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Geraldo Miranda
Medicina Legal
Aula: Tanatologia

RESPOSTA B. A umidade alta do ar auxilia a instalação da putrefação mais


rapidamente. Policitemia é o aumento do número de hemácias, o que causa um
aumento da viscosidade do sangue, logo dificulta a instalação dos livores.

- rigidez cadavérica (rigor mortis): A rigidez, contratura muscular,


tem início na cabeça, uma hora após a parada cardíaca, progredindo para o
pescoço, tronco e extremidades, ou seja, de cima para baixo (da cabeça para
os pés). O relaxamento se faz no mesmo sentido. Tal observação é denominada
Lei de Nysten. O tempo de evolução é variável. É um fenômeno físico-químico,
um estado de contratura muscular, devido à ação dos produtos catabólicos do
metabolismo, resultante de muitos fatores, todos eles decorrentes da supressão
de oxigênio celular, indo impedir a formação de ATP, formação de actomiosina e
da ação da glicólise anaeróbica. A rigidez varia de acordo com a idade, a
constituição individual e a causa da morte. Começa entre 1 e 2 horas depois da
morte, chegando ao máximo após 8 horas e desaparece quando se inicia a
putrefação (depois de 24 horas). Dessa forma, a rigidez passa por três fases:
período de instalação, período de estabilização e período de dissolução. O
cadáver toma um posição “atlética”, (fig 07) com discreta flexão do antebraço
sobre o braço, da perna sobre a coxa, com os polegares fletidos para baixo dos
outros dedos.

Fig. 07

13) NCE UFRJ/ Perito Legista Odontologia/PCRJ 2001 A rigidez


cadavérica, ou rigor mortis, deve-se à perda do tono, elasticidade e flexibilidade
dos músculos, que não entram todos em estado de rigidez ao mesmo tempo.
De acordo com Nysten-Sommer, a ordem de aparecimento, com cadáver em
decúbito dorsal, é a seguinte:
A) (1) pálpebras, mandíbula e nuca; (2) tronco; (3) membros superiores; (4)
membros inferiores. Desaparecimento na mesma ordem;

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B) (1) pálpebras, mandíbula e nuca; (2) tronco; (3) membros superiores; (4)
membros inferiores. Desaparecimento na ordem inversa ao aparecimento;
C) (1) membros superiores; (2) pálpebras, mandíbula e nuca; (3) tronco; (4)
membros inferiores. Desaparecimento na mesma ordem;
D) (1) membros inferiores; (2) Membros superiores; (3) tronco; (4) pálpebras,
mandíbula e nuca. Desaparecimento na mesma ordem;
E) (1) membros inferiores; (2) tronco; (3) Membros superiores; (4) pálpebras,
mandíbula e nuca. Desaparecimento na mesma ordem.

RESPOSTA A. Conforme vimos no parágrafo anterior.

14) CESPE/Perito Criminal Área Odontologia/PF 2004 A história da


perícia mostra que os cirurgiões-dentistas, quando começaram a realizar
perícias, encontraram grande dificuldade, porque, muitas vezes, a rigidez
cadavérica não permitia o exame da cavidade bucal. Essa rigidez decorre da
depleção de ATP e da consequente formação de pontes entre os filamentos de
actina e miosina da miofibrila muscular.

CERTO. A rigidez nada mais é do que uma variante da contração muscular


provocada pela escassez de oxigênio nos tecidos. Resulta da diminuição da
renovação do ATP após a morte porque ela passa a depender apenas da via
anaeróbica, com aumento do teor de ácido láctico e consequente acidificação do
tecido muscular. Assim os complexos de actina-miosina não se desfazem.

15) UNIVERSA/ Médico-Legista/ GO/ 2010 Prova do curso de


formação. A constatação de rigidez muscular nos membros inferiores
precedendo aos superiores
A) pode ser consequência de esforço físico intenso
B) ocorre nos enforcamentos com suspenção completa
C) ocorre em qualquer tipo de asfixia
D) resulta do trauma que ocorre nas pernas
E) somente se verifica após mobilização prévia dos membros superiores

RESPOSTA A. Qualquer condição que determine redução do oxigênio no tecido


muscular ou excesso de consumo (exercício muscular intenso, convulsões,
hipertermia) reduz a concentração do ATP muscular, dificultando a separação
do complexo acitna-miosina, responsável pela rigidez.

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16) UNIVERSA/Perito Criminal/Prova 3 Odontologia/PCDF/2012 De


acordo com a regra de Niderkorn, em condições habituais, a rigidez
cadavérica que começa a se instalar entre três e seis horas após o óbito é
considerada
A) normal.
B) precoce.
C) muito precoce.
D) tardia.
E) muito tardia.

RESPOSTA A. Questão difícil por ser muito específica.


Algumas regras foram estabelecidas, por diversos autores, para permitir a sua
estimativa em relação ao momento da morte:
- Regra de Bonnet - A rigidez se inicia logo após a morte, atingindo o seu total
desenvolvimento até a 15ª hora e depois desaparece lentamente. Acaba
quando os fenômenos destrutivos, de putrefação, se instalam.
- Regra de Fávero - O processo se inicia logo na primeira hora e se generaliza
entre 2 e 3 horas, atingindo o seu máximo após 5 a 8 horas.
- Regra de Niderkorn - Considera-se precoce a rigidez que ocorre até a 3ª
hora; é normal entre a 3ª e 6ª horas; diz-se tardia quando sobrevem entre a 6ª
e 9ª horas e chama-se de muito tardia, quando ocorre depois da 9ª hora.

17) FGV/Perito Legista Odontologia/PCRJ 2011 São considerados


fenômenos abióticos mediatos:
A) parada cardiorespiratória, desidratação cadavérica e palidez.
B) abolição do tônus muscular, esfriamento do cadáver e livores hipostáticos.
C) midríase, abolição do tônus muscular e palidez.
D) desidratação cadavérica, livores hipostáticos e rigidez cadavérica.
E) desidratação cadavérica, esfriamento do cadáver e midríase.

RESPOSTA D. Acabamos de estudá-los: desidratação cadavérica, esfriamento


cadavérico, manchas de hipóstase, rigidez cadavérica.

18) NCE UFRJ/ Perito Legista Odontologia/PCRJ 2001 São considerados


sinais abióticos mediatos:
A) maceração e parada de circulação;
B) evaporação tegumentar e suas consequências, equilíbrio térmico, hipóstase,
rigidez cadavérica, mancha verde abdominal;

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C) parada da circulação, parada da respiração, fácies hipocrática: olhos fundos,


nariz afilado, têmporas deprimidas e rugosas, orelhas repuxadas para cima,
lábios caídos, região geniana deprimida;
D) mumificação, saponificação, maceração;
E) flacidez cadavérica, parada de circulação, parada de respiração.

RESPOSTA B. A alternativa B é a única que tem somente sinais abióticos


mediatos, conforme o quadro que coloquei anteriormente. As outras
alternativas misturam sinais imediatos com os transformativos.

- espasmo cadavérico: é um fenômeno raro, não é bem explicado e se


caracteriza por uma rigidez abrupta, generalizada e violenta, sem o
relaxamento muscular que precede a rigidez comum. É também chamada de
rigidez cadavérica cataléptica, estatutária ou plástica.

19) FGV/Perito Legista (Clínica Médica)/2011 Assinale a alternativa que


completa corretamente o fragmento a seguir: Com relação à rigidez muscular,
considera-se espasmo cadavérico _____
A) a contração de alguns segmentos da musculatura logo após a morte.
B) a inversão na ordem de instalação da rigidez (lei de Nysten).
C) o encurtamento das fibras musculares quando a rigidez é muito rápida.
D) a ficção criada por relato dos autores antigos.
E) a manutenção da última contração muscular em vida até a instalação da
rigidez.

RESPOSTA E. A Banca usou a definição do livro do Hygino “é um fenômeno


muito discutido e raro. Significa a manutenção da última atitude tomada pelo
indivíduo antes de morrer, fixada até à instalação da rigidez muscular”.

3. TAFONOMIA

A tafonomia forense é o estudo de todas as fases que o ser humano passa


após a morte – de destruição ou conservação – no interesse judicial ou forense.
Os fenômenos transformativos podem ser divididos em destrutivos e
conservadores.
Os fenômenos transformativos destrutivos são:
- autólise: é o processo de destruição celular, caracterizado por uma
série de fenômenos fermentativos anaeróbicos que se verifica na intimidade da
célula, motivados pelas próprias enzimas celulares. É o mais precoce dos

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fenômenos cadavéricos. Esse processo passa por duas fases: fase latente em
que as alterações são apenas no citoplasma e a fase necrótica em que há
comprometimento do núcleo.
- putrefação: consiste na decomposição fermentativa da matéria
orgânica por ação de diversos germes. Entre os fatores que mais interferem na
decomposição cadavérica destacam-se a temperatura, a aeração, a higroscopia
do ar, o peso do corpo, as condições físicas, a idade do morto, a causa morte, a
ação bacteriana e de insetos necrófagos (fig. 08 e 09).

Fig. 08 – Corpo em putrefação. Fig. 09 - Detalhe para o rosto da vítima


com grande quantidade de larvas
necrobiontófagas

20) ACADEPOL/DELEGADO PCMG/2011 Constituem fatores, que interferem


na evolução da putrefação cadavérica, exceto :
A) Temperatura ambiente.
B) Espasmo cadavérico.
C) Idade do morto.
D) Umidade do ar.

RESPOSTA B. Entre os fatores que mais interferem na decomposição cadavérica


destacam-se a temperatura, a aeração, a higroscopia do ar, o peso do corpo, as
condições físicas, a idade do morto, a causa morte, a ação bacteriana e de
insetos necrófagos. Realmente espasmo cadavérico não interfere na putrefação.

