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1 Q7899 Direito Administrativo > Organização e função da administração pública

Ano: 2022 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 34° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

Com vistas a atender a relevante interesse social e coletivo, o Estado Alfa decidiu criar uma sociedade de economia mista para o
desempenho de atividade econômica de sua competência. Após os devidos trâmites para a criação de tal pessoa jurídica, designada de
Empreendere, verificou-se a necessidade da contratação de pessoal para que a entidade administrativa pudesse desempenhar suas
atividades. Considerando a situação delimitada, assinale a afirmativa correta.

Por desempenhar atividade econômica, não há necessidade de Empreendere realizar concurso público para a contratação de pessoal.

Por se tratar de pessoa jurídica de direito privado, a criação de Empreendere não depende de autorização legislativa.

O regime de pessoal a ser adotado por Empreendere será o de emprego público, ou seja, o regime celetista.

Empreendere é uma pessoa jurídica de direito público, cuja criação decorre diretamente da lei, independentemente do registro dos atos
constitutivos.

2 Q7898 Direito Administrativo > Agentes públicos


Ano: 2022 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 34° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

Ataulfo é servidor público estável de um pequeno Município, ocupante de cargo administrativo de carreira junto ao Poder Executivo, cuja
remuneração era composta pelas seguintes rubricas, determinadas por lei do mencionado ente federativo: (I) vencimento-base, de valor
inferior ao salário-mínimo; (II) abono salarial, utilizado para alcançar o salário-mínimo; (III) adicional de tempo de serviço. O Município
editou, recentemente, a Lei XYZ, que conferiu à carreira de Ataulfo nova gratificação, estipulada em 10% (dez por cento) sobre o total da
remuneração até então percebida pelo mencionado servidor (somatório das rubricas (I), (II) e (III)).
Acerca da remuneração de Ataulfo, com base na situação hipotética narrada, assinale a afirmativa correta.

A remuneração de Ataulfo é inconstitucional porque seu vencimento-base não poderia ser inferior ao salário-mínimo.

O Município não precisava ter editado lei para instituir a nova gratificação, na medida em que a alteração da remuneração de Ataulfo poderia
ser efetuada por decreto.

A gratificação instituída pela Lei XYZ é inconstitucional, porque o seu cálculo incidiu sobre verbas que não podem ser computadas para a
concessão de acréscimos ulteriores.

A remuneração de Ataulfo é inconstitucional, pois é obrigatório que sua remuneração seja realizada, exclusivamente, por subsídio, que é
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer parcela remuneratória.

3 Q7897 Direito Administrativo > Intervenção do Estado na propriedade


Ano: 2022 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 34° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

Em determinado hospital municipal ocorreu grave incêndio, iniciado por pane elétrica no sistema de refrigeração. Todos os pacientes
foram imediatamente retirados do hospital e, diante do iminente perigo público, a autoridade competente determinou que, até que fosse
providenciada a remoção dos pacientes para outras unidades de saúde, os enfermos fossem abrigados no pátio de uma grande escola
particular situada em frente ao nosocômio. Buscando obter informações sobre seu eventual direito à indenização, o proprietário da escola
particular procurou você, como advogado(a), para obter a orientação jurídica correta. Segundo sua orientação, no caso em tela, o agente
público fez uso da:

ocupação administrativa temporária, e o proprietário da escola particular não faz jus à indenização, em razão da supremacia do interesse
público. 

limitação administrativa, que assegura ao proprietário da escola particular o direito à indenização imediata e ao poder público o direito de
preempção.

servidão administrativa, que assegura ao proprietário da escola particular o direito à prévia indenização, em razão do uso temporário de seu
bem imóvel.

requisição administrativa, que assegura ao proprietário da escola particular o direito à indenização ulterior, caso haja dano.

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4 Q7896 Direito Administrativo > Responsabilidade extracontratual do Estado
Ano: 2022 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 34° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

Márcio é policial militar do Estado Ômega e, ao longo de suas férias, em movimentada praia no litoral do Estado Alfa, durante festa em que
se encontrava à paisana, envolveu-se em uma briga, durante a qual sacou a arma da corporação, que sempre portava, e desferiu tiros
contra Bernardo, que veio a óbito imediato. Mirtes, mãe de Bernardo, pretende ajuizar ação indenizatória em decorrência de tal evento.
Sobre a situação narrada, assinale a afirmativa correta. 

