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JEAN-JACQUES ROUSSEAU: UMA REFLEXÃO SOBRE A

EDUCAÇÃO INFANTIL

MEDINA, Giovanna Beatriz Kalva – PUCPR


giovannabkmedina@gmail.com

Eixo Temático: Educação da Infância


Agências Financiadoras: CAPES

Resumo

Este artigo tem o objetivo de fazer uma reflexão a respeito da educação infantil a partir dos
escritos de Rousseau em sua obra Emílio ou Da Educação (1762). Com o intuito de delimitar
o foco na educação infantil, foram extraídos excertos do Livro 1 desta obra para se fazer a
reflexão sobre o assunto. A metodologia utilizada foi análise crítica através de pesquisa
bibliográfica. Autores como CERIZARA, GADOTTI e MARTINEAU contribuíram para as
reflexões. Rousseau trouxe uma visão prática da educação. Talvez difícil de se aplicar na
íntegra. A metodologia de Rousseau, induz o educador a saber usar as três educações
(natureza, homens e coisas) para preparar o seu aluno para ter autonomia em sua vida.
Atualmente, o grande número de alunos não permite ao educador dedicar atenção exclusiva
para cada aluno, no entanto, este autor contribuiu imensamente ao falar da afetividade, da
comunicação, da estimulação negativa, do tempo de cada criança, e estes conteúdos, apesar de
serem ministrados nos cursos de graduação, muitas vezes são esquecidos na prática, ao se
desenvolver uma educação em massa.

Palavras-chave: Educação Infantil. Criança. Educador.

Introdução

Jean-Jacques Rousseau nascido em Genebra no ano de 1712, é considerado um grande


estudioso dentro das áreas da política e da educação. Até a sua morte, em 1778, conviveu com
muitos filósofos, cientistas e estudiosos do período do Iluminismo (Século XVIII) como
Montesquieau, Voltaire, Kant, Locke e Newton, dos quais recebeu críticas por seus escritos.
Dotado de uma inteligência visível e de uma capacidade de reflexão e escrita
admiráveis, foi autor de muitos discursos, textos e livros nas áreas da educação e da política.
Este artigo tem o objetivo de fazer uma reflexão a respeito da educação infantil a partir
dos escritos de Rousseau em sua obra Emílio ou Da Educação (1762). Com o intuito de
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delimitar o foco na educação infantil, serão extraídos excertos do Livro 1 desta mesma obra
para se fazer a reflexão sobre o assunto.
A partir da pesquisa bibliográfica, será feita uma análise crítica de seu conteúdo.
Jean-Jacques é uma referência para a educação e considerado por autores modernos
como Martineau, Gauthier e Tardif (2010) como o Copérnico da Pedagogia, desta forma,
entende-se a relevância de se estudar este autor trazendo-o para a realidade atual da educação
infantil, com o propósito de contribuir para o entendimento da mesma.

A Educação Infantil Hoje

Com o intuito de contextualizarmos a Educação Infantil, faz-se necessário iniciarmos


com uma breve explanação sobre o assunto.
Na Constituição Federal que rege o Brasil, no artigo Art. 205 do Capítulo III, está
escrito “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, ou seja, foi a
primeira vez em que foram reconhecidos os direitos da criança de 0 a 6 anos à educação,
afirmando o dever do estado e da família. (BLATTES, 2006)
A LDB 9394/96 integrou a Educação Infantil como a primeira etapa da Educação
Básica, a qual considera a Educação Infantil, a etapa que atende a criança até os seis anos, e
tem como pressuposto educar propiciando situações lúdicas, de cuidado e aprendizagens
orientadas de maneira integrada e que contribuam para o desenvolvimento das habilidades
interpessoais e o acesso ao conhecimento da realidade social e cultural (BRASIL, 2001).
Atualmente, em função da situação sócio-econômica do país, a existência de
instituições para o atendimento de crianças se tornou necessária. Podemos considerar que o
fato das mulheres terem se envolvido com o mercado de trabalho, e não exercerem mais o
papel que exerciam antigamente, quando ficavam em casa cuidando dos filhos, sem dúvida
influenciou para o surgimento destas instituições.
Corsino (pg. 211, 2008) considera que há vários benefícios para a criança que
participa de algum programa ligado à educação infantil como:

“1. benefícios pessoais, pela garantia dos direitos da criança, possibilidade de


ampliação das suas relações com os mundos natural e social, troca de
conhecimentos, socialização e pelo atendimento às suas necessidades; 2. benefícios
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educacionais, pelo impacto positivo na escolaridade, na transição para os outros


níveis, quanto no desempenho (diminuição de repetência escolar) e na continuidade;
3. benefícios econômicos, pela inserção das mães no mercado de trabalho e aumento
da renda familiar no presente e, na perspectiva de futuro, um maior tempo de
permanência na escola, que traz uma melhor qualificação e possibilidade de emprego
e renda; 4. benefícios sociais, pela redução da probabilidade de crime e delinqüência
e pela equidade entre os gêneros, tirando a menina dos afazeres domésticos”.

De acordo com estas considerações podemos dizer que os benefícios da educação


infantil não se distanciam daqueles propostos por Rousseau em sua educação, uma vez que
seu objetivo principal era preparar o indivíduo para a vida com autonomia.

A Infância

Rousseau criou o conceito de infância (apud CERIZARA, 1990, pg. 82) ao dizer que
“A criança não é um adulto inacabado, ela possui seu valor nela mesma. Em certo sentido,
que é o mais importante, cada idade se basta a si mesma”.
Esta frase se justifica pelo fato de que na época em que Rousseau viveu, a criança era
vista como um pequeno adulto, o qual precisava se adaptar ao que era desenvolvido para os
adultos. Não havia uma preocupação em construir ou criar coisas para a criança
especificamente. Não se admitia que ela fosse respeitada como criança.
Os costumes eram diferentes dos atuais, onde havia uma preocupação com a saúde da
criança até os 8 anos, em função do alto índice de mortalidade nesta fase. As crianças eram
entregues para as amas de leite cuidarem, ao regresso, atingia-se a maioridade, com os
mesmos direitos e deveres dos demais membros do grupo. (no caso de famílias mais
abastadas).
Rousseau propõe que os pais retomem suas funções paternas impostas pela natureza,
que em função da vida em sociedade, foi deixada de lado. Este retorno exigiria dos pais
voltarem um olhar diferente para a criança, olhando-a como criança e não mais como adulto.
(CERIZARA, 1990)

A Educação

Rousseau critica as escolas e a educação domestica daquela época, pois pouco se via
sobre a estimulação das crianças a partir de sua própria natureza. Natureza esta que ele
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considerava os fenômenos do estado original, primitivo e puro, ou seja, a criança não era
responsável nem culpada por nada, pois nasceu pura para ser desenvolvida.
“O homem civil nasce, vive e morre na escravidão: ao nascer, costuram-no num
cueiro, ao morrer, pregam-no num caixão; enquanto conserva sua figura humana está
acorrentado por nossas instituições” (ROUSSEAU, 1995, pg. 16). Esta citação se refere ao
quanto não havia uma reflexão voltada para a natureza humana, e sim para a sociedade.
Rousseau não demonstrava preconceito para com os desfavorecido, pelo contrário, seu
preconceito era para com os abastados, os quais julgava degenerados pois, ao se preocuparem
apenas consigo mesmos, pouco faziam para se adaptar à sociedade, algo que vai contra à
educação da natureza pregada por ele. (CERIZARA, 1990, pg. 55)
Rousseau é considerado precursor da pedagogia da Existência por entender que a
educação deve respeitar o desenvolvimento natural do educando.
O objetivo da educação na infância era de preparar o indivíduo em sua natureza
humana para ser uma pessoa de caráter, capaz de viver em sociedade, prepará-lo para todas as
condições humanas.
Rousseau menciona que a educação formadora é fruto da natureza, dos homens e das
coisas. Gadotti (2004) em seu livro os Mestres de Rousseau, descreve estes três mestres como
sendo: A educação da natureza, aquela que é percebida pelos sentidos e órgãos, e processado
pelas faculdades cognitivas e intelectuais de cada indivíduo, ou seja, o eu. A educação que
vem dos homens, é aquela que se recebe dos outros através da mediação, interação,
comunicação e estimulação. E a terceira educação é a que vem das coisas, fruto da
experiência pessoal sobre os objetos.
Como Rousseau entendia a criança como sujeito de sua própria formação, adotou a
natureza como o meio de prepará-lo para a vida, de forma a não se contaminar com a
corrupção da sociedade.