21) CESPE / Perito Criminal Federal (área 12) Medicina/PF 2013 Em


abordagem interdisciplinar com a área tafonômica, o legista pode servir-se do
auxílio de entomologista para o estudo da ação de artrópodes e insetos

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necrófagos, visando estabelecer a cronologia dos eventos relacionados à morte


(cronotanatognose).

RESPOSTA C. Resposta dada pela Banca: “A tafonomia estuda o registro da vida


no passado biológico, através a prospecção e identificação através de fósseis,
mas tem serventia na medicina legal e na criminalística, pois estuda, também,
os processos biológicos e geológicos que influenciam e contaminam materiais
orgânicos e os entomologistas também possuem grande importância no estudo
de insetos e suas correlações com a cronotanatognose.” Entomologia forense é
a ciência que utiliza o estudo dos insetos para os diversos interesses da justiça,
inclusive o tempo de morte. Não vamos estudar entomologia, mas é um
assunto muito interessante e vocês precisam saber pelo menos o que é.

Embora não haja uma rigorosa precisão, a putrefação passa por quatro
períodos:
1. Período cromático ou de coloração: inicia-se em geral pela mancha
verde abdominal (fig. 10), localizada, de preferência, na fossa ilíaca direita
(exceto em recém nascidos que se inicia no tórax) ocorre pela ação de
micróbios aeróbios, anaeróbios e facultativos sobre o ceco. Daí vai se
difundindo para o resto do corpo.

Fig. 10

22) ESCRIVÃO PCMG/2011 Estudando a evolução temporal da putrefação


cadavérica, denominamos o seu primeiro sinal externo visível de
A) circulação cutânea póstuma.
B) mancha verde abdominal.
C) combustão espontânea.
D) enfisema putrefativo.

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RESPOSTA B. Realmente o primeiro sinal visível da putrefação é a mancha


verde abdominal. Daí vai-se difundindo por todo o abdome, tórax cabeça e
membros. A tonalidade azul-esverdeada vai escurecendo até atingir o verde-
enegrecido, dando ao cadáver um tom bastante escuro.

2. Período gasoso ou enfisematoso: Do interior do corpo, vão surgindo


os gases de putrefação (enfisema putrefativo), com bolhas na epiderme, de
conteúdo líquido hemoglobínico. O cadáver toma um aspecto gigantesco,
principalmente na face, no abdome e nos órgãos genitais masculinos, dando-lhe
a posição de lutador (11 e 12). Nota-se a projeção dos olhos e da língua e a
distensão do abdome. Esses gases também podem fazer pressão sobre o
sangue que foge para a periferia e, pelo destacamento da epiderme, esboça na
derme o desenho vascular conhecido como circulação póstuma de Brouardel
(fig. 13). O aumento da pressão abdominal pode produzir prolápso do reto e do
útero, além de elevação do diafragma. Nos casos de útero gravídico, pode
ocorrer a expulsão post mortem do feto. A putrefação exerce uma
desorganização nas estruturas anatômicas dos órgãos internos, de uma forma
intensa. O cérebro se transforma em uma massa acinzentada, que escorre da
cavidade craniana assim que aberta (Fig. 14) . Os pulmões se tornam muito
colapsados e o coração amolecido com coloração pardo-escura. Líquidos nas
cavidades pleurais são freqüentes. O fígado, também amolecido, apresenta, ao
corte, cavidades que lembram um queijo suíço.

Fig. 11- cadáver na fase gasosa Fig. 12 - Detalhe para as bolhas

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Fig. 13 - Circulação póstuma de Brouardel.

Fig. 14

23) FUMARC/PERITO CRIMINAL/PCMG/2013 O esboço vascular na derme,


denominado de circulação póstuma de Brouardel, caracteriza o período
A) coliquativo da putrefação.
B) cromático da putrefação.
C) gasoso da putrefação.
D) liquefativo da putrefação.

RESPOSTA C. Questão bem direta. A circulação póstuma de Brouardel aparece


no período gasoso segundo o França (2011). Entretanto, para o Hygino (2014),
ela aparece na fase da coloração, conforme a próxima questão que caiu na
prova de Médico-Legista da PCDF (2015). Veja:

24) UNIVERSA/MEDICO-LEGISTA/PCDF/2015 A fase da putrefação que


aparece entre 18 a 24 horas de morte e é caracterizada pela distensão
abdominal resultante da produção de gás por bactérias, que comprime os
grandes vasos e o coração, levando à ocorrência da circulação póstuma de
Brouardel, denomina-se

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A) fase de enfisema.
B) fase de coliquação.
C) fase de coloração.
D) maceração.
E) mancha verde abdominal.

RESPOSTA C. Conforme já comentei na questão anterior.

3. Período coliquativo ou liquefação: esta fase se manifesta pela dissolução


pútrida do cadáver cujas partes moles vão pouco a pouco reduzindo-se de
volume pela desintegração progressiva dos tecidos (fig. 15). Os tecidos se
transformam em uma massa pastosa, semilíquida, escura e de intensa fetidez
que recebe o nome de putrilagem.

Fig. 15

4. Período de esqueletização: fase em que os ossos estão presos apenas por


alguns ligamentos. No final do período coliquativo, a putrilagem acaba por
secar, desfazendo-se em pó. O tempo necessário para a esqueletização é
extremamente variável conforme as condições climáticas e do
ambiente.

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Fig. 16

25) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 NÃO é correto o que se afirma


em:
A) Putrefação é a decomposição do corpo pela ação de bactérias saprófitas.
B) A causa da morte influencia tanto na intensidade quanto na duração da
rigidez cadavérica.
C) Quanto maior a massa muscular, maior será o tempo para que se perceba a
rigidez cadavérica.
D) A velocidade de evolução da putrefação cadavérica é a mesma, não
importando o cadáver estar ao ar livre, enterrado no solo ou sob a água.

RESPOSTA D. A temperatura muito alta acelara e muito baixa retarda a marcha


da putrefação. Assim, abaixo de 0°, não se inicia esse fenômeno. O solo
também influencia na putrefação. Em locais muito ácidos pode fazer
desaparecer o corpo por completo. Sobre a letra B ainda não tinha falado. A
causa mortis tem notável influência na marcha desse processo. As vítimas de
graves infecções e grandes mutilações putrefam-se mais rapidamente. O
arsênico, os antibióticos e certos medicamentos retardam a putrefação.

26) FGV/Perito Legista Odontologia/PCRJ 2011 Um processo de grande


importância na cronotanatognose desenvolve-se em quatro fases: período
cromático, período enfisematoso, período coliquativo e período de
esqueletização. Esse processo é denominado:
A) autólise.
B) putrefação.
C) maceração.

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D) coreificação.
E) mumificação.

RESPOSTA B. Questão fácil. Conforme acabamos de ver as 4 fases da


putrefação. Prestem atenção nos sinônimos (cromático ou de coloração, gasoso
ou enfisematoso, coliquativo ou de liquefação).

27) FGV/Odontolegista/PC-MARANHÃO/2012 O processo de putrefação se


desenvolve em 4 fases. O reconhecimento destas fases pode ser uma
importante ferramenta na cronotanatognose. Analise as alternativas a seguir e
assinale aquela que não corresponde a uma etapa do processo de putrefação.
A) Período de autólise.
B) Período cromático.
C) Período enfisematoso.
D) Período coliquativo.
E) Período de esqueletização

RESPOSTA A. Viram como as questões se repetem? Questão muito parecida


com a anterior.

28) NCE UFRJ/ Perito Legista Odontologia/PCRJ 2001 A putrefação


consiste na decomposição do corpo por ação de bactérias saprófitas que o
invadem passado algum tempo da morte, ela se divide em fases ou períodos
que se sucedem. Assinale a opção, corretamente ordenada, das fases ou
períodos da putrefação:
A) maceração, coliquação, esqueletização;
B) coloração, enfisema, coliquação, esqueletização;
C) enfisema, coloração, coliquação, esqueletização;
D) enfisema, coliquação, coloração, esqueletização;
E) coloração, coliquação, enfisema, esqueletização.

RESPOSTA B. Parecida com a questão anterior só que aqui pediu as fases.

- maceração – é um fenômeno de transformação destrutiva em que a pele do


cadáver, que se encontra em meio contaminado, se torna enrugada e amolecida
e facilmente destacável em grandes retalhos (fig. 17). Esse fenômeno é mais
bem observado na maceração fetal, na qual a epiderme se destaca facilmente e
os tegumentos apresentam uma tonalidade avermelhada, devido ao fenômeno
da embebição da hemoglobina. Os fetos retirados do útero postmortem sofrem

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a maceração asséptica. Os cadáveres mantidos em meio líquido sob a ação de


germes, como os afogados, marcham para a maceração séptica.

Fig. 17
29) ACADEPOL/DELEGADO PCMG/2011 Denomina-se o processo especial
de transformação, que ocorre no cadáver do feto retido no útero materno, do
sexto ao nono mês de gravidez:
A) Maceração.
B) Corificação.
C) Mumificação.
D) Saponificação.

RESPOSTA A. Definição de maceração retirada do livro do França “processo


especial de transformação, que ocorre no cadáver do feto retido no útero
materno, do sexto ao nono mês de gravidez”

Agora vamos ver os fenômenos transformativos conservadores que são:

- mumificação – é um processo transformativo de conservação do cadáver,


podendo ser natural, artificial ou misto. A natural é quando o cadáver é
submetido a evaporação rápida de seu componente líquido e os tecidos
adquirem aspecto de couro curtido, ou seja, múmia, ocorrendo em local quente
e seco. A artificial é feita com emprego de processo, resinas, formol e outras
substâncias conservadoras, ou seja, embalsamamento. A mista é uma
combinação dos processos natural e artificial. O cadáver mumificado
apresenta-se reduzido em peso, pele dura, seca, enrugada e de tonalidade
enegrecida, cabeça diminuída de volume e a face conserva vagamente os traços
fisionômicos (fig. 18).

