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DIA 43
CRONOGRAMA DE 4H
MATERIAL PÁG
Apostila de Direito Adminsitrativo
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1 A 36
Tempo aprox.: 3h (para todos)

Legislação:
1H – LEI Nº LEI Nº 9.455/97 (LEI DE TORTURA)
37 A 49
Tempo aprox.: 1h (para todos)

15 EXÉRCÍCIOS + COMENTÁRIOS
Tempo aprox.: 1 hora (para aqueles que
dispõem de 5 horas) 29 a 41

OBS.: Lembrando que o nosso cronograma se adequa ao estudo de 4 horas e 5

horas. Àqueles que dispõem de 4 horas de estudo (dia), aconselhamos que façam,
nesse momento inicial, a leitura a resolução das questões aos sábados e domingos,
pois nesses dias o programa fica mais leve.

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 SUMÁRIO
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ........................................................................................................ 4
ASPECTOS GERAIS............................................................................................................................. 4
1.2 COMPETÊNCIA LEGISLATIVA .................................................................................................... 5
1.3 ELEMENTOS DOS CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO ...................................................... 5
1.4 SUJEITOS DO CONTRATO ADMINISTRATIVO ........................................................................6
1.5 CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ..............................................7
1.6 FORMALIZAÇAO DOS CONTRATOS: .........................................................................................9
2 CLÁUSULAS NECESSÁRIAS ........................................................................................................... 10
3 CLÁUSULAS EXORBITANTES .......................................................................................................... 11
4 EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO NO CONTRATO ....................................................... 16
5 TEORIA DA IMPREVISÃO: ................................................................................................................. 18
6 DURAÇAO DOS CONTRATOS: ......................................................................................................... 20
7 INEXECUÇÃO DO CONTRATO ......................................................................................................... 23
8 RECEBIMENTO DO OBJETO CONTRATUAL ............................................................................... 24
9 EXTINÇÃO DOS CONTRATOS: ......................................................................................................... 25
10 ESPÉCIES DE CONTRATOS ........................................................................................................... 27
ESTUDO DA LEGISLAÇÃO .................................................................................................................. 28
LEI Nº LEI Nº 9.455/97 (LEI DE TORTURA) ............................................................................... 28
QUESTÕES DE CONCURSOS ............................................................................................................. 30
QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................................................. 36

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 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

ASPECTOS GERAIS

1.1 CONCEITO: Contrato administrativo é o ajuste de vontades, da Administração

Pública e outra parte, regido pelos preceitos de direito público. A manifestação
de vontade da administração pública, por meio dos seus agentes, pode ser:

➢ unilateral (atos administrativos);

➢ bilateral (contratos);
➢ plurilateral (consórcios e convênios).

Existe diferença entre as expressões Contrato da Administração e Contratos

administrativos? SIM, a expressão contrato da administração é gênero que
comporta todo e qualquer ajuste bilateral celebrado pela administração pública.

Os contratos da administração, em sentido amplo, englobam:

a) Contratos administrativos – são os ajustes celebrados entre a

administração pública e o particular, regidos predominantemente pelo
direito público, para execução de atividades de interesse público. A
Administração Pública atua com poder de império, com possibilidade
de tratamento desigual em razão das prerrogativas públicas.

b) Contratos privados da administração ou contratos semipúblicos –

são os ajustes em que a Administração Pública e o particular estão
em relação de igualdade, regidos predominantemente pelo direito
privado.

ATENÇÃO!!! O art. 62, parágrafo 3º da Lei nº 8.666/93 admite a aplicação das

cláusulas exorbitantes, no que couber, aos contratos semipúblicos. A doutrina
adverte que a presença das cláusulas exorbitantes nos contratos privados da
administração depende da vontade das partes e a sua aplicação está
condicionada à expressa previsão contratual, isso porque as referidas cláusulas
desnaturam os contratos privados.

Para Di Pietro, enquanto os contratos administrativos são marcados pelo traço

da verticalidade, os contratos privados da administração são caracterizados
pela horizontalidade.

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Em qualquer regime, de direito público ou de direito privado, os contratos
celebrados pela Administração Pública estarão sujeitos ao controle do Tribunal
de Contas.

Acerca do conceito de contrato administrativo, a banca AOCP já cobrou a

seguinte questão:

“Em sentido amplo, utiliza-se a expressão ‘contratos da Administração’ para

abranger todos os contratos celebrados pela Administração Pública. Entretanto
a expressão ‘contrato administrativo’ é mais restrita. Sobre contrato
administrativo, julgue como VERDADEIRO ou FALSO, o item a seguir.

A expressão ‘contrato administrativo’ é utilizada para designar os ajustes que a

Administração, nessa qualidade, celebra para a consecução de fins particulares,
segundo o regime jurídico de direito privado, seja com pessoas físicas ou
jurídicas, públicas ou privadas”.

O gabarito considerou a afirmativa falsa, uma vez que, os contratos

administrativos em sentido estrito são celebrados para a consecução de fins
públicos, e não particulares.

1.2 COMPETÊNCIA LEGISLATIVA

A CF/88 estabelece que é competência da União legislar sobre normais gerais

de contratos – art. 22, XXVII. Mas, é importante deixar claro que os Estados e
Municípios podem legislar sobre questões específicas.

1.3 ELEMENTOS DOS CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO

➢ O elemento subjetivo tem relação com as partes no contrato. A

administração Pública é elemento subjetivo nos contratos da
administração e nos contratos administrativos.

➢ O elemento objetivo é a satisfação do interesse público, o qual

também estará sempre presente em qualquer contrato.

➢ O elemento formal está relacionado com o regime jurídico

predominante do contrato, se o regime é predominantemente privado

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 ou público.

1.4 SUJEITOS DO CONTRATO ADMINISTRATIVO

O contrato é feito entre os órgãos ou entidades da Administração Pública

(contratante) e os particulares (contratados). A Lei nº 8.666/93 aduz que o
contrato administrativo é todo ajuste entre órgãos ou entidades da
administração pública e particulares, em que exista acordo de vontades para a
formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas.

É possível contrato administrativo entre entes da

administração pública? Ex.: um contrato administrativo entre o
estado do Pará e a União? PARA A DOUTRINA MAJORITÁRIA,
NÃO É POSSÍVEL FALAR EM CONTRATO, quando ocorre
comunhão de interesses – consecução do interesse público.
Seria possível falar em consórcios e convênios, mas, não, em
contratos administrativos.

Atenção! Um contrato entre uma estatal que tem como objeto

a atividade econômica em sentido estrito e um ente público é
possível, pois não há nesse caso comunhão de interesses, pois
a estatal irá ter como fim o lucro. Então, é possível visualizar
um contrato administrativo entre uma estatal (atividade
econômica) e um ente político. (exceção a regra).

CUIDADO!!!
As entidades da administração indireta que possuem personalidade jurídica de
direito privado, quando tem como objeto a prestação de serviço público, podem
celebrar CONTRATO ADMINISTRATIVO, como contratantes, pois estão revestidas
da FUNÇÃO ADMINISTRATIVA e deverão atuar com base no REGIME JURÍDICO
DE DIREITO PÚBLICO.

Como a JURISPRUDÊNCIA entende? O STJ considerou que os contratos

celebrados pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) com empresa privada,
selecionada mediante licitação, para a construção de agências de correios, deve

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ser considerado contrato administrativo, pois não se trata de relação de direito
privado ou de consumo.

1.5 CARACTERÍSTICAS DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

➢ Formalismo moderado
➢ Bilateralidade
➢ Regime de direito público
➢ Comutatividade
➢ Personalíssimo
➢ Desequilíbrio
➢ Instabilidade
➢ Sinalagmático
➢ Oneroso
➢ Adesão

Antes de analisar as características dos contratos administrativos, é importante

ressaltar que os contratos da administração são regidos predominantemente
pelo direito privado e, consequentemente, possuía como característica o
equilíbrio contratual.

1.5.1. Formalismo Moderado: A CF/88 e a Lei nº 8666/93 exigem algumas

formalidades para a celebração do contrato, tais como: forma escrita, cláusulas
necessárias, prazo determinado, publicação, entre outros.

O art. 60 da lei 8666 – prevê que é nulo e de nenhum efeito o contrato verbal,
enfatizando a necessidade do contrato escrito.
A forma escrita é a regra na lei geral de contratos, mas a própria legislação
prevê uma exceção: contratos verbais de pequenas compras – valores de ate
até 5% do art. 23, II, a, da Lei nº 8.666/93 – até R$ 8.800,00.

A doutrina e jurisprudência tem reconhecido o dever de indenizar o particular

que realizou o contrato com a Administração Pública de forma verbal, fora da
exceção prevista na lei. Isso tudo em homenagem aos princípios da boa-fé e da
vedação do enriquecimento sem causa.

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 O reconhecimento da execução do objeto do contrato e o respectivo
pagamento são formalizados pelo TERMO DE AJUSTES DE CONTAS OU
CONTRATOS DE EFEITOS PRETÉRITOS.

1.5.2. Bilateralidade/Comutatividade: Depende da manifestação de duas

vontades – as partes que estão formalizando o contrato. Os direitos e deveres
são previamente definidos para as partes, pois não são contratos de risco. As
obrigações já são definidas.

