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1. Introdução..................................................................................................................1
2 Contratos Administrativos.........................................................................................2
5 Autonomia Do Contraente/Estado.............................................................................8
6 Considerações Finais................................................................................................11
7 Referencias Bibliograficas.......................................................................................12
1. Introdução
Os contratos são instrumentos por meio do qual o Estado realiza muitas de suas políticas
públicas, além de desenvolver, por tais mecanismos, sua própria gestão administrativa.
Ao abordarmos sobre contratos devemos expor a definição destes, a qual se apresenta
como a relação jurídica formada pela expressão de vontade das partes, em que estas
obrigam-se de maneira recíproca as prestações propostas neste acordo bilateral. Não
permitindo, portanto, alteração ou extinção do acordo de maneira unilateral. Destarte,
diante do exposto, devemos ressaltar que nos contratos administrativos existe
divergência doutrinária quanto a sua definição. A primeira vertente, defendida por
Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, nega a existência de contratos administrativos,
visto que, tais contratos violariam de tal a forma a autonomia de vontade das partes,
pois há a possibilidade de alteração por vontade unilateral e rescisão contratual podendo
ocorrer a qualquer momento.
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1.1 Contencioso Administrativo
o contencioso administrativo era concebido como uma garantia dos particulares não
contra a Administração, mas sim contra os actos por esta praticados considerados como
ofensivos dos seus direitos e legítimos interesses. A tónica do contencioso residia na
legalidade do acto da Administração. Por essa razão, dizia Marcello Caetano que no
contencioso não se fazia o “julgamento do órgão que praticou o acto ou da pessoa
colectiva a que ele pertence. O que está em causa é a legalidade do acto, não o
comportamento das pessoas. Reexamina-se o processo gracioso e a sua decisão à luz
dos preceitos legais aplicáveis, a fim de emitir a final não uma condenação ou
absolvição do pedido, mas um juízo de confirmação ou de anulação, meramente
declaratório”.
2 Contratos Administrativos
Contrato administrativo, de modo bastante simples, pode ser conceituado como o ajuste
entre órgãos ou entidades da administração pública e particulares, em que há um acordo
de vontade para a formação de vínculo, com o surgimento de obrigações recíprocas.
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Eles são definidos como “todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da
Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a
formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a
denominação utilizada”.
Consensuais;
Formais;
Comutativos;
Onerosos;
Intuitu personae.
É formal porque deve ser formulado por escrito e nos termos previstos em lei.
Intuitu personae consiste na exigência para execução do objeto pelo próprio contratado.
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autoridade atribuídos ao contraente público, com as correspondentes garantias dos
direitos e interesses dos co-contratantes privados.
Por outro lado, o regime público típico também não se aplica de maneira uniforme a
todos os contratos de direito público. Desde logo, as regras gerais do regime substantivo
aplicam-se aos contratos celebrados entre contraentes públicos (contratos inter
administrativos), mas com as necessárias adaptações, quando os mesmos sejam
celebrados num plano de igualdade jurídica (que é, em regra, o caso), designadamente
no que respeita ao exercício dos poderes de conformação da relação contratual – que,
em princípio, não existem, sem prejuízo de qualquer um dos contraentes públicos
exercer o poder de resolução unilateral do contrato por razões de interesse público.
Além disso, há contratos administrativos que, pelas suas particularidades, estão sujeitos
a regime essencialmente diferente por exemplo, o contrato de trabalho em funções
públicas.
Diga-se, por fim, que, mesmo relativamente aos contratos administrativos desiguais,
justifica-se uma diferenciação de regime em função dos diversos tipos contratuais ou
das espécies concretas.
Assim, por exemplo, os poderes do contraente público, embora previstos como poderes
gerais, serão naturalmente mais intensos nos “contratos de subordinação” (sobretudo
nos de delegação de funções ou serviços) ou nos que envolvam o exercício de poderes
públicos; tal como serão menos intensos na generalidade dos “contratos de atribuição” e
nos “contratos de colaboração não subordinada”, designadamente quando o co-
contratante privado desenvolva uma actividade própria, no exercício de uma liberdade
ou autonomia constitucionalmente consagrada, podendo mesmo ser inexistentes, se a lei
ou a natureza do contrato assim o determinarem.
E também haverá diferenças quanto ao grau de autonomia contratual das partes, que é
significativo nas parcerias públicas-privadas, e, pelo contrário, bastante reduzido nos
contratos celebrados segundo modelos regulamentares de “contrato-tipo” (de que são
exemplo maior os contratos municipais de concessão de distribuição de energia
eléctrica, intensamente pré-regulados por portaria governamental).
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Os contratos realizados com a Administração Pública podem ser divididos em 5 tipos,
de acordo com o objeto da contratação: contratos de obras públicas, de prestação de
serviços, de fornecimento, de gestão, de concessão e de alienação.