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Fig. 18

- saponificação ou adipocera – é um processo transformativo de


conservação em que o cadáver adquire consistência untuosa, mole, como o
sabão ou cera, às vezes quebradiça e tonalidade amarelo-escura, exalando odor
de queijo rançoso. As condições exigidas para o surgimento da saponificação
cadavérica são: solo argiloso e úmido, que permite a embebição e dificulta,
sobremaneira, a aeração, e um estágio regularmente avançado de putrefação. É
raro encontrar um cadáver totalmente transformado por esse fenômeno
especial (fig. 19 e 20). Mais comum é encontrar um cadáver com pequenas
partes ou segmentos limitados (fig. 21) O interesse médico-legal na
saponificação reside no fato de se permitir realizar uma série de exames algum
tempo depois da morte.

Fig. 19 Fig. 20

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Fig. 21

30) UNIVERSA/Perito Criminal/Prova 3 /PCDF/2012 Como consequência


da cessação da vida, o corpo começa a apresentar uma série de alterações que
caracterizam a evolução e a transformação que sofre o cadáver. Um desses
sinais é denominado saponificação. No contexto da tanatologia, a saponificação
cadavérica é considerada um fenômeno
A) abiótico imediato
B) abiótico consecutivo
C) transformativo destrutivo
D) transformativo conservador
E) amplificador revelador-definidor

RESPOSTA D. Conforme acabamos de definir.

31) UNIVERSA/ Médico-Legista/ GO/ 2010 Prova do curso de


formação. Dos fenômenos conservadores, qual exige processo prévio de
putrefação?
A) mumificação
B) saponificação
C) petrificação
D) corificação
E) fossilização

RESPOSTA B. Para que ocorra a saponificação há necessidade de que se inicie a


putrefação, pois as enzimas bacterianas, principalmente do gênero Clostridium
têm que começar a hidrólise das gorduras neutras (triglicerídios) para que os
ácidos graxos sejam liberados, os quais em contato com elementos minerais da
argila se transformam em ésteres.

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32) NCE UFRJ/ Perito Legista Odontologia/PCRJ 2001 Os fenômenos


conservadores são aqueles que naturalmente conservam o corpo do indivíduo,
após a morte. Assinale, entre as opções abaixo, a única que corresponde a um
processo natural que conserva o cadáver:
A) coliquação;
B) embalsamamento;
C) maceração;
D) saponificação;
E) sulfometemoglobinização.

RESPOSTA D. Vimos que a coliquação é uma fase da putrefação. A combinação


de hidrogênio sulfurado + hemoglobina = sulfometemoglobina que é o que
causa a coloração da mancha verde abdominal, portanto faz parte do período
cromático, também da putrefação. A maceração é um processo destrutivo. O
embalsamento é uma técnica que consiste em introduzir nos vasos do cadáver
líquidos desinfetantes, conservadores e de alto poder germicida, portanto, de
natural não tem nada! Então só sobra a alternativa D que é a saponificação que
acabamos de ver.

33) UNIVERSA / MEDICO LEGISTA GO/2015 Há um fenômeno


cadavérico que produz material esbranquiçado, mole e um pouco friável,
que aparece nas partes gordurosas de um cadáver localizado em áreas
de difícil acesso ao ar atmosférico, com baixa oxigenação e calor úmido;
as formas do corpo, bem como suas feições podem ser preservadas por
meses e anos a fio, permitindo o reconhecimento do indivíduo, após todo
esse tempo, e favorecendo o exame de lesões porventura existentes. Com
base nessas informações, assinale a alternativa que apresenta esse
fenômeno cadavérico.
A) putrefação
B) mumificação
C) maceração
D) saponificação
E) maceração acéptica

RESPOSTA D. Vocês precisam extrair as dicas que o enunciado trouxe. Pela


frase “as formas do corpo, bem como suas feições podem ser
preservadas” você já sabe que é um processo conservativo. Então só sobram as
letras B ou D, pois as outras assertivas são processos destrutivos. A frase

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“material esbranquiçado, mole e um pouco friável, que aparece nas partes


gordurosas” já dá a resposta: trata-se da saponificação, conforme estudamos.

- calcificação: fenômeno transformativo conservador que se caracteriza pela


petrificação ou calcificação do corpo. Ocorre mais frequentemente em fetos
mortos e retidos na cavidade uterina, constituindo-se nos chamados litopédios.

- corificação: fenômeno transformativo conservador muito raro, foi observado


em cadáveres que foram acolhidos em urnas metálicas. O cadáver submetido a
tal fenômeno apresenta a pele de cor e aspecto do couro curtido recentemente.

4. ESTIMATIVA DO TEMPO DE MORTE (CRONOTANATOGNOSE)

A cronotanatognose estuda o espaço de tempo verificado em diversas


fases do cadáver e o momento em que se verificou o óbito. Quanto maior é
esse espaço, mais dificultosa será a perícia. É um dos assuntos mais complexos
da Medicina Legal devido à dificuldade de exatidão, da complexidade dos
parâmetros utilizados e da “pressão” exercida sobre os peritos para que se
calculem a estimativa do tempo de morte. A importância desse estudo está não
apenas nas soluções de questões civis ligadas à premoriência no interesse na
sucessão, mas também em determinar-se a responsabilidade criminal.
- Esfriamento: Na análise desse fenômeno, não devem ser esquecidas as
variadas condições do cadáver e do meio ambiente. Geralmente nas três
primeiras horas a queda da temperatura do corpo é em torno de 0,5°C e da
quarta hora em diante o decréscimo é em torno de 1,0°C até equilibrar-se com
o meio ambiente. Isto até cerca de 12h após a morte.
- Livores de hipóstase: em geral, essas manchas surgem em média 2 a 3h
depois da morte, fixando-se definitivamente em torno de 12h. Nesse espaço de
tempo, com a mudança de decúbito, esses livores podem mudar de posição.
- Rigidez cadavérica: em geral surge na mandíbula e nuca da 1ª a 2ª h
depois do óbito, da 2ª a 4ª h nos membros superiores, da 4ª a 6ª h nos
músculos torácicos e abdominais, e finalmente entre 6ª e 8ª h nos membros
inferiores. A flacidez muscular pelo desaparecimento do rigor mortis, aparece
progressivamente na mesma sequência, iniciando-se, portanto, pela mandíbula
e nuca (Lei de Nysten), surgindo com o início da putrefação.
- Mancha verde abdominal: O aparecimento dessa mancha surge entre 24 e
36h depois da morte quase sempre na fossa ilíaca direita (região do ceco). Essa
mancha se estende por todo o corpo depois do 3° ao 5° dia e sua tonalidade se
acentua cada vez mais, dando uma coloração verde-enegrecida ao corpo.

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- crioscopia do sangue: o ponto de congelação do sangue afasta-se à medida


que evolui o tempo de morte.
- conteúdo estomacal: analisa-se o alimento encontrado no estômago do
cadáver. Alimentos reconhecíveis => morreu 1-2h após a última refeição.
Alimentos em fase final da digestão => morreu 4 a 7h. Estômago vazio =>
mais de 7h da última refeição.
- crescimento dos pelos da barba: será possível se souber a hora em que o
indivíduo se barbeou pela última vez.
- fauna cadavérica: a entomologia médico-legal estuda a evolução dos
insetos e de outros artrópodes na estimativa do tempo de morte (como mostrei
na fotografia a colonização do cadáver por moscas).
- fundo de olho: com a paralisação da circulação dos vasos da retina,
observam-se, ao exame de fundo de olho, a fragmentação da coluna sanguínea
(duas horas post mortem), o aparecimento do anel isquêmico perivascular
(cinco horas post mortem) e o desaparecimento dos vasos sanguíneos
começando pelas arteríolas, vênulas, artérias até as veias (vinte e cinco horas
post mortem).

Em resumo, de acordo com Couto (2011), a cronotanatognose ficaria assim


distribuída.
 Até 2 horas de morte:
 Corpo flácido
 Temperatura quente
 Ausência de livores
 De 2 a 4 horas:
 Rigidez de nuca e mandíbula
 Início dos livores
 Alterações oculares (fundo de olho)
 De 4 a 6 horas:
 Rigidez de membros superiores, nuca e mandíbula
 Livores
 Alterações oculares (fundo de olho)
 De 8 a 16 horas:
 Rigidez generalizada
 Manchas de hipostase
 Alterações oculares (fundo de olho)
 De 16 a 24 horas:
 Rigidez generalizada
 Início da mancha verde abdominal
 Alterações oculares (fundo de olho)
 De 24 a 48 horas:

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 Início da flacidez
 Mancha verde abdominal
 Alterações oculares (fundo de olho)
 De 48 a 72 horas:
 Disseminação da mancha verde abdominal
 Fase gasosa
 Alterações oculares (fundo de olho)
 2 a 3 anos:
 Desaparecimento das partes moles do corpo
 Presença de insetos
 Após 3 anos:
 Esqueletização completa.

