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Mecanica de Moto I
Mecanica de Moto I
A moto surgiu a partir da bicicleta, que é um meio de transporte barato inventado no fim do
século XVIII.
Com as guerras mundiais, as motocicletas sofreram duas modificações: motor perto e abaixo do
eixo de armação, possibilitando um controle mais seguro e maior estabilidade de direção.
No início dos anos 50, essas máquinas foram aperfeiçoadas com a inclusão dos garfos
telescópicos dianteiros e balancins traseiros, ambos com amortecimento hidráulico, e chegou-se
à combinação do motor com caixa de engrenagens redutivas (câmbio) proporcionando maior
variação de velocidade às mesmas.
A popularidade das motocicletas só ocorreu a partir dos anos 1960, com mudanças
circunstanciais no tocante à estética e aerodinâmica, e o surgimento de competições esportivas
com uso destas.
Com a recente crise mundial do petróleo, em meados dos anos 1970, a produção de motocicletas
apresentou um notável crescimento, tendo hoje, o Japão, como seu maior produtor.
Este manual tem como objetivo principal a manutenção básica de uma moto.
Constituição da motocicleta
A s motos, desde o primeiro modelo até os dias atuais, sofreram mudanças importantes com
relação à estética e aerodinâmica, e à tecnologia, mais basicamente, as motocicletas em geral,
são constituídas pelos seguintes sistemas:
O pneu é constituído de borracha e tecido onde internamente é inserida uma câmara de ar.
■ Tornar menos agressivo o contato da motocicleta com o meio em que ela está trafegando,
evitando, assim, o desgaste da roda.
É importante que o usuário esteja sempre atento com a calibragem dos pneus dianteiro e traseiro.
Abaixo, temos uma tabela contendo as pressões recomendadas, assim como, as dimensões do
pneu (pneus frios).
O cubo da roda dianteira é uma peça cilíndrica com orifício central, onde são alojados os
rolamentos, espaçadores e os vedadores (retentores). Na parte externa do cubo acham-se
instalados os raios que recebem os esforços axiais da roda e estes se encarregam de transmitir
esses esforços ao cubo. Os cubos são fabricados com ligas especiais de alumínio por ter alta
resistência, peso reduzido e excelente dissipação de calor.
Alguns cubos de roda são fundidos com o tambor de freio, formando uma única peça.
Com exceção dos tambores de freio, os cubos de roda das motocicletas, em condições normais
de uso, não sofrem muito desgaste. Por isso, seu recondicionamento se resume na troca de
rolamentos e vedadores (retentores de pó) que condicionará a mais um longo período de
duração.
Os rolamentos têm por finalidade reduzir o atrito entre o eixo da roda e o orifício central do
cubo. Os retentores, por sua vez, têm a função de impedir que contaminações externas (tais
como poeira/pó) penetrem no orifício central do cubo, aumentando assim, a vida útil de seus
componentes.
A montagem da roda dianteira apresenta duas versões distintas. A montagem com freio a disco e
com freio a tambor.
PASSO 1 – Instale a roda entre os garfos de forma que o disco de freio fique posicionado entre
as pastilhas. Tome cuidado para não danificar as pastilhas.
PASSO 2 – Aplique uma leve camada de graxa no eixo da roda.
PASSO 3 – Introduza o eixo da roda dianteira em seu alojamento (da esquerda para direita).
Caso tenha dificuldade na colocação do mesmo, utilize uma marreta de borracha. Movimente a
roda para facilitar o encaixe.
PASSO 4 – Posicione o ressalto da caixa de engrenagens do velocímetro contra a parte posterior
do batente do garfo.
PASSO 5 – Instale e aperte a porca do eixo da roda conforme torque recomendado pelo
fabricante (torque: 62 N.m / 6,2 Kg.m).
Cabo do velocímetro
PASSO 1 – Instale a roda dianteira entre os garfos e alinhe a ranhura do espelho com ressalto do
garfo esquerdo.
PASSO 2 – Aplique uma leve camada de graxa no eixo da roda;
PASSO 3 – Introduza o eixo da roda dianteira em seu alojamento (da direita para esquerda).