A ação indenizatória não poderá ser ajuizada em face do Estado Ômega, na medida em que o fato ocorreu no território do Estado Alfa.

A ação deverá ser ajuizada em face da União, que é competente para promover a segurança pública.

Há legitimidade passiva do Estado Ômega, considerando que Márcio tinha a posse de uma arma da corporação, em decorrência da
qualidade de agente público.

O Estado Ômega deve responder civilmente pela conduta de Márcio, já que o ordenamento jurídico pátrio adotou a teoria do risco integral.

5 Q5316 Direito Administrativo > Improbidade Administrativa


Ano: 2021 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 33° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

João da Silva, Governador do Estado Alfa, de forma dolosa, no exercício das funções, revelou, em entrevista a veículo de imprensa, fato de
que tinha ciência em razão de suas atribuições e que devia permanecer em segredo, consistente em relatório de inteligência policial, cujas
diligências ainda estavam em curso. A publicização indevida comprometeu as atividades de inteligência, bem como de investigação em
andamento, relacionadas com a prevenção e repressão de infrações. O Ministério Público estadual instaurou inquérito civil para apurar os
fatos e, finda a investigação, restou comprovada a prática de ato ilícito, razão pela qual o MP ajuizou ação 

civil pública por ato de improbidade administrativa que atentou contra os princípios da administração pública.

 por crime de responsabilidade, já que nenhum agente político se sujeita ao regime jurídico da lei de improbidade administrativa.

por crime de responsabilidade, já que Governador de Estado não se sujeita ao regime jurídico da lei de improbidade administrativa.

civil pública com pedido de impeachment, por abuso de poder político e ofensa ao decoro e à moralidade administrativa.

6 Q5315 Direito Administrativo > Responsabilidade das Pessoas Jurídicas pela Prática de Atos Danosos Contra a Administração Públ...
Ano: 2021 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 33° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

A sociedade empresária Espertinha praticou atos de corrupção contra determinada organização pública internacional, mediante
oferecimento de suborno para a obtenção de vantagens indevidas. Em razão disso, a Controladoria Geral da União (CGU) instaurou
procedimento administrativo para apurar a responsabilização administrativa de tal sociedade.
Considerando o disposto na Lei nº 12.846/13 (Lei Anticorrupção), assinale a afirmativa correta. 

Não é possível a responsabilização administrativa da sociedade empresária Espertinha por atos de corrupção praticados contra organização
pública internacional.

A responsabilização administrativa pela CGU não necessita da caracterização do elemento subjetivo na conduta da sociedade empresária
Espertinha, pois tal responsabilidade é objetiva.

A aplicação de penalidades administrativas pela CGU depende da responsabilização individual de pessoa natural, na figura de sócio ou
dirigente da sociedade empresária Espertinha.

O processo administrativo instaurado pela CGU poderá resultar na aplicação das penalidades de multa e de dissolução compulsória da
sociedade empresária Espertinha.

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7 Q5314 Direito Administrativo > Intervenção do Estado na propriedade
Ano: 2021 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 33° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

Luciano, proprietário de um terreno localizado no Município Ômega, viajou para o exterior, pelo período de 8 meses, para realizar curso de
especialização profissional. Quando retornou de viagem, verificou que o Município, sem expedir qualquer notificação, de forma irregular e
ilícita, invadiu sua propriedade e construiu uma escola, em verdadeiro apossamento administrativo. As aulas na nova escola municipal já
se iniciaram há dois meses e verifica-se a evidente impossibilidade de se reverter a situação sem ensejar prejuízos aos interesses da
coletividade. Ao buscar assistência jurídica junto a conhecido escritório de advocacia, foi manejada em favor de Luciano ação de

indenização por retrocessão, por abuso de poder da municipalidade, que gera direito à justa e imediata indenização, exigível quando do
trânsito em julgado da ação.

indenização por desapropriação indireta, que visa à justa e posterior indenização, a ser paga por meio de precatório. 

reintegração de posse por tredestinação ilícita, por desvio de finalidade, que visa à justa e posterior indenização, a ser paga por meio de
precatório.

interdito proibitório por desvio de finalidade, que gera direito à justa e imediata indenização, exigível quando do trânsito em julgado da ação.