34) UNIVERSA/Perito Criminal/Prova 3 Odontologia/PCDF/2012 Com


relação aos fundamentos relacionados à cronotanatognose, assinale a
alternativa correta
A) O esfriamento do cadáver representa um dos fenômenos mais
importantes na estimativa do tempo de morte, obtendo-se uma avaliação mais
precisa quanto a esse aspecto depois de decorridas doze horas da cessação da
vida.
B) Para a determinação da morte a partir da análise da perda de peso, faz-se
necessário saber, com a maior precisão possível, o peso do corpo no momento
do óbito, o que inviabiliza a utilização de tal parâmetro na maioria dos casos
para estimativa do tempo de morte.
C) Um fenômeno importante na determinação do tempo da morte é a análise
dos livores hipostáticos, formados geralmente em torno de 30 minutos após o
óbito, atingindo o máximo de intensidade e extensão 2 horas após a morte,
fixando-se definitivamente.
D) A rigidez cadavérica é um dos elementos mais precisos na determinação
do tempo de morte, pois leva em consideração a rigidez em diferentes regiões
anatômicas (nuca, membros superiores, membros inferiores e outros) e não
sofre influência do meio externo e do interno.
E) Os gases da putrefação normalmente não são considerados na estimativa
do tempo de morte. Apesar de serem importantes para a determinação da
morte em si, não há variação relevante nos tipos de gases formados ao longo
das horas após a morte. Destarte, os gases da putrefação possuem discreta
relevância na cronotanatognose.

RESPOSTA B
A) ERRADO. A melhor estimativa com essa técnica é até 12 horas após a morte.
B) CORRETO.

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C) ERRADO. Essas manchas surgem em média 2 a 3h depois da morte, fixando-


se definitivamente em torno de 12h.
D) ERRADO. Errou no final pois sofre sim influência do meio externo e do
interno.
E) ERRADO. 1° dia: gases não inflamáveis; 2° ao 4° dia: gases inflamáveis; 5°
dia em diante: gases não inflamáveis. Isso porque no 1° dia estão em atividade
as bactérias aeróbicas produtoras de gás carbônico. Do 2° ao 4° dia surgem
além das aeróbias, as facultativas, formando o hidrogênio e os hidrocarbonetos,
que são inflamáveis. Finalmente, do 5° dia em diante, se produzem o azoto, o
hidrogênio e amônias compostas não inflamáveis.

35) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Durante uma necropsia,


obervou-se que o corpo apresentava manchas de hipóstase fixas. Com este
dado, é correto afirmar que o tempo de morte é, no mínimo, de
A) 2 horas.
B) 24 horas.
C) 12 horas.
D) 6 horas.
E) 8 horas.

RESPOSTA C. Se as manchas já estão fixas então o corpo já tem no mínimo 12


horas de morte. Hipostases fixas quer dizer que não adianta mudar o cadáver
de posição que elas não mudarão.

36) VUNESP/DELEGADO DE POLICIA/2014/PCSP Considere a situação em


que um cadáver é encontrado por seus familiares em domicílio, 4 dias após a
morte. Assinale a alternativa que corresponde ao fenômeno cadavérico que já
se desfez, nesse período (4 dias).
A) Gases inflamáveis derivados de ação de bactérias facultativas.
B) Rigidez cadavérica.
C) Cristais de Westenhöffer-Rocha-Valverde no sangue periférico.
D) Mancha verde disseminada por todo o corpo.
E) Livores de hipóstase.

RESPOSTA B. A rigidez desaparece quando se inicia a putrefação, então no 4°


dia o corpo já está flácido. Sobre os cristais de Westenhöffer-Rocha-Valverde
ainda não tinha falado. Eles surgem no sangue depois do 3º dia de morte.

37) IBFC/TÉCNICO EM NECROPSIA/EBSERH/2016 Em tanatologia forense


existem vários fenômenos transformativos do cadáver como o resfriamento

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paulatino do corpo, e a rigidez cadavérica, que devem ser avaliados pelo perito
e pelo técnico. Sobre esses fenômenos, todas as alternativas abaixo são
corretas, EXCETO:
A) A rigidez cadavérica é fenômeno constante no cadáver, originado por uma
reação química de acidificação em um estado de contratura muscular que
desaparece quando se inicia a putrefação.
B) O refriamento paulatino do corpo não ocorre com rigorosa uniformidade,
sendo influenciado por fatores ambientais, idade, quantidade de gordura
corporal entre outros fatores.
C) O rigor mortis é explicado pela desidratação muscular que produz a
coagulação da miosina associada ao aumento do teor de ácido lático nos
músculos.
D) De um modo geral, admite-se que a temperatura corporal de um cadáver
baixa 10° nas 3 primeiras horas, depois 5° por hora até o restabelecimento do
equilíbrio térmico com o meio ambiente.
E) Em relação à temperatura corporal de um cadáver, criancas e idosos
resfriam mais rapidamente que os adultos.

RESPOSTA D. Como vimos a letra D está errada porque geralmente nas três
primeiras horas a queda da temperatura do corpo é em torno de 0,5°C e da
quarta hora em diante o decréscimo é em torno de 1,0°C até equilibrar-se com
o meio ambiente.

38) IBFC/MEDICO LEGISTA MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO


PAULO/2013 Durante exame necroscópico, constatou-se que o cadáver
apresentava rigidez completa, hipóstases dorsais fixas e mancha verde com
fossa ilícia direita. É possível dizer que:
A) O cadáver permaneceu em decúbito dorsal durante as primeiras 12 horas de
morte.
B) A morte ocorreu certamente há menos de 12 horas.
C) O cadáver esteve em decúbito dorsal no período de fixação dos livores.
D) A morte certamente ocorreu entre 12 e 18 horas antes do exame pericial.
E) A morte certamente ocorreu há mais de 24 horas.

RESPOSTA C. Repare que nas letras B, D e E aparece a palavra “certamente”


que é um termo que não deve ser usado em tanato porque a putrefação
depende vários fatores extrínsicos e intrínsicos. A letra A está errada porque se
o cadáver foi virado antes das fixação dos livores as manchas mudam de
posição então não podemos falar que certamente ele estava em decúbito dorsal

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nas primeiras 12 horas (antes de fixarem). Portanto só sobra a letra C que é a


resposta.

5. LESÕES VITAIS E PÓS-MORTAIS

O diagnóstico diferencial entre as lesões produzidas em vida ou depois da


morte possibilita a elucidação de muitas questões que possam surgir como
decorrência das mais diversas modalidades de traumas, mortais ou não,
proposital ou acidentalmente. A cronologia dos ferimentos pode-se verificar nas
seguintes etapas: a) lesões produzidas bem antes da morte; b) lesões
produzidas imediatamente antes da morte; c) lesões produzidas logo após a
morte; d) lesões produzidas certo tempo depois da morte.
As lesões que se verificam após a morte não apresentam reações vitais,
como: infiltração hemorrágica, coagulação do sangue, retratibilidade dos
tecidos e presença e tonalidade das equimoses, aspecto das escoriações,
reações inflamatórias, embolias, evolução dos calos de fratura, entre outras. As
lesões produzidas após a morte são lesões brancas. A coagulação do sangue é
um fenômeno vital. A incoagulabilidade do sangue é um sinal de morte (sinal de
Donné). Um ferimento provocado em vida mostra-se de bordas afastadas, em
virtude da retração dos tecidos. Os planos superficiais se apresentam com
maior retratibilidade. A presença de uma equimose fala em favor de lesão em
vida.
As queimaduras provocadas depois da morte não apresentam nenhuma
reação vital; bolhas ou flictenas contêm ar ou líquido destituído de leucócito e
albumina. Mas existe uma exceção, justamente cobrada nessa questão. Veja:

Para a elucidação da causa da morte, é necessária a associação de elementos


observados tanto nos locais relacionados ao cadáver, especialmente onde for
encontrado, quanto na sala de necropsia. Considerando esse tema e os
procedimentos a serem adotados pelo médico-legista e as conclusões de suas
observações, julgue os itens subsequentes.
39) CESPE / Perito Criminal Federal (área 12) Medicina/PF 2013 Se
houver halo de hiperemia ao redor de queimadura intensa, o médico-legista
deverá excluir a possibilidade de lesão na pele por calor após a morte.

RESPOSTA E. Resposta dada pela Banca “Segundo literatura especializada, pode


haver halo de hiperemia ao redor de queimadura intensa feita em cadáver, com
cocção de tecidos, porque estes se retraem e espremem o sangue dos vasos
para os tecidos vizinhos que ficam ingurgitados. Não se pode excluir lesão de

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pele por calor caso apareça halo de hiperemia apenas pelo exame, embora seja
uma exceção. Deve-se observar que a afirmação não associa o halo de
hiperemia com lesão pósmorte, e, sim, chama a atenção para a possibilidade da
exceção.” O verbo “deverá” é muito “forte” para ser usado em medicina legal,
desconfiem dele.

Os meios clássicos complementares de diagnóstico entre as lesões in


vitam e post mortem são a prova de Verderau, a prova histológica, a
microscopia eletrônica, a histoquímica e os métodos bioquímicos.
A prova de Verderau consiste em comparar a relação existente entre as
hemácias e leucócitos da lesão suspeita, tomando como parâmetro esses
elementos figurados do sangue de outra região qualquer do corpo.
A prova histológica tem valor mesmo que as lesões tenham-se verificado
muito perto da morte ou logo após ela. A agressão dos tecidos em vida passa
por três fases bem distintas: fase inflamatória (1 a 3 dias), fase proliferativa
(10 a 14 dias) e a fase de reorganização (vários meses). Nas lesões produzidas
em vida, podem ser encontrados: congestão vascular, elementos histiocitários
da reação, elementos fagocitários em ação, marginação leucocitária
intravascular, neoformação vascular, diapedese de elementos de reação.
A microscopia eletrônica mostra a hemostase e seus componentes
celulares e plasmáticos e as diferenças específicas entre os coágulos in vitam e
post mortem serão evidenciadas nas fibras da fibrina e na estrutura das
plaquetas.
A prova histoquímica baseada em técnicas enzimo-histoquímicas
(fosfatase ácida, fosfatase alcalina, etc) que são observadas nos tecidos
cutâneos da periferia das lesões em vida e que não são produzidas depois da
morte.
Os métodos bioquímicos utilizam os mediadores da resposta inflamatória
como meio extraordinário para se diagnosticar de forma precoce e segura a
vitalidade de uma ferida.

