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Apontamentos de Finanças Públicas 

Órgãos da administração financeira do Estado: 

 Tesouro;
 Impostos;
 Alfândegas.

Órgãos da Administração Pública 

Administração Pública: (art. 266 da CRP) é a estrutura orgânica do Estado que


persegue fins públicos e que é tutelada pelo governo (art. 182)

Órgãos de Soberania:

 Grupos de interesse;
 Tribunais;
 Presidente da República;
 Assembleia da República;
 Governo.

Finanças Públicas em Sentido Objectivo: as finanças públicas designam a actividade


do Estado.

Sem tributo não há Estado. A actividade financeira é essencial para o Estado.

Tributos

Rendimentos próprios do Estado

Fundos de Terceiros

Finanças Públicas em Sentido Subjectivo: designa a actividade científica do Estado.

“A arte de tributar é a arte de depurar o povo”

O Estado não produz riqueza, gasta riqueza produzida pelos outros. 


 

Economia privada:

 assenta numa relação de troca;


 artigo 61, 80 e 87;
 os preços formam-se no mercado. As relações de troca estabelecem-se com base
em preços;
 a despesa é condicionada com a receita.
Finanças Sociais: são desenvolvidas por privados com vista à execução e promoção de
interesses.

Bancos: organismos ou sociedades que prosseguem fins de solidariedade.

Produto Interno Bruto: é a riqueza gerada por um país no decurso de um ano


económico. Quem produz riqueza são os agentes económicos e o Estado gere essa
riqueza.

Despesa Pública:

      Despesa Corrente: despesa que não tem a ver com os bens de investimento;

      O investimento público em bens duradouros tem efeito multiplicador;

      Não há sistemas económicos totalmente públicos.

Ordenação económica: o estado estabelece os quadros gerais da organização


económica.

Actuação Económica do Estado: o Estado como agente económico;

Serviços públicos: Justiça, Saúde, Rádio, Televisão.

Poder:

 Obediência;
 Legitimidade;
 Resistência.

A partir da legitimidade, o poder espera obediência.

Coisa Pública: no tempo dos reis era aquilo que era do interesse do Rei e da casa real.

Forais: para conceder uma certa autonomia numa determinada terra.

Os impostos eram pagos à mesma entidade: igreja, poder local e o rei.

1807 – Invasões Francesas;

José Xavier Mouzinho da Silveira – Ministro das Finanças 

Centralização das mais importantes funções públicas no Estado.

Centralização do poder financeiro no Estado.

A riqueza do Estado vem do seu património fundiário.


O Estado vende património. Deixa de ser um Estado patrimonial para ser um Estado
Financeiro.

Finanças Públicas: passam a estar ao serviço da coisa pública.

Revolução liberal:

 Intitucionalização do principio da legalidade (interessa ao Estado, a quem


governa e a quem é governado);
 A forma da lei é fundamental;
 Principio do equilíbrio orçamental;
 Principio da não intervenção do estado (principio das finanças neutras);
 Ideal da transparência dos gastos;
 Principio d autorização anual para a cobrança dos impostos.

Características da Reforma Financeira de Mouzinho da Silveira 

   Com a reforma de Mouzinho da Silveira deu-se a abolição do sistema fiscal do Antigo


Regime com o objectivo de se começar um “Portugal novo”. Esta reforma foi fruto da
publicação de alguns decretos que foram aplicados localmente, nos Açores e Porto e que
mais tarde estenderam-se ao resto do país.

   Da reforma de Mouzinho da Silveira, evidenciam-se os seguintes aspectos:

o Procederam à extinção do Tesouro Real ou Erário Régio (tribunal criado


por Marquês de Pombal com o objectivo de controlar os impostos e que
foi substituído pelo Tribunal do Tesouro Público);
o Reorganizou a Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda;

o Abolição da dízima e extinção dos morgadios para se liberalizar a terra,


devido às incoerências e fragilidades que possuía a legislação vintista
com índole socioeconómica (dando alguma liberdade aos camponeses no
que concerne às dependências tradicionais e porque “sem terra livre não
se invoca a liberdade política”);
o No âmbito do comércio interno, Mouzinho era um apologista da
dinamização da sua dinamização. Colocou-se então um ponto final nos
privilégios por se executar determinadas actividades económicas. Como
exemplo disso temos a abolição dos privilégios especiais que tinha a
companhia dos Vinhos do Alto Douro.
o A extinção das ordens religiosas foi outra das medidas tomadas por
Mouzinho da Silveira. Esta extinção teve o intuito de se levar a cabo uma
perseguição ao mesmo tempo religiosa e política. Era um decreto sem
qualquer objectivo administrativo que fez com que Portugal ficasse
diminuído a vários níveis: moral, mental e cultural, nas suas instituições
de assistência à população e de ensino às crianças e jovens, na sua acção
colonizadora, na sua produção agrícola e até na sua resistência
económica. Segundo Oliveira Martins na sua obra “Portugal
Contemporâneo”, com a abolição das ordens religiosas, ficou um vazio
numa parte da nação;
o Liberalização do comércio e indústria (o que dá a possibilidade de se
fazer trocas sem o obstáculo das alfândegas internas);
o Nacionalização dos bens do clero e venda em hasta pública aos mais
ricos e poderosos (uma vez que anteriormente, ao passarem em
determinadas terras, teriam que efectuar o pagamento de portagens);
o Reforma da fazenda e da Justiça (criando o Supremo Tribunal de
Justiça);
o Reformou as sisas e supressão das portagens e impostos de circulação
(aboliu os impostos que eram cobrados sobre a terra e seus respectivos
bens, libertando a terra de vínculos feudais e dando azo a um direito de
propriedade romanista) para liberalizar o comércio.

