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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS – Uni EVANGÉLICA

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL – 10/10° PERÍODO

ESTUDO DE CASO DA PONTE SOBRE O CÓRREGO JOÃO LEITE - GO 222


ENTRE OS MUNICÍPIOS DE ANÁPOLIS E NERÓPOLIS.

Anne Caroline de Paula Nascimento


Jennifer Bastos
Mayres Costa Oliveira
Vitoria Martins Abrahão
Victor Felipe Moisés Rodrigues e Silva

Anápolis, 2018.
Anne Caroline de Paula Nascimento
Jennifer Bastos
Mayres Costa Oliveira
Vitoria Martins Abrahão
Victor Felipe Moisés Rodrigues e Silva

ESTUDO DE CASO DA PONTE SOBRE O CÓRREGO JOÃO LEITE - GO 222


ENTRE OS MUNICÍPIOS DE ANÁPOLIS E NERÓPOLIS.

Estudo de caso da ponte sobre o córrego


João Leite da rodovia GO 222 entre os
municípios de Anápolis e Nerópolis
solicitada pelo professor Paulo
Alexandre de Oliveira no 10º Período
do curso de Engenharia Civil da
UniEvangélica, como requisito de
avaliação da 2ª nota semestral de 2018.

Anápolis, 2018.
Sumário
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 5

2. OBJETIVOS ............................................................................................... 7

2.1. Objetivo Geral ......................................................................................... 7

2.2. Objetivo Específico................................................................................. 7

3. DESCRIÇÃO.............................................................................................. 8

3.1. Detalhamento da Ponte ........................................................................... 8

3.1.1. Partes da Ponte de Acordo com Funcionalidade .............................. 8

3.1.2. Ações em Pontes e Viadutos ............................................................ 9

3.1.3. Memorial de Cálculo ...................................................................... 10

4. Envoltórias dos esforços ........................................................................... 16

4.1. Envoltória dos momentos fletores ........................................................ 16

4.1.1. Calculo dos momentos fletores na seção a 5 m do apoio com


Coeficiente de Impacto Adicional - CIA ................................................................ 16

4.1.2. Calculo dos momentos fletores na seção a 5 m do apoio B com CIA


18

4.1.3. Cálculos dos momentos fletores na seção a 5 m do apoio A sem


CIA 18

4.1.4. Cálculos dos momentos fletores na seção a 5 m do apoio B sem


CIA 19

4.1.5. Cálculos dos momentos fletores na seção central sem CIA ........... 20

4.2. Envoltorias dos esforços cortantes ........................................................ 21

4.2.1. Cálculos dos esforços cortantes na seção do apoio A com CIA .... 22

4.2.2. Cálculos dos esforços cortantes na seção do apoio B com CIA..... 23

4.2.3. Cálculos dos esforços cortantes na seção a 5 m do apoio A com CIA


23
4.2.4. Cálculos dos esforços cortantes na seção a 5 m do apoio B com CIA
25

4.2.5. Cálculos dos esforços cortantes na seção a 5 m do apoio A sem CIA


25

4.2.6. Cálculos dos esforços cortantes na seção a 5 m do apoio B sem CIA


27

4.2.7. Cálculos dos esforços cortantes na seção central sem CIA............ 27

4.3. DIAGRAMAS RESULTANTES (ENVOLTÓRIAS) .......................... 29

4.3.1. Envoltórias resultantes dos momentos fletores .............................. 29

4.3.2. Envoltórias resultantes dos esforços cortantes ............................... 30

5. DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS DAS LONGARINAS ... 32

5.1. ARMADURA LONGITUDINAL ........................................................ 32

5.1.1. Verificação da seção “retangular” x seção “T” .............................. 32

5.1.2. Dimensionamento da armadura...................................................... 32

5.1.3. Verificação à fadiga ....................................................................... 32

5.2. ARMADURA TRANSVERSAL.......................................................... 32

5.2.1. Verificação da compressão diagonal do concreto .......................... 33

5.2.2. Dimensionamento da armadura...................................................... 33

5.2.3. Calculo da armadura mínima ......................................................... 33

5.2.4. Verificação a fadiga ....................................................................... 33

6. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 34
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta um estudo de caso de uma ponte localizada entre


Anápolis e Nerópolis na rodovia GO 222 no estado de Goiás. A mesma, constituída de
concreto armado, sobrepõe o Rio João Leite.
A ponte foi construída em 2011 após a queda de sua precursora no ano anterior.
A fim de proporcionar maior estabilidade à nova estrutura, houveram alterações de
projeto, onde executou-se um aterramento para deixar a ponte mais alta devido à a
vazão de água do rio nas épocas de cheia.
A nova estrutura apresenta 30 metros de extensão (10 a mais que a anterior).

