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o morcego

MONIQUE AUGRAS

1. Introdução; 2. Os quir6pteros; 3. O
morcego.

A autora propõe-se a esclarecer o significado do percepto morcego, protótipo da


resposta banal no teste de Rorschach. As ciências naturais mostram que estes mamí-
feros, que se situam, em ordem de importância numérica, logo após os roedores, são
animais extremamente úteis ao homem, e que certas espécies são até bonitas do
ponto de vista estético.
O estudo comparativo dos mitos do morcego permite observar que este mamí-
fero, hoje em dia confundido com o vampiro, não é universalmente considerado
como maléfico. Na China é um símbolo de felicidade. Na civilização ocidental, a sua
duplicidade natural tornou-o símbolo de estranheza.
A autora conclui que, no Rorschach, o morcego expressa a própria ambigüi-
dade do sujeito.

"Meu Deus! E este morcego!" - Augusto dos Anjos

1. Introdução

o objetivo do presente trabalho é esclarecer o significado de um conteúdo que


aparece com tal freqüência, que passou a ser considerado como o protótipo da
resposta banal. É o percepto morcego.
Vinte anos de prática do psicodiagn6stico de Rorschach fizeram-nos travar
conhecimento com uma zoologia fantástica que mereceria um tratado. "A tout
seigneur, tout honneur", o morcego merece, pela sua qualidade de banalidade
universal, que dediquemos um pouco de atenção àquilo que possa significar.
As observações que vêm a seguir apóiam-se em pressupostos fenomenológicos,
isto é, procuram examinar o conteúdo morcego sob todos os ângulos que pos-
samos alcançar, sem estabelecer nenhuma significação a priori.
Pelo consenso popular, já sabemos que o morcego não é lá muito bem consi-
derado. Expressões de nojo e atitudes de repulsa são constantes ao evocar-se o
animal.
É motivada tal antipatia?
Antes de analisar as existências míticas do morcego, é necessário saber quem
ele é, na sua realidade concreta de animal; conhecer primeiro o quiróptero, para
avaliar em seguida a mensagem ambígua do morcego.

Arq. bras. Psic., Rio de Janeiro, 31 (3): 95-101, jul./set. ! 979


2. Os quirópteros

Embora sejam agora mais conhecidos, especificamente a partir das observações de


Griffin em Harvard, em 1938, e sobretudo de Mohres na Universidade de
Tübingen, em 1949, que se dedicaram ao estudo dos mecanismos da ecolocação,
ou orientação por meio de ondas sonoras, os morcegos ainda não foram tão bem
estudados como outras ordens de mamíferos. Basta observar que a variedade de
suas famI1ias, gêneros, espécies e indivíduos é tamanha que, entre os mamíferos,
eles chegam a situar-se em ordem de importância numérica, logo após os roedores.
Os morcegos apresentam todas as características dos demais mamíferos: pêlos,
regulação da temperatura do corpo, dentes diferenciados, sistema nervoso com-
plexo, viviparidade e aleitamento. O que obviamente os distingue é sua capacidade
de voar, compartilhada apenas com os pássaros, os insetos e os extintos pteros-
sauros. Do ponto de vista da evolução, a tendência contemporânea pretende clas-
sificá-los como descendentes de insetívoros primitivos, hoje desaparecidos, e consi-
derá-los como aparentados dos primatas. A favor dessa classificação, há o fato de
que os morcegos apresentam desenvolvimento polivalente das mãos e dos pés, em
particular, "a oposição do polegar e do dedão, bem como a forte autonomia dos
demais dedos" (lO).
O peso e o tamanho dos morcegos variam consideravelmente, desde certos
vespertilionídeos americanos, que pesam menos de cinco gramas, até o Pteropus
giganteus, da Índia, que chega perto de um quilo. Para dar alguma idéia da diversi-
dade das espécies e da sua repartição, foram projetados alguns slides representando
exemplares típicos das principais famílias conhecidas.
Costuma-se agrupar os morcegos em duas grandes subordens: megaquirópteros
e microquirópteros.
Os megaquirópteros são encontrados no Egito, na IÍldia e na África. Entre eles
se observam as espécies sem dúvida mais bonitas, do ponto de vista estético, como
Roussettus aegyptiacus. Geralmente, os megaquirópteros alimentam-se de frutas.
Os microquirópteros incluem numerosas famI1ias e espécies, dispersas no
mundo todo. Os vespertilionidae destacam-se pelo tamanho descomunal das ore-
lhas como, por exemplo, Euderma maculata, dos Estados Unidos. Os rhi-
nolophidae são encontrados principalmente na região mediterrânea. Ambas as
famI1ias são bastante conhecidas, por terem sido objeto de pesquisas profundas
sobre seu sistema peculiar de orientação.
Os microquirópteros alimentam-se, principalmente, de insetos, abocanhados
em pleno vôo. O Antrozous pallidus, da América do Norte, dá-se ao luxo de descer
à terra para matar escorpiões. Pouquíssimas espécies são carnívoras. Entre mais de
60 espécies estudadas, apenas três são hematófagas, e só existem na América do
Sul, inclusive no Brasil. É o nosso vampiro, Desmodus rotundus, que além do mais
tem a capacidade invulgar de saber andar no chão, deslocando-se numa marcha
que lembra o sapo.
Afora o vampiro comum, responsável pela má fama entre nós de todos os