     A reforma financeira de Mouzinho da Silveira, através de decretos, restringiu a sisa


às transmissões onerosas de imóveis; reduziu os direitos relacionados com a exportação.
Esta reforma também aboliu o dízimo eclesiástico em Portugal Continental assim como
as comendas, contudo o dízimo continuava o seu papel de receita pública no
Arquipélago da Madeira e no Arquipélago dos Açores assim como nos Domínios. Esta
reforma também aboliu os tributos dos forais o que levou ao fim dos foros, pensões,
quotas, rações e mesmo dos laudémios. Também através dos decretos, esta reforma
elaborada por Mouzinho da Silveira determinou que estas doações de direitos reais se
tornassem alodiais, quanto às propriedades, e fossem também extintas no que concerne
aos tributos, mas prevendo indemnizações.  

Reforma Financeira:

No inicio do século XX deu-se a primeira reforma financeira do século;

1911 – nova constituição;

Era urgente fazer-se uma reforma financeira;

O poder político tenta estabilizar-se e estabilizar as finanças;

1822 – 1ª reforma financeira – Objectivo: reduzir a despesa e aumentar a receita. Não é


uma reforma inteiramente nova e não procede a uma melhoria na aplicação das leis. Há
uma difícil compatibilização entre o modelo teórico e a sua aplicação prática, a reforma
não tributou certos índices de capacidade contributiva. Mantiveram-se os factos
tributários: rendimento, consumo e património. À ciência das finanças procuram dar
uma maior cientificidade. Critério do princípio da tributação com capacidade: não se
pode tributar o indivíduo que não o pode fazer. Princípio da tributação segundo a lei do
rendimento real efectivo. Tributação dos rendimentos normais.
Esta reestruturação financeira levada a cabo a partir de 1832, foi elaborada, como já foi
referido acima, por Mouzinho da Silveira enquanto membro do governo liberal da
Terceira onde exercia o cargo de Ministro da Fazenda. As medidas acima enunciadas
foram aplicadas, na maioria dos casos, em momentos em que Portugal se encontrava em
períodos de instabilidade política. 

Tributação do Rendimento Natural: tributação que um profissional podia ter no


rendimento em condições normais.

A reforma de 1922 introduz a reforma dos rendimentos reais.

Esta reforma estabelece princípios interessantes do ponto de vista teórico.

Procurou o estabelecimento de uma ordem sistematizada – Lei nº 1368 de 23-4-1922

      Institucionalizou a tributação do rendimento através dos impostos rais/parcelares.

Pessoas colectivas:

 lucros sociais.

Pessoas Singulares:

 trabalho dependente (comerciantes);


 capitais;
 prediais;
 mais-valias;
 trabalho independente.

Tributação dos Rendimentos Normais: é a tributação que um indivíduo devia ter em


condições normais de trabalho.

Tributação Parcelar: cada impsoto é aplicado de forma isolada.

 Impsoto sobre as transacções;


 Imposto complementar de sobreposição: visa conferir ao sistema algumas
características de pessoalidade;
 Tributação real.

Classificação dos Impostos:

 Sobre o rendimento;
 Sobre o património;
 Sobre o consumo.
Imposto Real: são aqueles que tributam o contribuinte desconsiderando a situação
pessoal dos contribuintes:

 Imposto sobre os combustíveis;


 Imposto sobre o tabaco;
 Imposto automóvel;
 Etc.

Imposto Pessoal: imposto que toma em conta as características do sujeito passivo ou


seus progenitores. 

Entre 1910 e 1922 Portugal teve 60 ministros das finanças. Só no ano de 1915 teve 8
ministros das finanças. A reforma de 1922 foi implementada numa época instável.

Reforma de 1929:

 Ditadura financeira;
 Não há despesa sem Salazar autorizar;
 Foram introduzidas reformas na estrutura orgânica do Estado;
 Tem como objectivo relançar as Finanças Públicas;
 Assume a tributação dos rendimentos normais;
 O imposto é um valor inato do Estado;
 Na teoria faz tributação dos rendimentos reais;
 O Estado fixa a medida do imposto mediante as suas necessidades;
 A reforma de 1929 levou 30 anos.

