#interna

O QUE NÃO É?
MENTORIA
Coaching: Desenvolvimento profissional de um indivíduo por meio de ferramentas e
técnicas aplicadas por um coach com formação específica para tal. A relação costuma
ser comercial;
O QUE É? Counseling: Processo em que um profissional (counselor) conduz o cliente a uma
reflexão sobre suas aptidões, interesses, valores, objetivos, pontos fortes e
Na obra Odisséia, de Homero, Ulisses confiou ao seu amigo
limitações, com o objetivo de auxiliá-lo na tomada de decisão. A prática é aplicável
Mentor, em sua ausência, os cuidados de sua família. Ele era um
tanto para jovens ingressantes no mercado de trabalho (career vocation), quanto
conselheiro e protetor, que contava com vasta experiência.
para profissionais no decurso de suas carreiras (transição e/ ou consolidação – career
counseling);

Gestão de desempenho: Acompanhamento realizado pelo gestor das metas e

No ambiente organizacional, a mentoria pode ser definida como uma
estratégia de aprimoramento profissional destinada a desenvolver
funcionários por meio da relação entre uma pessoa mais experiente
(mentor), que deseja motivar, inspirar e transmitir o seu saber fazer a uma
pessoa (mentorado) que deseja melhorar o seu potencial.
resultados de seus subordinados;
Relação de amizade: Apesar do aspecto próximo e amigável da mentoria, esta é uma
relação profissional e com objetivos e papéis bem definidos: não deve ser confundida
com amizade.

Esse processo tem como principal objetivo buscar resultados para a vida e
para a carreira, ampliando horizontes, consolidando novas alternativas e
encorajando ambos, mentor e mentorado, no que concerne à superação de
limites impeditivos para o crescimento. A mentoria dentro de nosso modelo de
aprendizagem
Em termos mais práticos, pode ter os seguintes objetivos: A mentoria entra no “20” do modelo de
• Integração: ajudar pessoas ou grupos a se integrarem a um novo cargo aprendizagem de adultos 70:20:10. Para
ou novo emprego;
saber mais sobre esse modelo, acesse aqui a
• Carreira: desenvolver competências necessários para o crescimento
profissional do mentorado; AGN sobre o tema.
• Sucessão: preparar colaboradores para o processo sucessório.
 #interna

BENEFÍCIOS
MENTORIA
ORGANIZAÇÃO

BENEFÍCIOS
 Promove a partilha de informação sobre a organização;

 Sustenta a visão, valores e objetivos da empresa;

MENTOR
 Reforça a produtividade;

 Contribui no desenvolvimento do talento e da carreira;

 Evidencia outras formas de realizar tarefas;
 Melhora a identificação dos colaboradores com a organização.
 Reconhecimento;

 Desenvolve o prazer de contribuir para o aprendizado dos mentorados;

 Integração de novos conhecimentos técnicos;

MODELO DE LIDERANÇA NO BB
 Estimula a criatividade na solução de problemas;

 Promove desenvolvimento pessoal e empatia pelo outro.
MENTORADO
 Partilha de informações;
 Sensação de pertencimento à organização;
 Oportunidade de demonstrar talentos e competências;
 Oportunidade de identificar lacunas e desenvolver competências;
 Promove liderança e visão de futuro.
O modelo de liderança do BB é baseado no livro Pipeline de
liderança, de Ram Charan, Stephen Drotter e James Noel. Mentores e
mentorados, dentro do contexto do modelo de liderança do BB,
devem ser capazes de reconhecer bem todas as passagens dos
pipelines, pois os desafios encontrados em cada nível serão
diferentes. A identificação do nível no qual o mentorado se encontra
e a sensibilidade para perceber se há obstrução naquele pipeline
trarão insumos importantes para discutir e definir leituras, tarefas,
objetivos e ações no processo de mentoria.
Para saber mais sobre os pipelines de liderança no contexto do BB,
acesse o curso Modelo de Liderança no BB, cód. 6762, no Portal
UniBB.