1 - Ponte Sobre o Rio João Leite GO 222

Fonte: Google Maps

Com a queda da ponte em 2010, os proprietários rurais da região de Anápolis


(GO) e Nerópolis (GO) construíram um desvio para evitar um percurso de 80
quilômetros de uma cidade para a outra.
Os proprietários cobravam pedágio dos mais de mil veículos que transitavam
diariamente pela GO-222, entre Anápolis e Nerópolis. A taxa de R$ 2 (moto), R$ 5
(carro) ou R$ 10 (caminhonete), que lhe dá direito a passar em 100m de terra particular
e sobre um arcaico acesso de madeira. De acordo com uma matéria publicada pelo
jornal Correio Braziliense em sua plataforma digital, o negócio rendeu pelo menos R$
1,2 milhão aos proprietários, o mesmo pago pelo governo de Goiás pela nova ponte da
rodovia estadual.
O tráfego na ponte de concreto sobre o Ribeirão João Leite, que liga os
municípios de Anápolis (GO) e Nerópolis (GO) na rodovia GO-222, foi liberado no
final de outubro de 2011.

Fonte: Google Maps


2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Analise da estrutura da ponte utilizando-se da norma ABNT NBR 7188/2013,


onde se contemplam as dimensões dos elementos estruturais determinação de cargas
permanentes e móveis.

2.2. Objetivo Específico

 Desenvolvimento prático no assunto estudado em sala;


 Análise da ponte e seu impacto na região;
3. DESCRIÇÃO

Logo abaixo se encontra a descrição sobre a ponte sobre o Rio João Leite na
GO-222, baseado nos dados disponibilizados previamente.

3.1. Detalhamento da Ponte

A norma ABNT NBR 7188/2013 define pontes como são estruturas sujeitas a
ação de cargas em movimento, com posicionamento variável utilizada para transpor um
obstáculo natural. Elas podem ser divididas em três partes em uma análise funcional:
infraestrutura, mesoestrutura e superestrutura.

3.1.1. Partes da Ponte de Acordo com Funcionalidade

I. Infraestrutura
“A infraestrutura ou fundação, é a parte da obra responsável pela
transferência ao solo dos esforços recebidos da mesoestrutura. Compreende as sapatas,
estacas e blocos, tubulões, etc.” (SPERNAU, 2013).
Não houve acesso ao projeto da ponte, porém sabe-se que a maioria das
estruturas do tipo utilizam fundações tipo tubulão na infraestrutura.

II. Mesoestrutura
Ainda segundo Spernau (2013), a mesoestrutura é constituída pelos pilares, que
recebem em seu topo os esforços da superestrutura transmitindo-os à infraestrutura.
 Pilares de sustentação da ponte;
 Aparelhos de apoio;

Os pilares podem ainda estar submetidos a ações ao longo de sua altura


decorrentes de pressões originadas pelo vento, águas em movimento ou solo. São
elementos verticais sujeitos a grandes esforços e por consequência podem ter grandes
dimensões.

III. Superestrutura
“A superestrutura, composta geralmente por lajes e vigas, constitui a parte útil
da obra, sob o ponto de vista de sua finalidade” (SPERNAU, 2013).
 Pista de rolamento;
 Piso de concreto;
 Dispositivo de Contenção;
 Vigas (transversinas e longarinas);
 Laje em balanço;

