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Aula 08

Gestão Pública p/ TRT-MG - Com Videoaulas


Professor: Rodrigo Rennó
Gestão Pública p/ TRT-MG
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Rennó – Aula 08

Aula 8: Gestão de Contratos

Olá pessoal, tudo bem?


Na aula de hoje iremos cobrir os seguintes itens do edital:
 Gestão de contratos.

Irei trabalhar com muitas questões da FCC, mas incluirei algumas


questões da FGV, da Cespe ou da ESAF quando não tiver questões da FCC
do tema trabalhado, ok? Espero que gostem da aula!

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Sumário
Contratos Administrativos ........................................................................ 3
Características dos Contratos Administrativos ................................................ 5
Garantia dos Contratos ....................................................................... 10
Prorrogação, Renovação ou Extinção do Contrato Administrativo ........................ 11
Rescisão. .................................................................................... 12
Teoria da Imprevisão ......................................................................... 13
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 32
Gabarito .......................................................................................... 40
Bibliografia ...................................................................................... 40

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Contratos Administrativos

Vamos agora falar um pouco a mais sobre os Contratos


Administrativos? Durante a aula, já citamos algumas vezes esse
assunto, pois sabemos da relação direta dos Contratos com as Licitações.
No entanto, quero aprofundar um pouco mais sobre Contratos
Administrativos para vocês irem fazer a prova com os conhecimentos
mais amplos. Então, vamos lá!
A primeira coisa que devemos ter em mente é a diferença entre
Contratos Administrativos e Contratos da Administração.
Os Contratos da Administração são aqueles em que a Administração
Pública realiza com o particular em posição de “quase” igualdade, sem
chamar para si a prerrogativa da supremacia do interesse público.
Dessa forma, a Administração não atua na perspectiva de “poder
público”. Portanto, são contratos regidos pelas normas do direito privado.
O art. 62, parágrafo 3o, inciso I, da Lei 8.666/93 exemplifica os
contratos da administração:

 Contratos de seguros;
 Contratos de financiamento;
 Contratos de locação em que a administração seja a locatária.
No entanto, a Lei das Licitações, no mesmo dispositivo, faz uma
observação sobre a existência de algumas prerrogativas na celebração
desse tipo de contrato. Tais prerrogativas garante certa supremacia ao
poder público. Dentre elas, temos:

 Possibilidade de modificação unilateral do contrato;


 Poder de rescindi-lo unilateralmente;
 Fiscalização de sua execução;
 Aplicação de sanções;
 Ocupação provisória.
Por tudo isso, observa-se que a Lei admite a possibilidade de se
usar as prerrogativas do poder público, em prol da Administração, em
contratos regidos predominantemente de direito privado.
Devemos ter em mente que os Contratos Administrativos, em
comparação com os contratos privados, apresentam várias distinções as
quais permitem que a Administração Pública fique em certa posição de
superioridade frente à outra parte do contrato firmado. Veremos algumas
dessas distinções rapidamente agora.
Nos Contratos Administrativos, aplicam-se as normas e os princípios
de Direito Público, além de se dever observância às regras da Lei

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“Uma relação jurídica (ou diversas relações


jurídicas) concernente a qualquer bem, direito ou
serviço que seja do interesse da Administração
Pública, ou necessária ao desempenho de suas
atividades – obras, compras, fornecimentos,
locações, alienações, serviços, concessões”.
Conforme o conceito acima, podemos ter em mente que o objeto
dos Contratos Administrativos deve ter a finalidade sempre de satisfazer
ao interesse público.

Características dos Contratos Administrativos

Diversos doutrinadores apresentam características variadas


aplicadas aos Contratos Administrativos. Vamos, aqui, tentar listar as
mais citadas, tentando englobar o máximo possível.

Obrigatoriedade de licitação prévia à celebração dos contratos.

A regra é que haja licitação prévia à celebração de contratos, no


entanto, há exceções previstas em lei. Como exemplo, temos os casos de
Licitação dispensada, dispensável ou inexigível.

Formalismo.

Na maioria dos casos, os contratos são escritos e formais. Constam


nos contratos os nomes das partes, a finalidade, as cláusulas, o número
do processo de licitação.
O contrato, como instrumento, é exigível nos casos de concorrência
e de tomada de preços, além dos casos de inexigibilidade e dispensa com
preços englobados por essas modalidades de licitação.
Nos demais casos, é facultado o uso de carta-contrato, nota de
empenho de despesa, entre outros.

Desigualdade entre as partes.

Já falamos aqui sobre a prerrogativa da Administração Pública de


superioridade da esfera pública sobre a privada, não é mesmo?

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Reforçamos mais um pouco a existência dessa desigualdade entres as


partes de um Contrato Administrativo.
Nesse tipo de Contrato, observa-se a Administração Pública em
posição de superioridade frente à outra parte contratante. Tal
superioridade decorre do fato da prerrogativa de supremacia de interesse
público.
Pode-se observar, portanto, uma verticalidade na relação entre o
poder público e o particular.

Bilateralidade.

Nas cláusulas de um Contrato Administrativo, nota-se a previsão de


obrigações para as duas partes envolvidas. No geral, observa-se que
estas obrigações são semelhantes, gerando a denominada
comutatividade.
Existem, porém, as conhecidas cláusulas exorbitantes, que geram
certa assimetria nessa relação. Veremos tais cláusulas com maiores
detalhes daqui a pouco, certo?

Intuitu personae.

Normalmente, os Contratos Administrativos seguem a regra da


pessoalidade. Isto significa que, em geral, não se pode trocar o licitante
vencedor, já que este foi selecionado devido a sua proposta ser a mais
vantajosa, além de garantir uma execução conforme o previsto no
contrato.
O que se deve atentar aqui é pelo fato dessa pessoalidade não ser
absoluta, isto é, há previsão, na Lei de Licitações, de a Administração
autorizar limites para a subcontratação parcial, desde que previsto no
edital e no contrato.

Contrato de Adesão.

Pessoal, na Lei 8.666/93, em seu artigo 55, encontram-se diversas


obrigações que devem estar presentes nos Contratos Administrativos. O
que observamos por lá é a existência de regras que podem ser apreciadas
pelos prováveis licitantes antes de se habilitarem para a licitação, já que a
minuta do futuro contrato estará presente no edital.

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Evita-se, portanto, a tentativa de o particular tentar alterar alguma


cláusula do contrato que poderá vir a assinar caso ganhe o procedimento
licitatório. Desse modo, podemos constatar que, no contrato de adesão, a
vontade da parte oposta à Administração apresenta limites, não é
verdade?

Cláusulas Exorbitantes.

Falamos anteriormente que a Administração Pública está em


posição se superioridade sobre a outra parte contratada. Falamos também
que tal posição se deve ao fato de a Administração possuir a prerrogativa
de supremacia do interesse público, não foi isso?
Pois bem, alguns autores associam essa prerrogativa às cláusulas
exorbitantes que são, nada mais, que cláusulas presentes nos contratos
que conferem certos poderes à Administração.
Citaremos aqui as cláusulas exorbitantes listadas na Lei 8.666/93,
art. 58:
“Art. 58. O regime jurídico dos contratos
administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa
de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor
adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos
especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução
total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar
provisoriamente bens móveis, imóveis,
pessoal e serviços vinculados ao objeto do
contrato, na hipótese da necessidade de
acautelar apuração administrativa de faltas
contratuais pelo contratado, bem como na
hipótese de rescisão do contrato administrativo.