MENTORIA
AT R I B U I Ç Õ E S
MENTOR
O mentor é um modelo para seu mentorado: deve ter
ciência de seu papel, estar disponível e bem preparado.
 Orientar os mentorados a identificar os temas a serem tratados, caso
necessário;
 Demonstrar ao mentorado a importância e a aplicabilidade das vivências e
experiências aprendidas, tanto para a vida profissional quanto para a
pessoal;
 Desenvolver o espírito crítico do mentorado, auxiliando-o no
desenvolvimento profissional e na melhoria de seu desempenho;
 Estimular a autogestão da aprendizagem por parte do mentorado;
 Garantir liberdade e confidencialidade para conversas sobre assuntos
sensíveis;
 Ter disciplina e disponibilizar o tempo necessário para conduzir o número
mínimo de sessões estabelecido no Programa Mentoria;
 Responder às avaliações ao fim do ciclo, no prazo determinado para a
realização.
#interna
AT R I B U I Ç Õ E S
MENTORADO
O mentorado é o agente de seu próprio
desenvolvimento, no sentido de se esforçar para
obter o máximo da relação.
 Ter dedicação e disciplina, bem como disponibilizar o tempo necessário para
a realização das sessões na quantidade mínima estabelecida no Programa de
Mentoria;
 Ser capaz de identificar os temas a serem tratados e apresentar suas visões
de futuro profissionais e pessoais ao mentor;
 Estar aberto à feedbacks, tanto de reconhecimento quanto de
aprimoramento, e ter atitude não julgadora;
 Apresentar seus posicionamentos dentro dos limites do respeito e da
humildade;
 Cumprir o planejamento acordado com seu mentor;
 Atentar para as orientações recebidas/ações definidas e colocá-las em
prática;
 Responder às avaliações ao fim do ciclo, no prazo determinado para a
realização.
 #interna

MENTORIA No entanto, não é todo mundo que se conhece e sabe

SOBRE AS SESSÕES
LEMBRE-SE: NENHUMA RELAÇÃO DE MENTORIA É
IGUAL A OUTRA.
Primeiro, porque ninguém pode entrar duas vezes no
mesmo rio. Ou seja, você não é a mesma pessoa que
foi ontem. Segundo, cada mentorado é um ser
humano único, com contextos muito diferentes. Logo,
não existe apenas um modelo para a condução das
sessões de mentoria.
bem o que quer ou aonde quer chegar. Nessas
situações, é possível que algumas ferramentas sejam
necessárias para que você e seu mentorado visualizem
certas informações importantes para a construção de
um plano de ação, por exemplo. Por esse motivo,
conhecer esses instrumentos trará mais segurança e
assertividade à sua atuação como mentor. Com a
prática, você perceberá a necessidade ou não de utilizá-
los. Eles estão disponíveis na Trilha Mentoria, no Portal
UniBB.

Portanto, os principais insumos que você, como

mentor, utilizará nas conversas não serão trazidos por
você, mas sim por seu mentorado. Esses insumos são
suas dimensões profissionais (quadro ao lado), metas e
sonhos, trajetórias profissional e pessoal, competências
e lacunas, e qualquer outro assunto que ele entenda
como relevante para seu desenvolvimento.
 #interna

MENTORIA

SOBRE AS SESSÕES

É importante que cada sessão

possua um “entregável”, tanto
para o mentor quanto para o mentorado
(leitura, atividade complementar, ação a
ser executada e reportada, etc.). Para
tanto, organização e planejamento das
sessões são atividades essenciais para o
bom aproveitamento do processo.
 Orientações e ferramentas que podem ser utilizadas: #interna

• Escrever sobre sua própria história (tanto mentor quanto mentorado), incluindo
MENTORIA desejos, forças, fraquezas, frustrações e vitórias. Esse exercício proporciona uma
reflexão ponderada sobre o que é realmente significativo em sua trajetória. O ideal é
que seja realizado antes da primeira sessão e que os textos sejam enviados ao
mentor/mentorado com antecedência, para que seus conteúdos e reflexões tornem-se
insumos para a primeira conversa;
M O M E N T O S S I G N I F I C AT I V O S D A S S E S S Õ E S • Sobre o que falar na conversa inicial (material complementar);