40) CESPE/Perito Criminal área 13/PF/2013 A prova de Verderau,


realizada por meio de visualização microscópica, embasada no afluxo
leucocitário para o local de uma lesão, não serve para distinguir se a lesão foi
produzida após a morte ou nos minutos finais que a antecederam.

RESPOSTA C. Resposta do CESPE: Em que pese a prova de Verderau ser usada


para distinguir uma lesão ocorrida em vida, de uma ocorrida após a morte,
quando a morte sobrevém imediatamente após a lesão, ela não tem validade.
Literatura especializada afirma que a prova de Verderau “consiste na
determinação da relação leucócito/hemácia, no foco da lesão e em outro ponto

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qualquer do corpo. Está maior, no foco, quando a lesão foi produzida ainda em
vida. Nas lesões produzidas muito próximo da morte, não há diferença”. E não
há diferença, nesta situação particular colocada no enunciado da questão. E não
há diferença por não ter havido tempo hábil para que ocorra o afluxo
leucocitário para a lesão, base da prova.

41) UNIVERSA / MEDICO LEGISTA GO/2015 Na Tanatologia, a


cronotanatognose é o estudo, por meio de sinais físicos e químicos, da
estimativa da hora da morte. Quanto aos fenômenos cadavéricos ligados
e esse estudo, assinale a alternativa correta.
A) A desidratação é um fenômeno cadavérico de ordem física que causa
perda de peso, apergaminhamento da pele, ressecamento das mucosas e
fenômenos oculares nos cadáveres.
B) Resfriamento do corpo (algidez cadavérica), livores hipostáticos, rigidez
muscular e desidratação são fenômenos cadavéricos de ordem física.
C) A regra de Nysten é aplicável ao fenômeno cadavérico de ordem química
denominado putrefação.
D) A rigidez cadavérica nada mais é do que uma variante da contração
muscular provocada pela escassez de oxigênio nos tecidos. Assim, nos
casos de morte rápida, natural ou violenta, tende a aparecer mais cedo e
a durar menos.
E) A mancha negra da esclerótica, também conhecida como sinal de
Sommer, tem sua gênese no processo de autólise, um fenômeno
cadavérico de ordem química.

RESPOSTA A. Essa questão foi retirada no livro do Hygino (2ª ed. 2014)
Capítulo 09. Esse autor agrupa os fenômenos cadavéricos em fenômenos de
ordem física e fenômenos de ordem química. Os de ordem física são a
desidratação, o resfriamento do corpo e os livores hipostáticos. Os de ordem
química são a autólise, a rigidez muscular, a putrefação, a maceração e os
processos conservadores do cadáver.
A) CORRETO.
B) ERRADO. Rigidez muscular é de ordem química.
C) ERRADO. Vamos corrigir: A regra de Nysten é aplicável ao fenômeno
cadavérico de ordem química denominado putrefação.rigidez muscular
D) ERRADO. A resposta para essa assertiva está na pág. 173 do livro do
Hygino,: “a causa da morte influencia tanto na intensidade quanto na duração
da rigidez. Assim, nos casos de morte rápida, natural ou violenta, demora um
pouco mais para se instalar e atingir o máximo de intensidade, persistindo por
mais tempo. Mas nas asfixias e anemias agudas, tende a aparecer mais cedo e

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durar menos. O fator que determina esta diferença de comportamento é o teor


de ATP muscular no momento da morte”.
E) ERRADO. O sinal de Sommer ocorre devido a desidratação.

42) UNIVERSA / PAPILOSCOPISTA PCDF/2015 Assinale a alternativa que


apresenta um fenômeno cadavérico de ordem física.
A) livor hipostático
B) espasmo cadavérico
C) autólise
D) putrefação
E) rigidez muscular

RESPOSTA A. Cobrou a classificação do Hygino que vimos na questão anterior.

6. NECROPSIA MÉDICO LEGAL

Exame necroscópico, autópsia, necroscopia, tanatoscopia ou necropsia


são termos semelhantes na prática médico-legal. No entanto, a expressão
necrotomopsia seria a mais correta (estudar o morte por cortes). É o conjunto
de operações que tem como meta fundamental evidenciar a causa mortis. A
necropsia é a maior de todas as perícias médico-legais. Oscar de Castro
chamava-a de “a perícia das perícias”.
A necropsia médico-legal além de determinar a morte violenta ou a morte
de causa suspeita, pode fornecer, subsídios para que certos fatos de interesse
da justiça sejam revelados, tais como a causa jurídica da morte, o tempo
estimado de morte, a identificação do morto e outros procedimentos que exijam
a prática médico-legal corrente.
Tipos:
- Necropsia médico-legal ou forense: aquela que visa atender solicitações
da justiça. É ordenada pelas autoridades competentes em toda morte ocorrida
por causa externa, ou seja, não natural e ainda nos casos de morte suspeita, o
exame necroscópico é obrigatório e deve ser realizado nos IMLs.
- Verificação de óbito: realizada por médicos patologistas nos eventos de
morte não-violenta ou natural que ocorreu em indivíduo não assistido por
médico.
- Anatomopatológica ou hospitalar: realizada por patologistas no cadáver
de paciente internado sob regime hospitalar, que faleceu em decorrência de
doença que necessita de esclarecimento sanitário e científico. Necessita de
autorização da família.

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Legislação

A obrigatoriedade e a necessidade da necropsia nos casos de morte


violenta estão disciplinadas no artigo 162 do CPP.

Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se
os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita
antes daquele prazo, o que declararão no auto.

Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame


externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando
as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver
necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância
relevante.

TÉCNICAS DE NECROPSIA

A necropsia compreende a inspeção externa e interna.

Inspeção Externa (ectoscopia)


Nas necropsias forenses tudo tem relevância no exame externo, desde
uma simples tatuagem até picadas de injeção encontradas nas pregas dos
cotovelos ou nas regiões deltoides, porque em algumas situações podem ser de
fundamental importância para a elucidação de certos fatos.
O exame externo compreende tanto o exame de conjunto quanto o
exame dos grandes segmentos do corpo. Exame de conjunto tem por finalidade
a descrição dos elementos para um identificação, principalmente nos casos de
cadáveres desconhecidos, e a descrição dos sinais de óbito, que começam a se
evidenciar decorridas 6 horas do óbito. É no exame de conjunto que os peritos
descrevem o sexo, a compleição física, a estatura, a idade aparente. É também
no exame de conjunto que são tomadas as impressões digitais.
Seguindo o exame de conjunto, passa-se ao exame dos grandes
seguimentos, ou seja, à descrição dos seguimentos na seguinte ordem: cabeça,
pescoço, toráx, abdome, membros superiores, membros inferiores, dorso do
cadáver e genitália externa.
Na cabeça deverão ser examinadas a cor, a distribuição, a forma e
algumas particularidades em relação aos cabelos, bem como a presença de
deformidades, ferimentos e aspectos do couro cabeludo, dando maior atenção
às lesões violentas eventualmente encontradas. As lesões mais importantes
devem ser fotografadas ou representadas por esquemas (como na figura
abaixo) que deverão ser anexados aos laudos.

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A face também deve ser examinada. Sendo de fundamental importância


descrição da disposição das pálpebras – abertas, semi-abertas ou fechadas –
bem como, da cor da íris e da esclerótica, do aspecto das córneas e das
conjuntivas e da abertura das pupilas.
Da mesma forma, deve ser observado se dos orifícios naturais flui algum
líquido, bem como sua consistência e tonalidade.
Em relação ao exame do pescoço deve ser observada sua movimentação,
com o fim de evidenciar quaisquer fraturas na coluna cervical, bem como toda a
sua superfície em busca de ferimentos, sulcos, cicatrizes ou qualquer outro sinal
de violência.
Quanto ao tórax deve ser descrito minuciosamente sua conformação,
sendo que o abdome deverá ser estudado observando o seu grau de distensão
ou de depressão, como também manchas, cicatrizes e lesões traumáticas.
Os membros superiores e inferiores devem ser relatados com detalhes
quanto às lesões, atitudes das mãos, deformidades, descrição das unhas e
estigmas profissionais.

Inspeção interna

Na inspeção interna deve ser feito o exame da cavidade craniana, das


cavidades torácicas e abdominal, da cavidade vertebral, dos órgãos do pescoço
e das cavidades acessórias da cabeça.
Existem livros inteiros somente de técnicas de necrópsia. Um deles é
“Manual de Técnicas em Necropsia Médico-Legal” de Prestes Jr. e Ancillotti. As
figuras que vou colocar foram retiradas desse livro.

Existem quatro técnicas básicas de necropsia (The University of Texas,


2004):

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- Técnica de Rokitansky (1842): os órgãos são abertos e examinados no próprio


sítio anatômico, sendo posteriormente retirados de maneira isolada. Rokitansky
buscava desvendar se os elementos físicos representavam o padrão de
referência quanto ao aspecto e à topografia usuais; após essa etapa seguia-se o
exame peculiar de cada órgão.
- Técnica de Ghon (1890): a evisceração se dá através de monoblocos de
órgãos relacionados anatomicamente e/ou funcionalmente. O exame interno é
realizado na seguinte ordem:
* abertura do crânio: a incisão no couro cabeludo, chamada de bimastóide,
deve ser feita cerca de 1 a 2cm atrás da borda inferior do pavilhão auricular
direito até alcançar o ponto contralateral. As duas partes são descoladas da
calota e rebatidas. Não cortar completamente o osso com a serra para evitar
lesões no cérebro.