8 Q5313 Direito Administrativo > Organização e função da administração pública


Ano: 2021 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 33° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

Para fins de contratar serviço de engenharia necessário ao desenvolvimento de sua atividade, que não abarca reforma de edifício ou
equipamento, certa empresa pública federal realizou licitação, na forma da Lei nº 13.303/16. A sociedade empresária Feliz sagrou-se
vencedora do certame. Após regular formalização do contrato, a entidade administrativa, diante do advento de nova tecnologia relevante,
decidiu alterar as especificações do objeto, mediante aditamento.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.

Ainda que haja acordo entre as partes, a alteração do contrato pretendida não é possível, em decorrência do princípio de que o pactuado
deve ser respeitado.

A empresa pública tem a prerrogativa de realizar a alteração do contrato, independentemente de acordo com a sociedade empresária Feliz.

A alteração do contrato depende de acordo com a sociedade empresária Feliz e deve respeitar o limite estabelecido na lei de regência.

Se houver acordo entre as partes, não há limitação para a alteração do contrato formalizado com a sociedade empresária Feliz.

9 Q5312 Direito Administrativo > Bens Públicos


Ano: 2021 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 33° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

Há muitos anos, Bruno invadiu sorrateiramente uma terra devoluta indispensável à defesa de fronteira, que já havia sido devidamente
discriminada. Como não houve oposição, Bruno construiu uma casa, na qual passou a residir com sua família, além de usar o terreno
subjacente para a agricultura de subsistência. A União, muitos anos depois do início da utilização do bem por Bruno, promoveu a sua
notificação para desocupar o imóvel, em decorrência de sua finalidade de interesse público.
Na qualidade de advogado(a) consultado(a) por Bruno, assinale a afirmativa correta.

Bruno terá que desocupar o bem em questão e não terá direito à indenização pelas acessões e benfeitorias realizadas, pois era mero
detentor do bem da União.

A União não poderia ter notificado Bruno para desocupar bem que não lhe pertence, na medida em que todas as terras devolutas são de
propriedade dos estados em que se situam.

Bruno pode invocar o direito fundamental à moradia para reter o bem em questão, até que a União efetue o pagamento pelas acessões e
benfeitorias realizadas. 

Caso Bruno preencha os requisitos da usucapião extraordinária, não precisará desocupar o imóvel da União.

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10 Q5311 Direito Administrativo > Improbidade Administrativa
Ano: 2021 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 33° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

Flávio, oficial de justiça de determinado Tribunal Regional Federal, no exercício de suas atribuições, ao se dirigir para uma diligência, foi
surpreendido por intenso tiroteio. Em razão disso, Flávio adentrou clandestinamente o imóvel de Júlia, sendo que permaneceu no local
sem determinação judicial, por longo período e contra a vontade da proprietária. Diante da configuração de crime previsto na Lei de Abuso
de Autoridade, Flávio foi denunciado no âmbito criminal, sendo certo que, após o devido processo legal, ele foi absolvido, em decorrência
da caracterização de estado de necessidade, operando-se o trânsito em julgado da sentença. Paralelamente, foi instaurado processo
administrativo disciplinar, para fins de obter a responsabilização de Flávio pela respectiva falta funcional.
Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.

O reconhecimento de que Flávio praticou o ato de abuso de autoridade em estado de necessidade na decisão prolatada na esfera penal faz
coisa julgada no âmbito administrativo-disciplinar.

A existência de ação penal por abuso de autoridade em face de Flávio deveria ter impedido a instauração do processo administrativo
disciplinar, pois não é admitida duplicidade de responsabilização.

A sentença penal que absolveu Flávio não pode repercutir na esfera administrativa-disciplinar, uma vez que a sentença absolutória criminal
somente pode refletir em outras esferas nas hipóteses de negativa de autoria.

Não é possível aplicar penalidade administrativa-disciplinar a Flávio, na medida em que toda sentença absolutória penal vincula o controle
pela Administração Pública, ainda que o fundamento criminal seja a ausência de prova.