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§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e
monetárias dos contratos administrativos não
poderão ser alteradas sem prévia concordância do
contratado.
§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as
cláusulas econômico-financeiras do contrato
deverão ser revistas para que se mantenha o
equilíbrio contratual.”
O inciso III desse artigo dispõe sobre a fiscalização da execução
contratual. Essa prerrogativa que o poder público possui é um poder-
dever e permite que um representante da Administração fiscalize o
“andamento” do contrato, autorizando, inclusive, a contratação de
terceiros para se fazer assistido e subsidiado de informações pertinentes.
Vale ressaltar que essa fiscalização não exclui ou reduz o
responsável pela execução do contrato pelos danos, por culpa ou dolo,
causados diretamente à Administração ou a terceiros.
Também se observa, durante a execução contratual, a possibilidade
de ocupar temporariamente os bens e serviços relacionados ao objeto
do contrato. Isso acontece na medida em que se nota que devem ser
apuradas faltas do particular sobre possíveis irregularidades, assim como
em casos de rescisão contratual.
Tudo decorre da premissa de se manter em perfeita continuidade a
prestação dos serviços públicos.
Cabe ressaltar que, conforme o art. 71 da Lei 8.666/93, os
encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais,
devidos por causa da execução do contrato, são de responsabilidade do
contratado e não da Administração.
Apenas nos encargos previdenciários, a Administração Pública
responde solidariamente com o contratado, ficando livre da
responsabilidade sobre os demais encargos devidos no contrato.

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Pessoal, para não haver abusos, as garantias possuem um teto,


limitando, dessa forma, valores desproporcionais nesse tipo de exigência.
Portanto, o limite máximo para se calcular uma garantia será de
cinco por cento do valor do contrato atualizado.
No entanto, tal limite sobe para dez por cento do valor nos
contratos de grande vulto, com alta complexidade técnica e com riscos
financeiros elevados. Por exemplo, nos contratos com a finalidade de se
construir uma usina hidrelétrica. Como nesses casos há um alto nível
técnico e de custos envolvidos, a exigência de garantia limita-se a um
teto maior.
A garantia prestada fica retida até o fim do contrato, quando será
devolvida com as devidas atualizações monetárias.

Prorrogação, Renovação ou Extinção do Contrato Administrativo

Um Contrato Administrativo pode ser prorrogado ou renovado.


Primeiramente, destacamos que, conforme parágrafo terceiro do
art. 57 da Lei 8.666/93, é vedado o contrato com prazo indeterminado.
No entanto, na legislação, encontram-se algumas exceções ao parágrafo
de Lei.
Dentre as exceções tem-se a possibilidade de celebrar contratos de
concessão de direito real de uso de bem público sem prazo certo
(Decreto-Lei 271 de 1967, art. 7o). Esse tipo de concessão refere-se a
uma forma de se transferir a um particular para este edificar ou cultivar
ou industrializar ou, mesmo, urbanizar um imóvel público.
Nessa concessão, há a garantia do uso contínuo pelo particular, só
voltando o domínio para Administração em casos de desvio de finalidade
da concessão.
A diferença entre prorrogação e renovação de um contrato está
na existência de modificação de uma ou mais cláusulas contratuais:

Se houver alguma cláusula modificada, como, por exemplo, o


modo de se executar o contrato referente, estaremos diante
de uma renovação contratual.
No entanto, se houver modificação no prazo de execução do
contrato, por exemplo, desde que devidamente fundamentada
por escrito, a Administração competente poderá autorizar a
prorrogação do prazo.
Conforme o parágrafo 1o do art. 57 da Lei 8.666/93, a prorrogação
pode se dar no início das etapas de execução, de conclusão e de entrega,

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Teoria da Imprevisão

Agora vamos falar um pouco sobre uma teoria que dispõe de fatos
imprevisíveis ou previsíveis (porém de consequências incalculáveis),
retardadores ou impeditivos da execução do ajustado. Tais fatos são
motivos que justificam a inadimplência do contrato, tanto pelo particular,
quanto pela Administração.
A Teoria da Imprevisão pressupõe que aquela inadimplência
contratual, citada no parágrafo anterior, libera de responsabilidade as
partes do contrato já que houve mudanças no ambiente em que fora
firmado o contrato.
Dessa forma, se houver fatos extrínsecos que impossibilitem a
conclusão do contrato, a alteração contratual fica permitida com o fim de
se recuperar o equilíbrio do contrato.
Exemplo de causas que justificam essa teoria:

 Força maior e caso fortuito;


 Fato do príncipe;
 Fato da administração.
Diante de eventos imprevisíveis, os quais acarretam onerosidade à
parte contratada ou impossibilidade de execução do contrato, poderá
haver rescisão contratual quando não for possível revisá-lo.
Portanto, podemos perceber que fica permitida tanto a revisão,
quanto a rescisão do contrato em situações como essas, não é verdade?
Vamos ver agora um pouco sobre cada uma desses eventos.
Tais eventos são denominados de Força maior quando forem
desligados de qualquer ação da Administração ou do particular, além de
imprevisíveis e inevitáveis. Por exemplo: furacão, guerra, revolta da
população de um local.
Agora, se os eventos forem de natureza interna, isto é, ocasionada
por atitudes do particular ou da Administração, de modo imprevisível e
tecnicamente inexplicável, estaremos diante de um caso fortuito.
O fato do príncipe decorre de uma ordem geral do Estado que não
podia ser prevista e que impede a execução do contrato. Este poderá ser
revisado ou rescindido. Por exemplo: aumento de um imposto sobre os
bens fornecidos pelo particular à Administração para a execução do
contrato.
Finalmente, o fato da administração resulta em rescisão do
contrato devido a uma atuação da Administração que afeta diretamente o
contrato, impedindo ou atrasando a execução contratual. Por exemplo:
atraso de mais de 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela

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Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimentos já


recebidos ou executados, salvo em casos de calamidade pública grave
perturbação da ordem interna ou greve.
Vamos ver agora algumas questões?
1 – (FCC – TRF – ANALISTA – 2012) A Administração contratou a
reforma de edifício público e, no curso da execução do contrato,
constatou a necessidade de acréscimos nas obras inicialmente
contratadas. De acordo com a Lei no 8.666/1993, a Administração
a) não poderá aditar o contrato para introduzir acréscimos sob
pena de violação ao procedimento licitatório.
b) somente poderá aditar o contrato para introduzir acréscimo em
seu objeto até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor
inicial atualizado do contrato.
c) poderá alterar o contrato, unilateralmente, até o limite de 50%
(cinquenta por cento) do valor inicial atualizado do contrato.
d) somente poderá alterar o contrato com a concordância do
contratado, até o limite de 50% (cinquenta por cento) do seu
valor inicial, cabendo o reequilíbrio econômico-financeiro de
acordo com as condições vigentes no momento da alteração.
e) somente poderá alterar o contrato na hipótese de comprovar a
ocorrência de eventos supervenientes e sempre até o limite de
25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do
contrato.