Reforma dos Anos 60:

 É feita num contexto completamente diferente;


 Esta nova reforma vai de 1959 a 1965;
 Ajuda à tributação dos rendimentos reais;
 Presidente da comissão da reforma: José Joaquim Teixeira Ribeiro;
 Manteve a tributação cedular e o imposto complementar;
 Foi uma reforma de fundo: formou pessoas, criou postos de trabalho, etc.

Impostos:
Sob o rendimento:

IRC – Pessoas Colectivas;

IRS – Pessoas Singulares.

Sob Consumo:

Geral: IVA

Especiais:

Imposto sob o tabaco;

Imposto sob o automóvel;

Imposto sob as bebidas alcoólicas.

Sob Património:

Imposto municipal sob as transmissões;

Estática – IMI (valor patrimonial). 


 

Características da reforma financeira de 1990:

 Moderna;
 Eficiente;
 Progressiva;
 Agravamento do consumo de luxos;
 Desoneração dos impostos nos bens de 1ª necessidade.

O sistema tributário prossegue fins rediticios: 

IRS:

Categoria A: rendimento de trabalhadores dependentes;

Categoria C: rendimento de trabalho independente;

Categoria E: rendimento sob capitais:

Categoria F: rendimentos prediais;

Categoria G: imposto sob as mais-valias;


Categoria H: pensões. 

Tributação Unitária: porque num só imposto são tributados todos os rendimentos do


contribuinte.

Tributação do Património:

 Dinâmica: quando ocorre a transmissão da propriedade imobiliária;


 Estática: quem possui o imóvel tem que pagar o imposto.

Factores que aproximam as reformas financeiras:

 Todas procuravam ser modernas à sua maneira;


 A reforma de 1929 procurou ser arrojada;
 As reformas foram implementadas depois de crises ou sobrevivências políticas;
 normalmente opta-se pelo mais fácil (faz-se uma reforma mudando só a lei);
 todas elas visam o alargamento das bases tributárias;
 reforma-se o necessário para garantir mais receita;
 é preciso mais justiça social; utilização do sistema financeiro para fins extra
fiscais;
 crescente complexidade de sistemas fiscais/financeiros adoptados;
 Todas elas sofrem uma “contra-reforma” (retrocesso na legislação).

Respectiva económica do fenómeno financeiro:

 As economias de hoje são economias de mercado;


 A provisão pública é hoje uma realidade.

Pressupostos da Provisão Pública:

 Existe um estado actuante;


 Os indivíduos competem entre si;
 O Estado tenta não intervir na produção de alguns produtos.

 
 A afectação de recursos faz-se no mercado;
 O mercado tende a optimizar os recursos;
 O estado supervisiona o mercado;
 O Estado intervém para colmatar os desequilíbrios do mercado;
 O Estado age para suprir lacunas do mercado;
 O Estado reserva para si áreas das necessidades colectivas por não interessarem
ao mercado porque este faz provisão a esse sector ou impede iniciativa privada
no sector.

   As finanças públicas não se desligam do sistema político e do quadro financeiro. O


Estado ordenador tem como função “ordenar” a Administração Públicas. O Estado age
sempre que haja desequilíbrios de mercado.

      Limites da Economia de Mercado:

 Desequilíbrios na distribuição da riqueza;


 O Estado pode intervir na economia;
 Através do investimento público tenta-se atenuar as baixas da economia.

Fundos Financeiros Soberanos: fundo de investimento imobiliário, fundo de acções


(são fundos privados). Os fundos soberanos são os seguintes: são massas ou dinheiros
do Estado aos quais o Estado lhes tira dinheiros para fazer face a momentos de crise.

O mercado gera situações monopolistas. Há certas actividades económicas que


prejudicam outras e aí o Estado tem que intervir.

O Estado tem também como função evitar a sobre exploração dos seus recursos
naturais.

O mercado sucede a uma insuficiente provisão de bens públicos.

Causas de incapacidade do mercado:

 O mercado não tem interesse em certas áreas;


 O mercado não consegue evitar o efeito monopólio (ex: fusão dos bancos);
 O mercado cria relações de dependência;
 A incerteza e o risco da actividade económica. Há riscos ou incertezas que os
agentes económicos não têm capacidade de tomar devido ao seu risco e à
incapacidade das empresas que surge por culpa da incapacidade financeira das
mesmas;
 O equilíbrio do mercado não se faz no mercado mas fora dele;
 Com os pontos anteriores, o Estado supre as falhas do mercado;
 As incapacidades do mercado podem ser supridas por entes que não sejam
empresas;
 As associações muitas vezes supram o apoio social que o mercado ou o estado
não dá;
 Se o estado abrangesse essas associações, tornar-se-ia muito grande, por isso,
acaba por dar subsídios às associações;
 A associação colectiva é regularizada pelo Estado;
 O Estado assume estas responsabilidades porque ele e só ele tem uma
perspectiva de interesse geral;
 O Estado tem uma perspectiva temporal e ilimitada;
 O Estado tem uma capacidade de risco superior;
 O Estado tem poderes de autoridade permitindo-lhe tomar decisões com a força
da lei;
 O Estado tem uma dimensão financeira, organizativa e territorial única;
 O Estado presta serviços públicos através do seu património;
 O Estado não tem unicamente critérios economicistas;
 O Estado supre prestando serviços públicos;
 O Estado obtém rendimento através de impostos, taxas, rendas, receitas
financeiras da União Europeia.

