
pessoa no desespero por ganhar dinheiro. Você também fica desesperado e
pode ser que lá na frente vocês invistam e vejam que não deu em nada.

Essa abordagem tem que se basear em construir um relacionamento,


conversar com muita abertura, muita sinceridade.

Se for iniciante, diga que é iniciante e não invente títulos ou horas de trabalho
que não aconteceram.

Diga que você é iniciante, diga que você já tem uma estratégia validada pra
seguir (o checklist, por exemplo). Diga que já tem o Trello montado, uma série
de passos para conseguir colocar um lançamento no ar em um mês ou um mês
e meio. Desenvolva a conversa com o expert a partir daí.

Acontece muito de a pessoa aumentar seu envolvimento nos lançamentos em


que prestou serviços. Dizer que fez 6 em 7 quando só respondeu algumas
mensagens de suporte. Se vendem como se tivessem feito coisas que não
fizeram e depois isso certamente se volta contra elas.

Seja sincero e fale abertamente sobre dinheiro,


sem medo. Fale se tem ou não algum dinheiro
para investir.

Feita a abordagem inicial e o expert tendo


aceitado a proposta, é hora de definir com ele
quais são as obrigações de cada parte. As suas,
as dele e as da equipe (se houver). É muito
pessoal e vocês têm que negociar.

Se o expert pode produzir o conteúdo, ficar atendendo a audiência e gosta


disso, ótimo. Ele faz isso isso e você foca só na parte operacional do
lançamento.

Você vai escrever copy, fazer campanha de tráfego, você vai preparar as
páginas de vendas, automações de e-mail, o suporte aos compradores.

Perguntam: “eu vou fazer tudo isso sozinho?”

Se você tem como pagar uma equipe, contrate. Se você não tem, aprenda a
fazer. Eu fiz isso e sei que é muito possível fazer sozinho.

À medida que escala, você vai contratando.

Hoje faço tudo isso e o expert foca em produzir conteúdo e atender a


audiência. O resto eu me viro com o operacional.

Alinhamos as coisas, mas tento ao máximo não ficar levando problema para
ele e resolver eu mesma. Só levo quando é uma questão mais decisiva do
negócio, como investimento de tráfego, questão de copy, o que vender e para
quem, quantos dias de carrinho, quais as estratégias e temas das lives. Isso a
gente resolve juntos porque envolve a expertise dele, além do operacional.

Coisas pequenas como e-mail, plataforma etc. eu decido. Se fosse para ele se
preocupar com isso, ele mesmo lançava, não precisava de mim.

É interessante fazer a divisão no início e retomar a conversa caso se perceba


que um dos lados está sobrecarregado. Não significa que vocês nunca mais
vão falar sobre isso.
Tem que iniciar, ir testando e vendo como funciona, se ele está produzindo
conteúdo no volume que vocês combinaram.

Se ele estiver tendo dificuldades, pensar em como você pode ajudar. Se você
estiver sobrecarregado, pensar em como ele pode te ajudar em alguma coisa.

Por exemplo: tem lançamento aqui em que o expert escreve a copy, porque a
comunicação dele é parte do produto. Ele vende essa comunicação, então é
muito importante que a copy saia com a cara dele.

Eu dou um suporte, analiso junto, mas é ele quem escreve, principalmente a


copy porque é algo combinado desde o início, foi conversado.

Já houve dias em que ele esteve sobrecarregado e não conseguiu copy para
e-mail, então fui lá e escrevi com base na escrita dele, sem criar confusão
porque me sobrou alguma coisinha a mais.

A beleza do mercado é justamente a flexibilidade, sem ser processado por


desvio de função, sem questões de assédio por ter mandado mensagem para
o expert à meia-noite.

Você vai ter muita liberdade para trabalhar. Tendo sabedoria, você se
aproveita disso muito bem e, na hora de definir essas obrigações e
prioridades, assume essa postura de liderança, de gestão.

Você não pode assumir a responsabilidade de cuidar do operacional de um


lançamento e na semana do lançamento dizer que não está dando conta, soltar
as coisas para o expert.

Se assumiu suas responsabilidades, se vire para dar conta: durma menos, não
durma, trabalhe nos fins de semana, vire a noite.

Faça suas obrigações para que o expert se sinta seguro para só produzir o
conteúdo e atender a audiência.

E quando eu digo “só”, não estou dizendo que é pouco. É muito.

Eu também atendo pessoas no Instagram e produzo conteúdo, então sei que


aquilo te drena uma energia inimaginável. Quem não produz conteúdo não
imagina como é cansativo estar ali repetindo a mesma coisa, respondendo as
mesmas perguntas, atendendo as mesmas dificuldades e, muitas vezes, das
mesmas pessoas.

Tem dias em que as pessoas não entendem, estão de mau humor ou ficam
nervosas com algo que você fala.

O expert não tem menos trabalho que o co-produtor. As duas coisas dão
trabalho e só são divididas para que não fique impossível.
Negociar essas obrigações é uma coisa que você tem que fazer no início, mas
com flexibilidade para realinharem isso toda vez que for necessário.

Pode ser uma reunião a cada 15 dias, semanal, mensal, mas é importante que
exista isso para que você vá passando para o expert o que está acontecendo
e ele vá dando as impressões dele para que vocês cheguem num lugar comum
com relação a isso.

Importante: não tentem simplesmente seguir à risca o que eu falo! Veja o que
funciona para você, use sua cabeça, seu contexto e considere que o meu
contexto é diferente do seu.

Use também o conhecimento que você tem do expert para você negociar bem
desde o início e não se sinta péssimo ou fique com medo de renegociar isso
quando for necessário, não tem problema algum.

Também é importante passar pela negociação dos valores (quem pagará o


quê, quem ficará com quanto). É uma pergunta que também recebo com
muita frequência e noto que as pessoas querem algo como uma receita para
coisas que são completamente variáveis.

Não gosto de ficar determinando, colocando regras, já que são coisas


variáveis. Hoje você encontra no mercado co-produções que vão desde 5%
até 80% para o co-produtor. Perceba, então, como é muito variável.

Não tem como eu dar uma receita, porque tem que ser considerado: a
experiência do co-produtor, a audiência do expert, quem vai investir no que,
quem pagará o que, qual a previsão de faturamento do projeto, se é um
projeto que vai escalar muito, quantos produtos são, se o expert já tem
produto pronto.

Hoje trabalho assim: quando entrei no meu último projeto com a audiência
muito grande, eu negociei 20%. Quando entrei no outro projeto que a
audiência não era tão grande, negociei 50%.

Sobre custo: em um projeto meu custo é 50% e eu emito 50% das notas; no
outro meu custo é de 20% e eu não emito notas, só o expert. Então, você vai
vendo o tanto que muda de um pra outro, porque depende muito do contexto
do momento, do que eu vou fazer dentro do projeto, do que o expert já tem
pronto.
Não fique tentando seguir muitas regras em relação a isso porque cada um de
vocês está num momento – tem gente que já fez lançamentos e tem gente que
nunca fez. Sei que tem pessoas que tiveram resultados consistentes e outras
com pequenos resultados. Sei que tem gente que está construindo audiência
do zero, gente que está entrando, mas não pode investir e o custo está por
conta do expert.

São muitos cenários que exigem a capacidade estratégica de pensar: “dentro


desse cenário que tenho para oferecer hoje, o que é justo que eu receba?”.
Essa questão de ser justo é muito importante.

Já aconteceu - e eu vi muito de perto isso - do co-produtor pegar uma fatia do


expert muito grande, um expert com audiência, e aí o expert olhar para aquilo
e perceber que está muito alto, já que ele construiu tudo aquilo sozinho.

O expert começa a se incomodar com o seu custo dentro do projeto dele e


começa a ver isso como muito pesado. Então, negocie isso com muita justiça.

Se vocês estão começando juntos, a produzir do 0, não vejo nada mais justo
que 50% / 50%. Agora, se um tem mais que o outro para oferecer, veja uma
porcentagem que fique justa nesse sentido.

Tem alguns modelos de agência (eu particularmente não gosto desse modelo)
em que a ela fica com 70% / 80% / 85% e o expert com o restante; aí eu vejo
expert trabalhando não como um parceiro, mas como um funcionário da
agência.

Vejo também que não demorará muito pra que ele perceba que é um
funcionário e poderia estar ganhando muito mais rompendo com esse
contrato.

Dizem: “Ah, mas tem o contrato e bla bla bla”, mas estamos no Brasil. Se a
pessoa não quiser seguir o contrato, não seguirá. Até o processo correr, essa
pessoa já fez 6 ou 7 dígitos sozinha ou com outra pessoa.

O expert, como a pessoa que está diante da audiência, como a pessoa com o
maior ativo, que é a audiência, acaba tendo mais poder dentro dessa
negociação.

Você precisa entender isso, mas não pra se portar como um escravo dele ou
ficar ali encolhido num canto morrendo de medo dele te dispensar, mas pra
que você perceba que tem muito valor nessa audiência que ele construiu e
que a sua posição dentro do projeto tem que agregar muito, e não tirar dele.

Você constantemente tem que criar essa sensação que ele está ganhando
muito com a sua presença ali e não perdendo. Tudo isso a partir de um
trabalho muito bem feito, que passa também por uma negociação justa.
Então, varia muito. Conversem com os experts de vocês, proponham os
valores com base na experiência, na audiência, no que vocês vão investir
dentro do projeto e estejam abertos à negociação. Não é porque você
negociou um valor no começo que ele tem que ser a vida inteira.

Se você está vendo que o negócio tá crescendo e você está assumindo cada
vez mais responsabilidades, pode pedir uma renegociação para que fique
mais justo, explicar que absorveu muitas coisas, está fazendo muitos processos
e que sua presença tem ajudando o projeto a crescer.

Gosto muito de uma coisa que trouxe da CLT: eu registro o ponto inicial em
que o projeto está (quantos seguidores tinha, quanto vendeu, quanto lucrou)
e como está depois de 3 meses, 1 ano.

O que cresceu também tem parte minha, porque atuei dentro daquela
estratégia, então também tem muito mérito meu ali.

É claro que quando entro num projeto de co-produção e tenho porcentagem


em todos os produtos criados, não posso fazer essa separação do que já
estava antes da minha chegada, de ficar sem porcentagem em determinados
produtos. Quero ser parceira do expert em seu negócio, não num projeto ou
outro.

Quero porcentagem em todos os produtos que a gente vá comercializar e isso


é um outro ponto importante de negociação, porque às vezes acontece de
você entrar e o expert não ter um produto de escala (ter apenas uma mentoria,
por exemplo) e querer separar isso do negócio. Não é justo.

Isso porque o que vem para ele a partir do trabalho que vocês começaram a
desenvolver é do time, é do negócio, já que você está tendo outros trabalhos
também relacionados a isso.

Não é uma regra, então conversem isso com seus experts.