Essa é uma questão interessante, pois podemos ter em mente uma


prerrogativa da Administração no que diz respeito à continuidade da
execução de um contrato após detectar a necessidade de acréscimos ou
supressões nas obras, nos serviços ou nas compras.
O item A está incorreto, pois a Administração pode sim aditar o
contrato com a finalidade de impor acréscimos. Conforme o parágrafo 1°
do artigo 65 da Lei das Licitações, o contratado deve aceitar, nas mesmas
condições contratuais, isto é, com iguais objetos, materiais,
equipamentos etc., acréscimos ou supressões.
O item B está incorreto. Conforme o mesmo parágrafo 1° do artigo
65 da Lei, o limite não é de 25% do valor inicial atualizado do contrato
em qualquer caso. O que se observa é um limite de 25% (para
acréscimos ou supressões) nas obras, serviços ou compras; porém, tal
limite sobe para 50% (para acréscimos apenas) nos casos de reformas de
edifício ou de equipamento.
O item C está correto, pois ele diz que “poderá” alterar o contrato,
unilateralmente, até o limite de 50% (cinquenta por cento) do valor inicial

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atualizado do contrato. Realmente, ele poderá acrescentar até o limite de


50% nos casos de reformas de edifício ou de equipamento.
O item D está incorreto, pois ele limita a alteração contratual a
apenas 50% e apenas para acréscimos e não supressões. Como já vimos,
os acréscimos ou supressões serão de 25% nas obras, serviços ou
compras. Porém, nos casos de reformas de edifício ou de equipamentos,
os acréscimos, apenas, poderão chegar a 50%.
Quanto ao equilíbrio econômico-financeiro, o §6° do artigo 65 impõe
que a Administração deve restabelecê-lo por aditamento nos casos em
que a alteração unilateral do contrato resultar em aumento dos encargos
do contratado.
O item E está incorreto. Por tudo que vimos nos itens anteriores,
podemos perceber claramente que este item não é verdadeiro.
Gabarito é, portanto, a letra C.

2 – (FCC - MPE-AP – TÉCNICO – 2012) Nos termos da Lei nº


8.666/1993, é INCORRETO afirmar que os contratos
administrativos:
a) regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito
público, não lhes aplicando, nem mesmo supletivamente,
disposições de direito privado.
b) devem estabelecer com clareza e precisão as condições para
sua execução, expressas em cláusulas que definam os direitos,
obrigações e responsabilidades das partes, em conformidade com
os termos da licitação e da proposta a que se vinculam.
c) têm como cláusula necessária, dentre outras, a que estabeleça
a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos
casos omissos.
d) podem ser modificados, unilateralmente, pela Administração
Pública para melhor adequação às finalidades de interesse
público, respeitados os direitos do contratado.
e) quando decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de
licitação devem atender aos termos do ato que os autorizou e da
respectiva proposta.

O item A dessa questão está incorreto e, portanto, é o gabarito. O


erro do item está em dizer que não se aplicam, nem mesmo
supletivamente, disposições de direito privado.
Ora, conforme o art. 54 da Lei 8.666/93, aplicam-se, aos contratos
administrativos, supletivamente, tanto os princípios da teoria geral dos
contratos, quanto as disposições de direito privado.

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O item B está correto. É o texto exato do §1° do artigo 54 da Lei. A


banca apenas copiou o texto desse parágrafo.
O item C também está correto. Esse texto foi extraído do inciso XII
do art. 55 da Lei 8.666/93.
Também podemos citar como cláusulas necessárias aquelas que
impõem no contrato: o objeto, o regime de execução, os preços, as
condições de pagamento, os prazos de início, execução, conclusão e
entrega do objeto. Ainda são exemplos de cláusulas necessárias:
garantias oferecidas, direitos e responsabilidades das partes, penalidades
cabíveis, casos de rescisão, entre outras.
O item D está correto. A FCC copiou a letra do inciso I, artigo 58 da
Lei 8.666/93. Nesse inciso I, pode-se notar essa prerrogativa da
Administração de modificar o contrato unilateralmente com a finalidade
de adequar ao interesse público, sempre que não desrespeite o direito do
contratado.
No item E, a FCC também copiou o conteúdo do §2° do artigo 54 da
Lei. Portanto, o item também está correto.
Dessa forma, o gabarito da questão é o a letra A.

3 – (FCC - TRT – ANALISTA - 2012) No curso da execução de


contrato administrativo regido pela Lei no 8.666/1993 para a
construção de uma rodovia, identificou-se a necessidade de
alteração do projeto inicial para melhor adequação técnica. A
alteração importou majoração dos encargos do contratado, em
relação àqueles tomados por base para o oferecimento de sua
proposta na fase de licitação. Diante dessa situação, a
Administração contratante:
a) poderá alterar unilateralmente o contrato, desde que a
alteração do projeto não importe acréscimo de mais de 50% do
objeto.
b) poderá alterar o contrato de forma consensual com o
contratado, assegurado o reequilíbrio econômico-financeiro, que
não poderá superar 25% do valor do contrato.
c) poderá alterar unilateralmente o contrato, sem necessidade de
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, que somente é
devido nas hipóteses de álea econômica extraordinária.
d) poderá alterar unilateralmente o contrato, reestabelecendo o
seu equilíbrio econômico-financeiro por aditamento contratual.
e) somente poderá alterar o contrato se contar com a
concordância do contratado e assegurado o seu reequilíbrio
econômico-financeiro.

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Como vocês perceberão, ao longo dos estudos, que a FCC gosta


muito de cobrar esse assunto em suas questões relacionadas a contratos
administrativos. É um tema recorrente nas provas de concursos. Então
vamos lá respondê-la.
O item A está incorreto, pois conforme §1° do artigo 65 da Lei de
Licitações, a Administração pode sim alterar o contrato. Já o contratado
fica obrigado a aceitar, desde que seja nas mesmas condições
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras,
serviços ou compras em até 25% do valor inicial atualizado do contrato,
e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o
limite de 50% para os seus acréscimos. Logo, pode haver acréscimos ou
supressões.
O item B está incorreto, pois não precisa ser consensual com o
contratado. Este deve aceitar os acréscimos e/ou supressões desde que
sejam nas condições contratuais antes estabelecidas.
Outro erro no item é o limite de 25%. Já vimos que esse limite pode
chegar a 50% nos acréscimos para reformas de edifício ou de
equipamento.
O terceiro item também está errado. Conforme o §6° do artigo 65
da Lei, em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os
encargos do contratado, a Administração deverá restabelecer, por
aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial. Dessa forma, o
equilíbrio econômico-financeiro deve ser sempre observado.
O item D está correto, já que realmente pode superar os 25%,
chegando até 50% nos casos de reforma de edifício ou equipamento.
O item E está incorreto, pois a Administração pode alterar
unilateralmente o contrato sem a concordância do contratado desde que
respeite os limites impostos na Lei. O gabarito da questão é o item D.

4 – (FCC - MPE-PE – TÉCNICO – 2012) Nos termos da Lei no


8.666/1993, a prestação de serviços a serem executados de forma
contínua poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições
mais vantajosas para a Administração, limitada a sessenta meses.
No entanto, em caráter excepcional, devidamente justificado e
mediante autorização da autoridade superior, o prazo de sessenta
meses poderá ser prorrogado em até
a) sessenta meses.
b) vinte e quatro meses.
c) seis meses.

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d) doze meses.
e) trinta e seis meses.

Em regra, conforme o artigo 57 da Lei 8666/93, a duração dos


contratos administrativos ficará limitada à vigência dos respectivos
créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos aos projetos cujos
produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, quanto à prestação de serviços a serem executados de forma
contínua, quanto ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas
de informática.
No entanto, o §1º desse mesmo artigo informa que os prazos
admitem prorrogação, desde que mantidas as demais cláusulas do
contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-
financeiro, além de justificados por escritos e de autorizados pela
autoridade competente.
Mais uma coisa que se deve levar pra hora da prova é que é vedado
contrato com prazo indeterminado.
A questão trata da prorrogação de contratos relativos à prestação
de serviços executada de forma contínua e limitada a sessenta meses. O
§4° do artigo 57 da Lei dispõe que em caráter excepcional, devidamente
justificado e mediante autorização da autoridade superior, o prazo poderá
ser prorrogado em até doze meses. Desse modo, o gabarito da questão é
a letra D.