Princípios doutrinários e políticos da actividade financeira:

 A concepção doutrinária influencia a dimensão do Estado na sua Revolução;


 No séc. XVIII tínhamos um Estado proteccionista face ao exterior;
 Na Revolução Liberal tivemos como concepção doutrinária o liberalismo;
 Os princípios variam no tempo, influenciam o Estado, o âmbito de interpretação
pública e o seu funcionamento.

Funções do sistema financeiro:

o Função de afectação de recursos;


o Distribuição de riqueza;

o Estabilização da Economia.

Finanças, doutrinas e sistemas económicos:

 Portugal não abandonou as ideias estruturantes do sistema liberal;


 Essas ideias são estruturantes a várias realidades.

O Liberalismo nas finanças neutras:

o Características do sistema financeiro do período liberal: liberalização da


economia.

 As finanças neutras resultam das reformas liberais e assentam num sistema de


poder;
 Os parlamentos são produto das revoluções liberais, até antes destas revoluções
tínhamos as cortes;
 O poder para criar impostos foi colocado no povo;
 Os cidadãos criam as regras a que voluntariamente se submetem;
 O cidadão exige do poder os seus direitos.

Princípio da legalidade:

 É estruturante;
 Não há impostos sem lei “nulhum tributum sine lege”;
 Princípio do consentimento – não há impostos sem o consentimento do povo.

Princípio da Autorização Legal para a contracção de empréstimos públicos: Não


há empréstimos sem aprovação do povo.

Criação de Tribunais Financeiros:

 Tribunal de Contas;
 Aprovação das contas públicas pelos parlamentos.

 
o Relevo dado aos parlamentos;
o Relevo dado à pessoa humana;

o Relevo dado à lei.

No que respeita aos direitos financeiros, as finanças saídas das revoluções liberais, o
imposto ganhou relevo e passou a ser a receita principal do Estado que até então era o
património que o estado tinha m seu poder.

Se o estado perde riqueza imobiliária, ganha riqueza financeira.

O imposto é uma contribuição voluntária, auto aplicada para uma realidade colectiva.

Alteração do paradigma da justiça: deixa de ser comutativa e passa a ser distributiva.

O Estado não tinha funções redistributivas.

No pensamento liberal o equilíbrio era quando as despesas totais eram cobertas pelas
receitas normais.

Factores de Mudança:

 O ideal liberal;
 Evolução das teorias doutrinárias de suporte.

 
Factores de ordem social e política:

 As guerras;
 A crise de 29 (Crash da bolsa de New York);
 O fim dos regimes políticos;
 Movimentos Sociais;
 Factores de produção.

Sistemas e Estrutura:

 A actividade financeira configura-se de forma diferente;


 Sistema económico: conjunto de elementos unidos por um conjunto de relações.
Formas típicas e globais de organização e de funcionamento da sociedade em
geral e da sua actividade económica.
 Sistema Abstracto: ideal de organização e de funcionamento de uma sociedade;
 Estruturas sócio-económicas: forma como se configuram numa economia
elementos extra-económicos;
 Sistemas concretos;
 Economias capitalistas ou de mercado.

Caracterização dos fenómenos financeiros:

 Revolução Industrial (introduz alterações) – ruptura fundamental;


 Modelos saídos da Revolução Industrial:

o Economia dominial;

o Economia urbana;

o Sistema capitalista e colectivista.

Sistema Capitalista:

 Razão de Ordem:

o Existência de um conjunto de instituições jurídico-sociais típicas;

o Conjunto de princípios e leis económicas fundamentais;

o Móbil específicos de actividades económicos.

 Objectivos: Lucro.

Instituições Sociais:
 Capital;
 Empresa.

Propriedade privada e iniciativa privada. 

A lei da propriedade privada limita os poderes do proprietário: 

Iniciativa privada tem os seguintes princípios:

 Liberdade de contratar;
 Liberdade de trabalho;
 Liberdade de empresa.

Princípios Económicos Fundamentais:

Princípio do mercado – lei da oferta e da procura;

      Motivações Típicas:

      Características: o sistema caracterizado por uma economia de lucro vs


sobrevivência; 

Regimes Económicos e Doutrinas Económicas: 

Regimes Económicos:

 As estruturas em que os sistemas são aplicados são diferentes;


 Articulação entre o poder político e actividades económicas de maneiras
distintas;
 Regimes do sistema capitalista:
 Liberalismo;
 Intervencionismo.