Aqui entra muito essa questão do contrato, e eu já me envolvi em algumas


polêmicas com relação a isso porque eu trabalho muito sem contrato.

Eu acredito muito nessa negociação de um primeiro lançamento, sentir a


pessoa, sentir a si mesmo, sentir o processo, sentir a audiência, ver o que vai
funcionar e o que não vai e só depois disso fazer um contrato.

Não vou dizer que contrato seguir porque isso é muito pessoal e vocês devem
parar com essa mania estúpida de ficar indo atrás das pessoas pedir modelo
de contrato.

Ou você monta um seu com um advogado (e hoje está cheio de advogado


cobrando pechincha pra fazer isso), ou então você faz um primeiro sem
contrato, mas sem encher a paciência das pessoas pedindo modelo de
contrato. Isso é uma coisa muito pessoal.

Se você negociou uma coisa com o expert, como é que o


contrato da minha negociação vai te atender?

Não fique com essa dependência dos outros pra todos os


passos dos seus projetos, especialmente os mais
delicados.

Uma pessoa que tem um trabalho sério também não vai ficar distribuindo
modelinho de contrato com expert para ninguém, porque entende que essa
negociação é muito particular. Seja de valores, seja de entregáveis, obrigações
de cada uma das partes, bens adquiridos.

Parece até coisa de casamento, mas quando você está trabalhando num
lançamento você construiu listas, você adquiriu ali para a empresa, o projeto,
o negócio, um ativo muito importante. Portanto tem que ficar claro desde o
início de quem é esse ativo.

Isso tem que ser negociado desde o início, porque você também vai negociar
quem vai pagar as ferramentas. De e-mail, por exemplo, pago
proporcionalmente; então se tenho 50% na co-produção, eu pago 50% da
ferramenta, e se eu tenho 20%, pago 20%.

Isso varia conforme a negociação de cada um de vocês. Não é regra e vocês


precisam negociar por conta própria esse ponto.

Pessoalmente, não quero a lista do expert. Se acabou o projeto, fique com a


lista e eu sigo em frente, porque quem construiu mais de perto esse
relacionamento foi ele. O que eu vou ficar fazendo com a lista se as pessoas
que entraram lá nem me conhecem?

Acabou o lançamento, entrego a lista do expert. Eu crio diretórios separados


para cada expert, diretórios para imagem, diretório para vídeo, diretório para
planilha, para controle de custos, e tudo isso fica separado perfeitamente
organizado por projeto.

Faço isso porque se amanhã acabar o projeto com o expert, eu entrego tudo
e ele toca com quem ele quiser. Eu jamais vou amarrar expert a mim, jamais
vou obrigar alguém a trabalhar comigo sem que a pessoa queira.

Ele tem que ficar enquanto quer. Se quer sair, não vou criar passos para
dificultar isso. Tudo bem, segue em frente, tem outras pessoas, virão outros
projetos. Essa é a minha visão, mas cada um precisa analisar o que faz sentido
pra si.
Se você só tem um expert, se você depende da renda desse projeto pra viver
e aí você perde esse expert, você vai sim ter um prejuízo muito grande, então
veja aí as cláusulas que você precisa colocar pra que você não se prejudique.

Como hoje eu tenho mais de um projeto, tenho mais de uma fonte de renda,
eu tenho meus próprios produtos pessoais, eu não fico tão preocupada em
perder expert. Porque eu sei que se eu abrir para novos, aparecerão muitas
pessoas. Então por isso você tem que analisar com muita calma o que funciona
para você e para o seu contexto.

A mesma coisa vale para decidir quem vai pagar o quê: tudo deve ser
negociado.

Como eu disse: no projeto que estou, eu sempre pago porque eu quero me


sentir parte do projeto, porque eu quero ser a pessoa que também coloca
dinheiro ali porque confia naquele projeto, porque confia no conteúdo
daquele expert e eu quero que ele saiba disso, e pra mim não tem forma mais
clara de mostrar isso do que colocando meu dinheiro ali, então eu invisto sim.

Inclusive, uma coisa que ninguém fala e vou ser bem sincera com vocês agora,
é que é muito difícil você começar sem nada. Sem dinheiro, sem cartão, sem
nada de nada. Não diria de jeito nenhum que é impossível, mas é mais difícil.

Um exemplo: eu não usava cartão de crédito, então quando comecei nesse


mercado - mesmo quando eu nem tinha projeto - a primeira coisa que eu vi foi
que o Facebook pedia um cartão.

Então percebi que precisava de um, me virei, corri, fui atrás, e aí me deram um
cartão com mil reais de limite e que não dava para nada. Pagava um
ActiveCampaign, um MailChimp, uma hospedagem e pronto.

Então tive que começar a movimentar muito. Pagava a fatura antes de vencer
para o limite ir aumentando, fui pedindo em outros bancos, os bancos foram
me dando e hoje já estou bem tranquila em ralação a cartão de crédito, com
limites mais altos para fazer compras de ferramentas.

Porque é muito difícil você estar no meio de um lançamento e pedir para o


expert pagar uma fatura porque você não tem cartão.Você não consegue
pagar um negócio, desenrolar.

Citei para o pessoal do close friends uma ocasião em que eu entrei em um


lançamento duas semanas antes dele acontecer. Tinha que fazer muita coisa e
tudo muito apressadamente e eu não tinha tempo para ficar validando: “vamos
dividir R$40 da hospedagem, R$150 da Memberkit”. Eu meti o meu cartão lá
e fui pagando rapidemante ferramenta, mão de obra, serviço, freela, anúncio.
Fui pagando tudo, registrando na minha planilha e no final eu fiz o acerto com
o expert. Ele me transferiu e pronto. Não teve essa coisa de criar amorosidade
no processo porque você não tinha grana ou não tinha cartão.

Aí agora as pessoas que não têm já vão pensar que não podem fazer por isso.

Eu não disse que não pode ou que não vai dar certo. Disse que dificulta um
pouco mais. Então comece a ir atrás das suas opções para ter um cartão, um
crédito positivo, não ter restrição no SPC.

Não vejo as pessoas falando disso. São minúcias, mas muito presentes no dia
a dia. Se tiver restrição, pague ou faça uma negociação. Veja o que você
consegue. Um crédito de uns 2 mil reais (nada também muito absurdo) vai te
ajudar muito.

Eu lembro que a gente estava no meio de um lançamento, e aí um boleto que


devia ser compensado estava demorando. Eu disse para a pessoa do tráfego
“Tá aqui meu cartão. Bota lá que aí a gente consegue gastar 10, 12, 15 mil no
cartão”. Isso te dá velocidade.

Imagina se eu tivesse que atrapalhar todo o remarketing de um lançamento


por não ter cartão de crédito e o boleto não compensar.

É muito importante saber que essas necessidades existem - ferramenta em


dólar, coisa um pouco mais cara - mas que isso é gradual. Você não vai precisar
já no primeiro gastar um monte.

Também recomendo se faça um pequeno caixa, porque esse caixa (que a


gente pode chamar de capital de giro do lançamento) vai te ajudar nessa parte
de ferramenta.

Às vezes você fala que precisa de um freela urgente pra modificar uma pasta
ou uma página, uma arte e você tem 200 ou 300 reais ali pra pagar essa pessoa
e te dar mais velocidade.

Sinto que as pessoas querem que vender seja só abrir o Hotmart no seu
computadorzinho e começar a lançar os outros, mas não é. Tem esses
pormenores do dia a dia que a gente precisa saber que vão acontecer, então
converse também com o expert desde o início. Pergunte se ele pode investir,
o quanto pode investir.

Quando começou o corona, enquanto estávamos preparando um lançamento,


perguntei ao expert com muita abertura e sinceridade (porque ele não é uma
criança e também não é o papa) como estava a situação financeira dele. Se o
lançamento o prejudicaria, se ele tinha caixa de emergência, se precisaria do
dinheiro com urgência.
Tudo falado com muita naturalidade, porque é preciso entender o momento
do expert e ver o que se pode aproveitar de cada um dentro do projeto.

Então, conversem muito sobre essa questão de valores e sejam justos. Se são
iniciantes, aceitem um pouco menos. Não queiram chegar exigindo.

Seja honesto em relação ao momento em que você se encontra e aceite ter


um pouco menos com abertura de renegociar à medida que aquilo cresça.

Arrume um cartão de crédito - mesmo com limite pequeno - para te ajudar


com ferramentas.

Tente montar um pequeno caixa para o fluxo ou, à medida que for tendo
resultados, seja muito claro quanto a quem vai ficar com os ativos depois de
um contrato quebrado. Preveja como seria se não der certo.

Conversando de antemão, você reduz as chances de ter problemas futuros.


Mesmo que vocês não continuem juntos, pelo menos saem da relação de uma
forma muito amistosa.

Eu saí recentemente de um projeto e foi assim: entreguei tudo, estive


totalmente à disposição, fui recomendada pelo expert, tudo tranquilo. Não é
porque uma relação de trabalho não deu certo que você precisa virar inimigo
da pessoa, ou denegri-la. Sejam muito maduros quanto a isso e, não dando
certo, que cada um siga seu rumo.

Sobre contrato: se você pode fazer, faça. Não é porque eu não faço que você
tem que ficar seguindo. Considere que meu momento hoje é ter mais de uma
fonte de renda. Se eu tiver um problema num projeto, isso não vai me fazer
passar necessidade porque tenho a oportunidade de estar em outros, então é
diferente de quem depende daquilo para sua renda principal ou tem filhos,
por exemplo.

Frequentem grupos como o do O Novo Mercado, Estrategistas Digitais,


Comunidade da Camila Viriato. Lá tem sempre um advogado que vocês
podem pagar 100, 200, 300 reais e fazer um contrato pra você se resguardar,
te dando segurança e já deixando claro no contrato as suas obrigações, as
obrigações do expert, quem fica com os ativos, qual a % vocês vão receber,
quem vai pagar os impostos, etc.

Existe também, à medida que se escala os projetos, o modelo em que você


abre com o expert uma empresa.

Eu não trabalho assim, no futuro quem sabe. Por ora, sou co-produtora lá
dentro da Hotmart: o produto fica no nome do expert e como co-produtora
recebo minha porcentagem e emito uma nota para empresa do expert.
No futuro, à medida que crescer, em abrir uma empresa juntos, até pra
diminuir essa questão de impostos, mas acredito pra quem está começando
esse modelo é o ideal e vai funcionar muito bem.

Eu pincelei nesses tópicos algumas das coisas que considero mais importantes
dentro desse trabalho entre co-produtor e expert, mas sempre ficam alguns
gaps, algumas dúvidas.

“Quem deve fazer o cronograma do conteúdo?”, faça você com seu expert, os
dois. Sentem-se e pensem sobre as dores da persona, a criação de novos
produtos, quais são os produtos, que tópicos terão. Em resumo, conversem
muito.

É uma equipe. Vocês estão construindo um negócio juntos. Não é uma coisa
que deve ser encarada como um emprego, como se tivesse que levar para o
chefe só no final do mês.

