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SUMÁRIO
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS..................................................................................................................... 2
CONCEITO .............................................................................................................................................................. 2
FORMALIDADE ........................................................................................................................................................ 5
CLÁUSULAS NECESSÁRIAS .......................................................................................................................................... 9
EXIGÊNCIA DE GARANTIA ......................................................................................................................................... 12
VIGÊNCIA CONTRATUAL (DURAÇÃO DO CONTRATO) ...................................................................................................... 14
CLÁUSULAS EXORBITANTES (PRERROGATIVAS DE DIREITO PÚBLICO) .................................................................................. 16
ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS ................................................................................................................................... 18
TEORIA DA IMPREVISÃO .......................................................................................................................................... 20
RESERVA DE VAGAS ................................................................................................................................................ 28
ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO DO CONTRATO ................................................................................. 28
RECEBIMENTO DO OBJETO DO CONTRATO ................................................................................................................... 33
SUBCONTRATAÇÃO ................................................................................................................................................ 35
ESPÉCIES DE CONTRATOS ......................................................................................................................................... 37
RECURSOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................................................................. 44
CONVÊNIOS E TERMOS SIMILARES ............................................................................................................................. 46
QUESTÕES MÚLTIPLA ESCOLHA .................................................................................................................... 50
QUESTÕES COMENTADAS NA AULA ............................................................................................................. 85
GABARITO .................................................................................................................................................. 101
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................. 102
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Conceito
1
Meirelles, 2013, p. 223.
2
Ao longo desta aula, quando não mencionarmos a qual lei estamos nos referindo, considere que se trata da Lei
8.666/1993. Além disso, vamos utilizar os termos Lei de Licitações e Contratos, LLC, Lei de Licitações, Estatuto
geral das licitações ou somente Estatuto para nos referir à Lei 8.666/1993.
Formalidade
3
Brasil. Tribunal de Contas da União, 2011, p. 652.
4
Percebam que o TCU inclui também a modalidade pregão, sem prejuízo da ressalva prevista no Art.
62, §4º.
¥ autoriza•‹o de compra; ou
Assim, eles s‹o instrumentos mais simples, sem tanta burocracia, mas
que n‹o dispensam algumas exig•ncias, como descri•‹o do objeto, pre•o,
prazos de entrega do bem ou da execu•‹o da obra ou da presta•‹o do
servi•o, o crŽdito pelo qual correr‡ a despesa, etc.
Os contratos e seus aditamentos devem ser numerados e
arquivados em ordem cronol—gica, na sequ•ncia das datas de
assinaturas e registro sistem‡tico dos respectivos extratos em meio
eletr™nico ou em livro pr—prio. Para os contratos que tiverem por objeto
direitos reais sobre im—veis, ou seja, compra, venda ou doa•‹o de bens
im—veis, devem ser formalizados por instrumento lavrado em cart—rio de
notas, juntando-se c—pia de tudo no processo que lhe deu origem.
¥ convites;
Cláusulas necessárias
Gabarito: errado.
Exigência de garantia
¥ seguro-garantia;
¥ fian•a banc‡ria.
O valor da garantia n‹o poder‡ exceder a cinco por cento do valor do
contrato, com exce•‹o dos contratos de obras, servi•os e fornecimentos de
grande vulto envolvendo alta complexidade tŽcnica e riscos
financeiros consider‡veis, nos quais o valor da garantia poder‡ chegar
a dez por cento do valor do contrato.
5
Apenas para ilustrar, vamos apresentar o conteúdo dos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI da Lei
8.666/1993. Ressalto, contudo, que não há necessidade de decorar esses incisos. Lembrem-se apenas
que eles estão relacionados com segurança e defesa nacional e tecnologia.
Art. 24. É dispensável a licitação:
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos
estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; [...]
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso
pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela
estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão
instituída por decreto; [...]
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que envolvam,
cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão
especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. [...]
o
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei n 10.973,
de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação dela constantes.
Obs.: a Lei 10.973/2004 dispõe sobre “incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no
ambiente produtivo e dá outras providências”.
Por fim, nos termos do ¤2¼, Art. 57, toda prorroga•‹o de prazo dever‡
ser justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade
competente para celebrar o contrato.
Art. 58. O regime jur’dico dos contratos administrativos institu’do por esta
Lei confere ˆ Administra•‹o, em rela•‹o a eles, a prerrogativa de:
I - modific‡-los, unilateralmente, para melhor adequa•‹o ˆs finalidades
de interesse pœblico, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do
art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execu•‹o;
IV - aplicar san•›es motivadas pela inexecu•‹o total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de servi•os essenciais, ocupar provisoriamente bens
m—veis, im—veis, pessoal e servi•os vinculados ao objeto do
contrato, na hip—tese da necessidade de acautelar apura•‹o administrativa
de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hip—tese de rescis‹o do
contrato administrativo.