3.1.2. Ações em Pontes e Viadutos

A ABNT NBR 7188/2013 é quem define as fórmulas necessárias para o cálculo


de carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras
estruturas. Ela é subdividia em três ações para cargas móveis:
 Pontes e viadutos;
 Passarelas;
 Carga móvel em estruturas para garagem.
No presente estudo enfatiza-se as ações em pontes e viadutos que são definidas
pelas formúlas:
Q = P*CIV*CNF*CIA e q = p*CIV*CNF*CIA
Onde:
P – em KN, é a carga estática concentrada aplicada no nível do pavimento, com
valor característico e sem majoração.
p – em KN/m², é a carga uniformemente distribuída, aplicada no nível do
pavimento, com valor característico e sem majoração.
CIV – é o coeficiente de impacto vertical, o qual amplifica a ação da carga
estática, simulando o efeito dinâmico da carga em movimento e a suspensão dos
veículos automotores:
CIV = 1,35, para estruturas com vão menor que 10 m.
CIV = 1+1,06*(20/Liv+50), pra estruturas com vãos entre 10 m e 200m
Onde:
Liv – é o vão em metros conforme tipo de estrutura.
CNF – é o coeficiente do número de faixas, calcula a probabilidade da carga
móvel ocorrer em função do número de faixas:
CNF= 1- 0,05*(n-2) > 0,9
Onde:
n – é o número de faixas de tráfego rodoviário a serem carregadas sobre
um tabuleiro transversalmente contínuo.
CIA– é o coeficiente de impacto adicional, que é destinado à majoração da carga
móvel característica devido à imperfeição e/ou descontinuidade da pista de rolamento,
no caso de junta de dilatação e nas extremidades das obras, estruturas de transição e
acessos;

3.1.3. Memorial de Cálculo

Quanto às dimensões da referida ponte anotadas e adotadas para esse estudo,


considerou-se o seguinte:
 Largura: 9,12 m
 Comprimento: 30 m
 Altura do leito à base do tabuleiro: 7 m
 Altura do guarda corpo: 1,10 m
 Espessura das paredes do guarda corpo: 0,16 m
 Largura do passeio pedestres: 0,80 m

O referido memorial de cálculo da ponte sobre o córrego João Leite, na


GO 222, supra qualificada, foi elaborado com base nas premissas da ABNT NBR
7188/2013 que define características básicas das cargas móveis rodoviárias de veículos
sobre pneus e ações de pedestres, em projetos de pontes, viadutos, galerias, passarelas e
edifícios-garagem.

CARGA DISTRIBUÍDA SOBRE A LONGARINA


Considerando:
Ac = 9,10 * 0,30
Ac = 2,73
g = 1/2 [Aconc * ɣconc + Aasf + 2 Kn/m2 * Lpav]
g = 1/2 [2,73 * 25 Kn/m3 + (9,10 * 0,30) * 24 Kn/m2 + 2 Kn/m2 * 9,10]
g = 151,97 Kn/m / 2
g = 75,98 Kn/m2 (por longarina) ≈ 76,00 Kn/m2

CARGAS CONCENTRADAS SOBRE UMA LONGARINA DEVIDO AO


PESO DAS TRANSVERSINAS
G = Vtransv * ɣconc
G = [(3,90 * 0,80 * 1,20) * 25] / 2
G = 46,80 Kn

3.2.3 ESQUEMA DE CARGAS PERMANENTES

CARGA CONCENTRADA Q
Ordenadas: a = (4,70 + 1,00)
1,0 4,70
a = 1,21

b = (4,70 – 1,00)
1,0 4,70
b = 0,78

CIV = 1,0 + 1,06 * (20 / LIV +50)


CIV = 1,265
CNV = 1 – 0,05 (n – 2)
CNV = 1

CIA = 1,25 (concreto)

P = 75 * 1,21 + 75 * 0,78
P = 149,25 Kn
Q = P * CIV * CNF * CIA
Q = 149,25 * 1,265 * 1,125
Q = 236,18 Kn

CARGA DISTRIBUÍDA LATERAL


c = (4,70 – 1,50)
1,0 4,70
c = 0,68

d = (4,70 + 1,50)
1,0 4,70
d = 1,32

e = (4,70 + 0,40 + 0,85 + 0,80)


1,0 4,70
e = 1,44

Pl = (5 (0,68 * 2,20 / 2)) + (3 ((1,44 + 1,32 / 2) * 0,80))