A configuração da actividade financeira é diversa.

 Finanças Clássicas – características do liberalismo;


 Finanças Modernas – finanças dos estados intervencionistas.

Doutrinas Económicas:

 Inspiram sistemas económicos.


 Famílias de Doutrinas:
 Individualismo;
 Concepções solidaristas;
 Doutrinas organicistas;
 Transpessoalismos sociais.

Liberalismo e Finanças Neutras

Caracterização: assenta na liberdade económica das empresas, consumidores e


detentores de factores de produção;

Modelo doutrinário: finanças liberais;

Modelo Prático: Finanças neutras.

Lugar e funções das finanças públicas:

 Princípios essenciais:

1. Privatização da Economia:

Ao Estado compete:

 Criar condições para uma sociedade organizada e estável;


 Propriedade privada – defender-se da iniciativa privada e prosperar.

 
2. Sector público reduzido:

 O Estado desfaz-se de muitas funções que a ele competia.

 
3. Principio do Mínimo:

 A actividade financeira deve ser reduzida ao mínimo imprescindível, absorvendo


a menor parcela possível do rendimento nacional.

 
4. Simplicidade das finanças públicas:

 Simplicidade na administração financeira dos seus instrumentos.

 
 Relações entre actividade financeira e economia privada:

 
1. Separação entre finanças e economia:

 É radical;

 Separação entre a gestão financeira e a actividade económica.


 
2. Neutralidade Financeira:

 A actividade deve ser realizada de forma a não perturbar a actuação livre dos
sujeitos económicos;

 
3. Abstenção Económica do Estado:

 O Estado não tem funções de regulamentação e intervenção sobre a actividade


económica. 

Estruturação jurídico-política das finanças: 

1. Importância da participação democrática parlamentar na actividade financeira

 A actividade financeira é uma actividade que por essência é regulada


normativamente.

 
2. A actividade Financeira e os Direitos do Homem

 Decorre da arbitragem entre poder público e direito privado;

 Põe em causa os direitos fundamentais;


 Liberalismo criou a generalidade das instituições financeiras modernas.

Características das Finanças Activas:

 Autonomia do sector público;


 Equilíbrio entre a economia pública e privada;
 Regra do óptimo – melhor satisfação possível das necessidades colectivas;
 Crescente dimensão do sector público.

Factores de Mudança:

 O ideal liberal;
 Evolução das teorias doutrinárias de suporte.

Factores de Ordem Social e Política:

 As guerras;
 A crise de 29;
 O fim de regimes políticos;
 Movimentos sociais;
 Factores de produção.

Características das Finanças activas:

 Autonomia do sector público;


 Equilíbrio entre economia pública e privada;
 Regra do óptimo – melhor satisfação possível das necessidades colectivas;
 Crescente dimensão do sector público.

Princípio da legalidade: está na lei, na constituição. Nunca abrangeu todo o planeta.

Uma postura municipal, um decreto lei, um despacho do presidente da República são


actos normativos. Actos legislativos são leis, decretos-lei e decretos legislativos
regionais.

Reserva da Lei: só se pode criar impostos através da figura da lei. Diz-nos qual a
forma.

Reserva de Competência Legislativa: diz-nos quem elabora a lei (art. 165).

O governo pode pedir à Assembleia autorização para legislar sobre os impostos.

Tributos:

 Impostos (atingiu a saturação fiscal);


 Taxas;
 Contribuições especiais.

Imposto: prestação patrimonial, ou seja, envolve uma amputação. O que fundamenta o


imposto é a contribuição para o bem comum.

 Características:
 Patrimonial;
 Definitiva;
 Unilateral (pagamo-lo mas não recebemos uma contra-partida directa);
 Estabelecido por lei (art. 103 nº 2, 112 nº 1 e 165);
 A favor das entidades públicas ou das entidades que prossigam fins públicos;
 Satisfação de fins públicos, financiar a actividade do Estado (art. 103 nº1 1ª
parte);
 Não constitui sanção pela prática de um acto ilícito.
 

Diferenças:

 As taxas são bilaterais;


 Os impostos são unilaterais;
 As taxas não têm que ser criadas por lei mas por regulamentação;
 É um produto para-fiscal.

Taxas:

 Utilização de um bem de domínio público (ex.: portagens);


 Prestação de um serviço público (ex.: taxa audiovisual);
 Remoção de um limite jurídico (ex.: licença para caçar).

Figura Tributária Sucedânea: surge porque o financiamento através do imposto não é


suficiente.

As taxas são pagas na base da aparência do Serviço Público.

O valor da taxa não corresponde ao valor do serviço prestado.

O Orçamento de Estado era antigamente “Orçamento Geral do Estado” mas perdeu a


sua generalidade uma vez que cada serviço público passou a fazer o seu próprio
orçamento (autonomia financeira).