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O passo seguinte é a inspeção da dura-mater. Após a retirada do encéfalo,


examina-se a base do crânio com a abertura dos seis venosos e,
posteriormente, proceder à remoção da hipófase.
* abertura da cavidade toracoabdominal (1°, 2°, 3°, 4° monobloco): realiza-se
uma incisão descendente, em forma de Y, que se inicia no ombro esquerdo,
passando internamente aos mamilos até atingir o terço inferior da região
esternal e, em seguida, ascende ao ombro direito. Exposto o gradil costal, faz-
se uma incisão mediana desde a margem inferior do corte anteriormente
referido até o púbis. Os órgãos precisam ser examinados antes de eviscerados.
Essa incisão descrita é chamada de biacromioxifopubiana. Outro tipo de incisão
é a submentoxifopubiana que, embora mais prática, apresenta pior resultado
estético após o fechamento da pele.

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O primeiro monobloco é formado pelas estruturas anatômicas que se


encontram no mediastino, estendendo-se até os pulmões e os órgãos da boca e
do pescoço. O segundo monobloco é constituído pelo sistema digestivo,
representado por segumento do esôfago e do duodeno, estômago, pâncreas,
fígado e baço. O terceiro monobloco compõe-se das glândulas supra-renais,
rins, ureteres, bexiga, reto, próstata e visículas seminais (no caso do homem) e
útero, tubas uterinas e ovários (no caso da mulher). O quarto monobloco é
formado pelo segmento terminal do duodeno, jejuno, íleo e cólon. Embora seja
o último, esse monobloco deverá ser o primeiro a ser examinado logo após a
abertura da cavidade, devido à rápida autólise que ocorre no trato
gastrointestinal. Finalizada a técnica, todo o líquido contido das cavidades
deverá ser drenado. Recolocam-se no interior do cadáver todos os órgãos que
não serão levados para exames complementares, sutura-se a pele de baixo
para cima e lava-se o cadáver.

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- Técnica de Virchow (1893): os órgãos são removidos um a um e, em seguida,


examinados fora do seu local anatômico, sendo de grande valia na patologia
forense.
- Técnica de Letulle (1900): faz-se uma grande incisão nas cavidades torácica e
abdominal, a fim de se ter uma ampla visão do conjunto de suas vísceras; o
conteúdo das cavidades torácica e abdominal é retirado em um só bloco.

Geralmente a necropsia em fetos, recém-nascidos e lactentes é similar à


que se emprega nos adultos, com algumas variações. A incisão do pescoço e do
tronco pode ter início na região submentoniana, seguindo a linha média, onde
deverá cercar o umbigo de ambos os lados em forma de V inverto até atingir as
fossas ilíacas. É extremamente importante determinar se o feto respirou ou
não. Para isso, não é suficiente a análise visual dos pulmões, mas executar
várias provas, denominadas docimásias pulmonares. O exame da placenta,
quando disponível, é parte integrante da necropsia fetal e perinatal.

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43) UNIVERSA/MEDICO-LEGISTA GO CURSO DE FORMAÇÃO/2010. A


respeito da necropsia médico-legal assinale a alternativa correta.
A) a prática de necropsia forense fornece ao perito médico-legal a capacidade
de esclarecer situações no campo da investigação criminal, utilizando-se de
técnicas com fundamentação científica, além de interpretações intuitivas e
informações de testemunhas.
B) cadáveres encontrados na fase gasosa da putrefação, com histórico de
doença prévia e sem indícios de morte violenta são de responsabilidade do
SVO.
C) o artigo 162 do CPP, que dispõe sobre necropsias nos casos de morte
violenta, regulamenta que bastará o simples exame externo do cadáver,
quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver
necessidade de exame interno para verificação de alguma circunstância.
D) o dispositivo referido no art. 162 do CPP autoriza à pessoa do perito criminal
a dispensa do exame interno do cadáver, visto que as evidências das lesões
externas e a perícia detalhada do local do óbito permitem identificar a causa
jurídica da morte.
E) as consideradas “mortes evidenciadas” para a ciência médico-legal, por
exemplo, o despojamento de um corpo por acidente ferroviário, uma
decapitação, uma carbonização total ou um esmagamento crânio-facial dão ao
perito a certeza da causa mortis e de sua natureza jurídica.

RESPOSTA C.

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A) ERRADO. A perícia é objetiva. Não usa interpretações intuitivas e


informações de testemunhas.
B) ERRADO. Neste caso é competência do IML.
C) CORRETO. Cópia do parágrafo único do artigo 162.
D) ERRADO. Assertiva totalmente descabida. Não tem nada disso no artigo
162.
E) ERRADO. Alguém pode ter sido assassinado e depois atearam fogo. Então só
porque chegou no IML um corpo carbonizado não dá a “certeza” da causa
mortis, muito menos a natureza jurídica da morte.

44) IBFC/MEDICO LEGISTA MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO


PAULO/2013 Nas necropsias médico-legais, o médico legista deve:
A) começar a necropsia com o exame externo, já com o cadáver totalmente
despido.
B) concluir o seu laudo necroscópico por intuição.
C) ilustrar as lesões através do registro em esquemas ou fotografias.
D) solicitar exame toxicológico somente em casos de morte indeterminada.
E) fazer exame externo sumário ou omisso.

RESPOSTA C. A letra C é baseada no artigo 165 do CPP: “Para representar as


lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo
do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricado”.

Vamor terminando por aqui. Bons estudos!

Geraldo Miranda

7. QUESTÕES DA AULA DE HOJE

1) CESPE / Perito Criminal Federal (área 12) Medicina/PF 2013 Para


uma pessoa ser considerada clinicamente morta, todas as células de seu
organismo devem estar mortas.

2) CESPE / Perito Criminal Federal (área 12) Medicina/PF 2013 Entre os


sinais de morte cerebral está incluída a imobilidade, representada pela ausência
de contração das fibras musculares cadavéricas. Em pessoas mortas, a
contratilidade muscular pode ocorrer mediante resposta a alguns estímulos
especiais, entre eles o elétrico.

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3) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Em um acidente de grandes


proporções, houve queda de aeronave, seguida de explosão, contendo 200
passageiros, com carbonização dos corpos, sem nenhum sobrevivente. A morte
simultânea dos passageiros denomina-se
A) inferência.
B) não sobrevivência.
C) comoriência.
D) premoriência.
E) falência.

4) UNIVERSA/Perito Criminal/Prova 3 /PCDF/2012 No contexto da


tanatologia forense, existe uma tríade amplamente citada que define,
clinicamente, o estado de morte aparente levando-se em consideração os
seguintes parâmetros: imobilidade, ausência aparente da respiração e ausência
de circulação. Assim, na morte aparente, esses três elementos, em conjunto,
têm a denominação da tríade de:
A) Thoinot
B) Nysten
C) Docimasias
D) Etiene Rollet
E) Sommer e Larcher

5) FGV/Odontolegista/PC-MARANHÃO/2012 A morte aparente pode ser


definida como um estado transitório em que as funções vitais “aparentemente”
estão abolidas, em consequência de uma doença ou entidade mórbida que
simula a morte. A tríade de Thoinot, que define clinicamente o estado de morte
aparente, é composta por
A) imobilidade, ausência real da respiração e ausência de circulação.
B) rigidez articular, ausência aparente da respiração e ausência aparente de
circulação.
C) imobilidade, ausência aparente da respiração e ausência de circulação.
D) rigidez cadavérica, ausência aparente da respiração e ausência de circulação.
E) rigidez articular, ausência real da respiração e ausência de circulação.

6) UNIVERSA/Perito Criminal/Prova 3 /PCDF/2012 Na tanatologia, a


causalidade permite distinguir algumas formas de morte aparente. Entre
essas formas, descreve-se um tipo de morte que é causada por congestão e
hemorragia do território de uma artéria cerebral, sendo mais frequente
em pacientes com antecedentes de hipertensão arterial. Tal descrição está
relacionada a qual forma de morte aparente?
A) traumática

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B) apoplética
C) histérica
D) sincopal
E) asfíxica

7) FGV/Perito Legista Odontologia/PCRJ 2011 O diagnóstico da morte


baseia-se no estudo de uma série de fenômenos objetivos que ocorrem no
corpo. Esses fenômenos podem ser divididos em dois grupos. Assinale a
alternativa que apresenta esses dois grupos e alguns dos critérios estabelecidos
de provas da morte.
A) Fenômenos cadavéricos e sinais abióticos. Provas circulatórias e provas
dinamoscópicas.
B) Fenômenos cadavéricos e sinais positivos de morte. Provas dinamoscópicas e
provas neurológicas.
C) Sinais abióticos e sinais de cessação da vida. Provas respiratórias e provas
químicas.
D) Sinais abióticos e fenômenos cadavéricos. Provas respiratórias e provas
documentais.
E) Sinais positivos de morte e fenômenos abióticos. Provas químicas e provas
dinâmicas.

8) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Na constatação de morte, o


fenômeno abiótico secundário conhecido como Sinal de Sommer e Larcher
corresponde a
A) decréscimo de peso.
B) modificação do globo ocular.
C) dessecamento das mucosas labiais.
D) desidratação da pele.
E) resfriamento do corpo.

9) FGV/Perito Legista (Clínica Médica)/2011 Com relação ao resfriamento


do corpo humano após a morte, analise as afirmativas a seguir.
I. Se fizermos um gráfico com as temperaturas retais e o tempo pós-morte,
obteremos uma linha descendente reta cuja inclinação aumenta nos ambientes
frios quando comparada à dos ambientes quentes.
II. A fórmula de Moritz para calcular as horas desde a morte, pela temperatura
retal, manda subtrair de 37º a temperatura registrada no momento do exame e
somar mais 3 ao resultado. Este expressa o número de horas pós-morte.
III. Em condições semelhantes, o corpo de crianças sofre resfriamento mais
rápido que o dos adultos.
Assinale:

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A) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.