Pl = 3,74 + 3,312

Ql = Pl * CIV * CNF * CIA


Ql = 3,74 * 1,265 * 1 * 1,25 + 3,312
Ql = 9,225 Kn/m

3.2.6 SEÇÃO BB (sem o carro tipo, em frente ou atrás do veículo)

e = 1,44 (cálculo anterior)

f = (4,70 + 1,00 - 0,25)


1,0 4,70
f = 1,16

qAf = 5 (1,16 * 5,45 / 2) * 1,265 * 1 * 1,25 + 3 ((1,16 + 1,44 / 2) * 1,30)


qAf = 30,05 Kn/m
Obs.: As cargas veiculares são majoradas pelo CIA somente próximo às juntas
estruturais da extremidade da ponte, dentro de uma distância de 5 m; fora essa região,
não se usa o CIA:
Qaf sem CIA = 25,05 Kn/n
Q sem CIA = 188,80 Kn
Ql sem CIA = 8,05 Kn/m

ESQUEMA DE CARGAS NA LONGARINA

PLANTAS E CORTES
4. Envoltórias dos esforços

Segundo Martha (2010) Para o dimensionamento de estruturas sujeitas à ação de


cargas móveis é necessária o traçado de linhas de influência para obter as envoltórias de
esforços. Essas envoltórias descrevem valores máximos e mínimos de um determinado
esforço que ocorre em uma seção transversal. E a interpretação dessas envoltórias de
esforços é idêntica àquela dos diagramas de esforços para carregamentos permanentes.
A construção da envoltória de esforços consiste na combinação dos esforços
decorrentes das ações permanentes e acidentais, sendo estas últimas aplicadas nas
posições mais desfavoráveis de modo a produzir os esforços máximos e mínimos na
seção transversal estudada. Repete-se o procedimento para as demais seções
transversais, definidas a partir de um incremento de modo a varrer todas as seções
relevantes no modelo estrutural. A envoltória de esforços permite a visualização das
solicitantes extremas que poderão ocorrer ao longo da vida útil da estrutura.

4.1. Envoltória dos momentos fletores

4.1.1. Calculo dos momentos fletores na seção a 5 m do apoio com


Coeficiente de Impacto Adicional - CIA

Considerando as cargas móveis determinadas com CIA:

5 ∗ 25 4,17 ∗ 3,5
𝑎= 𝑏=
30 3,5
𝑎 = 4,17 𝑏 = 2,91

4,17 ∗ 23,5 4,17 ∗ 22


𝑐= 𝑑=
25 25
𝑐 = 3,91 𝑎 = 3,67
4,17 ∗ 20,5
𝑒=
25
𝑒 = 3,42

A carga permanente é considerada ao longo de toda a ponte, os resultados só


variam porque as cargas móveis são aplicadas somente na parte positiva das linhas de
influência para o cálculo do momento máximo e, para o mínimo, na parte negativa.
Como esta é uma ponte simplesmente apoiada, que não apresenta balanços, não há parte
negativa em relação aos momentos.
Mmáx = efeitos das cargas pemanentes + efeitos positivos das cargas móveis
30 ∗ 4,1667
M + 236,2 ∗ 4,1667 + 3,9167 + 3,6667 + 30,05
máx = 76 ∗
2
3,5 ∗ 2,9167 20,5 ∗ 3,4167
∗ + + 9,22
2 2
2,9167 + 4,1667 ∗ 1,5 3,4167 + 4,1667 ∗ 4,5
∗ +
2 2

Mmáx = 4750 + 4187,4

8937,4 𝑘𝑁
𝑀𝑚á𝑥 =
𝑚

Mmin = efeitos das cargas pemanentes + efeitos negativos das cargas móveis
30 ∗ 4,1667
M
min = 76 ∗ +0
2

4.1.2. Calculo dos momentos fletores na seção a 5 m do apoio B com CIA

Nesta seção os cálculos não serão novamente apresentados, pois são


consideradas as cargas móveis determinadas com CIA e por se tratar de uma distância e
de cargas aplicadas idênticas àquelas da seção anterior, os resultados serão também
idênticos, já que houve apenas um espelhamento da estrutura como um todo.