Ponto de Evolução das Finanças neutras:

A partir dos anos 80:

 Assentuação das liberdades individuais;


 Surgiu os direitos individuais de 2ª e 3ª categoria;
 O Estado procura diminuir a despesa pública.

O orçamento é muito equilibrado mas o dinheiro relativo à empresa X ou Y está fora


desse orçamento.

A acção e o financiamento do Estado são cada vez mais complexos para que haja uma
justiça melhor.

Estruturas e Instituições Financeiras do estado Moderno:

De enquadramento: aquelas que fixam os quadros gerais da actividade financeira.


Determinam a execução financeira do Estado.
Instrumentais: Instrumento ao alcance das outras, órgãos da política pública financeira. 

Fontes de Rendimento do Estado:

 Rendimento;
 Património;
 Consumo.

Tributação Estática: imposto municipal sobre os imóveis.

Tributação Dinâmica: Imposto municipal sob transmissões.

Direcção Geral das Alfândegas: administra os impostos aduaneiros. São uma


instituição velha.

Instituições de enquadramento: definem a actividade Financeira do Estado.

Instituições Instrumentais: mecanismos que os Estado recorre para executar a sua


actividade financeira.

 Orçamento;
 Constituição política financeira;
 Património;
 Crédito;
 Tesouro.

Constituição Política Financeira:

 A Constituição da República Portuguesa não se debruça muito sobre o sector


financeiro (art. 80 e seguintes);
 O orçamento de Estado limita a despesa do Estado;
 O Estado só pode cobrar as receitas que estão previstas e para as quais está
autorizado;
 O orçamento limita qualitativamente o que o Estado pode receber e não
quantitativamente. Limita também a despesa do Estado.

Dotação Previsional: dinheiros para fazer face a situações de calamidade.

Princípios Gerais da Constituição Financeira:

 Não há tributação sem uma legislação;


 Dependência Nacional;
 Principio da Democracia Política;
 Principio do Primado da lei;
 Principio da legalidade democrática;
 Principio dos Direitos do Homem;
 Principio da Democracia Participativa;
 Principio tecnológico da constituição numa sociedade livre, justa e solidária;
 Principio da consagração da economia de mercado;
 Principio da descentralização financeira que a constituição consagra (art. 237 e
238). O Estado cobra e distribui às câmaras aquilo que elas devem ter. por outro
lado, as câmaras também conseguem ter lucros próprios.

Estes princípios orientam a acção pública

O princípio da democracia participativa passa, por exemplo, pelos gastos com


referendos e eleições. 

Objectivos Financeiros da Constituição Financeira: independência do Estado face a


outros;

Constituição Creditária: tem a ver com o recurso ao crédito. Conjunto de normas


patentes na constituição e relacionadas com o recurso ao crédito.

Crédito:

 Interno: crédito que o Estado contrai junto dos seus cidadãos através de
certificados de aforro;
 Externo: contracção de linhas de crédito internacional.

O governo só pode contrair empréstimos com a autorização da Assembleia da


República.

Constituições Monistas:

1. 1822;
2. 1826;
3. 1838;
4. 1911.

1933 – Constituição Monista na teoria mas na prática era dualista. Dizia que a lei de
meios (lei que autorizava o governo a aprovar o orçamento) era aprovada pela
Assembleia da República – era uma lei vaga.

Constituição de 1976: até à revisão de 82, tinha tendências dualistas. A partir dessa
revisão passou a monista.
Princípio da Capacidade Contributiva;

Princípio do Consentimento;

Princípio da Reserva de Lei;

Princípio da Competência Legislativa;

Princípio da Complexidade Fechada;

Princípio da Igualdade Jurídica. 

O principio da Igualdade Tributária é um principio relativo. 

Património do Estado:

 Era a sua fonte de financiamento por excelência (até às revoluções liberais);


 O modelo de financiamento do Estado são recursos financeiros;
 O Estado é patrimonial porque tinha património fundiário;
 O Estado obtinha forma de se financiar através do património fundiário;
 O património do Estado teve um peso histórico que perdeu com as revoluções
liberais porque até então não havia ideia de exército estadual, tinham uma ideia
de coroa;
 D. João VI não tinha separação entre casa senhorial e coisa pública;
 Na esfera do Estado entra a defesa e a educação;
 O poder financeiro do Estado ficou centralizado (os forais foram abolidos);
 O Estado desfez-se do património fundiário e passou a ser financiado através do
pagamento de impostos;
 O Estado passou a tributar o rendimento e a generalidade das transacções;
 Contudo o Estadocontinuou a ter património;
 É um conjunto de bens duradouros e não duradouros utilizados para a satisfação
de necessidades colectivas;
 Hoje em dia o Estado tem mais património;
 Cresceu o seu património financeiro;
 O património fundiário cresceu;
 O Estado fez crescer o peso dos impostos;
 A dívida externa do Estado integra o património do Estado.