¤ 1¼ As cl‡usulas econ™mico-financeiras e monet‡rias dos contratos
administrativos n‹o poder‹o ser alteradas sem prŽvia concord‰ncia
do contratado.
¤ 2¼ Na hip—tese do inciso I deste artigo, as cl‡usulas econ™mico-
financeiras do contrato dever‹o ser revistas para que se mantenha o
equil’brio contratual. (grifos nossos)
Teoria da imprevisão
4
A teoria da imprevis‹o abrange os fatos extracontratuais,
extraordin‡rios e imprevis’veis Ð ou previs’veis, mas que ocorreram
num grau imprevis’vel Ð surgidas ou descobertas ap—s a celebra•‹o do
contrato, que acarretam, na execu•‹o do contrato: (a) maior demora;
(b) excessiva onerosidade para uma das partes; ou (c) a
impossibilidade absoluta de execu•‹o.
A origem da teoria da imprevis‹o vem da doutrina e da jurisprud•ncia,
mas, atualmente, encontra-se normatizada na legisla•‹o. Nessa esteira, em
que pese n‹o consta na Lei 8.666/1993 exatamente a designa•‹o Òteoria
da imprevis‹oÓ, podemos encontrar diversas formas de sua aplica•‹o, em
especial no trecho do art. 65, II, ÒdÓ, que permite altera•‹o para
manuten•‹o do equil’brio econ™mico-financeiro inicial do contrato: Òna
hip—tese de sobrevirem fatos imprevis’veis, ou previs’veis porŽm de
conseqŸ•ncias incalcul‡veis, retardadores ou impeditivos da
execu•‹o do ajustado, ou, ainda, em caso de for•a maior, caso
fortuito ou fato do pr’ncipe, configurando ‡lea econ™mica7
extraordin‡ria e extracontratualÓ (grifos nossos).
Inicialmente, cumpre frisar que a regra geral Ž que os termos dos
contratos sejam cumpridos, trata-se do que a doutrina chama de princ’pio
pacta sunt servanda, ou Òos pactos devem ser cumpridosÓ. Dessa forma,
6
Justen Filho, 2012, p. 886.
7
Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2014, p. 295), álea econômica “é todo acontecimento externo ao
contrato, estranho à vontade das partes, imprevisível e inevitável, que causa desequilíbrio muito grande,
tornando a execução do contrato excessivamente oneroso para o contratado”.
uma vez firmado um contrato, os seus termos devem ser cumpridos pelas
partes.
No entanto, existe outra regra igualmente aplic‡vel, expressa ou
implicitamente, aos contratos de execu•‹o prolongada Ð inclusive aos
contratos administrativos. Trata-se da regra rec sic standibus, que
significa que o contrato deve ser cumprido, desde que presentes as mesmas
condi•›es existentes no cen‡rio dentro do qual foi o pacto ajustado. Se
forem alteradas tais condi•›es, rompe-se o equil’brio contratual, sem que
se possa imputar culpa ˆ parte inadimplente8.
O entendimento Ž simples. As partes tomaram suas decis›es com base
na situa•‹o vigente. Assim, se a situa•‹o se modificar, o contrato poder‡
ficar excessivamente oneroso oua vantajoso para uma das partes, o que
ensejar‡ a sua revis‹o ou rescis‹o.
No entanto, deve ficar claro que n‹o Ž qualquer altera•‹o do estado de
fato origin‡rio que gera a revis‹o ou rescis‹o contratual, mas somente os
fatos imprevis’veis, extraordin‡rios e extracontratuais.
Feita essa abordagem inicial, podemos analisar as principais aplica•›es
da teoria da imprevis‹o segundo a doutrina: caso fortuito, for•a maior, fato
do pr’ncipe, fato da Administra•‹o e interfer•ncias imprevistas.
8
Carvalho Filho, 2014, p. 213.
9
Nesse sentido podemos citar: Meirelles (2013, p. 251); Carvalho Filho (2014, p. 214); e Justen Filho (2014, p.
552).
n‹o era poss’vel evitar ou impedirÓ. Com efeito, a Lei 8.666/1993 atribui os
mesmos efeitos aos dois eventos, motivo pelo qual n‹o Ž necess‡rio fazer
tal distin•‹o.
Nos termos do art. 78, inc. XVII, a ocorr•ncia de caso fortuito ou de
for•a maior, regularmente comprovada, impeditiva da execu•‹o do contrato
Ž considerada motivo para a rescis‹o do contrato. Nesse caso, se n‹o
existir culpa do contratado, a Administra•‹o deve indeniz‡-lo pelos
preju’zos decorrentes do desfazimento do acordo.
Esses eventos tambŽm s‹o causas para a altera•‹o do contrato,
mediante acordo das partes, com o objetivo de obter a revis‹o para
recompor o equil’brio econ™mico-financeiro inicial (art. 65, II, ÒdÓ).