4.1.3. Cálculos dos momentos fletores na seção a 5 m do apoio A sem CIA

Nesta seção, serão consideradas as cargas móveis determinadas sem CIA. Os


cálculos serão refeitos no mesmo ponto onde já foram realizados com CIA para que seja
feita a interpolação dos resultados e envoltórias. Assim, temos:
5 ∗ 25 4,17 ∗ 3,5
𝑎= 𝑏=
30 3,5
𝑎 = 4,17 𝑏 = 2,91

4,17 ∗ 23,5 4,17 ∗ 22


𝑐= 𝑑=
25 25
𝑐 = 3,91 𝑎 = 3,67

4,17 ∗ 20,5
𝑒=
25
𝑒 = 3,42

Mmáx = efeitos das cargas pemanentes + efeitos positivos das cargas móveis
30 ∗ 4,1667
M + 188,8 ∗ 4,1667 + 3,9167 + 3,6667 + 25,05
máx = 76 ∗
2
3,5 ∗ 2,9167 20,5 ∗ 3,4167
∗ + + 8,05
2 2
2,9167 + 4,1667 ∗ 1,5 3,4167 + 4,1667 ∗ 4,5
∗ +
2 2

Mmáx = 4750 + 3403,6

8153,6 𝑘𝑁
𝑀𝑚á𝑥 =
𝑚

4.1.4. Cálculos dos momentos fletores na seção a 5 m do apoio B sem CIA


Nesta seção os cálculos não serão demonstrados novamente, visto que são
consideradas as cargas móveis determinadas sem CIA e por se tratar de uma distância e
de cargas aplicadas idênticas àquelas da seção anterior, os resultados serão também
idênticos, já que houve apenas um espelhamento da estrutura como um todo.

4.1.5. Cálculos dos momentos fletores na seção central sem CIA

Nesta seção, serão consideradas as cargas móveis determinadas sem CIA, pois,
conforme solicitado, o CIA seria utilizado apenas nos cinco primeiros metros a partir de
cada uma das extremidades da ponte. A seção central está a 15 metros de cada
extremidade, por isso desconsidera-se o CIA. Assim, temos:

15 ∗ 15 7,50 ∗ 12
𝑎= 𝑏=
30 15
𝑎 = 7,50 𝑏 = 6,00

7,50 ∗ 13,5 7,50 ∗ 13,5


𝑐= 𝑑=
15 15
𝑐 = 6,75 𝑑 = 6,75

7,50 ∗ 12
𝑒=
15
𝑒 = 6,00
Tanto para os momentos máximos quanto para os momentos mínimos, a carga
permanente é considerada ao longo de toda a ponte. Os resultados variam porque as
cargas móveis são aplicadas somente na parte positiva das linhas de influência para o
cálculo do momento máximo e, para o mínimo, na parte negativa. Neste caso, não há
parte negativa em relação aos momentos, pois a ponte é simplesmente apoiada (não
apresenta balanços).

Mmáx = efeitos das cargas pemanentes + efeitos positivos das cargas móveis
30 ∗ 7,5000
M + 188,8 ∗ 7,5000 + 6,7500 + 6,7500 + 25,05
máx = 76 ∗
2
12 ∗ 6,0000 12 ∗ 6,0000
∗ + + 8,05
2 2
6,0000 + 7,5000 ∗ 3 6,0000 + 7,5000 ∗ 3
∗ +
2 2

Mmáx = 8550 + 6094,4

14644,4 𝑘𝑁
𝑀𝑚á𝑥 =
𝑚

Mmin = efeitos das cargas pemanentes + efeitos negativos das cargas móveis
30 ∗ 4,1667
M
min = 76 ∗ +0
2

4.2. Envoltorias dos esforços cortantes


Agora o próximo passo é calcular os esforços cortantes em três seções
transversais da ponte, visto que já foram obtidas as cargas móveis e permanentes
atuantes na ponte, tais solicitações foram aplicadas em pontos estratégicos, a cada 5 m
de cada extremidade da ponte e também no centro do vão livre da estrutura.

4.2.1. Cálculos dos esforços cortantes na seção do apoio A com CIA

Nesta seção, serão consideradas as cargas móveis determinadas com CIA.