5 – (FCC – TRF - TÉCNICO– 2012) Analise, sob o tema dos


contratos administrativos, as prerrogativas conferidas à
Administração em relação a esses contratos:
I. Modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às
finalidades de interesse público, respeitado os direitos do
contratado.
II. Rescindi-los unilateralmente, em qualquer hipótese, desde que
necessário.
III. Ocupar provisoriamente, em determinadas hipóteses, bens
móveis e imóveis e serviços vinculados ao objeto do contrato nos
casos de serviços essenciais.
IV. Aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do
ajuste.
Nesses casos, está correto o que consta APENAS em :
a) I, III e IV.
b) II e III.

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c) II, III e IV.


d) I e IV.
e) I e II.

Essa questão da FCC foi tirada toda do artigo 58 da Lei 8.666 de


1993. Vejamos!
O item I é cópia do inciso I do artigo 58, portanto está correto.
O item II está incorreto, pois não é em qualquer hipótese que a
Administração pode rescindir um contrato administrativo unilateralmente.
Conforme o inciso II do art. 58 da Lei, a rescisão ocorre em casos
especificados nos incisos de I a XII e inciso XVII do artigo 78 da mesma
Lei. Como exemplo, temos:o não cumprimento ou o cumprimento
irregular de cláusulas contratuais; lentidão do cumprimento do contrato
nos prazos estipulados; atraso injustificado no início da obra, serviço ou
fornecimento;paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem
justa causa e prévia comunicação à Administração.
O item III está correto. Ele pode ser encontrado no inciso V do
artigo 58 da Lei.
Finalmente o inciso IV está correto. A aplicação de sanções
motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste está previsto no
inciso IV do artigo 58 da Lei 8.666/93. O gabarito da questão, portanto, é
a letra A.

6 – (FCC – TRF - TÉCNICO - 2012) Sob o aspecto da inexecução e


da rescisão dos contratos, NÃO constitui motivo, dentre outros,
para a rescisão contratual:
a) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da
estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato.
b) a paralisação da obra, serviço ou fornecimento, sem justa
causa e prévia comunicação à Administração.
c) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais,
especificações, projetos e prazos.
d) a dissolução da sociedade ou do falecimento do contratado.
e) o atraso justificado no início da obra, serviço ou fornecimento.

A questão pede que se diga qual dos itens não é motivo para
rescisão do contrato. O único item que não constitui motivo para tal é o
item E. O inciso IV do artigo 78 da Lei 8.666/93 diz que o atraso, para ser
motivo de rescisão contratual, deverá ser injustificado. O item E fala de
atraso justificado, o que não é causa para rescisão.
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Os demais itens são casos em que se pode rescindir um contrato


administrativo, conforme a Lei de Licitações. O gabarito da questão é o
item E.

7 –(FCC - TCE-SP – AGENTE - 2012) Determinado órgão da


Administração estadual celebrou, após regular procedimento
licitatório, contrato de prestação de serviços de vigilância.
Aproximando-se do prazo final do contrato, com base na Lei no
8.666/93, o órgão:
a) está obrigado a instaurar novo procedimento licitatório, eis
que os contratos administrativos não admitem prorrogação,
limitando-se ao prazo compatível com a dotação orçamentária que
lhes dá suporte.
b) poderá prorrogar o contrato, eis que os contratos
administrativos admitem prorrogação, independentemente da
natureza do serviço, até o máximo de 12 meses e desde que
assegurada dotação orçamentária.
c) está obrigado a instaurar novo procedimento licitatório, exceto
se comprovar que a interrupção do serviço causará prejuízo ao
serviço público, situação em que, assegurado o suporte
orçamentário, poderá prorrogar o contrato pelo prazo máximo de
12 meses.
d) poderá prorrogar o contrato, excepcionalmente, até o limite de
6 meses, se comprovar que o preço contratado situa-se abaixo dos
praticados no mercado e que não haverá tempo hábil para
realização de nova licitação.
e) poderá prorrogar o contrato, desde que caracterizado que se
trata de serviços a serem executados de forma contínua, até o
máximo de 60 meses e, excepcionalmente, por mais 12 meses.

A FCC frequentemente repete esse tipo de questionamento sobre


prorrogação de contratos administrativos. Portanto, devemos prestar
atenção nesse assunto da questão, ok?
Conforme o artigo 57 da Lei 8.666/93, o contrato administrativo
ficará adstrito à vigência dos créditos orçamentários. No entanto, tal
regra possui algumas exceções, conforme veremos a seguir.
Uma das exceções ocorre nos casos de serviços a serem executados
de forma contínua, o contrato poderá ter duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos, dentro de um limite de sessenta meses. No entanto,
o §4° do mesmo artigo dispõe que, devidamente justificado e mediante
autorização da autoridade superior, esse prazo poderá ser prorrogado por
até doze meses.

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Vale lembrar que é vedado contrato com prazo de vigência


indeterminado.
Dessa forma, esse é o gabarito da questão.
O item A está errado, pois não é obrigada a instauração de novo
procedimento licitatório nos contratos administrativos que admitem
prorrogação. E também, mesmo que haja limitaçãoà vigência dos créditos
orçamentários, vimos que essa regra constante no artigo 57 da Lei possui
exceções. Outra exceção seria o caso de projetos constantes no Plano
Plurianual.
O item B está incorreto, pois os contratos poderão ser prorrogados
de acordo com a natureza dos serviços que deverão ser de forma
contínua. Outro erro está no prazo máximo que deve ser de sessenta
meses e não de doze meses.
Os itens C e D estão incorretos, pois fogem do que dispõe o artigo
57 da Lei e seus parágrafos, conforme já vimos nas justificativas dos
outros itens. O gabarito é mesmo a letra E.

8 – (FCC - TRE-CE –ANALISTA – 2012) A empresa "Y" sagrou-se


vencedora de determinado procedimento licitatório. Em razão
disso, a Administração Pública convocou-a regularmente para
assinar o termo de contrato, dentro do prazo e condições
estabelecidos. No entanto, a empresa "Y", injustificadamente, não
compareceu para a assinatura do termo de contrato.
Diante do fato narrado e nos termos da Lei de Licitações (Lei no
8.666/1993),
a) é facultado à Administração convocar os licitantes
remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual
prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro
classificado.
b) a Administração está obrigada a revogar a licitação.
c) o prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez.
d) a Administração deverá anular a licitação.
e) o fato narrado caracteriza descumprimento parcial da
obrigação assumida, ficando a empresa "Y" proibida de participar
de novo certame pelo prazo de dois anos.

O item A está correto. Conforme o §2º do artigo 64 da Lei


8.666/93, após a Administração convocar o interessado para assinar o
termo de contrato ou aceitar ou retirar o instrumento equivalente, e esse
não o fizer dentro do prazo, fica facultado convocar os licitantes

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remanescentes, na ordem de classificação. Tal convocação deverá ser em


igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado.
O item B está incorreto, pois a Administração não é obrigada a
revogar a licitação. Ela pode convocar os licitantes remanescentes,
conforme item A, ou pode revogar a licitação.
O item C foi considerado incorreto pela banca porque, conforme o
§1° desse mesmo artigo 64, o prazo de convocação poderá ser
prorrogado uma vez, por igual período, quando solicitado pela parte
durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito
pela Administração. Portanto, se não for solicitado com as devidas
justificativas e aceito pela Administração, o prazo não será prorrogado.
O item D está errado, pois a Administração não deve anular a
licitação. O enunciado da questão não retrata nenhum fato ilegal que
venha a exigir a anulação. Portanto, a Administração pode revogar, se
oportuno e conveniente for.
O item E está incorreto, pois não existe essa penalidade de afastar
a empresa de um novo procedimento licitatório por um prazo de 2 (dois)
anos. O gabarito, portanto, é a letra A.