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morcegos, pode-se dizer que as demais espécies de quirópteros são animais extre-
mamente úteis ao homem. O falso vampiro, Vampyrum spectrum, extermina os
ratos. Os minúsculos morcegos mexicanos das flores, Leptonycteris sanborni, asse-
guram a polinização. A maioria das demais espécies extermina os insetos.
Resumindo, pode-se afirmar que os morcegos são animais extremamente inte-
ressantes, úteis, e certas espécies são bonitas e elegantes em seu vôo.
Por que, então, fama tão negra? Será que toda a ordem padece por culpa
exclusiva do Desmodus? Na Europa não há hematófagos, mas em compensação há
o mito dos vampiros. Será que outras culturas vêem o morcego do mesmo modo?
Após a informação das ciências naturais, é preciso investigar que valor é
atribuído ao morcego, nas ciências do espírito: o que a antropologia cultural, a
arte e os mitos nos contam a respeito.

3. O morcego

O nome de vampiro foi atribuído aos morcegos sul-americanos em homenagem à


antiga lenda dos mortos-vivos, originária da Europa Central.
Com sua costumeira irreverência, Voltaire assim defme o vampirismo, no
Dicionário filosófico:
"Tais vampiros eram mortos que saíam à noite dos cemitérios para chuparem
o sangue dos vivos, seja na garganta ou na barriga, e depois voltavam para os
túmulos. Os vivos chupados emagreciam, empalideciam, definhavam; e os mortos
chupadores engordavam, ficavam cada vez mais corados."
A obra que divulgou universalmente tão horrível tradição, foi escrita por um
inglês, no fim do século passado. Livro extremamente bem construído, o Drácula,
publicado em 1897 (3), é pouco posterior a outra história de vampiros, da autoria
do irlandês Sheridan Le Fanu, Carmi/Ia (1871), que não alcançou a mesma glória.
Ambos se apóiam nas tradições da Europa Central, mas o vampiro de Sheridan Le
Fanu é mulher, descendente de uma longa linhagem de nobres malditas, ao passo
que o Conde Drácula é um voivode da Idade Média, que sobreviveu até o século
XIX. Por motivos não muito bem esclarecidos pelo autor, Drácula decide emigrar
para a Inglaterra. Durante a viagem, encarna-se sucessivamente em vários seres: um
cachorro feroz, um lobo que foge do zoológico, um doente mental que devora
ratos e aranhas, e, em certo episódio, um enorme morcego. É sob a foona de
morcego que ele chupa o sangue de uma infeliz rapariga, que se transfoonará em
vampiro também. No extenso romance, apenas poucas páginas estabelecem a liga-
ção, que hoje nos parece tão evidente, entre vampiro e morcego.
O primeiro filme inspirado por Drácula é o Nosferatu, de Murnau (1922), que
segue à risca o enredo de Bram Stoker, e pouco destaque dá ao morcego. Parece
que é a partir do filme do Tod Browning, Drácula (1931), com o papel desempe-
nhado pelo ator Bela Lugosi, início de toda uma produção em série sobre o tema,
que o morcego passa a representar o animal-símbolo de vampiro.