B) se todas as afirmativas estiverem corretas.
C) se apenas a afirmativa III estiver correta.
D) se apenas a afirmativa I estiver correta.
E) se apenas a afirmativa II estiver correta.

10) NCE UFRJ/ Perito Legista Odontologia/PCRJ 2001 Com relação aos
livores hipostáticos, assinale a opção INCORRETA:
A) constituem sinal tardio da realidade da morte;
B) sua coloração ajuda a esclarecer a causa da morte;
C) sua fixação permite afirmar que um corpo foi mudado de posição, se já se
tiverem fixado na posição primitiva;
D) são retardados pelo frio, anemias, morte lenta, diarréias, vômitos e outras
causas de desidratação;
E) fornecem elementos de certeza, no que tange à cronologia da morte.

Internet:<www.malthus.com.br>. Acesso em 12/12/2011


11) UNIVERSA/Perito Criminal/Prova 3 Odontologia/PCDF/2012 Na
imagem de cadáver apresentada, qual fenômeno cadavérico pode ser
observado de forma mais evidente (regiões mais escuras)?
A) adipocera
B) maceração
C) corificação
D) coliquação
E) livores de hipóstase

12) FGV/Perito Legista (Clínica Médica)/2011 Os fatores que dificultam a


instalação dos livores hipostáticos estão relacionados a seguir, à exceção de
um. Assinale-o.

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A) Ambiente frio.
B) Umidade do ar elevada.
C) Desidratação.
D) Policitemia.
E) Compressão da pele.

13) NCE UFRJ/ Perito Legista Odontologia/PCRJ 2001 A rigidez


cadavérica, ou rigor mortis, deve-se à perda do tono, elasticidade e flexibilidade
dos músculos, que não entram todos em estado de rigidez ao mesmo tempo.
De acordo com Nysten-Sommer, a ordem de aparecimento, com cadáver em
decúbito dorsal, é a seguinte:
A) (1) pálpebras, mandíbula e nuca; (2) tronco; (3) membros superiores; (4)
membros inferiores. Desaparecimento na mesma ordem;
B) (1) pálpebras, mandíbula e nuca; (2) tronco; (3) membros superiores; (4)
membros inferiores. Desaparecimento na ordem inversa ao aparecimento;
C) (1) membros superiores; (2) pálpebras, mandíbula e nuca; (3) tronco; (4)
membros inferiores. Desaparecimento na mesma ordem;
D) (1) membros inferiores; (2) Membros superiores; (3) tronco; (4) pálpebras,
mandíbula e nuca. Desaparecimento na mesma ordem;
E) (1) membros inferiores; (2) tronco; (3) Membros superiores; (4) pálpebras,
mandíbula e nuca. Desaparecimento na mesma ordem.

14) CESPE/Perito Criminal Área Odontologia/PF 2004 A história da


perícia mostra que os cirurgiões-dentistas, quando começaram a realizar
perícias, encontraram grande dificuldade, porque, muitas vezes, a rigidez
cadavérica não permitia o exame da cavidade bucal. Essa rigidez decorre da
depleção de ATP e da consequente formação de pontes entre os filamentos de
actina e miosina da miofibrila muscular.

15) UNIVERSA/ Médico-Legista/ GO/ 2010 Prova do curso de


formação. A constatação de rigidez muscular nos membros inferiores
precedendo aos superiores
A) pode ser consequência de esforço físico intenso
B) ocorre nos enforcamentos com suspenção completa
C) ocorre em qualquer tipo de asfixia
D) resulta do trauma que ocorre nas pernas
E) somente se verifica após mobilização prévia dos membros superiores

16) UNIVERSA/Perito Criminal/Prova 3 Odontologia/PCDF/2012 De


acordo com a regra de Niderkorn, em condições habituais, a rigidez

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cadavérica que começa a se instalar entre três e seis horas após o óbito é
considerada
A) normal.
B) precoce.
C) muito precoce.
D) tardia.
E) muito tardia.

17) FGV/Perito Legista Odontologia/PCRJ 2011 São considerados


fenômenos abióticos mediatos:
A) parada cardiorespiratória, desidratação cadavérica e palidez.
B) abolição do tônus muscular, esfriamento do cadáver e livores hipostáticos.
C) midríase, abolição do tônus muscular e palidez.
D) desidratação cadavérica, livores hipostáticos e rigidez cadavérica.
E) desidratação cadavérica, esfriamento do cadáver e midríase.

18) NCE UFRJ/ Perito Legista Odontologia/PCRJ 2001 São considerados


sinais abióticos mediatos:
A) maceração e parada de circulação;
B) evaporação tegumentar e suas consequências, equilíbrio térmico, hipóstase,
rigidez cadavérica, mancha verde abdominal;
C) parada da circulação, parada da respiração, fácies hipocrática: olhos fundos,
nariz afilado, têmporas deprimidas e rugosas, orelhas repuxadas para cima,
lábios caídos, região geniana deprimida;
D) mumificação, saponificação, maceração;
E) flacidez cadavérica, parada de circulação, parada de respiração.

19) FGV/Perito Legista (Clínica Médica)/2011 Assinale a alternativa que


completa corretamente o fragmento a seguir: Com relação à rigidez muscular,
considera-se espasmo cadavérico _____
A) a contração de alguns segmentos da musculatura logo após a morte.
B) a inversão na ordem de instalação da rigidez (lei de Nysten).
C) o encurtamento das fibras musculares quando a rigidez é muito rápida.
D) a ficção criada por relato dos autores antigos.
E) a manutenção da última contração muscular em vida até a instalação da
rigidez.

20) ACADEPOL/DELEGADO PCMG/2011 Constituem fatores, que interferem


na evolução da putrefação cadavérica, exceto :
A) Temperatura ambiente.
B) Espasmo cadavérico.

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C) Idade do morto.
D) Umidade do ar.

21) CESPE / Perito Criminal Federal (área 12) Medicina/PF 2013 Em


abordagem interdisciplinar com a área tafonômica, o legista pode servir-se do
auxílio de entomologista para o estudo da ação de artrópodes e insetos
necrófagos, visando estabelecer a cronologia dos eventos relacionados à morte
(cronotanatognose).

22) ESCRIVÃO PCMG/2011 Estudando a evolução temporal da putrefação


cadavérica, denominamos o seu primeiro sinal externo visível de
A) circulação cutânea póstuma.
B) mancha verde abdominal.
C) combustão espontânea.
D) enfisema putrefativo.

23) FUMARC/PERITO CRIMINAL/PCMG/2013 O esboço vascular na derme,


denominado de circulação póstuma de Brouardel, caracteriza o período
A) coliquativo da putrefação.
B) cromático da putrefação.
C) gasoso da putrefação.
D) liquefativo da putrefação.

24) UNIVERSA/MEDICO-LEGISTA/PCDF/2015 A fase da putrefação que


aparece entre 18 a 24 horas de morte e é caracterizada pela distensão
abdominal resultante da produção de gás por bactérias, que comprime os
grandes vasos e o coração, levando à ocorrência da circulação póstuma de
Brouardel, denomina-se
A) fase de enfisema.
B) fase de coliquação.
C) fase de coloração.
D) maceração.
E) mancha verde abdominal.

25) FUMARC/MEDICO LEGISTA/PCMG 2013 NÃO é correto o que se afirma


em:
A) Putrefação é a decomposição do corpo pela ação de bactérias saprófitas.
B) A causa da morte influencia tanto na intensidade quanto na duração da
rigidez cadavérica.
C) Quanto maior a massa muscular, maior será o tempo para que se perceba a
rigidez cadavérica.

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D) A velocidade de evolução da putrefação cadavérica é a mesma, não


importando o cadáver estar ao ar livre, enterrado no solo ou sob a água.

26) FGV/Perito Legista Odontologia/PCRJ 2011 Um processo de grande


importância na cronotanatognose desenvolve-se em quatro fases: período
cromático, período enfisematoso, período coliquativo e período de
esqueletização. Esse processo é denominado:
A) autólise.
B) putrefação.
C) maceração.
D) coreificação.
E) mumificação.

27) FGV/Odontolegista/PC-MARANHÃO/2012 O processo de putrefação se


desenvolve em 4 fases. O reconhecimento destas fases pode ser uma
importante ferramenta na cronotanatognose. Analise as alternativas a seguir e
assinale aquela que não corresponde a uma etapa do processo de putrefação.
A) Período de autólise.
B) Período cromático.
C) Período enfisematoso.
D) Período coliquativo.
E) Período de esqueletização

28) NCE UFRJ/ Perito Legista Odontologia/PCRJ 2001 A putrefação


consiste na decomposição do corpo por ação de bactérias saprófitas que o
invadem passado algum tempo da morte, ela se divide em fases ou períodos
que se sucedem. Assinale a opção, corretamente ordenada, das fases ou
períodos da putrefação:
A) maceração, coliquação, esqueletização;
B) coloração, enfisema, coliquação, esqueletização;
C) enfisema, coloração, coliquação, esqueletização;
D) enfisema, coliquação, coloração, esqueletização;
E) coloração, coliquação, enfisema, esqueletização.

29) ACADEPOL/DELEGADO PCMG/2011 Denomina-se o processo especial


de transformação, que ocorre no cadáver do feto retido no útero materno, do
sexto ao nono mês de gravidez:
A) Maceração.
B) Corificação.
C) Mumificação.
D) Saponificação.