O Educador

Quando Rousseau fala do perfil do preceptor, pode-se tentar fazer uma relação com o
(a) professor (a) de educação infantil.
É impossível não notar o quanto Rousseau dá ênfase ao sexo masculino ao se referir
ao preceptor e ao homem constantemente, uma realidade que hoje seria paradoxal ao se
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deparar que a maioria quase unânime de professores da educação infantil é do sexo feminino
em grande parte do mundo.
Rousseau coloca que um bom preceptor deve ser: um homem venal, digno, com
formação adequada, valores, gozar de juventude para poder acompanhar Emílio, ser
companheiro de seu aluno, saber ensinar os deveres do homem, assim como praticar a
educação negativa; ou seja, realizar esta prática “afim de que possa conquistar-lhe a
confiança, e que tome a criança por aquilo que é, assim como deve ter a capacidade de
colocar-se no lugar dela” (CERIZARA, 1990, pg. 54).
Sobre o fato do preceptor/educador podemos dizer que atualmente há uma tendência
da sociedade ver o educador como cuidador de uma criança frágil que ainda não é alguém,
que estás num constante vir a ser. Quando Rousseau nas palavras de Cerizara, diz que a
criança deve ser vista como aquilo que é, serve também para os educadores do século XXI,
que podem ver a criança como alguém que é algo e não um constante tornar-se.
Sobre a educação negativa, Rousseau se refere ao preceptor como aquele “que deve
governar sem preceitos, é fazer tudo sem fazer nada” (apud MARTINEAU, pg. 168) para
deixar a criança aprender pela “experiência das coisas e não do conhecimento das palavras”
(MARTINEAU, pg. 168).
“Só há uma ciência a ensinar às crianças, que é a dos deveres do homem [...] pois
trata-se menos, para ele, de instruir do que de dirigir. Ele não deve dar preceitos, e sim fazer
com que eles sejam encontrados”. (ROUSSEAU, 1995 pg. 29)
Este trecho faz pensar o quanto Rousseau acreditava na neutralidade para não induzir á
uma determinada formação. Acreditava que o educador deveria deixar com que a criança se
estruturasse a partir de suas tendência de índole e caráter.
Rousseau fala da relação de afeto que deve existir entre o mestre e o discípulo, uma
vez que irão conviver muito tempo juntos, que segundo Cerizara (1990, pg. 56) é uma
“afetividade necessária para a instituição desse novo contrato pedagógico”. Esta relação
recíproca que envolve respeito e igualdade tinha a intenção de proporcionar uma infância
feliz.
O preceptor, segundo Rousseau, deve preparar a criança para ser independente e ter
autonomia. Isto é mencionado quando fala da medicina, que por ter o poder de justificar as
doenças e colocar nas mãos do médico a cura, tira do indivíduo a capacidade de adaptar-se e
de buscar soluções por si só. (ROUSSEAU, 1995, pg. 35)
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Mais uma vez vem à mente a questão do cuidado, que se for mal interpretado, ficará
exclusivamente no atendimento às necessidades do corpo de forma assistencialista,
esquecendo que me paralelo deve contemplar a estimulação cognitiva e o desenvolvimento da
autonomia.

A Criança e a Educação

“O único hábito que devemos deixar que a criança pegue é o de não contrair nenhum”
(ROUSSEAU, 1995, pg.47). A educação para Rousseau tinha o intuito de proporcionar a
independência e a capacidade de adaptação à vida, rumo à liberdade.
Rousseau menciona que a criança deve ficar livre para sentir os objetos e o meio em
que está inserida, que possa olhar, tocar, escutar, cheirar e lamber, pois assim vai conhecendo
o mundo e vai se educando nele.
O genebrino conseguiu fazer uma primeira proposta de etapas de desenvolvimento do
indivíduo, e quando coloca sobre os comportamentos da criança esperado para determinada
idade, lembramos de Piaget e as etapas de desenvolvimento propostas por ele como: Sensório-
motor, pré-operatório, etc.
A forma como a criança pequena se comunica antes de aprender a falar é através do
choro.