Caso tenha dificuldade na colocação do mesmo, utilize uma marreta de borracha. Movimente a
roda para facilitar o encaixe.
PASSO 4 – Instale e aperte a porca do eixo da roda conforme torque recomendado pelo
fabricante (torque: 62 N.m/ 6,2 Kg.m).
Verifique se o rolamento está prendendo a roda dianteira. Tente mover a roda lateralmente.
Roda dianteira
PASS0 2 – Coloque o eixo da roda sobre blocos em “V” e meça o empenamento com o relógio
comparador (limite de uso: 0,2 mm). O empenamento real é a ½ da leitura total do relógio
comparador. Verifique a rosca do mesmo. Caso esteja danificado, substitua-o.
Retentor de pó
PASSO 7 – Coloque a roda dianteira sobre a bancada e calce um dos aros da roda, de modo que
o cubo fique suspenso.
Cubo e sistema de freio
PASSO 8 – Extraia um dos rolamentos do cubo.
PASSO 9 – Remova o espaçador e retire o outro rolamento.
PASSO 10 – Examine o cubo da roda. Verifique se os alojamentos dos rolamentos estão em
perfeito estado. Verifique se o cubo apresenta rachaduras.
PASSO 4 – Roda com freio a disco: Aplicar graxa no novo retentor de pó direito e instalá-lo no
cubo, instalar o espaçador lateral, instalar o retentor de engrenagens do velocímetro, aplicar
graxa no novo retentor de pó esquerdo e instalá-lo no cubo, instalar a caixa de engrenagens do
velocímetro no cubo esquerdo, alinhando suas linguetas.
Caixa de engrenagens do cabo do velocímetro
PASSO 5 – Roda com freio a tambor: aplicar graxa no novo retentor de pó direito e instalá-lo no
cubo, instalar o espaçador lateral, aplicar graxa no novo retentor de pó esquerdo e instalá-lo no
cubo.
PASSO 6 – Instale a roda dianteira (ver operação 2).
Diagnose de defeitos
Roda dianteira oscilando
■ Aro torto
■ Pneu defeituoso.
■Freio arrastando.
Resumo da Lição
Rodas são de aço e montadas a partir do cubo por meio de raios.
O cubo da roda dianteira é uma peça cilíndrica com orifício central, onde são alojados os
rolamentos, espaçadores e os retentores.
O método de desmontagem ou instalação da roda dianteira vai depender se ela for de
freio a disco ou tambor.
O cabo do freio é construído em aço e funciona dentro de uma capa protetora flexível de arame
revestido de plástico. Pela facilidade do contorno e grande resistência, os cabos são utilizados
tanto para o acionamento do freio dianteiro como para a embreagem, nas motocicletas.
Funcionamento
Quando a motocicleta está em movimento e o freio está em “repouso” as molas das sapatas do
freio mantêm sobrepostas sobre o excêntrico de acionamento do freio (figura abaixo).
Conjunto de freio dianteiro
No momento em que o condutor deseja diminuir a velocidade ou parar a motocicleta, ele
pressiona a alavanca de acionamento do freio. Neste instante, o cabo do freio aciona o braço do
freio dianteiro e este, por sua vez, movimenta o excêntrico de acionamento do freio. Como as
sapatas do freio estão sobrepostas sobre o excêntrico, elas se expandem, provocando o atrito das
guarnições contra o tambor de freio (figura a seguir), até a parada total do veículo.
Via de regra, o sistema de freio hidráulico, nas motocicletas, é do tipo freio a disco, pela
presteza de frenagem e facilidade de manutenção que o sistema oferece.
Cilindro mestre
É o mecanismo do sistema de freio que, auxiliado por um circuito hidráulico, impulsiona o
líquido de freio, na pressão e quantidade necessárias, ao cilindro da roda.
Funcionamento
Seu funcionamento se dá através de um comando manual que, ao ser acionado, desloca o
êmbolo, enviando o líquido de freio sob pressão através de um tubo ligado diretamente ao
cilindro da roda.
Descrição
O cilindro mestre da motocicleta é uma peça compacta, fixada no guidão, onde está montado o
reservatório de óleo. Seu comando manual está ligado à haste de acionamento por meio de um
pino de segurança. A figura seguinte ilustra um conjunto de freio hidráulico usado nas rodas
dianteiras de algumas motocicletas com seus respectivos componentes.