1.5.3. Personalíssimo: O contrato é celebrado com a pessoa que foi vencedora

na licitação. Dessa forma, o contrato possui natureza intuito personae. Se, após
a realização da licitação, a administração pública tivesse o poder de alterar a
pessoa contratante, ocorreria violação à necessidade de licitar e uma violação
aos princípios da moralidade e impessoalidade.
A Lei nº. 8. 666/93 admite, de maneira excepcional, a alteração subjetiva
do contrato no art. 72 e art. 78 estabelece a possibilidade de rescisão do contrato
quando essa alteração subjetiva for ilegal.

1.5.4. Desequilíbrio/Instabilidade: Nos contratos administrativos as partes

contratantes não estão em posição de igualdade. Com fundamento nas
prerrogativas que a Administração Pública possui, o contratante estará em
posição de desigualdade com o contratado. Nos contratos administrativos
existem as cláusulas exorbitantes, que representam as vantagens conferidas à
Administração Pública em detrimento do contratado em razão da supremacia
do interesse público.

Analisando a lei, percebe-se a instabilidade que a contratada possui no

âmbito dos contratos administrativos, pois a Administração Pública possui
prerrogativas com base no regime jurídico de direito público, podendo modificar
unilateralmente o contrato.

1.5.5 Sinalagmáticos: As obrigações das partes são recíprocas. Assim, o

cumprimento das obrigações de uma parte enseja o adimplemento das
obrigações da outra parte.

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1.5.6 Oneroso: O contratado pela Administração Pública será remunerado pelo
cumprimento das suas obrigações.

1.5.7 Adesão: O contrato é o ajuste de vontades. O contratado manifesta o seu

consenso ao apresentar interesse em participar da licitação. A contratante
manifesta seu interesse no momento da celebração do contrato. A minuta do
contrato está anexa ao edital de licitação (art. 40, §2º, III, da lei de licitações e
contratos) e não admite modificação das cláusulas contratuais por vontade do
contratado. As cláusulas são impostas pela Administração Pública e cabe ao
contratado aderir ou não ao estipulado.

1.6 FORMALIZAÇAO DOS CONTRATOS:

Os contratos administrativos possuem forma definida na legislação. A

formalização dos contratos pode ser feita de duas formas:
• Instrumento contratual – necessário quando o valor do contrato
exigir licitação na modalidade concorrência ou tomada de preço,
ainda que seja caso de dispensa ou inexigibilidade de licitação.
• Outros instrumentos – quando o valor do contrato é menor poderá
ser formalizado por meio de carta-contrato, nota de empenho de
despesa ou autorização de compra, devendo constar nesses
instrumentos as cláusulas necessárias previstas no art. 55 da Lei
nº 8.666/93.

É sempre necessária a realização de contrato administrativo? NÃO. A lei

exige a forma contrato apenas quando o valor do mesmo estiver compreendido
nos valores exigidos para concorrência ou tomada de preço.

Cuidado!!! Nos casos de compra com entrega IMEDIATA e INTEGRAL, dos quais
não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica,
independentemente do valor, é possível a substituição do termo contratual por
outro instrumento (art. 62, § 4º da Lei 8.666/93).

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 Para o TCU, entende-se por “entrega imediata” aquele que ocorre em até
30 dias a partir do pedido formal de fornecimento, que deve ocorrer por meio
da emissão de nota de empenho.

2 CLÁUSULAS NECESSÁRIAS
Os contratos administrativos possuem cláusulas necessárias e
cláusulas acidentais. O art. 55 da lei apresenta as cláusulas necessárias:

➢ Objeto e características;
➢ Regime de execução ou forma de fornecimento;
➢ Preço, condições de pagamento, critérios do reajuste e atualização
monetária;
➢ Prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega,
de observação e de recebimento definitivo;
➢ Crédito pelo qual ocorrerá a despesa;
➢ Garantias (quando exigidas);
➢ Direitos e responsabilidades das partes, penalidades cabíveis e
valores das multas;
➢ Casos de rescisão;
➢ Reconhecimento dos direitos da administração, em caso de
rescisão administrativa;
➢ Condições de importação e taxa de câmbio para conversão, quando
for o caso;
➢ Vinculação ao edital de licitação ou termo que a dispensou ou a
inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;
➢ Legislação aplicável à execução do contrato;
➢ Obrigação de o contratado manter durante a execução do contrato
todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação;
➢ Foro da sede da Administração para dirimir quaisquer questões
contratuais.

2.1 Garantia: A Administração Pública pode (discricionário) exigir garantia nas

contratações de obras, serviços e compras, desde que esta exigência conste
previamente no instrumento convocatório.

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 Caberá ao contratado optar por uma das modalidades de garantia:
1) Caução em dinheiro ou em título da dívida pública;
2) Seguro garantia;
3) Fiança bancária.

A garantia será:
• Em regra, 5% do valor do contrato.
• Até 10% do valor do contrato de grande vulto com alta
complexidade e riscos financeiros consideráveis.
• Ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor dos bens, se o
contrato ficar como depositário dos bens entregues pela
administração.

A garantia será liberada após a execução do contrato e atualizada

monetariamente quando for prestada em dinheiro. Em caso de descumprimento
contratual, a administração pode executar a garantia e cobrar indenização
excedente, quando o prejuízo for superior à garantia.

3 CLÁUSULAS EXORBITANTES

São as cláusulas decorrentes das prerrogativas da administração para

melhor satisfação do interesse público. São cláusulas exorbitantes (art. 58 da
Lei nº 8.666/93):

➢ Alteração unilateral
➢ Rescisão unilateral
➢ Fiscalização
➢ Aplicação de sanção
➢ Ocupação provisória

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3.1 Alteração Unilateral: A administração poderá alterar o contrato sem
consentimento da outra parte para atender o interesse público, desde que
atenda às previsões legais.
A alteração unilateral pode ser dividida em duas espécies: qualitativa
(alteração do projeto ou especificações) e quantitativa (alteração do valor do
contrato).

O contratado fica obrigado a aceitar os acréscimos ou supressões até

25% nas obras, serviços ou compras. No que diz respeito à reforma de edifício
ou equipamento, o limite é até 50% para acréscimos.

Requisitos necessários para a alteração unilateral:

• Motivação.
• A alteração deve ocorrer em razão fato superveniente. A
delimitação do objeto no edital de convocação pode ser
determinante para as empresas que irão apresentar propostas.
Sendo assim, a alteração por fato superveniente está de acordo
com o interesse público, pois ocorreram mudanças no cenário
jurídico e devem ser tomadas as medidas para manter o contrato.
• Impossibilidade de descaracterização do objeto contratual.
Exemplo: Se o objeto do contrato era o fornecimento de material de
escritório, não se pode transformar em um contrato de obra.
• Preservação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Quando ocorre a alteração unilateral do contrato, a administração
tem o dever de efetuar a revisão contratual para reequilibrar a
equação econômica- financeira do contrato.

3.2. Rescisão Unilateral: A Administração Pública possui a prerrogativa de

rescindir unilateralmente o contrato, ou seja, sem o consentimento do
contratado e sem a necessidade de propositura de ação judicial.

A rescisão pode ser dividida em dois grupos:

a) Rescisão com culpa do particular – ex: não cumprimento ou
cumprimento irregular das cláusulas contratuais,

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 subcontratação sem anuência da Administração Pública.
b) Rescisão sem culpa do particular; - ex: caso fortuito ou força
maior.

A rescisão unilateral deverá ser motivada e a ampla defesa e o

contraditório devem ser assegurados ao contratado. Quando a rescisão
decorrer do interesse público o contratado deverá ser indenizado, se houver
prejuízo.

O art. 79, I, da Lei nº 8.666/93 enumera quais incisos do art. 78, da

mesma lei, são casos de rescisão unilateral, a saber:
• Não cumprimento de cláusulas contratuais;
• Cumprimento irregular do contrato;
• Atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
• Paralisação do contrato sem justa causa e prévia comunicação;
• Subcontratação, total ou parcial, não admitida no edital e no
contrato;
• Desatendimento das determinações regulares;
• Reiteradas faltas na execução do contrato;
• Decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
• Dissolução da sociedade ou falecimento do contratado;
• Alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da
empresa que prejudique a execução do contrato;
• Caso fortuito ou força maior;
• Razoes de interesse público.

3.3. Fiscalização: A administração tem o poder–dever de fiscalizar a execução

do contrato, a qual deve ser contemporânea à realização do mesmo, com intuito
de evitar atestados de serviços não concluídos ou com datas retroativas.
A execução do contrato deve ser acompanhada por um servidor
nomeado para tanto, sendo permitida a contratação de terceiros para assisti-lo

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e subsidiá-lo de informações pertinentes. Existem algumas restrições para
essa nomeação, baseada nos princípios da moralidade, eficiência:
• não se deve indicar pregoeiros e membros de comissão da licitação
que participem do certame.
• a nomeação não se deve cair sobre membros públicos que tenham
relação de parentesco com os diretores e administradores da
empresa.
• deve ter uma técnica mínima referente ao objeto do contrato.

O Estado pode responder por omissão quando comprovada a ausência

de fiscalização.

3.4. Aplicação de Sanção: Nos casos de inexecução total ou parcial, a

administração pode aplicar sanções ao contratado, desde que respeitado o
contraditório e a ampla defesa. O art. 87 da lei elenca as sanções:
a) Advertência (infração leve);
b) Multa, na forma prevista no contrato (infração média);
c) Suspensão temporária de participação em licitação e impedimento
de contratar com a administração pública por até 2 anos (infração
grave);
d) Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
administração, enquanto perdurarem os motivos da punição ou até
que seja promovida a reabilitação. A reabilitação ocorre com o
ressarcimento a administração pelos prejuízos e após decorrido o
prazo de 2 anos (infração gravíssima).