9 –(FCC - TCE-PR –ANALISTA - 2011) No curso de contrato de


concessão de serviços públicos, sobreveio a majoração de imposto
incidente sobre o faturamento da concessionária em relação à
alíquota vigente no momento da licitação. Diante desse cenário, a
concessionária:
a) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do
contrato, em face da ocorrência de fato do príncipe.
b) não possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do
contrato, dado que a concessão pressupõe a exploração do serviço
por conta e risco da concessionária.
c) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato
apenas se comprovar que a majoração afeta a taxa interna de
retorno (TIR) do projeto, caracterizando álea econômica
extraordinária.
d) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro apenas se a
majoração decorrer de ato do poder concedente, caracterizando
fato da administração.
e) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro apenas se
houver expressa previsão no edital e contrato de concessão,
exonerando a concessionária do risco fiscal.

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Conforme vimos em nossa aula, o Fato do Príncipe decorre de uma


ordem geral do Estado que não podia ser prevista e que impede a
execução do contrato. Como exemplo, temos majoração de imposto
incidente sobre o faturamento da concessionária em relação à alíquota
vigente no momento da licitação. Esse aumento do imposto foi geral, sem
relação com o contrato firmado entre a Administração e o particular.
Mesmo assim, o contrato foi atingido, onerando a sua execução, podendo
torná-la inviável.
Dessa forma, o item A da questão está correto, pois diante do Fato
do Príncipe ocorrido, o contratado tem o direito de ter o contrato revisto
de modo a reestabelecer o equilíbrio econômico-financeiro.
O item B está incorreto, pois a concessionário possui o direito ao
reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, já que a concessão não
pressupõe a exploração do serviço por conta e risco APENAS da
concessionária.
O item C está errado. O erro está no fato que a questão falar em
álea econômica extraordinária. O fato do príncipe tem relação com a álea
extraordinária ADMINISTRATIVA. Nesta situação, observam-se os atos
gerais da Administração afetando indiretamente um contrato
administrativo, como o caso da questão. A álea extraordinária econômica
diz respeito a fatos globais que causariam a indisponibilidade de
continuidade da execução do contrato, como em casos de crises
econômicas.
O item D está errado. Não é Fato da Administração, e sim, Fato do
Príncipe.
O item é está incorreto. Conforme já vimos, o equilíbrio econômico-
financeiro é direito do contratado em casos como o da questão. O
gabarito da questão é a letra A.

10 –(FCC - TCM-BA –PROCURADOR - 2011) Os contratos


administrativos submetem-se a um regime jurídico diferenciado,
que inclui a
a) natureza intuitu personae, o que impede a previsão de
subcontratação ou cessão do objeto.
b) impossibilidade de rescisão por iniciativa do contratado ou por
consenso, em função da preservação da continuidade do serviço
público.
c) possibilidade de alteração do objeto, unilateralmente pela
Administração, independentemente da recomposição do equilíbrio
econômico-financeiro.

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d) presença de cláusulas exorbitantes, inclusive prevendo a


possibilidade de aplicação de sanções administrativas como multa,
advertência e impedimento de contratar com a Administração.
e) vinculação ao instrumento convocatório, vedando-se
aditamentos quantitativos ou qualitativos.

O item A está incorreto. Conforme o artigo 72 da Lei 8.666/93, o


contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades
contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou
fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração.
O item B está incorreto, pois, no artigo 79 da Lei, a rescisão poderá
se dar por ato unilateral e escrito da Administração; de forma amigável,
por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo de licitação; e,
por fim, de forma judicial, nos termos da legislação.
O erro do item C refere-se ao fato de afirmarem que independe a
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro. As cláusulas
econômico-financeiras e monetárias dos contratos administrativos
deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual e não
poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
O item D está perfeito.As cláusulas exorbitantes estão incluídas no
regime jurídico diferenciado e submetem os contratos administrativos.
O item E está errado, pois não é vedado aditamentos pela
Administração. O gabarito é, portanto, a letra D.

11 – (FCC - TRT –TÉCNICO - 2011) Analise a seguinte


característica concernente ao contrato administrativo:
"prerrogativa especial conferida à Administração Pública na
relação do contrato administrativo em virtude de sua posição de
supremacia em relação à parte contratada". Trata-se
a) do direito ao equilíbrio econômico-financeiro do contrato
administrativo.
b) da cláusula exorbitante.
c) da exigência legal de formalização por escrito e com requisitos
especiais do contrato administrativo.
d) da comutatividade do contrato administrativo.
e) da consensualidade do contrato administrativo, exigindo o
acordo entre as partes para a formalização da avença.

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O enunciado da questão faz referência às cláusulas exorbitantes.


Que nada mais são que as prerrogativas da Administração Pública de
impor alterações contratuais sem a concordância do particular contratado,
de fiscalizar a execução do contrato, de aplicar multas, entre outras.
Claro, pessoal, que dentro dos limites legais. Não se esqueçam disso.
Dessa forma, o gabarito da questão é a letra B.

12 – (FCC – AUDITOR MUNICIPAL SP – ANALISTA - 2007) Em


matéria de contratos administrativos, NÃO é uma das chamadas
cláusulas exorbitantes a que preveja a
a) exclusão da regra do equilíbrio econômico-financeiro.
b) revogação unilateral do contrato pela Administração.
c) alteração unilateral do contrato pela Administração.
d) aplicação de sanções ao contratado diretamente pela
Administração.
e) ocupação provisória, em certos casos, de bens, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato.

Questão não tão recente, porém não menos importante devido à


frequência com que aparece nas provas.
A banca pede o item que não se refere a uma cláusula exorbitante.
Apenas o item A não tem relação, pois não se deve excluir a regra do
equilíbrio econômico-financeiro. Esta regra deve ser observada durante
todo o cumprimento do contrato.
Todos os demais itens são exemplos de cláusulas exorbitantes. O
gabarito é a letra A.

13 – (FCC - TRE-AP – ANALISTA - 2011) Uma das causas


justificadoras da inexecução do contrato administrativo
denomina-se fato do príncipe. Dentre os exemplos a seguir,
constitui fato do príncipe
a) a criação de tributo que incida sobre matérias-primas
necessárias ao cumprimento do contrato.
b) a omissão da Administração Pública em providenciar a
desapropriação necessária para a realização de obra pelo
contratado.
c) o atraso superior a noventa dias de pagamento devido pela
Administração decorrente de serviço já executado.
d) a inundação imprevisível que cubra o local da obra.

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e) a greve que paralise a fabricação de um produto de que


dependa a execução do contrato.

O item A é um exemplo de Fato do Príncipe, já que é uma atuação


do Estado geral e imprevisível. Portanto, está correto.
Os itens B e C referem-se ao Fato da Administração, por ser uma
atuação ou omissão de quem está contratando, afetando diretamente na
execução do contrato de modo a impedir sua execução ou até mesmo
atrasá-la.
O item D refere-se a um Caso Fortuito, por ser uma ocorrência não
previsível e não evitável da natureza.
Finalmente o item E diz respeito à Força Maior, pois a greve
paralisando a fabricação de produto de que dependa a execução do
contrato é um evento humano, também imprevisível e inevitável.
Gabarito, portanto, é a letra A.