Por ter um papel muito importante no processo de frenagem, o óleo de freio precisa apresentar
algumas características de grande importância. São elas:
■ Propriedades anticorrosivas.
Existem dois tipos de sistema de freio dianteiro, atualmente, que são o hidráulico e o mecânico,
e suas desmontagens serão mostradas a seguir.
Cáliper do freio
PASSO 6 – Remova o cáliper do freio dianteiro.
Pastilhas
PASSO 10 – Insira as pastilhas novas e instale os pinos das pastilhas, pressionando as pastilhas
contra a mola para alinhar os orifícios dos pinos nas pastilhas e no cáliper.
Disco de freio
PASSO 11 – Aperte os pinos das pastilhas no torque especificado (torque: 17 N.m ou 1,7 Kg.m)
e instale o cáliper do freio dianteiro com novos parafusos de fixação.
PASSO 12 – Aperte os parafusos de fixação no torque especificado (torque: 26 N.m ou 2,6
Kg.m).
Parafusos de fixação do cáliper
PASSO 13 – Inspecione visualmente o disco de freio quanto a danos ou trincas.
PASSO 14 – Meça a espessura do disco de freio em diversos pontos (limite de uso: 3,0 mm).
Substitua o disco de freio caso a menor medição seja inferior ao limite de uso.
Disco de freio
Processo de desmontagem do disco de freio
Para realizar a retirada do disco de freio (caso o mesmo esteja danificado), basta realizar a
operação 1, a disco.
Cilindro mestre
PASSO 34 – Instale a roda dianteira (operação 2).
Espelho do freio
PASSO 2 – Retire a roda dianteira (operação 1).
PASSO 3 – Desencaixe o espelho do freio do tambor de freio.
Diagnose de defeitos
■ Pastilhas/disco desgastados
■ Cáliper contaminado
■ Roda desalinhada
Freio arrastando:
■ Pastilhas/disco de freio contaminados
■ Roda desalinhada
Resumo da Lição
Detalhamento do mecanismo do freio da roda dianteira.
Constituição do sistema de freio mecânico com tambor.
O sistema de freio hidráulico constituído essencialmente pelo cilindro mestre.
Desmontagem, inspeção e montagem do sistema de freio da roda dianteira.
Processo de troca do fluido do freio e sangria do ar.
A primeira mudança que se tem notícia foi o surgimento de uma suspensão dianteira dotada de
uma mola helicoidal, que revestia o garfo, ver figura abaixo.
Basicamente, estas foram as suspensões dianteiras usadas nas motocicletas até o fim da 2ª
Guerra Mundial. No início da década de 1950, surgiu na Inglaterra, um tipo de suspensão
dianteira com garfos telescópicos, que constituiu um grande avanço tecnológico na evolução da
motocicleta, principalmente, pela maneabilidade e leveza no manuseio. Esse sistema conquistou
a preferência dos consumidores, o que levou, praticamente, todos os fabricantes de motocicletas
a adotá-lo em seus modelos (ver figura acima).
Funcionamento
Tanto no sistema tradicional como no sistema “cerianni”, o amortecimento das oscilações
provocado pela ação da mola helicoidal, é feito obedecendo aos princípios do amortecimento
hidráulico.
Inspecione a ação dos garfos dianteiros acionando o freio dianteiro e comprimindo a suspensão
diversas vezes. Verifique todo o conjunto quanto a sinais de vazamentos, danos ou fixadores
frouxos.
Roda, pára-lamas e suspensão dianteira
PASSO 1 – Remova a roda dianteira (operação 1).
PASSO 2 – Remova o cabo do velocímetro da guia.
PASSO 3 – Remova o emblema dianteiro e o para-lama dianteiro.
PASSO 4 – Remova o cáliper de freio (CG 125 ES).
PASSO 5 – Afrouxe o parafuso superior dos garfos direito e esquerdo.
Emblema dianteiro
PASSO 6 – Afrouxe os parafusos de fixação da mesa superior, e da mesa inferior e retire os
garfos com cuidado.