Assim, temos:

30 28,5
𝑎= 𝑏=
30 30
𝑎 = 1,00 𝑏 = 0,95

27 25,5
𝑐= 𝑑=
30 30
𝑐 = 0,90 𝑑 = 0,85

Tanto para as cortantes máximas quanto para as mínimas, a carga permanente é


considerada ao longo de toda a ponte. Os resultados variam porque as cargas móveis são
aplicadas somente na parte positiva das linhas de influência para o cálculo do esforço
máximo e, para o mínimo, na parte negativa.
Vmáx = efeitos das cargas pemanentes + efeitos positivos das cargas
móveis
−1,0000 ∗ 30
V
máx = 76 ∗
2
Vmáx = −1140 + 0

𝑉𝑚á𝑥 = −1140 𝑘𝑁

Vmin = efeitos das cargas pemanentes + efeitos negativos das cargas móveis
−1,0000 ∗ 30
V = 76 ∗ + 236,2 ∗ −1,0000 − 0,9500 − 0,9000 + 30,05
min
2

−0,8500 ∗ 25,5 −0,8500 − 1,0000 ∗ 4,5

4.2.2. Cálculos dos esforços cortantes na seção do apoio B com CIA

Nesta seção os cálculos não serão demonstrados novamente, visto que são serão
consideradas as cargas móveis determinadas com CIA. Por se tratar de uma distância e
de cargas aplicadas idênticas àquelas apresentadas na seção anterior, os resultados serão
também idênticos, já que houve apenas um espelhamento da estrutura como um todo.

4.2.3. Cálculos dos esforços cortantes na seção a 5 m do apoio A com CIA

Nesta seção, serão consideradas as cargas móveis determinadas com CIA.


Assim, temos:
−5 25
𝑎= 𝑏=
30 30
𝑎 = −0,17 𝑏 = 0,83

−0,17 ∗ 0,5 −0,17 ∗ 2


𝑐= 𝑑=
5 5
𝑐 = −0,017 𝑑 = −0,07

−0,17 ∗ 3,5 0,83 ∗ 23,5


𝑒= 𝑓=
5 25
𝑒 = −0,12 𝑓 = 0,78

0,83 ∗ 20,5 0,83 ∗ 20,5


𝑔= ℎ=
25 25
𝑔 = 0,73 𝑐 = 0,68

Tanto para as cortantes máximas quanto para as mínimas, a carga permanente é


considerada ao longo de toda a ponte. Os resultados variam porque as cargas móveis são
aplicadas somente na parte positiva das linhas de influência para o cálculo do esforço
máximo e, para o mínimo, na parte negativa.
Vmáx = efeitos das cargas pemanentes + efeitos positivos das cargas móveis
0,8333 ∗ 25
−0,1667 ∗ 5 + 236,2 ∗ 0,8333 + 0,7833 + 0,7333
V = 76 ∗
máx +
2 2
20,5 ∗ 0,6833 0,6833 + 0,8333 ∗ 4,5
+ 30,05 ∗ + 9,22 ∗
2 2

Vmáx = 760 + 797,0

𝑉𝑚á𝑥 = 1557,0 𝑘𝑁

Vmin = efeitos das cargas pemanentes + efeitos negativos das cargas móveis
−0,1667 ∗ 5 0,8333 ∗ 25
V + + 236,2 ∗ −0,1667 − 0,1167 − 0,0667
min = 76 ∗
2 2
−0,0167 ∗ 0,5 −0,0167 − 0,1667 ∗ 4,5

4.2.4. Cálculos dos esforços cortantes na seção a 5 m do apoio B com CIA

Nesta seção os cálculos não serão demonstrados novamente, visto que são serão
consideradas as cargas móveis determinadas com CIA. Por se tratar de uma distância e
de cargas aplicadas idênticas àquelas apresentadas na seção anterior, os resultados serão
também idênticos, já que houve apenas um espelhamento da estrutura como um todo.