Conversem o tempo todo para entender o próximo passo, o que dá pra


melhorar ou corrigir, o que que o expert está sentindo da audiência e pode te
passar pra você melhorar as copies, por exemplo. O que que você analisando
no perfil de concorrentes ou nos seus estudos de estratégia. O que aprendeu
ali e agora vocês vão implementar juntos.

É muita conversa, um relacionamento mesmo que você tem que desenvolver


com ele, de modo que vocês se comportem de fato como sócios que estão
construindo um negócio, não é como se você tivesse a obrigação de montar a
estratégia.

Se é você quem monta a persona, você que montam conteúdo, você quem
monta tudo e o expert só vai seguindo igual um robô, não funciona.

Ou então você larga tudo na mão do expert e fica lá só fazendo uma


paginazinha de venda e uma campanha de tráfego. Não funciona assim. Vocês
precisam conversar o tempo todo.

Propor produtos, bônus, estudos de concorrentes, lives, colabs, cursos a fazer.


Você precisa se desenvolver, estudando, consumindo conteúdo de outros
estrategistas mais referenciados que você.

Ver algo e dizer “caramba, isso aqui eu posso aplicar


no meu projeto com meu expert”. Sentar, anotar,
estudar, conversar com ele, trazer soluções.

Eu parto muito da ideia de que não gosto de levar


problema para o expert, apenas se for afetar de fato
o que ele está fazendo no momento. Se não, eu me
viro o máximo possível para resolver, tento melhorar cada vez mais os meus
processos.

Uma coisa que falei recentemente é que eu monto o meu setup de co-
produção, tenho minhas ferramentas que eu paguei sozinha, tenho meus
diretórios, tenho ferramenta de métricas, ferramentas de suporte, tenho
ferramenta de vídeo.

Paguei por tudo e uso nos meus múltiplos projetos, dando também para o
expert essa estrutura um pouquinho mais completa para que ele trabalhe
tranquilo lá no conteúdo. Paguei porque eu quis, porque dentro do meu
modelo de negócio funciona.

Não estou dizendo para pagarem com um dinheiro que não têm. Estou
dizendo que é assim que eu funciono, porque eu quero ter para o expert um
ambiente cada vez melhor, para que ele fique focando em produzir o
conteúdo dele e se relacionar com a audiência. Também não fico ali fazendo
uma conta de pão para cobrar. Se eu vejo uma ferramenta que vai me ajudar
nos meus orçamentos, eu compro.

Não precisa ficar também pedindo ao expert sempre uma coisa ou outra, com
mesquinharia. Eu acho que a gente tem que se desenvolver, até porque o
mercado dá para a gente essa estupenda possibilidade de relacionamentos
mais abertos, mais flexíveis, em que você pode trabalhar sem aquele apelo de
bater ponto, gente te cobrando, avaliando, de você ter que fazer política ali
dentro do trabalho.

Então tragam para vocês também essa mentalidade de resolver problemas ao


invés de ficar aumentando e trazendo problemas. Também a mentalidade de
melhoria contínua dos processos do seu lançamento, de melhoria contínua da
produção de conteúdo, de melhoria contínua do relacionamento, de melhoria
contínua dos próprios lançamentos, para você ir melhorando de um para o
outro.

Isso também considero fundamental para que você se dê muito bem como co-
produtor e seja referenciado também no meio como co-produtor e assim
nunca te faltem projetos.

Finalizando: eu falava na lição de ontem sobre a importância do foco, e vejo


que muita gente está começando e comete o erro de pegar 4 ou 5 experts e
fica enlouquecendo, tentando dar vasão.

Recomendo que você comece com um só e faça tudo muito bem. Depois do
retorno, pegue mais um.
Dois é um bom número, porque se você for fazer todos os processos como
devem ser feitos, 2 vão te tomar um tempo gigantesco. A não ser que você
tenha uma grande equipe, você vai fazer meia boca se pegar mais que isso.

Uma outra coisa fundamental: não pare de


estudar nunca.

Às vezes tenho a impressão de que o


mercado de marketing se atualiza a cada
hora, então não pare de estudar nunca.

Escolha (na próxima lição a gente vai falar


sobre isso) entre copy, tráfego, automação
e gerente de projeto. Escolha e masterize
para fazer muito bem.

Falaremos mais sobre isso na próxima lição.


Vamos dar andamento à nossa terceira lição.

Eu falava sobre a questão de terceirização porque tenho recebido muito essa


dúvida: o que você terceiriza, como é composta a equipe, como você faz para
lançar como co-produtor quando ainda não domina todo o processo ou
quando a conta é um pouco maior e você precisa de ajuda para conseguir
produzir esse lançamento, gerenciar esse lançamento.

Uma coisa que vocês precisam pensar é o seguinte: no começo, quanto


melhor, quanto mais enxuto for o seu custo, melhor.

Você precisa determinar no que você vai atuar nesse lançamento. Será que
você pode fazer a copy? Será que você pode fazer a arte? Será que você pode
fazer a página? Será que você pode fazer o tráfego?

Defina primeiro o que você vai fazer dentro do lançamento e, a partir daí,
defina o você vai contratar.

Eu gosto de contratar primeiro o suporte porque te desonera muito. Você


recebe muitas perguntas nos e-mails de suporte quando lança um produto,
então ter uma pessoa que te desonera de ficar respondendo tudo isso e
fazendo esse operacional vai ajudar muito. Recomendo muito, inclusive para
os meus mentorados, que contratem e treinem um bom suporte para atender
bem a sua audiência. E quando eu falo sua audiência, estou falando também
da audiência do expert.

Também contrato e é fundamental: edição de vídeo. Principalmente se o


expert vai produzir conteúdo em vídeo.

Como é um trabalho muito mecânico e repetitivo, não vale a pena você ficar
tanto tempo fazendo isso. Contrate um editor de vídeo para ajudar na
produção de micro-conteúdos para as redes sociais.

Depois vem o designer: a pessoa que faz criativos, cria os posts para as redes
sociais, páginas de vendas. Eles também são pessoas que eu terceirizo dentro
dos meus projetos.

Já temos hoje: o suporte, o designer, o editor de vídeo e também o tráfego.

Fico mais com a parte de copy. Faço junto com o expert isso e terceirizo o
tráfego.

Faço isso porque tráfego também é uma atividade mecânica e acredito que
faz mais sentido para o meu negócio focar mais energia na escrita, montar
oferta, montar automação em e-mails, do que ficar fazendo tráfego.

É claro que, quando você está começando não tem dinheiro para toda essa
gente. Eu também não tinha.
Vou refrescar a memória de vocês: comecei trabalhando como CLT ganhando
R$ 4.500,00 mais ou menos (juntando benefícios) e eu não tinha grana porque
eu pagava os meus estudos, meus cursos, pagava os custos da casa da minha
mãe.

Como eu não tinha grana para pagar pessoas para trabalharem para mim, fui
fazendo tudo que estava ao meu alcance. Se tinha que editar um vídeo, eu
editava; se tinha que fazer uma arte, eu fazia; se tinha que fazer a página, eu
me virava, dava um jeito, e assim, fiz os primeiros lançamentos, os primeiros
projetos, me virando no que dava e pagando aquilo que eu podia pagar.

Então, se eu tinha R$ 500,00, R$ 600,00, eu pensava: “O que vai me desonerar


mais e posso pagar?” e fui fazendo do meu montinho/montão.

Se o primeiro lançamento dava R$ 1.000,00, eu separava R$ 500,00 para já


investir no próximo e os outros R$ 500,00 de mão de obra. Pegava os
R$1000,00 que sobrava e já ia fazendo esse montinho/montão.

É assim que você cresce. A não ser que você tenha um caixa para fazer uma
contratação já de equipe inicial, você tem que fazer isso aos poucos e, claro,
no início trabalhar muitas horas, ficar exausto, muito cansado, fazer múltiplas
funções.

As coisas não sairão perfeitas (porque é impossível com tantos processos) e


tudo bem, porque você está construindo o negócio do começo.

Não tem tanto problema isso acontecer em um negócio que é um embrião


ainda, zero problema. Pelo contrário, você começa enxuto e a internet
proporciona para a gente uma possibilidade que o mercado físico não
proporciona.

Se eu quiser abrir um carrinho de cachorro quente, já vou ter um custo inicial


muito mais alto do que se eu quiser lançar um infoproduto. Então a gente tem
que trazer esse conceito de antifragilidade para que o nosso mercado, para o
nosso trabalho, de não ficar nessa posição de coitadismo.

Se não tem dinheiro, se vira!

Venda no sinal, faça uma faxina, conserte um computador para uma pessoa.
Foi isso o que eu fiz, vendendo até as coisas que eu tinha.

Depois que eu saí da empresa, peguei todo o meu FGTS, que era um dinheiro
que talvez desse para comprar um carro ou outra regalia, e não fiz isso.

Peguei tudo e fui investindo: comprei ferramenta, contratei uma pessoa para
me ajudar no tráfego e isso foi trazendo dinheiro, trazendo novos projetos e,
assim, você vai montando seu fluxo de caixa e vai crescendo seu negócio
devagar mesmo, sem desespero.

Eu noto que muita gente que chega nesse mercado nunca esteve em posição
de liderança nas empresas e, por isso, não tem noção da complexidade que
envolve o crescimento de uma empresa. Então chega aqui no digital e acha
que vai ser rápido.

Não vai ser tão rápido assim, não vai ser de uma hora para outra, a não ser que
você tenha diferenciais que vão te dar uma certa acelerada.

Eu reconheço que tive resultados de maneira acelerada, mas porque eu já


trabalho há 13 anos. Eu desenvolvi nesses 13 anos múltiplas funções em
diferentes tipos de negócio.

Eu já fiz curso de web designer, administração de servidor, risco e compliance,


mapeamento de processos, já fiz curso de ISO 20000, diversos cursos que hoje
me dão um certo diferencial no que eu estou produzindo e no que eu estou
trabalhando.

Agregou muito ao que eu faço hoje, só que também não adiantaria nada ter
agregado se eu não tivesse sentado a bunda na cadeira todos os dias depois
do meu trabalho CLT e estudado.

Não teria adiantado nada se eu não tivesse virado madrugada fazendo


lançamento e no outro dia ir trabalhar para poder entregar projeto, não teria
adiantado nada se eu não tivesse feito a minha parte.

Então, enquanto vocês veem todo esse conteúdo podem ter pensado que não
vão conseguir sozinhos, mas são desculpas pelas quais apenas sinto muito.

O conteúdo está aqui, é um modelo de negócio que funciona muito bem, é


um modelo de negócio que, apesar de novo, te permite crescer
financeiramente, mesmo que você não vá ganhar seis, sete dígitos a cada
lançamento. Ainda assim, você consegue pular de um salário de R$ 2.000,00,
R$3.000,00 para R$ 10.000,00 – te colocando entre os 2% mais ricos desse
país.