14 – (FCC - TRE-AP – ANALISTA - 2011) Uma das características


dos contratos administrativos denomina-se comutatividade, que
consiste em
a) presença de cláusulas exorbitantes.
b) equivalência entre as obrigações ajustadas pelas partes.
c) sinônimo de bilateralidade, isto é, o contrato sempre há de
traduzir obrigações para ambas as partes.
d) obrigação intuitu personae, ou seja, que deve ser executada
pelo próprio contratado.
e) sinônimo de consensualidade, pois o contrato administrativo
consubstancia um acordo de vontades e não um ato impositivo da
Administração.

A comutatividade é uma das características presentes nos contratos


administrativos. Ela nada mais é que uma equivalência entre as
obrigações ajustadas entre as partes. Isto significa que tanto uma parte
quanto outra tem prestações e contraprestações a seguir durante a
vigência do contrato.
Como exemplo, temos os contratos de compra e venda ou os de
locação. Dessa forma, o gabarito da questão é a letra B.

15 – (FCC - TRE-RN - TÉCNICO – 2011) Nos contratos


administrativos:

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a) o contratado é responsável pelos danos causados diretamente


à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo
na execução do contrato; no entanto, essa responsabilidade é
excluída ou reduzida pela fiscalização ou acompanhamento pelo
órgão interessado.
b) a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada
por um representante da Administração especialmente designado,
não sendo permitida a contratação de terceiros para subsidiá-lo
de informações pertinentes a essa atribuição.
c) o contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover,
reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte,
o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou
incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.
d) a inadimplência do contratado, com referência aos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais transfere à Administração
Pública a responsabilidade por seu pagamento, além de poder
onerar o objeto do contrato e restringir a regularização e o uso
das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
e) o contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das
responsabilidades contratuais e legais, não poderá, em qualquer
hipótese, subcontratar partes da obra, do serviço ou do
fornecimento.

O item A está incorreto. Conforme o Art. 70 da Lei 8.666/93,


realmente o contratado responde em casos de culpa ou dolo pelos danos
causados tanto à Administração quanto a terceiro. No entanto, não se
exclui, nem se reduz sua responsabilidade caso o órgão interessado
fiscalize ou acompanhe.
O item B também está errado. De acordo com o artigo 67 da Lei,
um representante da Administração deve acompanhar e fiscalizar a
execução do contrato. Até aí, a questão está certa, porém, ela falha
quando diz que não é permitida a contratação de terceiros para subsidiá-
lo de informações pertinentes à atribuição. É exatamente o contrário o
que diz o final do artigo 67. Logo, pode, sim, contratar terceiros para
assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
O item C está perfeito. É exatamente o que está escrito no artigo 69
da Lei das Licitações.
O item D está todo incorreto. De acordo com o §1° do artigo 71 da
Lei, a inadimplência do contratado, com referência aos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais, não transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento, nem pode onerar o objeto do
contrato, nem restringir a regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o Registro de Imóveis.

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Por fim, o item E está errado. O artigo 72 da Lei dispõe que: “O


contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades
contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou
fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração”.
Desse modo, o gabarito da questão é a letra C.

16 – (FCC - TRE-TO - TÉCNICO – 2011) Dentre outras, são


características dos contratos administrativos:
a) comutatividade e formalidade.
b) informalidade e natureza intuitu personae.
c) onerosidade e inexistência de obrigações recíprocas para as
partes.
d) presença de cláusulas exorbitantes e unilateralidade.
e) consensualidade e informalidade.

A letra A está correta e é o gabarito da questão. O erro da letra B


está na informalidade. Na verdade, é a formalidade que caracteriza o
contrato administrativo.
A letra C está incorreta, pois existem, sim, obrigações recíprocas
para as partes. O erro na letra D está na “unilateralidade”. Na verdade,
vimos que o contrato administrativo é bilateral e não unilateral.
Finalmente, a letra E está errada, pois o contrato é consensual e
formal. O gabarito é, portanto, a letra A.

17 – (FCC - TRT - TÉCNICO – 2010) Os contratos administrativos


típicos diferenciam-se dos contratos privados, dentre outras
características, pela
a) finalidade pública como seu pressuposto.
b) presença de pessoas jurídicas como contratantes.
c) natureza do objeto.
d) imposição de cláusulas exorbitantes.
e) presença do Poder Público como parte contratante.

A característica que diferencia um contrato administrativo de um


contrato privado é a presença de cláusulas exorbitantes. Essas cláusulas
são consideradas prerrogativas da Administração Pública, deixando-a em
posição de superioridade frente ao particular contratado e tendo como
finalidade a garantia da supremacia do interesse público.

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Nos contratos privados não se observam essa supremacia. O que


existe é exatamente uma horizontalidade, deixando as partes na posição
de igualdade. Dessa forma, o gabarito da questão é a letra D.

18 – (FCC - MRE - Oficial de Chancelaria – 2009) Os contratos


regidos pela Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), no
âmbito da Administração Pública, podem ser alterados, com a
devida justificativa,
a) unilateralmente, pela Administração ou por acordo das partes.
b) pelos Tribunais de Contas, a pedido da parte interessada.
c) pela Justiça Federal ex officio.
d) por terceiros, em quaisquer hipóteses.
e) pelo Legislativo, em caso de interesse público.

Questão tranquila. Como já vimos, os contratos regidos pela Lei de


Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93) podem ser alterados, desde que
justificados unilateralmente pela Administração, para: melhor
adequação técnica de um projeto, acréscimo ou diminuição quantitativa
do objeto.
Também podem ser alterados por acordo entre as partes para,
entre outros motivos: substituição da garantia de execução, modificação
do regime de execução da obra ou serviço quando for impossível de se
aplicar os termos contratuais iniciais. O gabarito, portanto, é a letra A.

19 – (FCC - TJ-AP - ANALISTA – 2009) NÃO integra o rol legal de


cláusulas necessárias em todo contrato administrativo, regido
pela Lei no 8.666/93,
a) o objeto e seus elementos característicos.
b) o regime de execução ou a forma de fornecimento.
c) o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da
classificação funcional programática e da categoria econômica.
d) as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução,
quando exigidas.
e) a obrigação ou a dispensa de o contratado de manter, durante
toda a execução do contrato, em compatibilidade com as
obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e
qualificação exigidas na licitação.

A questão trata das cláusulas necessárias em um contrato.

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O artigo 55 da Lei 8.666/96 relata todas as cláusulas necessárias


que um contrato deva estabelecer.
“Art. 55. São cláusulas necessárias em todo
contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de
fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento,
os critérios, data-base e periodicidade do
reajustamento de preços, os critérios de
atualização monetária entre a data do
adimplemento das obrigações e a do efetivo
pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de
execução, de conclusão, de entrega, de
observação e de recebimento definitivo, conforme
o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa,
com a indicação da classificação funcional
programática e da categoria econômica;
VI - as garantias oferecidas para assegurar
sua plena execução, quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das
partes, as penalidades cabíveis e os valores das
multas;
VIII - os casos de rescisão;
IX - o reconhecimento dos direitos da
Administração, em caso de rescisão administrativa
prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condições de importação, a data e a
taxa de câmbio para conversão, quando for o
caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao
termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e
à proposta do licitante vencedor;
XII - a legislação aplicável à execução do
contrato e especialmente aos casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter,
durante toda a execução do contrato, em
compatibilidade com as obrigações por ele

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assumidas, todas as condições de habilitação e


qualificação exigidas na licitação”.
Todos os itens referem-se a esse artigo 55. Apenas o item E está
incorreto. A banca escreveu “a obrigação ou a dispensa (...)”. Conforme
inciso XIII, o erro do item está na palavra dispensa. Gabarito, portanto,
letra E.