 
Administração e Gestão Patrimonial: está na Direcção geral do Tesouro e Finanças;

Administração e Gestão Orçamental: está na Secretaria de Estado e do Orçamento;

Tesouro Público: Herário Régio. Centraliza todos os pagamentos e recebimentos


através do banco de Portugal. Gere a disponibilidade financeira do Estado. Gere a
receita do Estado.

Crédito Público: é um instrumento do Estado que está sob a tutela do Secretário de


Estado do tesouro e Finanças. 

Rendimento do Estado: Incremento patrimonial do estado num dado período.

Património do Estado: é o conjunto de todos os bens susceptíveis de satisfazer as


necessidades económicas do Estado e de todas as responsabilidades em que o Estado
incorre.

 Património Bruto: é o somatório de todas as posições/créditos/encargos


financeiros que o Estado tem;
 Património Séguido: é o somatório de todas as posições em que o Estado é
credor menos aqueles em que o Estado deve.

Classificações do Património do Estado:

 Património Real do Estado (património mobiliário, material, palpável, físico);


 Património financeiro do Estado (liquidez do Estado, direitos de crédito e
posições activas financeiras).

Património Geral: conjunto de posições activas e passivas do Estado;

Patrimónios Especiais:

 De afectação: património entregue ao Estado com uma finalidade específica;


 De Gestão: pode ser para múltiplos fins. O estado é livre de fazer o que quiser.
Pode ter funções culturais ou militares. Património militar, património mineiro.
O Estado afecta o património à gestão.

Teoria do Orçamento:

 Vem do orçamento de Estado;


 Vem do pensamento liberal;
 É o resultado de maior controlo e responsabilidade das Finanças Públicas;
 Os povos reclamavam maior transparência das finanças públicas;
 O pensamento liberal introduz uma disciplina nova em matéria de orçamento de
Estado;
 Visa a institucionalização de um orçamento geral;
 Tem em vista proteger o cidadão do excesso de finanças do Estado;
 Visa a institucionalização de um orçamento geral;
 Tem em vista proteger o cidadão do excesso de finanças do Estado;
 Instituição do consentimento representativo é estruturante;
 Introduz limites aos sacrifícios pedidos pelos cidadãos;
 Quando o orçamento de Estado se instituiu o Estado reclamava aos povos 10%
do Produto Interno. Hoje reclama 50%.
 O orçamento deixou de ser geral. A sua importância está em declínio porque o
orçamento perdeu características de generalidade.

O que é o orçamento de Estado?

O orçamento de estado, tecnicamente, é um documento de previsão anual de despesas e


receitas. Autorização anual ao poder financeiro público. Nunca cobriu toda a realidade
financeira do Estado (ex.: gerações patrimoniais).

Elementos do Orçamento:

 Economia (é uma previsão económica sobre a gestão orçamental);


 Autorização política do parlamento;
 Elemento jurídico porque é aprovado sob a forma de lei.

Para que serve o orçamento de Estado?

Tem uma função económica que resulta do facto do Estado visar uma racionalização
nacional do dinheiro público.

Tem também funções políticas dadas a quem executa o orçamento sob autorização da
Assembleia (o governo).

A Garantia dos direitos fundamentais é um acto político e estruturante do orçamento.

O primeiro orçamento português data de 1815-1816.

A constituição de 1822 atribuía a competência financeira às cortes. A constituição


consagrava os três poderes: legislativos, executivo e judicial.

A carta constitucional de 1826 foi um retrocesso no pode moderador. Atribui o poder


financeiro ao Rei.
A constituição de 1976 é uma constituição compromissória. Hoje em dia é uma
constituição claramente monista. Nos nosso dias a competência financeira está no
orçamento.

Partes do Orçamento:

 Relatório
 Sumário
 Parte expositiva (uma parte sobre disciplina oramental e outra parte relativa aos
impostos)

O orçamento é elaborado a partir das regras estabelecidas na lei de enquadramento


orçamental. As regras orçamentais estão previstas na lei de enquadramento orçamental.
Esta não é uma lei comum mas uma lei reforçada que deve obediência à constituição. 

Regras:

 Regra da anualidade orçamental

O orçamento é votado e executado anualmente

Orçamento Gerência:

Aquele que atende à receita e à despesa efectiva (ex.: Estado Novo). Atende ao gasto
efectivo dos dinheiros públicos. Considera só como receita e despesa aquilo que foi
obtido. É mais rigoroso. Hoje também exercemos este orçamento.

Orçamento Exercício:

Trabalha a receita e a despesa estimada. É menos rigoroso.

 Regra da Plenitude orçamental

O orçamento é único. Deve englobar toda a receita e despesa do Estado (artigo 5º da lei
orçamental).

O orçamento de estado é unitário (artigo 5º da lei orçamental)

A regra da plenitude orçamental está em crise.

Não é plena (tem crescido o número de serviços autónomos). Há serviços que possuem
orçamentos privativos.

Eles têm lucros e na mesma recebem dinheiro.