Parafuso superior do garfo
PASSO 7 – Remova o parafuso superior dos garfos. Retire com cuidado o parafuso, pois a
mesma está pressionada por uma mola interna.
PASSO 8 – Remova a mola do amortecedor e drene o fluido da suspensão.
PASSO 9 – Meça o comprimento livre da mola do amortecedor (limite de uso: 457,2mm).
Mola de Amortecedor
PASSO 11 – Remova o parafuso Allen do garfo e a arruela de vedação. Para isso, utilize um
fixador de pistão.
Retentor de pó
PASSO 12 – Remova o pistão e a mola de retorno do cilindro interno.
Parafuso de Allen
PASSO 13 – Remova o cilindro interno do cilindro externo, o anel limitador do retentor de óleo
e o retentor de óleo (utilizando uma ferramenta especial).
PASSO 14 – Inspecione o cilindro interno. Para isso, posicione-o sobre blocos em “V” e meça
seu empenamento com o relógio comparador (limite de uso: 0,2 mm). O empenamento real é a
½ da leitura total do relógio comparador. Procure por riscos, escoriações ou desgaste anormal.
PASSO 15 – Inspecione o cilindro externo e o pistão do amortecedor quanto a riscos,
escoriações ou desgaste anormal.
PASSO 16 – Verifique a mola de retorno quanto a danos.
Processo de montagem
Peças do amortecedor
PASSO 18 – Instale a mola de retorno e o pistão do amortecedor no cilindro interno.
PASSO 19 – Instale o vedador de óleo na extremidade do pistão.
PASSO 20 – Instale o cilindro interno no cilindro externo. Em seguida, instale uma nova arruela
de vedação e o parafuso Allen. Para realizar este passo, utilize um fixador de pistão.
PASSO 21 – Aplique fluido para suspensão nos lábios do novo retentor de óleo. Em seguida,
instale-o no cilindro externo com sua marca virada para cima. Para realizar esse passo, utilize
um instalador do retentor de óleo do garfo.
PASSO 22 – Instale o anel limitador do retentor de óleo na ranhura do cilindro externo.
Cilindro Interno
PASSO 23 – Instale o retentor de pó.
PASSO 24 – Aplique a quantidade especificada do fluido para suspensão recomendado no
cilindro interno (tipo de fluido: o recomendado pelo fabricante / capacidade de fluido do garfo:
75,5 + ou – 2,5 cm³).
PASSO 25 – Bombeie o cilindro interno várias vezes a fim de eliminar o ar preso na seção
inferior do cilindro.
PASSO 26 – Comprima totalmente o garfo e meça o nível de fluido na parte superior do
cilindro interno (nível de fluido: 166 mm).
Retentor de pó
PASSO 27 – Puxe o cilindro interno para cima e instale a mola do amortecedor com sua
extremidade cônica (espiras mais próximas) virada para baixo.
PASSO 28 – Aplique fluido para suspensão no novo anel de vedação e instale-o no parafuso
superior do garfo no cilindro, mas não realize o aperto definitivo.
PASSO 29 – Instale o garfo através das mesas inferior e superior até que a superfície do
parafuso superior do garfo fique nivelada com a mesa superior.
PASSO 30 – Aperte os parafusos de fixação da mesa inferior no torque especificado (torque: 32
N.m ou 3,2 Kg.m).
PASSO 31 – Aperte os parafusos superiores do garfo no torque especificado (torque: 44 N.m ou
4,4 Kg.m).
PASSO 32 – Aperte os parafusos de fixação da mesa superior no torque especificado (torque:
27 N.m ou 2,7 Kg.m).
PASSO 33 – Instale o emblema dianteiro e aperte os parafusos.
PASSO 34 – Instale o para-lama dianteiro e aperte os quatro parafusos.
PASSO 35 – Instale o cáliper de freio apertando seus parafusos com o torque especificado
(torque: 26 N.m ou 2,6 Kg.m).
PASSO 36 – Instale a roda dianteira (operação 2).
Garfo
Diagnose de defeitos
Resumo da Lição
Constituição e mecanismo de funcionamento da suspensão da roda dianteira.