Você precisa ter essa clareza do que gosta de fazer, do que você é bom, do
que você vai se dedicar a desenvolver dentro do nosso mercado e preparar o
setup (no sentido de que ferramentas você vai usar, que habilidades você não
tem e vai contratar, qual trabalho mais braçal que você vai ter que fazer dentro
do lançamento).

Hoje eu faço um trabalho que poderia estar pagando alguém para fazer as
automações para mim, mas eu considero que a automação é um processo
muito importante dentro do fluxo de lançamento e eu quero fazer primeiro,
masterizar primeiro o processo antes de terceirizar para alguém, por que
senão como eu vou cobrar?

É entender que você precisa estar comprometido em cada fibra, na sua


empresa, no seu projeto, e fazer tudo o que é necessário. Se amanhã não tiver
uma pessoa para fazer tráfego, eu viro a noite hoje, aprendo em uma
madrugada, fico sem dormir em dois, três dias. Eu vou atrás do que preciso
para entregar o projeto que eu me comprometi a entregar.

Isso é muito importante também porque, mesmo quando você contrata


uma pessoas (ou várias pessoas) para te ajudar em uma equipe,
mesmo quando você terceiriza isso para outras pessoas, você tem que
entender o que você está terceirizando, senão como você vai
cobrar?

Então é fundamental que vocês tenham essa curiosidade também, a


coisa que eu falei na primeira lição do autodidata de procurar, de ir
atrás, de aprender.

Não tem dinheiro? Vai para o Google, vai para o YouTube.

Se vira, mas monta o início do teu negócio de uma forma que ele esteja pronto,
para quando a oportunidade bater a sua porta você ter um processo
estratégico a seguir.

O Mentoring Day (meu produto para coprodutores), por exemplo, não é para
aprender a lançar. Se é a sua necessidade, compre o Checklist, Fórmula de
Lançamento, TPD. O Mentoring Day, quando aberto, é para ajudar pessoas
que querem se tornar co-produtores a se tornar bons co-produtores. Essa é a
intenção principal. É ajudar que as pessoas criem seus próprios negócios de
co-produção.

Não é ajudar ninguém a abrir agência, porque eu já disse mais de uma vez
para vocês que eu não gosto do modelo de agência, porque ele replica
demais o modelo CLT e isso eu não gosto.

Eu já sai de lá para não ficar escravizando estagiário, então não gosto do


modelo de agência. O que eu quero passar aqui é que você pode sim se
desenvolver como co-produtor, ter uma empresa bacana, ter uma empresa
que é sustentável a longo prazo, ter uma profissão onde você desenvolve a
sua autoridade como uma pessoa que desenvolve negócios online, que
desenvolve produtos digitais não como um prestador de serviço. Você é co-
produtor. É uma pessoa que está dentro do processo do começo ao fim.

E como eu disse na primeira lição, um líder. Porque você vai ter que exercer
essa função de delegar tarefas, de planejar os passos do lançamento, de
planejar o que a sua equipe vai fazer, de repassar para sua equipe o que é
prioridade, o que pode esperar, o que não pode, de ver se o trabalho está
sendo bem desenvolvido pelas pessoas que você trouxe ou não, se vai
precisar trocar.

Você vai precisar aprender um pouco sobre contratação, como contratar bem,
como demitir, qual é o momento, você vai ter que aprender a como delegar
isso, como você delega tarefas, como você cobra, como você estabelece os
prazos da tarefa.

Você está se formando em co-produtor e parece que é coisa pouca, mas não
é. É uma pessoa que tem uma posição estratégica dentro da empresa e ela
mesma, muitas vezes, é a empresa inteira, porque quando não tem como
contratar, ela vai ter que ser tudo isso, então precisa ainda mais de uma
organização, ainda mais de um sistema para seguir. É o que eu proponho para
o meu produto Mentoring Day, por exemplo: a gente tratar sobre isso, montar
essa estrutura junto com as pessoas que estarão lá, e aí formar bons co-
produtores.

Porque todo mundo reclama que não tem co-produtor, que não tem expert
para lançar, mas tem. Eu sei que tem muitos co-produtores, eu sei que tem
muitos experts, pois eu recebo mensagem toda semana de pessoas pedindo
para lançar ou pedindo algum tipo de indicação, então tem gente no mercado.

O que precisa é que essa abordagem, esse trabalho feito junto aos experts,
seja mais profissional. Então é importante que a gente saia dessa leitura
entendendo os requisitos.

Eu sei que eu não matei o assunto, até porque ele é muito extenso. Tem muitas
coisas a serem tratadas, são muitas questões pequenas que o co-podutor se
envolve dentro do processo que ele precisa ter atenção, então não dá para
esgotar tudo isso no conteúdo que a gente faz aqui, especialmente porque
esse conteúdo aqui tem que nivelar as pessoas. Muita gente ainda nem sabe
o que é a co-produção, ou que isso é uma possibilidade para ele.

O trabalho aqui é esse: conscientizar que existe isso, conscientizar que é


completamente possível começar fazendo isso, conciliado ao teu trabalho
CLT, assim como eu comecei. Dá para fazer isso até começar a receber o
salário que tirava lá e migrar totalmente para o digital.

Quando eu fiz essa migração, eu também achava bom ter o salário nos meses
em que eu estava só estudando. Fiquei dois meses só estudando, porque isso
me dava uma certa estabilidade para comprar novos cursos e me deu muita
velocidade.
O fato de eu ter muita velocidade foi ter podido comprar bons cursos logo de
cara, porque eu tinha meu salário que me resguardava para pagar, então
consegui através desses cursos me relacionar com algumas pessoas maiores
no mercado - o que me trouxe um pouco mais de visibilidade. Causou
transferência de autoridade, e aí me trouxe os melhores projetos de co-
produção.

Parece uma bobeira, parece tentativa de venda, mas a forma mais fácil de você
se aproximar de alguém é comprando o produto dela, chegando perto e aí
desenvolver e mostrar um pouco do seu trabalho. Eu fiz isso e para mim
funcionou muito bem.

Pagava os custos iniciais fazendo o que eu já fazia mesmo: gerenciando


projetos. Peguei 02 projetos iniciais em que eu recebia só fixo para gerenciar
o projeto, e por mim ok, porque eu queria a experiência, o case, então fiz dessa
forma. Uma vez que tive a experiência e o case, passei a receber percentual.

Em um projeto recentemente, fizeram uma proposta de receber fixo e eu


recusei porque só trabalho com percentual.

A essa altura do campeonato, não faz o menor sentido eu parar para ter um
emprego CLT para receber fixo. Mas lá no comecinho, a grana de um fixo me
ajudou porque dava para pagar as ferramentas.

Se eu não tivesse essa grana, teria conseguido vendendo brigadeiro,


vendendo água, formatando computador, vendendo muamba no OLX, teria
conseguido porque eu tinha muita clareza de onde eu queria chegar.

Então, entender isso onde você quer chegar como co-produtor, se é só um


serviço extra que você quer fazer, se você quer mesmo desenvolver mesmo
um modelo de negócio do zero dessa forma, se você quer ficar fazendo isso
por muitos anos, entender isso, vai ser muito importante porque é o que vai
guiar seus passos em todas essas decisões. Seja na hora de terceirizar, seja na
hora de conseguir recurso para pagar lançamento, seja na hora de crescer essa
empresa.

Importante também que seja falado com o expert desde o início está seu caixa,
se você vai ter valor para investir, se você não vai ter valor, se você vai precisar
contratar outras pessoas. Tem que ser falado isso com o expert, quem vai
pagar, como será esse pagamento.
Como eu faço os pagamentos aqui?

Os prestadores de serviço emitem a nota para


minha empresa e eu pago por transferência.

Após a emissão da nota, tenho já na minha agenda


do Google o dia certinho de pagar as pessoas.
Assim, todo mês antes do dia de vencer, eles me
mandam a nota e eu faço os pagamentos.

No Trello, eu controlo se todos os meses eu paguei, quem que eu já paguei


naquele mês, para ter uma visibilidade do que eu estou pagando também e,
claro, na minha planilha de custos dos projetos tem lá. Como eu faço rateio,
por assim dizer, de mão de obra, eu coloco nas minhas planilhas de custo esse
valor de mão de obra já rateado. Ou seja, se eu tenho um designer que divido
em 02 projetos, vou lá e divido o custo dele para cada um dos projetos – cada
um paga metade.

Isso é bom porque eu consigo reaproveitar a mão de obra, não preciso montar
uma nova equipe para atender mais de um expert, trabalho com a mesma
equipe, atendendo essas demandas de vários projetos.

Nisso, para que funcione (e aqui preço muito atenção de vocês), eu tenho que
ter tudo muito bem organizado no meu setup. Então eu tenho uma nuvem
para cada projeto, um diretório, uma planilha de acessos, uma ferramenta de
email, ferramenta de trackeamento, tudo para cada um dos projetos.

Cada um tem seu ambiente de trabalho separado e aí meus ajudantes, a galera


da equipe, trabalha dentro do projeto de cada um, salva tudo no lugar certo,
acompanha os Trellos, acompanha o suporte, tudo isso é bem organizado para
que você não se “embanane” lá na frente ou para que você não acabe
perdendo o controle dos seus custos ou dos seus processos. Isso é muito
importante.

No Mentoring (quando aberto), eu mostro um pouco dessa passagem de


demandas para a equipe, como você pode montar no Trello as atividades e
repassar para a equipe, como gerenciar essa equipe.

Falaremos um pouco sobre a reunião de kick-off, que é uma reunião de


abertura e projeto de lançamento. E uma saída, um encerramento de projeto
de lançamento, debriefing. Sobre como é importante você ter alguns rituais
dentro do teu processo para que você não fique tão no automático e se perca
completamente do planejamento inicial.

Também aqui a gente trabalha com portifólio, esteira de produtos.


Então isso é importante porque você vai desenvolver produtos diferenciados
para mais de um expert, então você tem que ter o seu custo muito bem
detalhado, porque as vezes um produto está te dando lucro outro está te
dando prejuízo, você precisa saber até onde isso vai funcionar, quanto tempo
um compensa pagar o custo do outro para que a longo prazo você ganhe
dinheiro com os dois.

Tudo isso é o co-produtor que precisa sentar a bunda lá na cadeira e pensar.


Ele precisa desenvolver essa capacidade estratégica, dentro de tudo o que ele
estuda: Fórmula, Ícaro, Rodrigo, Aguiari, Ladeirinha.

Dentro de tudo o que ele estuda, ter a capacidade de olhar para aquele
negócio, para aquelas possibilidades e dizer “aqui eu farei e, para fazer isso,
eu vou precisar do designer, do suporte, do tráfego, da automação, do copy,
quem vai fazer, como eu vou dividir essas tarefas, quais serão os prazos”, tudo
isso vem do co-produtor e ele precisa desenvolver essa habilidade.