Os fenómenos da desorçamentação crescem às custas deste facto, pois, não tem


plenitude.
Muitas vezes desorçamenta-se por razões políticas retirando serviços do orçamento de
Estado.

Autonomizar certos serviços dá vantagens de ordem económica.

A regra da plenitude nunca foi totalmente plena. Sempre houve excepções à regra.

A regra da anualidade convive mal com os orçamentos a longo prazo. 

 Regra da Descriminação Orçamental

Obriga uma discriminação para que o cidadão saiba onde se vai gastar. Tem sub regras:
tem que ser especificado.

 Regra da não compensação ou orçamento bruto:

Artigo 6 nº 1 – lei de enquadramento orçamental

 Regra da não consignação

As receitas orçamentais não estão consagradas a nenhumas despesas.

 Regra da Publicidade Orçamental

Artigo 12, lei de enquadramento orçamental

 Regra do equilíbrio orçamental:

 
 Super avit: quando a totalidade das receitas supera a totalidade das despesas;
 Défice: dá-se quando o nível das despesas do Estado supera as receitas;
 Equilibrio orçamental: situação de igualdade entre receitas e despesas
orçamentais;
 Equilíbrio Formal: menos rigoroso que a quando das ideias libérias:
 O conceito de equilíbrio orçamental é pouco rigoroso;
 O recurso ao crédito no orçamento liberal era tido como permisso mas devido às
guerras passou a ser algo normal.

Critério do Activo de Tesouraria: para haver despesa orçamental, as despesas


efectivas só podem ser financiadas por receitas efectivas. É um critério clássico porque
já era permitido para financiar actividades excepcionais.

Critério do orçamento ordinário: menos rigoroso que o anterior. As receitas e


despesas ordinárias são aquelas que se verifica todos os anos e que estão em todos os
orçamentos. As extraordinárias são as que não se repetem. Há equilíbrio quando as
despesas ordinárias são cobertas por receitas ordinárias e extraordinárias.
Critério do activo patrimonial do Estado: distingue entre: receitas e despesas de
capital (são aquelas que se repetem todos os anos (ex.: despesas como a saúde)) e
receitas e despesas correntes (alteração da composição do património do Estado (ex.:
venda de um imóvel ao Estado)).

 Dá-se o equilíbrio orçamental quando as despesas correntes são cobertas por


receitas correntes;
 Dá-se desequilíbrio quando as despesas correntes são cobertas por receitas de
capital;
 O equilíbrio é hoje estrutural. Faz parte das finanças públicas.

Avaliação Directa: procede-se olhando para a execução do orçamento daquele serviço


público.

Receitas: procura-se com maior rigor. Métodos de cálculo do orçamento:

 Método do penúltimo exercício;


 Método do penúltimo exercício corrigido;
 Método da média dos últimos exercícios;
 Método de avaliação directa;

A partir dos anos 70/80 apareceram novos métodos. Começaram a usar métodos mais
científicos. Para os americanos, se a política não produzir resultados excluem-na.

Modelos baseados na experiência gestionária.

Criam orçamentos funcionais.

Desempenho das empresas nas áreas. O Estado avalia o interesse do consumidor,


desempenho da publicidade.

Sistemas de Gestão por objectivos: formas de estimar receita e despesa.

Orçamentos de base 0: são necessários para os novos serviços públicos ou serviços


públicos pré-existentes que teriam que mostrar a percentagem que necessita.

Execução e controlo orçamental: feita pelo executivo lançando impostos. O


parlamento não se desliga do controlo orçamental.

Controlo Orçamental:

 Material;
 Jurídico.

Principio da tipicidade: só se pode cobrar impostos para os quais há autorização.

Principio da tipicidade nas despesas: vigora o principio da tipicidade qualitativa.


A execução orçamental é permanente e é objecto de controlo administrativo,
jurisdicional e político.

 Político: exercido pela Assembleia da República (lei numero 59 da lei de


enquadramento orçamental). Toma a conta do Estado. Sobre a conta do Estado,
a Assembleia da República pede parecer ao Tribunal de Contas.
 Jurisdicional: é exercido pelo tribunal de contas. Toma iniciativa de fazer
auditorias. Os serviços têm obrigação de lhes mandar as contas. Pode solicitar
relatórios intercalares entre outros documentos.

      Equilibrio Orçamental: igualdade entre receitas e despesas. Surgiu em 1926 a


quando da entrada de António de Oliveira Salazar no governo. Cobre as situações onde
haja equilibrio assim como aquelas em que se dá um excedente. 

      Regimes Económicos: Liberalismo (reduzido peso do poder político na actividade


económica tendo por base o respeito aos sujeitos individuais); Intervencionismo
(ordenou a intervenção económica do poder político continuando a respeitar os
principios básicos do sistema) 

      Conta do Estado: síntese de toda a execução do orçamento durante um período


financeiro. É também um meio de controlar as operações em que consistiu essa
execução e de responsabilizar os seus agentes pela fiscalização a posteriori. 

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