A aplicação de advertência, suspensão temporária e declaração de

inidoneidade podem ser aplicadas juntamente com a pena de multa.

De acordo com o TCU, a suspensão temporária de contratar com o poder

público restringe-se apenas ao ente que aplicou a pena. Por outro lado, o efeito
da declaração de idoneidade é amplo e atinge todos os entes federativos.

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 No processo administrativo para aplicação de penalidade, o contratado
terá o prazo de 5 dias úteis para apresentar defesa. Nos casos de declaração
de inidoneidade, o prazo será de 10 dias.

Em razão da gravidade da infração, a declaração de inidoneidade é

competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou
Municipal.

3.5. Ocupação Temporária de Bens: Nos casos de serviços essenciais, a lei

autoriza o apossamento provisório dos bens móveis e imóveis, bem como a
utilização de pessoal e serviços do contratado. Isso ocorre quando houver
necessidade de apuração de alguma irregularidade ou quando for necessário à
continuidade da execução do contrato.

A ocupação temporária deve ser antecedida de processo administrativo

que garanta o contraditório e a ampla defesa ao contratado.

CUIDADO!!! A doutrina considera também que é cláusula exorbitante: execução

da garantia contratual para o ressarcimento dos prejuízos causados à
Administração Pública, bem como das multas, independentemente de ação
judicial (autoexecutoriedade). Além disso, a administração pode realizar a
retenção de créditos da contratada até o limite dos prejuízos. A retenção do
pagamento encontra previsão legal – art. 80, IV, da Lei nº 8.666/93. É ilegal reter
pagamento, tendo em vista, alguma irregularidade na HABILITAÇÃO. A retenção
serve apenas para sanar os prejuízos causados à administração pública.

Como a jurisprudência entende? Para o STJ, é ilegal a retenção de

pagamento devido à empresa em situação de irregularidade no fisco.

Dessa forma, se a empresa contratada gerou algum prejuízo para a

administração, o poder público pode reter algum pagamento futuro para
garantir o pagamento do prejuízo. Ex: uma multa aplicada por descumprimento
de cláusula contratual, a administração pode reter o pagamento com o objetivo
de quitar a multa. Mas a administração não poderá realizar essa retenção nos
casos de irregularidades na habilitação da empresa, pois não seria causa para
isso.

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 As cláusulas exorbitantes são inerentes aos contratos administrativos e
podem ser utilizadas mesmo que não estejam previstas no contrato.

4 EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO NO CONTRATO

O equilíbrio econômico-financeiro é definido no momento da

apresentação da proposta (art. 37, XXI, da CF), e não da assinatura do contrato,
devendo ser preservada durante toda a execução do contrato.

O princípio da manutenção do equilíbrio econômico-financeiro poder ser

invocado tanto pelo particular, quanto pelo poder público.

Quais os instrumentos utilizados pela administração para garantir a

aplicação deste princípio?
➢ Reajuste
➢ Revisão
➢ Atualização Financeira
➢ Repactuação

4.1. Reajuste: O reajuste é cláusula necessária dos contratos administrativos

cujo objetivo é preservar o valor do contrato em razão da inflação. – Art. 55, III
e art. 40. XI da Lei nº 8.666/93.

O reajuste possui uma periodicidade anual e deve ser estipulado por

índices de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de
produção ou dos insumos utilizados nos contratos.

Qual o marco temporal para a periodicidade anual? A apresentação da

proposta. O prazo de 12 meses para o reajuste não é contado da assinatura do
contrato, mas, sim, da apresentação da proposta. Sendo assim, é possível
afirmar que os contratos com prazo inferior a 12 meses podem sofrer reajuste.
Inclusive o TCU já admitiu a possibilidade do reajuste antes da assinatura do
contrato, desde que passados 12 meses da apresentação da proposta.
ATENÇÃO! Por ser cláusula necessária do contrato, art. 54 da Lei nº
8.666/93, a falta de previsão do reajuste considera o contrato IRREAJUSTÁVEL.
A matéria se insere nos direitos disponíveis e a inflação é um fato previsível,

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razão pela qual seria impossível alegar a teoria da imprevisão para atualizar o
valor do contrato. Nesse caso, seria uma violação ao princípio da vinculação do
instrumento convocatório a realização do reajuste sem a devida previsão
contratual do reajuste.

Para a doutrina minoritária, a falta de reajuste não impede a

recomposição dos preços. O reajuste enseja a preservação automática da
equação financeira, por outro lado, a recomposição dos preços leva em
consideração os eventos que efetivamente desequilibraram o contrato e a
comprovação real dos prejuízos. No mesmo sentido o TCU já afirmou: deve
reputar-se que, ocorrendo a elevação dos custos não retratada pelos índices de
reajuste, o particular tem o direito a recomposição dos preços.

Características do reajuste:
• Cláusula contratual;
• Incide sobre cláusulas econômicas do contrato;
• Refere-se a fatos previsíveis;
• Preserva o equilíbrio econômico–financeiro do contrato;
• Depende da periodicidade mínima de 12 meses, contados da
apresentação da proposta ou do orçamento a que a proposta se
referir.

4.2. Revisão: A revisão se refere a fatos supervenientes e imprevisíveis ou

previsíveis, mas de consequências incalculáveis que desiquilibram a equação
econômica do contrato. Esse reequilíbrio econômico pode ser concedido a
qualquer tempo, independente de previsão contratual, desde que verificados os
requisitos: fato superveniente e imprevisível.

A revisão é um direito do contratado e um dever do Estado. A revisão

atinge tanto as cláusulas econômicas, como as cláusulas regulamentares,
diferente do reajuste – apenas as cláusulas econômicas.

É possível aplicar a revisão contratual nos casos de aumento de salário

dos empregados, por conta de acordo ou convenção coletiva de trabalho? Para
o STJ, nesse caso não há imprevisibilidade, não sendo caso de revisão
contratual.

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 Características da revisão:
• Decorre diretamente da lei;
• Independe de previsão contratual;
• Incide sobre qualquer cláusula, seja econômica ou regulamentar;
• Fatos imprevisíveis ou previsíveis de consequências incalculáveis;
• Restaura o equilíbrio econômico do contrato;
• Não depende de periodicidade mínima.

4.3. Atualização Financeira: O objetivo é preservar o valor do contrato, em razão

da inflação. O art. 40, XIV, c da lei 8666 aduz que:

Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o

nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de
execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local,
dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início
da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
XIV - condições de pagamento, prevendo:
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data
final do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo
pagamento;

ATENÇÃO! A atualização acontece desde a data final do período de

adimplemento de cada parcela até o efetivo pagamento.

4.4. Repactuação: A repactuação ocorre nos casos de serviços continuados sob

regime de mão de obra exclusiva, com vistas a adequação do preço do mercado,
desde que seja efetivada após o período de 12 meses e deverá conter a variação
de custos devidamente comprovada pela parte contratada.

5 TEORIA DA IMPREVISÃO:

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 Essa teoria é aplicada nos eventos imprevisíveis, supervenientes e
extracontratuais da natureza econômica (álea extraordinária econômica), não
imputáveis às partes e que desequilibram o contrato.

Claúsula rebus sic standibus – aplicada no direito civil – determina o

cumprimento do contrato enquanto presente as mesmas condições do momento
da contratação. Sendo assim, a administração realizará a recomposição dos
preços para garantir o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Será possível a recomposição, com fundamento na teoria da imprevisão
nas seguintes hipóteses:
➢ Caso fortuito e força maior;
➢ Fato do príncipe;
➢ Fato da administração;
➢ Interferências imprevistas.

5.1 Caso fortuito ou força maior: Situações imprevisíveis e inevitáveis que

repercutem na relação contratual, onerando ou impedindo a execução do
mesmo. Nesses casos, ocorre o dever de indenização por parte da
administração pública em relação ao contratado.
A doutrina majoritária entende que a indenização será até o momento da
ocorrência do caso fortuito ou força maior, não devendo incluir os lucros
cessantes, sob pena de se caracterizar enriquecimento sem causa do particular.

5.2 Fato da Administração: Fato atribuível à Administração Pública e praticado

no âmbito do contrato administrativo, tratando-se de um descumprimento
culposo do contrato, há inexecução culposa do contrato, onde cabe a particular
ou o distrato ou à rescisão contratual judicial.

O desequilíbrio do contrato decorre de uma atuação específica da

administração no curso do contrato, que impede sua execução.
5.3 Fato do Príncipe: Fato extracontratual praticado pela Administração Pública
que repercute no contrato administrativo. Ex.: aumento da alíquota do tributo
que incide sobre o objeto contratual.

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 Trata-se de um fato GENÉRICO e EXTRACONTRATUAL imputável à
Administração Pública, que acarreta o aumento dos custos do contrato
administrativo (álea extraordinária administrativa).

5.4 Interferências imprevistas: Situações imprevistas, mas que são

preexistentes e se tornam conhecidas durante a execução do contrato. Ex:
especificidades do terreno, destinado à construção de um hospital, que
requerem dispêndios vultosos para obra segura.

6 DURAÇAO DOS CONTRATOS:

De acordo com o art. 55, IV, da Lei nº 8.666/93, é cláusula obrigatória do

contrato aos prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega,
de observação e de recebimento definitivo. Sendo assim, o prazo de duração
constará no edital de licitação e no contrato. Ademais, é vedado contrato
administrativo com prazo indeterminado.