Precisa desenvolver toda de uma vez, na mesma hora, no mesmo mês, na


mesma semana que a gente está vendo esse conteúdo aqui? Não, não precisa,
mas tem que saber que a longo prazo, ele precisa sim desenvolver isso e muito
bem.

Dito isso, espero não tê-los assustado muito com esses requisitos. Isso é só a
pontinha do iceberg de tudo o que a gente desenvolve dentro de um projeto.

Espero que tenham ficado claros esses pontos, espero que vocês a partir de
hoje, a partir do contato desse conteúdo, já delimitem o que vão se dedicar a
estudar (se copy, se tráfego) e estudem e montem o cronograma de estudo
para seguir o quanto antes. E que também tenham ciência da importância de
você ter o seu diferencial, de encontrá-lo. Então vasculhem aí na sua cabeça,
nas suas memórias, nas suas habilidades, nos cursos tudo o que você já fez,
qual é o seu diferencial como co-produtor.
Falamos muito sobre a questão da co-produção e enquanto
falava e produzia esse conteúdo, eu percebi que ficaram ainda -
apesar de ter tentado colocar bastante conteúdo - alguns
conteúdos fora. É inevitável, porque eu também não queria
soterrar vocês com conteúdo de co-produção de uma só vez.

Por exemplo, a questão do imposto. Muita gente me perguntando


sobre imposto. Se você ainda está no MEI, nos seus primeiros lançamentos,
não deve se preocupar ainda com imposto. Preocupe-se em achar primeiro
seu expert.

Um ponto que abordei bastante foi a questão da curadoria. Foi inclusive o


assunto que estava tratando numa reunião com a expert. Falávamos de como
no digital as coisas acontecem de maneira rápida, de maneira intensa. De um
dia para o outro sua vida muda completamente.

Citei inclusive o caso do Raul, que produzia conteúdo já há muitos anos, mas
só esse ano estourou por marcações do Ícaro, da Lara, do Ítalo. Mas há que se
ver que ele consegue sustentar a audiência em um assunto que o brasileiro
normalmente não gosta, que é português. Afinal, quem acorda e diz: “vou
estudar português, gramática.”?

Ninguém acorda e pensa nisso. Mas como ele é um expert muito bom na
produção de conteúdo, e muito bom para engajar e ele tem o personagem
atrativo muito forte, funciona e a gente já tá aí com quase 2.000 alunos.

Quando eu falava para vocês da curadoria, eu não sei se eu dei a ênfase que
esse assunto necessita, porque na verdade o que vai fazer muita diferença para
o seu resultado como um co-produtor é você pegar um bom expert.

Se eu precisasse resumir todo esse material em um único tópico, o mais


importante deles é o tempo que vocês passam na curadoria para encontrar um
bom expert.

Porque a diferença para lançar um bom e um mau é muito próxima,


provavelmente a mesma. Mas o bom vai engajar e aí vai te dar resultado. O
mau vai batendo na trave, não engaja, as pessoas não se envolvem. E você vai
ter o mesmo trabalho de produzir conteúdo de fazer copy, de fazer trafégo, de
fazer edição de vídeo, de fazer tudo isso e provavelmente não vai ter um
resultado. Ou quando tem o resultado é inexpressivo porque pegou às vezes
uma demanda reprimida e depois não se repete.
Então eu aconselho vocês a ficarem muito tempo nessa curadoria,
conversando com o expert sobre produção de conteúdo. Eu estava inclusive
explicando para essa especialista, já que ela veio do off-line e não tinha
produzido nada no on-line, que quando a gente inicia precisamos entre 45 a
60 dias já lançar alguma coisa.

Não preciso ficar esperando muito mais do que esse prazo para lançar porque
senão audiência vai se acostumando com conteúdo sem oferta. E quando você
solta uma oferta a pessoa estranha e muitas vezes fica ofendida.

Expliquei para ela que, no offline, às vezes você vai dar um curso desse tipo e
leva 45 dias só para alguém aprovar um documento, é tudo muito moroso. No
digital não! Como é muito barato, tem uma grande facilidade, por conta disso
você consegue ganhar muita velocidade.

Quando eu peguei esse produto para fazer esse lançamento do Raul (o


primeiro que a gente fez), em duas semanas montei tudo e nós lançamos e
tivemos um resultado muito bom.

O co-produtor acaba sendo a pessoa que imprime esse ritmo, porque muitas
vezes o expert não sabe que tem que fazer essa oferta com certa constância,
que ele tem que ter uma esteira de produto.

Então é muito importante que o produtor seja uma pessoa muito estratégica,
devendo já começar essa estratégia na escolha do expert, porque se você
escolhe mal a sua estratégia já tá falha e para você consertar no meio do
caminho e transformar uma pessoa desinteressante em uma pessoa
interessante é muito difícil. Então, reitero: gastem muito do tempo de vocês
fazendo essa curadoria.

Ah, e como? Onde? Hoje não tem muito para onde correr. Você vai lá no O
Novo Mercado, na Comunidade do Vinhas, na Comunidade da Camila e você
acha gente boa que precisa de lançador. Mas nem sempre essas pessoas vão
dizer: “eu preciso de um lançador”.

Você tem que ficar acompanhando ali que ela é um expert que se lança e ela
solta dificuldades que ela está passando. Aí você pode responder e ajudar,
responder e ajudar, e depois fazer uma oferta. Mas primeiro você vai
desenvolvendo um relacionamento com a pessoa.
É difícil assim, do nada, um expert bom te dar atenção se você não fizer. Faça
pelo menos um primeiro trabalho com ele de conversar, de deixar a pessoa
também te conhecer.

Eu sempre falo que é a melhor coisa e a mais fácil é você comprar um produto
dessa pessoa. Não falo isso para vender, e sim porque é o que eu faço.

Eu já comprei desde o ano passado uns 30 mil reais de curso, mentorias e


eventos. Comprei agora uma mentoria que foi 15 mil reais. É fato que muito
provavelmente eu achasse esse conhecimento no Youtube, mas eu estou
comprando tempo, acesso à pessoa. Agora eu tenho WhatsApp da pessoa,
posso pedir uma ajuda para negociar uma taxa na Hotmart.

Então se o seu expert, se a pessoa que você almeja lançar já tem algum
produto e você pode, compre para se aproximar mais da pessoa, para sugerir
melhorias e também para saber se a pessoa de fato é boa para você lançar ou
não. Porque às vezes ali no Instagram é complicado.

Essa métrica de engajamento é bem complicada. Eu por exemplo já peguei


um lançamento para fazer que a página do insta tinha 180 mil seguidores e eu
falei “caramba! Esse lançamento vai ser incrível!”. As pessoas viam os stories,
engajavam nos comentários. Mas na hora de vender, como nunca houve
nenhuma oferta, as pessoas tomaram um susto e não se engajaram com ela.
Ela quase não aparecia em vídeo, as pessoas não se engajaram e não
compraram.

Foi um fracasso. Acabou esse lançamento e eu fiquei arrasada porque eu tinha


muita expectativa e já achava o produto muito legal. Ali eu percebi que a gente
tem que tirar um pouco a nossa paixão da jogada no início dessa negociação
e colocar mesmo uma visão estratégica. Ver se o expert é uma pessoa que
quando você consome conteúdo dele você fala: “meu deus do céu, tomara
que acabe, que chatice, eu não aguento mais”, não faça. Se não te provoca
nada, não vai provocar nada no lead, não vai provocar na pessoa que vai
comprar.

Falei também no Telegram e reforço aqui que é necessário você se identificar


com conteúdo da pessoa. Eu estava lendo um livro que diz é exigido um grau
de comprometimento para você criar uma campanha publicitária para alguém.
Então se você não identificar valor nenhum no conteúdo do expert ou no
nicho, no que ele está fazendo, não entre também. Afinal você vai ter que lidar
com aquele assunto dia e noite. Terá de lidar com as dores daquela persona
e, se você não gosta, dificilmente vai dar certo.

Eu vi isso quando eu fiz esse trabalho com nutricionista. Eu não gosto, não
quero mais co-produzir coisas de nutrição. Já recebi uns 7 convites de
nutricionistas de perfis médios, grandes. Mas eu não quero atuar, porque não
é um assunto que me engajo, não quero ficar pensando sobre. Não quero
dormir pensando sobre isso.

Outra coisa também com relação a essa parte de co-produção que em razão
das perguntas que eu recebi é entender que o co-produtor é sócio do expert.
Como sócios as coisas que cada um vai fazer são negociadas. Não sou eu que
vou dizer o que é que vocês vão negociar com expert de vocês, qual
porcentagem. Você precisa ver dentro do seu contexto e tem que ser muito
sincero.

A galera nas abordagens vende umas coisas nesse sentido: “eu trabalho com
comunicação, vi aqui no seu perfil que você tem potencial e está deixando
dinheiro na mesa”.

Isso é muito vago e eu não considero isso honesto. Você olhou o perfil por fora
e você nem sabe se tem engajamento, você não sabe se o expert já tem
alguma coisa sendo vendida, enfim você não sabe quase nada e você tá
dizendo para ele que ele tá deixando de ganhar dinheiro. Quando ele fechar
com você e o dinheiro não vier, por qualquer razão que seja, ele vai te culpar.

Acho que é muito melhor você trazer o expert e apresentar uma proposta no
seguinte sentido: “temos como realizar um lançamento, dentro de uma
estratégia que eu conheço, a média de conversão é essa, nós precisamos de
tantos leads, precisamos de um certo investimento em trafego, e
trabalharemos assim”. Sempre a longo prazo.

Quando você faz essa abordagem de que ele está perdendo dinheiro, sem ter
começado trabalho nenhum, sem ter visto ele de fato de perto, você vai criar
problema para você mesmo, porque a pessoa fica com a expectativa lá em
cima.

Eu já lidei com isso também do expert com expectativa lá em cima abrir o


carrinho, não vendeu a pessoa fica destruída, arrasada. Aí a razão da vida dela
acabou e você passa de co-produtor a psicólogo.
Outra coisa que eu também considero muito importante para o co-produtor,
especialmente o iniciante: se você é iniciante, se você está começando, não
inventa moda, não fica com história “eu vou fazer lançamento interno”.

Você nem sabe mexer ainda, você nunca lançou. Comece do mais simples,
começa do lançamento semente fazendo desafio, seja seguindo checklist,
começa do simples.

Porque você já começar, como já vieram me falar, de lançamento interno e


acaba não danado certo. Porque se você pega o lançamento interno, por
exemplo, que é difícil e tenta implementar no expert que nunca lançou nada,
provavelmente você vai ter problemas na execução. Porque você não tem
equipe, você não está acostumado a gerenciar.

Faça o primeiro mais simples. O mais barato que você conseguir e aí quando
vocês tiverem retorno, além de pagar os custos sobrará algo para você investir
nos próximos e ir crescendo aos pouquinhos.