1
Como j‡ dito, a situa•‹o deve caracterizar-se como imprevis’vel,
inevit‡vel e com impossibilidade total do cumprimento das obriga•›es nos
termos iniciais. Fora disso, os fatos ser‹o considerados ‡lea normal inerente
aos riscos de qualquer contrato10. Com efeito, o contratado s— pode invocar
o caso fortuito e a for•a maior como eventos justificadores da inexecu•‹o
do contrato se provar que n‹o contribuiu para colocar-se em situa•‹o
prejudicada pelo evento. Por exemplo, imagine que uma tempestade
imprevis’vel causou sŽrios danos a uma obra contratada. PorŽm, o
cronograma estava atrasado injustificadamente e por culpa do contratado.
Se restar comprovado que os danos s— ocorreram em virtude do atraso, o
contratado n‹o poder‡ utilizar o evento como causa justificadora para a
inexecu•‹o de suas obriga•›es. Vale dizer, se a obra estivesse em dia, a
tempestade n‹o teria gerado os danos e, portanto, isso n‹o ser‡
justificativa para a inexecu•‹o da aven•a.
Fato do príncipe
10
Carvalho Filho, 2014, p. 215.
11
e.g. Carvalho Filho. 2014, p.213-214; e Justen Filho, 2014, 548-549.
Fato da Administração
12
Meirelles, 2013, p. 254.
que permite que o contratado busque o reparo, seja por acordo com a
pr—pria Administra•‹o, seja por meio judicial.
Interferências imprevistas
Gabarito: correto.
Reserva de vagas
13
Paludo, 2013, p. 366-367.
14
Justen Filho, 2012, p. 934.
15
Justen Filho, 2012, p. 936.
Gabarito: correto.
Subcontratação
16
Os contratos administrativos, em regra, são contratos pessoais (intuitu personae), isto é, devem ser realizados
pela pessoa que se obrigou perante à Administração. Assim, somente em casos restritos os serviços podem ser
subcontratados.
28. (Cespe - Funasa/2013) Caso ocorra a morte de uma pessoa que tenha
pactuado um contrato administrativo, seus herdeiros deverão ser chamados para
dar cumprimento à parte restante das obrigações assumidas.
Comentário: os contratos apresentam natureza intuitu personae, ou seja, as
obrigações devem ser cumpridas pela mesma pessoa que assumiu a
obrigação junto à Administração. Assim, o dever de cumprir os termos
pactuados não alcança os herdeiros da pessoa que celebrou o contrato.
Gabarito: errado.
Espécies de contratos
17
Di Pietro, 2009, p. 64.
18
Di Pietro, 2014, p. 771.
Contrato de obra
19
O contrato sinalagmático é o contrato bilateral em que as duas partes se obrigam reciprocamente, ou seja, as
duas partes possuem as duas obrigações que devem ser cumpridas.
20
O contrato comutativo é aquele em que cada as obrigações de cada uma das partes são conhecidas e certas.
21
Alexandrino e Paulo, 2015, p. 609.
22
Carvalho Filho, 2014, p. 182.
Contrato de serviço
23
Alexandrino e Paulo, 2015, p. 611.
24
Carvalho Filho, 2014, p. 185.
Recursos administrativos
25
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar
ao contratado as seguintes sanções: [...]
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os
motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que
aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos
resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior. [...]
§ 3o A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do
Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo,
no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua
aplicação.
26
Carvalho Filho, 2013, p. 224.
27
Meirelles, 2013, p. 464.
IMPORTANTE:
v a diferen•a mais marcante entre
conv•nio e contrato Ž que, no
primeiro, os interesses s‹o
comuns e coincidentes;
enquanto, no contrato, os
interesses s‹o diversos e
opostos.
Gabarito: correto.
Logo, no caso da questão, o contrato poderá ser verbal, uma vez que de baixo
valor (R$ 3 mil) e feito em regime de adiantamento (letra D).
Agora, vamos analisar as demais opções:
a) o instrumento de contrato não é obrigatório em todos os casos. Ele será
obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas
dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites
destas duas modalidades de licitação. Nos demais casos, ele será facultativo,
podendo ser substituído por outros instrumentos hábeis, tais como carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de
execução de serviço (art. 62, caput). Além disso, o instrumento do contrato
poderá ser substituído, independentemente do valor, nos casos de compra com
entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem
obrigações futuras, inclusive assistência técnica (art. 62, § 4º). Observa-se,
portanto, que em todos os casos de substituição do instrumento de contrato, a
utilização dos outros instrumentos é facultativa, não obrigatória. Assim, mesmo
nos casos em que o instrumento de contrato não é obrigatório, a Administração
poderá utilizá-lo – ERRADA;
b) o contrato poderá ser verbal, no caso do enunciado – ERRADA;
c) a licitação, no valor previsto no enunciado, é dispensável. Porém, é possível
licitar, caso a Administração assim deseje – ERRADA;
e) pelo valor, a Administração também poderá adotar o convite, a tomada de
preços ou a concorrência, já que o valor do objeto admite qualquer das três
modalidades de licitação – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
(v) nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis,
pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade
de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem
como na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
Agora, vamos julgar os itens:
a) a Administração realmente possui a prerrogativa de alterar unilateralmente os
contratos administrativos, dentro dos limites previstos em Lei. Isso, no entanto,
não gera dever de indenizar. Vale dizer, as alterações, quando permitidas, não
geram direito à indenização, mas tão somente o direito de receber
proporcionalmente ao que foi aumentado ou diminuído, em respeito ao
equilíbrio econômico-financeiro do contrato – ERRADA;
b) de fato, apenas a Administração pode rescindir o contrato unilateralmente.