Nesse contexto, é importante diferenciar os contratos por prazo certo x

contratos por escopo (ou objeto):
• Nos contratos por prazo certo, o prazo é ESSENCIAL para o
cumprimento das obrigações contratadas. O contratado cumprirá
as suas obrigações até o final do prazo estabelecido no ajuste (ex.:
na contratação de serviços de segurança, a contratada deverá
realizar a segurança da repartição pública durante a vigência do
prazo contratual). Considera-se extinto o contrato com o advento
do termo final.
• Nos contratos por escopo ou objeto: o contrato é cumprido,
independentemente do prazo, com o cumprimento do objeto
contratual. O foco aqui é o objeto do contrato (ex.: no contrato para
construção de determinado prédio público, o ajuste considera-se
adimplido com a finalização da construção, independentemente do
tempo necessário). Os contratos somente se encerram com a
entrega do objeto contratado.

Os contratos administrativos possuem, necessariamente, prazo

determinado? SIM, o art. 57, § 3º, da Lei 8.666/93, veda expressamente contrato
com vigência indeterminada.

20
 Em regra, a duração dos contratos administrativos fica adstrita à
vigência dos respectivos créditos orçamentários (art. 57, da Lei nº 8.666/93 e
art. 167, I e II, da CF).

O objetivo aqui é garantir a contratação apenas nas hipóteses em que a

Administração Pública tenha recursos necessários para pagar o contratado,
garantindo-se, destarte, responsabilidade e planejamento com os gastos
públicos. Sendo assim, se créditos orçamentários estão previstos na LOA (art.
165, III, da CF), os contratos possuem, em regra, prazo de até um ano, não
podendo ultrapassar o exercício financeiro.

REGRA GERAL: vigência do crédito orçamentário.

EXCEÇÕES: as exceções estão previstas nos incisos do art. 57 da Lei nº
8.666/93:
• Metas estabelecidas no plano plurianual, que poderão ser
prorrogadas se houver interesse da Administração e desde que
isso tenha sido previsto no ato convocatório.
• Prestação de serviços executados de forma contínua, que
poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos
períodos visando à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a administração, limitada a 60 meses (art. 57,
II, da Lei 8.666/93). Importante! Admite-se, ainda, que, ao final
dos 60 meses, o prazo contratual seja prorrogado, em caráter
excepcional, por mais 12 meses, totalizando 72 meses, desde
que haja motivação e autorização da autoridade superior (art.
57, § 4o, da Lei 8.666/93). Ex.: serviços de limpeza, de
conservação, de vigilância, de manutenção.
• Aluguel de equipamentos e utilização de programas de
informática: Duração pode ser de até 48 meses. Ex.: aluguel de
computadores.
• Contratações diretas previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e
XXXI do art. 24, da Lei nº 8.666/93 (segurança nacional, material
das forças armadas, alta complexidade tecnológica e defesa
nacional, inovação tecnológica), que poderão ter vigência por
até 120 meses (dez anos), caso haja interesse da
administração.

21
 ATENÇÃO!!! Os contratos da administração não seguem essa regra. A Lei nº
8.666/93 aduz que se aplicam aos contratos privados da administração pública
os artigos 55 e 58 a 61 da referida lei, não fazendo referência ao art. 57 que
regulamenta a duração dos contratos. Sendo assim, a doutrina entende que
os contratos privados podem ter duração superior a um ano com base no art.
62, § 3o, I, da Lei nº 8.666/93 Ex.: inaplicabilidade da regra anual aos contratos
de locação de imóveis.

De acordo com o TCU: “Os prazos estabelecidos no art. 57 da Lei nº

8.666/93 NÃO se aplicam aos contratos de locação, por força do que dispõe o
art. 62, § 3º, inciso I, da mesma lei”.
Da mesma forma, o art. 62, § 3º, II, da Lei 8.666/93 não impõe a aplicação
da regra do prazo anual aos contratos em que a Administração figure como
parte usuária de serviço público. Ex.: contrato de fornecimento de energia
elétrica ao Poder Público.
IMPORTANTE! A regra do prazo anual dos contratos aplica-se
exclusivamente aos casos em que a Administração tenha a
obrigação de pagar o contratado com recursos orçamentários
(art. 57 da Lei nº 8.666/93). Em consequência, a regra do prazo
anual é inaplicável às contratações que NÃO dependem de
recursos orçamentários, bem como às hipóteses ressalvadas
por leis específicas. Ex.: concessão de serviço público (Lei nº
8.987/95), pois a remuneração do concessionário é efetivada,
em regra, por meio de tarifa; concessão de serviço público
especial – PPPs (art. 5o, I, da Lei 11.079/2004).

6.1 Prorrogação dos contratos administrativos: A regra é a licitação e a exceção

é a prorrogação dos contratos. A prorrogação dos contratos administrativos
deve cumprir os seguintes requisitos:
• Justificativa por escrito;
• Autorização da autoridade competente para celebração do
contrato;
• Manutenção das demais cláusulas do contrato;

22
 • Necessidade de manutenção de equilíbrio econômico-financeiro do
contrato;
• Prorrogação somente pode ocorrer nos casos expressamente
previstos na Lei.
A prorrogação é consensual (não pode ser imposta pela Administração)
e, como visto, pode ser feita por prazo inferior, igual ou superior ao prazo
inicialmente pactuado. (entendimento da AGU e TCU)

7 INEXECUÇÃO DO CONTRATO

De acordo com o art. 66 da Lei nº 8.666/93, a execução do contrato deverá

ser feita fielmente pelas partes e cada um responde pela inexecução total ou
parcial de suas obrigações. Ademais, a inexecução enseja a rescisão do
contrato.

7.1 Inexecução culposa: Existência de culpa ou dolo de uma das partes.

Atenção!!! Se a culpa for da administração pública, o particular deve ser
compensado (fato da administração). A administração pública deve rever as
cláusulas do contrato para não prejudicar o contratado.
Exceção de contrato não cumprido (exceptio non adimpleti contractus) –
é possível sustentar esta teoria pelo inadimplemento da administração pública?
A doutrina majoritária entende que é possível aplicar esta teoria nos casos
previstos em lei. Fundamentos: legalidade – art. 78, XIV e XV da Lei nº 8.666/93:

XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por

prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública,
grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas
suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento
obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas
desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado,
nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações
assumidas até que seja normalizada a situação;

23
 A exceptio não poderá ser invocada, em princípio, nos contratos que
efetivamente envolvam serviços públicos ou atividades essenciais à
coletividade.

7.2 Inexecução sem Culpa: Fatos não imputáveis às partes. Nesse caso, existem
duas possibilidades: continuidade do constrato com revisão ou extinção do
contrato.
As hipóteses tradicionais de inexecução SEM culpa são a teoria da
imprevisão, o fato do príncipe, interferências imprevistas e caso fortuito e força
maior. Todavia, a legislação confere, em regra, o mesmo tratamento (e
consequências) a essas teorias, na forma do art. 65, II, “d”, da Lei 8.666/9313.
Art. 65, § 5º, da Lei 8.666/93: Quaisquer tributos ou encargos legais
criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência de disposições
legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de
comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes
para mais ou para menos, conforme o caso.

8 RECEBIMENTO DO OBJETO CONTRATUAL

O art. 73 da Lei nº 8.666/93 dispõe sobre o recebimento do objeto do

contrato. Para melhor compreensão há diferença em razão do objeto: obra ou
serviço e compras ou locação de equipamentos.
Em todo caso, a lei estabelece no art. 69 que o contratado é obrigado a
reparar os vícios, defeitos ou incorreções encontradas no objeto do contrato.
8.1 Obra ou serviço:
• Provisoriamente – recebido pelo pelo fiscal responsável por seu
acompanhamento por meio do termo circunstanciado em até 15 dias
da comunicação escrita do contratado.
• Definitivamente – após vistoria ou observação, que ateste adequação
do objeto aos termos contratuais, realizada por servidor ou comissão,
designada pela autoridade competente, mediante termo
circunstanciado.

24
 O prazo da vistoria ou observação não será superior a 90 dias, salvo
casos excepcionais justificados e previstos no edital.

8.2 Compras ou locação de equipamentos:

• Provisoriamente – para posterior verificação da conformidade com o
contrato.
• Definitivamente – após verificação de qualidade e quantidade.

Na aquisição de grande vulto o recebimento será realizado por meio de

termo circunstanciado e recibo para os demais casos.

8.3 Dispensa do recebimento provisório: O art. 74 estabelece as hipóteses em

que o recebimento provisório está dispensado:
• Gêneros perecíveis e alimentação preparada;
• Serviços profissionais;
• Obras e serviços de até R$176.000,00, desde que não se trate de
aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação de
funcionamento e produtividade.
9 EXTINÇÃO DOS CONTRATOS:

Os contratos administrativos podem se extinguir naturalmente pelo

decurso do prazo contratual ou pela execução do objeto. No entanto, a extinção
do contrato pode ocorrer de forma prematura quando houver impossibilidade
de continuidade do ajuste, bem como quando constatada ilegalidade na licitação
ou no próprio contrato (anulação do contrato).
Nos casos de anulação do contrato, o contratado será remunerado pelos
serviços prestados de boa-fé mesmo que o contrato seja nulo, pois não se
admite o enriquecimento sem causa da administração.
A declaração de nulidade possui efeitos retroativos. O art. 59, parágrafo
único, estabelece que a administração precisa indenizar o contratado pelo tiver
sido executado até a declaração de nulidade do contrato.