4.2.5. Cálculos dos esforços cortantes na seção a 5 m do apoio A sem CIA

Nesta seção, serão consideradas as cargas móveis determinadas sem CIA. Os


cálculos serão refeitos no mesmo ponto onde já foram realizados com CIA para que seja
feita a interpolação dos resultados e envoltórias. Assim, temos:

−5 25
𝑎= 𝑏=
30 30
𝑎 = −0,17 𝑏 = 0,83

−0,17 ∗ 0,5 −0,17 ∗ 2


𝑐= 𝑑=
5 5
𝑐 = −0,017 𝑑 = −0,07

−0,17 ∗ 3,5 0,83 ∗ 23,5


𝑒= 𝑓=
5 25
𝑒 = −0,12 𝑓 = 0,78

0,83 ∗ 20,5 0,83 ∗ 20,5


𝑔= ℎ=
25 25
𝑔 = 0,73 𝑐 = 0,68

Tanto para as cortantes máximas quanto para as mínimas, a carga permanente é


considerada ao longo de toda a ponte. Os resultados variam porque as cargas móveis são
aplicadas somente na parte positiva das linhas de influência para o cálculo do esforço
máximo e, para o mínimo, na parte negativa.
Vmáx = efeitos das cargas pemanentes + efeitos positivos das cargas móveis
0,8333 ∗ 25
−0,1667 ∗ 5 + 188,8 ∗ 0,8333 + 0,7833 + 0,7333
V = 76 ∗
máx +
2 2
20,5 ∗ 0,6833 0,6833 + 0,8333 ∗ 4,5
+ 25,05 ∗ + 8,05 ∗
2 2

Vmáx = 760 + 646,6

𝑉𝑚á𝑥 = 1406,6 𝑘𝑁
Vmin = efeitos das cargas pemanentes + efeitos negativos das cargas móveis
−0,1667 ∗ 5 0,8333 ∗ 25
V + + 188,8 ∗ −0,1667 − 0,1167 − 0,0667
min = 76 ∗
2 2

−0,0167 ∗ 0,5 −0,0167 − 0,1667 ∗ 4,5

4.2.6. Cálculos dos esforços cortantes na seção a 5 m do apoio B sem CIA

Nesta seção os cálculos não serão demonstrados novamente, serão consideradas


as cargas móveis determinadas com CIA. Por se tratar de uma distância e de cargas
aplicadas idênticas àquelas apresentadas na seção anterior, os resultados serão também
idênticos, já que houve apenas um espelhamento da estrutura como um todo.

4.2.7. Cálculos dos esforços cortantes na seção central sem CIA

Nesta seção, serão consideradas as cargas móveis determinadas sem CIA, pois,
conforme solicitado, o CIA seria utilizado apenas nos cinco primeiros metros a partir de
cada uma das extremidades da ponte. A seção central está a 15 metros de cada
extremidade, por isso desconsidera-se o CIA. Assim, temos:
−15 15
𝑎= 𝑏=
30 30
𝑎 = −0,50 𝑏 = 0,50

−0,50 ∗ 10,5 −0,50 ∗ 12


𝑐= 𝑑=
15 15
𝑐 = −0,35 𝑑 = −0,40

−0,50 ∗ 13,5 0,50 ∗ 13,5


𝑒= 𝑓=
15 15
𝑒 = −0,45 𝑓 = 0,45

0,50 ∗ 12 0,5 ∗ 10,5


𝑔= ℎ=
15 15
𝑔 = 0,40 𝑐 = 0,35

Tanto para as cortantes máximas quanto para as mínimas, a carga permanente é


considerada ao longo de toda a ponte. Os resultados variam porque as cargas móveis são
aplicadas somente na parte positiva das linhas de influência para o cálculo do esforço
máximo e, para o mínimo, na parte negativa.
Vmáx = efeitos das cargas pemanentes + efeitos positivos das cargas móveis
−0,5000 ∗ 15 0,5000 ∗ 15
V + + 188,8 ∗ 0,5000 + 0,4500 + 0,4000
máx = 76 ∗
2 2

10,5 ∗ 0,3500 0,3500 + 0,5000 ∗ 4,5


+ 25,05 ∗ + 8,05 ∗
2 2

Vmáx = 0 + 316,3

𝑉𝑚á𝑥 = 316,3 𝑘𝑁

Vmin = efeitos das cargas pemanentes + efeitos negativos das cargas móveis
−0,5000 ∗ 15 0,5000 ∗ 15
V + + 188,8 ∗ −0,500 − 0,4500 − 0,400
min = 76 ∗
2 2

−0,3500 ∗ 10,5 −0,3500 − 0,5000 ∗ 4,5


+ 25,05 ∗ + 8,05 ∗
2 2

Vmin = 0 − 316,3

𝑉𝑚𝑖𝑛 = −316,3 𝑘𝑁

4.3. DIAGRAMAS RESULTANTES (ENVOLTÓRIAS)

Depois de calculados os esforços de momentos fletores e cortantes, são


determinados os diagramas de máximos e mínimos, ou seja, as envoltórias.