“O incômodo das necessidades exprime-se por sinais quando o auxílio de outrem é


necessário para satisfazê-la. Daí os gritos da criança. Choram muito, e assim deve
ser. Já que todas as suas sensações são afetivas, quando são agradáveis desfrutam-
nas em silêncio, quando são penosas, as crianças o dizem na sua linguagem e podem
algum alívio”. (ROUSSEAU, 1995, Pg. 49-50).

Cerizara (1990) ao comentar esta citação coloca que a criança só deve ser entendida
em suas necessidades, nunca em seus desejos. Isto lembra a necessidade de se trabalhar
limites, uma vez que quando se convive com pessoas, os atos têm conseqüência e esta
aprendizagem deve começar desde o nascimento.
Rousseau fala que a criança utiliza o choro para se comunicar e com o passar do tempo
o choro vai diminuindo, pois a criança vai aprendendo a ter autonomia e como se comunicar,
por isto, deve-se deixar a criança chorar. Claro que respeitando a sua necessidade. Se a
criança está com sono, fome ou doente, o choro comunica a sua necessidade, mas se quer
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atenção, pois aprendeu que o choro lhe proporciona tal recompensa, então o preceptor deve
deixá-la chorar. “Os primeiros choros das crianças são pedidos; se não tomarmos cuidado,
logo se tornarão ordens” (ROUSSEAU, 1995, pg. 52).
Cabe ressaltar que a criança deve sentir a experiência de dor, para conhecer como seu
corpo funciona, de forma a não ser superprotegida, no entanto há uma preocupação em afastá-
las dos perigos das quedas e tirar de suas mãos tudo que possa feri-las, com o intuito de
preservar-lhe de experiências traumáticas (ROUSSEAU, 1995, pg. 55).
A criança aprender as coisas a seu tempo, como por exemplo, a fala. O adulto deve
falar com a criança corretamente, sem corrigi-la. “Quando as fazemos contrair a linguagem,
tornando a sua fala surda, confusa, tímida, criticando continuamente seu tom, censurando
todas as palavras, não se corrigem jamais.” (ROUSSEUA, 1995, pg. 62). Esta atitude, além de
corroborar para prejudicar sua auto-estima dificulta para que a criança aprenda a falar por si
mesma. Faz-se necessário que ela utilize-se da linguagem à medida que perceber a utilidade
da mesma. (ROUSSEAU, 1995, pg. 63)
Rousseau se preocupa em despertar o olhar verdadeiro em direção à criança. Para que
se perceba o que verdadeiramente comunica, o que verdadeiramente necessita, sem
suposições adultas. “Essa desatenção de nossa parte para com o verdadeiro sentido que as
palavras têm para as crianças parece-me a causa de seus primeiros erros; e esses erros, mesmo
depois de corrigidos, influem pelo resto da vida na sua maneira de pensar” (ROUSSEAU,
1995, pg. 64).
Além da estimulação da fala, Rousseau chama a atenção para o tom que as palavras
são ditas. “A entonação é a alma do discurso, dá-lhe sentimento e verdade.”, sendo assim, ao
falar com a criança, o educador está estimulando sua sensibilidade, permitindo-lhe construir
um repertório de aprendizagens vinculado à afetividade. (ROUSSEAU, 1995, pg. 58)
Sobre o conteúdo da fala, Rousseau (1995, pg. 63) coloca que deve ser
contextualizada, utilizando-se de conteúdos acessíveis à experiência da criança.
O indivíduo é um ser social por excelência, que só se constrói plenamente na interação
que estabelece com o meio. Este meio deve estar preparado pelo mestre para atender ás suas
necessidades (CERIZARA, 1990, pg.62).