25
 Resumidamente, o contrato será extinto em razão da conclusão do
objeto, nulidade e, também, pelo desaparecimento ou falecimento do contratado
(caso de rescisão unilateral do contrato).
A extinção prematura do contrato em razão da impossibilidade de
continuação do ajuste poderá ocorrer em razão da:

• Rescisão unilateral - quando determinada pela Administração por

razões de interesse público ou em caso de falta contratual
imputada ao particular;
• Distrato /rescisão bilateral – amigável e com fundamento no art.
78, XIII a XVI e dependem de prévia autorização fundamentada da
autoridade competente;
• Judicial - extinção por sentença judicial normalmente ocorre por
iniciativa do particular, quando há falta contratual cometida pela
Administração, uma vez que lhe é vedado impor a alteração na via
administrativa.;
• Rescisão de pleno direito por situações alheias às vontades das
partes – impede a manutenção do contrato e sem possibilidade de
revisão do preço.

Os motivos para extinção constam no art. 78, da Lei 8.666/93, e podem

ser divididos em três grupos:
a) Motivos imputáveis ao contratado: a Administração possui a
prerrogativa de rescindir unilateralmente o contrato nas hipóteses
de inadimplemento imputável ao contratado e mencionadas nos
incisos I a XI e XVIII (ex.: não cumprimento ou cumprimento
irregular das cláusulas contratuais; subcontratação sem previsão
no edital e no contrato; cometimento reiterado de faltas contratuais;
decretação da falência do contratado);
b) Motivos imputáveis à Administração: nos casos arrolados nos
incisos XII a XVI (ex.: razões de interesse público; suspensão da
execução por ordem escrita da Administração, por prazo superior
a 120 dias; atraso dos pagamentos por mais de 90 dias);
c) Motivos NÃO imputáveis às partes: a extinção do contrato em caso
de força maior ou caso fortuito, prevista no inciso XVII.

26
 Uso da terminologia “rescisão”: O art. 78, da Lei 8.666/93 utilizou a
expressão “rescisão” para os casos de INADIMPLEMENTO do contratado e da
Administração, bem como para as hipóteses não imputadas às partes.

Apesar disso, a doutrina, menciona de maneira diferente:

• Inadimplemento de uma das partes – Rescisão.
• Impossibilidade de continuidade do contrato, SEM culpa das partes
– Resolução.
• Vontade das partes que não desejam prosseguir com o contrato –
Resilição.

10 ESPÉCIES DE CONTRATOS

A lei de licitações e contratos regula os contratos de execução de obras,

prestação de serviços e fornecimentos de bens. No entanto, existem outras
espécies de contratos firmados pela Administração Pública.
• Concessão de serviços públicos (Lei nº 8.987/95);
• Permissão de serviços públicos (Lei nº 8.987/95);
• Concessão de uso de bens públicos;
• Contrato de gestão.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. 6ª ed. – Salvador: Juspodivm, 2019.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. São Paulo: Malheiros. 2016.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. São Paulo: Atlas. 2020.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 2018.

CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito. Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/listar/?categoria=2&subcategoria=15

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 ESTUDO DA LEGISLAÇÃO
1H – LEI Nº LEI Nº 9.455/97 (LEI DE TORTURA)
LEI Nº LEI Nº 9.455/97 (LEI DE TORTURA)
“Com o advento da Constituição Federal de 1988 após
um longo período de ditadura militar, durante o qual
inúmeras pessoas foram torturadas, era de se esperar
uma nítida preocupação do constituinte em coibir tal
prática.
Art. 1º Constitui CRIME DE TORTURA:
I - constranger alguém com emprego de violência ou
grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou
mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou
confissão da vítima ou de terceira pessoa;
pode ser praticado por qualquer pessoa, não exigindo
nenhuma qualidade especial do agente
b) para provocar ação ou omissão de natureza
criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
TORTURA-CONFISSÃO
TORTURA-CRIME
TORTURA-PRECONCEITO
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou
autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça,
a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de
aplicar castigo pessoal ou medida de caráter
preventivo.
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
A tortura é crime equiparado a hediondo (Art. 5, XLIII, da
CF e art. 2º, “caput” da Lei n.8.072/90.)
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa
presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento
físico ou mental, por intermédio da prática de ato não
previsto em lei ou não resultante de medida legal.
NÃO DEMANDA O EMPREGO DE VIOLÊNCIA OU GRAVE
AMEAÇA.
CRIME PRÓPRIO.
Punido a título de dolo direto ou eventual (não se pune
a culpa).
Admite-se a tentativa.
28
Crime material, de dano e comissivo
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas,
quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre
na pena de detenção de um a 4 anos.
Delito parasitário, pois pressupõe um anterior delito de
tortura anterior (consumado ou tentado).
Crime omissivo próprio.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou
gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos;
se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
§ 4º Aumenta-se a pena de 1/6 até 1/3:
I - se o crime é cometido por agente público;
II - se o crime é cometido contra criança, gestante,
deficiente e adolescente;
II – se o crime é cometido contra criança, gestante,
portador de deficiência, adolescente ou maior de 60
anos;
III - se o crime é cometido mediante sequestro.
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função
ou emprego público e a interdição para seu exercício
pelo DOBRO DO PRAZO DA PENA APLICADA.
§ 6º O crime de tortura é INAFIANÇÁVEL e insuscetível
de graça ou anistia.
Não é imprescritível. Cuidado! A CF 88 prevê como
crimes imprescritíveis apenas o racismo e a ação de
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático (incisos XLII e
XLIV do art. 5°).
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a
hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em
regime fechado.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o
crime não tenha sido cometido em território nacional,
sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente
em local sob jurisdição brasileira.
“A Lei n. 9.455/97 será aplicável ainda que o crime de
tortura tenha sido praticado fora do território nacional
em duas situações:a) vítima brasileira (nata,
naturalizada ou até mesmo com dupla cidadania): ante
o disposto no art. 7°, §3°, do Código Penal, que manda
aplicar a lei penal brasileira "ao crime cometido por
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil", é de se
concluir que a primeira parte do art. 2° da Lei n. 9.455/97
é absolutamente dispensável. Todavia, há uma diferença
marcante entre a regra do art. 2° em relação ao art. 7°,
§3°, do CP, qual seja, a desnecessidade de
preenchimento das condições de procedibilidade
constantes das alíneas do §2° e do próprio §3° do art. 7°
do CP. Por conseguinte, à luz do art. 2° da Lei n. 9.455/97,
toda e qualquer pessoa, independentemente da
nacionalidade, que praticar atos de tortura contra vítima
brasileira fora do Brasil poderá ser processado e
condenado, ainda que não tenha ingressado no
território nacional, pouco importando, ademais, se foi
condenado ou absolvido no país em que o crime foi
executado. Como se pode notar, a Lei n. 9.455/97 criou,
assim, mais uma hipótese de extraterritorialidade
incondicionada regulada pelo princípio de defesa (ou
real);
b) se o sujeito ativo encontrar-se em local sob
jurisdição brasileira: A segunda parte do art. 2° da Lei
de Tortura prevê a aplicabilidade da lei penal brasileira
no tocante ao agente que tiver sido localizado em lugar
sob jurisdição brasileira. Destarte, se o agente,
brasileiro ou não, vier a praticar tortura em território
estrangeiro e, na sequência, ingressar no Brasil,
aplicar-se-á a lei penal brasileira. Logo, não havendo a
extradição de estrangeiro acusado ou condenado pela
prática de tortura no exterior, o Brasil assume o
compromisso de processá-lo por esse delito a partir do
momento em que se encontrar em local sob jurisdição
brasileira, mesmo que a vítima não seja de origem
nacional. De se notar que, à luz do princípio da Justiça
Universal, criou-se mais uma hipótese de
extraterritorialidade. Especificamente quanto aos
crimes de tortura cometidos fora do território nacional
aos quais é aplicável a lei penal brasileira por força do
art. 2° da Lei n. 9.455/97, é de se recordar que a
competência para o processo e julgamento recai, pelo
menos em regra, sobre a Justiça Comum Estadual,
salvo se presente uma das hipóteses do art. 109 da
Constituição Federal. Como já se pronunciou o STJ,"( ...
) a competência da jurisdição federal se dá em caso de
crime à distância previsto em tratado internacional, o
que não ocorre quando o crime por inteiro se verifica no
estrangeiro. Tampouco se tem provocação e hipótese de
grave violação a direitos humanos, ou danos diretos a
bens ou serviços de entes federais. Conflito conhecido
para declarar a competência da Justiça Estadual, ora
suscitante ". (LIMA, 2020, p. 1016- 1017)
29
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho

de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

QUESTÕES DE CONCURSOS

1- INSTITUTO AOCP - 2016 - Câmara de Rio Branco - AC - Analista Legislativo - Direito

São cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos, EXCETO

a) a possibilidade de modificação unilateral do contrato.

b) possibilidade de rescisão unilateral do contrato.
c) o poder de fiscalização pelo poder público da execução do objeto.
d) a possibilidade de quebra de sigilo fiscal do contratado.
e) a possibilidade de ocupação provisória para apurar irregularidades.