Desmontagem, inspeção e montagem da suspensão da roda dianteira.
Manutenção preventiva, e principais defeitos que ocorrem na suspensão da roda
dianteira.
Sistema de direção
Coluna de direção é o tubo da parte de cima do chassi da motocicleta, onde se prende o conjunto
do garfo dianteiro da suspensão. Sua principal função é permitir ao condutor da motocicleta,
girar o guidão para a esquerda ou para a direita, permitindo o controle direcional e facilitando
seu equilíbrio quando a motocicleta estiver em movimento. A figura abaixo ilustra uma coluna
de direção em corte, montada na motocicleta e respectivos componentes.
Coluna de direção
Constituição
A coluna de direção das motocicletas é constituída pelos seguintes elementos.
Suporte de Fixação do Guidão – São as braçadeiras estriadas que prendem o guidão na mesa
superior, permitindo posicioná-lo de conformidade com as exigências do condutor.
Podemos comparar os efeitos desse ângulo, com o que acontece com o carrinho usado nos
supermercados ou outro móvel dotado de rodízios similares. Nota-se que: quando empurrados,
os rodízios tendem sempre a se manterem em linha reta à direção do movimento, conforme
mostra a figura a seguir.
Deve-se salientar que não é apenas o ângulo de inclinação que contribui para o equilíbrio e
estabilidade direcional das motocicletas. Existem outros fatores como giroscópio, instinto
natural de equilíbrio do condutor, tamanho das rodas, centro de gravidade, altura livre do solo,
distância entre eixos, etc. Todos com importantes parcelas de contribuição para facilitar a
pilotagem da motocicleta.
É uma operação executada pelo mecânico, sempre que se fizer necessário efetuar reparos e/ou
manutenção no mecanismo de direção das motocicletas.
PASSO 1 – Remova a tampa lateral direita. Retire o parafuso de fixação – solte as guias da
tampa do chassi e do tanque de combustível.
PASSO 2 – Remova a tampa lateral direita inferior (insira a chave de ignição na trava, gire-a e
retire a tampa).
PASSO 3 – Remova a tampa lateral esquerda (destrave-a com a chave de ignição) e solte as
guias da tampa do chassi e do tanque de combustível.
PASSO 4 – Remova os parafusos de fixação do assento e deslize para trás e remova-o.
PASSO 5 – Desacople o conector 2P da unidade de combustível.
Coluna de Direção
PASSO 20 – Caso seja necessário instalar novas pistas (SUP-INF), utilize uma ferramenta
especial.
Pista de Rolamento
PASSO 21 – Remover pista cônica inferior danificada: instale provisoriamente a porca da
coluna de direção. Evite danificar a rosca da coluna de direção – remova a pista cônica inferior,
retentor de pó e a arruela de vedação – instale uma nova arruela de vedação e o retentor de pó –
instale nova pista cônica inferior na coluna de direção utilizando a ferramenta especial.
Processo de montagem
PASSO 22 – Aplique graxa na área de todos os rolamentos e instale as esferas de aço na pista
cônica inferior e na pista superior.
PASSO 23 – Instale a coluna de direção e a pista cônica superior.
PASSO 24 – Instale a porca de ajuste da coluna de direção e aperte-a com “chave-soquete da
coluna de direção” no tanque especificado (1 N.m ou 0,1 Kg.m).
PASSO 25 – Gire a coluna de direção várias vezes para a esquerda e para direita.
PASSO 26 – Solte provisoriamente a porca de ajuste da coluna de direção e, em seguida,
reaperte-a no torque especificado (1N.m ou 0,1 Kg.m).
Coluna de Direção
PASSO 27 – Verifique se não há folga vertical e se a coluna de direção gira suavemente.
PASSO 28 – Instale a mesa superior juntamente com a arruela e a porca da coluna de direção e
os garfos e aperte temporariamente os parafusos de fixação da mesa superior.
PASSO 29 – Aperte a porca da coluna de direção no torque especificado (74 N.m ou 7,4 Kg.m).
PASSO 30 – Aperte os parafusos de fixação dos garfos com os torques especificados (INF – 32
N.m/SUP – 27 N.m).