O preceito legal começa por dispor que os contratos são nulos se forem nulos os actos
procedimentais, ou, mais exactamente, se a nulidade do acto procedimental em que
tenha assentado a sua celebração tiver sido judicialmente declarada ou puder ainda sê-
lo.
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A referência às situações em que “ainda puder ser” judicialmente declarada a nulidade
visa apenas alertar para que essa declaração judicial nem sempre é possível a todo o
tempo – lembre-se, designadamente, que, relativamente aos “contratos jus-europeus”, a
nulidade dos actos pré-contratuais está sujeita a impugnação urgente no prazo de um
mês.
Ainda nesses casos, o efeito anulatório pode ser afastado (havendo lugar ao
aproveitamento do contrato) por decisão judicial ou arbitral, quando, ponderados os
interesses públicos e privados em presença e a gravidade da ofensa geradora do vício do
ato procedimental em causa, a anulação do contrato se revele desproporcionada ou
contrária à boa fé.
Nos casos, mais frequentes, em que se verifica apenas uma probabilidade de ganho do
concurso, haverá direito a uma compensação, por reconhecimento de perda de
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oportunidade (perda de chance), quando haja uma “possibilidade real” ou uma “grande
probabilidade” de adjudicação e celebração do contrato, a fixar em termos de equidade,
que se justifica pelo facto de a ilegalidade ter aumentado o risco do concurso.
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legitimidade para concorrer (ex: alvará, situação fiscal regula). Seguidamente vai-se
analisar as respectivas propostas para escolher qual a melhor.
Há depois lugar para um relatório final em que o júri diz qual a melhor empresa e
depois de ouvidos os interessados segue-se a proposta de adjudicação, após a qual é
celebrado o contrato.
O contrato para ser válido tem que o ser quanto á forma. A forma é o modo como os
actos se exteriorizam. Regra geral a forma é escrita. Na preparação de um contrato
existe normalmente uma proposta e uma aceitação. Quando há uma proposta escrita e
uma aceitação também escrita há um contrato por escrito. O elemento da forma abrange
também a génese de acto ou do contrato, o modo da sua formação. Se o procedimento
administrativo da formação do contrato estiver revestido de ilegalidade de
procedimento, é declarada a invalidade do contrato.
5 Autonomia Do Contraente/Estado
O contrato administrativo caracteriza-se por ser um acordo de vontades entre um
particular (objetivando o lucro) e a Administração que se submetem ao regime jurídico
de Direito Público, instruído por princípios publicísticos, contendo cláusulas
exorbitantes e derrogatórias do direito comum. São cláusulas exorbitantes: a alteração
unilateral, rescisão unilateral, fiscalização, aplicação de penalidades, anulação,
retomada do objeto, restrições ao uso do princípio da exceptio non adimpleti contractus
(exceção do contrato não cumprido).
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Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua execução,
expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsabilidades das
partes, em conformidade com os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.
Subjetivo Ou Orgânico
Finalidade Pública
Por sua vez, o critério de finalidade pública, contestado, afinal mesmo agindo sob
regime privado cabe à Administração Pública atuar com tal objetivo, ao contrário disto
poderá incidir em desvio de poder. Já no critério de procedimento, o contrato
administrativo exige formalidades, as quais são inerentes à presença da Administração
Pública, como, p.ex., da forma, da motivação e da publicidade.
Cláusulas Exorbitantes
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Em relação a finalidade pública, como visto anteriormente, esta deverá se fazer presente
em todos os contratos da Administração Pública, preservando assim o interesse público.
A obediência na forma prescrita em lei, nos remete aos contratos realizados pela
Administração Pública que devem respeitar as normas expostas sobre seu aspecto
formal. Essa obediência ao aspecto formal visa proteger o interesse público,
preservando o princípio da legalidade.
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6 Considerações Finais
Diante da propositura temática demonstramos que o contrato administrativo, em regra, é
regido pelo Direito Público (Direito Administrativo). Em suma, o contrato
administrativo tem como premissa o atendimento das necessidades do interesse público,
sem se desviar dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência que regem a Administração Pública.
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7 Referencias Bibliograficas
BANDEIRA DE MELLO, Osvaldo Aranha. Princípios Gerais de Direito
Administrativo. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1979.
MEIRELLES, Hely Lopes. Licitação e Contrato Administrativo. 15ª ed. São Paulo:
Malheiros, 2010.
HORBACH, Carlos Bastide. Teoria das nulidades do ato administrativo. 2. ed. São
Paulo: RT, 2010.
KASER, Max. Direito privado romano. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2011.
LONG, Marceau et al. Les grands arrêts de la jurisprudence administrative. 15. ed.
Paris: Dalloz, 2005.
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