2- INSTITUTO AOCP - 2016 - Câmara de Rio Branco - AC - Procurador

Acerca dos contratos administrativos, assinale a alternativa correta.

a) A critério da autoridade competente, em cada caso e desde que prevista no instrumento

convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e
compras, cabendo também à autoridade competente a determinação de qual modalidade de
garantia deverá ser prestada pelo contratado.
b) O regime jurídico dos contratos administrativos instituído pela Lei nº 8.666/1993 confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de, entre outros, modificá-los, unilateralmente,
para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado.
c) A declaração de nulidade do contrato administrativo opera efeito ex nunc, mantendo-se
inalterados os efeitos produzidos até a data do ato declaratório de nulidade.
d) É sempre nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração.
e) Os contratos administrativos somente poderão ser alterados por acordo entre as partes.

3- AOCP - 2013 - COREN-SC - Administrador

30
O contrato administrativo possui várias características a seguir são relacionadas algumas delas.
Assinale a alternativa que NÃO é uma característica de um contrato administrativo.

a) Consubstancia um acordo de vontades.

b) Só pode ser extinto por acordo entre as partes ou por via judicial.
c) Expressa-se por escrito e com requisitos especiais.
d) É comutativo.
e) Deve ser executado pelo próprio contratado.

4- AOCP - 2013 - COREN-SC - Advogado

Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s). De acordo com a Lei de
Licitações e Contratos (8.666/93), são cláusulas necessárias em todo contrato as que
estabeleçam:
I. o objeto e seus elementos característicos.
II. o regime de execução ou a forma de fornecimento.
III. o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento
de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e
a do efetivo pagamento.
IV. a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade
com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas
na licitação.
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e IV.
d) Apenas I, II e IV.
e) I, II, III e IV.

5- INSTITUTO AOCP - 2016 - UFFS - Contador

Qual das alternativas a seguir é uma modalidade de garantia dos contratos administrativos?

a) Averbação de bens.
b) Demanda bancária.
c) Fiança bancária.
d) Escrituração.
e) Alienação de bens.

6- INSTITUTO AOCP - 2019 - Prefeitura de São Bento do Sul - SC - Engenheiro Civil

31
A Lei nº 8.666/93 designa normas para licitações e contratos da Administração Pública. No que
se refere a Contratos, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia: caução em
dinheiro ou em títulos da dívida pública; seguro-garantia e fiança bancária. A garantia prestada
pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro,
atualizada monetariamente. É proibido o contrato com prazo de vigência indeterminado.
b) O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de convite, bem como
nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites dessas duas
modalidades de licitação e é facultativo na carta-contrato, na tomada de preços, na nota de
empenho de despesa, na autorização de compra ou na ordem de execução de serviço.
c) Os contratos poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: quando
houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus
objetivos, unilateralmente pela Administração; quando for necessária a modificação do valor
contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites
permitidos pela Lei nº 8.666/93.
d) A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.

7- INSTITUTO AOCP - 2016 - CISAMUSEP - PR - Advogado

Com relação à execução dos Contratos Administrativos e às responsabilidades do contratado,

assinale a alternativa correta.

a) O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais

resultantes da execução do contrato. A inadimplência do contratado, com referência aos
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, não transfere à Administração Pública
a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a
regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
b) O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais
resultantes da execução do contrato. A inadimplência do contratado, com referência aos
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, transfere à Administração Pública a responsabilidade
por seu pagamento, podendo onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso
das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
c) O contratado é responsável pelos encargos previdenciários e isento de responsabilidade por
encargos trabalhistas ou comerciais resultantes da execução do contrato. A inadimplência do
contratado, com referência aos encargos fiscais, transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento, podendo onerar o objeto do contrato ou restringir a
regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
d) O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas e isento de responsabilidade por
encargos previdenciários e fiscais resultantes da execução do contrato. A inadimplência do
contratado, com referência aos encargos trabalhistas e fiscais, não transfere à Administração
Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou

32
restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de
Imóveis.
e) O contratado é responsável pelos encargos fiscais e isento de responsabilidade por encargos
previdenciários e trabalhistas resultantes da execução do contrato. A inadimplência do
contratado, com referência aos encargos comerciais e fiscais, não transfere à Administração
Pública a responsabilidade por seu pagamento, mas poderá onerar o objeto do contrato ou
restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de
Imóveis.

8- INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário

Em relação à Lei n° 8.666/1993, assinale a alternativa correta.

a) É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.

b) Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, não
inclusas aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar, necessariamente, cláusula que
declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual.
c) É vedada celebração de contrato pela Administração pública com pessoas físicas.
d) A critério da autoridade competente, em cada caso, ainda que não prevista no instrumento
convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e
compras.
e) A Administração pública é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais resultantes da execução do contrato.

9- FUNDATEC - 2018 - PC-RS - Escrivão e de Inspetor de Polícia - Tarde

Conforme o que preceitua a Lei nº 8.666/1993 a respeito dos contratos administrativos, assinale
a alternativa correta.

a) Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, em
nenhuma circunstância, poderá haver cláusula que declare competente foro diverso do da sede
da Administração, para dirimir qualquer questão contratual.
b) É conferida à Administração a prerrogativa de fiscalizar a execução dos contratos.
c) É admissível a prorrogação de contratos de prestação de serviços de natureza contínua,
dispensadas, nas prorrogações de prazo, justificativa ou autorização pela autoridade competente
para celebrar o contrato.
d) Em casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, em qualquer
hipótese é dispensável o "termo de contrato".
e) A referida Lei veda a admissão de subcontratação de partes de obra, serviço ou fornecimento,
por parte da Administração.

33
 10- FEPESE - 2017 - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil
Sobre a rescisão dos contratos administrativos, analise as afirmativas abaixo:
1. É inadmissível a rescisão contratual amigável, por acordo entre as partes.
2. A rescisão do contrato administrativo poderá ser judicial, nos termos da legislação.
3. No caso de rescisão administrativa, deverá ser precedida de autorização escrita e
fundamentada da autoridade competente.
4. Em caso de cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos,
a rescisão poderá ser determinada por ato unilateral e escrito da Administração.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.

b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

11- CESPE - 2016 - PC-PE - Escrivão de Polícia Civil

Assinale a opção correta relativamente a licitação e contratos públicos.

a) Constitui atentado ao princípio da igualdade entre os licitantes o estabelecimento de requisitos

mínimos de participação no edital da licitação.
b) O contrato administrativo é sempre consensual e, em regra, formal, oneroso, comutativo e
realizado intuitu personae.
c) A exceção de contrato não cumprido se aplica aos contratos administrativos, quando a falta é
da administração.
d) O controle do contrato administrativo por parte da administração exige cláusula expressa.

12- ACAFE - 2008 - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil

Analise as alternativas a seguir referentes aos contratos administrativos. Todas estão corretas,
exceto a:

a) A cláusula exorbitante desiguala as partes na execução do avençado e, desde que decorrente

da lei ou dos princípios norteadores da Administração Pública, é lícita.
b) O contrato administrativo pode ser decorrente de um ato unilateral e impositivo da
Administração.
c) Contrato administrativo é o ajuste que a Administração Pública firma com o particular ou com
outra entidade administrativa para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições
estabelecidas pela Administração.
d) O contrato administrativo de serviço abrange o labor intelectual do artista.

34
13- INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa

Assinale a alternativa correta sobre os contratos administrativos, de acordo com as disposições

da Lei nº 8.666/1993.

a) Ao contratado é facultado manter preposto no local da obra ou serviço para representá-lo na

execução do contrato, independentemente de aceite por parte da Administração.
b) A execução do contrato deverá ser fiscalizada por um representante da Administração
especialmente designado, vedada a contratação de terceiros para assisti-lo nessa atribuição.
c) O ato de ocupação e utilização do local, bem como dos equipamentos empregados na execução
do contrato, por parte da Administração Pública, nos casos de rescisão por ato unilateral da
Administração, deve ser precedido de autorização expressa do Ministro de Estado competente,
ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso.
d) No tocante aos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, a Administração
Pública não pode ser responsabilizada, uma vez que a responsabilidade é exclusiva do
contratado.
e) A declaração de inidoneidade para licitar com a Administração Pública pode ser aplicada
juntamente com a sanção de multa, facultada a defesa prévia do interessado no prazo de 8 (oito)
dias úteis.

14- INSTITUTO AOCP - 2018 - ITEP - RN - Perito Criminal - Engenharia Civil

Um dos motivos para a rescisão do contrato consiste no atraso dos pagamentos devidos pela
Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos
ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou
guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas
obrigações até que seja normalizada a situação. Essa condição é válida para atrasos de
pagamentos superiores a

a) 30 dias.
b) 60 dias.
c) 90 dias.
d) 120 dias.
e) 180 dias.

15- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Advogado (HE-UFPEL)

Assinale a alternativa correta.

35
a) Os contratos administrativos regem-se pelos princípios da teoria geral dos contratos e
supletivamente pelos preceitos de direito público.
b) Em nenhuma hipótese é possível o contrato verbal com a Administração.
c) O contrato administrativo ou seus aditamentos devem ser publicados na imprensa oficial para
ter eficácia.
d) Os contratos administrativos não podem ser alterados unilateralmente pela Administração,
nem mesmo mediante justificativas.
e) Os contratos administrativos podem ser alterados por acordo das partes, sem qualquer
justificativa.

QUESTÕES COMENTADAS

1- INSTITUTO AOCP - 2016 - Câmara de Rio Branco - AC - Analista Legislativo - Direito

São cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos, EXCETO

a) a possibilidade de modificação unilateral do contrato.

b) possibilidade de rescisão unilateral do contrato.
c) o poder de fiscalização pelo poder público da execução do objeto.
d) a possibilidade de quebra de sigilo fiscal do contratado.
e) a possibilidade de ocupação provisória para apurar irregularidades.