PASSO 31 – Instale a roda dianteira (operação 2).
PASSO 32 – Instale o tanque na motocicleta e aperte o parafuso de fixação. Conecte a tubulação
no carburador.
Direção dura
■ Porca de ajuste da coluna de direção muito apertada
■ Chassi empenado
Resumo da Lição
A função da coluna de direção é permitir o controle direcional e facilitar o equilíbrio
quando a motocicleta estiver em movimento.
São componentes da coluna de direção: suporte de fixação do guidão, guidão, mesa
superior, suporte de farol, mesa inferior, conjunto de rolamento e porca cilíndrica.
Vários procedimentos são usados para desmontagem, inspeção e montagem da coluna de
direção.
Tanque de combustível
É o responsável pelo armazenamento do combustível necessário para manter a motocicleta em
funcionamento, por um período determinado. Geralmente os tanques de combustíveis são
fabricados com aço de baixo teor de carbono, acrescidos de tratamentos especiais, para evitar
ferrugem ou sulfatização. No entanto, existem tanques fabricados em alumínio
ou fiberglass usados em alguns tipos de motocicletas.
O tanque de combustível (foto ao lado) é fundamental no sistema de alimentação e para o
perfeito funcionamento do motor. É necessário que esteja com o seu interior limpo e sua
tubulação em boas condições de uso.
Tanque de combustível
No orifício de saída, existe uma torneira de controle de fluxo de combustível para o carburador.
Esta torneira tem três posições de funcionamento: a primeira é o OFF (ou fechada) que não
permite a passagem de combustível para o carburador e deve ser usada quando a motocicleta
estiver com o motor desligado. Esse procedimento evitará o afogamento, e prolongará a vida útil
da boia do carburador.
A terceira é a reserva (RES), que permite ao motociclista trafegar com o combustível que resta
no fundo do tanque, proporcionando uma margem de segurança de alguns quilômetros até um
novo abastecimento.
Torneira do tanque
A figura acima ilustra uma torneira de tanque, e respectivas posições de montagem.
O tanque fornece gasolina para o funcionamento do motor através da força de gravidade, isto é,
o tanque fica num plano superior ao carburador e o combustível desce naturalmente sem a
necessidade de uma bomba de sucção, como no motor de automóveis.
Tubulação do tanque para o carburador
A tubulação é feita, geralmente, de plástico ou borracha, pois estes possuem características de
maleabilidade, ajustando-se perfeitamente às curvas; além de não enferrujarem.
As tubulações plásticas, com o tempo de uso, devem ser substituídas, pois se enrijecem tornado-
se quebradiças, dificultando o trabalho do mecânico e causando vazamentos.
Tampa do tanque
A tampa do tanque é o elemento importante no funcionamento do fluxo de combustível para o
carburador e, ao mesmo tempo, deverá vedar com perfeição quando estiver em seu lugar, para
evitar a pressão do combustível no interior do tanque; ela deve ser ventilada através de alguns
furos que não possibilitem a saída de líquido, mas, sim, a do gás produzido pelo combustível
para evitar vazamentos, ela deverá ter junta de borracha.
Combustíveis líquidos
São elementos químicos formados pela combinação de hidrocarbonetos e que lhes conferem
uma alta inflamabilidade, e são utilizados, normalmente, em motores à explosão. Os
combustíveis líquidos podem ser de origem mineral ou vegetal.
Destilação fracionada
Os combustíveis, derivados do petróleo cru são obtidos, normalmente, através do processo de
destilação fracionado.
Combustíveis vegetais
São obtidos a partir vegetais como a cana-de-açúcar, mamona e outros. Entre os produtos
resultantes, destacamos o álcool hidratado e o biodiesel.
Justifica-se a preferência pelo álcool hidratado, face ao alto custo do petróleo e à perspectiva de
escassez dessa fonte de energia para um futuro próximo. O álcool hidratado, derivado da cana-
de-açúcar, apresenta melhores condições alternativas de substituição do petróleo no território
brasileiro.
O álcool difere da gasolina em características físico-químicas. Entretanto, com a adequação dos
atuais motores gasolina, obtém-se um excelente resultado para uso do mesmo.