• Contrato (material complementar);

C O L E TA D E D A D O S E A L I A N Ç A • Cronograma / planejamento das sessões de mentoria (material complementar).
Objetivos: D E F I N I Ç Ã O D E M E TA S
• Reunir informações acerca do mentorado; Objetivo:
• Aproximar-se do mentorado, colocando-se como seu aliado no processo que se • Auxiliar o mentorado na definição e planejamento de metas de curto e longo prazo
inicia; para seu desenvolvimento pessoal e profissional.
• Contrato: definição dos papeis e responsabilidades de cada um, bem como Postura do Mentor:
acordos sobre horários, datas, meios de comunicação;
• Escuta ativa;
• Estabelecer clima de confiança para o processo de mentoria.
• Acolhimento;
Postura do Mentor:
• Respeito às intenções do mentorado;
• Escuta ativa;
• Interesse na proposição de metas e ações para o desenvolvimento do mentorado;
• Acolhimento;
• Foco no desenvolvimento do mentorado.
• Respeito às colocações do mentorado.
O que abordar:
O que abordar:
• Interesses, visão de futuro do mentorado para sua vida pessoal e profissional;
• História de vida;
• Estabelecimento, em conjunto com o mentorado, de metas de curto, médio e longo
• Formação, áreas de conhecimento; prazo, com vistas ao alcance de seus objetivos;

• Experiências de trabalho; • Atenção quanto aos critérios para determinação das metas: que sejam claras,
• Crenças, valores; alcançáveis/ realistas, mensuráveis, relevantes;

• Objetivos de vida pessoal e profissional. • Prazos para atingimento das metas;

• Capacitação porventura necessária;

MENTORIA
M O M E N T O S S I G N I F I C AT I V O S D A S S E S S Õ E S
D E F I N I Ç Ã O D E M E TA S (CONTINUAÇÃO)
O que abordar:
• Plano de ação.
Orientações e ferramentas que podem ser utilizadas:
• Método SMART (material complementar);
• Método Socrático (material complementar);
• Personal Branding (material complementar);
• Identificação do Sistema Representacional (material complementar);
• Plano de ação (material complementar).
DEMAIS SESSÕES
Objetivos:
• Acompanhar as ações desenvolvidas pelo mentorado;
• Compartilhar experiências;
• Fornecer orientações;
• Buscar alternativas para superação de obstáculos porventura existentes.
Postura do Mentor:
• Escuta ativa e acolhimento / interesse pelos relatos do mentorado;
• Disposição para buscar soluções para a superação de obstáculos;
• Disposição para compartilhar experiências e orientar o mentorado.
#interna
O que abordar:
• Relatos do mentorado sobre o andamento dos trabalhos;
• Análise das situações e fornecimento de orientações;
• Compartilhamento de experiências;
• Feedback ao mentorado;
• Planos de contingência.
Orientações e ferramentas que podem ser utilizadas:
• Locus de Controle (material complementar);
• Planejamento de delegação (material complementar);
• Mapa da Empatia (material complementar);
• Networking do mentorado (material complementar);
• Autoavaliação dos sabotadores (material complementar);
• Resolução de problemas: vai lá e faz! (material complementar).
FIM DA MENTORIA
Objetivos:
• Avaliar o processo de mentoria / encerrar o processo de mentoria.
Postura do Mentor:
• Imparcialidade nas proposições/comentários acerca do processo de mentoria;
• Assertividade no fornecimento de feedback ao mentorado;
• Receptividade aos feedbacks do mentorado;
• Interesse quanto ao encaminhamento da vida profissional do mentorado.
O que abordar:
• Avaliação do processo de mentoria;
• Sugestões de encaminhamento da carreira.
 #interna