4.3.1. Envoltórias resultantes dos momentos fletores

Como resultados obtidos na seção 5.1, temos:

Momentos 5 m do apoio A 5 m do apoio B 5 m do apoio A 5 m do apoio B Centro do vão


fletores Com CIA Sem CIA Sem CIA
(kN.m) Mmáx Mmin Mmáx Mmin Mmáx Mmin Mmáx Mmin Mmáx Mmin
Carga
4750,0 4750,0 4750,0 4750,0 4750,0 4750,0 4750,0 4750,0 8550,0 8550,0
permanente

Carga móvel 4187,4 0 4187,4 0 3403,6 0 3403,6 0 6094,4 0


Total 8937,4 4750,0 8937,4 4750,0 8153,6 4750,0 8153,6 4750,0 14644,4 8550,0

A partir destes dados, as envoltórias são traçadas.

4.3.2. Envoltórias resultantes dos esforços cortantes

Como resultados obtidos na seção 5.2, temos:

Esforços 5 m do apoio A 5 m do apoio B 5 m do apoio A 5 m do apoio B


cortantes Com CIA Sem CIA
(kN) Vmáx Vmin Vmáx Vmin Vmáx Vmin Vmáx Vmin
Carga
760,0 760,0 -760,0 -760,0 760,0 760,0 -760,0 -760,0
permanente

Carga móvel 797,0 -86,6 86,6 -797,0 646,6 -69,5 69,5 -646,6

Total 1557,0 673,4 -673,4 -1557,0 1406,6 690,5 -690,5 -1406,6

Esforços Centro do vão No apoio A No apoio B


cortantes Sem CIA Com CIA
(kN) Vmáx Vmin Vmáx Vmin Vmáx Vmin
Carga
0 0 1140,0 1140,0 -1140,0 -1140,0
permanente

Carga móvel 316,3 -316,3 1037,2 0 0 -1037,2

Total 316,3 -316,3 2177,2 1140,0 -1140,0 -2177,2


A partir destes dados, as envoltórias são traçadas.
5. DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS DAS LONGARINAS

Para o dimensionamento das armaduras deve-se destacar os seguintes


parâmetros, demonstrados ao longo dos cálculos anteriores:

Parâmetro Valor Unidade


Mk 14644,4 kN.m
Mg 8550,0 kN.m
+
Mq 6094,4 kN.m
-
Mq 0 kN.m
Vg 1140,0 kN
+
Vq 1037,2 kN
-
Vq 0 kN
fck 25 MPa
Aço CA-50 ―
d 165 cm
d' 5 cm
Lx 470 cm
hf 30 cm
bw 50 cm
h 170 cm
vão 30 m
sem balanço - simplesmente apoiada

5.1. ARMADURA LONGITUDINAL

Segue o memorial de cálculo para se determinar a armadura longitudinal.

5.1.1. Verificação da seção “retangular” x seção “T”


CONTAS
5.1.2. Dimensionamento da armadura
CONTAS
5.1.3. Verificação à fadiga
CONTAS

5.2. ARMADURA TRANSVERSAL


Segue o memorial de cálculo para se determinar a armadura transversal.
5.2.1. Verificação da compressão diagonal do concreto
CONTAS
5.2.2. Dimensionamento da armadura
CONTAS
5.2.3. Calculo da armadura mínima
CONTAS
5.2.4. Verificação a fadiga
CONTAS
6. BIBLIOGRAFIA

Donos de Terras Lucram ao Cobrar Pedágio www.correiobraziliense.com.br .


Acesso em 16/09/2018.

NBR 7188/2013. Disponível em: <http://www.ebah.com.br>. Acesso em:

SPERNAU, W. Notas de aula - Pontes ECV-5260. Florianópolis: UFSC, 2013.


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