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30) UNIVERSA/Perito Criminal/Prova 3 /PCDF/2012 Como consequência


da cessação da vida, o corpo começa a apresentar uma série de alterações que
caracterizam a evolução e a transformação que sofre o cadáver. Um desses
sinais é denominado saponificação. No contexto da tanatologia, a saponificação
cadavérica é considerada um fenômeno
A) abiótico imediato
B) abiótico consecutivo
C) transformativo destrutivo
D) transformativo conservador
E) amplificador revelador-definidor

31) UNIVERSA/ Médico-Legista/ GO/ 2010 Prova do curso de


formação. Dos fenômenos conservadores, qual exige processo prévio de
putrefação?
A) mumificação
B) saponificação
C) petrificação
D) corificação
E) fossilização

32) NCE UFRJ/ Perito Legista Odontologia/PCRJ 2001 Os fenômenos


conservadores são aqueles que naturalmente conservam o corpo do indivíduo,
após a morte. Assinale, entre as opções abaixo, a única que corresponde a um
processo natural que conserva o cadáver:
A) coliquação;
B) embalsamamento;
C) maceração;
D) saponificação;
E) sulfometemoglobinização.

33) UNIVERSA / MEDICO LEGISTA GO/2015 Há um fenômeno


cadavérico que produz material esbranquiçado, mole e um pouco friável,
que aparece nas partes gordurosas de um cadáver localizado em áreas
de difícil acesso ao ar atmosférico, com baixa oxigenação e calor úmido;
as formas do corpo, bem como suas feições podem ser preservadas por
meses e anos a fio, permitindo o reconhecimento do indivíduo, após todo
esse tempo, e favorecendo o exame de lesões porventura existentes. Com
base nessas informações, assinale a alternativa que apresenta esse
fenômeno cadavérico.
A) putrefação

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B) mumificação
C) maceração
D) saponificação
E) maceração acéptica

34) UNIVERSA/Perito Criminal/Prova 3 Odontologia/PCDF/2012 Com


relação aos fundamentos relacionados à cronotanatognose, assinale a
alternativa correta
A) O esfriamento do cadáver representa um dos fenômenos mais
importantes na estimativa do tempo de morte, obtendo-se uma avaliação mais
precisa quanto a esse aspecto depois de decorridas doze horas da cessação da
vida.
B) Para a determinação da morte a partir da análise da perda de peso, faz-se
necessário saber, com a maior precisão possível, o peso do corpo no momento
do óbito, o que inviabiliza a utilização de tal parâmetro na maioria dos casos
para estimativa do tempo de morte.
C) Um fenômeno importante na determinação do tempo da morte é a análise
dos livores hipostáticos, formados geralmente em torno de 30 minutos após o
óbito, atingindo o máximo de intensidade e extensão 2 horas após a morte,
fixando-se definitivamente.
D) A rigidez cadavérica é um dos elementos mais precisos na determinação
do tempo de morte, pois leva em consideração a rigidez em diferentes regiões
anatômicas (nuca, membros superiores, membros inferiores e outros) e não
sofre influência do meio externo e do interno.
E) Os gases da putrefação normalmente não são considerados na estimativa
do tempo de morte. Apesar de serem importantes para a determinação da
morte em si, não há variação relevante nos tipos de gases formados ao longo
das horas após a morte. Destarte, os gases da putrefação possuem discreta
relevância na cronotanatognose.

35) VUNESP/MEDICO LEGISTA/2014/PCSP Durante uma necropsia,


obervou-se que o corpo apresentava manchas de hipóstase fixas. Com este
dado, é correto afirmar que o tempo de morte é, no mínimo, de
A) 2 horas.
B) 24 horas.
C) 12 horas.
D) 6 horas.
E) 8 horas.

36) VUNESP/DELEGADO DE POLICIA/2014/PCSP Considere a situação em


que um cadáver é encontrado por seus familiares em domicílio, 4 dias após a

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morte. Assinale a alternativa que corresponde ao fenômeno cadavérico que já


se desfez, nesse período (4 dias).
A) Gases inflamáveis derivados de ação de bactérias facultativas.
B) Rigidez cadavérica.
C) Cristais de Westenhöffer-Rocha-Valverde no sangue periférico.
D) Mancha verde disseminada por todo o corpo.
E) Livores de hipóstase.

37) IBFC/TÉCNICO EM NECROPSIA/EBSERH/2016 Em tanatologia forense


existem vários fenômenos transformativos do cadáver como o resfriamento
paulatino do corpo, e a rigidez cadavérica, que devem ser avaliados pelo perito
e pelo técnico. Sobre esses fenômenos, todas as alternativas abaixo são
corretas, EXCETO:
A) A rigidez cadavérica é fenômeno constante no cadáver, originado por uma
reação química de acidificação em um estado de contratura muscular que
desaparece quando se inicia a putrefação.
B) O refriamento paulatino do corpo não ocorre com rigorosa uniformidade,
sendo influenciado por fatores ambientais, idade, quantidade de gordura
corporal entre outros fatores.
C) O rigor mortis é explicado pela desidratação muscular que produz a
coagulação da miosina associada ao aumento do teor de ácido lático nos
músculos.
D) De um modo geral, admite-se que a temperatura corporal de um cadáver
baixa 10° nas 3 primeiras horas, depois 5° por hora até o restabelecimento do
equilíbrio térmico com o meio ambiente.
E) Em relação à temperatura corporal de um cadáver, criancas e idosos
resfriam mais rapidamente que os adultos.

38) IBFC/MEDICO LEGISTA MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO


PAULO/2013 Durante exame necroscópico, constatou-se que o cadáver
apresentava rigidez completa, hipóstases dorsais fixas e mancha verde com
fossa ilícia direita. É possível dizer que:
A) O cadáver permaneceu em decúbito dorsal durante as primeiras 12 horas de
morte.
B) A morte ocorreu certamente há menos de 12 horas.
C) O cadáver esteve em decúbito dorsal no período de fixação dos livores.
D) A morte certamente ocorreu entre 12 e 18 horas antes do exame pericial.
E) A morte certamente ocorreu há mais de 24 horas.

Para a elucidação da causa da morte, é necessária a associação de elementos


observados tanto nos locais relacionados ao cadáver, especialmente onde for

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encontrado, quanto na sala de necropsia. Considerando esse tema e os


procedimentos a serem adotados pelo médico-legista e as conclusões de suas
observações, julgue os itens subsequentes.
39) CESPE / Perito Criminal Federal (área 12) Medicina/PF 2013 Se
houver halo de hiperemia ao redor de queimadura intensa, o médico-legista
deverá excluir a possibilidade de lesão na pele por calor após a morte.

40) CESPE/Perito Criminal área 13/PF/2013 A prova de Verderau,


realizada por meio de visualização microscópica, embasada no afluxo
leucocitário para o local de uma lesão, não serve para distinguir se a lesão foi
produzida após a morte ou nos minutos finais que a antecederam.

41) UNIVERSA / MEDICO LEGISTA GO/2015 Na Tanatologia, a


cronotanatognose é o estudo, por meio de sinais físicos e químicos, da
estimativa da hora da morte. Quanto aos fenômenos cadavéricos ligados
e esse estudo, assinale a alternativa correta.
A) A desidratação é um fenômeno cadavérico de ordem física que causa
perda de peso, apergaminhamento da pele, ressecamento das mucosas e
fenômenos oculares nos cadáveres.
B) Resfriamento do corpo (algidez cadavérica), livores hipostáticos, rigidez
muscular e desidratação são fenômenos cadavéricos de ordem física.
C) A regra de Nysten é aplicável ao fenômeno cadavérico de ordem química
denominado putrefação.
D) A rigidez cadavérica nada mais é do que uma variante da contração
muscular provocada pela escassez de oxigênio nos tecidos. Assim, nos
casos de morte rápida, natural ou violenta, tende a aparecer mais cedo e
a durar menos.
E) A mancha negra da esclerótica, também conhecida como sinal de
Sommer, tem sua gênese no processo de autólise, um fenômeno
cadavérico de ordem química.

42) UNIVERSA / PAPILOSCOPISTA PCDF/2015 Assinale a alternativa que


apresenta um fenômeno cadavérico de ordem física.
A) livor hipostático
B) espasmo cadavérico
C) autólise
D) putrefação
E) rigidez muscular

43) UNIVERSA/MEDICO-LEGISTA GO CURSO DE FORMAÇÃO/2010. A


respeito da necropsia médico-legal assinale a alternativa correta.

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A) a prática de necropsia forense fornece ao perito médico-legal a capacidade


de esclarecer situações no campo da investigação criminal, utilizando-se de
técnicas com fundamentação científica, além de interpretações intuitivas e
informações de testemunhas.
B) cadáveres encontrados na fase gasosa da putrefação, com histórico de
doença prévia e sem indícios de morte violenta são de responsabilidade do
SVO.
C) o artigo 162 do CPP, que dispõe sobre necropsias nos casos de morte
violenta, regulamenta que bastará o simples exame externo do cadáver,
quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver
necessidade de exame interno para verificação de alguma circunstância.
D) o dispositivo referido no art. 162 do CPP autoriza à pessoa do perito criminal
a dispensa do exame interno do cadáver, visto que as evidências das lesões
externas e a perícia detalhada do local do óbito permitem identificar a causa
jurídica da morte.
E) as consideradas “mortes evidenciadas” para a ciência médico-legal, por
exemplo, o despojamento de um corpo por acidente ferroviário, uma
decapitação, uma carbonização total ou um esmagamento crânio-facial dão ao
perito a certeza da causa mortis e de sua natureza jurídica.

44) IBFC/MEDICO LEGISTA MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO


PAULO/2013 Nas necropsias médico-legais, o médico legista deve:
A) começar a necropsia com o exame externo, já com o cadáver totalmente
despido.
B) concluir o seu laudo necroscópico por intuição.
C) ilustrar as lesões através do registro em esquemas ou fotografias.
D) solicitar exame toxicológico somente em casos de morte indeterminada.
E) fazer exame externo sumário ou omisso.

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GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E C C A C B A B A E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E B A C A A D B E B

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C B C C D B A B A D

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
B D D B C B D C E C

41 42 43 44
A A C C

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