Ao contratado, cabe apenas pleitear a rescisão de forma judicial ou
administrativa. O erro da alternativa, no entanto, é que o contratado pode
receber pelo custo de desmobilização, quando não der causa a rescisão
contratual (art. 79, § 2º, III) – ERRADA;
c) mesmo quando a rescisão decorrer de culpa do contratado, este deverá
receber por aquilo que prestou, descontados os valores de multas e de
ressarcimento de prejuízos causados à Administração. O Poder Público não
pode simplesmente deixar de pagar o que foi executado, sob pena de violar o
princípio da vedação do enriquecimento sem causa da Administração –
ERRADA;
d) em primeiro lugar, a rescisão unilateral não poderá ensejar a supressão do
objeto, tendo em vista que o limite para supressão unilateral é de até 25%. Para
alterar mais que isso, deverá ocorrer acordo entre as partes. Além disso, para
os acréscimos, o limite, em regra, é de 25% para as alterações unilaterais,
aplicando-se o limite de 50% apenas para os casos de reforma de edifício ou
equipamento. Portanto, não se aplica o limite de 50% para “obras” – ERRADA;
e) isso é exatamente o que consta no art. 58, V, da Lei 8.666/1993, que permite a
ocupação provisória no caso de serviços essenciais. Ademais, o contratado
deve receber, no caso de rescisão, os valores decorrentes dos serviços já
prestados, aplicando-se o desconto de multas ou de prejuízos causados quando
a rescisão for por culpa do contratado – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.
assinar o contrato dentro do lapso temporal inicialmente previsto. Nos termos da Lei
no 8.666/1993, o prazo de convocação para a assinatura do contrato
a) não admite qualquer tipo de prorrogação.
b) poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, quando solicitado pela parte
durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela
Administração.
c) admite prorrogação automática uma única vez, que, portanto, independe de
justificativa, bastando a solicitação da empresa contratante.
d) poderá ser prorrogado uma vez, por período igual ou superior, quando solicitado
pela parte durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela
Administração.
e) poderá ser prorrogado duas vezes, por período igual ou inferior, desde que
solicitado pela parte durante seu transcurso e haja motivo justificado aceito pela
Administração.
Comentário: o art. 64 da Lei de Licitações dispõe que a Administração
convocará regularmente o interessado para assinar o termo de contrato, aceitar
ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições estabelecidos,
sob pena de decair o direito à contratação, sem prejuízo da aplicação das
sanções previstas em Lei.
Contudo, o prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual
período, quando solicitado pela parte durante o seu transcurso e desde que
ocorra motivo justificado aceito pela Administração (art. 64, § 1º) – letra B.
Vejamos o erro nas demais opções:
a) é possível sim a prorrogação – ERRADA;
c) a prorrogação não é automática, pois depende de solicitação do convocado,
além de aprovação da Administração – ERRADA;
d) a prorrogação é somente “por igual período” – ERRADA;
e) somente se admite uma única prorrogação, que deverá ser por igual período
– ERRADA.
Gabarito: alternativa B.
28
Um exemplo dessa validade dessa exigência ocorreu no RMS 39.883-MT, no âmbito do STJ:
Não fere a igualdade entre os licitantes, nem tampouco a ampla competitividade entre eles, o
condicionamento editalício referente à experiência prévia dos concorrentes no âmbito do objeto licitado, a
pretexto de demonstração de qualificação técnica, nos termos do art. 30, inc. II, da Lei n. 8.666⁄93. Tem-se
aí exigência plenamente proporcional pois
(i) adequada (a prévia experiência em atividades congêneres ou similares ao objeto licitado é medida que faz
presumir, como meio, a qualificação técnica - o fim visado),
(ii) necessária (a prévia experiência em atividades congêneres ou similares ao objeto licitado é medida de fácil
demonstração, autorizando a sumarização das exigências legais) e
(iii) proporcional em sentido estrito (facilita a escolha da Administração Pública, porque nivela os
competidores uma vez que parte de uma qualificação mínima, permitindo, inclusive, o destaque objetivo das
melhores propostas com base no background dos licitantes).
d) III e IV.
e) I, III e IV.
Comentário: as cláusulas necessárias (ou essenciais) dos contratos
administrativos estão relacionadas no art. 55 da Lei 8.666/1993. Não vamos
relacionar toda a extensa lista do art. 55, mas apenas os dispositivos tratados
na questão. Porém, sugiro que você “pegue” a sua Lei de Licitações e aproveite
para fazer uma leitura das cláusulas necessárias.
