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Regência de D.

Pedro (1832-34) •José Xavier Mouzinho da


IMPORTÂNCIA Silveira, Ministro da Fazenda
DA (finanças) e da Justiça, durante a
LEGISLAÇÃO Regência de D. Pedro (1832/33),
DE promulgou decretos fundamentais
Mouzinho da para a consolidação do liberalismo,
Silveira atacando as estruturas do Antigo
Regime.
SETORES DE MEDIDAS
ATIVIDADE

Abolição dos dízimos, morgadios e forais, libertando os camponeses das


dependências tradicionais (libertação da terra)

Extinção das portagens internas e redução dos impostos sobre a


ECONOMIA
exportação (entraves à atividade comercial) (libertação do comércio)

Pôs fim aos monopólios, em concreto ao da Companhia das Vinhas do Alto


Douro e dos Sabões

ADMINISTRAÇÃO Nova organização administrativa: divisão do país em províncias, comarcas


e concelhos. Instituição do registo civil para todos os recém-nascidos

JUSTIÇA Reforma judicial: criação de uma hierarquia de circunscrições (divisões


territoriais) em que todos os cidadãos se submetiam à mesma lei;
introdução do princípio do Júri.

FINANÇAS Criação de um sistema de tributação nacional (eliminando a tributação


local, em que os impostos revertiam para a nobreza e clero). Substituição
do Erário Régio pelo Tribunal do Tesouro (controlo da arrecadação de
impostos)

CULTURA Abertura de Aulas. Instituição da Biblioteca Pública do Porto.


•Ferreira Borges desempenhou,
Regência de D. igualmente, um papel de relevo na
Pedro (1832-34) liquidação do Antigo Regime, ao
IMPORTÂNCIA elaborar o Código Comercial de
DA LEGISLAÇÃO 1833, onde se aplicava o princípio
DE do livre-câmbio, ou seja, a livre
Ferreira Borges circulação de produtos (por
oposição ao protecionismo), através
da abolição dos monopólios e dos
privilégios, bem como da eliminação
de portagens e de sisas..
Regência de D. Pedro (1832-34)
IMPORTÂNCIA DA LEGISLAÇÃO DE
Joaquim António de Aguiar
Joaquim António de Aguiar, Ministro da Justiça (após Mouzinho da
Silveira), mereceu o epíteto de “mata-frades”, pela sua intervenção
legislativa (1834-35) contra os privilégios do clero, em particular do
clero regular (identificado com o projeto absolutista de D. Miguel):

• Abolição do clero regular (Decreto de extinção das Ordens


religiosas).
• Os bens das Ordens Religiosas foram confiscados e
nacionalizados.
• Venda dos bens das Ordens Religiosas, dos bens da
Coroa, das Rainhas e do Infantado em hasta pública (1834-
35), beneficiando a alta burguesia; o produto da venda foi
utilizado pelo Ministro da Fazenda (Silva Carvalho) para
pagar as dívidas do Estado.
•Projeto político da pequena e média
burguesias, com o apoio das camadas
populares (contra o predomínio da alta
burguesia, que havia sido favorecida pelo
Cartismo). Os mentores deste movimento,
que integravam o novo governo, eram Sá da
Bandeira e Passos Manuel.

O •A política setembrista (apoiada na nova


Setembrismo Constituição de 1838) caracterizava-se pelas
(1836/42) seguintes medidas:
•O rei (a rainha neste caso) perdia o poder
moderador (embora mantivesse o direito de
veto definitivo);
•A soberania da Nação foi reforçada;
•A adoção do protecionismo económico
(sobrecarregando de impostos as
importações, para tornar mais competitivos os
produtos nacionais – ainda que sem sucesso);
•Investimento de capitais em
África;
•Reforma do ensino primário,
secundário e superior (criação
dos liceus por Passos Manuel,
O permitindo que os filhos da
burguesia se preparassem
para o ensino superior, o que
Setembrismo lhes permitiria o exercício de
cargos de relevo na
(1836/42) sociedade);
•Não abolição de taxas fiscais
sobre os pequenos
agricultores, factor que
conduziu ao fracasso
económico do Setembrismo.
•Por que fracassou o Setembrismo?

•Não abolição de taxas fiscais sobre os


pequenos agricultores;
•Carga fiscal sobre os grandes proprietários
não foi aumentada;
•Reduzido fomento industrial;
O •Tentativa constantes de restauração da
Carta Constitucional (ainda que falhadas):
Setembrismo Belenzada (Nov. 1836), Revolta dos
(1836/42) Marechais (Julho a Setembro de 1837);
•Existência de facções dentro do
movimento setembrista;
•Clima de oposição de cartistas e radicais
(Traídos) provocando enorme instabilidade
política.
O Cabralismo (1842/51)

Ditadura de António Bernardo da Costa Cabral que repõe


em vigor a Carta Constitucional de 1826. Tal como
aconteceu com o Cartismo, as medidas tomadas durante o
Cabralismo favoreceram, em primeiro lugar, a alta
burguesia, destacando-se as seguintes medidas:
Administração Conclusão do novo Código Administrativo
(1842), de teor centralista

Finanças Criação do Tribunal de Contas (1849) para


regular as despesas e as receitas do
Estado
Economia Fomento industrial com a difusão da energia do
vapor; criação da Companhia das Obras Públicas de
Portugal (1844) para a reparação construção de
estragas e pontes; protecção à agricultura
O Cabralismo (1842/51)

Cultura Abertura de um Curso Agrícola

Saúde Reorganização dos serviços de saúde e


proibição dos enterramentos fora dos
cemitérios (ou seja, dentro das igrejas)
(1846)

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