Gabarito D
A Lei 8666/93 traz em seu art. 58 as denominadas cláusulas exorbitantes, entre as quais não
consta a possibilidade de quebra de sigilo fiscal do contratado. Vejamos:

Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III – fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do
contrato administrativo.

36
2- INSTITUTO AOCP - 2016 - Câmara de Rio Branco - AC - Procurador

Acerca dos contratos administrativos, assinale a alternativa correta.

a) A critério da autoridade competente, em cada caso e desde que prevista no instrumento

convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e
compras, cabendo também à autoridade competente a determinação de qual modalidade de
garantia deverá ser prestada pelo contratado.
b) O regime jurídico dos contratos administrativos instituído pela Lei nº 8.666/1993 confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de, entre outros, modificá-los, unilateralmente,
para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os direitos do contratado.
c) A declaração de nulidade do contrato administrativo opera efeito ex nunc, mantendo-se
inalterados os efeitos produzidos até a data do ato declaratório de nulidade.
d) É sempre nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração.
e) Os contratos administrativos somente poderão ser alterados por acordo entre as partes.

Gabarito B.
Letra a: incorreta. Cabe ao contratado a escolha da modalidade de garantia:

Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras,
serviços e compras.

§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:

I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a
forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia
autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme
definido pelo Ministério da Fazenda;
II - seguro-garantia;
III - fiança bancária.

Letra b: correta.

Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado;

Letra c: incorreta.

37
 Art. 59. A declaração de nulidade do contrato administrativo opera
retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além
de desconstituir os já produzidos.
Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado
pelo que este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos
regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a
responsabilidade de quem lhe deu causa.

Letra d: incorreta. A regra da nulidade do contrato verbal comporta exceção. Vejamos:

Art. 60, Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a
Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas
de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea
"a" desta Lei (modalidade convite), feitas em regime de adiantamento.

Letra e: incorreta. O art. 65 da lei 8.666 traz hipóteses de alteração unilateral pela administração
pública em seu inciso I, bem como hipóteses em que a modificação depende de acordo entre as partes,
nos casos descritos no inciso II.

3- AOCP - 2013 - COREN-SC - Administrador

O contrato administrativo possui várias características a seguir são relacionadas algumas delas.
Assinale a alternativa que NÃO é uma característica de um contrato administrativo.

a) Consubstancia um acordo de vontades.

b) Só pode ser extinto por acordo entre as partes ou por via judicial.
c) Expressa-se por escrito e com requisitos especiais.
d) É comutativo.
e) Deve ser executado pelo próprio contratado.

Gabarito B
Segundo Hely Lopes Meirelles, o contrato administrativo é sempre consensual por tratar-se
de um acordo de vontades; é formal por ser expresso de forma escrita e com requisitos
especiais; é oneroso por estabelecer remuneração como contraprestação; é comutativo por
estabelecer compensações recíprocas e equivalentes para as partes; e, por fim intuitu
personae porque deve ser executado pelo próprio contratado.
Conforme vimos, a letra b está incorreta, pois dentre as cláusulas exorbitantes dos contratos
administrativos, encontra-se a possibilidade de a administração rescindi-los de forma
unilateral, portanto, sem necessidade de ação judicial ou acordo entre as partes.

38
4- AOCP - 2013 - COREN-SC - Advogado

Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s). De acordo com a Lei de
Licitações e Contratos (8.666/93), são cláusulas necessárias em todo contrato as que
estabeleçam:
I. o objeto e seus elementos característicos.
II. o regime de execução ou a forma de fornecimento.
III. o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento
de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e
a do efetivo pagamento.
IV. a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade
com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas
na licitação.
a) Apenas I.
b) Apenas II e III.
c) Apenas I e IV.
d) Apenas I, II e IV.
e) I, II, III e IV.

Gabarito E
As cláusulas necessárias encontram-se no art. 55 da lei 8.666/93. Observe:

Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:

I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do
reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento
das obrigações e a do efetivo pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de
recebimento definitivo, conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional
programática e da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das
multas;
VIII - os casos de rescisão;
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa
prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e
à proposta do licitante vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;

39
 XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em
compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e
qualificação exigidas na licitação.

5- INSTITUTO AOCP - 2016 - UFFS - Contador

Qual das alternativas a seguir é uma modalidade de garantia dos contratos administrativos?

a) Averbação de bens.
b) Demanda bancária.
c) Fiança bancária.
d) Escrituração.
e) Alienação de bens.

Gabarito C
Relembre quais são as modalidades de garantia permitidas pela lei geral de licitações e
contratos:

Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras,
serviços e compras.
§ 1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública
II - seguro-garantia
III - fiança bancária.

Observe o seguinte mnemônico para facilitar a memorização:

"COM GARANTIA FICA SEGURO" (Garantia= FIança, CAução, SEGURO-Garantia)

6- INSTITUTO AOCP - 2019 - Prefeitura de São Bento do Sul - SC - Engenheiro Civil

A Lei nº 8.666/93 designa normas para licitações e contratos da Administração Pública. No que
se refere a Contratos, assinale a alternativa INCORRETA.

a) Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia: caução em
dinheiro ou em títulos da dívida pública; seguro-garantia e fiança bancária. A garantia prestada
pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro,
atualizada monetariamente. É proibido o contrato com prazo de vigência indeterminado.

40
b) O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de convite, bem como
nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites dessas duas
modalidades de licitação e é facultativo na carta-contrato, na tomada de preços, na nota de
empenho de despesa, na autorização de compra ou na ordem de execução de serviço.
c) Os contratos poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: quando
houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus
objetivos, unilateralmente pela Administração; quando for necessária a modificação do valor
contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites
permitidos pela Lei nº 8.666/93.
d) A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.

Gabarito B
A única incorreta é a alternativa b, nos termos da lei 8666/93:

Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de

preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos
limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração
puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho
de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.

Vejamos as demais alternativas:

Letra a: correta.
Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras,
serviços e compras.
§1º Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a
forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia
autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme
definido pelo Ministério da Fazenda;
II - seguro-garantia;
III - fiança bancária

Letra c: correta.
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas,
nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica
aos seus objetivos;

41
 b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou
diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

Letra d: correta.
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante
da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-
lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.

7- INSTITUTO AOCP - 2016 - CISAMUSEP - PR - Advogado

Com relação à execução dos Contratos Administrativos e às responsabilidades do contratado,

assinale a alternativa correta.

a) O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais

resultantes da execução do contrato. A inadimplência do contratado, com referência aos
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, não transfere à Administração Pública
a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a
regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
b) O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais
resultantes da execução do contrato. A inadimplência do contratado, com referência aos
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, transfere à Administração Pública a responsabilidade
por seu pagamento, podendo onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso
das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
c) O contratado é responsável pelos encargos previdenciários e isento de responsabilidade por
encargos trabalhistas ou comerciais resultantes da execução do contrato. A inadimplência do
contratado, com referência aos encargos fiscais, transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento, podendo onerar o objeto do contrato ou restringir a
regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
d) O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas e isento de responsabilidade por
encargos previdenciários e fiscais resultantes da execução do contrato. A inadimplência do
contratado, com referência aos encargos trabalhistas e fiscais, não transfere à Administração
Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou
restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de
Imóveis.
e) O contratado é responsável pelos encargos fiscais e isento de responsabilidade por encargos
previdenciários e trabalhistas resultantes da execução do contrato. A inadimplência do
contratado, com referência aos encargos comerciais e fiscais, não transfere à Administração
Pública a responsabilidade por seu pagamento, mas poderá onerar o objeto do contrato ou
restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de
Imóveis.

Gabarito A.
Trata-se da literalidade do art. 71 e § 1º, da lei 8666/93:

42
 Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais resultantes da execução do contrato. [...]
§ 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e
comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem
poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e
edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
§ 2º A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos
previdenciários resultantes da execução do contrato.

8- INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário

Em relação à Lei n° 8.666/1993, assinale a alternativa correta.

a) É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.

b) Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, não
inclusas aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar, necessariamente, cláusula que
declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual.
c) É vedada celebração de contrato pela Administração pública com pessoas físicas.
d) A critério da autoridade competente, em cada caso, ainda que não prevista no instrumento
convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e
compras.
e) A Administração pública é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e
comerciais resultantes da execução do contrato.

Gabarito A
Letra a: correta. Art. 57 §3º É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.

Letra b/c: incorretas. Art. 54 §2º Nos contratos celebrados pela Administração Pública
com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar
necessariamente cláusula que declare competente o foro da sede da Administração para
dirimir qualquer questão contratual, salvo o disposto no §6o do art. 32 desta Lei.

Letra d: incorreta. Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que
prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas
contratações de obras, serviços e compras.

Letra e: incorreta. Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas,

previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

9- FUNDATEC - 2018 - PC-RS - Escrivão e de Inspetor de Polícia - Tarde

43
Conforme o que preceitua a Lei nº 8.666/1993 a respeito dos contratos administrativos, assinale
a alternativa correta.

a) Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, em
nenhuma circunstância, poderá haver cláusula que declare competente foro diverso do da sede
da Administração, para dirimir qualquer questão contratual.
b) É conferida à Administração a prerrogativa de fiscalizar a execução dos contratos.
c) É admissível a prorrogação de contratos de prestação de serviços de natureza contínua,
dispensadas, nas prorrogações de prazo, justificativa ou autorização pela autoridade competente
para celebrar o contrato.
d) Em casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, em qualquer
hipótese é dispensável o "termo de contrato".
e) A referida Lei veda a admissão de subcontratação de partes de obra, serviço ou fornecimento,
por parte da Administração.