I. o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional
programática e da categoria econômica – é cláusula necessária (art. 55, V) –
CORRETO;
II. a cláusula de subcontratação unilateral ad nutum. – NÃO é cláusula
necessária – ERRADO;
III. a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu,
ao convite e à proposta do licitante vencedor – é cláusula necessária (art. 55,
XI) – CORRETO;
IV. o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade
do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento. – é cláusula necessária
(art. 55, III) – CORRETO;
Dizer que algo é “ad nutum” significa que ele pode ser realizado a qualquer
tempo, pela vontade de apenas uma das partes. Porém, as subcontratações
somente podem ocorrer nos casos admitidos, caso a caso, pela Administração
(art. 72) e previstos no edital e no contrato (art. 78, VI). Portanto, a
subcontratação não ocorre livremente (não é “unilateral” nem “ad nutum”),
devendo o contratado obter autorização para isso, além da previsão no edital e
no contrato.
Logo, o item II está incorreto, enquanto os itens I, III e IV estão certos.
Gabarito: alternativa E.
43. (FCC - AJ/TRF 2/2012) Segundo a Lei no 8.666/1993, que estabelece normas
sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras e serviços, o Projeto
Básico deve conter:
I. o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra,
de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas
− ABNT;
II. desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e
identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;
III. soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a
minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de
elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;
IV. informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos,
instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter
competitivo para a sua execução.
44. (FCC - AJ/TST/2012) A duração dos contratos regidos pela Lei no 8.666/93, em
regra, ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários. Essa regra
comporta exceções, dentre as quais NÃO se inclui o caso de
a) aluguel de equipamentos e utilização de programas de informática, podendo a
duração estender-se pelo prazo de até 48 meses após o início da vigência do contrato.
b) prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a
sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de
preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses.
c) projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas na Lei de
Diretrizes Orçamentárias, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da
Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório.
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Vejam que o contratado não poderá opor-se diretamente, pois deverá esperar 90
dias para, só então, desobrigar-se dos compromissos assumidos.
Nessa linha, nos contratos administrativos existem restrições à oposição da
exceção do contrato não cumprido, ou seja, o contratado não poderá opor-se
diretamente ao não cumprimento contratual diretamente, pois deverá esperar o
prazo de inadimplência de 90 dias.
Gabarito: alternativa C.
46. (FCC – ACE/TCE AP/2012) Poderá ser exigida prestação de garantia nas
contratações de obras, serviços e compras celebradas pela Administração Pública.
NÃO se trata de uma modalidade de garantia que o contratado poderá optar:
a) caução em dinheiro.
b) caução em títulos da dívida pública.
c) fiança bancária.
d) seguro-garantia.
e) fiador com imóvel registrado.
Comentário: o Art. 56, §1º da LLC apresenta as seguintes modalidades de
garantia:
¥ caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública – alternativas A e B;
¥ seguro-garantia – alternativa D; e
49. (FCC - TJ/TRF 2/2012) Analise, sob o tema dos contratos administrativos, as
prerrogativas conferidas à Administração em relação a esses contratos:
I. Modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse
público, respeitado os direitos do contratado.
II. Rescindi-los unilateralmente, em qualquer hipótese, desde que necessário.
III. Ocupar provisoriamente, em determinadas hipóteses, bens móveis e imóveis e
serviços vinculados ao objeto do contrato nos casos de serviços essenciais.
IV. Aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.
Nesses casos, está correto o que consta APENAS em
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.
Comentário: as prerrogativas conferidas à Administração encontram-se no
artigo 58 da LLC, vejamos:
I - modific‡-los, unilateralmente, para melhor adequa•‹o ˆs finalidades de
interesse pœblico, respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art.
79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execu•‹o;
IV - aplicar san•›es motivadas pela inexecu•‹o total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de servi•os essenciais, ocupar provisoriamente bens m—veis,
im—veis, pessoal e servi•os vinculados ao objeto do contrato, na hip—tese
da necessidade de acautelar apura•‹o administrativa de faltas contratuais
pelo contratado, bem como na hip—tese de rescis‹o do contrato
administrativo.
Assim, temos as afirmativas I, III e IV corretas (alternativa A).
50. (FCC - TJ/TRF 2/2012) Sob o aspecto da inexecução e da rescisão dos contratos,
NÃO constitui motivo, dentre outros, para a rescisão contratual:
a) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que
prejudique a execução do contrato.
b) a paralisação da obra, serviço ou fornecimento, sem justa causa e prévia
comunicação à Administração.
c) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos.
d) a dissolução da sociedade ou do falecimento do contratado.
e) o atraso justificado no início da obra, serviço ou fornecimento.