O uso paralelo gasolina – etanol requer dois sistemas de alimentação (dois tanques, dois
carburadores, duas bombas, etc). Nesses sistemas o rendimento do motor é baixo para etanol
porque não existe a conveniente adaptação do motor.
O uso paralelo de diesel – etanol tornou-se conveniente por não exigir grandes modificações do
motor. Para o funcionamento do motor, faz-se a injeção normal de certa quantidade de óleo
diesel que funciona como chama-piloto, sendo o etanol introduzido via carburação. Em alguns
motores pode-se chegar a 80% de etanol e 20% de óleo diesel.
são necessários conhecimentos específicos dos valores técnicos dos sistemas modificados.
Volatilidade – é a tendência que possui um líquido de passar deste estado ao gasoso, em
qualquer temperatura. Esta característica é que permite dar partida no motor em tempo frio.
Velocidade de inflamação – é o tempo em que o combustível leva para se inflamar
completamente. Esse fenômeno incide diretamente nas curvas de avanço de ignição dos
motores.
Resistência à detonação – é a capacidade do combustível em resistir à autoinflamação. Essa
propriedade, nos combustíveis, é caracterizada pelo grau de octanas, ou seja, a quantidade de
elementos antidetonantes (isoctano) em relação ao heptano normal, considerado altamente
detonante.
Fenômenos de detonação
Quando o motor é submetido a cargas superiores à sua capacidade real, ocorre um fenômeno em
seu interior que se manifesta através de um ruído semelhante a uma batida metálica, comumente
conhecido como “batida de pino”.
Isto ocorre devido ao aumento brusco de temperatura do motor, formando pontos quentes no
interior da câmara de explosão que provocam a queima de gases em sentido contrário ao da
chama criada pela centelha da vela de ignição em seu funcionamento normal. Esse fenômeno é
também chamado de detonação e traz como consequência: perda de potência, aquecimento do
motor, danos interiores.
A sequência do fenômeno da detonação no interior do cilindro é a seguinte:
■ Em caso de sua inflamação, devem ser usados extintores à base de espuma, pó químico ou
anidrido carbônico. Em nenhum caso se deve empregar a água, já que isto ajuda a estender o
fogo
É uma operação rotineira que o mecânico executa sempre que se fizer necessária uma revisão no
tanque de combustível. Isto porque, o combustível colocado frequentemente no tanque não é
totalmente isento de impurezas.
Tanque de combustível
Processo de montagem
PASSO 19 – Instale um novo anel de vedação no filtro de tela e, em seguida, instale o filtro no
tanque de combustível.
PASSO 20 – Aperte a contraporca do registro no tanque de combustível.
PASSO 21 – Instale o tanque na motocicleta e aperte o parafuso de fixação. Conecte a tubulação
no carburador. Coloque o registro na posição “ON”.
Tampas laterais
Diagnose de defeitos
■ Combustível contaminado/deteriorado
■ Não há fluxo de combustível para o carburador (filtro de tela de combustível obstruído – tubo
de combustível obstruído – registro de combustível engripado – nível de boia incorreto)
Mistura pobre
■ Giclês de combustível obstruídos
Mistura rica
■ Válvula do afogador na posição ON
■ Giclês de ar obstruídos
■ Carburador afogado
■ Combustível contaminado/deteriorado
Referências
Acesso 01/06/2008 – www2.uol.com.br/interpressmotor/noticias/item16907.shl
Acesso 30/06/2008 – Wilson; Hugo. O Grande Livro das Motos, Editora, Livros e Livros
1997.
Apostila Mecânico de Manutenção de Motocicletas, 2005, SENAI CFP WDS.
Bambirra , Paulo – Manual Completo da Moto, editora: Fittipaldi, 1987 São Paulo, SP
http://www.moto.com.br/acontece/conteudo/5905.html
Manual de Serviços HONDA, CG 125 TITAN KS. ES. KSE. CG 125 CARGO, produção
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Mosher , S. Lynn e George. Lear, Manual completo da moto: mecânica e manutenção, editora:
Hemus, 2004
SENAI, SMO Mecânico de motocicletas, Rio de Janeiro, Departamento Nacional, 1984.