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Titulo: Comunidades Quilombolas

A Fundação Cultural Palmares, é o órgão responsável na certificação das comunidades


Quilombolas no Brasil, atualmente existe mais de 3000 comunidades certificadas pela Palmares
desde 2004. Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais
Quilombolas (CONAQ) estima que existam no país 6.330 comunidades quilombolas. O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) computa 5.972 quilombos.
Disponível em: http://www.palmares.gov.br

Quilombolas são os descendentes e remanescentes de comunidades formadas por escravizados


fugitivos (os quilombos), entre o século XVI e o ano de 1888 (quando houve a abolição da
escravatura), no Brasil. A palavra quilombo origina-se do termo kilombo, presente no idioma
dos povos Bantu, originários de Angola, e significa local de pouso ou acampamento.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/quilombolas.htm

Quilombolas no Brasil - Local isolado, formado por escravos negros fugidos. Esta talvez seja a
primeira ideia que vem à mente quando se pensa em quilombo. Essa noção remete-nos a um
passado remoto de nossa história, ligado exclusivamente ao período no qual houve escravidão
no País. Porém, os quilombos não pertencem somente a nosso passado escravista. Tampouco se
configuram como comunidades isoladas, no tempo e no espaço, sem qualquer participação em
nossa estrutura social.  Ao contrário, são quase 4 mil comunidades quilombolas espalhadas pelo
território brasileiro mantêm-se vivas e atuantes, lutando pelo direito de propriedade de suas
terras consagrado pela Constituição Federal desde 1988.
Existem comunidades quilombolas em pelo menos 24 estados do Brasil: Amazonas, Alagoas,
Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte,
Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Disponível em: https://cpisp.org.br/direitosquilombolas/observatorio-terras-quilombolas/quilombolas-brasil/

As comunidades quilombolas são grupos étnicos – predominantemente constituídos pela


população negra rural ou urbana –, que se autodefinem a partir das relações específicas com a
terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias.
Por força do Decreto nº 4.887, de 2003, o Incra é a autarquia competente, na esfera federal,
pela titulação dos territórios quilombolas. As terras ocupadas por remanescentes das
comunidades dos quilombos são aquelas utilizadas para a garantia de sua reprodução física,
social, econômica e cultural. Como parte de uma reparação histórica, a política de regularização
fundiária de Territórios Quilombolas é de suma importância para a dignidade e garantia da
continuidade desses grupos étnicos.
Em sua estrutura regimental a temática quilombola é tratada pela Coordenação Geral de
Regularização de Territórios Quilombolas (DFQ), da Diretoria de Ordenamento da Estrutura
Fundiária, e, nas Superintendências Regionais, pelos Serviços de Regularização de Territórios
Quilombolas.
Disponível em: https://www.gov.br/incra/pt-br/assuntos/governanca-fundiaria/quilombolas

Coordenação de Políticas Para Comunidades Tradicionais – CPCT - À Coordenação de


Políticas para as Comunidades Tradicionais, que tem por finalidade formular políticas de
promoção da defesa dos direitos e interesses das comunidades tradicionais, inclusive
Comunidades Remanescentes de Quilombos, no Estado da Bahia, reduzindo as desigualdades e
eliminando todas as formas de discriminação identificadas, compete:

Planejar, formular, articular e monitorar a implementação de políticas de melhoria das


condições de vida, desenvolvimento sustentável e defesa dos direitos dos Povos e Comunidades
Tradicionais; Coordenar o Grupo Intersetorial responsável pela elaboração dos planos de
desenvolvimento social, econômico e ambiental sustentáveis para as Comunidades
Remanescentes de Quilombos; Apoiar a implementação dos planos de desenvolvimento social,
econômico e ambiental sustentáveis para as Comunidades Remanescentes de Quilombos e
monitorar a sua execução; Monitorar a execução de programas federais para Comunidades
Remanescentes de Quilombos, no âmbito do Governo do Estado; Acompanhar os
procedimentos de discriminatória administrativa rural para identificação, delimitação e
titulação das terras devolutas ocupadas por Povos e Comunidades Tradicionais, inclusive, por
Comunidades Remanescentes de Quilombos e Comunidades de Fundos de Pastos ou Fechos;
Articular e monitorar a execução das ações previstas no Plano Plurianual - PPA voltadas para
as comunidades tradicionais;

Disponível em: http://www.sepromi.ba.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=13


LEITE, Ilka Boaventura. O projeto político quilombola: desafios, conquistas e impasses atuais.
Revista Estudos Feministas - DOSSIÊ 120 ANOS DA ABOLIÇÃO. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-026X2008000300015&script=sci_arttext. Trata-se
O projeto político Quilombola atravessou séculos de história para se consolidar como direito
constitucional. O quilombo ampliou-se por meio do apoio de outras parcelas da população
brasileira, tornando-se parte de um projeto político nacional voltado para a construção de uma
sociedade mais democrática e justa. As contradições entre a Legislação e a sua efetiva
aplicação, contudo, constituem hoje o maior desafio, uma vez que a incorporação do quilombo
na ordem jurídica não tem sido suficiente para alterar as práticas de expropriação e controle da
terra, e com elas a situação de precariedade em que vivem os grupos negros na atualidade.

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