MENTORIA

COMUNICAÇÃO
O processo de Mentoria, para ser bem-sucedido, necessita de três fatores decisivos: A DINÂMICA DA MENTORIA É
PURAMENTE UM PROCESSO DE
COMUNICAÇÃO COMUNICAÇÃO PRODUTIVA

COMUNICAÇÃO  Reaja às ideias e não à pessoa;

 Evite julgar seu interlocutor prematuramente;
COMUNICAÇÃO
 Não tire conclusões apressadamente;
Mas não é qualquer comunicação. Ela precisa ser produtiva:  Esteja atento quanto aos seus preconceitos e
emoções;
QUALIFICADORA

 Seja paciente e controle suas emoções;

COMUNICAÇÃO

Favorece o reconhecimento do
outro como ser de dignidade,
capaz de refletir sobre o próprio
desempenho e eleger formas de  Fale menos e pergunte mais;
transformá-lo em comportamento
produtivo  Escute sempre com um espírito de amistosa atenção
ESCUTA ATIVA

Demonstra compreensão da fala do pelo outro;

outro e interesse em dar
continuidade ao diálogo –  Escute também o que não é dito;
comunicação mais precisa e
verdadeira
 Não confronte o interlocutor.
 #interna

MENTORIA
MATERIAIS COMPLEMENTARES E PORTAL DE MENTORIA

OB S ERVAÇÕES S OB RE A ÉT ICA NA REL AÇÃO

Trilha Mentoria: contempla cursos sobre mentoria ou temas

correlatos, como feedback, comunicação não violenta,
SIGILO DA RELAÇÃO
orientação profissional, liderança, etc. Disponível no Catálogo
de Trilhas ou em Minhas Trilhas, no Portal UniBB.
NÃO ASSUMA AS TAREFAS
DO MENTORADO Materiais de apoio às sessões: na Trilha Mentoria, há muitos
materiais e ferramentas de apoio para auxiliá-la (o) na
MENTORIA E ASCENSÃO NÃO condução das sessões de mentoria. Esses materiais
encontram-se nas duas últimas seções da Trilha.
ANDAM JUNTAS
Portal de Mentoria: acesse o tutorial de navegação do Portal
MENTORIA NÃO É TERAPIA Mentoria BB, em Portal UniBB > Bibliotecas > +Conteúdos >
busca pela categoria “Mentoria”> clicar em “Tutorial Portal
ASSUNTOS POLÊMICOS Mentoria BB”.

podem ser tratados, desde que pertinentes ao desenvolvimento

do mentorado e com o devido respeito à opinião do outro.

RESPEITAR O ESPAÇO DO OUTRO

a fronteira entre o campo pessoal e profissional deve ser

acordada entre mentor e mentorado na 1ª sessão.

MENTORIA
PA R A R E F L E T I R
Segundo Rosa Bernhoeft em Mentoring:
Práticas & Casos (2014), “o objetivo
último do processo de Mentoria é
transformar tanto o mentor quanto o
mentorado. Para o mentor, essa mudança
significa principalmente uma
oportunidade de renovar sua visão
profissional; para o mentorado, é
proporcionada a chance de decolar na
carreira ao agregar novos conhecimentos
e amadurecer suas potencialidades, com
o auxílio de alguém disposto a apoiá-lo
desinteressadamente.”
#interna
Você precisa para ser mentor: se
conhecer bem, preparar-se para cada
sessão e dedicar um tempo de sua vida a
conversas com uma pessoa que, muitas
vezes, pode ser uma completa
desconhecida para você (ao menos na 1ª
sessão!). Mas não se assuste. Construir
uma relação de confiança com uma pessoa,
mesmo que seja dentro de um contexto
corporativo, e ajudá-la a desenvolver
algo realmente significativo para a vida
é das coisas mais gratificantes da
mentoria. Tenha certeza de que o
crescimento e aprendizado ocorrerá para
ambos e, certamente, você não sairá o
mesmo ao final do processo.
Extraído do Caderno do Mentor, UniBB, 2019.