11 Q3725 Direito Administrativo > Bens Públicos


Ano: 2021 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 32° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

O Município Delta está passando por graves dificuldades financeiras e recebeu da sociedade empresária Incorporatudo uma proposta para
alienar determinada praça pública, situada em bairro valorizado, por montante consideravelmente superior ao praticado no mercado, em
decorrência do grande interesse que a Incorporatudo tem de promover um empreendimento de luxo no local. Diante dessa situação
hipotética, assinale a afirmativa correta.

O Município Delta pode alienar o bem em questão, mediante autorização por Decreto e sem licitação, diante da obtenção do lucro que
poderia ser revertido para a coletividade.

O bem em foco, por ser dominical, poderia ser alienado pelo Município Delta mediante autorização legislativa, dispensada a licitação em
razão do alto valor oferecido.

O bem público em comento, em razão de ser de uso comum, só poderia ser alienado se houvesse a sua prévia desafetação e fossem
seguidos os ditames da lei geral de licitações.

O bem de uso especial é passível de alienação pelo Município Delta, apesar de, na hipótese, ser necessária a licitação.

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12 Q3724 Direito Administrativo > Intervenção do Estado na propriedade
Ano: 2021 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 32° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

A União, diante da necessidade de utilização do imóvel produtivo de Astrobaldo para fazer passar importante oleoduto, fez editar Decreto
que declarou a utilidade pública do bem para tal finalidade e determinou que a concessionária do setor levasse a efeito a mencionada
intervenção, na forma do contrato de concessão, de modo a instituir o respectivo direito real de gozo para a Administração Pública.
Astrobaldo recusou-se a permitir o ingresso de prepostos da referida sociedade no bem para realizar as respectivas obras, o que levou a
concessionária a ajuizar ação específica, com pedido liminar de imissão provisória na posse, para a implementação do estabelecido no
Decreto. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.

A concessionária não poderia levar a efeito a intervenção do Estado na propriedade pretendida pela União, porque não pode exercer poder
de polícia.

A intervenção do Estado na propriedade pretendida é a requisição, considerando a necessidade do bem de Astrobaldo para a realização de
serviço público.

O pedido de imissão provisória na posse foi equivocado, porque não é cabível o procedimento da ação de desapropriação na intervenção em
comento, cuja modalidade é a servidão.

O eventual deferimento da imissão provisória na posse importará no dever de acrescer juros compensatórios sobre a indenização que venha
a ser determinada no processo.

13 Q3723 Direito Administrativo > Improbidade Administrativa


Ano: 2021 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 32° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

Ao tomar conhecimento de fraude em licitação ocorrida em novembro de 2013, decorrente de conluio entre a sociedade empresária
Espertinha e Garibaldo, servidor ocupante, exclusivamente, de cargo comissionado, o Ministério Público, em janeiro de 2019, ajuizou ação
civil pública por improbidade, em razão de ato que causou prejuízo ao erário, em desfavor de ambos os envolvidos. Comunicada de tais
fatos, a Administração Pública demitiu Garibaldo em abril de 2019, após garantir-lhe ampla defesa e contraditório em processo
administrativo. Sobre a questão apresentada, na qualidade de advogado consultado pela sociedade empresária Espertinha,
especificamente sobre a possibilidade de aplicação da sanção de proibição de contratar com a Administração Pública e receber benefícios
fiscais, assinale a afirmativa correta.

A prescrição da pretensão ministerial de aplicação da sanção questionada para qualquer dos demandados não se consumou, pois estes se
submetem ao mesmo prazo extintivo, que apenas se iniciou com a demissão de Garibaldo do cargo comissionado.

A pretensão do Ministério Público, de aplicação da sanção questionada, está prescrita em relação a Garibaldo e à sociedade empresária
Espertinha, dado que o prazo relativo a ambos iniciou-se com a realização da conduta.

A prescrição da pretensão ministerial para aplicação da sanção apenas em relação à sociedade empresária Espertinha operou-se, na medida
em que o prazo a ela aplicável iniciou-se com a realização da conduta.

A sociedade empresária Espertinha, por não se enquadrar no conceito de agente público, não pode responder por improbidade
administrativa, não sendo a ela aplicável a sanção questionada.