Comentário: embora longo, vejamos o texto do art. 78 da LLC. Ele dispõe sobre
os motivos para a rescisão e nos ajudará a responder essa pergunta (além de
complementar o que já falamos):
Art. 78. Constituem motivo para rescis‹o do contrato:
I - o n‹o cumprimento de cl‡usulas contratuais, especifica•›es, projetos ou
prazos;
II - o cumprimento irregular de cl‡usulas contratuais,
especifica•›es, projetos e prazos; (alternativa C)
III - a lentid‹o do seu cumprimento, levando a Administra•‹o a comprovar
a impossibilidade da conclus‹o da obra, do servi•o ou do fornecimento, nos
prazos estipulados;
IV - o atraso injustificado no in’cio da obra, servi•o ou fornecimento;
(alternativa E)
V - a paralisa•‹o da obra, do servi•o ou do fornecimento, sem justa
causa e prŽvia comunica•‹o ˆ Administra•‹o; (alternativa B)
VI - a subcontrata•‹o total ou parcial do seu objeto, a associa•‹o do
contratado com outrem, a cess‹o ou transfer•ncia, total ou parcial, bem
como a fus‹o, cis‹o ou incorpora•‹o, n‹o admitidas no edital e no contrato;
VII - o desatendimento das determina•›es regulares da autoridade
designada para acompanhar e fiscalizar a sua execu•‹o, assim como as de
seus superiores;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execu•‹o, anotadas na
forma do ¤ 1o do art. 67 desta Lei;
IX - a decreta•‹o de fal•ncia ou a instaura•‹o de insolv•ncia civil;
X - a dissolu•‹o da sociedade ou o falecimento do contratado;
(alternativa D)
XI - a altera•‹o social ou a modifica•‹o da finalidade ou da estrutura
da empresa, que prejudique a execu•‹o do contrato; (alternativa A)
52. (FCC - AJ/TRF 2/2012) Conforme a Lei no 8.666/1993, todo e qualquer ajuste
entre órgãos ou entidades da administração pública e particulares, em que haja um
acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações
recíprocas, seja qual for a denominação utilizada, considera-se:
a) compromisso.
b) termo.
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c) contrato.
d) memorando.
e) preferência.
Comentário: a banca resolveu dar uma moleza para o candidato não é mesmo?
Questão facilmente respondida! Conforme o art. 2º da Lei 8.666/1993, considera-
se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração
Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de
vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação
utilizada.
Gabarito: alternativa C.
54. (FCC - TJ/TRE RO/2013) Nos contratos administrativos, mesmo naqueles não
precedidos de licitação, a Administração pública estabelece todas as cláusulas
contratuais; justamente por tal razão, são tidos como contratos de adesão. A frase em
questão
a) está correta, uma vez que os contratos administrativos são considerados contratos
de adesão.
b) não está correta, porque a Administração pública não estabelece previamente todas
as cláusulas contratuais.
c) não está correta, porque inexiste contrato que não seja precedido de licitação.
d) está correta, porque embora a Administração pública nem sempre esteja vinculada
ao ordenamento jurídico, é ela quem dita todas as cláusulas contratuais.
e) não está correta, porque, embora a Administração pública estabeleça previamente
todas as cláusulas contratuais, os contratos administrativos não são tidos como
contratos de adesão.
Comentário: os chamados contratos de adesão são aqueles em que a
Administração dispõe sobre todos os termos. Na formalização desse contrato
com o interessado, cabe ao segundo apenas aceitar, ou não, o que foi disposto
no documento. Em caso de aceitação, temos a adesão do contratado.
55. (FCC - AJ/TRT 19/2014) Uma das características dos contratos administrativos
decorre justamente das denominadas cláusulas exorbitantes, que conferem à
Administração pública o poder de, unilateralmente, alterar cláusulas contratuais ou
rescindir o contrato, por motivo de interesse público e é chamada de
a) onerosidade.
b) comutatividade.
c) intuitu personae.
d) mutabilidade.
e) formalidade.
Comentário: vamos as definições:
® onerosidade: significa que os contratos administrativos, em regra, geram
um ônus financeiro para a Administração, isto é, o Poder Público terá que
pagar pela realização do objeto do contrato. Destaca-se, todavia, que bem
todos os contratos são onerosos para a Administração, como ocorre na
alienação (venda), em que o ônus será do particular que fará a aquisição
do produto;
60. (FCC - AJ/TRT 6/2012) Sobre a Lei no 8.666/1993, que institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública, é correto afirmar.
a) O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras novas, até 25% do valor inicial
atualizado do contrato.
b) As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando houver projeto
executivo aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos
interessados em participar do processo licitatório.
c) A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um
representante da Administração especialmente designado, vedada a contratação de
terceiros para assisti-lo e subsidia-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
d) Executado o contrato, a obra será recebida definitivamente pelo responsável por
seu acompanhamento e fiscalização, mediante recibo, assinado pelas partes em até
150 dias da comunicação do contratado.
e) A Administração só poderá contratar, pagar, premiar ou receber projeto ou serviço
técnico especializado desde que o autor ceda os direitos autorais a ele relativos e a
Administração possa utiliza-lo de acordo com previsto no regulamento de concurso ou
no ajuste para sua elaboração.