Gabarito B
Letra a: incorreta.
Art. 55 § 2º Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou
jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamente
cláusula que declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer
questão contratual, salvo o disposto no § 6º do art. 32 desta Lei. (trata das licitações
internacionais para a aquisição de bens e serviços cujo pagamento seja feito com o produto de
financiamento concedido por organismo financeiro internacional de que o Brasil faça parte, ou
por agência estrangeira de cooperação, bem como, os casos de contratação com empresa
estrangeira, para a compra de equipamentos fabricados e entregues no exterior, desde que
para este caso tenha havido prévia autorização do Chefe do Poder Executivo ou ainda, os casos
de aquisição de bens e serviços realizada por unidades administrativas com sede no exterior.

Letra b: correta.
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
III - fiscalizar-lhes a execução;

Letra c: incorreta
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos
créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua
duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e
condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;
§ 2º Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada
pela autoridade competente para celebrar o contrato.

44
 Letra d: incorreta. Não é em qualquer caso, e sim desde que não haja obrigações futuras,
inclusive assistência técnica.
Art. 62 § 4º É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo,
a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de compra com
entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras,
inclusive assistência técnica.

Letra e: incorreta.
Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais
e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido,
em cada caso, pela Administração.

10- FEPESE - 2017 - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil

Sobre a rescisão dos contratos administrativos, analise as afirmativas abaixo:
1. É inadmissível a rescisão contratual amigável, por acordo entre as partes.
2. A rescisão do contrato administrativo poderá ser judicial, nos termos da legislação.
3. No caso de rescisão administrativa, deverá ser precedida de autorização escrita e
fundamentada da autoridade competente.
4. Em caso de cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos,
a rescisão poderá ser determinada por ato unilateral e escrito da Administração.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.

b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

Gabarito D
1. Incorreto.
Lei 8666/1993
Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:
II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde que
haja conveniência para a Administração;

2. Correto.
Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:
III - judicial, nos termos da legislação;

3. Correto.
Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:

45
 § 1º A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de autorização escrita e
fundamentada da autoridade competente.

4. Correto.
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos;
Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:
I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos
incisos I a XII e XVII do artigo anterior;

11- CESPE - 2016 - PC-PE - Escrivão de Polícia Civil

Assinale a opção correta relativamente a licitação e contratos públicos.

a) Constitui atentado ao princípio da igualdade entre os licitantes o estabelecimento de requisitos

mínimos de participação no edital da licitação.
b) O contrato administrativo é sempre consensual e, em regra, formal, oneroso, comutativo e
realizado intuitu personae.
c) A exceção de contrato não cumprido se aplica aos contratos administrativos, quando a falta é
da administração.
d) O controle do contrato administrativo por parte da administração exige cláusula expressa.

Gabarito B
Letra a: incorreta.
A igualdade entre os licitantes é princípio que visa impedir a discriminação entre os
participantes do certame. Todavia, não configura atentado ao princípio da igualdade o
estabelecimento de requisitos mínimos de participação no edital de licitação, uma vez que o
estabelecimento de requisitos mínimos e objetivos é necessário para garantir a segurança da
execução do contrato.

Letra b: correta.
Como vimos, de acordo com Hely Lopes Meirelles, o contrato administrativo é
sempre consensual porque se fundamenta em acordo de vontades, e não um ato unilateral e
impositivo da Administração; é formal porque se expressa por escrito e com requisitos
especiais; é oneroso porque é remunerado na forma convencionada; é comutativo porque
estabelece compensações recíprocas e equivalentes para as partes; é intuitu personae
(personalíssimo) porque deve ser executado pelo próprio contratado, vedadas, em princípio, a
sua substituição por outrem ou a transferência de ajuste.

Letra c: incorreta.
A exceção do contrato não cumprido é regra aplicada nos casos de inadimplência do contrato
privado, sendo mitigado nos contratos administrativos, que se sujeitam às regras de direito

46
 público. Por essa razão, entende-se que a invocação da exceção do contrato não cumprido é
excepcional, pois ocorre de forma diferida, apenas no caso de atraso no pagamento do
contratado por prazos superiores a 90 dias.

Letra d: incorreta.
O controle do contrato administrativo é um dos poderes inerentes à Administração e, por isso
mesmo, implícito em toda contratação pública, dispensando cláusula expressa.

12- ACAFE - 2008 - PC-SC - Escrivão de Polícia Civil

Analise as alternativas a seguir referentes aos contratos administrativos. Todas estão corretas,
exceto a:

a) A cláusula exorbitante desiguala as partes na execução do avençado e, desde que decorrente

da lei ou dos princípios norteadores da Administração Pública, é lícita.
b) O contrato administrativo pode ser decorrente de um ato unilateral e impositivo da
Administração.
c) Contrato administrativo é o ajuste que a Administração Pública firma com o particular ou com
outra entidade administrativa para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições
estabelecidas pela Administração.
d) O contrato administrativo de serviço abrange o labor intelectual do artista.

Gabarito B
Todas as assertivas se referem a características dos contratos administrativos, com exceção
da alternativa b, uma vez que, como vimos, o contrato administrativo é considerado bilateral,
pois impõe obrigações mútuas aos contratantes e consensual já que decorre de um acordo de
vontades.
Não confunda a característica da bilateralidade do próprio contrato administrativo com a
possibilidade de haver cláusulas exorbitantes que permitam a Administração tomar decisões
de cunho unilateral.

13- INSTITUTO AOCP - 2018 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista Judiciário - Área Administrativa

Assinale a alternativa correta sobre os contratos administrativos, de acordo com as disposições

da Lei nº 8.666/1993.

a) Ao contratado é facultado manter preposto no local da obra ou serviço para representá-lo na

execução do contrato, independentemente de aceite por parte da Administração.
b) A execução do contrato deverá ser fiscalizada por um representante da Administração
especialmente designado, vedada a contratação de terceiros para assisti-lo nessa atribuição.
c) O ato de ocupação e utilização do local, bem como dos equipamentos empregados na execução
do contrato, por parte da Administração Pública, nos casos de rescisão por ato unilateral da

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Administração, deve ser precedido de autorização expressa do Ministro de Estado competente,
ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso.
d) No tocante aos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, a Administração
Pública não pode ser responsabilizada, uma vez que a responsabilidade é exclusiva do
contratado.
e) A declaração de inidoneidade para licitar com a Administração Pública pode ser aplicada
juntamente com a sanção de multa, facultada a defesa prévia do interessado no prazo de 8 (oito)
dias úteis.

Gabarito C
Letra a) incorreta.
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou
serviço, para representá-lo na execução do contrato.

Letra b) incorreta.
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante
da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para
assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.

Letra c) correta.
Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior acarreta as seguintes
consequências, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei:
II - ocupação e utilização do local, instalações, equipamentos, material e pessoal empregados
na execução do contrato, necessários à sua continuidade, na forma do inciso V do art. 58 desta
Lei;
§ 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deverá ser precedido de autorização expressa
do Ministro de Estado competente, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso.

Letra d) incorreta.
Art. 71, § 2º A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos
encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº
8.212, de 24 de julho de 1991.

Letra e) incorreta.
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a
prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em li
citação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2
(dois) anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública
enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a
reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida

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 sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
§ 2º As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas juntamente
com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo
de 5 (cinco) dias úteis.

14- INSTITUTO AOCP - 2018 - ITEP - RN - Perito Criminal - Engenharia Civil

Um dos motivos para a rescisão do contrato consiste no atraso dos pagamentos devidos pela
Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos
ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou
guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas
obrigações até que seja normalizada a situação. Essa condição é válida para atrasos de
pagamentos superiores a

a) 30 dias.
b) 60 dias.
c) 90 dias.
d) 120 dias.
e) 180 dias.

Gabarito C
A questão trata da exceção do contrato não cumprido. Como vimos, nos contratos
administrativos, a exceção do contrato não cumprido pode ser alegada pelo particular apenas
de forma diferida.

Veja o que dispõe a lei 8.666:

Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:

XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração
decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou
executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou
guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas
obrigações até que seja normalizada a situação;

15- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Advogado (HE-UFPEL)

Assinale a alternativa correta.

a) Os contratos administrativos regem-se pelos princípios da teoria geral dos contratos e

supletivamente pelos preceitos de direito público.
b) Em nenhuma hipótese é possível o contrato verbal com a Administração.

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c) O contrato administrativo ou seus aditamentos devem ser publicados na imprensa oficial para
ter eficácia.
d) Os contratos administrativos não podem ser alterados unilateralmente pela Administração,
nem mesmo mediante justificativas.
e) Os contratos administrativos podem ser alterados por acordo das partes, sem qualquer
justificativa.

Gabarito C
Letra a) incorreta.
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e
pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria
geral dos contratos e as disposições de direito privado.

Letra b) incorreta.
Art. 60, Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração,
salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não
superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei,
feitas em regime de adiantamento.

Letra c) correta.
Art. 61, Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus
aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, será
providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura,
para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem
ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.

Letra d) incorreta.
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas,
nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração: (...)

Letra e) incorreta.
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas,
nos seguintes casos:
II - por acordo das partes: (...)

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