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Tal assocIaçao é portanto relativamente recente na arte ocidental. Se ela
pegou tão bem, a ponto de ser hoje considerada como evidente, é que se apóia sem
dúvida num longo exercício da suspeita em relação ao morcego.
A Idade Média européia ignora p nosso Desmodus. Mas quando se preocupa
em representar o demônio, atribui-lhe asas de morcego, que contrastam com as
asas resplandescentes dos anjos.
E verdade que o de~ônio não é monstruoso apenas pelas asas: todo o seu
corpo é formado por elementos disparatados. No entanto, mesmo quando a repre-
sentação se torna mais simples, tal como se encontra nas imagens populares, as
asas do morcego permanecem.
Por que foi o morcego investido da missão do vampiro? O que carrega de tão
sinistro que as imagens do diabo lhe pedem emprestadas as próprias asas?
É um animal noturno. Inclusive no rol daqueles que vivem na escuridão, nas
trevas, que se escondem do mundo diurno. Mora nas grutas de difícil acesso, ou
nas casas arruinadas. Como se isso não bastasse, passa o dia inteiro dependurado
de cabeça para baixo. :f: mamífero e contudo voa. Parece criatura de um modo que
funcionaria às avessas do nosso. Na civilização ocidental, a bruxaria nos ensinou
que o mundo às avessas é próprio do demônio, pois a sua existência denuncia a
perfeição deste mundo criado por Deus.
Se é possível estabelecer um mundo que seja construído ao contrário do
universo elaborado por Deus,. com leis opostas e valores inversos, então Deus não
existe.
Essa proposição é tão apavorante que os homens que faziam profissão de
representar, isto é, apresentar de novo o mundo de Deus, artistas plásticos e
comediantes, não raro enfrentavam a acusação de heresia. Mais ameaçadores não
seriam aqueles - alquimistas ou feiticeiros - que procurassem criar um mundo
novo, insinuando que este mundo não é perfeito, ou que outro mundo lhe pode
ser oposto?
O noSso humilde quiróptero, noturno, ambíguo, contrário ao senso comum, é
então investido de toda essa carga maléfica. Não contam os anciões que o morcego
é uma transformação dos ratos velhos? "A gente, quando morre, vira anjinho. O
rato, animal já bastante nojento por si só, vira passarinho do diabo" (5). .
Será tão terrível pertencer a dois reinos ao mesmo tempo, o terrestre e o
aéreo? É proibido ao mamífero fmgir-se de pássaro?
Todo monstro é proibido. Todo monstro ameaça a ordem, e como tal deve ser
destruído.
Mas será a duplicidade sempre monstruosa?
Na China, o caráter Fou, que designa o morcego, significa também felicidade.
As cinco felicidades - riqueza, longevidade, tranqüilidade, virtude e boa morte -
são freqüentemente representadas sob forma da revoada de cinco morcegos. Em
bordado do século XVIII, a Rainha-Mãe do Oeste aparece carregada de presentes,
acompanhada de um fênix, rodeada pelos Oito Imortais. Por cima de sua cabeça,
voam três morcegos azuis e cor-de-rosa, como símbolo de felicidade.

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As grutas onde vivem os morcegos servem de passagem para os imortais irem e
virem deste mundo para o além. Os morcegos participam desse tema de mudança e'
da transformação. Dormem de cabeça para baixo porque são tão sábios, tão
sábios, que suas cabeças se tornaram pesadas demais. Testemunhas concretas de
um mundo em transformação, os morcegos desempenham também certo papel nas
atividades procriativas. Seu sangue teria virtudes afrodisíacas.
Do vampiro ao morcego cor-de-rosa, vê-se o quanto o valor do quiróptero
muda de acordo com o contexto cultural. Num mundo criado de uma vez por
todas, a duplicidade é pecado; numa cultura que vê o mundo em constante trans-
formação, a duplicidade é a porta para a metamorfose.
No livro do Conselho dos Maias, o Papal Vuh, o deus-morcego desempenha
importante papel na lenda dos dois gêmeos que organizaram o mundo. A casa do
morcego é uma das regiões subterrâneas que é preciso atravessar para chegar ao
país da morte. Criatura das trevas, devoradora da luz, é ao mesmo tempo o senhor
do fogo. O fogo cria e destrói. Como nos chineses, o morcego é para os maias
um símbolo de transformação. Sua associação como o mito dos gêmeos ressalta
sua duplicidade característica.
Os indígenas da Austrália contam que o mundo foi organizado no meio de
muitos conflitos. De início, os animais tiveram de lutar contra um terrível dragão.
Depois, passaram a brigar entre si. Dividiam-se em dois grupos, os pássaros contra
os quadrúpedes. O morcego, por ser uma e outra coisa, fazia jogo duplo. Favorecia
alternativamente cada um dos combatentes, e, deste modo, a luta jamais poderia
terminar.
O morcego divertiu-se com isso, durante bastante tempo. Um dia porém,
cansou-se. Passou para as coisas sérias. Lançou o bumerangue para o norte, e ele
voltou pelo sul. Assim foram criados o dia e a noite. Lançou o bumerangue para o
oeste, e ele voltou ao leste, trazendo consigo o sol. Assim foi restabelecida a
ordem do mundo.
A lição do mito australiano parece a mais completa: a duplicidade tanto pode
ser síntese quanto conflito.
Será que agora não dá para entender por que o morcego é, por assim dizer, o
animal totêmico do Rorschach?
Conforme as culturas, o morcego foi apresentado sucessivamente como mons-
tro, sábio, mediador e transformador do mundo. Em todos os casos, foi afirmada a
sua duplicidade.
Até numa modalidade menor, o morcego é um ser duplo. A opereta de
Johann Strauss, La Chauve Souris (1874), leva esse título por causa de uma
personagem que vai assim disfarçada para um baile a fantasia. Já mostramos alhu-
res que a máscara, ~omo o espelho, pertence ao tema do homo duplex (2).
Falta em nossa galeria de personagens lendárias a gloriosa imagem de um
contemporâneo, o Batman.
Desmentindo a negra fama do morcego, Batman é bom, protege a sua cidade
contra os maus, os quais sempre derrota. Mas reafirma a ambigüidade, pois leva