Comentário:
a) o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras novas, até 25% do valor
inicial atualizado do contrato. Além disso, no caso de reforma de edifício ou de
equipamento, o limite é de até 50% (cinquenta por cento) para os seus
acréscimos – CORRETA;
b) de acordo com o art. 7º, §2º, da Lei 8.666/1993, as obras e os serviços somente
poderão ser licitados quando: (a) houver projeto básico aprovado pela
autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar
do processo licitatório; (b) existir orçamento detalhado em planilhas que
expressem a composição de todos os seus custos unitários; (c) houver previsão
de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações
decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício financeiro
em curso, de acordo com o respectivo cronograma; e (d) o produto dela
esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano Plurianual,
quando for o caso – ERRADA;
c) a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um
representante da Administração especialmente designado, vedada permitida a
contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes
a essa atribuição (art. 67) – ERRADA;
d) o recebimento de obra ou serviços deve ocorrer da seguinte forma:
62. (FCC - AJ/TRT 12/2013) De acordo com a legislação de regência, uma das etapas
da gestão de contratos, dentre outras, consiste no recebimento do objeto contratado
e
64. (FCC - ACE/TCE AP/2012) Os limites estabelecidos pela Lei no 8.666, de 1993 e
alterações posteriores, para celebração de aditivos de obras novas, são
a) acréscimo de até 25% do valor inicial.
b) supressão de até 35% do valor inicial, não podendo exceder o limite ainda que haja
acordo entre as partes.
c) acréscimo de até 35% e supressão de 55% do valor inicial.
d) acréscimo de até 50% do valor inicial.
e) supressão de até 50% do valor inicial, podendo exceder o limite caso haja acordo
entre as partes.
Comentário: vamos relembrar os valores de alterações quantitativas:
® em regra, 25% para acréscimos e supressões;
edifício e de equipamento, e não para obras que é o caso da assertiva. Por fim,
a alternativa E, apresenta um valor que só se aplica aos acréscimos em reforma
de edifício ou equipamento.
Gabarito: alternativa A.
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assinar o contrato dentro do lapso temporal inicialmente previsto. Nos termos da Lei
no 8.666/1993, o prazo de convocação para a assinatura do contrato
a) não admite qualquer tipo de prorrogação.
b) poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, quando solicitado pela parte
durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela
Administração.
c) admite prorrogação automática uma única vez, que, portanto, independe de
justificativa, bastando a solicitação da empresa contratante.
d) poderá ser prorrogado uma vez, por período igual ou superior, quando solicitado
pela parte durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela
Administração.
e) poderá ser prorrogado duas vezes, por período igual ou inferior, desde que
solicitado pela parte durante seu transcurso e haja motivo justificado aceito pela
==54a1c==
Administração.
39. (FCC – Técnico de Nível Superior/Prefeitura de Teresina-PI/2016) Uma
determinada Secretaria de Saúde estadual está licitando a construção de um hospital
referência para atendimento das pessoas portadoras de deficiência, abrangendo
todos os níveis de gravidade e comprometimento, bem como todos os tratamentos e
intervenções, inclusive cirúrgicas. Dadas as peculiaridades da obra, o Poder Público
entendeu por fazer exigências mais rigorosas para habilitação dos licitantes do que
usualmente faz nos contratos de obra regidos pela Lei no 8.666/1993. Partindo das
premissas fáticas postas, uma das possíveis exigências seria
a) comprovação de patrimônio líquido superior a 10% do valor atribuído ao contrato,
para demonstrar e garantir a higidez financeira da empresa.
b) comprovação de experiência anterior de construção de obra da mesma natureza,
dimensão e valor, para garantir o atingimento do resultado idealizado pelo projeto
básico da licitação.
c) garantia da proposta e da execução do contrato no valor de 10% do investimento.
d) garantia da execução no valor de 10% do faturamento líquido da empresa, para
assegurar o término da obra pelo contratante no caso de descumprimento
comprovado pela contratada, garantida ampla defesa e contraditório.
e) comprovação da licitante de experiência na execução de obras civis hospitalares
com dimensão mínima, baseado em critério técnico e demonstrada a pertinência.
40. (FCC – Analista Judiciário/TRT-23/2016) O contrato administrativo confere à
Administração pública algumas prerrogativas não concedidas ao contratado, mas
também a sujeita a controle externo,
a) que não pode adentrar às alterações unilaterais promovidas no objeto contratual,
qualitativas e quantitativas, tendo em vista que essas medidas se inserem no exame
essencialmente discricionário do contratante.