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14 Q3722 Direito Administrativo > Contratos Administrativos
Ano: 2021 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 32° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

O Município Alfa pretende formalizar uma parceria público-privada para a realização de obras, instalação de postes e prestação de serviços
de iluminação pública. A contraprestação da concessionária vencedora da licitação seria inteiramente custeada pela Administração Pública
local, mediante ordem bancária e por outorga de direitos sobre bens públicos dominicais do município. Sobre essa situação hipotética,
assinale a afirmativa correta.

A contratação almejada não é possível, porque o ordenamento não admite que a Administração arque com o custeio integral de parceria
público-privada.

A outorga de direitos sobre bens públicos dominicais não é contraprestação admissível para a formalização da parceria.

O Município Alfa deveria utilizar-se de concessão administrativa para a formalização da contratação pretendida.

A natureza individual (uti singuli) do serviço em questão exige a cobrança de tarifa do usuário para a realização da parceria público-privada
almejada.

15 Q3721 Direito Administrativo > Processo Administrativo


Ano: 2021 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 32° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

O Ministério Público Federal denunciou Marcos, fiscal da Receita Federal, pelo crime de peculato doloso, em decorrência da existência de
provas contundentes de que tal servidor apropriou-se de dinheiro público de que tinha guarda. Ao tomar conhecimento de tais fatos,
durante o trâmite do processo penal, a autoridade administrativa competente determinou a instauração de processo administrativo
disciplinar, que, após o devido processo legal, levou à demissão de Marcos antes do julgamento da ação penal. Sobre a questão
apresentada, assinale a afirmativa correta.

A Administração fica vinculada à capitulação estabelecida no processo penal, vedada a incidência de qualquer falta residual no âmbito
administrativo, considerando que o peculato constitui crime contra a Administração Pública.

A demissão de Marcos na esfera administrativa é válida, mas a superveniência de eventual sentença penal absolutória, por ausência de
provas, exige a reintegração do servidor no mesmo cargo que ocupava.

O processo administrativo disciplinar deveria ter sido instaurado para apurar a conduta de Marcos, mas impunha-se sua suspensão diante da
existência de processo criminal pelos mesmos fatos.

Deve ser aplicado ao processo administrativo disciplinar o prazo prescricional previsto na lei penal para o crime de peculato cometido por
Marcos.

16 Q3720 Direito Administrativo > Agentes públicos


Ano: 2021 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 32° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

Amadeu, assim que concluiu o ensino médio, inscreveu-se e foi aprovado em concurso público para o cargo de técnico administrativo do
quadro permanente de determinado Tribunal Regional Federal, cargo em que alcançou a estabilidade, após o preenchimento dos
respectivos requisitos legais. Enquanto estava no exercício das funções desse cargo, Amadeu cursou e concluiu a Faculdade de Direito,
razão pela qual decidiu prestar concurso público e foi aprovado para ingressar como advogado de certa sociedade de economia mista
federal, que recebe recursos da União para o seu custeio geral. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.

Amadeu poderá acumular o cargo no Tribunal com o emprego na sociedade de economia mista federal, se houver compatibilidade de
horários.

A estabilidade já alcançada por Amadeu estende-se à sociedade de economia mista, considerando-se que aquela se consuma no serviço
público, e não no cargo.

Amadeu, ao ser contratado pela sociedade de economia mista, continua submetido ao teto remuneratório do serviço público federal.

Amadeu poderia ser transferido para integrar os quadros da sociedade de economia mista sem a realização de novo concurso público.

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17 Q1673 Direito Administrativo > Responsabilidade extracontratual do Estado
Ano: 2020 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 31° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

Rafael, funcionário da concessionária prestadora do serviço público de fornecimento de gás canalizado, realizava reparo na rede
subterrânea, quando deixou a tampa do bueiro aberta, sem qualquer sinalização, causando a queda de Sônia, transeunte que caminhava
pela calçada. Sônia, que trabalha como faxineira diarista, quebrou o fêmur da perna direita em razão do ocorrido e ficou internada no
hospital por 60 dias, sem poder trabalhar. Após receber alta, Sônia procurou você, como advogado(a), para ajuizar ação indenizatória em
face

da concessionária, com base em sua responsabilidade civil objetiva, para cuja configuração é desnecessária a comprovação de dolo ou culpa
de Rafael.

do Estado, como poder concedente, com base em sua responsabilidade civil direta e subjetiva, para cuja configuração é prescindível a
comprovação de dolo ou culpa de Rafael.

de Rafael, com base em sua responsabilidade civil direta e objetiva, para cuja configuração é desnecessária a comprovação de ter agido com
dolo ou culpa, assegurado o direito de regresso contra a concessionária.

do Município, como poder concedente, com base em sua responsabilidade civil objetiva, para cuja configuração é imprescindível a
comprovação de dolo ou culpa de Rafael.

