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ESCOLA PAULISTA DE DIREITO

DIREITO ADMINISTRATIVO III


PROF. ALEXANDRE LEVIN
PROVA N2 – 6º SEMESTRE – 2021

LEIA AS INSTRUÇÕES ANTES DE FAZER A PROVA:

I. RESPONDA FUNDAMENTADAMENTE TODAS AS QUESTÕES ABAIXO.


II. Deve ser assinalada a alternativa correta e JUSTIFICADA A RESPOSTA.
III. NÃO BASTA APENAS INDICAR A ALTERNATIVA CORRETA: A REPOSTA DEVE SER
JUSTIFICADA COM CONSIDERAÇÕES DOUTRINÁRIAS E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL.
IV. NÃO SERÁ CONSIDERADA CORRETA A RESPOSTA QUE INDICAR APENAS A
ALTERNATIVA CORRETA, SEM A CORRESPONDENTE JUSTIFICATIVA.
V. ENTREGUE A PROVA SOMENTE PELO TEAMS: NÃO SERÃO ACEITAS PROVAS
ENTREGUES DE OUTRA FORMA.

I. OAB-1ª FASE - Exame nº 123

Uma autarquia instaura processo disciplinar contra um seu servidor, alegando


inassiduidade habitual. O servidor alega, em sua defesa, justa causa para as faltas
ao serviço, juntando documentos comprobatórios. A Comissão Processante refuta
as alegações do servidor, sob o único argumento de que o livro-ponto teria,
objetivamente, comprovado o ilícito administrativo e propõe a sua punição. Estaria
correto este entendimento?

(B) Não, porque à Administração Pública competem as providências instrutórias,


necessárias para motivar decisão administrativa em processo punitivo.

Nesse momento a finalidade é a averiguação, comprovação e convencimento da


Administração Pública para que tome uma decisão em momento oportuno, nesse
cenário entende-se que a punição se devida, se dá após o processo de instrução.
II. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas -
SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Campinas - SP - Agente
Administrativo

O exercício da função pública, que é cometida ao órgão ou à própria entidade, é


realizado por pessoas físicas: agentes públicos. Assim, considera-se toda
vinculada, , ao exercício de função pública.

Assinale a alternativa que, correta e respectivamente, preenche as lacunas.

(C) agente público … pessoa física … definitiva ou transitoriamente

O agente público é todo aquele que presta qualquer tipo de serviço ao Estado, que
exerce funções públicas, no sentido mais amplo possível dessa expressão, significando
qualquer atividade pública. A Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/1992)
conceitua agente público como “todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente
ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
entidades mencionadas no artigo anterior”.

III. Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Campinas -


SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de Campinas - SP

Um prefeito de um pequeno município paulista com larga experiência na área


privada, mas recém-chegado no setor público, se deparou com uma situação de
calamidade social e econômica local e que exigia uma ação de excepcional
interesse público para reverter esse quadro. Nesse sentido, propôs ao seu
Secretário de Gestão a contratação, por tempo determinado, de professores
visitantes, com ampla experiência executiva, e especialistas em
empreendedorismo e criação de novos negócios. O Secretário de Gestão gostou da
ideia do prefeito, mas, por precaução, consultou o setor jurídico que indicou, com
base na Constituição Federal de 1988:

(D) Aprovar esse tipo de contratação, por tempo determinado, dado que se
trata de necessidade temporária de excepcional interesse público.

Elencado na Constituição Federal de 1988 em seu Art. 37, inciso IX – a lei estabelecerá
os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público. Nesse cenário há possibilidade da
Administração pública fazer uma contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público. Foi na Constituição Federal
de 1988 que o contrato temporário passou a existir na legislação brasileira. Mas é
preciso saber que essa é uma condição especial, excepcional e temporal.
IV. Ano: 2019 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ- G Prova: CONSULPLAN - 2019 -
TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Remoção

Os servidores públicos podem, em sua atuação, cometer infrações de natureza


administrativa, civil, criminal e de improbidade. Tais práticas invocam a sujeição
à responsabilização do agente, não se furtando a Administração à sua
responsabilidade objetiva quanto a danos a terceiros. Diante da prática de atos
pelos quais possa ser o servidor responsabilizado, assinale a alternativa correta.

(B) De acordo com a norma do art. 37 da Constituição Federal, o direito de


postular regresso em face do agente que causar danos a terceiros,
compete à Administração Pública somente nas hipóteses em que restar
atestado o dolo ou culpa.

A Constituição de 1988 define que tanto as pessoas jurídicas de direito público, quanto
as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos
de dolo ou culpa.
Oriunda do período de redemocratização do país, influenciada pela teoria do risco e
pelas normas anteriores, não poderia a Constituição de 1988 deixar de adotar a
responsabilidade objetiva do Estado. Quanto a responsabilidade do servidor público, é
garantido ao Estado o direito de regresso contra o responsável por tal dano, com
garantia de contraditório e ampla defesa do servidor público. Na definição de direito
de regresso:
Previsão constitucional direta, titularizada por qualquer pessoa jurídica exercente de
função administrativa, da competência pública de determinar, frente aos agentes
públicos responsáveis, a recomposição dos prejuízos imputados ao patrimônio do
sujeito administrativo. A competência de regresso é de exercício obrigatório,
intransferível, irrenunciável, imodificável e imprescritível, nos termos da Constituição
Federal, disciplinado no art. 37, §6.

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