Uma coisa que eu direi para que vocês não ficarem economizando e que assim
que vocês puderem investir é em ferramenta de e-mail. Eu vejo pessoas
quebrando cabeça, sofrendo lá com Lead Lovers, com ferramentas ruins de e-
mail e não ter resultado.

Quer dizer que o e-mail Active é que vai te dar resultado? Não
necessariamente, mas a ferramenta principal do lançamento
acaba sendo um e-mail, além do conteúdo.

Eu vendi no Aulão de Consultoria, que alguns aqui devem ter recebido, com
um e-mail 12 mil reais. A minha lista na época tinha duas mil pessoas. O e-mail
tem muito potencial estão deixando isso de lado, inclusive os estrategistas.
Agora não sei de onde é que estão tirando essas estratégias porque e-mail é
a base da fórmula inteira e a base dos maiores lançamentos hoje, que são
lançamentos internos.

Tentem, seja qual for a estratégia que vocês estão seguindo, pegar a essência
daquela estratégia. A comunicação precisa ser feita com sua base, então faça
por mais de um canal. Não confie só no Instagram.

Vocês estão vendo aqui o Instagram impedindo gente de fazer live, de


produzir conteúdo. Então não deixe a audiência só lá no Instagram. Leve-a
para Telegram, WhatsApp se você preferir, mas leve também para o e-mail
para você ter mais de um canal de comunicação com ela para você não ficar
ali capado dentro da sua estratégia.

Outra coisa importante: o co-produtor, como sendo a pessoa que monta a


estratégia, o estudo da estratégia é dele. Não é correto fazer como alguns
falam que colocam o expert para estudar copy por exemplo. Creio que seja
importante o expert estudar também, mas quem vai escrever a estratégia
inteira, cuidar de pepino de equipe, lidar com prestador de serviço atrasado é
o co-produtor, porque se for para o expert ficar fazendo isso, não existe
serventia para você.

Outra coisa com relação a co-produção é que o expert normalmente já está


muito acostumado com relacionamento com audiência. Quando você lida
com audiência grande, te demanda muito. É muito inbox, muita caixinha,
muita troca ali. Então o expert não vai ter tanta a cabeça para produzir o
conteúdo (e você precisa ficar inventando e reinventando conteúdo toda hora)
produzir o produto e ainda ficar realizando demandas do operacional.

Uma coisa que eu pincelei lá e eu acho importante vocês desenvolverem é a


capacidade de liderança, porque você vai ter que líderar algumas pessoas. Os
freelas, ou pessoas que você contrata.

Na mentoria mesmo algumas pessoas já trouxeram situações difíceis para lidar


com a equipe. O marketing digital, essa coisa da gente poder contratar
livremente, pegar frelancer, pegar uma equipe toda remota, é maravilhoso ter
essa flexibilidade. Só que é uma faca de dois gumes, pois as vezes você
contrata um freela e a pessoa some. Você passa uma coisa e ela perde prazo
toda hora.

Você contrata uma pessoa para fazer para você um trabalho criativo ela não
consegue fazer, ela só consegue desenrolar quando você dá a instrução. Então
querendo ou não o co-produtor é o cérebro da operação, do projeto. E ele
tem que assumir logo essa postura. Não achem vocês que é porque
contrataram um frela design que ele chega com tudo lindo para o lançamento.

Assim, acaba tendo a tua mão em cada coisa. Por isso que eu falo que o grande
diferencial do co-produtor é em gerenciar o projeto, porque ele vai estar em
todos os passos do plano.

Por exemplo no tráfego, as vezes eu preciso de cinco criativos e como ele não
está tão mergulhado dentro da estratégia, você então tem que dar uma
instrução muito próxima para ele. Por exemplo eu preciso chamar atenção,
preciso que seja criativo, preciso que provoque uma reação de medo, ou
ganância. Assim você tem que dar essa instrução.

Tráfego: todo mundo precisa aprender subir campanha? Não, mas você tem
sim que ter uma noção para quando você botar seu dinheiro.

Eu, por exemplo, invisto em tráfego. Então eu preciso saber o que o


profissional vai fazer porque se ele fala qualquer coisa e eu não sei do que que
ele está falando, como vou avaliar se está certo ou errado? E a tua estratégia é
muito baseada em dados.

Se você alocou R$1000,00 e aí ele tá usando para um público de 90 dias e não


tá indo bem, está consumindo muito seu custo de aquisição. Você tem que
saber o que é custo de aquisição, tem que saber qual que é a sua meta de
custo de aquisição, senão o negócio sai do controle e a hora que for ver o
lançamento deu prejuízo.

É importante que o co-produtor esteja disposto a estar a par também do


conteúdo que vai estar alinhado com a persona.

Eu sei que soa como muita coisa e muita gente fala que é muito difícil, mas
você vai aprendendo com o tempo.

Quando eu entrei na área de TI para projetos, eu já trabalhava na área de TI


para licitação e depois quis ir para projetos. Meu primeiro projeto era de 80
milhões entre o INSS e uma grande empresa privada aqui de Brasília. Eu não
fazia ideia por onde começar. Sabe quando cai de paraquedas no lugar?
Pensei “caramba, o que que eu vou fazer para esse negócio aqui andar?”

Eu pensei: eu sou boa em criar processos, eu já tinha experiência.

Havia uma área dentro do projeto que estava com muito documento atrasado.
Eu foquei nessa área e com menos de um mês eu já tinha conseguido colocar
mais de 500 documentos em dia. Eles me promoveram eu fui aprendendo a
partir dessa promoção.

Por isso que eu falo: escolha dentro desse montante de coisas o que vai ser
mais rápido para você masterizar, o que você mais gosta, e as outras você vai
terceirizando e aos poucos aprendendo também, para terceirizar melhor.
Hoje o que que eu terceirizo aqui é o suporte, o tráfego. Copy eu tenho feito
junto com o expert, revisão eu terceirizo porque eu gosto de escrever, mas eu
odeio revisar.

A automação dos e-mails eu estou fazendo porque, no Brasil, principalmente


no mercado digital, ainda tem pouca gente que manje bem. Então se é para
eu deixar na mão de uma pessoa que sabe menos do que eu, eu mesma faço.
No futuro eu quero treinar outras pessoas.

À medida que a sua empresa de lançamentos cresce, você vai ter que ir
passando seu conhecimento também para outras pessoas para você ficar
numa posição mais estratégica. Você não pode ser a pessoa que fica
respondendo suporte da Hotmart o dia todo, você não pode ser a pessoa que
fica só subindo campanha o dia todo, por que que horas você vai pensar
estrategicamente?

Por exemplo, agora a gente fez um lançamento do Raul, algumas pessoas aqui
já sabem que eu trabalho com ele. A gente lançou a primeira turma no auge
do coronavírus, quando deu aquele primeiro boom. Como todo mundo,
ficamos também receosos, mas batemos nossa meta.

Eu pensei: eu sei que ficou uma demanda reprimida muito grande, porque
tem muita gente segurando o dinheiro com medo de comprar. Então pensei:
“vamos fazer um downsell, vender um produto com um preço bem acessível,
bem no-brainer para audiência para darmos uma limpada no que ficou ali”.
Essas ideias, essas estratégias quem tem que pensar é você. Não é você
esperar que o expert tenha essa visão.

Eu cheguei nele e disse: “Tem brecha para a gente lançar um downsell. Me fala
quais são as principais dificuldades da tua audiência no momento, uma coisa
que eles pedem muito”. Ele me falou duas ou três e eu falei: “esse tema aqui
eu acho que funciona bem”. Decidimos fazer isso.

Já abri o meu Trello para começar a listar o que for de


atividades. Ele vai gravar aula, eu preciso de uma página de
checkout, eu preciso do produto cadastrado, eu preciso de
criativo, eu preciso das campanhas de tráfego. Eu já vou
separando as atividades para cada área.

Pronto! Separei todas as atividades e prazos para cada área, separei o dia que
a gente vai lançar e cada um vai fazer sua parte. O suporte cuida do produto
na Hotmart, cuida do e-mail. Eu cuido da parte do tráfego junto com Matheus,
a gente bola a parte estratégica e tudo isso.

E aí pronto, lançamos. A gente tinha meta de 500 e vendemos 1.300, tivemos


um resultado muito bom.

Nesse dia (e por isso eu falo para estarmos sempre preparados), no meio do
carrinho aberto, a Lara (sem saber) fez uma marcação no Raul e a gente
ganhou mais de 12 mil leads.

Eu faria uma oferta para 11 mil pessoas da base e, de repente, eu tinha para
24 mil pessoas. Ainda ficaram alguns leads de fora para essa oferta porque a
gente tinha que fechar o carrinho. Agora vamos fazer uma oferta só para a lista
e deixar em um funil perpétuo.

Depois que fechamos e eu percebi que vamos deixar num funil perpétuo vou
lá e seto as atividades: mudar checkout, agora eu tiro aqui ao vivo, mudar a
forma do produto, criar o listboss, escrevo tudo lá e boto para cada pessoa
fazer a sua parte

É isso que eu faço! No que eu realmente sou boa? É justamente nisso: em


pegar um monte de coisa que tem para ser feito estruturar numa linha lógica
e distribuir e acompanhar isso. É nisso que eu sou boa, não sou incrível em
copy, vocês vão ver minha página, não tem nada muito incrível. Eu não sou
incrível em tráfego.

Automação eu sei um pouco pois já vim da área de TI, mas também não é nada
de extraordinário. Eu sou boa em processos e projetos. Então eu me aproveito
disso e terceirizo.

E é louco porque eu não tinha essa noção. O marketing digital me trouxe a


noção do que eu era realmente muito boa porque quando eu estava lá na CLT
eu achava que era tão natural, tão básico, tão obvio você fazer isso.

Quando eu vim, eu estava no projeto que atendia agências bancárias que é


um projeto mais extenso que lançamento. Era um projeto de milhões, com
uma equipe de 13 técnicos, uma coisa bem maior. Mas eu achava tão
corriqueiro, tão natural. Quando eu vim para o digital que eu percebi que essa
era uma habilidade boa que funcionava muito bem aqui.
Então você tem que achar, fazer um escrutínio sua vida profissional, ver no que
vocês são muito bons e colocar isso como teu grande diferencial aqui dentro.

E, para finalizar isso, para irmos para as dúvidas, eu queria falar com vocês
sobre produção de conteúdo. Por que é que eu tenho tanto expert que me
procura para lançar e não tenho agenda mais para atender nenhum? Porque
eu produzo conteúdo. Eu também não queria, não quero até hoje para ser
sincera.

Tem dias que o Instagram para mim é muito difícil, vocês veem, eu falo, não
tenho qualquer problema em expor isso. Essa cobrança constante que a
audiência te gera no Instagram para mim ainda é difícil, eu não me adaptei. Eu
prefiro ficar aqui o dia inteiro, fazer cinco lançamentos no mês, a ter que ficar
no Instagram, repetindo a mesma coisa, respondendo as mesmas pessoas.