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uma vida dupla. É um pacato cidadão, e ninguém desconfia do seu disfarce. Os
habitantes de Gotham City projetam no céu a imagem de um morcego, cada vez
que precisam de Batman. Este então acorre, sempre acompanhado por Robin. A
presença de Robin não se impõe pela lógica da história. A natureza dos laços que o
unem com Batman nunca foi devidamente esclarecida. Parece-nos que a perso-
nagem de Robin surge para cumprir mais uma vez a saga dos gêmeos heróicos, já
associados ao morcego no mito maia. As crianças percebem os dois como compo-
nentes de uma unidade.
De qualquer lado que dirijamos a nossa observação, chegamos a uma temática
constante; a duplicidade. O morcego impõe-se como símbolo representativo de
uma dupla natureza. Nesse sentido, justifica-se plenamente o seu constante apare-
cimento nos protocolos do teste de Rorschach. O que o psicodiagnóstico procura .
desvendar, senão a ambigüidade do sujeito?
Colocado frente a estímulos ambíguos, o examinando utiliza como recurso
mais banal o reconhecimento do percepto morcego. Como se dissesse: este mate-
rial para mim é estranho, tão estranho como sou. O morcego, animal estranho de
fato, vem testemunhar a nossa própria estranheza.
Como bem dizia o poeta:
"A consciência humana é este morcego!"
O famoso soneto de Augusto dos Anjos, como todos sabemos, é parte de um
livro intitulado Eu (1).

Résumé

L'auteur se propose d'éclarer la signification de l'image de la chauve-souris,


perception banale s'il en est au test de Rorschach. Les sciences naturelles montrent
que ces mammireres, qui ne sont inférieurs en nombre qu'à l'ordre des rongeurs,
sont des animaux extrêmement utiles, et que certaines espêces sont assez intéres-
santes du point de vue esthétique.
L'étude comparée des mythes de la chauve-souris permet d'observer que ce
mammifêre, assimilé au vampire de nos jours, n'est pas universellement considéré
comme maléfique. 11 est même en Chine un symbole de bonheur. Dans la civili-
sation occidentale, sa double nature en fait un symbole d'étrangeté, et l'auteur
conclut que, dans le Rorschach, il exprime précisément l'ambiguité du sujet, d'ou
sa fréquence.

Referências bibliográficas

1. Anjos, Augusto dos. Eu e outras poesias. Rio, Livraria São José, 1965. p. 59.
2. Augras, Monique. O Ser da compreensão. Petrópolis, Vozes, 1978.

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3. Bram, Stoker. Drácula. Rio, Record, s.d. 462 p.
4. Busnel, R. G. Conférences sur les phonocomportments. Faculté des Sciences de Paris,
1957/1958. 130 p. mimeogr.
5. Câmara Cascudo, Luiz. Diciondrio dS' folclore brasileiro. Rio, INL, 1962. 2 v.
6. Chevalier, J. & Gheerbrandt, A. Dictionnaire dessymboles. Paris, Seghers, 1973.4 v.
7. Eliot, Alexander. L'Univers fantastiques des mythes. Paris, Presses de la Connaissance,
1976.
8. Lascault, Gilbert. Le Monstre dans ['art occidental. Paris, Klincksieck, 1973. 466 p.
9. Melo Carvalho, José Cândido de. Atlas da fauna brasileira. São Paulo, MA/IBDF-
MEC/Fename, Melhoramentos, 1978. 128 p.
10. Novick, Alvin. Le Monde fascinant des chauves-souris. Lausanne, Edita, 1971. 169 p.
(Fotos de Nina Leen.)
11. Rawson, Legeza L. Tao, la philosophie chinoise du temps et du changement, Paris, Le
Seuil, 1973. 128 p.

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