20 – (FCC - TJ-AP - ANALISTA – 2009) Os contratos


administrativos, regidos pela Lei no 8.666/93, regulam-se pelas
suas cláusulas e pelos preceitos de direito público,
a) aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral
dos contratos, mas não as disposições de direito privado.
b) aplicando-se-lhes, supletivamente, as disposições de direito
privado, mas não os princípios da teoria geral dos contratos.
c) aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral
dos contratos e as disposições de direito privado.
d) não se lhes aplicando, supletivamente, nem os princípios da
teoria geral dos contratos, nem as disposições de direito privado.
e) aplicando-se-lhes, também, em pé de igualdade, os princípios
da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

Nesta questão, a FCC também copiou e colou o artigo 54 da Lei


8.666/93. O item que está de acordo com esse artigo é a letra C.
Vale lembra que deve haver clareza e precisão nas condições que
definam os direitos, as obrigações e as responsabilidades das partes
expressas em cláusulas nos contratos. Gabarito, portanto, letra C.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1 – (FCC – TRF – ANALISTA – 2012) A Administração contratou a reforma


de edifício público e, no curso da execução do contrato, constatou a
necessidade de acréscimos nas obras inicialmente contratadas. De acordo
com a Lei no 8.666/1993, a Administração
a) não poderá aditar o contrato para introduzir acréscimos sob pena de
violação ao procedimento licitatório.
b) somente poderá aditar o contrato para introduzir acréscimo em seu
objeto até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato.
c) poderá alterar o contrato, unilateralmente, até o limite de 50%
(cinquenta por cento) do valor inicial atualizado do contrato.
d) somente poderá alterar o contrato com a concordância do contratado,
até o limite de 50% (cinquenta por cento) do seu valor inicial, cabendo o
reequilíbrio econômico-financeiro de acordo com as condições vigentes no
momento da alteração.
e) somente poderá alterar o contrato na hipótese de comprovar a
ocorrência de eventos supervenientes e sempre até o limite de 25%
(vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato.

2 – (FCC - MPE-AP – TÉCNICO – 2012) Nos termos da Lei nº 8.666/1993,


é INCORRETO afirmar que os contratos administrativos:
a) regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público,
não lhes aplicando, nem mesmo supletivamente, disposições de direito
privado.
b) devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e
responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da
licitação e da proposta a que se vinculam.
c) têm como cláusula necessária, dentre outras, a que estabeleça a
legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos
omissos.
d) podem ser modificados, unilateralmente, pela Administração Pública
para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os
direitos do contratado.
e) quando decorrentes de dispensa ou de inexigibilidade de licitação
devem atender aos termos do ato que os autorizou e da respectiva
proposta.

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3 – (FCC - TRT – ANALISTA - 2012) No curso da execução de contrato


administrativo regido pela Lei no 8.666/1993 para a construção de uma
rodovia, identificou-se a necessidade de alteração do projeto inicial para
melhor adequação técnica. A alteração importou majoração dos encargos
do contratado, em relação àqueles tomados por base para o oferecimento
de sua proposta na fase de licitação. Diante dessa situação, a
Administração contratante:
a) poderá alterar unilateralmente o contrato, desde que a alteração do
projeto não importe acréscimo de mais de 50% do objeto.
b) poderá alterar o contrato de forma consensual com o contratado,
assegurado o reequilíbrio econômico-financeiro, que não poderá superar
25% do valor do contrato.
c) poderá alterar unilateralmente o contrato, sem necessidade de
recomposição do equilíbrio econômico-financeiro, que somente é devido
nas hipóteses de álea econômica extraordinária.
d) poderá alterar unilateralmente o contrato, reestabelecendo o seu
equilíbrio econômico-financeiro por aditamento contratual.
e) somente poderá alterar o contrato se contar com a concordância do
contratado e assegurado o seu reequilíbrio econômico-financeiro.

4 – (FCC - MPE-PE – TÉCNICO – 2012) Nos termos da Lei no 8.666/1993,


a prestação de serviços a serem executados de forma contínua poderão
ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas
à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração,
limitada a sessenta meses. No entanto, em caráter excepcional,
devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, o
prazo de sessenta meses poderá ser prorrogado em até
a) sessenta meses.
b) vinte e quatro meses.
c) seis meses.
d) doze meses.
e) trinta e seis meses.

5 – (FCC – TRF - TÉCNICO– 2012) Analise, sob o tema dos contratos


administrativos, as prerrogativas conferidas à Administração em relação a
esses contratos:
I. Modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de
interesse público, respeitado os direitos do contratado.
II. Rescindi-los unilateralmente, em qualquer hipótese, desde que
necessário.

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III. Ocupar provisoriamente, em determinadas hipóteses, bens móveis e


imóveis e serviços vinculados ao objeto do contrato nos casos de serviços
essenciais.
IV. Aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste.
Nesses casos, está correto o que consta APENAS em :
a) I, III e IV.
b) II e III.
c) II, III e IV.
d) I e IV.
e) I e II.

6 – (FCC – TRF - TÉCNICO - 2012) Sob o aspecto da inexecução e da


rescisão dos contratos, NÃO constitui motivo, dentre outros, para a
rescisão contratual:
a) a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da
empresa, que prejudique a execução do contrato.
b) a paralisação da obra, serviço ou fornecimento, sem justa causa e
prévia comunicação à Administração.
c) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações,
projetos e prazos.
d) a dissolução da sociedade ou do falecimento do contratado.
e) o atraso justificado no início da obra, serviço ou fornecimento.

7 –(FCC - TCE-SP – AGENTE - 2012) Determinado órgão da Administração


estadual celebrou, após regular procedimento licitatório, contrato de
prestação de serviços de vigilância. Aproximando-se do prazo final do
contrato, com base na Lei no 8.666/93, o órgão:
a) está obrigado a instaurar novo procedimento licitatório, eis que os
contratos administrativos não admitem prorrogação, limitando-se ao
prazo compatível com a dotação orçamentária que lhes dá suporte.
b) poderá prorrogar o contrato, eis que os contratos administrativos
admitem prorrogação, independentemente da natureza do serviço, até o
máximo de 12 meses e desde que assegurada dotação orçamentária.
c) está obrigado a instaurar novo procedimento licitatório, exceto se
comprovar que a interrupção do serviço causará prejuízo ao serviço
público, situação em que, assegurado o suporte orçamentário, poderá
prorrogar o contrato pelo prazo máximo de 12 meses.

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d) poderá prorrogar o contrato, excepcionalmente, até o limite de 6


meses, se comprovar que o preço contratado situa-se abaixo dos
praticados no mercado e que não haverá tempo hábil para realização de
nova licitação.
e) poderá prorrogar o contrato, desde que caracterizado que se trata de
serviços a serem executados de forma contínua, até o máximo de 60
meses e, excepcionalmente, por mais 12 meses.

8 – (FCC - TRE-CE –ANALISTA – 2012) A empresa "Y" sagrou-se


vencedora de determinado procedimento licitatório. Em razão disso, a
Administração Pública convocou-a regularmente para assinar o termo de
contrato, dentro do prazo e condições estabelecidos. No entanto, a
empresa "Y", injustificadamente, não compareceu para a assinatura do
termo de contrato.
Diante do fato narrado e nos termos da Lei de Licitações (Lei no
8.666/1993),
a) é facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na
ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas
condições propostas pelo primeiro classificado.
b) a Administração está obrigada a revogar a licitação.
c) o prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez.
d) a Administração deverá anular a licitação.
e) o fato narrado caracteriza descumprimento parcial da obrigação
assumida, ficando a empresa "Y" proibida de participar de novo certame
pelo prazo de dois anos.