Mas, a produção de conteúdo foi o que me abriu praticamente todas as portas.


Então eu não tenho como dizer para vocês que não façam.

Sei que muita gente aqui não vai fazer mesmo, mas existem sempre dois
caminhos para chegar no lugar. Um tem um atalho e o outro é mais longo, vai
ficar a critério de cada um e da necessidade de você escolher por qual vão
seguir.

Eu precisava seguir o que tinha um atalho porque eu pedi demissão do meu


emprego para fazer isso aqui. Então eu não tinha essa chance de ficar “não
gosto, não vou”.

Eu achei o meu jeito, como vocês viram, adaptei e tem funcionado muito bem.

Eu recebo muitos pedidos mesmo de co-produção de tudo quanto é projeto.


De pequeno a grandes nichos, dizendo: “ah, te conheci do grupo tal,
comunidade tal, fulano te repostou”, e me perguntando se eu estou com vaga.
E eu sempre dizendo não.

Houve casos em que eu indiquei as pessoas para alguns alunos. Algumas


experiências foram boas e outras não foram tão boas. Então parei de indicar.

Agora, a partir da imersão, eu quero conhecer mais de perto, por isso que eu
coloquei menos pessoas, quero ver quem tem bastante potencial para que eu
possa indicar esses experts.
E, claro, passando o meu próprio conteúdo eu sei que a pessoa já tem ali pelo
menos um pouco do que eu faria para ficar naquele projeto.

Eu me sinto mal quando eu sei que tem muitos de vocês que querem uma
oportunidade para lançar, para começar e alguém me pede indicação eu não
consigo indicar, mas também não vou ficar indicando, como já aconteceu e o
expert ficar vindo me cobrar depois.

Tendo pessoas que eu consigo ver mais de perto, acompanhar e entender se


está bom, eu quero direcionar assim. Não quero que esse expert saia da minha
conta e vá procurar em outras comunidades se eu tenho pessoas aqui que
possam atender.

Mas isso veio da produção de conteúdo. Então eu não indico para vocês coisa
melhor do que ter em um conteúdo de vocês que seja ali no insta, se você não
quer fazer live faça em texto. Reforçando a tua autoridade como o profissional
é sempre puxando para seu diferencial. Se é tráfego, fala mais de tráfego; se
é design, fala mais de design; se é copy, fale de copy.

E quem não quer fazer de jeito nenhum conteúdo vai para as comunidades
procurar as pessoas um pouco mais anônimo, mas saiba que não será fácil.

As pessoas vão querer saber quanto você já ganhou, quem você já lançou, vai
ser mais difícil provar a autoridade. O conteúdo acaba te ajudando nessa
prova de autoridade, ainda mais se você faz colabs e se você é referenciado
por outras pessoas.

Ontem mesmo eu fiz um texto e o Rodrigo Vinhas me respostou e isso é muito


gratificante, já que vêm outras pessoas e isso reafirma sua autoridade.

Se eu não estivesse produzindo conteúdo ele nem saberia que eu existo. Então
recomendo que vocês pensem muito seriamente sobre isso, quebrem essa
barreira com relação a produzir conteúdo. Encarem mesmo como trabalho.
Qual a diferença entre seu modelo de negócio e agência
de lançamentos?

Eu não sou uma agência, não me intitulo assim. Não tenho pretensão de ter
vários experts e sim dois onde sou co-produtora. Eu não tenho modelo de
contratação CLT como é o caso das agências, eu não tenho o modelo que
paga pelo trabalho do expert como muitas agências fazem. Eu lido com cada
expert conforme sua particularidade. Se um é mais avoado eu lido com ele de
um jeito e não vou obrigá-lo a seguir um processo de agência. Se outro é mais
sensível lido com ele de outra forma e assim é feito.

Eu não quero ter uma empresa gigante, eu não quero ter uma empresa física.
Meu modelo ele é bem mais flexível do que de agência. Principalmente para
mim, porque se amanhã eu não quiser mais fazer esse negócio aqui, já faturei
o que eu queria, cansei disso aqui, então tchau. O expert segue na forma que
ele quiser. Não tenho em mente ter uma equipe, uma agência, uma porção de
coisas de dentro do processo.

Outra coisa, para ser bem sincera, eu não acredito que as agências vão muito
longe com esse modelo de ficar pagando só vinte, trinta por cento pra expert.
Não acho que vá longe. Também não acredito em modelo que use os
estagiários. Acho inclusive muito complicado que a gente fique vendendo
liberdade, que fique vendendo empreendedorismo e aplique um modelo
completamente enrijecido de CLT para os nossos negócios.

Outro dia alguém veio me perguntar: você sabe que programa que eu posso
usar para controlar o ponto das pessoas na minha agência? Nem que eu
soubesse eu diria porque eu tenho pavor a isso, a esse sistema feudal de
trabalho.
Quando você recomenda
produzir conteúdo?

Recomendo produzir conteúdo a partir de hoje, sem ter resultado mesmo, do


jeito que der. Começa a fazer resumo, começa documentando. Daqui um ano
você vai ter desejado começar hoje. Eu olho o que eu já produzi de um ano
para cá eu queria ter começado a cinco anos atrás, então comece hoje se
possível.

Já tenho MEI.
Poderia utilizar?

Deve, aliás para quem está começando a melhor coisa é abrir o MEI, porque
com o MEI você não precisa de quase nada. Não precisa emitir nota, então
você já economiza no imposto, nas ferramentas de nota, no contador. Mas
atente-se ao teto. Quando você tiver próximo de bater o teto, já comece a
providenciar para abrir sua empresa limitada.

Em relação aos profissionais terceirizados, você remunera


por um valor fixo ou remunera por porcentagem?

Todo mundo é remunerado com valor fixo, eu não remunero com


porcentagem. Quero fazer isso no futuro, quero melhorar as porcentagens das
posições mais estratégicas como tráfego, copy. Embora apesar de ser o valor
fixo sempre tento dar um bônus quando tem o lançamento e um resultado
melhor. À medida que a empresa escale, que os lançamentos escalem, eu
quero implementar algumas idéias da CLT que eu vejo que lá funcionam bem.
Então quero criar um programa de treinamento para ir qualificando cada vez
mais as pessoas. Eu mesma pagando os cursos e tudo isso.

Uma coisa que eu incentivo muito é que quem trabalha comigo não fique
trabalhando comigo por muito tempo. Arrume, aprenda e vá. Eu não quero
ficar igual esse que vão contratar e falam: “se você tem pretensão de lançar,
não te quero aqui”. Eu, ao contrário, quero mais que lance, quero mais é que
aprenda e que vá cuidar da sua vida, da sua empresa, do seu próprio negócio.
Aí vem outra pessoa e assim vai seguindo. Não quero ninguém como escravo
aqui comigo a vida inteira.

Como produzir conteúdos


sem ter resultado?

Eu comecei assim pessoal. Resumam as coisas. Se quiserem peguem esse


conteúdo, resumam no Instagram, em um grupo. A questão do conteúdo é
que é para longo prazo, então se você deixa para começar daqui a um ano
você perdeu muito tempo. Começa logo, o quanto antes.

Você vai explicar como


estabelecer métricas iniciais?

Não vou explicar por que isso é estratégia de lançamento e a nossa intenção
aqui é que falar mais sobre co-produção. Em outro momento eu explico.

Para quem ainda não tem CNPJ mais não pode abrir MEI
por já ser sócio de outra empresa qual modelo você
recomenda?

Que abre uma empresa. Faça o primeiro lançamento com CPF aí quando
estourar o valor, que acho que são R$1.900,00 você abre. Eu fujo de problema
com burocracia. Esse mês mesmo meu imposto veio alto, o governo deu um
prazo. Eu não quis o prazo, quis pagar logo, afinal eu não quero gastar minha
energia com isso. Quero gastar com estratégia. Então isso eu resolvo o mais
rápido que eu puder para partir para o que me dá dinheiro. Porque ficar
economizando abrir uma empresa não vai me dar dinheiro.
Para quem é novo no mercado digital você recomenda
começar com prestação de serviços?

Eu recomendo na realidade você pegue essa prestação de serviço e ofereça


junto com a co-produção. Um designer começa a ser um co-produtor com um
diferencial em design. Se é gestor de tráfego a mesma coisa.
Afinal é difícil demais escalar prestação de serviço. Eu vejo os meninos do
design, que são os que mais vejo sofrer com isso. Eles começam a pegar vários
pequenos contratos para ver se crescem, mas chega no teto, no seu limite
humano, entendeu? Eu já até comentei com vocês eu atendo ainda uma
empresa como prestadora de serviços. Eu sou consultora, eles me pagam
mensal, mas me compromete pouco tempo, então dá para eu fazer. É uma
grana boa inclusive que eles me pagam. Agora se tomasse metade do meu
tempo não ia continuar fazendo porque não escala, é fixo. Eu gosto dessa
renda que entra com alguma recorrência mais aquilo que você ganha em
escala que são os lançamentos.

Eu sou da época de que, se você não queria aparecer na câmera, usava vários
filtros. Eu não gosto até hoje. Naquela live, me chamaram e eu fui: tem que
pagar os boletos, né? Então eu fui.

Estou começando agora no mundo digital e estou


estudando coisas para saber no que me identifico, o que
você acha ideal para começar?

Eu gosto da ideia de começar como suporte. Você consegue pegar bastante


coisas ali do lançamento. É uma tarefa relativamente simples que não vai te
exigir grandes coisas, eu acho bacana.

O que eu acho fraco são as abordagens. As pessoas me mandam mensagem:


“Eu quero ser seu suporte de graça”.

Primeiro que eu não quero ninguém trabalhando para mim de graça, porque
eu preciso cobrar e para cobrar eu preciso pagar. Depois o suporte podemos
pensar assim: “é o mais simples”.
Sim, não é tão complexo, mas é o suporte que se relaciona com sua lista tem
que ser uma pessoa boa, tem que ser uma pessoa que escreve direitinho, que
conheça um pouco do produto, que entenda bem da Hotmart. Então se você
quer começar como suporte, devore a Central de Ajuda da Hotmart.

Não tenho como pagar uma


ferramenta de e-mail.

O MailChimp tem ferramenta de graça. Isso não é desculpa.

Você faz treinamento


para gerir projetos?

Hoje eu tenho duas pessoas na mentoria que entraram, eram pessoas que já
atuavam em lançamentos e estavam naufragando com os processos e eu
ajudei a resolver isso.

Indica alguém para


transição de carreira?

Coach! Procura os coachs, eles devem falar disso. É que eu sou muito
pragmática. Eu sabia que a CLT não era para mim, então busquei algo que me
desse tanto dinheiro quanto a CLT. Quando eu achei, eu simplesmente sai.

Daqui a pouco as agências começam o lobby para


regulamentar a profissão.

Eu não duvido nada disso. Acredito também que a maioria vai fechar.
Sou empregada pública
e não posso ser MEI.