43. (FCC - AJ/TRF 2/2012) Segundo a Lei no 8.666/1993, que estabelece normas
sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras e serviços, o Projeto
Básico deve conter:
I. o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra,
de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas
− ABNT;
II. desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e
identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;
III. soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a
minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de
elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;
IV. informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos,
instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter
competitivo para a sua execução.
49. (FCC - TJ/TRF 2/2012) Analise, sob o tema dos contratos administrativos, as
prerrogativas conferidas à Administração em relação a esses contratos:
I. Modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse
público, respeitado os direitos do contratado.
II. Rescindi-los unilateralmente, em qualquer hipótese, desde que necessário.
III. Ocupar provisoriamente, em determinadas hipóteses, bens móveis e imóveis e
serviços vinculados ao objeto do contrato nos casos de serviços essenciais.
IV. Aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.
Nesses casos, está correto o que consta APENAS em
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.
50. (FCC - TJ/TRF 2/2012) Sob o aspecto da inexecução e da rescisão dos contratos,
NÃO constitui motivo, dentre outros, para a rescisão contratual:
a) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que
prejudique a execução do contrato.
b) a paralisação da obra, serviço ou fornecimento, sem justa causa e prévia
comunicação à Administração.
c) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos.
d) a dissolução da sociedade ou do falecimento do contratado.
e) o atraso justificado no início da obra, serviço ou fornecimento.
52. (FCC - AJ/TRF 2/2012) Conforme a Lei no 8.666/1993, todo e qualquer ajuste
entre órgãos ou entidades da administração pública e particulares, em que haja um
acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações
recíprocas, seja qual for a denominação utilizada, considera-se:
a) compromisso.
b) termo.
c) contrato.
d) memorando.
e) preferência.
54. (FCC - TJ/TRE RO/2013) Nos contratos administrativos, mesmo naqueles não
precedidos de licitação, a Administração pública estabelece todas as cláusulas
contratuais; justamente por tal razão, são tidos como contratos de adesão. A frase em
questão
a) está correta, uma vez que os contratos administrativos são considerados contratos
de adesão.
b) não está correta, porque a Administração pública não estabelece previamente todas
as cláusulas contratuais.
c) não está correta, porque inexiste contrato que não seja precedido de licitação.
d) está correta, porque embora a Administração pública nem sempre esteja vinculada
ao ordenamento jurídico, é ela quem dita todas as cláusulas contratuais.
e) não está correta, porque, embora a Administração pública estabeleça previamente
todas as cláusulas contratuais, os contratos administrativos não são tidos como
contratos de adesão.
55. (FCC - AJ/TRT 19/2014) Uma das características dos contratos administrativos
decorre justamente das denominadas cláusulas exorbitantes, que conferem à
Administração pública o poder de, unilateralmente, alterar cláusulas contratuais ou
rescindir o contrato, por motivo de interesse público e é chamada de
a) onerosidade.
b) comutatividade.
c) intuitu personae.
d) mutabilidade.
e) formalidade.
60. (FCC - AJ/TRT 6/2012) Sobre a Lei no 8.666/1993, que institui normas para
licitações e contratos da Administração Pública, é correto afirmar.
a) O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras novas, até 25% do valor inicial
atualizado do contrato.
b) As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando houver projeto
executivo aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos
interessados em participar do processo licitatório.
c) A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um
representante da Administração especialmente designado, vedada a contratação de
terceiros para assisti-lo e subsidia-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
d) Executado o contrato, a obra será recebida definitivamente pelo responsável por
seu acompanhamento e fiscalização, mediante recibo, assinado pelas partes em até
150 dias da comunicação do contratado.
e) A Administração só poderá contratar, pagar, premiar ou receber projeto ou serviço
técnico especializado desde que o autor ceda os direitos autorais a ele relativos e a
Administração possa utiliza-lo de acordo com previsto no regulamento de concurso ou
no ajuste para sua elaboração.
62. (FCC - AJ/TRT 12/2013) De acordo com a legislação de regência, uma das etapas
da gestão de contratos, dentre outras, consiste no recebimento do objeto contratado
e
a) é vedada a dispensa de recebimento provisório quando se tratar de contratos de
obras, independentemente do valor.
64. (FCC - ACE/TCE AP/2012) Os limites estabelecidos pela Lei no 8.666, de 1993 e
alterações posteriores, para celebração de aditivos de obras novas, são
a) acréscimo de até 25% do valor inicial.
b) supressão de até 35% do valor inicial, não podendo exceder o limite ainda que haja
acordo entre as partes.
c) acréscimo de até 35% e supressão de 55% do valor inicial.
d) acréscimo de até 50% do valor inicial.
e) supressão de até 50% do valor inicial, podendo exceder o limite caso haja acordo
entre as partes.
GABARITO
REFERÊNCIAS
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de
Janeiro: Método, 2011.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo:
Malheiros, 2014.
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas,
2014.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2014.
JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 15ª ed. São
Paulo: Dialética, 2012.
MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São
Paulo: Malheiros Editores, 2013.
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração pública. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2013.