9 –(FCC - TCE-PR –ANALISTA - 2011) No curso de contrato de concessão


de serviços públicos, sobreveio a majoração de imposto incidente sobre o
faturamento da concessionária em relação à alíquota vigente no momento
da licitação. Diante desse cenário, a concessionária:
a) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, em
face da ocorrência de fato do príncipe.
b) não possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato,
dado que a concessão pressupõe a exploração do serviço por conta e risco
da concessionária.
c) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro do contrato apenas
se comprovar que a majoração afeta a taxa interna de retorno (TIR) do
projeto, caracterizando álea econômica extraordinária.

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d) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro apenas se a


majoração decorrer de ato do poder concedente, caracterizando fato da
administração.
e) possui direito ao reequilíbrio econômico-financeiro apenas se houver
expressa previsão no edital e contrato de concessão, exonerando a
concessionária do risco fiscal.

10 –(FCC - TCM-BA –PROCURADOR - 2011) Os contratos administrativos


submetem-se a um regime jurídico diferenciado, que inclui a
a) natureza intuitu personae, o que impede a previsão de subcontratação
ou cessão do objeto.
b) impossibilidade de rescisão por iniciativa do contratado ou por
consenso, em função da preservação da continuidade do serviço público.
c) possibilidade de alteração do objeto, unilateralmente pela
Administração, independentemente da recomposição do equilíbrio
econômico-financeiro.
d) presença de cláusulas exorbitantes, inclusive prevendo a possibilidade
de aplicação de sanções administrativas como multa, advertência e
impedimento de contratar com a Administração.
e) vinculação ao instrumento convocatório, vedando-se aditamentos
quantitativos ou qualitativos.

11 – (FCC - TRT –TÉCNICO - 2011) Analise a seguinte característica


concernente ao contrato administrativo: "prerrogativa especial conferida à
Administração Pública na relação do contrato administrativo em virtude de
sua posição de supremacia em relação à parte contratada". Trata-se
a) do direito ao equilíbrio econômico-financeiro do contrato
administrativo.
b) da cláusula exorbitante.
c) da exigência legal de formalização por escrito e com requisitos
especiais do contrato administrativo.
d) da comutatividade do contrato administrativo.
e) da consensualidade do contrato administrativo, exigindo o acordo entre
as partes para a formalização da avença.

12 – (FCC – AUDITOR MUNICIPAL SP – ANALISTA - 2007) Em matéria de


contratos administrativos, NÃO é uma das chamadas cláusulas
exorbitantes a que preveja a
a) exclusão da regra do equilíbrio econômico-financeiro.

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b) revogação unilateral do contrato pela Administração.


c) alteração unilateral do contrato pela Administração.
d) aplicação de sanções ao contratado diretamente pela Administração.
e) ocupação provisória, em certos casos, de bens, pessoal e serviços
vinculados ao objeto do contrato.

13 – (FCC - TRE-AP – ANALISTA - 2011) Uma das causas justificadoras da


inexecução do contrato administrativo denomina-se fato do príncipe.
Dentre os exemplos a seguir, constitui fato do príncipe
a) a criação de tributo que incida sobre matérias-primas necessárias ao
cumprimento do contrato.
b) a omissão da Administração Pública em providenciar a desapropriação
necessária para a realização de obra pelo contratado.
c) o atraso superior a noventa dias de pagamento devido pela
Administração decorrente de serviço já executado.
d) a inundação imprevisível que cubra o local da obra.
e) a greve que paralise a fabricação de um produto de que dependa a
execução do contrato.

14 – (FCC - TRE-AP – ANALISTA - 2011) Uma das características dos


contratos administrativos denomina-se comutatividade, que consiste em
a) presença de cláusulas exorbitantes.
b) equivalência entre as obrigações ajustadas pelas partes.
c) sinônimo de bilateralidade, isto é, o contrato sempre há de traduzir
obrigações para ambas as partes.
d) obrigação intuitu personae, ou seja, que deve ser executada pelo
próprio contratado.
e) sinônimo de consensualidade, pois o contrato administrativo
consubstancia um acordo de vontades e não um ato impositivo da
Administração.

15 – (FCC - TRE-RN - TÉCNICO – 2011) Nos contratos administrativos:


a) o contratado é responsável pelos danos causados diretamente à
Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na
execução do contrato; no entanto, essa responsabilidade é excluída ou
reduzida pela fiscalização ou acompanhamento pelo órgão interessado.
b) a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um
representante da Administração especialmente designado, não sendo

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permitida a contratação de terceiros para subsidiá-lo de informações


pertinentes a essa atribuição.
c) o contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou
substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato
em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da
execução ou de materiais empregados.
d) a inadimplência do contratado, com referência aos encargos
trabalhistas, fiscais e comerciais transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento, além de poder onerar o objeto do
contrato e restringir a regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o Registro de Imóveis.
e) o contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das
responsabilidades contratuais e legais, não poderá, em qualquer hipótese,
subcontratar partes da obra, do serviço ou do fornecimento.

16 – (FCC - TRE-TO - TÉCNICO – 2011) Dentre outras, são características


dos contratos administrativos:
a) comutatividade e formalidade.
b) informalidade e natureza intuitu personae.
c) onerosidade e inexistência de obrigações recíprocas para as partes.
d) presença de cláusulas exorbitantes e unilateralidade.
e) consensualidade e informalidade.

17 – (FCC - TRT - TÉCNICO – 2010) Os contratos administrativos típicos


diferenciam-se dos contratos privados, dentre outras características, pela
a) finalidade pública como seu pressuposto.
b) presença de pessoas jurídicas como contratantes.
c) natureza do objeto.
d) imposição de cláusulas exorbitantes.
e) presença do Poder Público como parte contratante.

18 – (FCC - MRE - Oficial de Chancelaria – 2009) Os contratos regidos


pela Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/93), no âmbito da
Administração Pública, podem ser alterados, com a devida justificativa,
a) unilateralmente, pela Administração ou por acordo das partes.
b) pelos Tribunais de Contas, a pedido da parte interessada.
c) pela Justiça Federal ex officio.

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d) por terceiros, em quaisquer hipóteses.


e) pelo Legislativo, em caso de interesse público.

19 – (FCC - TJ-AP - ANALISTA – 2009) NÃO integra o rol legal de


cláusulas necessárias em todo contrato administrativo, regido pela Lei no
8.666/93,
a) o objeto e seus elementos característicos.
b) o regime de execução ou a forma de fornecimento.
c) o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação
funcional programática e da categoria econômica.
d) as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando
exigidas.
e) a obrigação ou a dispensa de o contratado de manter, durante toda a
execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele
assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na
licitação.

20 – (FCC - TJ-AP - ANALISTA – 2009) Os contratos administrativos,


regidos pela Lei no 8.666/93, regulam-se pelas suas cláusulas e pelos
preceitos de direito público,
a) aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos
contratos, mas não as disposições de direito privado.
b) aplicando-se-lhes, supletivamente, as disposições de direito privado,
mas não os princípios da teoria geral dos contratos.
c) aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos
contratos e as disposições de direito privado.
d) não se lhes aplicando, supletivamente, nem os princípios da teoria
geral dos contratos, nem as disposições de direito privado.
e) aplicando-se-lhes, também, em pé de igualdade, os princípios da
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado.

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Gabarito

1. C 9. A 17. D
2. A 10. D 18. A
3. D 11. B 19. E
4. D 12. A 20. C
5. A 13. A
6. E 14. B
7. E 15. C
8. A 16. A

Bibliografia
Alexandrino, M., & Paulo, V. (2009). Direito administrativo
descomplicado. São Paulo: Forense.

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