Que eu saiba não, mas é bom que você converse com profissionais dessa área.
Você pode ser sócia de uma empresa desde que não seja sócio administrativo.

A imersão serve
para expert?

Não, prefiro que expert não entre nessa imersão porque é para co-produtor e
vai atrapalhar o fluxo das nossas conversas, dos nossos conteúdos.

Para ganhar experiência e criar autoridade como co-


produtor, vale a pena iniciar o projeto com expert músico
experiente?

Eu não recomendo. Só em último caso, se você tiver que começar e não tem
ninguém. Porque está ficando cada dia mais difícil e mais caro construir
audiência. E não é do dia para a noite.

Eu, por exemplo, estou fazendo isso agora, com a Renata. Não sei se vocês
conhecem, mas o conteúdo dela também é muito bom, então se não
conhecem, recomendo.

Lembrando que é muito tempo para o negócio crescer. Se você não tiver um
grande influencer que reposte, demora.

Então tentem achar alguém de três, quatro, cinco, dez mil, seguidores para
você começar com essa pessoa.

É possível fazer automação


no MailChimp?

Sim, eu não gosto, mas é possível.


Ainda dá tempo de usar lives
como estratégia de lançamento?

Dá sim. Live não está saturada não. O que eu disse é que eu estou saturada de
ver live, mas eu estou na bolha. O público geral tá acompanhando live cada
vez mais.

Pode falar mais sobre como você faz sobre os custos de


ferramentas do lançamento e sobre porque antes você
colocava o produto na sua conta na Hotmart?

Antes eu colocava na minha conta porque o expert não mexia na Hotmart e eu


achava bem mais fácil. Só que a Hotmart começou a dificultar isso pedindo
documento assinado do expert, pedindo uma série de outras identificações
para poder liberar o produto. Então o produto estar em meu nome atrasaria e
prejudicaria um pouco isso. Então agora cadastro lá no nome dele, me coloco
como co-produtora e pronto.

Pode falar sobre custos


de ferramentas?

Eu vou não vou aprofundar aqui. Pincelando por cima, eu divido com o expert
conforme a minha porcentagem. Então se a minha porcentagem é metade,
metade eu pago e metade ele. É dividido assim, eu tenho uma planilha, coloco
tudo lá, separa os valores, explico que ele tem que me pagar nos mês o
referido valor em razão dos gastos.

Essas coisas eu tento agilizar no máximo, para manter minha energia focada
no que importa e vai trazer mais resultados que é estratégia.

Fui abordado por três experts, um deles é muito do offline mas não tem
audiência.

E eu só estou fazendo isso agora porque eu tenho uma expert muito grande
que me dá uma grana muito boa. Se eu não tivesse eu não começaria com
alguém que não tem audiência. Sei que é duro para o expert ouvir, mas eu não
faria sem fins lucrativos.

Seu produto Mentoring Day vai


virar comunidade?

Não. Eu tentei com o Close Friends mas eu não gostei de ter uma comunidade,
eu percebi que não é para mim ter essa obrigação de ficar toda hora dando
atenção para as pessoas.

Eu tenho uma personalidade mais introvertida e não funciona muito bem para
mim, então eu não quero mais ter comunidade. O Close Friends vai ser
encerrado no decorrer desse ano e os produtos serão produtos como o TPD,
o Fórmula.

Isso é importante também vocês entenderem em relação ao expert de vocês,


se ele é essa pessoa que quer ficar atendendo. Porque se não é da
personalidade da pessoa aquilo ali se torna um martírio.

Vejo muitos experts com bons personagens, mas que não produzem conteúdo
com consistência.

Se o expert não produz conteúdo, também não quero porque eu não vou ficar
convencer ninguém a fazer seu próprio trabalho.

Tem algum canal que


fale sobre suporte?

Não que eu conheça. Até falei para Juliana que tá no meu suporte para ela
desenrolar isso aí porque não tem ninguém falando.
Acha interessante começa a construir audiência junto com
o expert?

Se você já tiver caixa.

Por exemplo, o caso da Renata. Eu já conhecia o conteúdo da Renata porque


eu já tinha visto no Youtube, ela dava aula e o conteúdo era muito bom.

Só que ela não tinha audiência e construir audiência de alguém leva tempo.

Estava até mostrando para ela os custos que já tivemos, com design, com
edição de vídeo, com hospedagem, suporte e nós não tivemos entrada.

Eu só a convidei quando eu já tinha um expert grande e quando eu tinha caixa.

Hoje, se eu quiser eu posso ficar um ano inteiro produzindo conteúdo sem


lançar porque eu tenho caixa. Por isso que eu peguei, porque é um
investimento a longo prazo. Se eu não tivesse, eu não faria isso.

Lembrando que eu ainda tenho a receita fixa que eu recebo da empresa e que
cobre grande parte dos custos. Tanto que todos os experts que eu lancei antes
disso tinham audiência.

Você falou sobre um teto da Hotmart,


seria limite para saques?

Sim, é limite para saque.

A minha mente sempre fica


muito limitada em curso.

A mente sempre fica limitada em tudo que a gente põe muita atenção e não
se abre para olhar.

Hoje eu tenho um checklist que vende aí 10, 12. Tem dia que vende 20 por
dia. Tem essa consultoria que eu dou para essa empresa como eu falei. Eu
tenho a mentoria que era 3 mil agora vai para 4 mil, porque tem mais gente
querendo entrar do que eu dou conta de atender.

Muita gente me pergunta qual é o meu curso. Eu não tenho curso nenhum.
Tenho o Checklist, tinha o CF que era comunidade e a mentoria.

Então agora que vou começar a pensar em curso porque eu quero escalar sem
ficar presa.

Poderia aprofundar mais nas características


para escolha do expert?

A minha forma de escolher expert é meio louca porque eu sou uma pessoa
que gosta de ter liberdade, então eu não escolhi tanto pela questão financeira.

Eu escolhi expert que tinha um conteúdo, tinha uma personalidade que se


dava bem comigo então era uma pessoa que eu sabia que iria conviver bem.

E os que tinham audiência porque eu não tinha como esse esperar dois a três
meses para o negócio me dar retorno. Então eu fui logo nos que tinham
audiência.

Com quais tipos de expert


você não trabalharia?

Com aquele que tem preguiça de produzir conteúdo, que é influencer mais
do que professor. Que fica só ali mostrando dietinha, coisinha. Eu não gosto.
Também não trabalharia com expert que se acha a última bolacha do pacote,
que te trata como funcionário dele. Para mim não dá.

No caso do conteúdo, você


participa com os experts?

Sim, eu participo. Nós sentamos e decidimos o conteúdo dos próximos dias.


Por exemplo, o conteúdo de junho já está todo pronto. Já está editado todo
no diretório, basta o expert entrar, pegar e postar.
O que é preciso para chegar nesse momento de negociar as
melhores taxas da Hotmart?

Não é fácil negociar a taxa com a Hotmart. Você tem que ter alguém que te
indique alguém lá dentro. Você tem que ter faturado bem alguns valores.
Infelizmente eu não posso dar detalhes com relação a isso. Mas eu consegui
justamente porque tinha faturamento bom e consegui um contato lá dentro
que me colocou em contato com quem decide. Então eu vou conseguir
negociar para 8% a nossa taxa.

Você faz algum tipo de lançamento de teste para fechar


com um expert?

Não.

Você indicaria começar com expert


de quantos seguidores?

Não posso te dar esta regra porque eu fiz dinheiro com um perfil de dez mil
seguidores, então é uma coisa que você tem que avaliar. Avalie engajamento,
produto, demanda.

Indica um livro ou material para chegar um pouco mais


preparado para o treinamento de co-produção?

Não precisa, nós vamos ver tudo. Fiquem bem tranquilos com isso.
Como você fez parceria
de co-produção com o Raul?

Bom, um dia mandei mensagem para ele, fiz uma brincadeira, ele respondeu
a gente trocou uma ideia e tal, ficou nisso. Eu não gosto de ficar no pé das
pessoas.

Aí quando foi um dia ele precisou de uma ajuda eu marquei uma call com ele.
Outro dia ele me procurou perguntando sobre uma dúvida e eu estava em São
Paulo e fomos tomar um café. Conversamos a tarde toda. Nem foi sobre
marketing.
Conversamos sobre outros assuntos, política e comportamento humano,
enfim. E a partir dessas conversas todas ele me chamou e a gente negociou e
deu tudo certo.

Acha válido postar em grupos mostrando que tá


trabalhando como produtor depois de ter conteúdo no
grupo?

Eu acho válido postar em grupo, mas se você tiver algo mais diferenciado para
dizer. Se for para ficar dizendo a mesma coisa que todo mundo está dizendo,
não poste.

E essa coisa do postar em grupo você tem que agregar valor para o grupo do
produtor. Não é chamando as pessoas para te seguir, não é falando de você.
Fale do conteúdo, ajude as pessoas, que elas vão te procurar.

O que você faz para avaliar


a demanda para um produto?

É só você escutar o que as pessoas estão dizendo.

Por que esse produto aqui nasceu? Porque toda hora alguém me perguntava
de co-produção.

É escutar gente, escutar mais do que falar.


Eu vejo que essa galera aqui no digital (não falo de ninguém em particular e
sim no geral) é muito rápido em falar muito e moroso em escutar.

Eu vejo no meu inbox a pessoa dando pitaco em coisa que eu não pedi, se
intrometendo em erro de português. Perguntando por que meu anúncio está
aparecendo. Teve gente que já me mandou mensagem dizendo que eu estava
perdendo dinheiro porque meu anúncio estava aparecendo.

Se está aparecendo para você é porque eu quero que apareça. Eu tinha razão
para isso.

A gente precisa parar um pouquinho para escutar mais.

Por exemplo, quando eu vou começar uma negociação com o expert eu já


consumi um pouco do conteúdo dele, eu sei um pouco da vida dele, eu escutei
quais são as dificuldades dele e sigo escutando o tempo todo. Eu sei qual é a
maior dificuldade do Raul e eu ajudo naquilo ali.

Na outra expert eu sei que é uma coisa diferente então eu já faço diferente, eu
faço mais do que falar. Isso faz muita diferença, principalmente na hora de
fechar. Porque todo mundo chega falando eu sou tal, eu estou estudando.

Vocês veem que eu não me intitulo copy, eu não me intitulo gestora de tráfego.

A pessoa fez três aulas do Sobral e é gestor, fez três aulas do Ícaro e é copy.

Essa vaidade, essa necessidade de provar para alguém. Nem para expert você
precisa provar. Seja sincero!

Fale que está começando, conta um pouco da sua história. É muito importante
porque a pessoa se conecta com elementos da sua história e vê que vocês
estão buscando a mesma coisa. Isso é muito mais importante que você ficar
com essa conversa besta de “você está deixando dinheiro na mesa, eu trabalho
com comunicação”.

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