As Máximas da Educação para a Natureza


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Rousseau (1995, pg. 55) expõe as máximas para manter a criança no caminho da
natureza.
1. “Longe de terem forças supérfluas, as crianças nem mesmo têm forças suficientes
para tudo o que a natureza lhes exige. É preciso, portanto, facultar-lhes o emprego de
todas as forças que ela lhes dá e de que não poderiam abusar.
2. É preciso ajudá-las a suprir o que lhes falta, quer em inteligência, quer em força,
em tudo o que diz respeito à necessidade física.
3. No auxilio que lhes prestamos, devemos limitar-nos unicamente ao realmente útil,
sem nada conceber á fantasia ou ao desejo irrazoável, pois a fantasia não as
atormentará enquanto não se fizer nascer, dado que ela não pertence à natureza.
4. É preciso estudar com atenção sua linguagem e seus sinais, para que, numa idade
em que elas não sabem fingir, distinguamos em seus desejos o que vem
imediatamente da natureza e o que vem da opinião.”

Estas 4 máximas se referem à mediação do educador, que vai permitir que a criança se
utilize dos mecanismos que tem para ir se conhecendo em suas necessidades naturais,
conhecendo o que precisa para alcançar seus objetivos, porém com limites e ponderação.
“O espírito destas regras é dar às crianças mais verdadeira liberdade e menos domínio,
deixar que façam mais por si mesmas e exijam menos dos outros”. (ROUSSEAU, 1995, pg.
55)

Considerações Finais

Rousseau estava adiante de seu tempo, seu livro Emílio, foi condenado em Genebra, e
sua prisão foi decretada. Conseguiu exilar-se em países vizinhos onde continuou seus escritos.
Este fato mostra o incomodo que causou pelo conteúdo de sua literatura.
Jean Jacques trouxe uma visão inovadora quando demonstrou-se sensível á
comunicação da criança, algo inédito até este período da história. Esta compreensão coloca a
criança como um individuo que deveria ser respeito como sujeito de sua própria educação.
Rousseau desenvolveu uma forma de lidar com a criança sem deixar a emoção tomar
conta. O fato da criança ser pequena e frágil não podia ser motivo para a superproteção.
Ao refletir no quanto atualmente se preocupam com a saúde da criança, e com o
atendimento humanizado, pode-se entender porque Rousseau foi tão criticado, e também
porque seus escritos ainda são tão atuais.
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A metodologia de Rousseau, induz o educador a saber usar as três educações


(natureza, homens e coisas) para preparar o seu aluno para ter autonomia em sua vida.
Rousseau trouxe uma visão prática da educação. Talvez difícil de se aplicar na íntegra
uma vez que é um privilegio poder ter um educador que desenvolva um trabalho
individualizado. Atualmente, o grande número de alunos não permite ao educador dedicar
atenção exclusiva para cada aluno, no entanto, este autor contribuiu imensamente ao falar da
afetividade, da comunicação, da estimulação negativa, do tempo de cada criança, e estes
conteúdos, apesar de serem ministrados nos cursos de graduação, muitas vezes são esquecidos
na prática, ao se desenvolver uma educação em massa.

REFERENCIAS

BLATTES, Ricardo L. (org). Direito à educação: subsídios para a gestão dos sistemas
educacionais - orientações gerais e marcos legais. – 2. ed. Brasília: MEC, SEESP, 2006.

BRASIL, Constituição Federal. Plano Nacional de Educação. Brasília, 2001.

CERIZARA, B. Rousseau, A educação na Infância. São Paulo: Scipione, 1990.

CORSINO, P. Educação Infantil: a necessária institucionalização da infância. In KRAMER,


S. (org.). Profissionais de educação infantil: gestão e formação. São Paulo: Ática, 2008.

GADOTTI, M. Mestres de Rousseau. São Paulo: Cortez, 2004.

MARTINEAU, S. Jean-Jacques Rousseau: O Copérnico da pedagogia. In GAUTHIER, C.;


TARDIF, M. A Pedagogia: Teorias e práticas da Antiguidade aos nossos dias. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2010.

ROUSSEAU, J.J. Emílio ou Da Educação. São Paulo: Martin Fontes, 1995.

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