18 Q1672 Direito Administrativo > Intervenção do Estado na propriedade


Ano: 2020 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 31° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

Diante da necessidade de construção de uma barragem no Município Alfa, a ser efetuada em terreno rural de propriedade de certa
sociedade de economia mista federal, o Poder Legislativo local fez editar uma lei para declarar a desapropriação por utilidade pública, após
a autorização por decreto do Presidente da República, sendo certo que, diante do sucesso das tratativas entre os chefes do Executivo dos
entes federativos em questão, foi realizado acordo na via administrativa para ultimar tal intervenção do Estado na propriedade. Diante
dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.

A autorização por decreto não pode viabilizar a desapropriação do bem em questão pelo Município Alfa, porque os bens federais não são
expropriáveis.

A iniciativa do Poder Legislativo do Município Alfa para declarar a desapropriação é válida, cumprindo ao respectivo Executivo praticar os
atos necessários para sua efetivação.

A intervenção na propriedade em tela não pode ser ultimada na via administrativa, mediante acordo entre os entes federativos envolvidos.

O Município Alfa não tem competência para declarar a desapropriação por utilidade pública de propriedades rurais.

19 Q1671 Direito Administrativo > Contratos Administrativos


Ano: 2020 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 31° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

O Município Beta concedeu a execução do serviço público de veículos leves sobre trilhos e, ao verificar que a concessionária não estava
cumprindo adequadamente as obrigações determinadas no respectivo contrato, considerou tomar as providências cabíveis para a
regularização das atividades em favor dos usuários. Nesse caso,

impõe-se a encampação, mediante a retomada do serviço pelo Município Beta, sem o pagamento de indenização.

a hipótese é de caducidade a ser declarada pelo Município Beta, mediante decreto, que independe da verificação prévia da inadimplência da
concessionária.

cabe a revogação do contrato administrativo pelo Município Beta, diante da discricionariedade e precariedade da concessão, formalizada por
mero ato administrativo.

é possível a intervenção do Município Beta na concessão, com o fim de assegurar a adequada prestação dos serviços, por decreto do poder
concedente, que conterá designação do interventor, o prazo, os objetivos e os limites da medida.

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20 Q1670 Direito Administrativo > Controle da Administração Pública
Ano: 2020 Banca: FGV Instituição: OAB Exame: 31° Exame de Ordem Unificado Dificuldade: Normal

A autoridade competente, em âmbito federal, no regular exercício do poder de polícia, aplicou à sociedade empresária Soneca S/A multa
em razão do descumprimento das normas administrativas pertinentes. Inconformada, a sociedade Soneca S/A apresentou recurso
administrativo, ao qual foi conferido efeito suspensivo, sendo certo que não sobreveio qualquer manifestação do superior hierárquico
responsável pelo julgamento, após o transcurso do prazo de oitenta dias.  Considerando o contexto descrito, assinale a afirmativa correta.

Não se concederá Mandado de Segurança para invalidar a penalidade de multa aplicada a Soneca S/A, submetida a recurso administrativo
provido de efeito suspensivo.

O ajuizamento de qualquer medida judicial por Soneca S/A depende do esgotamento da via administrativa.

Não há mora da autoridade superior hierárquica, que, por determinação legal, dispõe do prazo de noventa dias para decidir.

A omissão da autoridade competente em relação ao seu dever de decidir, ainda que se prolongue por período mais extenso, não enseja a
concessão de Mandado de Segurança.

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Gabarito:

01: C 02: C 03: D 04: C 05: A 06: B 07: B 08: C 09: A 10: A

11: C 12: D 13: A 14: C 15: D 16: C 17: A 18: B 19: D 20: A

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